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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE AS SEMELHANÇAS ENTRE A GESTÃO DE DOCUMENTOS E A FERRAMENTA DE QUALIDADE 5S Por: Daniel Gorita de Lima Orientador Profª Mestre Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2007 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

AS SEMELHANÇAS ENTRE A GESTÃO DE DOCUMENTOS E A

FERRAMENTA DE QUALIDADE 5S

Por: Daniel Gorita de Lima

Orientador

Profª Mestre Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2007

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

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AS SEMELHANÇAS ENTRE A GESTÃO DE DOCUMENTOS E A

FERRAMENTA DE QUALIDADE 5S

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração

da Qualidade

Por: Daniel Gorita de Lima

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos e parentes e todos os

professores do curso,

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os colegas

de turma, que durante o transcorres do

estávamos sempre unidos.

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RESUMO

Neste trabalho propomos apresentar o que entendemos sobre a

Arquivística e suas características, desde sua origem até os dias atuais,

procurando também apresentar o que consideramos por informação

Arquivística. Como também a apresentar e mostrar a origem da ferramenta da

qualidade chamada de 5S, como surgiu, o a que se aplica suas vantagens.

Outro ponto deste trabalho foi mostrar a aplicação da ferramenta junto

ao arquivo, e como as metodologias têm em comum, e que trabalhando em

conjunto, os benefícios seriam extremamente gratificantes para as empresas e

instituições.

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METODOLOGIA

A fonte de pesquisa foi feita a partir de artigos, publicações, editoriais e

livros que contextualizem o tema dentro do debate teórico existente, abordando

os principais conceitos, e estudos antecedentes, através de diálogos com os

autores para o surgimento de novas idéias durante o período de levantamento

bibliográfico. Após todo o período de levantamento, foi feita uma avaliação e

uma revisão de bibliografia, e após esta fase, foi realizada uma análise do

material coletado, para posterior redação do trabalho final.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DO SISTEMA DE

INFORMAÇÃO – ARQUIVO 9

CAPITULO II – A HISTÓRIA DA ORIGEM E EVOLUÇÃO DO MÉTODO 5S 20

CAPITULO III – MÉTODO 5S APLICADO NO SISTEMA DE

NFORMAÇÃO – ARQUIVO. 24

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA 33

INDICE 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO 37

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INTRODUÇÃO

Esta monografia tem como tema o estudo da possível relação entre a

Arquivo e o modelo de qualidade 5 “S”. È um estudo baseado nas obras da

área da qualidade e da Arquivística pós custodial.

Pois, durante o período de pos graduação acadêmica alguns

questionamentos surgiram com relação ao objeto da Arquivística (os Arquivos)

e a ferramenta da qualidade 5S.

O tema abrange as questões que envolvem a área de documentação,

onde possuem características em comum com o um modelo de aplicação 5S.

A questão central é há possibilidade de estabelecermos semelhanças

entre a área de gestão de documentos, (voltado para a Arquivística) e o Cinco

Sensos.

A problemática estaria envolvida na relação e aplicação do 5 “S” no

Arquivo, e a relação entre a dos modelos. E Através desta ferramenta de

qualidade, seria possível compreender melhor a idéia de “sistema” aplicado

aos Arquivos, e também quais seriam os seus benefícios.

Estas são algumas das indagações que estarão presentes no

transcorrer na monografia.

Propomos salientar a particularidade de ambiente de Arquivo e o como

isso pode afetar a implantação do Método 5S.

v Propor aplicação de 5S no Arquivo;

v Identificar possíveis semelhanças;

v Características em comum;

v Aplicabilidade dos 5 sensos;

Portanto, o fator principal deste trabalho é estabelecer uma possível ligação da

Arquivística enquanto “Sistema de informação” com a teoria de 5S. Este

estudo será feito através de material bibliográfico, e sem pesquisa de campo.

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CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DO SISTEMA DE

INFORMAÇÃO – ARQUIVO

1. ARQUIVÍSTICA CLÁSSICA

A origem do Arquivo, entendido como um conjunto orgânico de

informação social, confunde-se com o próprio surgimento da escrita, o que

demonstra a idéia de que eles sempre foram encarados como bases e veículos

de informação.

Os primeiros Arquivos já reúnem ingredientes que vieram a se tornar

clássicos e hoje são ainda assumidos pela disciplina Arquivística, como por

exemplo a: estrutura orgânica coerente em correspondência com as funções e

com a atividade das instituições; as regras de controle eficazes, como forma de

garantir a identidade e a autenticidade dos documentos; e valor como

testemunho e como instrumento de informação.

A prática destas funções já ocorria nas civilizações pré-clássicas, mas

assentava-se em princípios intuitivamente assumidos. O desenvolvimento da

administração e da jurisprudência, bem como a afirmação da cultura greco-

latina, permitiram avanços muito significativos no domínio da organização

arquivística.

Na transição do Mundo Antigo para a Idade Média deu-se a

formalização do conceito e a vulgarização do termo Arquivo. Foi então que se

começou a tomar consciência das diferenças que o separam de outros

sistemas de informação, como o das Bibliotecas e dos Museus (sistemas

abertos).

Desde muito cedo, a instabilidade política e social levou à mutilação e à

transferência de Arquivos para diversos lugares, conduzindo a uma quebra da

estrutura sistêmica original. A migração de Arquivos deu-se, em parte, pelo

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reconhecimento da sua importância estratégica, como meio de informação e

como um produto/recurso das sociedades.

Uma perspectiva mais abrangente foi, aos poucos, surgindo a respeito

do papel que os Arquivos representam na sociedade, ou seja, o Arquivo

considerado fundamental para a "memória". O chamado "valor secundário" dos

documentos.

A evolução do sistema administrativo contribuiu também para a

instabilidade dos Arquivos. No século XIV, aparecem os Arquivos da

administração para garantir a autenticidade dos documentos e elaborar as

"memórias" dos seus detentores.

Uma das conseqüências desta nova curiosidade pelos Arquivos foi o

desvio das classificações metódicas de bases intelectuais, que deixaram até

hoje uma marca profunda, sobretudo, na Arquivística francesa e suas

emulações, devido à preferência pela ordenação cronológica dos documentos,

sem atender ao seu contexto. Com a Revolução Francesa formalizou-se, pela

primeira vez, o propósito de liberalização do acesso dos Arquivos à população.

Em princípio levou um certo tempo a consolidar-se, mas torna-se significativo o

fato de o Arquivo Central do Estado tem de ser entendido como o Arquivo da

Nação. A criação de um órgão nacional, especificadamente voltado para a

superintendência dos Arquivos, foi outro importante contributo da Revolução

Francesa.

A política "concentracionista" do novo regime teve, porém,

conseqüências desastrosas ao promover incorporações em massa, mas houve

um problema que foi não respeitar a ordem original dos documentos, a sua

orgânica original.

A desorganização instaurada pelas reclassificações provocou um

inevitável alarme e fez com que o repusessem a ordem nos Arquivos

departamentais e comunais da França. Pela primeira vez, se consagrou, a

título oficial, o "princípio do respeito pelos fundos", o qual tem sido considerado

como o fundamento clássico da Arquivística. No entanto, os resultados não

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foram de início tão efetivos como seria de se esperar, logo que veio a ser

adotada esta solução. O "fundo" era considerado uma entidade indivisível, mas

a sua ordem interna ficava sujeita a critérios alheios à respectiva organicidade.

A constatação desta incongruência levou a que em 1867, na Itália,

fosse, defendido também, o respeito pela ordem original, ou seja, a

preservação dos critérios organizativos praticados pela entidade produtora.

Cabendo assim a entidade produtora, gerir, coordenar e planejar as atividades

do Arquivo.

O século XIX caracterizou-se pela ocorrência de novas deturpações

sobre a função dos Arquivos e os respectivos critérios de organização. Por

influência conjugada das correntes positivistas e historicistas, os Arquivos

foram configurados para uma posição instrumental relativamente à Paleografia

e à Diplomática, transformando a Arquivística também numa disciplina auxiliar

da História.

Os Arquivos passaram, muitas vezes, a serem geridos por homens sem

formação administrativa, que, ativamente, provocaram a desagregação de

muitos acervos documentais. Começou, então, a acentuar-se o caráter

discriminatório do valor dos documentos de interesse histórico e, para além

disto, o desenvolvimento dos Arquivos destinados a incorporar esse tipo de

documentos fez com que crescessem, de forma artificial, os serviços

especializados, cuja exclusiva função passou a ser a de preservar e tornar

acessível à documentação que custodiam, num crescente e nocivo

afastamento das administrações produtoras.

O Arquivo como objeto de estudo da Arquivística surgiu com a edição do

manual holandês, em 1898, da autoria de S. Muller, J. H. Feith e R. Fruin,

marcou o início de um novo período, em que o predomínio da técnica se

afirmou definitivamente, libertando a teoria e a prática dos Arquivos da

dependência direta dos paradigmas historiográficos.

A individualidade da disciplina arquivística não foi, porém, logo

compreendida em determinados meios ligados à aplicação das novas técnicas

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documentais. Em conseqüência disso, assistiu-se a diversas tentativas de

aplicação, aos Arquivos, de classificações temáticas de estrutura decimal. A

emergência dos chamados "Arquivos temáticos".

No período entre as guerras, a Arquivística descritiva, desenvolvida em

torno da noção instrumental e incorporacionista de "fundo", começou a dar

espaço a outro tipo de preocupação, nomeadamente ao nível da gestão de

Arquivos e da cooperação. O problema das eliminações tornou-se, também,

um tema emergente ao longo destes períodos, devido ao considerável

aumento da produção documental.

O chamado "pré-Arquivo", por exemplo, é uma eloqüente prova da

confusão que se instalou na conceitualização operatória de Arquivo, refletindo

na documentação arquivística, por meio de atitude estática, subsidiária do

positivismo histórico.

Nos Estados Unidos, por razões de ordem pragmática, apareceu o

conceito operatório de "record group" (registro de documentos) e a atividade

profissional do "record management" (Administrador de Documentos). Em tal

quadro "institucionalizante", a gestão documental começou a afirmar-se como

nova área disciplinar, num estreito vinculo com a Administração, e uma certa

rejeição pela "Arquivística, disciplina histórica" e num perigoso corte

epistemológico entre diacronia e sincronia da informação social.

O nascimento do Conselho Internacional de Arquivos (C.I.A.), em 1950,

permitiu um debate mais alargado sobre os fundamentos da disciplina. A

separação que se estabeleceu entre records e archives, sobretudo na tradição

cultural anglo-saxónica, acabou por gerar, forçosamente, novas preocupações

de caráter teórico.

Só em 1961, foi intuída, por Aurélio Tanodi, a necessidade de definir o

objeto e o método da "Arquivologia", para significar a elevação possível à

categoria de ciência.

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Nos anos 70, houve importantes contribuições para o aprofundamento

de matérias teóricas, em especial para a promoção científica da disciplina.

Estiveram, neste caso, diversos ensaios sobre a noção de "fundo", e

recuperação da perspectiva integração do conceito de Arquivo e o papel da

informação no contexto dos Arquivos.

Na Arquivística anglo-saxónica surgiram, também, sinais de alguma

contestação dos critérios que tinham levado à dicotomia entre "records" e

"archives".

A partir dos anos 80 em diante, a nova revolução tecnológica e social

caminha, pela evolução que está para ocorrer, sobretudo, no domínio do

audiovisual e da informática, forçando a emergência de uma situação

transitória, anunciadora de um novo ciclo (renovação tecnológica e sua rápida

obsolescência), cabendo a algumas disciplinas, como a Arquivística, relacionar

o fenômeno social da informação com a forma de registro e armazenamento.

A percepção do impasse e do salto epistemológico, que afetam, o

conhecimento empírico construído em torno de tal fenômeno, não é ainda

partilhada por muitos "cientistas da informação", porque não é ainda muito

nítida a fundamentação epistemológica das suas respectivas ciências e, em

especial, das até agora chamadas "ciências documentais".,

(MALHEIRO, Sem data, p.23-24)

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1.2 ARQUIVÍSTICA PÓS-CUSTODIAL

Após a crise do modelo de Arquivística clássica que estava somente

voltada para a história e a memória, ocorreu que o modelo da Arquivística

tradicional entrou em crise por força do envolvimento da sociedade pelo

fenômeno da informação que, em simbiose com a tecnologia digital, veio

causar a noção de estática de documento como conceito operatório e como

objeto de conhecimento e determinou a entrada dos Arquivos na chamada “era

pós-custodial”. (MALHEIRO 2003, p.79-99).

A arquivística pós-custodial surge no Canadá no início da década de 90.

Segundo o dicionário de termos arquivísticos do Arquivo Nacional (1992),

Arquivística seria princípios e técnicas a serem observadas na produção,

organizações, guarda, preservação e utilização dos Arquivos.

Para Jardim (1990-1995, p.04), Arquivística diria respeito a princípios e

técnicas pelos quais se “administram” os Arquivos e o conhecimento da

Arquivística.

Malheiro (2003, p.03), afirma que os paradigmas emergentes da

Arquivística, que designamos por “cientifico-informacional”, situam-a como

disciplina aplicada na área da ciência da informação, sendo no âmbito desta

jovem ciência, Arquivística, deve ser repensada e (re) construída, sob pena de

não conseguir vencer o empirismo e estatuo de disciplina técnica que a tem

caracterizado. Nesta perspectiva, o objeto “Documento” dá lugar a objeto

“Informação”.

Para Malheiro (2002, p.214), em sua definição do que compreendemos

por Arquivística pós-custodial seria,

Arquivística é uma ciência de informação social, que

estuda os arquivos (sistemas de informação (semi-)

fechados) , que na sua estruturação interna e na sua

dinâmica própria, quer na sua interação com os outros

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sistemas correlativos que coexistam no contexto

envolvente.

A Arquivística, que estudaria os sistemas de informação, seria, uma

ciência. Sendo a Arquivística capaz de desenvolver serviços e produtos, que

trabalham nada menos que numa estruturação sistêmica, holística, que segue

profundos padrões de investigação, evitando ao máximo a subjetividade e a

intervenção na descrição dos fatos, isto se deve há modelos e métodos

rígidos. E tendo como uma de suas premissas centrais a busca da

interdisciplinaridade, que consiste no fato de incorporar os resultados de várias

disciplinas, como a Comunicação, Filosofia, Informática, Biblioteconomia,

tomando-lhes de empréstimo esquemas de análise, para integração das

disciplinas, mas depois de havê-los comparado e julgado. (PINHEIRO,1995,

p.42-53).

Com isso, entendemos que a Arquivística pode ser uma disciplina que

busca a junção de várias ferramentas para construção do pensamento dentro

de uma abordagem sistêmica seguindo estão de modo transdisciplinar e

interdisciplinar.

Arquivística promoveria uma reflexão sobre o momento presente, no

qual diferentes formas de pensar e compreender o "todo" (funcionamento geral

de um sistema), estão nascendo a partir de uma mentalidade mais

interdisciplinar. Sendo importante para os cientistas da informação estarem

envolvidos com o avanço da tecnologia e do conhecimento diversificado.

Conhecimento este, aplicado através da formação do pensamento sistêmico

para a otimização do acesso e uso da informação e do conhecimento.

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Figura 1.

Arquivística

SOCIEDADE

condições políticas, técnicas, econômicas, culturais, etc

ação humana

Interdisciplinaridade

transdisciplinaridade Biblioteconomia

Sistemas de Informação

DIAGRAMA DO PAPEL DA ARQUIVISTICA NA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Ciências da Administração e Gestão

Ciências da comunicação

INFOMAÇÃO SOCIAL

Informática Computação Electrónica História

Sociologia Património Cultural Museologia

Psicologia Cognitiva Linguística Semiótica

Física

Química e outras ciêmcias naturais apl. aos suportes

OBJECTO MATERIAL

Esta visão sistêmica da Arquivística pós-custodial é verificada e

visualizada, por intermédio da Figura 1, baseado no diagrama do campo

científico da ciência da informação (MALHEIRO 2002, p. 80), onde remete a

Arquivística como parte integrante da ciência da informação. A intenção desta

figura é demonstra as relações interdisciplinares e transdisciplinares da

Arquivística com as ciências da informação, possibilitando também à

visualização do objeto (informação social /Arquivística) e objetivo (atender a

sociedade).

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1.3 REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Ao falar sobre a representação da informação, Malheiro (2002 p.26)

menciona que o termo informação esta sendo usado de modo impreciso e sem

especificidade, quanto ao seu significado. Apesar de existirem várias

definições para informação, elas são insuficientes do ponto de vista

epistemológico.

Para este autor, a representação da “informação” deve-se ao fato do

termo adquirir caráter de “substância”, ou seja, suscetível de ser movimentada,

transferida, manipulada e utilizada, muitas vezes com vista à satisfação de

uma necessidade psicológica. Assim, esta “substância” deveria ter a existência

material e conseqüentemente, teria de ser depositada sobre algo maleável, em

um suporte físico. E a representação deve ser feita através de símbolos, seja

ele oral ou escrito e que faça parte de algum grupo social que a use, tenha um

significado.

O recurso mais comum é a lingüística como forma de troca de

informação e a capacidade de transmissão e de fixação dessa informação

através da memória. Segundo Malheiro et all informação é:

Informação social o conjunto estruturado de

representações codificadas (símbolos, significantes)

socialmente contextualizadas e passíveis de serem

registradas em qualquer suporte material (papel, filme,

disco magnético, óptico, etc.) e/ou comunicadas em

tempos e espaços diferentes. (RIBEIRO 2003, p.20-24).

Segundo Ribeiro (2003) a definição proposta por Malheiro situa a

informação entre a dimensão psicossomática do ser humano onde se

inscrevem o conhecimento, a inteligência, a memória, as emoções, e a

comunicação social, ao mesmo tempo em que realça o papel do código (a

língua, os gestos, os números, as imagens...) como elemento constitutivo

essencial. As representações mentais e afetivas carecem de um código

passível de ser perpetuado pelo registro em um suporte material externo e

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transmissível em tempos e espaços diversos. O código pode, ser falado, mas

consolida-se e intensifica-se se for escrito.

1.4 INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA

O que entendemos por informação voltada para a Arquivística seria:

conjunto estruturado de representações mentais

codificadas (símbolos significantes) socialmente

contextualizadas e passíveis de serem registradas num

qualquer suporte material (papel, filme, banda magnética,

disco compacto, etc.) e, portanto, comunicadas de forma

assíncrona e multi-direcionada. (MALHEIRO, 2002 p.37)

Esta definição, por si só, é insuficiente para a caracterização da

informação como objeto, devendo ser complementada com uma apresentação

de diferentes propriedades e atributos, devido a:

Estruturação pela ação (humana e social) – o cato individual e /ou

coletivo funda e modela estruturalmente a informação;

Integração dinâmica – o ato informacional está implicado ou resulta

sempre tanto das condições e circunstâncias internas, como das externas do

sujeito da ação;

Preanuncia – enunciação (máxima ou mínima) do sentido ativo, ou

seja, da ação fundadora e modeladora da informação;

Quantificação – a codificação lingüística, numérica ou gráfica é

valorável ou mensurável quantitativamente;

Reprodutividade – a informação é reprodutível sem limites,

possibilitando a subseqüente retenção/memorização; e

Transmissibilidade – a (re) produção informacional é potencialmente

transmissível ou comunicável. (MALHEIRO 2002, p.42)

Estes elementos caracterizadores da Informação – (fenômeno humano

e social) seria o processo dinâmico pelo qual se orienta à comunicação, e

aliados à definição de informação Arquivística apresentada acima, constituem,

em síntese, as bases mínimas e fundamentais para o discurso científico sobre

aquilo que consideramos ser o objeto de estudo de uma área teórico -prática

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em consolidação, que determina competências profissionais em conformidade

com a respectiva fundamentação teórica e com as exigências do desempenho

profissional. Isto seria, portanto a forma como é colocado e o que entendemos

por informação Arquivística, sendo parte integrante do “Arquivo”, que é o objeto

da Arquivística pós-custodial.

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CAPÍTULO II

A HISTÓRIA DA ORIGEM E EVOLUÇÃO DO MÉTODO 5S

2.0 O PROGRAMA 5 S

O Programa 5 S é um instrumento poderoso, e faz parte do

Gerenciamento do Crescimento do Ser Humano. É um dos mais importantes

instrumentos porque prepara o ambiente para a implantação das demais

etapas. A idéia iniciou nos EUA em 1950 com o nome de House-keeping, e

consolidou-se no Japão com o nome de 5 S, em 1960.

O Programa 5 S tem caráter universal, podendo ser aplicado em todas

as organizações públicas e privadas, envolvidas ou não em programas mais

abrangentes da Qualidade e Produtividade. De uma forma organizada, ele

propõe mudanças de hábitos e de comportamento, buscando sempre

aumentar a qualidade de vida na empresa.

Segundo João Martins da Silva (2000),

"O 5 S é profundo, pois pode mudar a percepção das pessoas

em relação ao significado do trabalho e do que seja qualidade

de vida. É fácil de começar, difícil de manter mas, sobretudo, é

altamente mobilizador do potencial humano nas organizações."

Organização é um processo vivo, dinâmico, à medida que a situação

mudar, também mudam suas necessidades. Não importam as adaptações e

mudanças, os princípios básicos de organização e do 5S permanecerão os

mesmos.

O maior objetivo do 5 S é proporcionar um ambiente de trabalho limpo e

organizado, sem o qual será impossível diagnosticar e solucionar problemas

que possibilitem a melhoria das condições de trabalho, bem como dos bens e

serviços oferecidos pela organização. Ele se ocupa inicialmente da melhor

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organização dos móveis, objetos, arquivos, ferramentas, etc. E, se for bem

entendido e aplicado, estimula o melhor uso das idéias, dos métodos e

comportamento humano. Os seus resultados vão se refletir na própria vida das

pessoas, que passam a apreciar a ordem e a limpeza, com benefícios para a

saúde física e mental. Todos passam a sentir-se melhor nas suas funções,

pois o ambiente de trabalho fica mais agradável, saudável e produtivo.

O entusiasmo que o 5 S desperta é tal, que é muito comum as pessoas

o levarem para dentro de suas próprias casas, onde o gosto pelas coisas

organizadas, pela limpeza e por um ambiente saudável é passado para a

família, num efeito multiplicador de extremo valor e altamente necessário ao

nosso país.

O Método 5S tem seu ponto germinal no meio familiar japonês, pois é

em sua essência um método educativo. Como descreve Campos (1992) o

programa 5S,

"visa mudar amaneira de pensar das pessoas na direção

de um melhor comportamento para toda vida" e a contribuir

para a melhoria da produtividade, qualidade e segurança,

através da mobilização dos funcionários para

comportamento e ações disciplinadas e contínuas".

Como método educativo leva a uma mudança de atitude, tanto no

cotidiano das pessoas quanto em seu desempenho profissional.

O Método 5S, segundo Campos (1992)

“em sua essência uma mudança de conduta, hábitos,

comportamento e que tem de mobilizar toda a empresa, do

presidente aos operários, áreas administrativas, serviços e

manutenção. Necessita ser liderado pela alta administração que

deve servir de modelo, de exemplo e com isso levar à

mobilização de toda a organização em um trabalho de equipe

assimilado por todos.”

O engenheiro japonês, Ishikawa (1986), após uma viagem de estudos

aos Estados Unidos, em 1950, criou a Técnica dos 5S e como suas

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características são predominantemente domésticas, segundo Marshall-Júnior

(2002) ela passou a ser conhecida também como housekeeping e que "sem

exagero, a aplicação do Método 5S é uma das responsáveis pelo sucesso da

empresa japonesa pós-guerra e pelo ’reerguimento’ do Japão".

Figura II.

Paulo May

OS CINCO SENSOSOS CINCO SENSOS

O programa foi criado no Japão e seus nomes começamcom a letra “S”.

JAPÃO BRASIL

SEIRI ===> SENSO DE UTILIZAÇÃOSEITON ===> SENSO DE ORDENAÇÃOSEISOU ===> SENSO DE LIMPEZASEIKETSU ===> SENSO DE SAÚDESHITSUKE ===> SENSO DE AUTODISCIPLINA

Na figura acima, percebemos visualizamos e identificamos o termo

"Senso" é uma alternativa para evitar as palavras japonesas, de acordo com

Ribeiro (1994),

"Seiri: senso de utilização ou descarte, Seiton: senso de

arrumação, Seiso: senso de limpeza, Seiketsu: senso de

saúde ou higiene e Shitsuke: senso de autodisciplina".

Para Badke (2004), o significado é mais amplo; "o senso significa

exercitar a capacidade de apreciar, julgar e entender. Significa ainda aplicação

correta da razão para julgar ou raciocinar em cada caso particular".

Osada (1992) diz que.

“A fábrica não é um lugar onde se fabricam coisas. É também

onde as pessoas se aprimoram". O 5S é mais que um método

que leva à qualidade total, no Japão é uma filosofia de vida, uma

forma de convivência harmoniosa entre as pessoas e o meio

ambiente.”

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Quando vamos aplicar o 5 S, não podemos esquecer que os cinco

sensos estão intimamente ligados, sua interligação e interdependência

acontece naturalmente na sua aplicação.

Buscamos sempre evoluir por degraus, aplicamos o primeiro senso, o

segundo e após, o terceiro. Depois buscamos a nossa qualidade de vida,

através do senso de saúde, e a nossa realização pessoal, através do senso de

autodisciplina.

O 5 S é um programa simples. Os primeiros resultados obtidos com a

implantação dos três sensos iniciais impressionam, mas a sua manutenção e

melhoria a longo prazo é extremamente difícil. É necessário o

comprometimento de todos, gerentes e servidores, para a consolidação do

Programa 5 S.

Um programa 5 S bem conduzido deixa a organização em condições

para o trabalho em grupo, porque desperta o zelo pelas coisas bem feitas e a

vontade de melhorar sempre mais. Estão implícitos nos cinco sensos os

seguintes atributos da natureza humana: humildade, confiança, humor,

respeito e solidariedade.

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CAPITULO III

MÉTODO 5S APLICADO A GESTÃO DE DOCUMENTOS

3.1 VISUALIZAÇÃO DO 5S NO ARQUIVO

Um dos maiores problemas dos países em desenvolvimento é o

desperdício. Mais por inconsciência, incompetência e ignorância do que por má

fé. O Método 5S como método educativo modifica o comportamento das

pessoas fazendo com que tenham uma visão responsável tanto do seu

cotidiano quanto do meio em que vivem. É uma proposta que visa reeducar as

pessoas, recuperar valores, buscar a melhoria no ambiente de trabalho,

aumentar a produtividade, não descuidar da saúde e segurança, modernizando

as organizações, e, acima de tudo, buscar a conscientização das pessoas para

práticas da cidadania.

O principal objetivo de um programa baseado no método 5S é a

manutenção da ordem do seu local de trabalho, de forma que ele permaneça

sempre organizado, arrumado e limpo, sob condições padronizadas e com a

disciplina necessária para que se consiga o melhor desempenho nas

atividades de cada um e, sendo assim desenvolvido, seja levado para dentro

dos lares.

Os 5S são, na verdade de acordo com Osada (1992) "o que fazemos

para garantir que seremos capazes de realizar nossas tarefas com o máximo

de eficiência".

Pode-se afirmar que "os cinco sensos citados constituem um sistema

e, como tal, não faz sentido discutí-los isoladamente" (SILVA, 1994). Desta

forma, contribuem, de forma integrada, para a melhoria dos processos e do

ambiente de trabalho, pois, mais que uma simples ferramenta de

gerenciamento de objetos e espaços, o 5S pode ser encarado como uma

alternativa de postura frente à escassez de recursos materiais e humanos.

Assim, não se pode pensar no 5S deixando de lado o seu aspecto cultural,

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personificado mais claramente no Shitsuke. Será esta característica que

garantirá sua continuidade, possibilitará a mais ampla irradiação e a

efetividade dos resultados.

Será tratado a seguir o objetivo e a importância de cada um dos

sensos que compõem o Método 5S.

3.1.1 SEIRI – SENSO DE SELEÇÃO, UTILIZAÇÃO, DESCARTE

Este senso vem sendo traduzido de várias formas: descarte, utilidade,

ordenação, separar, eliminar, suprimir. No geral é o que todo mundo faz

quando inicia uma faxina: separa-se o que é necessário do que é

desnecessário e descarta-se o que não serve. A sua aplicação de maneira

responsável traz como benefícios a otimização de espaços, a redução de

custos operacionais, a diminuição do tempo de procura, a melhoria da

comunicação e a agilização do trabalho.

O Seiri pode, também, ser enfocado em um sentido restrito, referindo-

se a:

"Identificação, classificação e remanejamento dos

recursos que não são úteis ao fim desejado em sentido

amplo, refere-se à eliminação de tarefas desnecessárias;

excesso de burocracia e desperdícios de recursos em

geral" (SILVA, 1994).

Seleção ou utilização na linguagem do 5S, de acordo com Osada

(1992), "significa distinguir o necessário do desnecessário, tomar as decisões

difíceis e implementar o gerenciamento pela estratificação, para livrar-se do

desnecessário”.

"Um dos pontos chave do Senso de Seleção ou utilização, Seiri,

segundo Osada (1992), é a habilidade para o gerenciamento

pela estratificação, que é a maneira eficiente de tomar decisões

a respeito da freqüência de uso”.

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Deduz que se usamos pouco alguma coisa é porque praticamente não

necessitamos dela, e se não é necessário, devemos descartar, eliminar e

conservar somente o que for essencial e na quantidade indispensável.

Badke (2004) como profissional da área de arquivo, tem uma posição

técnica, mais cuidadosa e elaborada quando trata de descarte, principalmente

de documentos, afirmando que é preciso "classificar o necessário e eliminar o

desnecessário, identificando, analisando e remanejando os documentos

obsoletos e em duplicidade [...] visando eliminar o desperdício de recursos [...]

com armazenamento de documentos desnecessários".

Ribeiro (1994), diz que "organizar é separar as coisas necessárias das

que são desnecessárias, dando um destino para aquelas que deixaram de ser

úteis para aquele ambiente". No Método 5S o conceito chave é a utilidade,

porém, devemos tomar cuidado como que vai ser descartado para não

perdermos informações e/ou documentos importantes quando formos utilizá-lo

na área de arquivo. As principais vantagens do Seiri estão em conseguir

liberação de espaço, eliminação de ferramentas, armários, prateleiras e

materiais em excesso, dados ultrapassados, itens fora de uso.

Badke (2004) cita que para evitar descarte irresponsável tem-se que

"elaborar Tabelas Documentais e estabelecer os prazos de guarda e descarte

dos documentos". A melhor maneira de fazer isto é elaborar um levantamento

dos documentos gerados nos diversos setores da empresa; estruturação de

Tabelas de Temporalidade Documental; estudo da legislação em vigor;

aprovação das Tabelas de Temporalidade.

O principal instrumento é a Tabela de Temporalidade Documental, que

segundo Badke (2004), é o relatório resultante da análise individual dos

documentos que compõem as atividades de um setor, onde se determina o

período de vida de um documento em seu ciclo de utilização até o descarte. A

análise envolve aspectos jurídicos, contábeis, financeiros, administrativos,

históricos e gerenciais. No Arquivo Nacional (1985) podemos encontrar a

Tabela de Temporalidade Documental devidamente delineada.

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Badke (2004) entende que os benefícios da Tabela de Temporalidade

Documental são: Segurança no descarte, baseada na temporalidade do

documento; garantia de expurgar documentos somente quando ocorrer uma

análise prévia por profissional ou grupo que tenha investidura técnica mesmo

hierárquica na tomada de decisão; redução do volume de documentos

presentes nos setores, pelo correto gerenciamento do arquivamento;

eliminação de multiplicidade de cópias presentes nos arquivos em todo o

processo; eliminação de desperdício.

3.1.2 SEITON – SENSO DE ORDENAÇÃO

O objetivo dessa etapa é organizar os itens absolutamente necessários

e identificar e colocar tudo em ordem, dispondo sistematicamente objetos e

dados, para que seja fácil localizá-los. Badke (2004) diz que "após o expurgo

os documentos devem ser organizados [...] ou classificados a fim de fácil

recuperação, definindo a estrutura [...] para arquivamento e controle de

documentos nos Arquivos Operacionais [...] e Arquivo Central". Badke (2004)

afirma também que isso é feito quando se define padrões para organizar os

documentos, concebendo metodologia de organização, definindo suportes e

materiais para o acondicionamento dos documentos elaborando manuais de

procedimentos e definindo o layout que melhor se ajusta às áreas de trabalho.

Com isso, alguns dos benefícios serão a racionalização do tempo de trabalho,

com aumento da produtividade, rápida recuperação da informação e

documentação.

3.1.3 SEISO – SENSO DE LIMPEZA

Nesta etapa devemos limpar a área de trabalho e também investigar as

rotinas que geram sujeira, tentando modificá-las. Todos os agentes que

agridem o meio ambiente podem ser englobados como: sujeira, iluminação

deficiente, mal cheiro, ruídos, pouca ventilação, poeira etc. Cada usuário do

ambiente é responsável pela manutenção da limpeza. Na prática Seiso, ainda

inclui-se o não desperdício de materiais. Badke (2004) diz que "limpar sempre

e eliminar as causas da sujeira", afirma que "a informação é um bem evolutivo

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que a todo momento é agregado ao patrimônio da empresa". A forma de

aplicarmos esse senso de limpeza em arquivo pode ser através da Tabela

Temporalidade Documental. A autora ainda enfatiza que, de posse da Tabela

de Temporalidade Documental aprovada, define-se os critérios de manutenção

ou expurgo de documentos, uma vez iniciado o procedimento de triagem e de

expurgo da documentação, tem-se como benefícios os cumprimentos dos

prazos estabelecidos na tabela e a inspeção da necessidade de limpeza.

3.1.4 SEIKETSU – SENSO DE PADRONIZAÇÃO, HIGIENE

Significa padronização, mas alguns traduzem também como higiene e

que, na verdade quer dizer manter o padrão de organização, arrumação e

limpeza conseguidos nas fases anteriores. Nessa etapa, devem ser elaboradas

normas para detalhar as atividades do serviço, ou produção, que serão

executadas no dia-a-dia e as responsabilidades de cada um. Essa etapa exige

perseverança, pois se não houver mudanças no comportamento das pessoas

e nas rotinas que geram sujeira logo voltará a situação inicial de antes da

implantação do Método 5S.

Marshall-Júnior (2002) diz que "[...] consiste em manter tudo limpo e

higiênico, praticando os três 5S anteriores". Para Campos (1992), "é o

estabelecimento, preparação e implementação de informações e dados [...]

que serão muito úteis e práticas para decisões". Conforme Badke (2004) deve-

se padronizar a geração, armazenamento e busca da informação, evitando-se

os desvios dos avanços conseguidos com a melhoria do gerenciamento dos

documentos. A maneira de se conseguir isso, ainda segundo a autora, é

fazendo cumprir os prazos estabelecidos na Tabela de Temporalidade

Documental, evitando novos acúmulos de documentos, evitando o stress na

busca da informação desejada, mantendo a padronização e definindo o layout,

a iluminação e mobiliário adequado ao ambiente de trabalho. Consegue-se

com isso um ambiente adequado para implantação de projetos de

gerenciamento de documentos, melhoria do ambiente físico e eliminação de

fatores que podem afetar a saúde.

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3.1.5 SHITSUKE – SENSO DE DISCIPLINA

Essa fase significa que o processo está consolidado, embora não

definitivamente terminado, ela objetiva cumprir as quatro fases anteriores como

uma rotina, um hábito. Quando as pessoas começam a fazer o que tem que

ser feito, mesmo não sendo visível para ninguém, tal fato indica a existência de

disciplina. Ribeiro (1994) aponta que "ser disciplinado é cumprir rigorosamente

as normas e tudo o que for estabelecido pelo grupo. A disciplina é sinal de

respeito ao próximo". Para Campos (1992) "é um hábito para cumprimento dos

procedimentos determinados pela empresa".

Pode-se afirmar que é o senso com maiores dificuldades para sua

implementação, tendo em vista depender da auto-disciplina das pessoas.

Porém, reveste-se de suma importância, pois, ao enfatizar o aspecto cultural,

torna-se elemento vital para a continuidade do processo de 5S.

As vantagens advindas das aplicações deste Senso são muitas, uma

vez que a disciplina reduz a necessidade de controle, facilita a execução de

qualquer tarefa, evita perdas, possibilita prever os resultados, divide a

responsabilidade, reduz a necessidade de pressões por parte da gerência,

porque passa a ter uma interpretação diferente, mais livre e autônoma.

Conforme avalia Badke (2004) deve-se seguir os procedimentos e

aprimorar os padrões, "o senso de autodisciplina é aplicado através da

manutenção constante da metodologia implantada. A responsabilidade é de

todos e cada um deve fazer sua parte". A autora enfatiza a necessidade de se

discutir e questionar os procedimentos, por serem padrões evolutivos estão

sujeitos à modificações, porém uma vez implantados devem ser seguidos e

quando modificados devem ser rediscutidos e reescritos nos manuais de

procedimentos. O método 5S bem implementado, ao longo do tempo, passa a

ser incorporado à rotina, contribuindo para a conquista da Qualidade Total e

tendo como vantagem o fato de provocar mudanças comportamentais em

todos os níveis hierárquicos. Enfim, passa a ser uma parte da cultura da

organização.

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3.2 - AVALIAÇÃO DOCUMENTAL VS MÉTODO 5S

Como percebemos a aplicação do 5 sensos em uma instituição de

Arquivo nos remete a muitas coisas, nos mostra a semelhança entre duas

teorias distintas, mas que possuem o mesmo objetivo, considerando que para

ter um bom ambiente de trabalho, precisamos criar e ter condições de trabalho

adequadas.

A aplicação de instrumentos da Arquivística, como a tabela de

temporalidade, manuais, normas, fluxogramas e procedimentos, como

instrumentos de trabalho para o desenvolvimento das atividades de arquivo,

nada mais nada menos, são utensílios que garantem a aplicação do 5S de

forma segura e coerente, não oferecendo riscos à instituição, evitando ao risco

0 (zero) de “achismo” para a eliminação de documentos sem preceitos ou

parâmetros de eliminação.

A necessidade de redução de papeis, e por conseqüência a eliminação

de informações que por certas razões seus interesses de guarda se perdem ao

momento em que foram utilizadas, ‘e definida por meio do ciclo vital dos

documentos, onde o documento segue sua trajetória, ou seja, desde o

momento da criação até a sua destinação final. Este processo pode andar

alinhado com o 5S, pois a disciplina reduz a necessidade de controle, facilita a

execução de qualquer tarefa, evita perdas, possibilita prever os resultados. E

cada senso praticado nessa técnica pode ser aplicado no pequeno contexto de

um arquivo ou conjunto de documentos.

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CONCLUSÃO

O 5S aplicado no Arquivo deve fazer parte do processo de

padronização da empresa. Todas as gerências ou áreas deveriam seguir a

mesma lógica de ordenação, procedimentos, manuais, treinamentos dos seus

modelos de arquivamento e busca e recuperação da informação,

independentemente do seu suporte, o que geraria flexibilidade na hora de fazer

um sistema de rotatividade, férias ou eventual ausência de funcionários e até

mesmo para os novos.

O senso de utilização, por exemplo, pode ser aplicado quando

estabelecemos critérios de descarte das informações ou dos documentos. Há

informações que com o tempo perdem a validade, tornam-se obsoletas e

apenas avolumam as pastas dos arquivos, dificultando o acesso às

informações válidas. Esses critérios darão origem ao que chamamos de tempo

de guarda, com o qual poderemos periodicamente fazer o descarte de

documentos.

O senso de ordenação se aplica quando definimos uma metodologia

de arquivamento que facilite o controle e o acesso rápido às informações por

qualquer pessoa que delas necessite. O senso de limpeza pode ser aplicado

da forma tradicional, ou seja, o melhor é "não sujar", o que significa manter a

ordenação definida e contemplar, no controle, os novos tipos de documentos,

evitando sempre arquivamentos provisórios. Para o senso de saúde,

entendemos que a facilidade e a rapidez de acesso a uma determinada

informação podem tornar o ambiente de trabalho e as relações interpessoais

mais confortáveis. Deve ser muito estressante quando o chefe solicita uma

informação, uma correspondência a uma secretária e ela demora ou não

consegue achá-la.

O senso final, o da autodisciplina, é fundamental para que o programa

seja mantido e o sistema de controle de documentos difundido e praticado por

todos.

O programa 5S em conjunto com as teorias, praticas e técnicas

arquivísticas formam em conjunto uma base para um sistema da qualidade

bem definido e estruturado garantindo que todos os processos que envolvem a

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informação estejam disponíveis, identificados e procedimentados e que

garantam sempre o andamento dos processos PDCA.

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INDÍCE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO – ARQUIVO

9

1. ARQUIVÍSTICA CLÁSSICA 9

1.2 ARQUIVÍSTICA PÓS-CUSTODIAL 14

1.3 REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO 17

1.4 INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA 18

CAPITULO II – A HISTÓRIA DA ORIGEM E EVOLUÇÃO DO MÉTODO 5S 20

2.0 O PROGRAMA 5 S 20

CAPITULO III – MÉTODO 5S APLICADO NO SISTEMA DE

NFORMAÇÃO – ARQUIVO. 24

3.1 VISUALIZAÇÃO DO 5S NO ARQUIVO 24

3.1.1 SEIRI – SENSO DE SELEÇÃO, UTILIZAÇÃO, DESCARTE 25

3.1.2 SEITON – SENSO DE ORDENAÇÃO 27

3.1.3 SEISO – SENSO DE LIMPEZA 27

3.1.4 SEIKETSU – SENSO DE PADRONIZAÇÃO, HIGIENE 28

3.2 - AVALIAÇÃO DOCUMENTAL VS MÉTODO 5S 31

CONCLUSÃO 33

BIBLIOGRAFIA 34

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Título da Monografia: AS SEMELHANÇAS ENTRE A GESTÃO DE

DOCUMENTOS E A FERRAMENTA DE QUALIDADE 5S

Autor: Daniel Gorita de Lima.

Data da entrega: 29/01/2007

Avaliado por: Prof.ª Mestre Fabiane Muniz Conceito: