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RELATÓRIO DE AUDITORIA MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E INDICADORES PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS. PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR EMPRESA AUDITADA: ASPEX- Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO: Manejo de Florestas plantadas nos municípios de: Belmonte Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Itabela, Mascote, Itagimirim , Guaratinga e Eunápolis. Data : 08 a 11/10/2012 AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO Programa de Produtor Florestal (PPF) Grupo 4 ANTONIO DE OLIVEIRA Auditor Líder Bureau Veritas Certification Praça Pio X, 17 8 o andar RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL

ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Page 1: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

RELATÓRIO DE AUDITORIA

MANEJO FLORESTAL – PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E INDICADORES

PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS.

PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR

EMPRESA AUDITADA: ASPEX- Associação dos Produtores de Eucalipto do

Extremo Sul da Bahia

ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO:

“Manejo de Florestas plantadas nos municípios de: Belmonte Porto Seguro,

Santa Cruz de Cabrália, Itabela, Mascote, Itagimirim , Guaratinga e Eunápolis”.

Data : 08 a 11/10/2012

AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO

Programa de Produtor Florestal (PPF) Grupo 4

ANTONIO DE OLIVEIRA Auditor Líder

Bureau Veritas Certification

Praça Pio X, 17 – 8o andar

RIO DE JANEIRO/RJ – BRASIL

Page 2: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................. 10

1.1 Histórico da organização ................................................................................................... 10

1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação ............................................... 12

1.4 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas ............................................ 13

1.5 Distribuição de Florestas Plantadas e Áreas Naturais ....................................................... 14

2. Manejo Florestal ..................................................................................................................... 15

2.1 Características Regionais................................................................................................... 18

2.1.1. Biomas e Ecossistemas presentes ............................................................................. 19

2.1.2 Geologia e Solo ........................................................................................................... 21

2.1.3 Clima ........................................................................................................................... 22

2.1.4 Recursos Hídricos Disponíveis .................................................................................... 22

2.1.5 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário................................... 23

2.1.6 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes ...................................... 23

2.1.7 Construção e Manutenção de Estradas ..................................................................... 23

2.1.8 Identificação de Vestígios Arqueológicos e Paleontológicos ..................................... 24

3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 25

3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação ..................................................... 25

3.2. Identificação do OCF – Organismo de Certificação .......................................................... 27

3.3. Responsável pelo OCF ...................................................................................................... 28

3.4. Descrição do Processo de Auditoria ................................................................................. 28

3.4.1 Definição da Equipe de Auditoria ............................................................................... 29

3.4.2. Planejamento de Reuniões Públicas ......................................................................... 29

3.4.3 Planejamento e Realização da Auditoria.................................................................... 30

Page 3: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

3

3.5 Relatório Detalhado .......................................................................................................... 33

3.5.1. Resultado da Avaliação dos Princípios e Critérios Cerflor – Manejo Florestal ......... 46

3.5.2. Relatório Detalhado – Evidências da Equipe de Auditoria ........................................ 50

3.5.3. Lista de pessoal auditado durante toda a auditoria: .............................................. 121

3.6 Não Conformidades Registradas ..................................................................................... 122

3.7. Oportunidades de Melhoria e Observações Registradas ............................................... 131

4. Consulta aos órgãos públicos ................................................................................................ 133

4.1 Reuniões Públicas ............................................................................................................ 134

4.1.1 Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas .................................... 134

4.1.2 Entidades e pessoas contatadas .............................................................................. 136

4.1.3 Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas .................................................... 136

4.1.4 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da Empresa e

parecer Bureau Veritas Certification. ................................................................................ 136

5. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 136

6. CONCLUSÃO FINAL ................................................................................................................ 139

7. ANEXOS ................................................................................................................................. 140

7.1. ANEXO I: Carta Convite de Reunião Pública e Questionário enviado às partes

interessadas .......................................................................................................................... 140

7.2. ANEXO II: Pareceres de revisores técnicos ..................................................................... 140

7.3-OUTROS ANEXO .............................................................................................................. 140

Page 4: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

4

RESUMO

O Bureau Veritas Certification (BVC) é um organismo de certificação

reconhecido pelo INMETRO, que atua como organismo acreditador e é

atualmente responsável por executar os procedimentos de auditorias anuais

pelos próximos 05 anos na empresa ASPEX- Associação dos Produtores de

Eucalipto no Extremo Sul da Bahia. Essas auditorias são feitas para avaliar

as atividades relacionadas à gestão florestal ,de acordo com os Princípios

e Critérios do CERFLOR, NBR 14.789/2007.

A empresa ASPEX - Associação dos Produtores de Eucalipto no

Extremo Sul da Bahia,congrega todos produtores vinculados ao Programa

Florestal da VERACEL.Este programa está baseado na prática de plantio

de florestas em parceria com a VERACEL, para suprimento de parte da

demanda de sua fábrica, o que representa uma nova oportunidade de

agronegócio na região. Numa primeira etapa de certificação houve a

certificação do grupo 1 composto pelos produtores Antonio José Elias e

esposa, Iêdo J. Menezes e Elias J. Elias, José Nivaldo Pianizoli e esposa,

Carlos Alberto Mantovani e esposa, Antônio Gimenez dos Santos,Carlos

Renato Pinto Viana, Almir Santos Gigante,Rubens Jacinto Baioco/Israel

Eduardo Baioco, Armando Rodrigues Gomes, Celcemy Manoel Andrade e

esposa, A ldir Maria Grillo Bortot,Arlindo Tedesco e esposa,Gilberto Lopes

de Jesus e Maria Madalena Araújo de Jesus,Ronaldo Athayde da Cunha

Peixoto e esposa, Alzimery Lima Vieira Cruz e Arlindo Tedesco e esposa.

Numa segunda etapa,optou-se por certificar o grupo composto por 11

produtores florestais, abaixo nominados já devidamente certificados pelo

Bureau Veritas Certification.

O grupo 2 compõe-se dos seguintes produtores:Arlindo Tedesco e

esposa, Tarsila B. Sartório, Ronaldo Peixoto e outros,Vera Ivone, João

Page 5: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

5

Batista Almeida, Diego Pires Brito e outra, Laurito Rigoni, Arquilino Canal,

Regina Tavares Picoli e João Hornóbio Campo Dall’forto.

Em outro grupo ,o G3, certificou-se através de ampliação de escopo,

certificou-se mais 12 produtores florestais com uma área total auditada de

3.627,18 há, com uma área de efetivo plantio de 1.695,69 há.

O grupo 3 compõe-se dos produtores: Instituto Educacional de Porto

Seguro Ltda, José Nivaldo Pianizzolli e esposa, Edmar Gilberto Lembrance

e Antonio Vitor Lembrance, João Batista Almeida, Giovani Lazzarini Grippa,

Melfi Patrimonial, Delcina Pereira Santos, Ângelo Gabriel Sperandio, Laert

Grassi(Ruberci Casagrande e outros), Meta Agropecuária Ltda e Aldo

Ronconi.

Por meio deste Programa Produtor Florestal, a VERACEL fornece, como

incentivo, mudas, formicidas, fertilizantes e assistência técnica ao

empreendimento. E quando necessário para o custeio das florestas, a

empresa realiza um adiantamento financeiro, o qual é atualizado ao fim do

contrato de compra e venda da madeira.

Na página seguinte enumeramos os componentes do grupo 4, objeto desta

auditoria de certificação.

Page 6: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

6

Page 7: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

ITEM

Nº PPF Nome do Produtor Nome da(s) Fazenda(s) Município Total

Imóvel (ha)

1 002 Ademir Milanezi Conjunto Estrela Santa C. Cabrália

525,71

2 004 Ronaldo do Espirito Santo e

outros Conj. Oiteiro Córrego Grande/ Duas Barras

Belmonte 623,39

3 020 Paulo Koji e outros Águas Claras do Oeste Itabela 234,24

4 025 Espólio Carlos Cesar e Silva São Jorge Eunápolis 542,46

5 029 Erton Sanchez e esposa Pouso Alegre/ Esperança/

Dois Irmãos/Monte Dourado Eunápolis 532,21

6 034 Nilo Orlando Gracindo

Montenegro Araxá e Araxá III Itagimirim 444,65

7 051 Gervásio Schimith Bergue Santo Antonio da Água

Branca Itabela 386,44

8

053 Maria Thereza Paier São Jorge Itabela 941,48

9 063 Leonardo Loureiro Fernandes Ribeirãozinho Itagimirim 155,95

10 064 José Henrique Alves Lírio dos vales Santa C. Cabrália

41,29

11

065 Erton Sesquim Sanchez São Pedro A Eunápolis 265,93

12 070 Gilmar Antonio Bertoldi Santo Antonio Itabela 745,79

13 071 Joel Santos Passos Santa Cecília Eunápolis 81,77

14 072 Fábio Loureiro Souto Boa Esperança Belmonte 134,14

15 073 Fábio Loureiro Souto Nova Floresta Belmonte 100,80

Page 8: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

8

16 074 Fábio Loureiro Souto Santa Helena Belmonte 49,47

17 077 Antonio José Elias Genebra II Santa C. Cabrália

320,85

18 078 Arley Francisco Vercovi Faz. Mariquinha Mascote 1.111,45

19 079 Leonardo Seixas Matos Minadouro Belmonte 113,25

20 081 Flamarion Souza Matos Santa Maria Belmonte 125,58

21 082 Zanini Florestal Ltda Vencedora Belmonte 348,17

22 083 Gustavo Zanandrea Nova Esperança Itabela 233,76

23 084 Erlette Gambarini Arizona Itabela 311,99

24 087 Zanini Florestal Ltda Natividade Mascote 960,47

25 090 Adler Lopes Neiva Fazenda Santa Clara (A Belmonte 257,35

26 091 Zanini Florestal Ltda Conjunto Recanto Mascote 119,20

27 092 Leonardo Seixas matos Conjunto Recanto Belmonte 121,59

28 095 Jair Passamani São João do Paraíso Itagimirim 1.047,04

29 110 Melfi Patrimonial Ltda Relíquia Eunápolis 236,43

30 056/12

8 Aroldo José Mariano Juliana Itabela 269,45

31 058/08

8

Paraiso Verde Agropecuária Ltda.

Boa Vista/ Conj. Hosanan / Urucan

Itagimirim 1.269,61

Page 9: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

As auditorias feitas pelos auditores do Bureau Veritas certification

durante os dias 08 a 11 de outubro de 2012, basearam-se na adaptação do

Padrão Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal –Princípios,

critérios e indicadores para plantações florestais, conhecido como

CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas

Técnicas.

A equipe de auditoria avaliou todos os requisitos do padrão e constatou

que a empresa ASPEX – Associação dos Produtores de Eucalipto do

Extremo Sul da Bahia atende às exigências em suas unidades de gestão.

Apesar de 6 (seis) não conformidades encontradas, todas menores,13

(treze) observações levantadas,bem como 3 (tres) oportunidades de

melhorias, o sistema de gestão está implementado de forma adequada nas

áreas cobertas pelo escopo do certificado. Assim a ASPEX –Associação

dos Produtores de Eucaliptos do Extremo Sul da Bahia, está dispensada de

até o final da primeira etapa de auditoria para apresentar as ações

corretivas.

Este relatório apresenta as observações dos auditores coletadas durante

as avaliações de campo, bem como os resultados da consulta pública.

Page 10: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 Histórico da organização

Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia -

ASPEX

Tendo em vista o aumento da atividade de produção de florestas

plantadas de eucalipto na região do extremo sul da Bahia, os produtores

florestais da região, perceberam a necessidade de se organizar em grupo, de

modo a compartilhar conhecimento, melhores práticas para a atividade, além

de fortalecer o mercado madeireiro da região.

Dentro deste contexto surge a ASPEX - Associação dos Produtores de

Eucalipto do Extremo Sul da Bahia - fundada em 26/08/2006, com sede no

município de Eunápolis /BA. Atualmente a associação reúne 50 associados,

todos os produtores de eucalipto da região, sendo estes plantios particulares

ou vinculados a indústrias.

Como missão, a Associação busca atuar no agronegócio do Extremo Sul

da Bahia, pautados no profissionalismo e embasados no tripé da

sustentabilidade. Portanto, os produtores associados praticam a atividade rural

por meio de processos socialmente justos, ambientalmente adequados e

economicamente viáveis, posto que compete à ASPEX atender aos interesses

econômicos de seus associados.

Sobre a estrutura da associação, temos que a ASPEX conta com uma

diretoria composta por seis membros (presidente, vice-presidente, dois

secretários e dois tesoureiros) e um conselho deliberativo composto por 07

(sete) membros.

Segue abaixo a atual composição da diretoria e conselho deliberativo

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11

DIRETORIA BIÊNIO 2012-2014

CARGO NOME

Presidente Gleyson Araújo de Jesus

Vice-Presidente Albert Franco Sartório

1° Secretário Paulo Koji Eizuka

2° Secretário Erton Sesquin Sanches

1° Tesoureiro Érico Bittencourt Shigeto

2° Tesoureiro José Nivaldo Pianizoli

CONSELHO DELIBERATIVO

PERIODO CONSELHO NOME

6 ANOS

1° Posição Armando Rodrigues Gomes

2° Posição Antônio Costa Cruz

3° Posição Celsemy Manoel Andrade

3 ANOS

4° Posição Flamarion Souza Matos

5° Posição Ademir Milanezi

6° Posição Jair Passamani

7° Posição Robson de Andrade Costa

Com esta base e com as experiências absorvidas por seus associados a

Associação percebeu a necessidade de adotar alguns valores para melhoria da

atividade individual. Assim surgiram os compromissos da ASPEX, os quais

pautam a atuação de seus associados:

Crença no associativismo

Contribuição ao desenvolvimento sustentável regional

Valorização da atividade rural

Desenvolvimento das pessoas

Competitividade e produtividade das propriedades rurais

Responsabilidade socioambiental

Respeito às instituições

Page 12: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

12

Para assegurar a incorporação destes valores, a ASPEX desenvolve ações

para que todos os seus associados incorporem princípios e critérios de

certificações florestais. Neste sentido, no ano de 2010 a ASPEX iniciou um

processo de adequação e aprimoramento das técnicas de manejo florestal

aplicadas por seus associados, o que resultou na formação do 1º grupo de

produtores que voluntariamente se submeteram a um processo de auditoria

para certificação florestal, o que ocorreu no ano de 2011.

Cominado ao processo de aprimoramento das técnicas de seus associados,

a ASPEX também se percebe um integrante das comunidades em que atua,

portanto, de acordo com os padrões de Responsabilidade Social, a associação

vem realizando ações sociais de cunho educacional, capacitação profissional e

de saúde, buscando contribuir com a região em que opera. Além disso, a

ASPEX busca interagir com as demais organizações do setor, fazendo parte,

inclusive, da câmara setorial florestal, fórum florestal da Bahia, entre outros.

Tendo sido esta uma experiência de diversos ganhos e aprendizados para

associação e seus associados, a ASPEX tem por objetivo garantir a

certificação da totalidade dos produtores florestais associados, mantendo

assim o seu objetivo de aplicar as melhoras práticas de manejo florestal em

suas áreas, reafirmando o fato de que a ASPEX, prioriza o conceito de

sustentabilidade não de forma isolada, mas em conjunto com a importância do

Associativismo e valorização da atividade rural.

1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação

Luiz Tápia – Coordenador de Sistema de Gestão Florestal

E-mail:[email protected]

Rua Floriano Peixoto 266-

Município :Eunápolis BA

Fone: + 55 73 3166-808

Page 13: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

13

1.3 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas

Page 14: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

14

1.5 Distribuição de Florestas Plantadas e Áreas Naturais

Área total auditada no grupo 4 é de: 12.055,94 ha, que somados aos grupos

anteriores, (Grupo 3=3.627,18 há ,Grupo 2 = 6.552 há e Grupo 1 = 5.838,94

há ) que atualmente totalizam uma área auditada de 28.074,06 ha

Áreas de Manejo Florestal: grupo 4 = 5.120,73 há , que somados aos grupos

anteriores,( Grupo 3=1.695,69 há,Grupo 2=3.075,00 há e Grupo 1=2.651,41

há) que atualmente totalizam uma área total de manejo florestal de 12.542,83

há de efetivo plantio

1.5.1 Plantios particulares(NÃO SÃO OBJETO DESTA CERTIFICAÇÃO)

Reconhecendo no plantio de eucalipto uma alternativa atraente para a

ocupação do imóvel rural, alguns dos Produtores Florestais Integrados – G4

decidiram ampliar a área com esta cultura realizando plantios particulares de

eucalipto em áreas classificadas como de outros usos de suas propriedades.

Estes plantios não fazem parte do Programa Produtor Florestal da Veracel

Celulose S.A, de forma que constituem uma fonte de madeira para o comércio

regional. Entretanto, são áreas que foram consideradas fora do escopo da

certificação, identificadas através de memorial descritivo dos plantios no mapa

dos imóveis.

O manejo destas áreas é de responsabilidade exclusiva do produtor

florestale visando manter os padrões do manejo das demais áreas da

propriedade, o produtor respeita em todas as atividades realizadas nestes

plantios particulares os princípios e critérios das certificações FSC® e

CERFLOR. A localização destas áreas pode ser observada nos mapas de

PTEAS de cada propriedade.

Page 15: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

15

Tabela 13 –Áreas com plantio particular de eucalipto situadas nas propriedades dos

Produtores Florestais Integrados – G4

Nº PPF Nome do Produtor Nome da(s) Fazenda(s) Município

Área de plantio

particular de

eucalipto (ha)

004 Ronaldo do Espirito Santo e

outros

Conj. Oiteiro Córrego

Grande/ Duas

Barras/Santa Luzia

Belmonte 3,65

064 José Henrique Alves Lírio dos vales Santa C. Cabrália 13,50

072 Fábio Loureiro Souto Boa Esperança Belmonte 0,52

073 Fábio Loureiro Souto Nova Floresta Belmonte 5,79

078 Arley Francisco Vercovi Mariquinha Mascote 25,04

079 Leonardo Seixas matos Minadouro Belmonte 24,22

081 Flamarion Souza Matos Santa Maria Belmonte 37,30

082 Zanini Florestal Ltda Vencedora Belmonte 25,72

087 Zanini Florestal Ltda Natividade Mascote 4,24

091 Zanini Florestal Ltda Conjunto Recanto Mascote 23,53

092 Leonardo Seixas Matos Vencedora Belmonte 18,04

2. Manejo Florestal

Descrição das Áreas Manejadas e seus Processos

Os plantios de eucalipto dos Produtores Florestais estão localizados

num polígono de aproximadamente dois milhões de hectares entre os paralelos

15° 20´ S e 17° 20´ S e os meridianos 39◦ 00´ W e 40° 00° W. As propriedades

Page 16: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

16

estão inseridas em 06(seis) municípios do Estado da Bahia e a distância média

da Fábrica da VERACEL é de 50 Km.

Os plantios da floresta de eucaliptos dos produtores florestais são

originários de clones fornecidos pela VERACEL, obtidos do cruzamento de

Eucaliptus grandis com Eucaliptus urophyla, recebendo a denominação de

urograndis.

A técnica utilizada para a implantação de eucalipto é a de cultivo

mínimo, isto minimiza a interferência na estrutura do solo, somente removendo

a estrutura na linha de plantio.

Sistematicamente em cada plantio realiza-se uma análise de solo,

visando recompor /adicionar os nutrientes apontados como necessários ou

faltantes para o cultivo de eucalipto.

Após o plantio, são iniciadas as atividades de manutenção do primeiro

ano, incluindo a manutenção de combate a formiga e capinas tanto na linha

como na área, (entrelinha) e adubação de cobertura (que normalmente ocorre

aos seis meses após o plantio).

Após o primeiro ano temos o período de manutenção da floresta, que

acompanha o tempo de desenvolvimento da floresta até o final do ciclo, quando

ocorre a colheita.

Neste período ocorre o repasse/combate as formigas cortadeiras,

manutenção dos aceiros/estradas, sendo que operações são geridas pela

empresa VERACEL e executadas por seus prestadores de serviços, sendo

empresas qualificadas e constantes do seu cadastro, a quem também prestam

serviços.

O período médio e desejável da rotação/ciclo das florestas é o período

de sete anos, mas dependendo das necessidades ao manejo florestal do

consumidor ( neste caso a VERACEL), este período pode oscilar entre seis e

nove anos.

Page 17: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

17

Executada a colheita deste primeiro ciclo, estas plantações podem ser

manejadas através de regime de talhadia (conduzindo-se a brotação) ou a

simples reforma, baseando-se nos dados resultantes da avaliação do inventário

pré-corte e outras informações relevantes, constantes do plano de manejo

florestal.

Este plano de manejo florestal apóia-se no inventário florestal contínuo

realizado em cada produtor florestal, que tem por objetivo construir modelos

matemáticos capazes de estimar o volume de madeira para o futuro.

A produtividade média dos plantios dos Produtores Florestais, tido como

amostragem é de 42,87 m³/há/ano (sem casca) perfazendo o volume de 329,60

m³sc/ha aos sete anos e sete meses de idade.

O manejo contempla o desenvolvimento das atividades operacionais de

produção de mudas, reflorestamento e colheita florestal, bem como as

atividades florestais de suporte como inventário e planejamento florestal,

Geoprocessamento, pesquisa e desenvolvimento florestal (melhoramento

florestal, solos e manejo, biotecnologia, proteção florestal e meio ambiente)

O PTEAS- Projeto Técnico, Econômico, Ambiental e Social: é o

procedimento aplicável ao Produtor Florestal, que estabelece e ordena as

operações para cada talhão, indicando o manejo da floresta para cada Produtor

Florestal, estimativas de produtividade e rendimentos operacionais, bem como

levantamento dos impactos a ações mitigadoras para as questões sociais e

ambientais, como também orientar as operações florestais.

A prevenção e combate a incêndios florestais se vale da estrutura de

torres e organizacional da VERACEL.

A sistemática de combate a pragas e doenças nas florestas dos

Produtores Florestais é realizada através dos procedimentos de combate

integrado de pragas e doenças da VERACEL.

Situação Fundiária

Page 18: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

18

Os Produtores Florestais da ASPEX possuem, para todas as suas

propriedades, matrículas imobiliárias devidamente registradas nos cartórios de

registros de imóveis dos municípios em que possui suas terras.

As áreas manejadas pela ASPEX , neste grupo objeto de ampliação de

escopo , denominado de grupo 4 compõem se de 31 Produtores Florestais

As averbações das reservas legais estão sendo tratada de acordo com a

legislação pertinente, obedecendo às premissas do órgão competente.

2.1 Características Regionais

O descobrimento do Brasil, no século XVI, aconteceu no sul da Bahia.

A colonização começou com a instalação de entrepostos comerciais, no litoral,

por onde eram embarcados os produtos originados da floresta, entre eles, o

pau-brasil.

Em contrapartida, os navios aportavam descarregando mudas de cana

de açúcar, contrabalançando a exportação de madeiras nobres, em troca do

algodão, do cacau e do café.

No século XIX, houve a consolidação da cultura do cacau, mas no

século XX, começou o declínio da atividade, em função da baixa produtividade

e violenta onda de pragas e doenças.

No século passado, com a demanda da utilização de maneira predatória

das madeiras nobres da Mata Atlântica, fez com que este bioma sofresse uma

violenta degradação, praticamente exaurindo os remanescentes da Mata

Atlântica, cujo pico se deu entre 1960 e 1970.

Sem alternativa de renda na região, iniciou-se uma pecuária extensiva e

de maneira predatória e os poucos remanescentes de Mata Atlântica foram

substituídos, por imensos campos com pastagens nativas de baixa

rentabilidade, fazendas com queimas sistemáticas para renovação das

pastagens.

Page 19: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

19

2.1.1. Biomas e Ecossistemas presentes

As unidades de manejo florestal da ASPEX localizam-se em zona de

domínio da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) ou transição dos biomas

brasileiros, cerrado e mata atlântica, segundo o mapa da vegetação brasileira

do IBGE.

A região possui várias unidades de conservação destacando-se o

Parque Nacional de Monte Pascoal, a Estação Ecológica do Pau Brasil, o

Parque Nacional do Pau Brasil e Parque Nacional do Descobrimento na esfera

do poder pública.

No tocante a reservas particulares destaca-se Reserva Particular do

Patrimônio Natural RPPN –Estação Veracel.

Caracterização da Vegetação

A Estação Veracel é um dos remanescentes mais bem conservados e

que expressa à diversidade da flora existente na região, onde foram realizados

levantamentos para caracterização de espécies existentes em sua área de

influência. Nesta Estação ocorrem várias espécies raras e ameaçadas de

extinção, como o pau Brasil (Caesalpinia echinata), o jacarandá da Bahia

(Dalbergia nigra) e a maçaranduba (Manikara subcericea), além de uma grande

variedade de orquídeas e filodendros., palmeiras e bromélias

De acordo com a predominância de características do ambiente físico,

ocorre a distinção dos ecossistemas associados a estes biomas, a exemplo

das matas ciliares e florestas riparias. A disposição dos fragmentos florestais

existentes nas unidades de manejo florestal ocorre nos mapas localizados na

intranet. Neles estão dispostas as áreas de preservação permanente e reserva

legal da empresa.

Caracterização da Fauna:

Considerando a alta diversidade da fauna característica da área do

Corredor Central da Mata Atlântica, a Estação Veracel tem demonstrado em

seus levantamentos faunísticos grande representatividade e riqueza de

espécies. São cerca de 350 espécies de vertebrados já catalogados de

Page 20: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

20

interesse para a conservação, sejam elas espécies raras, ameaçadas,

endêmicas ou até mesmo novas espécies.

Aves:

A área de influência dos Produtores Florestais apresenta uma grande

diversidade de aves, predominando as espécies típicas de ambientes florestais,

como a araponga (Procnias nudicolis), o papagaio-chauá (Amazona

rhodocorytha), o gavião-sovi (Ictinea plumbea) entre outras.

Ocorrem espécies de aves que se fixam somente nas mussunungas,

como o caso da patativa (Sporophila leucoptera) e da tesourinha-do-campo

(Tyrannus savana). Outras espécies como o dançador-de-cabeça-encarnada

(Pripa rubrocapila), dançador-de-cabeça-branca (Pipra pipra) e o tangará-

rajado (Machaeropterus regulus), preferem exclusivamente a vegetação mais

úmida das galerias.

Existem ainda espécies restritas aos brejos, como a andorinha-do-rio

(Tachycineta albiventris) e a saracura-lisa (Amaurolimnas concolor). Merece

destaque a ocorrência de espécies raras como o anambé-azul (Cotinga

maculata), o escarro (Xipholena atropurpurea) e o beija-florcanela (Ramphodon

dohrnii).

Mamíferos:

A maioria dos mamíferos que ocorre na Estação Veracel é comum a

outros ecossistemas do país. Merecem destaque quatro espécies endêmicas

da Floresta Atlântica: o macaco-prego (Cebus robustus), a preguiça comum

(Bradypus variegatus), o sagui-da-carabranca (Callithrix geoffroyi) e o ouriço-

preto (Chaetomys subspinosus). As espécies mais ameaçadas pela caça são

os herbívoros de maior porte, como a anta (Tapirus terrestris), a paca (Agouti

paca) e o veado-mateiro (Mazama americana).

Répteis e Anfíbios:

A Estação Veracel, devido à variedade de tipologias vegetais e sua

extensa rede hidrográfica, apresenta a maior diversidade de répteis conhecida

Page 21: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

21

para a Floresta Atlântica. Das 50 espécies de lagartos registradas, pelo menos

16 delas (32%) ocorrem na Estação Veracel. Além destas, há duas espécies de

quelônios e 35 de serpentes.

Ameaças à Biodiversidade:

O fogo e o desmatamento ilegal de floresta nativa são os principais

fatores associados à destruição dos habitats. Além disso, a caça e o comércio

de animais silvestres para abastecer o mercado interno e externo e o furto de

madeiras e plantas ornamentais são fatores de risco para a preservação da rica

biodiversidade da Floresta Atlântica.

2.1.2 Geologia e Solo

Geologia:

Quanto aos aspectos estratigráficos, a área dos Produtores Florestais

possui limites ao norte com as litologias integrantes do Grupo Rio Pardo e do

Cinturão Itabuna.

O oeste e ao sul ocorrem o domínio do Cinturão Itabuna e das micas-

xisto da região de Itagimirim. O leste é limitado pelas seqüências que compõem

o Grupo Barreiras e os sedimentos fluvio-marinhos da área litorânea.

O Grupo Barreiras é a unidade litológica de maior expressão aflorante na

área estudada. É encontrado desde a região de Itapebi, Eunápolis e

Guaratinga próximo à extremidade oeste, até a faixa litorânea na extremidade

leste, mostrando largura máxima de exposição da ordem de 80 km e média de

40 km.

Apresenta um relevo de tabuleiros de topo plano e/ou abaulado,

localmente dissecado pelas bacias hidrográficas principais em diferentes graus

de densidade e aprofundamento. Suas altitudes alcançam valores de 100 m e

decrescem suavemente em direção ao litoral, onde formam falésias e

paleofalésias.

Solo:

Page 22: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

22

Predominam nas áreas viáveis para reflorestamento solos da classe

Argissolos Amarelos, apresentando horizonte B textural, com muitas

derivações nas classes texturais, desde arenosos a muito argilosos, com

ocorrência freqüente de camada adensada em subsuperfície com alto grau de

coesão. São, na maior parte das vezes, altamente susceptíveis à compactação,

se manejados de forma intensiva e sob condições de elevada umidade. É típica

da região a existência pontual de espodosolos (as chamadas mussunungas)

que supõe impedimento para o plantio de eucaliptos, podendo ser utilizados em

outras culturas.

2.1.3 Clima

A precipitação média anual na região é de 1.200 mm, com extremos de

1.600 mm junto ao litoral e de 900 mm no setor noroeste da área licenciada. A

distribuição das chuvas é favorável à cultura de eucalipto em grande parte da

área, praticamente sem meses secos ou déficit hídrico, exceto na região

noroeste.

A temperatura média é de 24ºC, com pequena amplitude. A

luminosidade (brilho solar) possui variações de 5 a 8 horas diárias. Segundo

Köppen, o clima da região é classificado em dois tipos:

- Af: chuvoso, quente e úmido, característico do litoral, envolvendo uma faixa

de aproximadamente 50 km de largura, com precipitações elevadas, variáveis

entre 900 a 2.000mm anuais e temperatura média de 23,8ºC; e

- Am: formando uma estreita faixa paralela à anterior, também quente e úmido,

mas com precipitações inferiores ao Af, porém compensadas pela elevada

média anual.

2.1.4 Recursos Hídricos Disponíveis

Em sua maioria os rios da região têm direção geral de oeste para leste,

desaguando no Oceano Atlântico. As bacias presentes na região de influência

dos produtores florestais do grupo 4 da ASPEX são as dos rios: Barra,

Page 23: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

23

Buranhém, Caraíva, Frades, Jequitinhonha, João de Tiba, Jurema, Pardo,

Salsa, Santo Antônio, Setiquara, Sucuriúba e Trancoso.

2.1.5 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário

A região conta com várias unidades de conservação, como o Parque

Nacional de Monte Pascoal, a Estação Ecológica do Pau Brasil, o Parque

Nacional do Pau Brasil, localizado em Porto Seguro, com 9,2 mil hectares, e o

Parque Nacional do Descobrimento, em Prado, com 21 mil hectares e a

Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel, com 6.069 há.

2.1.6 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes

A região onde estão inseridos os Produtores Florestais do Grupo 4 da

ASPEX está próxima à Costa do Descobrimento e tem forte potencial turístico

pela diversidade de suas praias, dunas e falésias. Entretanto, as principais

atividades econômicas da região, em termos de ocupação de área, são a

pecuária e o plantio de cacau. Devido às características da região e às técnicas

empregadas, essas atividades têm um baixo rendimento por hectare e baixa

capacidade de geração de emprego. A população residente na região de

entorno dos Produtores Florestais do grupo 4 da ASPEX, na sua maioria, está

lotada em áreas urbanas. O nível de renda per capita é inferior à média do sul

da Bahia e a estrutura de serviços de saneamento e saúde não é suficiente

para atender toda demanda.

Atualmente, a pecuária extensiva é a principal atividade em termos de

ocupação de área (75%). Contudo, devido às características da região e das

técnicas empregadas, tem um baixo rendimento por hectare e baixa taxa de

emprego.

2.1.7 Construção e Manutenção de Estradas

Com base na seqüência de corte estabelecida em conjunto, entre a

gerência da área florestal da VERACEL e os produtores florestais, são

Page 24: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

24

definidos os investimentos em obras de arte e estradas necessárias para

viabilizar as operações de colheita e o escoamento da madeira para a fábrica.

Na abertura de novas estradas e na melhoria das estradas já existentes, são

utilizados cuidados construtivos para minimizar a erosão dos solos,

destacando-se:

- com base em estudos hidrológicos, topográficos e geotécnicos, especificam-

se os padrões construtivos para a conformação dos taludes, construção de

bueiros e de outras obras para drenagem, execução de terraplenagem e

pavimentação e ainda o revestimento dos taludes através de hidrossemeadura;

- elaboração de projeto construtivo para travessias de vales, definindo o

traçado, volume de movimentação de material e dimensionamento de obras de

arte (bueiros ou pontes); e

- impedimento de tráfego de máquinas e equipamentos ou da disposição de

resíduos de obras ou de manutenção mecânica de máquinas em áreas com

remanescentes de Mata Atlântica.

Quando da necessidade de intervenção nas áreas de preservação

permanente, são firmados termos de compromisso com o órgão ambiental,

visando a restauração ecológica destas áreas.

Quando da necessidade de consumo de água para as atividades

operacionais, protocola-se um processo no órgão ambiental competente,

objetivando a obtenção da outorga de uso dos recursos hídricos ou dispensa

da mesma.

Os aspectos e impactos ambientais das atividades florestais sobre os

recursos hídricos são identificados pela empresa, havendo a implementação de

controles operacionais, monitoramentos e controle de registros, afim de garantir

a eficácia da gestão dos recursos hídricos.

2.1.8 Identificação de Vestígios Arqueológicos e Paleontológicos

A ASPEX utiliza-se da base cartográficas e a existência dos

procedimentos da VERACEL para a identificação e registro, porém não foram

identificadas áreas com estas características nos hortos e fazendas.

Page 25: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

25

3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO

3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação

O processo de avaliação foi efetuado com base no Escopo de

Certificação descrito acima, conforme o Padrão Normativo NBR 14.789:2007 –

Manejo Florestal – Princípios, critérios e indicadores para plantações

florestais conhecido como CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação

Brasileira de Normas Técnicas.

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é uma entidade

não-governamental, sem fins lucrativos, reconhecida pelo Conmetro como

Fórum Nacional de Normalização. A ABNT é o organismo responsável pelo

processo de elaboração e revisão das normas do Programa Cerflor.

As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos

Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial

(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por

representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,

consumidores e partes interessadas (universidades, laboratórios, organizações

não governamentais e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no

âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os

associados da ABNT e demais interessados.

A Norma NBR 14.789:2007 foi elaborada pela Comissão de Estudo

Especial Temporária (CEET) de Manejo Florestal, formada por especialistas

brasileiros representantes dos setores envolvidos. A revisão de 2007 da norma

circulou em consulta nacional conforme Edital Nº 08, de 21/07/2007 a

20/08/2008 com o número do projeto ABNT NBR 14789. Esta segunda edição

cancela e substitui a edição anterior de 2001.

O Padrão Normativo aqui utilizado faz parte do Sistema Brasileiro de

Certificação, em que o INMETRO estabelece as regras para o processo de

Certificação.

Page 26: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

26

Em 19 de outubro de 2005 o CERFLOR passou a ser reconhecido pelo

Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC). O PEFC é um

conselho sem fins lucrativos, que atua de forma independente, tendo sido

fundado em 1999 com o objetivo de promover o manejo florestal sustentável

em todo o mundo.

Atualmente conta com 25 sistemas de certificação florestal reconhecidos

que passaram por avaliações técnicas. No Brasil o reconhecimento se deu por

intermédio do INMETRO, que atua como organismo acreditador, estabelecendo

regras específicas para o sistema de certificação do CERFLOR. Maiores

informações podem ser obtidas pelo website www.pefc.org.

O CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e

indicadores, incluindo requisitos ambientais e sociais, a serem atendidos pela

organização auditada. No processo de avaliação todos os requisitos normativos

são verificados nas unidades de manejo, objeto da certificação.

São ao todo 05 (cinco) Princípios, relacionados às atividades de manejo

florestal, como indicado a seguir:

Princípio 1: Cumprimento da Legislação;

Princípio 2: Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e

longo prazos, em busca da sua sustentabilidade;

Princípio 3: Zelo pela diversidade biológica;

Princípio 4: Respeito às águas, ao solo e ao ar;

Princípio 5: Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em

que se insere a atividade florestal.

Os princípios estabelecidos nesta norma constituem a referência para o

manejo florestal.

De acordo com o estabelecido no próprio padrão normativo NBR

14789:07, destacamos que:

Page 27: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

27

“Os princípios são desdobrados em critérios, que são a expressão dos

requisitos que descrevem os estados ou dinâmicos de um ecossistema florestal

e do sistema social a ele associado”.

“A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante

a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que

podem ser quantitativos ou qualitativos”.

“Dependendo da localização e da finalidade da unidade de manejo

florestal, nem todos os indicadores serão aplicáveis. Contudo será sempre

necessário avaliar todos aqueles pertinentes à situação local”.

3.2. Identificação do OCF – Organismo de Certificação

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC) está credenciado pelo

INMETRO para realização de certificações de manejo de florestas plantadas

com base na norma NBR 14789:2007, podendo emitir certificados com a

logomarca deste organismo credenciador.

O objetivo do BVC é realizar serviços de certificação com alta

credibilidade, sendo este o motivo pelo qual optou em realizar tais certificações

de acordo com os requisitos do Sistema Brasileiro de Certificação

Dados para Contato

Escritório São Paulo:

BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)

Sr. José Antônio Ferreira da Cunha: Certification Technical Manager

Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar

04311-000 SÃO PAULO/SP

Fone: (0**11) 5070-9800 Fax: (0**11) 5070-9000

E-mail: [email protected]

Page 28: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

28

3.3. Responsável pelo OCF

BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)

Sr Luiz Roberto Duarte Pinho (Diretor de Certificação)

Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar

04311-000 SÃO PAULO/SP

Fone: (0**11) 5070-9800

Fax: (0**11) 5070-9000

E-mail: [email protected]

3.4. Descrição do Processo de Auditoria

Trata-se de uma auditoria para certificação de um grupo de 31(trinta e

hum) produtores florestais nominados no resumo deste relatório

Durante esta auditoria foram realizadas visitas a partes envolvidas com

as atividades da ASPEX e com o intuito de se ouvir as partes interessadas em

relação ao desempenho da ASPEX quanto ao cumprimento dos princípios do

CERFLOR. Este grupo irá se juntar ao grupo 1 da ASPEX suas ampliações de

escopo , para suas plantações florestais no sul do Estado da Bahia.

O processo de auditoria de certificação do CERFLOR compreende:

Planejamento inicial da auditoria;

Planejamento e realização das reuniões públicas(já realizadas na pré-

auditoria);

Definição da equipe de auditoria;

Avaliação documental quanto ao atendimento do CERFLOR;

Avaliações de campo quanto ao atendimento do CERFLOR;

Page 29: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

29

Emissão e publicação do relatório de auditoria;

Planejamento de auditoria complementar e/ou de Follow-up (não

aplicável a este caso);

Apreciação do processo de auditoria por parte da Comissão de

Certificação;

Emissão de relatório final após avaliação de ações corretivas (não

aplicável a este caso )e demais questões pertinentes.

Adicionalmente em uma auditoria de certificação deve ser realizada uma

auditoria inicial (de 1ª fase), com o objetivo de avaliar o plano de manejo, a

legalização das unidades de manejo e demais documentações requeridas pela

NBR 14789

3.4.1 Definição da Equipe de Auditoria

A seguinte equipe foi designada para a realização desta auditoria:

Nome Função na Equipe Formação Acadêmica

Antonio de Oliveira Auditor líder Engenheiro florestal

Rafaela Guimarães Auditora Engenheira florestal

Nelsom Bastos Auditor Engenheiro florestal

Fábio Dib especialista em direito Advogado

Maria Augusta Godói auditora Engenheira Florestal

3.4.2. Planejamento de Reuniões Públicas

As reuniões públicas têm como objetivo identificar recomendações,

questionamentos, denúncias e demais demandas das partes interessadas,

Page 30: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

30

referentes aos princípios do CERFLOR, permitindo ao Bureau Veritas

Certification avaliar, durante o processo de auditoria, as questões relevantes

registradas.

É importante esclarecer que a empresa auditada (ASPEX) não participou

ativamente das reuniões em função do objetivo destas.

Foram realizadas duas reuniões públicas conduzidas pelos membros da

equipe de auditoria.durante a auditoria inicial

A escolha dos municípios foi feita em função da representatividade

regional destes, considerando ainda as atividades da empresa auditada,

também a realização das reuniões públicas realizadas na certificação do grupo

1 e facilidade de acesso e existência de instalações adequadas para a

realização das reuniões.

A documentação gerada no planejamento e realização das

reuniões públicas compreende: convites emitidos, questionários de consulta

pública preenchidos por partes interessadas, listas de presença nas reuniões

públicas e Questionamento de partes interessadas. Todos estes registros estão

mantidos pelo Bureau Veritas Certification como parte do processo de auditoria

da empresa.

Os questionamentos pertinentes, gerados nas reuniões públicas,

foram inseridos naquele relatório, contemplando as respostas da empresa,

assim como avaliação por parte do Bureau Veritas Certification. É importante

ressaltar que apenas questões relacionadas aos Princípios do CERFLOR

foram contempladas neste relatório.

3.4.3 Planejamento e Realização da Auditoria

De acordo com o Escopo de Certificação pretendida,31 (trinta e hum)

produtores denominado grupo 4, foram executadas as seguintes atividades:

análise de documentação, verificações em campo, entrevistas com

colaboradores dos produtores florestais, empresa de assessoria, prestadores

de serviços e partes interessadas.

Page 31: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

31

Foi também avaliado o parecer da empresa sobre os questionamentos,

recomendações e comentários das partes interessadas, enviados através de

questionários específicos do CERFLOR e identificados nas Reuniões Públicas,

referentes ao manejo florestal da empresa frente os critérios do CERFLOR.

Como todo o processo de Auditoria, as avaliações ocorreram conforme

plano de auditoria estabelecido previamente, considerando o tamanho e

complexidade das atividades da empresa e caráter amostral de um processo

de auditoria.

Ao longo das avaliações nas instalações e propriedades da empresa,

foram realizadas consultas formais aos órgãos públicos, relacionados com

licenciamentos ambientais,(IBAMA,INEMA e MINISTËRIO PÚBLICO de

EUNÁPOLIS) prefeituras municipais(CÂMARA DE VEREADORES de SANTA

CRUZ de CABRÁLIA)

Nesta fase de auditoria, todos os 31(trinta e hum) produtores florestais

que buscam a certificação foram auditados e vistoriados em campo.

PROGRAMAÇÃO DA AUDITORIA

Auditores/dias da semana

08/10/2012 Segunda feira

09/10/2012 Terça feira

10/10/2012 quarta feira

11/10/2012 quinta feira

ADO Ma nhã

8:30 (1) 9:30 (2) 12:00(12)

9:00 (6) 078 12:00 (12)

8:00 (6) 065 10:00 (6) 002 12:00 (12)

8:00 (9) 10:00 (10) 11:00 (11)

Tarde 13:30(4) P2 16:30 (5)

13:30 (6) 087/091 16:30 (5)

13:30 (9) 16:30 (5)

13:15 (12)

Guia

Mar celo

Ma Nhã

8:30(1) 9:30 (4) P2 12:00 (12)

9:00(6) 079 10:00(6) 081 12:00(12)

8:00 (6) 063 10:00 (6) 095 12:00 (12)

8:00 (9) 10:00(10) 11:00(11)

Tarde 13:30 (4) P1 16:30 (5)

13:30 (6) 092 16:30 (5)

13:30 (6) 084 16:30 (5)

13:15 (12)

Guia

Page 32: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

32

Nel Son

Ma Nhã

8:30 (1) 9:30 (4) P5 12:00 (12)

9:00(6) 053 10:00(6) 070 12:00 (12)

8:00 (6) 090 10:00(6) 025/110 12:00 (12)

8:00 (9) 10:00 (10) 11:00(11)

Tarde 13:30 (4) 16:30 (5)

13:30 (6) 056/128 16:30 (5)

13:30 (4) P5 16:00 (9) 16:30 (5)

13:15 (12)

Guia

Rafaela

Ma Nhã

8:30 (1) 9:30 (4) P1 12:00 (12)

8:00 (4) P1 12:00 (12 )

8:00 (13) 12:00 (12)

8:00 (9) 10:00 (10) 11:00(11)

Tarde 13:30 (4) P1 15:30 (4) P1 16:30 (5)

13:30 (4) P1 16:30 (5)

13:30 (13) 15:00(9) 16:30 (5)

13:15(12)

Maria Augusta

Ma Nha

8:30 (1) 9:30 (4) P3 12:00 (12)

8:00 (6) 084 10:00 (6) 020 12:00(12)

8:00 (13) 12:00 (12)

8:00(9) 10:00 (10) 11:00 (11)

Tarde 13:30 (4) P3 16:30 (5)

13:30 (6) 087 16:30 (5)

13:30 (13) 16:30( 5)

!3:15 (12)

Guia

Fa Bio

Ma nha

8:30 (1) 9:30(4) P1 12:00 (12)

8:00 (4) P1 12:00 (12)

8:00 (13) 12:00 (12)

8:00(9) 10:00 (10) 11:00(11)

Tarde

13:30 (4) P1 16:30 (5)

13:30 (4) P1 16:30 (5)

13:30 (9) 16:30 (5)

13:15 (12)

Guia

Page 33: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

33

Legenda da auditoria

1-reunião de abertura

2-fechamento das NCRs da prévia

3-almoço

4-auditoria

5-reunião de feed-back

6-visita a PPF

7-outros

8-processos judiciais

9- relatório

10- reunião de encerramento

11- viagem para o aeroporto

12- retorno

13- partes interessadas .

Relatório Detalhado

Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria durante o processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos processos da organização, de acordo com um plano de trabalho previamente elaborado. Em cada processo auditado foi dada ênfase aos princípios e critérios do CERFLOR pertinentes, conforme demonstrado abaixo.

Deve ser esclarecido que em todas as visitas realizadas nas atividades

silviculturais, foram verificados os respectivos mapas com detalhes dos talhões,

hortos, reservas legais, áreas de preservação permanente e recursos hídricos,

em consonância com o critério 3.5 da NBR 14789:2007.

Page 34: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

34

A respeito do critério 3.1 entendemos que as atividades realizadas pela ASPEX

sucedem aquelas realizadas pelos prestadores de serviço da VERACEL, onde

se pode afirmar que existe experiência prévia suficiente para comprovação do

potencial de produção dos materiais genéticos utilizados em larga escala.

Quanto ao critério 4.1 esclarecemos que evidenciamos no sistema de

informação geográfico da empresa o mapeamento dos recursos hídricos em

nível de microbacia. Durante as visitas em campo as informações dos mapas

foram validadas por nossa equipe de auditoria.

PRINCÍPIO 1

PRINCÍPIO 1 - ASPECTOS LEGAIS (3.1. da ABNT NDR 14789) 1

Critério 1.1 – indicador “a” – A atualização da legislação aplicável é realizada

pela(Mosello, Trindade, Sena e Calvo advocacia – fantasia: Mosello Lima).

A prestação de serviços é bastante profissional e mantém sistemas de

atualização de normas (Âmbito), repassando à ASPEX eventuais alterações

normativas que possam incidir sobre as atividades sobre as atividades de

manejo florestal.

O procedimento se mostra eficiente na medida em que são repassadas as

alterações de importância à ASPEX, com cópia para as demais consultorias

contratadas (Two Tree e PROJEX). Foi evidenciado o encaminhamento do

conteúdo do Decreto Estadual 14024/2012, que altera a redação s a indicação

da Resolução CEPRAM 3925/2009 que gerou a necessidade de protocolo de

novos pedidos de licenças perante outros órgãos da administração ambiental

que não os municipais.

Critério 1.1 – indicador “b” – foi evidenciado que o PPF possui registro dominial

que segue os princípios do direito imobiliário, a exemplo do princípio da

continuidade registraria. A certidão apresentada datada de 24/02/2012 e

contém, em síntese, as seguintes informações:

Cadeia dominial (Certidões imobiliárias de registro no CRI e de Compra e

Venda em Cartórios de Títulos e Notas):

Page 35: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

35

Certidão do CRI de Porto Seguro, datada de 24.2.12, ref. Matricula nº 207 de

12.03.1976, da Fazenda Nordestina, com área de 457,4 ha, aproximadamente.

Trata-se de transmissão do Estado da Bahia para os adquirentes originários, tal

qual consta do registro 01-207 de 12.03.12. Os registros 02, 04, 06, 07 e 10

indicam o encadeamento sucessório que sob o aspecto formal encontra-se em

perfeito, considerando a devida continuidade registraria. O último registro, de nº

10 confirma a transmissão da propriedade ao PPF;

O registro 03 e transcreve hipoteca datada de 31.03.1978, cancelada por

autorização do banco em 05.06.1979;

A averbação 05-207, de 06.04.1982 confirma a existência de termo de

preservação de floresta, dispondo sobre a área de 91,4 ha, cf. instrução

normativa 01/80 do IBDF;

O registro 08-207, de 20.05.2004 confirma o contrato de implantação de

floresta pela VERACEL S/A, numa área de aproximadamente 263,5 ha;

Consta recolhimento do ITR no importe de R$ 1.008,60, recolhido por meio de

DARF datada de 30/09/2011, exercício de 2011.

Referido DARF contempla o total de 507,3 ha, considerando as 2 áreas que

compõem a unidade de manejo florestal, conforme recibo de declaração do

ITR, controle nº RBF: 18.67.32.77.00;

Consta que no Documento de Informação e atualização Cadastral do ITR –

DIAC, de 2011 não houve alteração cadastral, sendo o imóvel cadastrado da

receita federal sob o nº 5.981.349-0;

Consta o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR do INCRA

(2006/2009), ainda no nome dos proprietários anteriores, devidamente quitado,

registrado sob o nº 10250.13760.07457.02270

A certidão do Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Porto Seguro,

Livro C-2, lavrada em 24.02.2012, ordenada sob o nº 8486, de 06.12.2006,

certifica que que o PPF 48 adquiriu o imóvel denominado Montes Claros, num

total de 50 ha;

Consta da certidão que a av. 01-8.486, lavrada sob o nº do registro nº 119,

Livro C-1 do referido Cartório, que foi averbada na forma da Portaria 01.80 do

IBDF, 10 ha, relativos a Termo de Preservação de Floresta.

Page 36: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

36

Regularização ambiental – Prev/Rl, APPs: 2

Consta cópia simples de Licença Ambiental Simplificada – LS 2008/068, com

data de emissão de 10/10/2008;

Consta cópia simples de pedido de licença simplificada – LS protocolizado no

IMA em 14.07.2010, sob o nº 2010-011544/TEC/LS-0449;

Critério 1.2

Evidenciado que , são atendidos e respeitados os direitos das comunidades

locais pelos registros de que as áreas vizinhas ou limítrofes são respeitadas e

estão devidamente identificadas localizadas e respeitadas.

Constatada a existência de documentos de posse e de domínio comprovando a

demarcação das unidades dos Produtores Florestais. Examinada a

documentação de propriedades, constantes na planilha de controle de

patrimônio imobiliário, cuja documentação arquivada pode chegar a fase

vintenária, que entre as quais destacamos: terras próprias, terras arrendadas,

terras em parceria, terras em comodato.

Para definir o aproveitamento da propriedade a empresa estabelece um estudo

prévio quanto ao potencial da propriedade.

As áreas ainda com cobertura vegetal ,são representadas pela reserva legal e

áreas de preservação permanente compondo-se de florestas em estágio

avançado campo natural e campo úmido

PROCESSOS TRABALHISTAS

Prontuários individuais, Pagamento de salários, Registro de freqüência, Guias

FGTS/IRRF/INSS, folha de pagamento, férias, 13º salário, rescisões,

contribuição sindical, Convenção coletiva, Tributos, SESMT, Reclamatórias

trabalhistas, Benefícios, Sindicato (contr. Patronal) e Livro de inspeção do

trabalho.

Page 37: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

37

Horas in itinere: Por não exercer atividades laborais rurais a ASPEX não

possui os acordos coletivos prevêem critérios de adicional para estas horas.

Sistema de controle e avaliação de requisitos legais

Pelo sistema Âmbito foi constatada listagem atualizada de requisitos legais a

serem atendidos pelo empreendimento florestal.

Evidenciada verificação quanto ao atendimento dos requisitos legais.

Res ANP 15/2005

ReS 157/2004 Contram

Res 168/2004 Contram

Lei 8212/1991: Seguridade social

NR 01

NR 02

NR 06

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A ASPEX terá suas atividades de colheita florestal regularizadas a partir do

cumprimento do licenciamento/registro dependendo do entendimento das duas

sistemáticas de licenciamento aplicadas pelo INEMA, conforme segue:

Licenças/registros dos processos a serem colhidos , pois os mesmos foram

implantados sob a égide das licenças municipais revogadas.

Com relação às áreas antigas, existe uma recomendação do Ministério Público

Estadual de Eunápolis a respeito da obrigação de buscar o devido

licenciamento e neste aspecto são desenvolvidos esforços nos sentido de obter

junto ao INEMA o licenciamento ambiental (EIA-RIMA) previsto na legislação

pertinente.

A ASPEX realizou o cadastro de todas as áreas antigas objeto do processo de

certificação e está enviando informações complementares de acordo com os

Page 38: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

38

critérios do INEMA.Para Tanto foi elaborado um programa para atender estes

requisitos.

Critérios 1.3

Evidenciados:

PROGRAMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA

VERIFICADOS:

- Programa de gestão de saúde e segurança do trabalho da ASPEX(

PPRA,LTCAT,APA,PCMSO,AET),elaborados para todos os Produtores

Florestais que possuem empregados e das empresas contratadas.

-Foram evidenciados os ASOS de:José Alfredo Batista( elaborado por Gustavo

Maia Pedroni )Valdomiro Patrício Dias (elaborado por Juliana C.

Pacheco)Joaquim Barbosa Jr e Gilmar de Faria (ambos elaborados por

Gustavo Maia Pedroni)

PRINCÍPIO 2

Critério 2.1:

Evidenciados procedimentos:

ASPEX Colheita Florestal ASP 08 Rev03 de 20.04.2012;

Veracel Estradas Florestais PO-03-EFL-001;

Veracel Formação de Plantios de Eucalipto PO-03-SIL-008;

A ASPEX utiliza os melhores clones desenvolvidos e adaptados pela

VERACEL para a região.

Planilhas de aspectos ambientais e impactos associados (Colheita, Estradas,

Gestão de resíduos, Silvicultura, Transporte de madeira e Viveiro).

Evidenciado s os clones 975, 1006, 1004 e 865, representam 70% do plantio

comercial da Veracel. Verificado o relatório interno da Veracel: “Recomendação

de clones para plantio comercial da Veracel e produtores florestais em 2012”.

Sede das fazendas e residências dos funcionários

Page 39: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

39

- residência de funcionários( área de vivência) contendo banheiro, água

potável, caixa de primeiros socorros, mesa e cadeiras.

- Uso de EPIs regulamentados;

- Controle de inspeção de extintores de incêndio de 03/08/2012;

- Extintores de incêndio nas residências e conscientização dos operários;

- Registro de treinamento de operários dos PPF quanto a incêndios florestais e

emergências

CAPINA QUÍMICA

Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com

pulverizador costal no Produtor Florestal

- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura, plantas

atingidas.

Critério 2.2

Verificado o Plano de Manejo ASP-Plano de Manejo Integrado do, Grupo de

Produtores Integrados – G4, Rev. 05 de 08/10/2012.

Evidenciados:

- condições de manejo em função de peculiaridades regionais e locais

- esquema de manejo silvicultural

- justificativa da viabilidade econômica do manejo

- sistema de malha viária

- idade de colheita

- estimativa de crescimento e produção

- mapas e croquis da área de manejo com ocupação e uso de solo, tipos de

solo, vegetação e recursos hídricos estão linkados ao geoprocessamento.

- Evidenciado programa plurianual de plantio ou reforma, colheita e

manutenção,

Page 40: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

40

segundo a Veracel, é difícil saber quando o produtor vai reformar, plantar ou

colher.

- em caso de contingências que comprometam o suprimento de madeira, a

empresa monitora fontes alternativas de matéria-prima no mercado,

identificados no estudo “ Disponibilidade de Madeira e Atualização das

Informações Gerais sobre Plantios de Eucalyptus spp e produção de madeira”

(versão 01/2006).

- inventário florestal contínuo existente.

- plano elaborado e monitorado por profissional legalmente habilitado

- plano monitorado, revisado, com resultados do monitoramento incorporado ao

plano.

- resumo do plano na internet e plano na integra e resumo na intranet.

- programas de treinamento evidenciados: questões ambientais, diálogo sobre

direitos e condições de trabalho, interpretação das normas, plano de manejo

florestal , noções de certificação, alimentação saudável. Verificadas também

as listas de presenças dos treinamentos

Critério 2.3

Evidenciada a aplicação e transferência de tecnologia da Veracel para

produtores florestais.

O mesmo padrão tecnológico é adotado. Todos os PPF´s dentro dos tabuleiros

costeiros.

Verificado os documentos:

“Recomendações técnicas para manejo florestal” , janeiro de 2011.

PETFLO – “Plano estratégico de tecnologia florestal , março de 2012.

Pessoa auditada

Sergio Ricardo – Gerente de tecnologia

Critério 2.4:

Page 41: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

41

O SAP é usado para o controle de estoque dos insumos, é possível visualizar

até o nível de PPF.

CAPINA QUÍMICA

Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com

pulverizador costal no Produtor Florestal

- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura, plantas

atingidas.

Verificado que a empreiteira INFLORS atende exclusivamente aos produtores.

Além desta as empresas BONELA e KTM também podem atender.

Evidenciado também o controle das embalagens utilizadas.

Pessoa auditada

Welington Santos - estoque

PRINCÍPIO 3

Critério 3.1.

Ampliação da base genética

Evidenciado que o uso de materiais genéticos utilizados previamente e em fase

de testes pela VERACEL e são usados pela ASPEX ,para a qual a VERACEL

o uso destes materiais. Os clones novos que venham a ser desenvolvidos pela

empresa VERACEL são de uso exclusivo da mesma, mas poderão ser

solicitados para uso em suas atividades de pesquisa pela ASPEX, através de

acordos e contratos.

Experiência Prévia

A VERACEL já possui um programa de melhoramento, com clones híbridos

das espécies de E. saligna, E. dunni, E.urophlylla, E. glóbulos.

Avaliação contínua de material genético alternativo

Os materiais genéticos em utilização são anualmente monitorados pela

VERACEL, onde são elaborados relatórios anuais de desenvolvimento dos

Page 42: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

42

trabalhos em reuniões trimestrais e anuais para discutir a estratégia de

melhoramento florestal da organização.

Organismos geneticamente modificados

A ASPEX , por usufruir do melhoramento genético da VERACEL não faz uso

comercial ou pesquisa com Organismos Geneticamente Modificados.

CRITÉRIO 3.2

Existência de mapeamento, demarcação e proteção dos sítios históricos,

arqueológicos, de valor cultural ou social:

Os ecossistemas com importância ambiental, arqueológica, histórica, cultural

ou social foram avaliados pela empresa VERACEL conforme pode ser

evidenciado no programa da empresa. Em sítios arqueológicos inicialmente se

localiza e identifica a área dos sítios, que são numerados e protocolados junto

ao IPHAN, na fase de diagnóstico.

A organização define as paisagens levando em conta os ecossistemas, as

unidades de uso (florestas em estágio inicial, florestas em estágio avançado,

campo , campos úmidos).

Nas unidades onde se encontram plantios antigos foi evidenciada uma política

para a criação dos corredores ou stepping Stones, plantio para proteção dos

fragmentos já existentes, diminuição do efeito de borda, aumento da área

nuclear, recuperação de áreas legais: APP e reserva legal.

Os plantios florestais estão estabelecidos em áreas já antropizadas, tendo em

vista que o Órgão Ambiental Estadual, atualmente não concede autorização

para ampliação de implantação de florestas homogêneas, em áreas onde ainda

existe vegetação arbórea de qualquer tipo, ensejando assim a manutenção da

floresta nativa.

O delineamento das plantações florestais é intercalado com a vegetação de

ocorrência natural, tendo em vista o alto grau de ocorrência de áreas de

preservação permanente contribuindo assim para a formação de corredores

Page 43: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

43

ecológicos, para a fauna residente e migratória,inclusive com o

estabelecimento de florestas naturais , favorecendo a permeabilidade entre os

remanescentes florestais nativos.

Critérios 3.2 e 3.5

RECUPERAÇÃO DE APP

Verificado nos PPF ,que após o plantio efetuado em 2006, aliado à

regeneração natural, foi realizado o plantio de espécies nativas. O

desenvolvimento destas é lento, porém é o esperado para a região.

Critério 3.6

Em todas as fazendas visitadas evidenciamos cancelas nas entradas bem

como placas com indicativos de restrição de acesso a caça e pesca.

PRINCÍPIO 4

Critérios 4.2

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E EDÁFICOS

VERIFICADOS:

- O monitoramento de recursos hídricos é realizado em 02 vertedouros

instalados em cursos de água localizados em plantios de eucalipto e na

Estação Ambiental Veracel

-Estação Ambiental Veracel: Barragem de alvenaria com vertedouro onde se

realizam as medições de vazão e análise da qualidade de um curso de água

sem nome que corta a unidade de Conservação e um plantio de eucalipto da

empresa. Instalado no local um linígrafo que mede a altura da régua na

barragem de 10 em 10 minutos.

- Projeto conservação de solos da ASPEX em convênio com VERACEL

referente a compactação , erosão e conservação de matéria orgânica conclui

que as técnicas até então utilizadas (cultivo mínimo e plantio em nível) não

comprometem a sustentabilidade do solo.

Page 44: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

44

- Avaliação dos impactos da colheita na compactação do solo serão avaliadas

em convênio com a VERACEL , quando da colheita da madeira , definindo o

número critico de passadas de máquinas (harvester; forwarder) na qual ocorre

compactação.

- Impacto do Manejo de Resíduos Florestais é realizado conforme o

procedimento da VERACEL.

- Baseado nas análises de solo e experimentos de fertilização obtêm-se tabelas

de recomendação de adubação (por talhão) para NPK e Ca. Micronutrientes

são avaliados via análise foliar.

- Relatório de monitoramento da vazão e qualidade de água (VERACEL)

conclui que as vazões apresentam distribuição regular ao longo do ano;

presença de ferro, alumínio, mercúrio e chumbo em valores acima dos

parâmetros para classe 2.

Critério 4.4

GESTÃO DE RESÍDUOS

- Planilha anual da VERACEL referente a remessa dos produtos enviados aos

produtores e também a planilha de devolução referente aos resíduos sólidos

enviados para destinação final no ano de 2011/2012.

- Depósito de armazenamento temporário de resíduos perigosos em local

fechado, com piso impermeabilizado e ventilado.

MONITORAMENTO DE FUMAÇA PRETA

Não é realizada pelos produtores, pois todas as atividades silviculturais, que

incluem veículos diesel são realizadas por empresas terceirizadas vinculadas a

VERACEL.e nesta fase, nenhuma atividade encontra-se em execução.

Quando houver atividades de colheita , a VERACEL assume junto ao produtor

a responsabilidade de fazer a medição anual de fumaça preta de seus veículos

e manter esses dados disponíveis;

Page 45: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

45

Critério 4.3

ARMAZENAMENTO DE AGROTÓXICOS E RESÍDUOS CONTAMINADOS

- Verificado depósito da VERACEL onde os resíduos contaminados com óleo

são acondicionados em galpão fechado, piso impermeabilizado, ventilado,

sistema de combate a incêndio. Os principais resíduos armazenados são: óleo

usado, embalagens de óleo, EPIs, outros materiais contaminados com óleo. Os

defensivos agrícolas estão neste depósito em local separado, sob paletes,

identificados e com FISPQ disponível.

- Verificado depósito de insumos onde se armazena defensivos agrícolas em

local isolado, acesso restrito, ventilação forçada, material para contenção e

piso impermeabilizado.

Princípio 5 (Ações Sociais)

Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.

A ASPEX inicialmente estabeleceu parcerias com 4 sindicatos de produtores

rurais : Porto Seguro, Belmonte, Guaratinga e Itabela.

Dos31 produtores do grupo 4, apenas 9 tem empregados.

Evidenciados:

Doação para Sociedade São Vicente de Paulo de Belmonte;

Lista de presença Cozinha Brasil de 17 a 20/04/12, outro curso está

sendo conduzido no período desta auditoria em Cabrália;

Doações mensais para ACRNSV –Associação Casa de Recuperação

Nutricional S.O.S. Vida;

Lista de presença Curso de Apicultura 19 a 21/09/2011 – Itabela,

promovido pelo SENAR; outro curso está sendo conduzido no período

desta auditoria em Eunápolis;

Lista de presença visita de Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;

Fotos sobre visitas de campo Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;

Parceria ASPEX com União de Educação e Cultura – UNECE

(Faculdade UNISULBAHIA);

Parceria ASPEX com ACRNSV – Associação Casa de Recuperação

Nutricional SOS Vida;

Parceria ASPEX com Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela – BA.

Page 46: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

46

critérios 5.1 e 5.2

A ASPEX/VERACEL estimula pequenos produtores de mel a colocar suas

caixas de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o

pasto apícola .

Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.

São produzidas campanhas com parcerias locais sobre: doenças em geral,

doenças sexualmente transmissíveis, dependência química acidentes com

animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito. Evidenciando

programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.

A empresa atua também na conscientização ecológica via publicidade na

mídia. Os alunos recebem orientações gerais sobre a empresa, além de

coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.

3.5.1. Resultado da Avaliação dos Princípios e Critérios Cerflor – Manejo

Florestal

3.5.1.1. Princípio 1

Evidenciado que a Promotoria Pública de Eunápolis , possui uma questão com a

empresa VERACEL e por extensão também estende para a ASPEX,mas nada

evidenciamos de concreto (transitado em juízo)quanto as ações mencionadas pelo

Promotor.

Junto aos Órgãos Públicos vimos que todos os procedimentos para que os

fomentados possam operar dentro da legislação vigente, vêem sendo tomados, pois

a implantação das florestas se deram sob a égide das licenças municipais,

suspensas no ano de 2010.Segundo o INEMA as licenças estão devidamente

instruídas, mas não foram operadas dentro do prazo previsto em lei, por deficiências

do Órgão.

Page 47: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

47

A parte fundiária das propriedades auditadas encontram-se dentro da normalidade,

com as reservas legais em tramitação, bem como o recolhimento de tributos se faz

normalmente.

O acesso a legislação e sua aplicabilidade segue rigidamente a orientação da

VERACEL.

O programa de saúde e segurança ocupacional para os fomentados são cumpridos

pelos poucos funcionários das propriedades, pois todas as operações florestais e

administrativas são geridas por terceirizadas que participam do quadro de

contratados da VERACEL

Foram auditados os critérios 1,1-1.2 e 1.3, nada constando como não conforme.

3.5.1.2. Princípio 2

Plano de manejo

O plano de manejo florestal trata de desenvolvimento e da aplicação de técnicas de

análise quantitativa nas decisões da localização, da estrutura e da composição de

um recurso florestal de maneira a possibilitar a produção de produtos, serviços e

benefícios diretos ou/ indiretos, na qualidade e na quantidade requeridas pela

empresa.

Por análise quantitativa, a empresa entendeu o conjunto de disciplinas que

enfatizaram o uso de métodos quantitativos tais como mensuração florestal,

estatística, biometria, inventário florestal, sensoriamento remoto e pesquisa

operacional.Este conjunto de disciplinas proporcionou o instrumental quantitativo

utilizado como suporte para o processo de decisão na seleção de alternativas

gerenciais

Obviamente, no manejo de florestas oplantadas, tais decisões devem ser

subordinadas a condicionantes silviculturais e ambientais, mas estas são apenas

restrições ou limitações `a produção.

A implementação das ações silviculturais previstas no plano de manejo e o

monitoramento de seu efeito na prática, no tempo e no espaço,são atividades tão

Page 48: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

48

importantes como a prévia elaboração do dito plano. A verificação periódica dos

efeitos práticos e das conseqüências da execução são ações previstas no plano.

As alterações previstas no plano, durante a execução serão introduzidas de sorte a

contemplar os objetivos anteriormente estabelecidos.

A estrutura básica do Plano de Manejo conta com os seguintes elementos

fundamentais documentação das propriedades, descrição das áreas,caracterização

da infraestrutura, inventário florestal contínuo(sistema de amostragem, unidades

amostrais, monitoramento da regeneração natural)

Descrição dos procedimentos para o calculo de corte permissível, determinação do

ciclo de corte, estrutura e composição de estoque de reserva, prescrição dos

tratamentos silviculturais, cronograma de execução, averbação de reservas legais

das áreas sob manejo no respectivo cartório de registro de imóveis e

responsabilidade técnica.

3.5.1.3- princípio 3

Diversidade biológica

O plano de manejo trata do estudo e do entendimento de todos os elementos

bióticos que compõem o ecossistema, sejam eles desejáveis ou não, deixando de

apreciar apenas a variabilidade das espécies florestais que apresentam valor

comercial, tratando da sustentabilidade do manejo florestal,deixando um claro

entendimento dos processos ecológicos fundamentais.

Flora e Fauna

As atividades humanas sobre a superfície do planeta têm acelerado, cada vez

mais, o ritmo de destruição dos ecossistemas naturais e concomitantemente as

taxas de extinção de espécies. Desta forma, o grande desafio da conservação

da diversidade de espécies, incluindo os seres humanos, tem sido reduzir as

pressões negativas sobre elas e seu habitat.

Para a análise da sustentabilidade ecológica de atividades antrópicas, em

longo prazo, os diagnósticos da situação ambiental, dos fatores de impacto e o

Page 49: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

49

monitoramento de indicadores biológicos apresentam-se como os mais

adequados.

As avaliações das perturbações ambientais, tanto no espaço quanto no tempo,

permitem verificar na estrutura das comunidades,composição, abundância,

freqüência, distribuição, dominância das mpopulações,riqueza de

espécies,presença de espécies raras, em perigo, ameaçadas de extinção,

endêmicas,exóticas e migratórias, integridade e a diversidade dos habitats.

Restauração ecológica nas unidades de Manejo Florestal

Devido as unidades de manejo florestal estarem inseridas numa mesma região

ecológicas do Estado, as mesmas possuem idênticas formações vegetais

representativas de um único bioma(mata Atlântica). Em função disto a

estratégia de restauração ambiental está diretamente relacionada com a

capacidade de resiliência de ecossistema, sendo adotado o plantio

heterogêneo com espécies nativas arbóreas ou a indução/condução da

regeneração natural como mecanismos de retro-alimentação deste processo.

3.5.1.4. Princípio 4

Respeito às águas

Monitoramento de microbacias

A organização (VERACEL) faz parte da Rede de Monitoramento de

Microbacias (ReMAN), que atualmente se compõe de 18 microbacias

experimentais, localizadas em áreas de reflorestamento, sob diferentes

condições edafo-climáticas em todo o pais. O monitoramento ambiental das

microbacias visa a obtenção contínua de informações sobre o funcionamento

hidrológicos de manejo sustentável de florestas plantadas.

Cada uma das microbacias experimentais integrantes do ReMAN constitui, em

si,um trabalho de pesquisa na âmbito de um convênio entre a empresa florestal

Page 50: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

50

e o departamento de ciências florestais do IPEF, ou seja , cada projeto é

coordenado, mantido e analisado individualmente

No tocante a parte edáfica, foram constados alguns pontos de erosão que

ensejaram duas observações , para que o produtores florestais do grupo 3,

envidem esforços para sanar esta anormalidade.

Na parte de gerenciamento de resíduos sólidos gerados na propriedade aplica-

se a política da VERACEL.

Princípio 5.

critérios 5.1 e 5.2

A ASPEX/VERACEL estimula pequenos produtores de mel a colocar suas

caixas de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o

pasto apícola .

Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.

São produzidas campanhas com parcerias locais sobre: doenças em geral,

doenças sexualmente transmissíveis, dependência química acidentes com

animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito. Evidenciando

programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.

A empresa atua também na conscientização ecológica via publicidade na

mídia. Os alunos recebem orientações gerais sobre a empresa, além de

coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.

.-

3.5.2. Relatório Detalhado – Evidências da Equipe de Auditoria

Auditor: Marcelo Castro Magalhães, Engenheiro Agrônomo, especialista em

Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental.

I - Documentos verificados:

Page 51: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

51

1 - O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, elaborado para a

empresa 2 Tree Consultoria Ltda. PeloTécnico de Segurança Silvio Roberto

Zeni Mtbe. Nº. 01732.9/ES; válido até 2013.

CONSIDERAÇÕES:O documento verificado descreve conformidade com a

portaria 3.214 de 24 de julho de 1.978 do MTbe. Descritas na NR – 09

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA.

OBS nº. 1 -A terminologia utilizada para descrição da intensidade de exposição

ao risco dos trabalhadores, deve se basear na redação dada pelo INSS, ao

invés de Eventual e Intermitente, usa-se INTERMITENTE ou OCASIONAL.

... Intermitente ou ocasional é a exposição em que na jornada de trabalho

“houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos

agentes nocivos”, importando no exercício “de forma alternada, de atividade

comum e especial”, conforme a Ordem de Serviço INSS/DSS nº 564/97

(subitem 12.1.1.b) e a Ordem de Serviço INSS/DSS nº 600/98 (subitem

1.1.1.b).

Nesse contexto, intermitente, “é a prestação de serviços programados para

certos momentos inerentes à produção,seja a hora ou o dia da semana”,

“repetidamente, a certos intervalos”. Só que,embora intermitente, a prestação

de serviços programados para apenas um ou mais dias da semana não será

habitual por não compreender todos os dias de trabalho normal, ou seja, todos

os dias da jornada normal de trabalho.Já ocasional, “é instante sem

mensuração de tempo, acontecimento fortuito, previsível ou não sem a

frequência da intermitência ou da habitualidade”.

2- O Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO,

elaborado pelo Médico Coordenador Dr. Raymundo Washington Leal Junior

CRM nº. 6019/BA.Roberto Zeni Mtbe. Nº. 01732.9/ES; válido até 2013.

Page 52: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

52

CONSIDERAÇÕES: O documento verificado descreve conformidade com a

portaria 3.214 de 24 de julho de 1.978 do MTbe. Descritas na NR – 07

Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional PCMSO.

OBS nº. 2- O médico coordenador deverá definir formalmente no corpo do

PCMSO quem são os médicos examinadores ou a clinica na qual será

realizado os exames médicos ocupacionais. Os médicos pertencentes a clinica

poderão assinar os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), bem como

exames complementares dentro da sua especialidade.

OBS nº. 3– O PCMSO, bem como os ASO’s devem tratar as informações

descritas no Laudo Ergonômico, promovendo a realização de exames médicos

para acompanhamento de possíveis agravos a saúde do Trabalhador,

conforme descritas no Programa Ergonômico - PERGO apresentado.

NC_MCT_01_Menor descrita no SF02 MCT_01anexo contra o Principio 1 –

Cumprimento da Legislação.

Critério 1.3 b) Evidencias de que todos os aspectos relacionados com a

legislação trabalhista estão em conformidade com as legislações vigentes......

Pedidos de Liberação de Outorga de água e pedidos de Outorga ao

INEMA verificados:

PPF 58/88 Paraiso Verde Agropecuária Ltda. SEIA nº. 4635

PPF 065 Fazenda São Pedro A SEIA nº. 2012.001.00176/INEMA/REQ.

PPF 070 Gilmar Antônio Bertoli SEIA nº. 2012.001.001800?INEMA/REQ.

PPF 078 Aloisio Domingos Vesconi SEIA nº. 2012.001.001776/INEMA/REQ.

Page 53: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

53

PPF 083 Ricardo Balestrero Zanchea SEIA nº. 2012.001.001826/INEM/REQ.

PPF 095 Jair Passami SEIA nº. 2012.001.001862/INEMA/REQ.

CONSIDERAÇÕES: Foram protocolados os pedidos de outorga para as

propriedades dos PPF que utilizam na desedentação animal e consumo

doméstico onde existem trabalhadores.

OBS: O órgão ambiental INEMA tem um tramite demorado para concessão das

outorgas. Deverá ser verificada na primeira auditoria de manutenção a situação

das outorgas concedidas, bem como osregistros de consumo e controle sobre

a outorga concedida.

II - PRINCIPIO AUDITADO.

Principio 4 – RESPEITO ÀS ÁGUAS, AO SOLO E AO AR.

4.4.1 –O Manejo Florestal e o programa de desenvolvimento tecnológico

devem prever e adotar técnicas que considerem a conservação dos solos, os

recursos hídricos e do ar. Os critérios 4.1 a 4.4 devem ser contemplados.

Documento de referencia: PTEAS – Planejamento Técnico Econômico

Ambiental e Social.

Analisados: Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o

PPF079 - Leonardo Seixas Matos, membro do grupo 4 ASPEX.

Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF081 –

Flamarion Souza Matos, membro do grupo 4 ASPEX.

Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF092 –

Leonardo Seixas Matos, membro do grupo 4ASPEX.

Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF034 – Nilo

Orlando G. Montenegro, membro do grupo 4 ASPEX.

Page 54: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

54

Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF065–Erton

Sesquim Sanchez, membro do grupo 4 ASPEX.

Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF095 - Jair

Passamani, membro da ASPEX.

CONSIDERAÇÕES:O Plano Técnico Econômico Ambiental e Social descreve a

viabilidade econômica do projeto informando dados de volume, rendimento e

produtividade das áreas dos PPF’s.

Há caracterização edafo-climática da área de fomento florestal e orientações

de manejo do solo: preparo plantio e colheita.

Demonstra planejamento de escoamento da produção e prevê os riscos

ambientais e sociais da operacionalização do manejo das unidades florestais.

Descreve as áreas de preservação permanente e qual o seu estagio de

regeneração, prevendo os riscos das operações nas proximidades das APP e

ARL, descrevendo medidas de mitigação e controle dos impactos identificados

na matriz de riscos anexa ao caderno de estudos técnicos por PPF.

NC_MCT_02_Menor descrita no SF02 anexo contra o critério 4.1 O manejo

florestal deve basear-se no planejamento ambiental prévio a área.

Item b) evidencia documentada de caracterização dos recursos hídricos,

considerando-se as micro bacias, onde se insere a unidade de manejo florestal.

III - VISITAS DE CAMPO.

1 - Terça-feira 09 de outubro de 2012.

A) PPF079 - Leonardo Seixas Matos.

B) PPF081 - Flamarion Souza Matos.

C) PPF092 - Leonardo Seixas Matos

CONSIDERAÇÕES:Nas unidades de manejo visitadas observou-se que o

manejo planejado nas PTEAS vem sendo cumpridas, as áreas de reserva e

Page 55: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

55

preservação encontram-se em estágios diversos de recuperação, cercadas e

sem a presença de animais, os acessos e estradas oferecem alguma

dificuldade, porém já há previsão e planejamento descrito na PTEAS para as

áreas com estradas vicinais mal conservadas.Os aceiros estão conformes e

permitem o transito de veículos e equipamentos. Os recursos hídricos

existentes aparentam estar protegidos por vegetação nativa em estagio de

recuperação, não se observou assoreamentos ou processos erosivos que

possam comprometer as unidades de manejo florestal visitadas. Detalhes

sobre os riscos do manejo nas áreas como a proximidade a linhas de

transmissão, casas e reservas ou APP, estão descritas nas matrizes de risco

anexos aos PTEAS.

OBS: As áreas de outros usos com plantio de Eucalipto devem ser excluídas

do escopo da auditoria.(plantios particulares)

Quarta Feira

PPF – 63 Leonardo Loureiro Fernandes

PPF – 95 Jair Passamani

PPF – 34 Nilo Orlando G. Montenegro

CONSIDERAÇÕES:

PPF – 63 - Na visita a propriedade identificou-se um principio de erosão

próximo à barragem, o qual, já estava descrito no relatório da auditoria interna,

com previsão de controle do aumento na construção das estradas e acessos

para colheita. Os mapas e descrições dos PTEAS devem traduzir com maior

clareza qual a destinação de uso das áreas Legendadas como de outros usos.

Na entrada da propriedade há um ponto de ônibus escolar, sugere-se que se

coloque no local uma lixeira para coleta dos resíduos deixados pelos

estudantes. A estrada vicinal que corta a unidade de manejo, e por onde os

ônibus escolares trafegam podem ser sinalizadas para proibição de JOGAR

LIXO. O plantio encontra-se livre de pragas e a mato competição esta

Page 56: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

56

controlada. Os aceiros estão desobstruídos e as estradas e acessos que

necessitam de manutenção ou ampliação já estão previstos na PTEAS.As

áreas de reservas naturais encontram-se cercadas e estagio de regeneração

média. Os recursos hídricos devem ser mapeados e os dados hidrológicos

quantitativos e qualitativos devem ser incluídos nas PTEAS ou no Plano de

Manejo.

PPF – 95 – Na visita a propriedade identificou-se que o talhão 2 - 1,65 esta

cercado por área de reserva legal, exigindo uma verificação dos aspectos da

colheita mecanizada no talhão, e a adoção de medidas especiais para controle

e mitigação dos possíveis impactos na Reserva Legal que circunda o talhão. A

casa onde o funcionário Isnaldo Ferreira de oliveira reside apresenta instalação

elétrica fora de padrão exigido pela NR 10/NR 31, contendo fios expostos

expondo a riscos de choques e curto circuito, aumentando o risco de incêndio

(NC_MCT_03) anexo. As áreas de plantio estão livres de pragas e a mato

competição esta controlada. Os aceiros estão desobstruídos e os acessos e

estradas que necessitam de manutenção ou ampliação estão planejados nos

PTEAS. As áreas de reserva legal e APP encontram-se cercadas, em estagio

médio de regeneração, sem a presença de animais.

OBS: Nº. 1 -As fossas sépticas foram compradas, mas ainda não foram

instaladas.

Nº. 2 – O Sr. Isnaldo mantém em um dos cômodos da casa 1 galão com

gasolina e óleo de motor para seu carro, recomenda-se que sejam

armazenados em local apropriado, fora da casa de habitação.

Nº. 3 – Foram encontrados no curral dentro da caixa da balança herbicida

ROUNDAP (Glifosato) que segundo o Sr. Isnaldo é de um vizinho Sr. Geraldo

que pediu para deixar lá. A área destinada para depósito de produtos químicos

anexos ao curral não possui iluminação e esta fora do padrão exigido pela NR

31. No momento da vistoria havia no local uma caixa de Sulfuramida para

combate a formiga e 3 quilos de Glifosato.

Page 57: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

57

OMS MPG 01: Recomenda-se reforçar o treinamento de coleta seletiva para os

trabalhadores da propriedade.Recomenda-se reforçar o treinamento do

trabalhador, quanto ao Uso, Guarda e Conservação dos EPI’s. Recomenda-se

treinar o trabalhador para percepção dos riscos.

PPF – 34 – Na visita a propriedade constatou-se que As áreas de plantio estão

livres de pragas e a mato competição esta controlada. Os aceiros estão

desobstruídos e os acessos e estradas que necessitam de manutenção ou

ampliação estão planejados nos PTEAS. As áreas de reserva legal e APP

encontram-se cercadas, em estagio médio de regeneração, sem a presença de

animais.

OBS:MCT Nº. 1Observou-se no depósito de ferramentas que o piso encontra-

se contaminado por resíduos de hidrocarbonetos. Em outra sala anexa

encontrou-se resíduos de matérias de construção (Tinta) que devem ser

destinadas de forma correta.

OBS MCT Nº. 2 Na analise do PPRA, do PCMSO, do LTCATe do Laudo

Ergonômico elaborado para o PPF 34 demonstra inconsistência de avaliação

dos riscos ocupacionais para a função de Trabalhador Rural exercida pelo Sr.

Valdenice de Souza Franco descrevendo de forma incorreta a intensidade da

exposição (Habitual e Intermitente) trazendo como consequência um

recolhimento de alíquota de GFIP errado. O PCMSO embora descreva riscos

biológicos não associa nenhum exame médico complementar para verificação

do indicador biológico com interação na saúde e na integridade física do

trabalhador. O laudo ergonômico descreve ações de treinamento

recomendadas e descritas como executadas, mas na entrevista com o

trabalhador identificou-se que não foram realizados. O trabalhador apresentou

um óculos de proteção em, mas condições de conservação.

.

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58

ASPEX – GRUPO 4 - Maria Augusta Godoy – MPG

Princípio 3

1) PREV – Vinculado ao processo de Reserva Legal – Plano de

Revegetação e Enriquecimento

Entrevistado: PROJEX – João Carlos Rocha Júnior

Foram realizados diagnósticos ambientais dos PPFs, onde os PREVs foram

encaminhados ao INEMA, para aprovação.

A sistemática de recuperação de áreas degradadas dos PPFs são bastante

semelhantes, e prevêem a realização de trabalhos em 2 fases, sendo a

primeira de isolamento e avaliação da regeneração natural, e a segunda, de

plantio de essências nativas, propriamente dita.

Necessidade de recuperação de áreas degradadas evidenciado através de

Plano de Ação para identificação de áreas a serem recuperadas. PPF 58/88 e

PPF 34 já iniciados os trabalhos de identificação de locais a serem

recuperados.

- PPF 20 – Sr. Paulo K. Eizuka – Faz Águas Claras do Oeste

Entrevistado: – Sr. Paulo K. Eizuka – proprietário

Sr. Gilmar Barbosa – morador da fazenda

PREV evidenciado – 229 ha de área total. Protocolo de solicitação de

aprovação evidenciado.

A proposta do PREV prevê a recuperação de 23,86 há, sendo 16 há em

Reserva legal e 7,67 em APP.

Fase de execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da

regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,

através do isolamento da área monitoramentos anuais. Nas APPs, a avaliação

Page 59: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

59

da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II iniciada

já no segundo ano.

Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.

- Levantamento de áreas degradadas – Roteiro de caracterização evidenciado,

março 2009.

- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2009-012436/TEC/ARL-

1113,d e 27/03/2009, vinculado ao PREV. Verificado no website do INEMA o

status do processo (www.inema.ba.gov.br)– processo enviado para a área.

Segundo a Projex, a vistoria foi realizada em setembro/2012.

Verificado em Campo:

- APPs bem preservadas, com vegetação nativa em bom estágio de

conservação nas áreas vistoriadas;

- placas de Caça e Pesca evidenciadas na entrada da fazenda;

- Monitoramento de consumo de água – em setembro de 2012 foram

consumidos 13000 litros de água do poço.

Atendimento da NR31:

- fossa séptica implementada, kit de emergência, telefones úteis

disponibilizados, ferramentas de campo com bainhas, EPIs disponibilizados

aos moradores.

- PPF 83 – Sr. Gustavo Balestrero Zanandrea e outro – Faz Buganville

Entrevistado: – Sra. Mariuza Burini – proprietário

Sr. Silvaldo Souza – funcionário e morador da fazenda

PREV evidenciado – 233 ha de área total. Protocolo de solicitação de

aprovação evidenciado .

Page 60: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

60

A proposta do PREV prevê a recuperação de 43 ha, sendo 18 há em Reserva

legal e 24 em APP.

Fase de execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da

regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,

através do isolamento da área monitoramentos anuais. Nas APPs, a avaliação

da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II iniciada

já no segundo ano.

Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.

- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2010-007833/TEC/ARL-

0671,de 5/5/2010.

Processo de PREV, processo 2010-007835/TEC/ARL-0062, de 5/5/2010.

Evidenciado no website – status “enviado para o Técnico”. Verificado no

website do INEMA o status do processo (www.inema.ba.gov.br).

Verificado em campo:

- ASO Sr. Silvaldo Souza , 16/08/2012. Exames médicos realizados: exame

clínico, GAMA GT, hemograma, EAS, glicemia, EPF.

- Kit de primeiros socorros em ordem e com lista de

- fornecimento de água mineral para funcionários.

- Área de Preservação Permanente cercada em locais onde há pasto sujo –

prevista no PREV.

Evidenciado erro no PTEAS, onde cita que área nativa é considerada como

outros usos e considerada para local de bota-fora. O mapa do PTEAS não

fornece detalhamento do que é considerado outros usos ou tipo de cobertura

vegetal no local - NC aberta.

NC – critério 2.2 - Mapas de caracterização dos PPFs não apresentam dados

de uso e ocupação do solo, tais como a localização de áreas naturais, escopos

Page 61: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

61

das áreas certificadas, e detalhamentos da cobertura vegetal, também não

sendo possível verificar as medidas de controle realizadas nos locais

classificados como outros usos.

- PPF 84 – Sra. Erlette Zanelato – Faz Arizona

PREV evidenciado – 311ha de área total. Protocolo de solicitação de

aprovação evidenciado.

A proposta do PREV prevê a recuperação de 26 ha, sendo 21 há em Reserva

legal e 4,6 em APP.

Fase de execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da

regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,

através do isolamento da área monitoramentos anuais. Nas APPs, a avaliação

da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II iniciada

já no segundo ano.

Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.

- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2009-024509/TEC/ARL-

2535,de 28/7/2009.

Evidenciado no website – status “enviado para o Técnico”. Verificado no

website do INEMA o status do processo (www.inema.ba.gov.br).

Verificado em Campo:

- APPs bem preservadas, com vegetação nativa em bom estágio de

conservação nas áreas vistoriadas;

- Placa de Caça e Pesca evidenciadas na entrada da fazenda.

Não há moradores no local.

Page 62: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

62

- PPF 41 – Melfi Patrimonial/Sr. Fábio Loureiro Souto - Faz Nossa Senhora

das Graças.(Área total, 110 há).

Certificado de Aprovação de Averbação de Reserva legal - 25/07/12 – ARL-

0467/2012-0493. Reserva Legal de 22,4 ha. O certificado estabelece a

imediata implementação do PREV. Processo 2009-029157/TEC/RL -2911

PREV – recuperação de 14 ha, sendo 8,42 de RL e 6,2 de APP. Fase de

execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da

regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,

através do isolamento da área e monitoramentos anuais. Nas APPs, a

avaliação da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II

iniciada já no segundo ano.

Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.

- PPF 64 – Sr. José Henrique Alves - Faz Nossa Senhora das Graças.

- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2009-027483/TEC/ARL-

2709,de 27/08//2009.

Área total = 41 ha – não houve necessidade de elaboração de PREV, pois

segundo levantamento da PROJEX, a vegetação nativa está bem preservada.

2) Levantamento de Fauna e Flora

Entrevistada – Virgínia Londe de Camargos

Evidenciado diagnóstico de fauna e flora realizado somente no PPF 004, com

vistas à identifcação de área de alto valor de conservação.

Critério 3.2 a, b – NC Menor – Não realizado levantamento de fauna e flora nos

PPFs do Grupo 4 de forma sistemática e com amostragem significativa em

relação ao número de PPFs, visando identificar, caracterizar e conservar os

recursos biológicos.

Levantamento e monitoramento de fauna e flora somente citado em

cronograma a ser realizado em 2013.

Page 63: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

63

3) Ocorrências Ambientais – Caça e Pesca predatória

- Evidenciado planilha de ocorrência de imóveis em PPFs, realizada pela

consultoria TREE. A planilha registra os assuntos: animais de terceiros, retirada

de produtos florestais, caça e pesca, incêndios florestais, invasão de áreas de

preservação e registrso de fauna, outros. Desde jan 2012, evidenciou-se 2

incêndios, sendo evidenciado o Boletim de Ocorrência n°4132012000368,

emitido em 08/6/12, no PPF 004 – Faz Sta Luzia, 350 m2 queimados.

Não evidenciado ocorrência relativa à caça e pesca predatória nos PPFs

auditados. Placas de sinalização evidenciadas nas entradas dos PPFs.

4) Corredores Ecológicos e Conversão de Áreas

Verificado PPF 20 – foto aérea de 2010 (Google) e imagem de satélite de 1995.

Não evidenciado conversão de áreas pela escala avaliada. Eucaliptos

plantados em áreas abertas, sem florestas. APPs preservadas e conectadas.

Verificado PPF 84 – foto aérea de 2006 (Google) e ortofoto 1995/1996. Não

evidenciado conversão de áreas pela escala avaliada. Eucaliptos plantados em

áreas abertas, sem florestas. Não há fragmentos significativos próximos que

justifiquem a implementação de corredores.

Verificado PPF 83 – foto aérea de 2006 (Google) e ortofoto 1995/1996. Não

evidenciado conversão de áreas pela escala avaliada. Eucaliptos plantados em

áreas abertas, sem florestas. Há fragmentos significativos próximos, mas

vinculados às APPs, que formam corredores ecológicos.

O PREV deste PPF também favorece a recuperação de APPs, onde foram

identificadas áreas a serem recuperadas que podem favorecer a circulação de

animais.

PPF04 – evidenciado que área que encontra-se sobreposta à área de 10km da

costa, onde não é permitido o plantio de eucalipto pela Veracel. O PTEAS

desta área separa este plantio e o define como particular, ou seja, não será

comprado pela Veracel e é de uso particular.

Page 64: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

64

5) Unidades de Conservação

Evidenciado mapa de unidades de conservação, com a relação de Parques

Nacionais, terras indígenas e APAs.

Não há sobreposição de unidades de conservação com as áreas dos PPFs do

Grupo 4.

OBS – Independente da manifestação do Estado, os PREVs devem ser

implementados e a recuperação das áreas degradas deve ser estimulada.

6) Controle de Pragas e Doenças

Entrevistada – Daniela Andrade – Especialista em sanidade florestal

a) Monitoramento de formigas - inicia-se em agosto de cada ano.

O controle é feito pelo assistente florestal, que indica o controle através de

avaliações visuais. A recomendação então é feita de acordo com o grau de

infestação da área.

Em áreas de reforma, o controle de formigas cortadeiras é realizado da

seguinte maneira:

- Combate pré corte e pré-plantio: sistemática

- Se preciso, 2° combate, é feito após 15 dias, localizada nos olheiros.

- Controle de manutenção – feito de acordo com a infestação – somente

com ocorrência.

Procedimento Veracel PO-03-SIL-002, rev03 – aplicado também aos

produtores florestais. O depósito de produtos químicos é feito nas áreas da

Veracel. Recomendações ambientais evidenciadas e de saúde e

segurança.

- Quantidade de consumo dos PPFs de sulfluramida – isca granulada

Page 65: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

65

Consumo de isca formicida - Grupo de Produtores Florestais Integrados G4

Produto Comercial Ingrediente ativo

2009 2010 2011 2009 2010 2011

Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73 Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73

Isca (kg) 3.932 4.450 2.271 Sulfluramida (g) 11.796 13.350 6.813

kg/ha 0,77 0,87 0,44 g/ha 2,30 2,61 1,33

Consumo de herbicida - Grupo de Produtores Florestais Integrados G4

Produto Comercial Ingrediente ativo

2009 2010 2011 2009 2010 2011

Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73 Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73

Scout (kg) 1.715 1.765 2.510 Glifosato (g) 1.234.800 1.270.800 1.807.200

kg/ha 0,33 0,34 0,49 g/há 241,14 248,17 352,92

- Contrato com a Equilíbrio Florestal – monitoramento de formigas

evidenciado. Data de assinatura 01/05/2012,n°4600000795., 24 meses de

monitoramento de formigas cortadeiras.

Não foi evidenciado a ocorrência de pragas e doenças nos PPFs. Também

não foi utilizado controle biológico nestes locais.

No entanto, foi evidenciado manchas de Cylindrocladium pteridis em alguns

locais , mas que não foi necessário tomar medidas, apenas monitorar sua

Page 66: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

66

ocorrência. Também não detectado perda de produtividade nos locais de

ocorrência.

A identificação de pragas e doenças pode ser feita por funcionários da

Veracel, pelo proprietário ou moradores da fazenda.

Entrevista com Stakeholder – 10/10/2012

Secretário Executivo do Fórum Florestal do sul e extremo sul da Bahia –

Paulo Dimas Rocha de Menezes

- Aspex iniciou sua participação nas reuniões do Fórum Florestal.

- Discutido sobre os acordos sobre fomentados, fechado em 2006. o acordo

prevê que as empresas florestais devem monitorar e incentivar melhores

práticas de atividades fora do escopo das áreas florestais na unidade de

manejo.

- Projetos Sociais de Desenvolvimento Regional e diversificação de produtos

florestais na economia local são realizados de modo pontual pelas empresas

florestais, apesar de serem benéficas.

- Aspex – é ótimo para as organizações ambientalistas que pequenos

produtores possam ser certificados, e muitas vezes, os produtores florestais só

tem interesse em recuperar corredores de mata atlântica quando pleiteam uma

certificação florestal. A ASPEX poderia participar como protagonista dos

projetos do Fórum.

- Não tem conhecimento de desvios ou irregularidades, pois também n]ao

conhece a fundo as atividades de cada produtor.

- 3% da área reflorestada do contrato com a Veracel pode ser vendida para

qualquer finalidade. Neste sentido, o Secretário do Fórum levantou a hipótese

de que estes 3% sejam destinados à diversificação da economia local, e

destinados à outros usos além da celulose.

Page 67: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

67

- Áreas que foram de pecuária no passado, e precisam de recuperação de

APPs podem ter seu projeto financiado pelos projetos do Fórum Florestal.

- Todo o impacto da certificação é benéfico para o meio ambiente.

Verificar cacau cabruca até 1993. Onde houver antigo plantio de cacau cabruca

(até 1993), não pode haver a substituição por reflorestamento de Eucaliptus

spp, evitando-se árvores nativas sejam substituídas por reflroestamento –

Acordo 3.

OM – Avaliar a possibilidade de se destinar os 3% do reflorestamento do

contrato com a Veracel em projetos de diversificação da economia local.

OM – Buscar junto à organizações locais responsáveis pelo Corredor Monte

Pascoal - Pau-Brasil, como a IBio – uma parceria para recuperação de áreas

degradadas em APPs e uso múltiplo das florestas.

Obs MPG 02 – Monitorar o cumprimento dos acordos firmados pelo Fórum

Florestal do sul e extremo sul da Bahia, quando aplicável.

Evidências:

Acordo 1 – Cláusulas aplicáveis ao Fomento Florestal.

Acordo 4 - Zona de Expansão Urbana – clausula 6 – fomentados devem ter

plantios com distância mínima de 300 m de áreas de expansão urbana.

Acordo 5 – Afastamento de infra-estrutura comunitárias – 40 m de igrejas não

pode haver reflorestamento.

Page 68: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

68

SÍNTESE DAS OBS,OM E NCs:

OM – Avaliar a possibilidade de se destinar os 3% do reflorestamento do

contrato com a Veracel em projetos de diversificação da economia local.

OM – Buscar junto à organizações locais responsáveis pelo Corredor Monte

Pascoal - Pau-Brasil, como a IBio – uma parceria para recuperação de áreas

degradadas em APPs e uso múltiplo das florestas.

OBS – Monitorar o cumprimento dos acordos firmados pelo Fórum Florestal do

sul e extremo sul da Bahia, quando aplicável.

OBS – Independente da manifestação do Estado, os PREVs devem ser

implementados e a recuperação das áreas degradas deve ser estimulada.

NC Menor – Critério 3.2 a, b - Não realizado levantamento de fauna e flora nos

PPFs do Grupo 4 de forma sistemática e com amostragem significativa em

relação ao número de PPFs, visando identificar, caracterizar e conservar os

recursos biológicos.

NC menor – critério 2.2 - Mapas de caracterização dos PPFs não apresentam

dados de uso e ocupação do solo, tais como a localização de áreas naturais,

escopos das áreas certificadas, e detalhamentos da cobertura vegetal, também

não sendo possível verificar as medidas de controle realizadas nos locais

classificados como outros usos.

Auditor Nelson Bastos

Principio 5

Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.

A ASPEX inicialmente estabeleceu parcerias com 6 sindicatos de produtores

rurais : Eunápolis, Itapebi, Porto Seguro, Belmonte, Guaratinga e Itabela.

Evidenciados:

Page 69: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

69

Treinamentos específicos (capacitação profissional), SENAR-BA promove

cursos profissionalizantes.

Curso de aplicação de herbicidas 19 a 21/09/2011, Itabela. E 13 a

15/08/2012 em Eunápolis.

Curso de controle de formigas cortadeiras 09 a 11/07/2012, 11 a

13/09/2012 em Eunápolis.

Curso de Apicultura Básica 11 a 15/06/2012 em Eunápolis.

Evidenciado o instrumento particular de parceria.

Instrumento Particular de Parceria com a ACRNSV – Associação Casa

de Recuperação Nutricional S.O.S. Vida de01/02/2012; Evidenciados

também recibos de doações mensais de 2012.Solicitação da ASPEX

para início parceria, 29/09/2011. Declaração da ACRNSV de 29/09/2011

com o Histórico da Associação (2011).Atua em Porto Seguro, Eunápolis,

Itapebí, Itagemirim, Guaratinga, Itabela, Teixeira de Freitas e Mucurí.

Verificado folder do programa Cozinha Brasil, lista de presença Cozinha

Brasil 172 participantes em abril, 114 em maio de 2012.

Parceria ASPEX com União de Educação e Cultura – UNECE

(Faculdade UNISULBAHIA);

Parceria ASPEX com ACRNSV – Associação Casa de Recuperação

Nutricional SOS Vida;

Parceria ASPEX com Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela – BA.

Educação ambiental

Evidenciado instrumento particular de parceria com a UNECE União de

Educação e Cultura.

ATUA SI 3.0 “Atuando em todas as áreas”, com 1200 inscritos em 2011, em

2012 a expectativa é de serem atendidas 1500 pessoas. Período de realização

05 e 06 de junho de 2012.

Visita as instalações da SOS Vida – Recuperação de crianças desnutridas,

atuam de 0 a 6 anos, no momento estavam com 40 crianças. Existe a 19 anos.

Visita ao Sindicato dos Produtores Rurais de Eunápolis , verificados cursos de

educação profissional na área rural. Contrato de parceria com a ASPEX,

Page 70: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

70

convênio com apicultura. Programa útero é vida, atenderam 220 mulheres ,

realizando exame papanicolau no meio rural.

OBS NMB 01. Deveriam ser empreendidos projetos sociais com as

comunidades locais caracterizadas nos grupos de produtores rurais.

Eliane Menezes – Sindicato de Eunápolis

Edna Gomes Lacerda – SOS Vida

Teresinha Biasi – SOS Vida

Rodrigo Baioco – TREE

Visita de campo PPF 056 /128

Fazenda Juliana, município Itabela. 80 ha, apenas 2 talhões.

Proprietário Haroldo Mariano

Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto

fitossanitário.

Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

PTEAS evidenciado.

Relatos de presença de fauna silvestre.

Não existem trabalhadores na propriedade.

Entrevistados:

Washington Oliveira-Veracel

Page 71: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

71

Haroldo Mariano - proprietário

Visita de campo PPF 070

Fazenda Santo Antonio, município Itabela

Proprietário Gilmar Bertoldi

Apenas 1 funcionário, Natalino Silva.

Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade.

Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

PTEAS evidenciado.

Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão

negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de

reguralidade no FGTS e ASO. PPRA 2012-2013. Lista de presença em

treinamentos: coleta seletiva, prevenção e combate a incêndios, EPI,

certificações florestais, primeiros socorros, controle de formigas cortadeiras e

aplicação de agrotóxicos.

Verificado também: kit de primeiros socorros, procedimento programa de

controle de emergências, controle de entrega de resíduos. Kit de coleta

seletiva.

Ainda não recebeu projeto para tratamento de água e esgotos.(plano de ação

na TREE)

Entrevistados:

Natalino Silva – morador

Washington Oliveira-Veracel

Visita de campo PPF 053

Page 72: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

72

Fazenda São Jorge, município Itabela, 157 ha de efetivo plantio.

Proprietária Maria Teresa Paier.

Apenas 1 funcionário, Juscelino de Jesus Santos.

Áreas florestais reflorestadas de altíssima produtividade (70 st/ha/ano).

Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

PTEAS evidenciado.

Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão

negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de

reguralidade no FGTS e ASO. PPRA 2012-2013. Lista de presença em

treinamentos: coleta seletiva, prevenção e combate a incêndios, EPI,

certificações florestais, primeiros socorros, controle de formigas cortadeiras e

aplicação de agrotóxicos.

Verificado também: kit de primeiros socorros, procedimento programa de

controle de emergências, controle de entrega de resíduos. Kit de coleta

seletiva.

Ainda não recebeu projeto para tratamento de água e esgotos.(plano de ação

na TREE)

Área de arrendamento devidamente identificada (5 placas) em campo e no

mapa do PTEAS.

Entrevistados:

Juscelino de Jesus Santos – morador

Washington Oliveira -Veracel

Visita de campo PPF 110

Fazenda Reliquia, município Guaratinga. 124,70 ha.

Proprietário Fabio Loureiro.

Page 73: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

73

Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto

fitossanitário.

Reserva legal em estabelecimento e APPs preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.

Evidenciada erosão com plano de ação.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

PTEAS evidenciado.

Relatos de presença de fauna silvestre.

Não existem trabalhadores na propriedade.

Entrevistados:

Washington Oliveira-Veracel

Franciele Rosa Ramos - TREE

Visita de campo PPF 090

Fazenda Santa Clara, município Belmonte. 89,30 ha.

Proprietário Alder Lopes Neiva.

Apenas 1 funcionário, José Oliveira.

Fossa séptica em fase de instalação.

Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto

fitossanitário.

Reserva legal em estabelecimento e APPs preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.

Page 74: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão

negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de

reguralidade no FGTS e ASO. PPRA 2012-2013. Lista de presença em

treinamentos: coleta seletiva, prevenção e combate a incêndios, EPI,

certificações florestais, primeiros socorros, controle de formigas cortadeiras e

aplicação de agrotóxicos.

Verificado também: kit de primeiros socorros, procedimento programa de

controle de emergências, controle de entrega de resíduos. Kit de coleta

seletiva.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

PTEAS evidenciado.

Não conformidade, ferramentas de trabalho sem as bainhas de proteção.

Entrevistados:

Washington Oliveira-Veracel

Adler Lopes Neiva – proprietário

Franciele Rosa Ramos - TREE

Visita de campo PPF 25

Conjunto São Jorge, município Eunáplis. 293,10 ha.

Proprietário Espólio Carlos Cesar e Silva.

Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto

fitossanitário.

Reserva legal em estabelecimento e APPs preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.

Evidenciada erosão com plano de ação.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

Page 75: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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PTEAS evidenciado.

Não existem trabalhadores na propriedade.

Entrevistados:

Washington Oliveira-Veracel

Franciele Rosa Ramos - TREE

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Relatório Detalhado – Rafaela Data 08/10/2012

Princípio 1(critério 1.1 e 1.3)

PPF 034

Evidenciado o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais do PPF

034. Validade: 29/05/2013.

Possui apenas um (01) funcionário, o qual tem como função: Trabalhador

Rural.

Relação de EPI’s para essa função acima descrita: uso habitual - perneira,

calçado de segurança, boné árabe; uso eventual – bota de borracha, protetor

auricular, óculos de segurança, protetor facial, capacete, capa de chuva, luva

de previlon e luva de vaqueta.

Evidenciado o PCMSO – Programa e Controle Médico de Saúde Ocupacional

do PPF 034. Validade: 30/05/2013

Exames a serem realizados: avaliação clínica (anual), audiometria

(admissional, semestral e anual), hemograma completo (anual) e demais tipos

de exames que são tratados como boas práticas de saúde.

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho para o PPF 034. Validade:

junho/2013.

PPF 070

Page 76: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Evidenciado o PPRA do PPF 070. Validade: 13/08/2013.

Possui apenas um (01) funcionário, o qual tem como função: Trabalhador

Rural.

Relação de EPI’s para essa função acima descrita: uso habitual - perneira,

calçado de segurança, boné árabe; uso eventual – bota de borracha, protetor

auricular, óculos de segurança, protetor facial, capacete, capa de chuva, luva

de previlon e luva de vaqueta.

Evidenciado o PCMSO do PPF 070. Validade: 14/08/2013.

Exames a serem realizados: avaliação clínica (anual).

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade: agosto/2013.

PPF 035

Evidenciado o PPRA do PPF 095. Validade: 06/09/2013.

As funções existentes no PPRA são: encarregado e trabalhador rural braçal.

EPI’s utilizados para cada função:

- Trabalhador Rural: perneira, calçado de segurança, óculos de segurança e

boné árabe.

- Encarregado: perneira, calçado de segurança.

Evidenciado o PCMSO do PPF 095. Validade: 06/09/2013.

Exames a serem realizados conforme cada função:

- Encarregado: avaliação clínica (anual).

- Trabalhador Rural Braçal: avaliação clínica é anual e os demais exames são

boas práticas de saúde realizadas pela ASPEX.

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho do PPF 095. Validade:

setembro/2013.

Page 77: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

77

PPF 002

Evidenciado o PPRA do PPF 002. Validade: 09/05/2013.

Apenas um funcionário com a função de Trabalhador Rural.

EPI’s relacionados para uso: perneira, calçado de segurança e boné árabe.

Demais EPI’s só serão utilizados para uso eventual.

Evidenciado o PCMSO do PPF002. Validade: 10/05/2013.

Exames realizados pelo Trabalhador Rural: avaliação clínica (anual),

audiometria (admissional, semestral e anual).

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade: maio/2013.

Treinamentos: noções sobre fatores de riscos ergonômicos, levantamento e

transporte manual de carga e organização no trabalho.

PPF 065

Evidenciado o PPRA do PPF 065. Validade 13/08/2013.

Função exercida pelo colaborador: Trabalhador Florestal.

EPI’s relacionados para uso: perneira, calçado de segurança e boné árabe.

Demais EPI’s só serão utilizados para uso eventual.

Evidenciado o PCMSO do PPF 065. Validade: 14/08/2013.

Exames relacionados para a atividade de Trabalhador Rural existente no PPF:

avaliação clínica, hemograma completo, dosagem de acetil colinesterase e

audiometria.

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET do PPF 065. Validade:

agosto/2013.

Treinamentos: noções sobre fatores de risco ergonômicos, levantamento e

transporte manual de carga, organização no trabalho.

Page 78: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

78

PPF 082/091

Evidenciado o PPRA do PPF 082/091. Validade: 06/09/2013.

Funções exercidas pelos colaboradores na fazenda: Encarregado de

Operações, Serviços Gerais e Ajudante Florestal.

EPI’s por função:

- Ajudante Florestal: perneira, calçado de segurança, óculos de segurança e

boné árabe.

- Encarregado: perneira e calçado de segurança.

- Serviços Gerais: perneira, calçado de segurança, óculos de segurança e boné

árabe.

Demais EPI’s só serão utilizados como uso eventual.

Evidenciado o PCMSO do PPF 082/091. Validade: 06/09/2013.

Evidenciados os exames elegíveis para o PCMSO existente:

- Encarregado de Operações: avaliação clínica.

- Serviços Gerais e Ajudante Florestal: avaliação clínica.

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade:

setembro/2013.

Treinamentos: noções sobre fatores de risco ergonômicos, levantamento e

transporte manual de carga, organização no trabalho.

PPF 078

Evidenciado o PPRA do PPF 078. Validade: 13/08/2013.

Função exercida por colaborador na fazenda: Ajudante Florestal (01).

Page 79: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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- Ajudante Florestal: perneira, calçado de segurança e boné árabe.

Demais EPI’s serão utilizados para uso eventual.

Evidenciado o PCMSO do PPF 078. Validade: 13/08/2013.

Exames realizados pelo colaborador da função Ajudante Geral: avaliação

clínica e hemograma completo.

Demais exames podem ser realizados como boas práticas de saúde.

Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade: agosto/2013.

Treinamentos: noções sobre fatores de risco ergonômicos, levantamento e

transporte manual de carga, organização no trabalho.

Treinamentos realizados pela Wise Med – Medicina do Trabalho para os

colaboradores dos PPF’s arrolados nesse Grupo 04.

Programa do curso e respectivas cargas horárias: primeiros socorros (04h),

ergonomia (02h), saúde e segurança no trabalho (04h), prevenção e combate à

incêndio (02h), uso e conservação de EPI (01h) e armazenagem, manuseio e

aplicação de agrotóxicos (01h).

Colaboradores que realizaram o curso no dia 05/04/2012:

- Gidalvo Pacheco de Queiroz

- João Batista Rodrigues Gomes

- Vadenice de Souza Franco

Programa do curso e respectivas cargas horárias: primeiros socorros (03h),

ergonomia (01h), saúde e segurança no trabalho (01h), prevenção e combate à

incêndio (01h), uso e conservação de EPI (01h) e armazenagem, manuseio e

aplicação de agrotóxicos (01h).

Page 80: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

80

Colaboradores que realizaram o curso no dia 17/08/2012:

- Natalino Silva

- Isnaldo Ferreira de Oliveira

- Sielio Souza Passos

- Getulio Reis Santos

SENAR/Bahia

Treinamento: Aplicação de Agrotóxico – Controle de Formigas Cortadeiras.

Período: 09/07/2012 a 11/07/2012

Carga horária: 24h.

Colaboradores treinados:

- João Batista Rodrigues Gomes

- Gidalvo Pacheco Queiroz

- Adriano Santos de Andrade

- Elisvaldo Santos de Andrade

Evidenciado o Plano de controle de Emergência, Procedimento ASP-15.

Rev.01. Data 04/10/2012.

Inseridas as informações para ocorrências com animais peçonhentos,

empreendimento com atividade de apicultura.

Data 09/10/2012

Certidões Negativas de Débitos

PPF110

Page 81: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

81

- Relativos ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

Número do Imóvel na Receita Federal (NIRF): 4.462.442-5

Nome do imóvel: Fazenda Relíquia

Área Total: 242,4ha

CNPJ: 07.751.002/0001-61

Validade: 07/04/2013

Código de controle de certidão: 32B6.AF27.AFE1.66BB

- Relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União

Nome: Fábio Loureiro Souto

CPF: 716.121.815-20

Validade: 04/02/2013

Código de controle de certidão: 1D20.037F.E5BE.3833

- Débitos Tributários (Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda)

Nº da Certidão: 2012999894

Nome: Fábio Loureiro Souto

CPF: 716.121.815-20

Validade: 25/11/2012.

PPF 082/087/091

PPF 082

Page 82: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

82

Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

- Relativos ao Imposto sobre a propriedade Territorial Rural

NIRF: 4.026.099-2

Nome do imóvel: Fazenda Vencedora III

Município: Itororó

Área Total: 349ha

CNPJ: 15.606.007/0001-29

Validade: 13/03/2012

Código de controle da certidão: AD53.1923.7F19.A570

PPF 087

Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

- Relativos ao Imposto sobre a propriedade Territorial Rural

NIRF: 0.589.668-1

Nome do Imóvel: Conjunto Natividade

Município: Mascote

Área Total: 779,1ha

CNPJ: 15.606.007/0001-29

Validade: 10/03/2013

Código de controle da certidão: 83CF.F5FB.90F9.E2ED

PPF 091

Page 83: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

83

Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

- Relativos ao Imposto sobre a propriedade Territorial Rural

NIRF: 6.552.226-5

Nome do imóvel: Conjunto Recanto

Município: Mascote

Área total: 118,7ha

CNPJ: 15.606.007/0001-29

Validade: 10/03/2012

Código de controle da certidão: D200.77EF.3BE0.E5FF

PPF 091

Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

- Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos Relativos aos

Tributos Federais e à Dívida Ativa da União

Nome: Zanine Florestal Limitada

CNPJ: 15.606.007/0001-29

Validade: 04/02/2013

Código de controle da certidão: C8F1.B1CD.002F.060E

- Débitos Tributários (Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda)

Nº da certidão: 2013000600

CNPJ: 15.606.007/0001-29

Validade: 25/11/2012

- Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias e às de Terceiros

Page 84: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

84

Nº: 000412012-11035007

CNPJ: 15.606.007/0001-29

Validade: 03/03/2012

- Certificado de Regularidade do FGTS – CRF

Inscrição: 15.606.007/0001-29

Validade: 30/10/2012

Número da Certificação: 2012100115370164045612

PPF 092

- Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e a

Dívida Ativa da União

Nome: Leonardo Nunes Seixas Matos

CPF: 015.587.115-38

Validade: 04/02/2013

Código de controle da certidão: F525.F1D9.2EB6.2DE9

- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Certidão Negativa de Débitos Tributários

Nº da certidão: 2013000825

CPF: 015.587.115-38

Validade: 25/11/2012

- Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural

NIRF: 6.514.332-9

Page 85: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

85

Nome do imóvel: Fazenda Vencedora I e II

Município: Canavieiras

Área total: 210,5

CPF: 015.587.115-38

Validade: 09/02/2013

Código de controle da certidão: C127.9438.D26E.5BFF

PPF 084

Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural-NIRF: 6.944.296-7

Nome do imóvel: Fazenda Arizona I

Município: Itabela Área total: 97ha

CPF: 790.361.127-53

- Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural NIRF: 1.421.965-4

Nome do Imóvel: Fazenda Arizona

Município: Itabela Área total: 234ha

CPF: 790.361.127-53

Validade: 09/03/2013

Código de controle da certidão: 7A13.3ED4.24CC.3D68

- Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União

Page 86: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

86

CPF: 790.361.127-53

Validade: 24/02/2013

Código de controle da certidão: 4385.46AC.6997.6445

- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Certidão Negativa de Débitos Tributários

Nº da certidão: 2013009309

CPF: 790.361.127-53

Validade: 27/11/2012

PPF 090

- Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural NIRF: 4.390.931-0

Nome do imóvel: Fazenda Santa Clara

Município: Belmonte Área total: 257,3ha

CPF: 724.856.206-87

Validade: 12/01/2013

Código de controle da certidão: D0BD.6437.B2B2.786

- Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União

CPF: 724.856.206-87

Validade: 04/02/2013

Código de controle da certidão: F45B.F4D3.39CA.A66F

Page 87: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

87

- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Nº da certidão: 2013000768

CPF: 724.856.206-87

Validade: 25/11/2012

- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Negativa de Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias e às

de Terceiros

Nº 192012-04023406

Nome: José Antunes Neiva

CEI: 50.008.02406/88

Validade: 19/03/2013

- Certificado Regularidade do FGTS – CRF

Razão Social: José Antunes Neiva

Inscrição: 50.008.02406/88

Validade: 31/10/2012

Número de certificação: 2012100216533200402162

PPF 025

- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural NIRF: 0.592.349-2

Page 88: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Nome do Imóvel: Fazenda Conjunto São Jorge

Município: Eunápolis Área Total: 534,7ha

Contribuinte: Carlos Cesar e Silva

CPF: 011.825.285-20

Validade: 12/03/2013

Código de controle da certidão: E680.5491.9A0D.D9A2

- Ministério da Fazenda/Receita Federal do Brasil

Documentos de arrecadação de Receitas Federais

Documentos acima são para comprovar a sua legalidade de negatividade junto

a Receita Federal.

Evidências de DARF’s:

- Nº de referência: 1.141.134-1. Autenticação: 3183 108 694 310812 e 3183

108 695 310812. Datas: 01/10/2007 e 01/01/2008.

- Nº de referência: 2.310.877-0. Autenticação: 3183 108 700 310812 e 3183

108 701 310812. Datas: 01/01/2009 e 01/01/2010.

- Nº de referência: 1.141.134-1. Autenticação: 3183 108 696 310812 e 3183

108 697 310812. Datas: 01/01/2009 e 01/01/2010.

- Nº de referência: 2.310.877-0. Autenticação: 3183 108 702 310812. Datas:

01/01/2011.

- Nº de referência: 1.141.134-1. Autenticação: 3183 108 698 310812 e 3183

108 699 310812. Data: 01/01/2011.

- Nº de referência: 2.310.877-0. Autenticação: 3183 108 699 310812. Data:

01/10/2007.

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- Nº de referência: 4.927.776-20. Autenticação: 3183 108 713 310812 e 3183

108 714 310812. Data: 01/01/2011.

- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Certidão Negativa de Débitos Tributários

Nº da certidão: 2012999675

Nome: Roseline Vieira Cesar e Silva

CPF: 226.586.025-53

Validade: 25/11/2012

- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita federal do Brasil

Certidão Negativa de Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias e às

de Terceiros.

Nº 000412012-04023355

Nome: Carlos Cesar e Silva

CEI: 32.040.00355/83

Validade: 19/03/2013

PPF 081

- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União

Nome: Flamarion Souza Matos

CPF: 078.725.775-34

Validade: 09/02/2013

Código de controle da certidão: 5CB1.3012.DF5D.1FDE

Page 90: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural NIRF: 1.307.682-5

Nome do Imóvel: Fazenda Santa Maria

Município: Belmonte Área Total: 125,4ha

- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Certidão Negativa de Débitos Tributários

Nº da certidão: 2013000524

CPF: 078.725.775-34

Validade: 25/11/2012

Nome: Flamarion Souza Matos

CPF: 078.725.775-34

Validade: 04/02/2013

Código de controle da certidão: B0EB.CEF2.1D5B.F4E8

PPF 079

- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Negativa de Débitos Relativos o Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural NIRF: 5.207.651-2

Nome do imóvel: Fazenda Minadouro

Município: Belmonte Área total: 111,6ha

Contribuinte: Leonardo Nunes Seixas Matoa

CPF: 015.587.115-38

Page 91: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Validade: 17/02/2013

Código de controle da certidão: B004.D2A8.A39C.BAF0

- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à

Divida Ativa da União

Nome: Leonardo Nunes Seixas Matos

CPF: 015.587.115-38

Validade: 03/02/2013

Código de controle de certidão: 7646.04DB.5BF1.D195

- Governo do estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Certidão Negativa de Débitos Tributários

Nº da certidão: 2013000511

CPF: 015.587.115-38

Validade: 25/11/2012

PPF 078

- Ministério da Fazenda/secretaria da Receita Federal do Brasil

Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural NIRF: 4.090.784-8

Nome do imóvel: Conjunto Começo

Município: Mascote Área total: 1.143,5ha

Contribuinte: Aloísio Domingos Vescosi

CPF: 575.422.107-00

Page 92: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Validade: 11/02/2013

Código de controle da certidão: 01D6.799E.32BC.24D5

- Ministério da Fazenda/Receita Federal

Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União

Nome: Arley Francisco Vescosi

CPF: 467.380.706-59

Validade: 05/02/2013

Código de controle da certidão: 89FA.508A.6C05.9359

- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda

Certidão Negativa de Débitos Tributários

Nº da certidão: 2013000464

Inscrição estadual: 053.935.005

CPF: 467.380.706-59

Validade: 25/11/2012

- Certificado de Regularidade do FGTS – CRF

Inscrição: 50.024.83480.8-3

Razão Social: Arley Francisco Vescosi

Validade: 26/10/2012

Nº da certificação: 2012092715291580992859

Evidenciado o Recibo de Entrega da Declaração do ITR (Imposto sobre a

Propriedade Territorial Rural), exercício 2012.

Page 93: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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NIRF arrolado a esse ITR: 4.090.784-8

Declaração recebida pela Receita Federal no dia 22/09/2012.

Nº de controle: 4047235313

Data 10/10/2012

Partes Interessadas

- Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itabela

Evidenciado que o sindicato, na figura do seu presidente, conhece a ASPEX, e

tem os contatos da associação.

O sindicato teve conhecimento da ASPEX através de uma reunião na câmara

de vereadores da cidade.

O sindicato recebeu o resumo do plano de manejo enviado pela ASPEX e o

questionário para melhores informações sobre a certificação e sobre a

associação.

O sindicato deseja que exista uma relação mais estreita com a ASPEX, mas,

entende que a mesma está recém criada e a pretensão futura é de conseguir

realizar projetos para os sindicalizados em parceria ou com o apoio da ASPEX.

- Maçonaria de Eunápolis

A Loja Maçônica recebeu o resumo do plano de manejo enviado pela ASPEX e

o questionário para melhores informações sobre a certificação e sobre a

associação.

Recebeu a carta convite sobre as reuniões, porém o entrevistado comentou

que foi um representante desta entidade a reunião pública.

A entidade tem como preocupação a questão de emprego e renda para a

região, assim como o desenvolvimento ordenado da mesma.

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O entrevistado comenta que uma associação como ASPEX buscando a

certificação florestal, só tem a agregar a região de maneira econômica e social.

A entidade está na região, além das suas usuais atividades, com demais

instituições, tais elas Faculdades, Rotary, Prefeitura, dentre outras para

agregar desenvolvimento econômico e social à região.

A ação da Loja Maçônica na região é de encontrar meios para cobrar os órgãos

públicos municipais e estaduais e assim gerar projetos e melhorias para a

região.

Pessoas Auditadas

Victoria Rizo – 2Tree

Franciele Rosa – 2Tree

Guilherme Baquião – 2Tree

EVIDENCIAS DO ESPECIALISTA FÁBIO RIBEIRO DIB

RELATORIO DE AUDITORIA PRELIMINAR DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL

DO GRUPO 4 – ASPEX

Considerando a importância dos procedimentos adotados pelo MPE, conforme

informações obtidas junto à ASPEX;

Considerando a necessidade de verificação da ausência de condições que

impeçam a recomendação para a certificação, tendo em vista os requisitos

mínimos dispostos na Norma ABNT NBR 14789, especialmente quanto aos

fomentados processados judicialmente;

Considerando tratar-se de auditoria preliminar/prévia, que antecede a auditoria

principal a ser realizada no mês de outubro de 2012, momento oportuno para

verificar seus potenciais desdobramentos para o 4º Grupo;

Considerando a possibilidade de alteração de escopo da auditoria principal,

caso seja verificada a impossibilidade de recomendação à certificação florestal

relativamente a qualquer dos fomentados processados judicialmente e

autuados pelos órgãos ambientais;

Page 95: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Considerando o histórico do processo de certificação em grupo da ASPEX e as

recomendações à vice-presidência do Bureau Veritas Certification – BVC,3 e

aquelas oriundas da gerência técnica quanto ao tema das licenças ambientais:

Passaremos à análise dos elementos que se mostrem suficientes para

fundamentar nossa opinião técnica sobre os processos judiciais que nos foram

apresentados para análise. Para tanto importa consignar que o histórico

apreendido durante as auditorias anteriormente realizadas, assim como os

preceitos estabelecidos na Norma ABNT NBR 14789, que trata da Certificação

Florestal – CERFLOR, cotejados com nossas convicções jurídicas acerca dos

temas analisados permitem a formação de nossa opinião técnica que decerto

não é vinculativa.

NOTAS DE ESCLARECIMENTO: o presente relatório segue a mesma linha de

outros elaborados anteriormente. Tem por escopo apresentar elementos que

visam posicionar o Líder de Auditoria acerca da nossa opinião, enquanto

auditor especialista, sob aspectos importantes que decorreram da atuação do

Ministério Público Estadual – MPE local, em face de 3 (três) PPFs, cada qual

envolvido no bojo de ações criminais movidas contra diversos réus que, na

visão do MPE da Bahia, teriam agido em concurso de condutas criminais. São

eles: ERTON SESQUIN SANCHEZ - PPF 29 (Fazendas Conjunto

Esperança, Pouso Alegre, Dois Irmãos e Monte Dourado), ADEMIR

MILANEZI – PPF 02 (Fazenda Conjunto Estrela) e PAULO KOJI EIZUKA

PPF 20 (Fazenda Águas Claras do Oeste)

Para melhor compreender os resultados de nossa análise, importante

consignar que: (a) em nosso juízo de valor, não concordamos com a visão

ministerial de que as licenças concedidas pelos municípios, devam ser

consideradas ilegais, ao menos quanto sua forma, que é o que interessa aos

órgãos certificadores. Isto porque, como cediço, não podem extrapolar suas

atribuições com o fim de verificar a procedência ou não das denúncias, eis que

não só não possuem poder de polícia, como também não são órgãos

jurisdicionais; (b) as ações criminais que nos foram exibidas, não contam, até a

presente data, com trânsito em julgado. Vale dizer: não se pode concluir que as

licenças existentes ao tempo da realização das atividades de manejo florestal,

eram, de fato, ilícitas, passiveis de nulidade ou anulabilidade e, por

conseguinte, que teriam os PPFs realizado as condutas tipificadas nas ações

3 Como visto em outra oportunidade, o MPE encaminhou recomendação à vice-presidência do BVC a fim

de que este não levasse a efeito as certificações florestais de diversos fomentados. Por outro lado, a

partir desta recomendação, houve outra, agora da gerência técnica aos auditores, no sentido de que se

verificassem fatos, circunstâncias e impedimentos atrelados ao licenciamento dos fomentados a partir

de então.

Page 96: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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mencionadas; (c) várias das denúncias analisadas possuem objetos

complexos, envolvendo diversos réus - fomentados ou não, variados tipos

penais, diferentes fundamentos;4 (d) quanto aos fomentados, no mais das

vezes, as ações penais imputam delitos diversos dos delitos imputados aos

demais, razão pela qual somente se procederá à análise daquilo que diz

respeito aos mesmos. Isto porque ainda que haja menção à realização de

condutas tipificadas na Lei federal nº 9605/98, o princípio da legalidade estrita

não permite que se vislumbre a existência de responsabilidade para além dos

tipos que pede o MPE sejam aplicados aos mesmos; (e) neste sentido,

percebe-se claramente que no bojo das denúncias é recorrente o argumento do

MPE no sentido de que haveria comprovação de práticas relacionadas à de

corrupção ativa, corrupção passiva, abuso de direito e da ordem econômica,

crimes tributários, improbidade administrativa, dentre outros. Todavia, ainda

que seja recorrente a menção a estas modalidades de crimes, a denúncia-

crime se resumiu aos tipos penais ambientais previstos nos artigos 60, 67 e 68

da Lei 9605/1998, à exceção do crime tipificado no art. 38 da referida lei, que é

imputado aos titulares do PPF 20; (f) à todas as ações criminais, se conectam

ações cautelares de seqüestro, que visam indisponibilizar ativos florestais para

impedir sua comercialização e uso. Nada obstante, pelo que consta, não se

impediu a realização de atos de manejo florestal que visem salvaguardar a

integridade das florestas; (g) todas as ações ajuizadas em relação às quais nos

foram apresentados elementos para cognição inicial, ordinárias ou cautelares,

foram distribuídas perante juízo criminal, visando a persecução penal dos

titulares dos PPFs, de prestadores de serviço da Veracel Celulose S/A e de

agentes públicos, inexistindo qualquer demonstração de ações movidas

em juízos especializados nas Fazendas Públicas que, a nosso ver, seriam

aqueles competentes para processar ações que visassem questionar,

anular, reverter atos praticados pelas fazendas públicas locais ou

estadual, especialmente no que tange a licenças ambientais; (h) da mesma

forma não foi verificada a existência de ações que visassem tutelar direitos

difusos por meio de tutelas específicas ou compensatórias e/ou que visassem

para além da reparação de danos ao meio ambiente, o pagamento de multas

destinadas a fundos de direitos difusos.

4 Chama atenção que apesar de não estar impedido de fazê-lo, o titular da ação penal descreve uma série

de fatos relacionados a supostas condutas típicas praticadas pelos denunciados, sem, contudo permitir

uma visão clara de quais fatos teria o PPF 29 participado. A narrativa, em nosso juízo, peca por não

permitir a caracterização clara da tipicidade de sua conduta. Esta situação dificulta a compreensão da

pessoalidade na participação dos fatos narrados, o que, à luz do Direito, pode ensejar graves falhas na

acusação. Não se quer fazer juízo de probabilidade, mas apenas esclarecer que por se tratar de

tipificação com base na Lei 9605/98, que traz normas penais em branco, esta situação é muito

relevante em razão da necessária segurança jurídica para a condenação criminal.

Page 97: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

97

Conclui-se, portanto, ao menos neste momento, que as ações movidas, à

exceção da citação de 2 outras que, segundo informações obtidas junto a

assessoria jurídica, não afetariam os fomentados acima indicados, que a

persecução penal não afetaria, ao menos a princípio, os efeitos de quaisquer

licenças que tenham sido concedidas aos fomentados, ainda que conste do

argumento das ações penais, a suposta prática de diversos atos ilícitos. 5

Vale lembrar, que da mesma forma que se fez em outras oportunidades, serão

feitas análises específicas dos fomentados perante o disposto nos requisitos da

Norma ABNT NBR 14789, bem como serão consideradas as normas

definidoras da competência em matéria de meio ambiente, incluídas as

competências legislativa e aquela voltada para a aplicação do poder de polícia.

Por esta razão a análise da legislação federal e estadual, principalmente, assim

como a municipal se faz necessária. Logo, a partir da Constituição Federal, das

normas que pautam o SISNAMA, o SISEMA da Bahia, cujas atribuições

decorrem do disposto no art. 23, incisos VI e VII da Constituição Federal,6 c.c.

o art. 6º, incisos V e VI da Lei nº 6938/1981, 7 se dará seqüência ao relato de

aspectos anteriormente verificados e apontados em outros relatórios, sem

prejuízo de outros que interessam à auditoria preliminar, a fim de balizar a

decisão quanto ao avanço do processo de certificação do Grupo 4, ao menos

no que tange aos fomentados cuja situação será apreciada.

Além da orientação da Gerência Técnica do BVC relativa à questão das

licenças ambientais, tema já esmiuçado em outras oportunidades, o presente

relatório, da mesma forma que os demais, se baseia em linhas de corte que

abrangem o escopo da auditoria e a interpretação que fazemos do

Princípio 1 da Norma NBR ABNT 14789, que segue abaixo transcrito e

5 Este ponto, para nós, é de extrema importância, na medida em que não cumpre a nós, segundo

entendemos, realizar qualquer juízo de valor de caráter vinculativo à equipe de auditoria, à gerência

técnica e ao comitê de certificação. Logo, ainda que alguns comentários sejam feitos, as conclusões

estarão vinculadas a critérios objetivos oportunamente apresentados.

6 Referido artigo, por força do disposto em seu parágrafo único, foi recentemente regulamentado pela Lei

Complementar 140/2011

7 Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos

Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e

melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim

estruturado: V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de

programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação

ambiental; VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e

fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;

Page 98: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

98

grifado, e demais regras de hermenêutica do Direito, especialmente com

atenção a princípios constitucionais e de ramos do Direito como o penal e

ambiental.

Norma NBR ABNT 14789 - 3.1 Princípio 1 -

Cumprimento da legislação

O empreendimento florestal deve ser gerido através

de atitudes e ações que assegurem o cumprimento

das legislações Federal, Estadual e Municipal em

vigor. A legislação nacional, os acordos e os tratados

internacionais devem ser divulgados a todos os

envolvidos no processo de obtenção da matéria-

prima florestal. Os critérios e indicadores a serem

atendidos são os seguintes:

3.1.1 Critério 1.1 - a organização deve realizar as

atividades pertinentes à implantação e manejo das

florestas, de acordo com as legislações e outros

regulamentos florestais e ambientais vigentes.

- Indicadores:

a) existência de procedimentos de identificação da

legislação e outros regulamentos aplicáveis às

atividades de implantação e manejo da unidade de

manejo florestal;

b) existência de registros que comprovem o

atendimento à legislação e outros regulamentos

aplicáveis às atividades de implantação e manejo da

unidade de manejo florestal.

DEFINIÇÕES IMPORTANTES:

Para melhor compreensão do presente relatório, serão citadas algumas

definições de importância, algumas encontradas na Norma ABNT NBR 14789 e

outros na legislação ambiental, especialmente na resolução CONAMA

237/1997:

área antropizada: Área de terreno ou de vegetação que teve seu estado

original alterado por ação do homem; (item 2.2 da NBR 14789);

Page 99: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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área degradada: Área de terreno ou de vegetação que passou para uma

categoria com maior grau de deterioração, por ação antrópica ou de fenômenos

naturais (item 2.3 da NBR 14789);

aspecto ambiental: Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma

organização que pode interagir com o meio ambiente (item 2.25 da NBR

14789);

critério: Expressão da postura face a parâmetros ou requisitos que traduzem a

adesão a um princípio e que se relaciona ao estado ou à dinâmica de um

sistema (item 2.5 da NBR 14789);

estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos

ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de

uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise

da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle

ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de

manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de

risco;8

licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a

operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos

ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas

que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando

as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao

caso;9

licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,

estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que

deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras

dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental;10

manejo florestal: Gerenciamento da floresta para obtenção de produtos e

serviços, respeitando-se as variáveis ambientais e sociais que garantem os

mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo (item 2.14 da

NBR 14789);

8 CONAMA 237/1997

9 CONAMA 237/1997

10 CONAMA 237/1997

Page 100: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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organização: Companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte

ou combinação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou

com outra forma estatutária, que tem funções e estrutura administrativa

próprias (item 2.20 da NBR 14789);11

plantações florestais: Coberturas vegetais resultantes de atividades humanas

de plantio ou semeadura, com ou sem tratamentos silviculturais, estabelecidas

com espécies florestais arbóreas; equivalentes a florestas plantadas (item 2.18

da NBR 14789);

princípio: Legislação ou regra fundamental que serve de base para ação e é

expressa na forma de objetivo ou atitude em relação à função do ecossistema

florestal e aos aspectos pertinentes do sistema social que com este

ecossistema se relaciona (item 2.19 da NBR 14789);

restauração: Conjunto de medidas e procedimentos que visam a regeneração

e a restituição da forma e função da vegetação que ocorria originalmente na

área. Nesse termo incluem-se as técnicas que utilizam a intervenção direta,

bem como as que promovem a regeneração natural (item 2.21 da NBR 14789);

unidade de manejo florestal - UMF: Área, contínua ou não, claramente

definida, onde está implementado o plano de manejo florestal (item 2.24 da

NBR 14789);

APP – Área de Preservação Permanente;

CF – Constituição Federal;

CEBA – Constituição do Estado da Bahia;

CP – Código Penal;

CPP – Código de Processo Penal

CRI – Cartório de Registro de Imóveis;

DOE – Diário Oficial do Estado;

EIA-RIMA- Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental;

HC – habeas corpus;

LCA – Lei de Crimes Ambientais e Infrações Administrativas;

11 No relatório será empregada com regularidade o equivalente PPF, nome conferido aos fomentados do

Programa Produtor Florestal, acrescido de uma numeração específica.

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LIA – Lei de Improbidade Administrativa;

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, podendo ser utilizada como

indicativa de uma Resolução do órgão;

MS – mandado de segurança;

PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente;

RCI - Roteiro de Caracterização do Imóvel;

RL- Reserva Legal;

SISEMA - Sistema Estadual do Meio Ambiente;

SISNAMA- Sistema Nacional do Meio Ambiente.

TJBA – Tribunal de Justiça do Estado da Bahia

De forma seqüencial, serão apresentados abaixo, de forma resumida, os

principias elementos que serviram de base de nosso entendimento acerca da

situação jurídica de cada um dos 3 (três) fomentados que têm problemas com o

MPE e órgãos ambientais. Lembramos que segundo informações da Aspex,

somente os referidos PPFs pertencentes ao Grupo 4 possuem problemas desta

natureza.

Serão transcritos trechos e cópias de documentos apresentados por meio

eletrônico, a maioria dos quais confrontados com as pastas da assessoria

jurídica e demais consultorias que prestam serviços à certificanda.

ERTON SESQUIN SANCHEZ: a denúncia, ao que consta, foi ajuizada em

16/06/2009, tendo recebido o nº 0003325-13.2009.805.0079.12 A mesma

proposta pelo promotor de justiça Dr. João Alves da Silva Neto, da 1ª

Promotoria de Justiça da Comarca de Eunápolis. Aponta a ocorrência de tipos

penais ambientais diversos e insere no pólo passivo da demanda 13 réus.

Alguns agentes públicos, outros funcionários ou ex-funcionários da Veracel

Celulose S/A, além de particulares, como é o caso dos réus abaixo citados:13

12 Com soante informações obtidas junto a assessoria jurídica da Aspex, o feito depende de julgamento,

havendo audiência de instrução marcada para o ano de 2013 (05/03/2013 às 14h00min).

13 Ao que consta, o réu Erton Sesquin Sanchez, teria sido funcionário da alta administração da Veracel

Celulose S/A, antes de figurar como réu da ação.

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Os réus abaixo citados pelo que consta, são casados e titulam o PPF 29, cuja

UMF é formada por 4 fazendas.

Segundo a acusação: I- não teriam sido adotados procedimentos para definição e averbação de reserva legal – RL; para a realização de processo de licenciamento ambiental que decorresse de procedimento complexo, que exigia a realização de estudo de impacto ambiental e seu conseqüente; que os réus da ação se uniram para, em concurso, burlarem a legislação ambiental; que a Veracel teria se “apropriado” da Secretaria do Meio Ambiente do município e cooptado agentes públicos diversos; que as votações que levaram às concessões de licenças diversas foram ilegais e precedidas de manipulação corrupção, abuso de poder e outras práticas criminosas; que teriam manejado a UMF sem as devidas licenças, itens III a VIII da denúncia; II- o MPE teria ajuizado 2 ações civis públicas a fim de apurar ilegalidades e improbidade administrativa, e que as licenças conferidas perderam a validade em 2007;14

14

Vale observar que as ações mencionadas pelo MPE, quais sejam, a Ação Civil Pública nº 1081418-

5/2006, e a Ação Civil Pública nº 1081431-8/2006, não nos foram exibidas, sendo desejável sua exibição

para continuidade dos trabalhos. Decerto que seu conhecimento e até deslinde pode trazer elementos

de convicção para que possamos tecer considerações acera de potenciais reflexos ao PPF 29. Por isso,

serão solicitadas oportunamente. Não tivemos acesso à referidas ações, mas somente pudemos verificar

alguns argumentos utilizados em defesas e que de alguma forma abordaram o tema. Entendemos que

por ocasião de nossa participação na auditoria de certificação, será essencial a apresentação de

informações precisas quanto aos requeridos, objeto, pedidos e desdobramentos.

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que teria sido exigida a atuação da administração pública estadual e que esta teria autuado o PPF 29, asseverando, ainda que o empreendimento era ilícito, itens IX a XIII; III – indica que a Veracel Celulose S/A age ilicitamente na região.

Apenas para evidenciar a complexidade dos argumentos e clara idéia defendida pelo MPE de que haveria uma estreita relação entre a Veracel, agentes públicos e fomentados, abaixo são feitas algumas transcrições da denúncia, inclusive do pedido:

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Os artigos da Lei 9605/1998, citados na denúncia, são os seguintes:

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público:15

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

15 Não entendemos, a princípio, que este seja um tipo aplicável ao titular do PPF em questão. Não se

trata, pelo que consta, de funcionário público. Logo, não seria ao mesmo aplicável a referida conduta.

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Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.

Em sua defesa o PPF 29 aduz,16 em síntese: IV- a ocorrência de perseguição

do promotor de justiça citado; asseverando que sua atuação configura “desvio

de finalidade”; V- que a ação estaria prescrita em decorrência da incidência do

instituto da prescrição, seja pelo cômputo da pena, seja pela dosimetria, seja,

ainda, pela falta de interesse do Estado-juiz na realização da persecução

penal; VI- alegou-se, também, a ausência de justa causa para a ação e falta de

interesse processual (art. 395, incisos II e III);17 VII – preliminares de mérito

que indicam que a ação seria inepta (art. 395, inciso I do CPP) por conta não

demonstração de tipicidade (art. 41 do CPP), falsidade de alegação quanto a

inexistência de documentos que comprovassem a correta destinação da RL,

que ao tempo do manejo já havia sido concedida licença; carência da ação por

ilegitimidade de parte e por impossibilidade jurídica do pedido;18 indica a

ocorrência de constrangimento ilegal; pede a absolvição sumária; VIII- procura

demonstrar equívocos interpretativos quanto à obrigatoriedade de realização

de EIA-RIMA; indica que o parquet estaria equivocado quanto ao tema da RL,

visto que os procedimentos para sua regularização sempre existiram,

asseverando que se tratou de processo complexo, dependente de roteiro de

caracterização do imóvel – RCI, aprovação de localização de RL, apresentação

de ART, indica que haveria comprovação de Termo de Compromisso para

Averbação de Reserva Legal; impugna a alegação de que não existiram

licenças válidas, destaca que a não concessão da licença pelo Estado não

poderia ser debitada à sua conta, dentre outros argumentos.19

16 Importante consignar que, pelo que se percebeu, há um erro de digitação/indicação da posição do PPF

29 na defesa, uma vez que seria, a rigor, necessária a indicação de 8º e 9º réus e não 3º como aparece

em diversas oportunidades. Acreditamos que este não seja um fato de grande relevância, muito embora

haja argumentos cujas defesas indicam números de licenças, renovações, etc., o que poderia não

corresponder às corretas, ainda mais que a rigor, se faz menção de sua apresentação em anexo. Aí

sim, poderia surgir algum problema grave, passível, decerto, de correção.

17 Apenas para ressaltar, vale a pena ressaltar que a ausência de descrição clara da tipicidade da conduta

configura falta de requisito considerado elementar sob o foco do processo penal, sendo objeto até de

matéria sumulada pelo E. STF (súmula 453), que impediria até mesmo o aditamento da denúncia em

caso de falha no seu ajuizamento.

18 Este tópico foi descrito acima ao tratarmos da questão da complexidade e anacronismo da denúncia,

que dificulta a compreensão dos fatos realmente imputada a cada qual dos denunciados, não obstante

a indicação de quais crimes teriam sido praticados.

19 LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA – LS Nº 06, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO

SMMA/DPL Nº 10/2003. Licença esta, renovada através da LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA DE

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Em resumo quanto ao andamento das ações penais.

A ação criminal de rito ordinário, ajuizada em 16/09/2009, teve a denúncia

recebida em 17/09/2009. Após diversos desdobramentos, ainda não possui

trânsito em julgado, consoante dados obtidos no sítio do TJBA. Não consta

sequer data marcada para audiência. 20

Ainda consta a existência de ação cautelar de sequestro de ativos florestais,

incidente sobre a UMF titulada pelo PPF 29, a qual se processa no mesmo

juízo sob o nº 0001390-35.2009.805.0079, ajuizada em 20/03/2009.21 Esta

ação indica que IX – as licenças obtidas pelo PPF 29 e outros seriam ilegais;

não existiria indicação de averbação de RL; teria ocorrido uma série de

irregularidades envolvendo órgãos e agentes públicos; X- foi deferida liminar

para sequestro e averbação no CRI local em 17/09/2009; XI – foram opostos

embargos em 02/06/2011, sendo suscitadas diversos argumentos de defesa,

em boa parte reproduzidos em outros embargos que versaram sobre tema

similar, dado que o MPE moveu diversas ações similares. 22 Em síntese se

alega inidoneidade da medida, ausência de perigo da demora e de elementos

jurídicos que assegurassem o deferimento da medida; o excesso da mesma,

vez que poderia provocar o efeito inverso, qual seja o perecimento do bem em

prejuízo a todos; ausência de provas de irregularidades; inexistência de origem

ilícita da madeira; perigo da demora reverso,23 dentre outros argumentos.

RENOVAÇÃO – LS Nº 85, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO SMMA/DLA Nº 096/2006,

ainda sob a égide da competência municipal. Vale notar que com a edição da Lei estadual nº

10431/2006, a competência para licenciar o empreendimento do PPF 29 teria sido deslocada para o

Estado.

20 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15

21 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15

22 Caso atípico posto que, no mais das vezes os fomentados realizam o comparecimento espontâneo e

desde logo deflagram suas defesas.

23 Trata-se de construção jurídica que indica que a providência severa adotada pelo juiz, pode trazer

danos irreversíveis a todos os envolvidos pelo perecimento dos bens sequestrados. Assim se

argumento que o sequestro é a pior medida para todos, sendo melhor a adoção de outras, que não se

indicam com detalhes. Exemplo seria a caução do valor para venda dos ativos; venda judicial, etc..

Todavia, Nara da disso, a rigor, teria ocorrido. Muito ao contrário, os ativos permanecem, em tese,

sequestrados.

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107

Nesta ação foi concedida liminar e do sitio eletrônico do TJBA consta, além da

concessão, despacho que determina a realização de reconhecimento da área,

o que é de importância para compreender os procedimentos adotados pelas

partes. Cabe registro:

“Decisão: "(...) EXPEÇA-SE O MANDADO PARA QUE O OFICIAL DE JUSTIÇA NOTIFIQUE OS REQUERIDOS DESTA DECISÃO, BEM ASSIM FAÇA. COM O RECURSO DE PREPOSTOS DO IBAMA OU DO ÓRGÃO AMBIENTAL DESTE MUNICÍPIO, O LEVANTAMENTO PORMENORIZADO DA ÁREA DE PLANTIO ATINGIDA POR ESTA MEDIDA, CONSTANDO EM ALTO CIRCUNSTANCIADO. OUTROSSIM, FICA AUTORIZADO A IMPLEMENTAÇÃO, PELOS REQUERIDOS, DE QUAISQUER PROVIDÊNCIAS TENDENTES À CONSERVAÇÃO DO PLANTIO DE EUCALIPTOS QUE NÃO IMPORTEM, NATURALMENTE, NA FRUSTAÇÃO DA PRESENTE MEDIDA." CERTIFIQUEM-SE OS REQUERIDOS, COMO PEDIDO NA INICIAL.” 24

Após a liminar houve embargos e posterior apelação. Pelo que nos foi

informado, o MPE ainda não teria tomado ciência dos termos da apelação,

recebida no efeito devolutivo, o que retardaria o andamento do feito. Estas

informações prestadas pela assessoria jurídica, que nos franqueou

documentos, pode ser confirmada pelos andamentos processuais contidos no

sitio oficial do TJBA.25

Com isso se considera a madeira sequestrada, assim como fica claro que

inexiste decisão terminativa quanto à ambas as ações movidas, principal e

cautelar. Logo, inexiste decisão terminativa que impeça, a nosso juízo, a

interrupção do processo de certificação. Relembre-se que, a rigor, até a

presente data não se demonstrou qualquer ação transitada em julgada movida

perante algum juízo das fazendas públicas questionando a validade e eficácia

das licenças conferidas. Decerto que esta questão não está fechada e poderá

comportar mudança de visão, inclusive com o a sinalização para exclusão do

PPF 02 do escopo da certificação até ulterior decisão.

24 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=2517742-

1/2009&tmp.seq=11

25 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15

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* * * * * * * *

ADEMIR MILANEZI: a denúncia, ao que consta, foi ajuizada em 22/03/2010,

tendo recebido o nº 0001405-67.2010.805.0079.26 A mesma teria sido proposta

pela Promotoria de Justiça da Comarca de Eunápolis. Aponta a ocorrência de

tipos penais ambientais diversos e insere no pólo passivo da demanda diversos

réu, no total de 6 (seis), inclusive o titular do PPF 29. Pelo que constatou-se do

sitio eletrônico do TJBA, alguns dos réus se confundem com os réus da ação

movida contra o titular do PPF 29. Dentre estes, estariam réus agentes

públicos, outros ligados à Veracel Celulose S/A por vínculo profissional e

outros, ainda, por contrato de fomento. Cabe registro das partes denunciadas:

26 Com soante informações obtidas junto a assessoria jurídica da Aspex, o feito depende de julgamento,

havendo audiência de instrução marcada para o ano de 2013 (05/03/2013 às 14h00min)

http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15)

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A denúncia traz em síntese os mesmos argumentos colacionados na denuncia

do PPF 29 supra citada, acrescentando o seguinte:

E ao final conclui com o pedido que segue anexo, reproduzindo os tipos penais

acima transcritos da Lei 9605/98:

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Pelo teor das peças de defesa exibidas, não se acredita em grandes

inovações. Um fato, no entanto, chama atenção, qual seja, o de que no tema

do desvio de finalidade se aponta que o titular do PPF 02 teria se manifestado

contrariamente a argumentos do promotor de justiça citado, em audiência

pública realizada por ocasião do licenciamento da Veracel Celulose S/A. A

defesa aponta que neste caso haveria perseguição.

Nada obstante a impossibilidade de se analisar a denúncia, no sitio eletrônico

do TJBA consta o seguinte despacho do mm. Juízo da vara criminal de

Eunápolis:

Despacho: " Nos autos encontram-se as respectivas respostas preliminares, apresentadas por todos os denunciados. Conquanto sustentem os réus a inépcia da denúncia e a falta justa causa, o exame detido do libelo inaugural revela que, nada obstante a sua extensão, nele se contém fatos que, em tese, são típicos e relevantes quanto ao direito penal, de modo que a denúncia está em ordem a vencer, ainda que com o minus, as duas preliminares referidas. Sobre a prescrição, também não há reserva ao seu reconhecimento, pelo menos neste instante. Não refoge ao julgador a certeza de que a alteração no prazo prescricional de dois para três anos não pode alcançar fatos anteriores à edição da Lei que introduziu a modificação. No entanto, não se pode determinar senão após a instrução a data dos aludidos fatos supostamente criminosos, para estabelecer-se o termo inicial do prazo. Por esta razão, o tema será remetido para julgamento final, conforme autoriza a última parte do parágrafo único, do art. 61, do Código de Processo Penal. Assim, designo audiência de instrução e julgamento para o dia 29/08/2012, às 14 horas 00 minutos. Intimaçãoes, Notificações e Requisições necessárias. A cópia autêntica desta(e) DECISÃO/DESPACHO/SENTENÇA servirá, para os todos os fins legais, como Mandado ou Ofício de Intimação/Notificação/Requisição, do/ao Ministério Público,Advogados e Defensores, autoridades policiais e todos os demais interessados, sem prejuízo da intimação diretamente nos autos mediante publicação no Diário Eletrônico do

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Judiciário, conforme a legislação processual em vigor".27

Na sequência se observa que houve suspensão da audiência marcada em

razão de demandas eleitorais, dado que se trata de ano de eleição. Da mesma

forma resta comprovado que a audiência não se realizou, visto que em recente

publicação do DOE, datada de 11/09/2012, na qual em despacho

fundamentado o magistrado assim se pronuncia:

“Despacho: Apreciando os requerimentos de fls.

685/686 e 726/729, pelos quais o acusado Luiz

Carlos Scoton requer o reconhecimento da

prescrição punitiva em relação a sua pessoa, por

estar com mais de 70 anos de idade, do que

decorreria a redução do prazo prescricional, indefiro,

visto que a denúncia, além de não haver

determinado com precisão qual foi a data do suposto

fato criminoso, ainda textualmente aludiu a que

"como não foi renovada e a manutenção e

exploração do plantio de eucalipto, continuou a

funcionar sem licença ou autorização ambiental e

contrariando as normas legais pertinentes, os quatro

primeiros denunciados também praticaram, em

concurso de pessoas, o crime previsto no art. 60 da

lei n° 9.605/98", decorrendo dai que somente a

instrução processual poderá determinar qual foi a

data do suposto fato criminoso e se, efetivamente,

entre esta e o recebimento da denúncia decorreu o

lapso de tempo determinante da prescrição. Quanto

ao requerimento de fls. 698/699, pelo qual o Dr.

Dinalmari Mendonça Messias requer a sua exclusão

do rol de testemunhas apresentado pelo acusado

Luiz Carlos Scoton, também indefiro, considerados

os argumentos expendidos na petição de fls.

726/729, os quais acenam que a mencionada

testemunha atuou como membro do Ministério

Público em sessões do órgão concedentes das

licenças ambientais, cuja licitude a denúncia argui e,

bem por isso, pode Sua Excelência ter conhecimento

27 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=3188801-

5/2010&tmp.seq=51

Page 112: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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de fatos que interessam ao deslinde da causa.

Intimem-se. Após as Eleições, retornem-me”.28

Consta, também, andamento processual que indica a existência de ofício

resposta do juiz com relação à existência de HC impetrado perante o TJBA.29

Todavia, não conseguimos verificar qualquer processo titulado pelo PPF 02

naquele E. Tribunal, considerando os dados que possuímos.

Em sua defesa o PPF 02 aduz,30 em síntese: XII- a ocorrência de

perseguição do promotor de justiça citado; asseverando que sua atuação

configura “desvio de finalidade”; XIII- que a ação estaria prescrita em

decorrência da incidência do instituto da prescrição, seja pelo cômputo da

pena, seja pela dosimetria, seja, ainda, pela falta de interesse do Estado-juiz na

realização da persecução penal; XIV - alegou-se, também, a ausência de justa

causa para a ação e falta de interesse processual (art. 395, incisos II e III);31

XV – preliminares de mérito que indicam que a ação seria inepta (art. 395,

inciso I do CPP) por conta não demonstração de tipicidade (art. 41 do CPP),

falsidade de alegação quanto a inexistência de documentos que

comprovassem a correta destinação da RL, que ao tempo do manejo já havia

sido concedida licença; carência da ação por ilegitimidade de parte e por

impossibilidade jurídica do pedido;32 indica a ocorrência de constrangimento

ilegal; pede a absolvição sumária; XVI- procura demonstrar equívocos

interpretativos quanto à obrigatoriedade de realização de EIA-RIMA; indica que

o parquet estaria equivocado quanto ao tema da RL, visto que os

28 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=3188801-

5/2010&tmp.seq=83

29 oficio nº 60/2012 respondendo HC 0313222-30.2012.805.0000 (2ª Câmara)

30 Importante consignar que, pelo que se percebeu, há a reprodução dos dados das licenças indicadas na

defesa do PPF 29. Não se sabe se houve correção quanto a este aspecto que pode, de algum modo,

trazer algum tipo de problema ao processo, visto que se o magistrado for por demais formalista e se

não houve a juntada dos documentos corretos, podem ocorrer decisões prejudiciais ao fomentado.

31 Apenas para ressaltar, vale a pena ressaltar que a ausência de descrição clara da tipicidade da conduta

configura falta de requisito considerado elementar sob o foco do processo penal, sendo objeto até de

matéria sumulada pelo E. STF (súmula 453), que impediria até mesmo o aditamento da denúncia em

caso de falha no seu ajuizamento.

32 Este tópico foi descrito acima ao tratarmos da questão da complexidade e anacronismo da denúncia,

que dificulta a compreensão dos fatos realmente imputada a cada qual dos denunciados, não obstante

a indicação de quais crimes teriam sido praticados.

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procedimentos para sua regularização sempre existiram, asseverando que se

tratou de processo complexo, dependente de roteiro de caracterização do

imóvel – RCI, aprovação de localização de RL, apresentação de ART, indica

que haveria comprovação de Termo de Compromisso para Averbação de

Reserva Legal; impugna a alegação de que não existiram licenças válidas,

destaca que a não concessão da licença pelo Estado não poderia ser debitada

à sua conta, dentre outros argumentos.33

Em resumo quanto ao andamento das ações penais.

A ação criminal de rito ordinário ainda não foi concluída. Inexiste trânsito em

julgado, o que permite concluir que inexiste a configuração de crime por meio

de sentença terminativa que eventualmente pudesse, neste momento, impedir

o avanço do processo de certificação, considerando o objeto da ação

criminal.34

Ainda consta a existência de ação cautelar de sequestro de ativos florestais,

incidente sobre a UMF titulada pelo PPF 02, a qual se processa no mesmo

juízo sob o nº 0001382-24.2010.805.0079, ajuizada em 19/03/2010. Esta ação

indica que XVII – as licenças obtidas pelo PPF 02 e outros seriam ilegais; não

existiria indicação de averbação de RL; teria ocorrido uma série de

irregularidades envolvendo órgãos e agentes públicos; XVIII - foi deferida

liminar para sequestro e averbação no CRI local em 07/10/2010; XIX – foram

opostos embargos em 19/11/2010, sendo suscitadas diversos argumentos de

defesa, em boa parte reproduzidos em outros embargos que versaram sobre

tema similar, dado que o MPE moveu diversas ações similares. Em síntese se

alega inidoneidade da medida, ausência de perigo da demora e de elementos

jurídicos que assegurassem o deferimento da medida; o excesso da mesma,

vez que poderia provocar o efeito inverso, qual seja o perecimento do bem em

prejuízo a todos; ausência de provas de irregularidades; inexistência de origem

ilícita da madeira; perigo da demora reverso, dentre outros argumentos. Como

a decisão foi mantida o PPF 02 embargou da decisão que manteve a liminar e

em seguida apelou. A apelação não foi respondida pelo MPE e até a presente

33 De notar que aqui se traz os mesmos dados do licenciamento do PPF 29, ou seja: LICENÇA

AMBIENTAL SIMPLIFICADA – LS Nº 06, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO SMMA/DPL

Nº 10/2003. Licença esta, renovada através da LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA DE

RENOVAÇÃO – LS Nº 85, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO SMMA/DLA Nº 096/2006,

ainda sob a égide da competência municipal. Vale notar que com a edição da Lei estadual nº

10431/2006, a competência para licenciar o empreendimento do PPF 29 teria sido deslocada para o

Estado.

34 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15

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114

data não se conheceu o desfecho do caso. Seguem cópias da distribuição da

decisão dos embargos supraciatada:

“Decisão: "(...)4. Passo a decidir. 5. Omissão alguma há no julgado combatido pelos Embargos. 6. Uma rápida reflexão sobre o tema, autoriza concluir-se que o procedimento sob exame, medida cautelar de sequestro, prevista e disciplinada no âmbito do processo penal, não requer, absolutamente, dentro no seu trâmite prévia instalação de contraditório, porquanto nos precisos termos do art. 126, do CPP, para o seu deferimento basta a "existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens" por ela atingidos. 7. Desta forma, era desimportante para a validade da decisão a apreciação de o quanto sustentado pelo embargante a título de defesa. 8. Ainda assim, reexaminei a decisão profligada, à luz dos argumentos e provas documentais que a esse título foram produzidos pelo embargante, não me convenci de que são suficientes à derrogação dos fundamentos desposados no édito judicial, ou seja, ainda neste momento, infelizmente, o embargante não logrou desincumbir-se, com substância necessária, do ônus do art. 130-I, do CPP. 9. Rejeito os embargos, portanto. 10. Nos autos principais, aguarde-se o decurso do prazo de resposta do réu Luiz Carlos Scoton. Intimem-se. Cumpra-se." 35

35 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=3186367-

5/2010&tmp.seq=26

Page 115: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

115

Até este momento, não se tem informações acerca de eventual resposta do

MPE ou da subida dos autos ao TJBA. Com isso se considera a madeira

sequestrada, assim como fica claro que inexiste decisão terminativa quanto à

ambas as ações movidas, principal e cautelar. Logo, inexiste decisão

terminativa que impeça, a nosso juízo, a interrupção do processo de

certificação. Relembre-se que, a rigor, até a presente data não se demonstrou

qualquer ação transitada em julgada movida perante algum juízo das fazendas

públicas questionando a validade e eficácia das licenças conferidas. Decerto

que esta questão não está fechada e poderá comportar mudança de visão,

inclusive com o a sinalização para exclusão do PPF 02 do escopo da

certificação até ulterior decisão.

* * * * * * * *

PAULO KOJI EIZUKA: a denúncia, ao que consta, foi ajuizada em 21/09/2010,

tendo recebido o nº 0000901-62.2010.805.0111.36 A mesma teria sido proposta

pela Promotoria de Justiça da Comarca de Itabela. Aponta a ocorrência de

tipos penais ambientais diversos e insere no pólo passivo da demanda diversos

réus, seis no total. Pelo que se constatou do sitio eletrônico do TJBA, alguns

dos réus se confundem com os réus da ação movida contra o titular dos PPFs

02 e 29. Dentre estes, estariam réus agentes públicos, outros ligados à Veracel

Celulose S/A por vínculo profissional e outros, ainda, por contrato de fomento.

Nesta ação criminal há inovações em relação às demais, consubstanciadas no

fato de que além do tipo do art. 68 da Lei 9605/1998, estaria presente também

o tipo do art. 38 do referido diploma. Os réus, antes de mais nada são os

seguintes:

36 Consoante informações obtidas junto ao sitio eletrônico do TJBA, o feito ainda não possui decisão

terminativa, o que significa que não é possível reconhecer que os pedidos formulados pela promotoria

de justiça tenham sido acolhidos e muito menos que haja trânsito em julgado

http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/numero.wsp

Page 116: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

116

Os três primeiros réus são da mesma família e os demais a Veracel Celulose

S/A e alguns de seus prestadores de serviços, que se dedicam a funções de

próprias da alta administração. Já as inovações decorrem da denúncia de

crime contra a flora, consubstanciado na degradação e utilização de área de

preservação permanente definida no então Código Florestal vigente, a Lei

4771/1965 com redação dada pela Medida Provisória 2166-67/2001. Registre-

se:

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

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117

Importante consignar que no teor da denúncia, não consta a forma qualificada

prevista no art. 38 – A, de modo que, a princípio, eventual responsabilidade

pelo fato criminoso imputado as 3 primeiros réus seria aquela descrita acima.

O tipo qualificado assim dispõe:

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Logo, a rigor, a não ser que haja alteração por parte da promotoria de justiça

ou do juiz, em momento oportuno, o que é permitido em lei, e desde que não

se constate a ocorrência da forma qualificada, fica limitada a ação nos moldes

do referido art. 38, somado ao art. 68, já citado acima e que faz parte das

demais denúncias ofertadas contra os PPFs.

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118

Assim sendo, fora a questão do art. 38 supracitado, que merecerá uma

abordagem mais dedicada, fato é que os demais argumentos são a reprodução

dos mesmos argumentos dos demais fomentados, com pequenas diferenças

que não nos parecem suscitar novas considerações. Ou seja: a promotoria de

justiça entende que há vícios no licenciamento ambiental, aponta

irregularidades quanto à definição de reserva legal, indica a ocorrência de

crimes diversos, que não nos cabe analisar no detalhe, visto que enveredam

sobre corrupção ativa e passiva, concurso de agentes imbuídos no interesse de

cometer crimes de lavagem de dinheiro, dentre outros.

Por seu turno, as defesas de PAULO KOJI EIZUKA, OSVALDO YOSHITO

EIZUKA e de JÂNIO FUMIO EIZUKA,37 indicam que: a conduta não teria sido

típica, pois não se teria destruído floresta de preservação permanente, mas

sim suprimido “algumas árvores frutíferas”, que em seu argumento seriam

árvores isoladas (art. 139 do Decreto estadual 14.024/2012, c.c. art. 107, III di

Código Penal), tendo-se requerido a absolvição sumária dos réus; que a

punibilidade deveria ser extinta em decorrência do cumprimento das

obrigações importas pelo órgão ambiental, considerando o Auto de Infração –

Advertência – nº 2007-006519/TEC/AIAD-0357, tendo, ainda, alegado que

quanto ao Auto de Infração – Multa – nº 2007-006528/TEC/AIMU-0338, esta

teria sido paga, apesar de não ter sido cometido crime algum, e que, por fim,

deveria incidir sobre o caso concreto levantado pela denúncia, o disposto no

art. 60 da Lei 12651/2012 que instituiu o novo Código Florestal, ao argumento

da extinção da punibilidade pela reparação do dano, com a incidência do art.

397, inciso IV do Código de Processo Penal; haveria desvio de finalidade na

conduta da promotoria de justiça; seria o caso de incidência de prescrição em

decorrência de legislação superveniente que alterou prazos de prescrição

37 Não foi apresentada a defesa de Paulo Koji Eizuka no tempo de fechamento do presente relatório,

todavia se infere que possua o mesmo teor.

Page 119: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

119

contidos no Código Penal; alega-se inépcia da petição inicial por ausência de

dedução lógica do tipo penal em virtude dos fatos narrados (art. 41 c.c 395,

inciso I ambos do CPP; falta de justa causa no que tange à exigência de

EIA/RIMA e de eventual irregularidade quanto a definição da RL; atipicidade

das condutas com a consequência absolvição nos termos do art. 397, inciso III

do CPP; cumprimento das exigências contidas em autos de infração e

consequente impossibilidade de continuidade da persecução penal, etc.

Em resumo quanto ao andamento das ações penais.

A ação criminal de rito ordinário ainda não foi concluída. Assim sendo, como

já restou indicado acima, a inexistência de trânsito em julgado não permite

concluir pela efetivação das condutas criminosas imputadas aos titulares do

PPF 20. Somente a partir de uma sentença penal condenatória e terminativa se

poderia aventar, no que tange à seara penal, desatendimento aos requisitos da

norma de regência da certificação. Incide a presunção da inocência e a

impossibilidade de se ter por culpado aquele que nem condenado foi por meio

de decisão que não aceite recurso.38

Ainda consta a existência de ação cautelar de sequestro de ativos florestais,

incidente sobre a UMF titulada pelo PPF 20, a qual se processa no mesmo

juízo sob o nº 000902-47.2010.805.0111, ajuizada em 09/09/2010 com liminar

deferida em 20/09/2010. Esta ação indica que XX – as licenças obtidas pelo

PPF 20 e outros seriam ilegais; não existiria indicação de averbação de RL;

teria ocorrido uma série de irregularidades envolvendo órgãos e agentes

públicos; XXI - foi deferida liminar para sequestro em 20/09/2010, a qual

determinou a indisponibilidade dos ativos florestais; XXII – foram opostos

embargos em 17/08/2012, sendo suscitados diversos argumentos de defesa,

em boa parte reproduzidos em outros embargos que versaram sobre tema

similar, dado que o MPE moveu diversas ações similares. Em síntese se alega

inidoneidade da medida, ausência de perigo da demora e de elementos

jurídicos que assegurassem o deferimento da medida; o excesso da mesma,

vez que poderia provocar o efeito inverso, qual seja o perecimento do bem em

prejuízo a todos; ausência de provas de irregularidades; inexistência de origem

ilícita da madeira; perigo da demora reverso, dentre outros argumentos.

38http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15

Page 120: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

120

Até este momento, da mesma forma que apontado acima, não existem

informações que indiquem a ocorrência de trânsito em julgado de decisão

desfavorável em qualquer das ações judiciais movidas contra os titulares do

PPF 20. Portanto, não entendemos ser o caso de interrupção do processo de

certificação. Todavia, como a denúncia indica a ocorrência de tipo penal

inscrito no art. 38 da Lei federal nº 9605/98, havendo indicação de autos de

infração que dariam conta de degradação em APPs, quer parecer que este

aspecto merece uma atenção maior a ser dada na próxima auditoria. Como já

foi dito, estas questões não estão fechadas e poderão comportar mudança de

visão, inclusive com o a sinalização para exclusão do PPF 20 do escopo da

certificação até ulterior decisão.

* * * * * * * *

CONCLUSÕES

À vista doe elementos de convicção apresentados, inclusive no que tange a documentos e consultas eletrônicas, quer parecer que à exceção das ações civis públicas acima apontadas, todas as ações judiciais movidas contra os PPFs acima indicados, não extrapolam a seara penal. Com isso, considerando que inexiste trânsito em julgado desfavorável a qualquer dos titulares dos PPFs, não se pode presumir sua culpabilidade no que tange a qualquer dos delitos apontados.

Da mesma forma, há que se separar as condutas típicas que lhes são imputadas daquelas que são imputada a outros réus, visto que também não há elementos conclusivas no sentido de configurar sua participação nos ilícitos penais relacionados com corrupção ativa, corrupção passiva, crimes contra a ordem tributária e outros.

À exceção do PPF 20, não há indicação de danos ao meio ambiente por meio de práticas deletérias tipificadas como crimes ambientais. Neste caso, decerto que eventual condenação criminal transitada em julgado configuraria ofensa à normas cogentes e vigentes de proteção ambiental. Diferentemente de uma suposta ausência de licença que assegurasse a licitude do manejo florestal, crimes contra a flora poderiam ensejar posicionamento contrário à certificação. Nada obstante vale, por ora, o raciocínio da ausência de trânsito

em julgado de sentença criminal condenatória.

Ainda será necessário verificar a existência e as potenciais repercussões de ações civis públicas, movidas perante juízos das fazendas públicas que tenham por objeto anular as licenças e seus efeitos, assim como tutelas específicas voltadas para o desfazimento de danos ambientais e recuperação de áreas. Isto porque, como ressaltada anteriormente, não só é lícita a atividade de silvicultura no país, como também no Estado da Bahia, por expressa determinação legal (lei em sentido lato).

Page 121: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

121

Nessas condições e diante das evidências objetivas apresentadas, inexistindo decisão judicial condenatória e terminativa, ainda somos pela conclusão de que inexistem elementos suficientes para impedir processos de certificação florestal com base nas ações judiciais analisadas, o que não significa que seja outro o entendimento da equipe de auditoria, da gerência técnica e do comitê de certificações.

São Paulo, 14 de setembro de 2012.

Fabio Ribeiro Dib

Lista do pessoal auditado durante toda a auditoria:

Nome – função/cargo – empresa

NOME CARGO/FUNÇÃO EMPRESA

Luiz Tapia Rf Veracel

Jose Alfredo Batista Administrador

Sergio Ricardo Gerente Tecnologico Veracel

Welinton Santos Estoque Veracel

Daniela Andrade Neves Especialista Em Sanidade

Florestal

Victoria Rizza Advogada em sanidade

Florestal - 2Tree

João Carlos Rocha Jr. Projex Consultoria

João Batista de Almeida PPF

Luis Migray Engenheiro Florestal Veracel

Raniere Ornelas Técnico Veracel

Antonio Marcos Nascimentos Gerente

Sebastião Firmino Técnico Anemb

Florisial Lima Técnico Anemb

Page 122: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

122

João Alves Silva Neto Promotor Eunapolis

3.6 Não Conformidades Registradas

Foram registradas6 (seis) não conformidades menores nesta auditoria de

certificação.

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: ASPEX G4 Não-conformidade ADO 01

Auditoria: certificação Processo: CERFLOR Auditor Líder: Antonio Oliveira

Data :10/10/2012 Auditor : Antonio de Oliveira

Representante da

organização : Luiz Tápia

NBR 14789:2007

.critério 3.2 indicador e Tipo de NC: menor

Evidência de mapeamento e proteção de sítios históricos, arqueológicos de valor cultural e social

Comentários do Auditor:

Falta de mapeamento da capela na sede do PPF 87

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Trata-se de pequena capela, que há muito não era utilizada no empreendimento. Recentemente o local foi

reformado e pode voltar a ser utilizado como local de culto religioso.

Ação Corretiva :

Page 123: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

123

Mapear o local e apontar no plano de manejo a existência desta capela.

Monitorar o uso do local, de modo a verificar se o mesmo será utilizado como local de culto religioso por pessoas

da comunidade, avaliando assim se trata-se de área de conservação social.

Representante da

Administração : Luiz Tápia Data: 25/10/2012

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz? A ser confirmado na

próxima auditoria :

Auditor : Data :

Comentários :

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: ASPEX Não-conformitdade n° 01

Auditoria: Principal Processo: CERFLOR Auditor Líder: Antonio Oliveira

Data : 08/10/2012

Auditor : Marcelo Castro

Magalhães

Representante da

organização : Vitoria Rizo NBR 14789:2007

Page 124: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

124

O Atestado de Saúde Ocupacional para a função de Técnico Ambiental exercida pelo Engenheiro Agrônomo Guilherme

Baquião, descreve riscos em divergência com os descritos no PPRA e no PCMSO da empresa 2 TREE, em desacordo com

a portaria 3.214 de 28 de julho de 1.978 NR 9 Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional PCMSO.

Cláusula : Principio 1.3 b) Evidencias de que todos

os aspectos relacionados com a legislação

trabalhista estão em conformidade com as

legislações vigentes......

Tipo de NC: Menor

Commentários do Auditor: O documento PCMSO e PPRA devem ser a base para elaboração dos Atestados de

Saúde Ocupacional ASOs.

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

No momento da anamnese para fins de realização do ASO do colaborador, o mesmo informou sua formação

profissional, o que restou constando no exame como sua função. Em razão do desvio no dado informado, houve a

incoerência entre a avaliação de riscos.

Ação Corretiva :

Identificar a função desempenhada pelo colaborador

Realizar nova entrevista e avaliação de riscos em razão da atividade desempenhada

Rever os documentos visando realizar o alinhamento entre PPRA e PCMSO

No caso de novas contratações, atentar para as funções identificadas na documentação, de modo a garantir a

consistência das informações.

Ação Preventiva :

Considerando manter a conformidade do grupo de produtores florestais integrados G04, será realizada análise de

abrangência da documentação de Saúde e Segurança do Trabalho para todos integrantes do grupo G04. Desta

forma serão analisados os demais documentos visando garantir o alinhamento entre PPRA e PCMSO.

Page 125: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

125

Representante da

Administração : Luiz

Tapia

Ação Corretiva Data: 09/10/2012

Ação Preventiva: 09/01/2013

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ? SIM

A ação foi eficaz?

A ser confirmado na

próxima auditoria:

SIM

Auditor: Marcelo

Castro Magalhães

MCT

Data : 09/10/2012

Comentários : A Correção foi executada de imediato com apresentação de novo Atestado de Saúde Ocupacional

ASO para a função de Técnico Ambiental, condizente com os riscos descritos no PPRA e PCMSO.

A analise de causa raiz apresentada representa o núcleo do problema que gerou a NC.

Page 126: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

126

As ações corretivas propostas são capazes de sanear a Não Conformidade, evitando a sua recorrência.

As ações preventivas propostas são capazes de prevenir novos erros de preenchimento dos Atestados (ASO),

bem como erros de descrição de riscos nos documentos PPRA e PCMSO.

A eficácia das ações deverá ser confirmada na primeira auditoria de manutenção.

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: ASPEX Não-conformitdade n° 02

Auditoria: Principal Processo: CERFLOR Auditor Líder: Antonio Oliveira

Data : 08/10/2012

Auditor : Marcelo Castro

Magalhães

Representante da

organização : Vitoria Rizo NBR 14789:2007

As PTEAS – Planejamento Técnico Econômico Ambiental e Social do grupo 4 da ASPEX, não comtempla a caracterização

dos Recursos Hídricos, evidenciando as micro bacias e descrevendo os dados hidrológicos requeridos no principio 4 -

Respeito as águas ao solo e ao ar. onde as unidades de manejo florestal dos produtores da ASPEX grupo 4 tem serão

certificadas,

Cláusula : Principio 4.1 item b) Documentação da

caracterização dos recursos hidricos considerando-

se as microbacias onde se insere as unidades de

manejo florestal ..... contendo dados

hidrológicos.....

Tipo de NC: Menor

Faltam dados dos recursos hidricos existentes nas Unidades de Manejo Florestal do grupo 4 da ASPEX.

Qualitativos e Quantitavivos da hidrologia por unidade de manejo.

Page 127: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

127

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Até o momento, são realizados monitoramentos dos principais cursos d’água existentes na bacia hidrográfica da

região. Contudo, não se atendo aos pequenos cursos existentes nos empreendimentos florestais particulares.

Ação Corretiva :

Considerando a necessidade, serão realizadas análises de cursos d’água, inseridos nas áreas dos produtores

florestais para fins de monitoramento destes corpos hídricos.

Representante da

Administração : Luiz Tápia Data: 25/10/2012

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz? A ser confirmado na

próxima auditoria :

Auditor : Data :

Comentários :

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: Aspex – Associação dos Produtores de Eucalipto do Não-conformitdade n°

Page 128: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

128

Extremo Sul da Bahia - Grupo 4

Auditoria : Certificação Grupo 4 Processo: Auditor Líder: ADO

Data : 08/10/2012 Auditor : MPG

Representante da

organização : Luiz Tapia NBR 14789:2007

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL

Cláusula : 3.2 a, b Tipo de NC : Menor

Não realizado levantamentos e estudos da estrutura de fauna e flora nos PPFs do Grupo 4 de forma

sistemática e com amostragem significativa, visando identificar, caracterizar e conservar os recursos

biológicos.

Commentários do Auditor :

Levantamento e monitoramento de fauna e flora somente citado em cronograma a ser realizado em 2013.

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Foi realizado o levantamento de dados para um dos integrantes do grupo, como uma avaliação geral, haja vista o

fato de haver o cronograma para levantamento completo de dados para todos os integrantes.

Ação Corretiva :

Apresentação do diagnóstico das propriedades do grupo identificando quais propriedades são representativas para

o monitoramento a longo prazo.

Representante da

Administração : Luiz Tápia Data:25/10/2012

Page 129: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

129

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz? A ser confirmado na

próxima auditoria :

Auditor : Data :

Comentários :

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: Aspex – Associação dos Produtores de Eucalipto do

Extremo Sul da Bahia - Grupo 4 Não-conformitdade n°

Auditoria : Certificação Grupo 4 Processo: Auditor Líder: ADO

Data : 10/10/2012 Auditor : MPG

Representante da

organização : Luiz Tapia NBR 14789:2007

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL

Cláusula : 2.2 Tipo de NC : Menor

Mapas de caracterização dos PPFs não apresentam dados de uso e ocupação do solo, com a localização correta de

áreas naturais, escopos das áreas certificadas, e detalhamentos da cobertura vegetal, não sendo possível verificar

as atividades em andamento através de mapas ou monitoramento das mesmas.

Commentários do Auditor :

PTEAS do PPF 83 – projeto técnico ambiental e social não detalha uso ocupação do solo e ainda classifica de modo

Page 130: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

130

equivocado área de bota-fora em local não adequado.

Mapas dos PPFs não apresentam detalhamento de uso e ocupação do solo.

Monitoramento das atividades em andamento fora dos plantios de contrato com a Veracel não evidenciada.

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Os mapas dos empreendimentos diferenciam as areas destinadas à produção florestal ligadas ao programa

produtor florestal das demais atividades existentes nos imóveis. Contudo, por princípio de coerência, os padrões de

atuação são mantidos em todo o imóvel.

Quanto ao equívoco de localização de area em mapa, deve-se a momento de atualização da base de dados de

geoprocessamento.

Ação Corretiva :

Realizar o mapeamento detalhado de uso e ocupação do solo para todos os empreendimentos integrantes do

grupo, indicado qual a atividade realizada na area;

Quando da existência de plantio particular não vinculado ao PPF, realizar a medição e identificação da área. Realizar

a rastreabilidade das atividades realizadas no plantio para eventual inserção no escopo de certificação.

Realizar correção na base de dados para corrigir equívoco de localização de bota fora existente no mapa do PPF

083. Além de realizar análise de abrangência para localizar e corrigir eventuais situações parecidas.

Representante da

Administração : Luiz Tápia Data:25/10/2012

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz? A ser confirmado na

próxima auditoria :

Page 131: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

131

Auditor : Data :

Comentários :

3.7. Oportunidades de Melhoria e Observações Registradas

Oportunidades de Melhorias

OM 01-MPG – Avaliar a possibilidade de se destinar os 3% do reflorestamento

do contrato com a Veracel em projetos de diversificação da economia local.

OM 02-MPG– Buscar junto à organizações locais responsáveis pelo Corredor

Monte Pascoal - Pau-Brasil, como a IBio – uma parceria para recuperação de

áreas degradadas em APPs e uso múltiplo das florestas.

OM MCT 01 Recomenda-se reforçar o treinamento de coleta seletiva para os

trabalhadores da propriedade.Recomenda-se reforçar o treinamento do

trabalhador, quanto ao Uso, Guarda e Conservação dos EPI’s. Recomenda-se

treinar o trabalhador para percepção dos riscos.

Observações

Durante a auditoria de certificação para ampliação de escopo foram

registradas 13 (treze) Observações (OBS) que deverão ser analisadas

criticamente pela empresa quanto à tomada de ações pertinentes. Estas OBS

devem ser analisadas com foco em melhoria contínua dos processos

realizados pela empresa no âmbito do CERFLOR. Abaixo seguem as OBSs

registradas:

OBS NMB 01. Deveriam ser empreendidos projetos sociais com as

comunidades locais caracterizadas nos grupos de produtores rurais.

Page 132: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

132

OBS 01 MPG – Monitorar o cumprimento dos acordos firmados pelo Fórum

Florestal do sul e extremo sul da Bahia, quando aplicável.

OBS 02 MPG – Independente da manifestação do Estado, os PREVs devem

ser implementados e a recuperação das áreas degradas deve ser estimulada.

OBS 01 MCT Observou-se no depósito de ferramentas que o piso encontra-se

contaminado por resíduos de hidrocarbonetos. Em outra sala anexa encontrou-

se resíduos de matérias de construção (Tinta) que devem ser destinadas de

forma correta.

OBS 02 MCT Na analise do PPRA, do PCMSO, do LTCATe do Laudo

Ergonômico elaborado para o PPF 34 demonstra inconsistência de avaliação

dos riscos ocupacionais para a função de Trabalhador Rural exercida pelo Sr.

Valdenice de Souza Franco descrevendo de forma incorreta a intensidade da

exposição (Habitual e Intermitente) trazendo como consequência um

recolhimento de alíquota de GFIP errado. O PCMSO embora descreva riscos

biológicos não associa nenhum exame médico complementar para verificação

do indicador biológico com interação na saúde e na integridade física do

trabalhador. O laudo ergonômico descreve ações de treinamento

recomendadas e descritas como executadas, mas na entrevista com o

trabalhador identificou-se que não foram realizados. O trabalhador apresentou

um óculos de proteção em, mas condições de conservação.

OBS 03 MCT -A terminologia utilizada para descrição da intensidade de

exposição ao risco dos trabalhadores, deve se basear na redação dada pelo

INSS, ao invés de Eventual e Intermitente, usa-se INTERMITENTE ou

OCASIONAL.

OBS 04 MCT- O médico coordenador deverá definir formalmente no corpo do

PCMSO quem são os médicos examinadores ou a clinica na qual será

realizado os exames médicos ocupacionais. Os médicos pertencentes a clinica

Page 133: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

133

poderão assinar os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), bem como

exames complementares dentro da sua especialidade.

OBS 05 MCT– O PCMSO, bem como os ASO’s devem tratar as informações

descritas no Laudo Ergonômico, promovendo a realização de exames médicos

para acompanhamento de possíveis agravos a saúde do Trabalhador,

conforme descritas no Programa Ergonômico - PERGO apresentado.

OBS 06 MCT- As áreas de outros usos com plantio de Eucalipto devem ser

excluídas do escopo da auditoria.(plantios particulares)

OBS 07 MCT- -As fossas sépticas foram compradas, mas ainda não foram

instaladas.

OBS 08 MCT- O Sr. Isnaldo mantém em um dos cômodos da casa 1 galão com

gasolina e óleo de motor para seu carro, recomenda-se que sejam

armazenados em local apropriado, fora da casa de habitação.

OBS 09 MCT- Foram encontrados no curral dentro da caixa da balança

herbicida ROUNDAP (Glifosato) que segundo o Sr. Isnaldo é de um vizinho Sr.

Geraldo que pediu para deixar lá. A área destinada para depósito de produtos

químicos anexos ao curral não possui iluminação e esta fora do padrão exigido

pela NR 31. No momento da vistoria havia no local uma caixa de Sulfuramida

para combate a formiga e 3 quilos de Glifosato.

OBS 10 MCT- O órgão ambiental INEMA tem um tramite demorado para

concessão das outorgas. Deverá ser verificada na primeira auditoria de

manutenção a situação das outorgas concedidas, bem como osregistros de

consumo e controle sobre a outorga concedida.

4. Consulta aos órgãos públicos

Nesta etapa foram realizadas consulta a dois Órgãos Públicos (IBAMA e

INEMA).

Page 134: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

134

4.1. Reuniões Públicas

As reuniões públicas foram realizadas durante a pré-auditoria, nas cidades de

Santa Cruz de Cabrália e Itabela.

4.1.1. Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas

Durante o processo de divulgação das reuniões públicas o Bureau Veritas

Certification distribuiu um questionário de Consulta Pública que tem como

objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e organizações da

sociedade civil para o processo de certificação do CERFLOR. Este questionário

permite a pessoas físicas e jurídicas se pronunciarem a respeito da empresa

de forma anônima. Por este motivo não estaremos divulgando a procedência

dos formulários recebidos.

De um total de aproximadamente 800(oitocentos) convites enviados por

correio e diversos correios eletrônicos enviados, o Bureau Veritas Certification

recebeu um pequeno número de formulários preenchidos. Observamos que o

envio destes formulários é uma das formas de se expressar em relação ao

desempenho da empresa, não sendo a única fonte de informações para a

equipe auditora.

O objetivo das reuniões públicas foi identificar questionamentos,

recomendações, denúncias e comentários das partes interessadas, referentes

aos princípios do CERFLOR que foram objeto de avaliação no processo de

certificação. As demandas pertinentes a respeito da empresa auditada foram

registradas. As respostas foram avaliadas quanto ao seu conteúdo e

verificadas durante a auditoria pela Equipe Auditora.

As perguntas que foram feitas sobre o processo de certificação ou sobre as

atividades do Bureau Veritas Certification foram respondidas ao longo das

reuniões.

É importante deixar claro que as reuniões públicas não contaram com a

participação ativa de funcionários da empresa auditada. As reuniões públicas

foram conduzidas pela equipe de auditoria do BVC e buscam evidenciar, sob o

Page 135: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

135

ponto de vista das partes interessadas, os aspectos positivos e negativos do

manejo florestal da empresa frente ao CERFLOR.

As Reuniões Públicas foram divididas em duas partes sendo na primeira

apresentados os Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14789 e o

processo de certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo

INMETRO. A segunda parte das reuniões teve como objetivo o levantamento

de críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc referentes aos

princípios abrangidos pelo CERFLOR.

Foram organizadas duas Reuniões Públicas nos municípios descritos abaixo:

Município Data Horário No. Pessoas

Sta Cruz de Cabrália 04.09.2012 18:30 h 0

Itabela 05.09.2012 18:30 h 12

Total de participantes 12

De forma geral observamos uma distribuição regular de representantes do poder

público e sociedade organizada, na forma de associações e ONGs..

Em Itabela observamos que as partes interessadas esperam uma atuação

responsável da empresa, nos moldes da VERACEL, no tocante às questões sociais

, ambientais e de saúde. A qualificação de mão de obra para poder atender as

demandas da ASPEX e seus prestadores de serviços.

No que diz respeito a reclamações entendemos que a maior parte se concentra na

área de comunicação da empresa com as partes interessadas. Os participantes

tinham suas dúvidas sobre as atividades da empresa no Município, possibilidade de

geração de empregos e existência de projetos sociais.

Page 136: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

136

4.1.2. Entidades e pessoas contatadas

A lista completa das partes interessadas contatadas durante o processo de

certificação está mantida como registro no BVC e não foi inserida neste

relatório, mas pode ser disponibilizada mediante solicitação.

4.1.3. Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas

As reuniões Públicas totalizaram 12 participantes de diferentes entidades

governamentais e não governamentais.

Durante as reuniões foram registrados os nomes e assinaturas dos

participantes, gerando listas de presença que se encontram arquivadas sob

responsabilidade do Bureau Veritas Certification. Todas as reuniões públicas

foram gravadas (apenas áudio) de forma a permitir a rastreabilidade das

mesmas. Estas gravações serão mantidas em mídia digital pelo BVC, que tem

a responsabilidade de garantir seu sigilo e proteção.

4.1.4. Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte

da Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.

Não houve questionamentos levantados durante as Reuniões Públicas,por isso

não foram relacionados abaixo,bem como as devidas respostas que seriam

emitidas pela empresa.

4.1.4.1. Reunião Pública –

Não houve questionamentos nas reuniões públicas.

5. CONCLUSÃO

Considerando:

A finalização do processo de auditoria, onde o BUREAU VERITAS

CERTIFICATION avaliou de forma consistente o atendimento aos critérios e

Page 137: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

137

indicadores estabelecidos na norma NBR 14.789/07- Manejo Florestal-

Princípios, Critérios e Indicadores para as Plantações Florestais, nas unidades

de manejo da ASPEX

* A normalidade dos Produtores Florestais da ASPEX durante o período de

auditoria, o que permitiu a realização de uma amostragem representativa dos

processos da empresa.

*O estabelecimento de um escopo claro de atividades em busca de certificação

* Os Produtores definidos no capítulo 1.2, tabela 1 deste relatório, como sendo

aqueles em busca de certificação.

* A realização integral da auditoria conforme plano de auditoria elaborado pelo

auditor- líder do evento.

*A existência de um plano de Manejo documentado com objetivos definidos e

compatíveis com a escala do empreendimento avaliado;

*A existência de uma política ASPEX-VERACEL que incentiva e implementa

programas de interesse comunitário

* As respostas apresentadas pela ASPEX, que trazem informações

apropriadas em relação às perguntas formuladas.

* O registro de 6(seis) não conformidades menores, para as quais foram

apresentados planos de ação,cuja eficácia será avaliada na próxima auditoria.

* O registro de 13(treze) observações devem ser analisadas e tratadas pela

empresa.

* A consulta formalizada para dois órgãos públicos, onde obtivemos

informações sobre o não cumprimento de requisitos legais aplicáveis às

atividades florestais da ASPEX (cujos Produtores Florestais, objeto da

presente auditoria, realizaram operações florestais até 2009, quando estavam

acobertados pelas licenças ambientais municipais)

Page 138: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

138

* O pagamento de tributos municipais, estaduais e federais, demonstrados

através de certidões negativas de débitos dos Produtores Florestais.

*A necessidade de incremento das ações de comunicação e relacionamento

com partes interessadas inseridas nas áreas de influência do empreendimento

florestal.

* O caráter amostral do processo de auditoria, conforme normas estabelecidas

pelo INMETRO e PEFC.

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de

auditoria do CERFLOR, é favorável recomendação para a certificação

para o grupo 4 da ASPEX, de acordo com o padrão normativo NBR

14789:2007.

A continuidade do processo de auditoria consiste na disponibilização deste

Relatório de Auditoria para apreciação pública por 30 (trinta) dias.

Page 139: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

139

6. CONCLUSÃO FINAL

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de

auditoria do CERFLOR, é favorável a recomendação para certificação da

ampliação de escopo para o Grupo 3 da ASPEX, de acordo com o padrão

normativo NBR 14789:2007.

Page 140: ASPEX-Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

140

7. ANEXOS

7.1. ANEXO I:Não conformidades da auditoria inicial já devidamente

encerradas

7.2. ANEXO II: Pareceres de revisores técnicos

7.3-OUTROS ANEXO

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