4
II ANNO DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 1902 N.° 27 SEM ANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assigoateara Anno, 1S000 reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. ?5 Na cobrança pelo correio, accresce o premio c.o vale. fS Avulso, no dia da publicação, 20 réis. >< EDITOR — José Augusto Saloio IPsalílieações Annuncios- 16— LARGO DA MISERICÓRDIA A LD K G A LI .KG A 1.“ publicação, 40 réis a linha, nas seguintes. ?<, r>o réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto especial. Os auto- £ graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio EXPEDIENTE Com o preseaite unnic- ro S9, cutrainos mo se- guiidu semestre tia psi- bllcação tl:este scfiaaaBaa- rlo, t|aie. graças á Iteae- voleaacla tios asossos cs- tlaaavels asslgaiaa&tes, an- MíBJBcIaaBÍes e es» geral tSe iodos os leitores tle O B*»miaEgo. atgail paieaa- team os o aaosso reeojBÍae- claneacto. proBBaetteifido iutrodaazlr basíaaaíes bíbc- IhoiMssaeatos eco seosso joraaal. Vaaaaos íamlíciaa rem el- teS-o a caaaa graaitle blcebi2«- b*o de cavalheiros, a tpae por lapso o anão íizeasaos, licdiiidfl por esse motivo íjbbc bbos tlesculpean. Acccitaaaa-sc cobíb g r a t i dão t|«iacs]|cacr asoticlas qtie sejam tle intca*cssc psthltco. Correu lugubremente por todo o reino a doloro sa noticia do suicidio deste valente militar. Mousinho de Albuquer que, honra e gloria do nos so exercito, o mais deno dado e brioso guerreiro dos tempos modernos, ti nha marcado em letras de ouro na historia portugue- za a pagina mais brilhante e valiosa; a prisão do temi- vel regulo que affrontava Portugal com zombaria e desprezo foi um acto de heroicidade incontestável, um acto que consagrou em todos os corações portu- guezes o nome de Mousi nho e que tornou esse no me conhecido como osym- bolo da bravura e do de ver. E esse homem que nunca trepidou deante dos peri gos, esse homem que deu sempre o exemplo de uma coragem intemerata, de uma presença de espirito sem limites, encostou á ca beça o cano de um revól ver e suicidou-se! O que se passaria naquelle grande espirito para dar causa a similhante acto de desani mo? Que dôr terrivel lhe alancearia a alma, que magua occulta torturaria aquelle assombroso cora ção ? Mysterio que a sepul tura guarda para sempre e que a nenhum de nós é dado penetrar. Parece que uma sombra de desanimo vae invadindo a sociedade actual, que uma nuvem d i desespero conduz ao suicidio ás vezes os cerebros melhor equili brados. Por que será? Seja qual fôr o motivo, é preci so combatermos por todos os modos essas idéas sinis tras, pôrmos um dique á corrente avassalladora que destroe tantas existencias. O mundo é grande, ha nelle logar para todos. Lu- cta-se, porfia-se, mas nunca sc cr.e. A sorte é por vezes ingrata; compete ao ho mem procurar vencel-a á forca de trabalho e de te- nac idade. Para a frente, sempre pa ra a frente! Retroceder é dar mostras de cobardia ! JOAQUIM DOS ANJOS. O pão S íojeíío eo fcom pão Eis duas qualidades que poucas vezes se conciliam. Porque o pão mais bello na apparencia, nem é sempre o mais nutritivo, nem mes mo o mais saboroso. Ha duas qualidades de trigo muito differentes; os trigos duros e os trigos mollcs. Os primeiros, que são os mais abundantes do nosso paiz, não servem para fa bricar o pão de gala das cidades. São os molles, de que temos menos produ cção, que gosam deste pri vilegio. Entre estes temos, o ribeiro, o gallego e os mochos, que egualam e até excedem, quando produzi dos' em terras succulentas, os melhores trigos molles estrangeiros. Mas a sua producção é limitada, e por isso os tri gos de fóra, especialmente os americanos, palhinhas, assim como as suas fari nhas, entram em Lisboa e Porto com a segurança de um mercado que o í não pode dispensar, além da vantagem do seu menor preço da offerta. Assim, por que todos gostam mais do pãosinho bem alvo, bem fofo, bem leve, embora pareça mui tas vezes, quando se mas tiga, massa de papel ou al godão em rama, não ha re- medio senão recorrer aos trigos molles estrangeiros; emquanto que os nossos bons trigos rijos,‘que fazem um pão de menos gala, mas que é substancioso, gostoso, aromatico, succu- lento, menos leve para os estomagos fracos e derran- cados talvez, mas com cer teza mais restaurador e nu triente para os anemicos e debilitados, só ás furtadel- las entram nas panificações do pão de familia, sendo quasi sempre reservados para sémolas e massas, os quaes sobram do consumo das familias nas provín cias. Ha no pão uma substan cia que tem a composição e quasi o poder nutritivo da carne: chama-se gluten Fazei um bolo de farinha, collocae-o na palma da mão, e deixae cahir sobre elle um fio de agua, viran- do-o de mansinho, de mo do que a agua o lave do amido. Ficar-nos-hapor fim uma massa cinzenta, elas- tica, molle, que é composta de fibrina analoga á do sangue ou dos musculos; de glutina; analoga a ge latina; e de gordura oleosa. E’ esta a carne do pão. A farinha branca panificavel dos trigos rijos, como são quasi todos do centro e sul do reino, chega a con ter i 5 p. c. a 18 p. c. d’esta substancia em secco; ao passo que a farinha alvíssi ma dos trigos molles, no meadamente dos america nos, conteem pouco mais da metade d’este principio altamente nutriente, geral mente 10 a 12 por cento. Tendo a carne de vacca 60 por cento d’agua, é cla ro que os 15 por cento de gluten secco do trigo duro correspondem a 37 ,5 por cento de carne. O pão do trigo rijo, con tendo 35 por cento dagua, vem a ter 9,75 por cento de gluten secco. Emquanto que o pão de trigo molle americano, contendo 3o por cento de agua, vem a ter 8,4 por cento de gluten secco. O consumidor deste pão, se consumir 5oo grammas diariamente, privou-se por tanto de 6,75 grammas de gluten secco, ou de 17 grammas de carne, seu equivalente, em relação a um outro consumidor que se alimenta com o mesmo peso de pão de trigo duro. Ora o pão de luxo custa mais de 10 réis em peso egual de 5oo grammas que o pão de trigo duro. De sorte que, avaliando a per da em gluten pelo valor do seu equivalente em car ne, isto é, em 5 réis (sendo o preço da carne a 3oo réis o kilo), vem o consumidor do pão de luxo a perder em cada meio kilogramma i 5 réis. E se o seu consumo na roda do anno fôr de 200 kilos, a perda montará a 6$ooo réis. Uma familia de 10 pessoas tratada a pão de luxo, terá deste modo perdido metade da renda das casas talvez. Mas além de se tratar á fidalga, anda com o estomago leve e uma anemia em perspectiva! Ooa e liesíi empregada esm ola Conforme noticiámos no nosso ultimo numero, falle- ceu no dia 8 do corrente, a sr:1 Emilia das Neves Mi randa, de parto, deixando na orphandade sete filhos menores, na mais comple ta desgraça, devido á falta de recursos. Condoidos de tanta infe licidade, vamos recorrer aos bondosos corações dos nobilíssimos filhos e habi tantes de Aldegallega, im plorando-lhes um obuio, seja em dinheiro ou em roupa, a favor de tamanha desdita. Esta redacção encarre ga-se de receber qualquer esmola, publicando com o maior prazer o nome dos bem feitores, que assim o desejarem, e, antecipada mente agradece a todos a esmola que enviarem a fa vor destes infelizes. —*»- Viailio refea*vitlo Consta-nos que ha um estabelecimento nesta villa que está vendendo vinho refervido ligado com a res pectiva baga de loiro, ao preço de 40 réis o litro. Ora realmente se é ver dade o que se consta, pe dimos aos exm.os srs. ad ministrador e delegado de saude, para syndicarem so bre este facto, já analysan- do o vinho, já impondo a multa competente a quem illude e prejudica a saude á numerosa classe de habi tantes de Aldegallega, me nos favorecidos da fortuna e que approveitam a occa sião de comprar qualquer genero barato para depois sahir-lhes caro. Caridade Vamos abrir uma seccão t t > especial subordinada ános- sà epigraphe, afim de soc- correr as pessoas mais ne cessitadas; por isso espe ramos que esta idéa seja bem recebida pelos cora ções bondosos, e que desde já antevemos o seu resul tado. Soccorrer os necessita dos é uma das Obras de Misericórdia. ftarillios C*rasítles No dia 16 do corrente prestou juramento no tri bunal desta villa, o sr. An tonio Ferreira dos Santos, como tutor do seu sogro, o sr. Manuel dos Santos Mingates, que infelizmente não se acha no uso das suas faculdades mentaes, A escolha foi muito bem acertada, pois o sr. Ferrei ra dos Santos é um homem honradíssimo e por conse- quencia competente para zelar os interesses do seu infeliz sogro. Como já em tempo pe dimos á digna camara mu nicipal para mandar repa- Jrar a estrada que vae do !Rocio desta localidade pa-

Assigoateara · 2020. 2. 11. · nho e que tornou esse no me conhecido como osym- bolo da bravura e do de ver. E esse homem que nunca trepidou deante dos peri gos, esse homem que

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Assigoateara · 2020. 2. 11. · nho e que tornou esse no me conhecido como osym- bolo da bravura e do de ver. E esse homem que nunca trepidou deante dos peri gos, esse homem que

I I A N N O D O M IN G O , 19 D E J A N E I R O D E 1 9 0 2 N.° 27

SEM A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A

AssigoatearaAnno, 1S000 reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. ?5 Na cobrança pelo correio, accresce o premio c.o vale. fSAvulso, no dia da publicação, 20 réis. ><

EDITOR— José Augusto Saloio

IPsalílieaçõesAnnuncios-

16— LARGO DA MISERICÓRDIAA L D K G A L I . K G A

1.“ publicação, 40 réis a linha, nas seguintes. ?<, r>o réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto especial. Os auto- £ graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EXPEDIENTE

C o m o p r e s e a i t e u n n i c - ro S 9 , cu tra in os m o s e - g u iid u sem estr e tia psi- bllcação tl:e s te scfiaaaBaa- r lo , t|aie. graças á Iteae- voleaacla tios asossos cs- tlaaavels asslgaiaa&tes, an- MíBJBcIaaBÍes e e s » g e r a l tSe io d o s o s l e i t o r e s t l e O B *»m iaE go . a tga il p a i e a a - t e a m o s o a a o s s o re e o jB Ía e - c l a n e a c t o . p ro B B a e t te i f id o i u t r o d a a z l r b a s í a a a í e s bíbc- IhoiMssaeatos eco s e o s s o

joraaal.V aaaaos í a m l í c i a a r e m e l -

t e S - o a caaaa g r a a i t l e blcebi2«-

b*o d e c a v a l h e i r o s , a t p a e p o r l a p s o o anão í i z e a s a o s , l i c d i i i d f l p o r e s s e m o t i v o íjbbc bbos t l e s c u l p e a n .

A c c c i t a a a a - s c cobíb g r a t i ­

d ã o t | « i a c s ] | c a c r a s o t i c l a s q t i e s e j a m t l e i n t c a * c s s c p s t h l t c o .

Correu lugubremente por todo o reino a doloro­sa noticia do suicidio deste valente militar.

Mousinho de Albuquer­que, honra e gloria do nos­so exercito, o mais deno­dado e brioso guerreiro dos tempos modernos, ti­nha marcado em letras de ouro na historia portugue- za a pagina mais brilhante e valiosa; a prisão do temi- vel regulo que affrontava Portugal com zombaria e desprezo foi um acto de heroicidade incontestável, um acto que consagrou em todos os corações portu- guezes o nome de Mousi­nho e que tornou esse no­me conhecido como osym- bolo da bravura e do de­ver.

E esse homem que nunca trepidou deante dos peri­gos, esse homem que deu sempre o exemplo de uma coragem intemerata, de uma presença de espirito sem limites, encostou á ca­beça o cano de um revól­ver e suicidou-se! O que se passaria naquelle grande espirito para dar causa a similhante acto de desani­mo? Que dôr terrivel lhe

alancearia a alma, que magua occulta torturaria aquelle assombroso cora­ção ? Mysterio que a sepul­tura guarda para sempre e que a nenhum de nós é dado penetrar.

Parece que uma sombra de desanimo vae invadindo a sociedade actual, que uma nuvem d i desespero conduz ao suicidio ás vezes os cerebros melhor equili­brados. Por que será? Seja qual fôr o motivo, é preci­so combatermos por todos os modos essas idéas sinis­tras, pôrmos um dique á corrente avassalladora que destroe tantas existencias. O mundo é grande, ha nelle logar para todos. Lu- cta-se, porfia-se, mas nunca sc cr.e. A sorte é por vezes ingrata; compete ao ho­mem procurar vencel-a á forca de trabalho e de te- nac idade.

Para a frente, sempre pa­ra a frente! Retroceder é dar mostras de cobardia !

JOAQUIM DOS ANJOS.

O pão Síojeíío eo fcom pão

Eis duas qualidades que poucas vezes se conciliam. Porque o pão mais bello na apparencia, nem é sempre o mais nutritivo, nem mes­mo o mais saboroso.

Ha duas qualidades de trigo muito differentes; os trigos duros e os trigos mollcs.

Os primeiros, que são os mais abundantes do nosso paiz, não servem para fa­bricar o pão de gala das cidades. São os molles, de que temos menos produ­cção, que gosam deste pri­vilegio. Entre estes temos, o ribeiro, o gallego e os mochos, que egualam e até excedem, quando produzi­dos' em terras succulentas, os melhores trigos molles estrangeiros.

Mas a sua producção é limitada, e por isso os tri­gos de fóra, especialmente os americanos, palhinhas, assim como as suas fari­nhas, entram em Lisboa e Porto com a segurança de um mercado que o í não pode dispensar, além da

vantagem do seu menor preço da offerta.

Assim, por que todos gostam mais do pãosinho bem alvo, bem fofo, bem leve, embora pareça mui­tas vezes, quando se mas­tiga, massa de papel ou al­godão em rama, não ha re- medio senão recorrer aos trigos molles estrangeiros; emquanto que os nossos bons trigos rijos,‘que fazem um pão de menos gala, mas que é substancioso, gostoso, aromatico, succu- lento, menos leve para os estomagos fracos e derran- cados talvez, mas com cer­teza mais restaurador e nu­triente para os anemicos e debilitados, só ás furtadel- las entram nas panificações do pão de familia, sendo quasi sempre reservados para sémolas e massas, os quaes sobram do consumo das familias nas provín­cias.

Ha no pão uma substan­cia que tem a composição e quasi o poder nutritivo da carne: chama-se gluten Fazei um bolo de farinha, collocae-o na palma da mão, e deixae cahir sobre elle um fio de agua, viran- do-o de mansinho, de mo­do que a agua o lave do amido. Ficar-nos-hapor fim uma massa cinzenta, elas- tica, molle, que é composta de fibrina analoga á do sangue ou dos musculos; de glutina; analoga a ge­latina; e de gordura oleosa.

E’ esta a carne do pão. A farinha branca panificavel dos trigos rijos, como são quasi todos do centro e sul do reino, chega a con­ter i 5 p. c. a 18 p. c. d’esta substancia em secco; ao passo que a farinha alvíssi­ma dos trigos molles, no­meadamente dos america­nos, conteem pouco mais da metade d’este principio altamente nutriente, geral­mente 10 a 12 por cento.

Tendo a carne de vacca 60 por cento d’agua, é cla­ro que os 15 por cento de gluten secco do trigo duro correspondem a 37,5 por cento de carne.

O pão do trigo rijo, con­tendo 35 por cento dagua, vem a ter 9,75 por cento

de gluten secco. Emquanto que o pão de trigo molle americano, contendo 3o por cento de agua, vem a ter 8,4 por cento de gluten secco.

O consumidor deste pão, se consumir 5oo grammas diariamente, privou-se por­tanto de 6,75 grammas de gluten secco, ou de 17 grammas de carne, seu equivalente, em relação a um outro consumidor que se alimenta com o mesmo peso de pão de trigo duro.

Ora o pão de luxo custa mais de 10 réis em peso egual de 5oo grammas que o pão de trigo duro. De sorte que, avaliando a per­da em gluten pelo valor do seu equivalente em car­ne, isto é, em 5 réis (sendo o preço da carne a 3oo réis o kilo), vem o consumidor do pão de luxo a perder em cada meio kilogramma i 5 réis.

E se o seu consumo na roda do anno fôr de 200 kilos, a perda montará a 6$ooo réis. Uma familia de10 pessoas tratada a pão de luxo, terá deste modo perdido metade da renda das casas talvez. Mas além de se tratar á fidalga, anda com o estomago leve e uma anemia em perspectiva!

O o a e l ie s í i e m p r e g a d a e s m o l a

Conforme noticiámos no nosso ultimo numero, falle- ceu no dia 8 do corrente, a sr:1 Emilia das Neves Mi­randa, de parto, deixando na orphandade sete filhos menores, na mais comple­ta desgraça, devido á falta de recursos.

Condoidos de tanta infe­licidade, vamos recorrer aos bondosos corações dos nobilíssimos filhos e habi­tantes de Aldegallega, im­plorando-lhes um obuio, seja em dinheiro ou em roupa, a favor de tamanha desdita.

Esta redacção encarre­ga-se de receber qualquer esmola, publicando com o maior prazer o nome dos bem feitores, que assim o desejarem, e, antecipada­mente agradece a todos a

esmola que enviarem a fa­vor destes infelizes.

— —*»-

V i a i l i o r e f e a * v i t l o

Consta-nos que ha um estabelecimento nesta villa que está vendendo vinho refervido ligado com a res­pectiva baga de loiro, ao preço de 40 réis o litro.

Ora realmente se é ver­dade o que se consta, pe­dimos aos exm.os srs. ad­ministrador e delegado de saude, para syndicarem so­bre este facto, já analysan- do o vinho, já impondo a multa competente a quem illude e prejudica a saude á numerosa classe de habi­tantes de Aldegallega, me­nos favorecidos da fortuna e que approveitam a occa­sião de comprar qualquer genero barato para depois sahir-lhes caro.

C a r id a d e

Vamos abrir uma seccão t t > especial subordinada ános- sà epigraphe, afim de soc- correr as pessoas mais ne­cessitadas; por isso espe­ramos que esta idéa seja bem recebida pelos cora­ções bondosos, e que desde já antevemos o seu resul­tado.

Soccorrer os necessita­dos é uma das Obras de Misericórdia.

fta rillio s C*rasítles

No dia 16 do corrente prestou juramento no tri­bunal desta villa, o sr. An­tonio Ferreira dos Santos, como tutor do seu sogro, o sr. Manuel dos Santos Mingates, que infelizmente não se acha no uso das suas faculdades mentaes,

A escolha foi muito bem acertada, pois o sr. Ferrei­ra dos Santos é um homem honradíssimo e por conse- quencia competente para zelar os interesses do seu infeliz sogro.

Como já em tempo pe­dimos á digna camara mu­nicipal para mandar repa-

Jrar a estrada que vae do !Rocio desta localidade pa-

Page 2: Assigoateara · 2020. 2. 11. · nho e que tornou esse no me conhecido como osym- bolo da bravura e do de ver. E esse homem que nunca trepidou deante dos peri gos, esse homem que

O DOMINGO

ra o porto e para Sarilhos Pequenos, e como até hoje ainda não começou essa reparação e a referida es­trada cada vez se encontra em peiores condições, pois está intransitavel, em no­me dos habitantes de Sa­rilhos, de novo rogamos á digna camara que os atten- da na sua justa reclama­ção.

E u f e r m o s

Acha-se doente de cama ha uns poucos de dias, o honrado commerçiante e fazendeiro o sr. Theodosio Marques Monteiro.

Teem sido seus médicos os exm.os srs. drs. Manuel Fernandes da Costa Mou­ra e Cesar Fernandes Ven­tura.

Tambem está doente de cama, a exm.a sr.a D. Anria Joaquina Alves, mãe do nosso amigo o sr. João Ra­phael Alves.

E’ seu medico assistente o sr. dr. Marques Guima­rães.

Infelizmente tambem se acha doente o sr. Alvaro Valente, filho do nosso amigo o sr. Balthazar Ma­nuel Valente, digno mes­tre da Sociedade Phylar- monica i.° de Dezembro.

Fazemos votos pelas me­lhoras dos doentes.

Annlvei*$ari«>s

Completou no dia 7 do corrente, 7 annos dedade,o menino Antonio, sympa- thico filho do nosso bom amigo o sr. A.urelio João da Cruz, zeloso e honrado cobrador da Companhia Singer.

Os nossos parabéns.

Fez no dia i 3 do cor­rente 10 annos, a menina Maria Esperança Soeiro de Almeida, gentilissima filha do nosso illustre amigo, o exm.0 sr. Manuel Neves Nu­nes dAlmeida, digno dire­ctor e professor da escola

municipal secundaria desta villa.

Tanto á formosa menina, como a seus exm.08 paes, as nossas sinceras e leaes felicitações.

Fez no dia 16 do corren­te, 26 annos, a exrn.'1. sr.:l D. FirminaRittad’OH veira, esposa do sr. José dos San­tos Oliveira, digno e intel- Iigentissimo alferes do re­gimento de infanteria 11, e irmã do proprietário deste jornal, o nosso bom e ex­cellente amigo, o sr. José Augusto Saloio.

Sinceras e cordealissi- mas felicitações a todos.

Tambem no dia 11 do corrente, fez 29 annos de edade, a exm.1 sr.a D. Fe- liciana Augusta de Vascon­cellos, esposa do nosso amigo o sr. Antonio Au­gusto de Vasconcellos.

Parabéns.

Entrou no quarto anno da sua publicação, no dia11 do corrente, este nosso bem redigido coíiega, que se publica em Porto de Moz.

As nossas sinceras feli­citações e longos annos de vida é o que lhe deseja­mos.

No dia 15 do corrente no sitio da Lançada, perten­cente a esta freguezia e concelho, quatro individuos desconhecidos que se em­pregavam no myster de amoladores e caldeireiros, aggrediram á paulada e sem motivo algum Fran­cisco Freitas, João Maria e Manuel Loureiro Mosca, todos trabalhadores e mo­radores no referido sito da Lançada.

Os aggredidos recebe­ram curativo na pharmacia Giraldes. A auctoridade administrativa mandou alu­gar um carro afim de con­duzir Francisco Freitas, que ficou mais mal'tratado, pa­ra a Misericórdia da villa.

C O F R E S E P l E O L ã S

A A N D A L U Z I AE a formosa Andaluzia Esse torrão encantador Onde ha perfumes e poesia E 0 próprio ar inspira amor.

Céo Lodo a^ul, sereno e brando,7 erra gentil, pai% de fadas,Onde andam sombras vagueando De lindas mouras encantadas.

A lli de amar crescem desejos, Senie-se o homem immortal,L a. doce musica dos beijos,Tem um soar celestial.

Terra p o r Deus abençoada,I oda d encantos e magia,Da Hespanha a f lo r mais delicada, L" a formosa Andaluzia.

JOAQUIM DOS ANJOS.

P E N S A M E N T O S_ Quando- se escreve a quem se ama, já não são cartas,

são hymnos de amor. — Rousseau. f pfliav!'as são toda a poesia da vida.— Becque.Nao ha pesar, p o r maior que seja, que uma hora

de leitura nao o faça dissipar.— Montesquieu.Coílocar o espirito antes do bom senso é collocar

0 supérfluo antes do necessário._ — A belle^a da alma reune-se na belle^a da intelligen-

cia e na belle^a dos sentimentos.

A N E C D O T A S

Um sujeito que viajava ri um caminho de ferro, que era alto e robusto, encontrou um negociante de gado que lhe disse:

— O sr. queira desculpar, mas eu apostava em como não pesa menos das suas do^e arrobas.

— L tal qual, respondeu o outro com um sorriso.— A h ! eu nunca me engano; cá na terra sou eu quem

melhor avalia 0 peso dos porcos.

Um hespanhol querendo vender uma carga de lenha, lhe perguntaram:

— Garenho, a como vae la lenha?— A cinco vintenes.— Quer usted um tostou?— A rre burro! nunca usted la quemará, nunca usted

la quemará, respondeu elle furioso.

Is'uma pharmacia entrou um brasileiro todo amavel, que se dirigiu pela seguinte form a ao praticante:

— M i dá, s ifa \ favor, uma purga di bico?O praticante muito intrigado:— Que é que deseja ?— Uma purga di bico, mifa^ favor?— Não sei o que é.-—Homem di Deus! Purga di bico é uma siringa!

Queixou-se na adminis­tração deste concelho Joa­quim da Silva Almeida, que ácerca de tres annos, en- tregára uma porção de fa­zenda azul escura, diago­nal, a Antonio da Costa, alfayate, a fim de lhe fazer um fato, sem que até hoje lhe tenha dado conta do fato nem da fazenda.

A&jlo «le ®f©sé

Sob esta epigi'aphe rece­bemos a carta a que damos publicidade :

Sr. redactor

No seu jornal, de 12 do corrente, e sob a epigra- phe Asylo de S. José diz v. constar-lhe que na constru- cção do edifício para o dito asylo se tem empregado vigamento velho e carco­mido.

Como empreiteiro con- structor do dito asylo, cum­pre-me dizer a v. que as in­formações que a tal respei­to lhe forneceram são com­pletamente falsas, porque até hoje, tenho empregado não só madeiras, como os outros materiaes, da me­lhor qualidade, e nás con­dições do contracto da em­preitada que tomei por ar­rematação em hasta publi­ca no Tribunal da Boa-Ho- ra, como tudo tem sido visto e fisçalisado por par­te do digno testamenteiro da herança do instituidor.

Para prova do que deixo dito invoco o testemunho de todas as pessoas sérias e sensatas d’essa localida­de, e das que quizerem vêr e examinar os materiaes empregados,, o que podem fazer quando lhes aprou­ver.

P ara restabelecimento da verdade, peço a v. se digne publicar esta no seu acre­ditado jornal, e subscrevo- me, com toda a considera­ção, de v.

Lisboa, 15 de janeiro de 1902.

João Rodrigues Sebola(Segue o reconhecimen­

to).

27 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

A U L T I M r CRUZADAX X X III

E com ataques de asthma, augmen- tada por estas commoções irritantes, continuou minuciosamente as phases da derrota.

Fortis descrevia na sua realidade assustadora o aspecto da Bolsa deso­rientada.

Ah! nunca se esqueceria d'aquella tarde maldita!

A ultima cruzada merecia emfim o seu nome guerreiro. Luctava-se com um encarnecimentb medonho. Era uma questão de vida ou de morte

— E Krubstein? perguntaram ao mesmo tempo o sr. de Bois Rhouel e La Croix-Ramilles.

O nome do director foi acolhido com uma serie de invectivas.

A srena tinha um caracter táo ignó­bil como grotesco.

A entrada de Lincelle-Vaudreail sus; endeu todo este ruido.

— Então? Em que a lturas Cota­mos ?

— E u sei lá! respondeu elle. a 800, a 700, a nada... Estamos pintados, meus filhos, completamente pinta­dos !

Perd a-se. como os outros, em con­jecturas idiota? e não descobria a causa d.i - baixa subi ta das acções, do Crfeçiito Continental.

Com que interesse vendè~a o sr. Stoc’\fo"d imprevistamente as suas acçóe; dc uma •;,> vez' Aquelle mil-

lionario de S. Francisco, mais rico que todos os financeiros do mundo, não precisava d'isso para nada.

— Ahi anda por força mulher, in sinuou Ribeau- ourt. Apósto que elle foi em toda es a questão o instrumen­to docil da esposa.. . Krubstein, no seu progrrmma, não previra as histo­rias de a nor!. . A formosa americana penso: muito judiciosamente que a grande paixão do conde Mohilow não sobreviveria á ruioa dos Taiilemaure e. bem aconselhada por Bisnstern. preparou este desa tre .. .

— N'<» é ágora occasião p ra rir! in terrom peu L ncelle Vaudreuil.

— E ‘i ctvaraenje, poraue não será boa eisa hypothese r pensou La Croix-Ramillés;

O marqua;: oe Taiilemaure não foi ao cluh. Jant >u em companhia do

principe de Rochedreux e do sr. Jeanron.

A situação ággvavâva-se. Os jornaes da noite noticiavam a prisão de K ru ­bstein. O consélho de administração náo participaria das responsabilida- des do seu director?

Estremei iam pensando n’aquella eventualidade sombria, e o jantar acabou n’um silencio triste, como as releiçóes de quem está de vela a úm moribundo...

X X X IV

Nas horas em que o phrcnesi amo- ro o da sr.a de Taiilemaure não lhe reanimava os sentidos, Ivan Mohilow encarava friamente a sua situação..

Pagava caro aquella adoração ar­dente de mulher.

•\ rainha da Moldavia tinha-o posto

fóra. ameaçando-o com um processo >se elle continuasse a accrescentar ao seu nome o titulo de camarista.

A bancarrota do Credito Continen­tal tinh;--o derrotado tambem. E n­trevia o momento da miséria.

Oa mais ternos idylllos teem um desenlace, e hoje não se vive só de amor e de agua fresca..

Mohilow voltava insensivelmente para a sr.a Stochford. A americana não era tão loura, tão bonita, como a Regina ? E . sentindo-se com as mãos cheias de trunfos, idivinhando a lu­eta interior que se travava no cei^- bro do camarista, demittido, a sr.a Stochford escrevia-lhe cartas sobre cartas, offerecia-lhe, com circumlo- quios subtis, tiral-o dV.quelle becco sem sahida e acon elhava-o afectuo­samente a ir buscar o perdão dos seus peccados antigos.. (Cont'nuaj.

Page 3: Assigoateara · 2020. 2. 11. · nho e que tornou esse no me conhecido como osym- bolo da bravura e do de ver. E esse homem que nunca trepidou deante dos peri gos, esse homem que

linguagem dos homensS E C C Ã 0 L I T T E U mdas amargurãâ cruciantes.

A isssnírte «1© A8í>ès*4©

(Conclusão)

— Porque chora, minha maesinha, lhe perguntou um dia o doeníinho, tem receio de que eu morra ?

— Não, meu querido fi­lho, não tenho esse receio porque espero em Deus que não has de morrer desta vez

— Quando os pequeni­nos da minha edade mor­rem, para onde é que vão?

— Vão para o Céo.— Nesse caso não tenha

pena de mim, porque se eu mprrer pedirei ao Pae do Céo pela minha mãesi- nha, e sempre viverei lá mais feliz do que poderei viver cá na terra,

Havia tanta meiguice, tanta naturalidade, tanta singeleza nestas palavras assim pronunciadas pela creança, que a mãe, devé- râs commovida, retirou-se do quarco para dar livre ex­pansão á sua magua ex- cruciante: então uma tor­rente de lagrimas, que lhe derivavam copiosas pelas faces, descreviam, nessa linguagem muda mas elo­quente, a procella que se desencadeava de mais em mais 110 seu coração affii- cto de mãe inconsolável.

Alberto sentiu-se peicr; foi chamado á pressa o me­dico, que, tomando-lhe o pulso, viu que a febre es­tava no maximo grau de intensidade, e que era im­possível salval-o.

De feito, como se tivesse recebido o choque de uma pilha,' os olhos revolveram- se-lhe extraordinariamente nas orbitas, o corpo agi­tou-se convulsivamente, chamou angustiosamente a rnãe; e os braços, que elle erguera numa grande af- flição, recahiram-lhe iner­tes-sobre o peito, dois fios de lagrimas deslisaram-lhe pelas faces, e nos labios en- trevia-se um leve sorriso de aiha rgura suprema, me- iancholica, indefinível, mys- teriosa. . „

Havia expirado!Nesse mesmo momento

um vulto branco, atraves­sando o espaço e deixando um rasto luminoso, ía su­bindo, anhelante do infini­to, subindo, subindo sem­pre em demanda de novos ceos e novos mundos, céos de nossas esperanças e mundos de eternas prima­veras. Era o anjo da guar­da que levava para o seio amorosíssimo do Oreador a alma da creancinha, cujo cadáver ainda morno a mãe aoraçava numa grande af- •Uicçao, affle

n graduação na escala

Hoje, no Campo santo, ás horas mortas da noite, quando as estrellas, po­voando o firmamento, sor­riem da sua immensa altu­ra, e a lua, arrastando o seu manto luminoso, se os­tenta magestosa 110 chão azul dos céos, e o orvalho, perlandSç>,os cyprestes e go- tejandq , j 3as . bordas das campas, xhofa a saudade dos mortos, num isolamen­to, melancholico, soturno, indescriptivel, — a brisa suave, perpassando por en­tre as flores que engrinal­dam os tumulos parece murmurar sentidamente, em volta do jazigo de Al­berto, estes quatro versos como tributo indizivel de saudade:

Oh meu filho dorme, dorme,O somno da innocencia,— Soiíino lèdo tão gentil —Nos braços da providencia !

MENDES PINHEIRO.

mas de sal conrmum num litro de agua. Mergulham- se 11'es te liquido os ovos cuja idade se deseja conh cer: o ovo fresco cahirá no fundo do vaso que çonti ver o liquido; aquelle q-us tiver sido posto dois dias antes, tocará levemente o fundo; o que tiver tres ou quatro dias, oscillará entre o fundo e a superfície; o que tiver mais tempo, flu- ctuará á superfície.

A N N U N C I O S

A M U U S T C IO

AGRICULTURA

As síalliasiaias e as h o rta s

O beneficio ou o prejuí­zo que resulta para o hor­ticultor que deixa invadir pelas gallinhas a horta que cultiva, depende das horas em que consente similhan- te invasão.

Se as deixa percorrer o campo cultivado logo ao romper da manhã, são va­liosos os serviços que ellas lhe prestam, pois que se precipitam rapidamente so­bre os insectos e larvas mais prejudiciaes aos fru­etos devorando-bs num abrir e fechar d’olhos.

Se, pelo contrario, as deixa em liberdade depois que o sol aquece as terras, então o prejuizo é manifes­to. Não sentindo a humi­dade, as larvas e os inse­ctos procuram-n’a no seio da terra, onde se enter­ram, obrigando os animaes a remexer o sólo para os devorar.

O cultivador intelligente deverá, pois, logo ao rom­per da manhã, abrir as ca­poeiras e deixar que os pa­tos e as gallinhas percor­ram, durante uma hora, todas as dependencias da horta.

Exceptua-se a estação própria á maturação do frueto dos morangueiros e gros2lhas, de que os galli- naceos são gulosos em ex­tremo.

3 . IsSfide íí©S © v o s

)"Eis um meireconhecer ovos:

impies aía idade dos

IA M l l M i f iATFJO

( l . a gE@aMieaç5o)

Por este juizo e cartório do segundo officio, e pela execução de sentença de Letra em que é exequente Joaquim Jorge Canastra e executados Antonio Rodri­gues Moço e sua mulher Marciana de Jesus, fazen­deiros, residentes no sitio da Broega, freguezia da Moita, hade ter logar á porta do tribunal d’esta co­marca no dia 2 de fevereiro proximo, pelo meio dia, e pelo maior preço sobre o abaixo declarado, a venda dos prédios penhorados pela mesma execução Uma fazenda de terra de semea­dura, vinha, uma casa, sita nos Brejos, freguezia da Moita, desta comarca, li­vre de foro, e no valor de 240^000 réis. — Uma por­ção de terreno, contiguo e que faz parte da mesma fazenda, arrendado a Anto­nio Marques da Silva que paga a renda annual de 2$e5o réis pertencendo a este as bemfeitorias no va­lor de 45^000 réis. São ci­tados para a referida praça quaesquer credores incer­tos nos termos da lei.

Aldegallega do Ribatejo 10 de janeiro de 1902.

o ESCRIVÃO

Antonio Julio Pereira Mou- tinlio, o escrevi.

Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE D IR EIT O

N. Souto.

contractar a venda, F. Pes- sánha, solicitador.

Jb

ST4

■Cv . Uj

O oCO CD

a o'vesEsj

<T>

Ê-i -o gr1» S

•5 ta s

^ © 4 SB

li Lr, «gO í A, s! S* a

§o h rjq A ja ®;---- - e-tsrp

nípow

rp ffq -n a> Ocn QOto

n X n a>% Pl

g Cld oCí>rpcr rp

P p1—O Xi

o-clrsrp

p ,Ci

pl, "O aa ’-o q o2- o rp O O ~

P

cr S-P>rp “ P-O Cirprs Op p <T> 2- , nT 1 rp_ o CJ __aq tdr~ —í3 & d drp o & o

rp

2.Eõ‘

jg|£ O K

^ 2& «

MSwES(

>

ts=iar|

<sslr*”© r 1

:ao sem nome Dissolvçm-se 120 r/ram-

VEMDA DE PRÉDIOSEM

A t O E G A L L E G AVende-se um bom pré­

dio urbano, sito nesta villa e uma quinta denominada

B O R R A L H A L

sita nos limites d’esta mes­ma villa.

MODISTA

Especialidade em corte e execução de Vestidos, Casa­cos e Capas, para senhoras e meninas. Dd licções de córte. — Rua de José Maria dos Santos, n.a 1 1 5 , 1 D.

k íabO b

§

li- Jk I ®

P tn

3 | O^ >-+-5 OfD '“ S - r -3^ Ci) JP u tn

N g ro 0<x> p

5 'o.

rp™ r P-

*0 ft rp et v. — •Ti ' rt- O) O ul. „3P P w rDn

>

D m

7 (S> 5-r" A |— — tn O>

p cr ÍL"X ) fT

“ 5 Ph rp ■■POp a.rp ’

o -s D- o0 & w ns n>

OQ r-l- rp rp1 —,

!>SHO%H0

0►0dH

M

0QH0

n□ c

t i a cr

3>"d

O

-'■3 1O '^ SO ,

E o ««5 £- oS? 1/3 -

° 3 e Z, 2.» o5» o ">25 “8 sr.

n>

Hoo2 .

p

c

X > <>

o ^

n>-5

Esta encarregado de

>i—Dtn

O>

SiSJÍÉESSI

©

otj> r*

3-cr 1rp3

, VbO v J

! Q. ® ^1 fP “á &

mo

w 0

O P.ÍO O

O O

Clo

to

■*0X>

o

tc•..vacttiív

G9sã'pw)

a ô ’ o ^

C/) g3 i. n>

d £■& O £• B-

tooottltotoO

ÇoO

O

t) o• T300 -t

ClO

OC/3

WV-

g 5»

O EO- 3 53p O

O ^>~I-J'

c®ií/ j

rviie . . j j

Ç-rj

otn >

> ç -

tn

Otnr—rtn

O

É

&5a»!85

ifIB

OCo g tít. H

bo ©

IS co '£ÍK >

^ 5^ i I R

> Itn S m a O "> t—1 t— tnO >

2 ' t ^ O S co{s£B3-s jsgsSaBaEBBBíg

s s S

B

m

0»SBp í

S

D O P O V OPara aprender a ler

por

TRINDADE COELHOcom desenhos de

Raphael Bordallo Pinheiro

8@ paginas luxuosamente illustradas

AVULSO 50 RS.PELO CORREIO 00

Descontos para revenda: ate Soo exemplares, 2oujo de desconto; de mo até 1000 exemplares. 25“[0; de 1000 a 5ooo exemplares, 3o°|0.

A’ veada essa ííísias as ii» vparias «!© ptóSz. iSlaas e BgiáraisEias*. € bêíí casa cdilftral iv r a r ia a il l a u d

Rua do Ouro, 242. 1.p i - LISBOA

Acce.tani se corre'.pondentes em to­da a parle.

Page 4: Assigoateara · 2020. 2. 11. · nho e que tornou esse no me conhecido como osym- bolo da bravura e do de ver. E esse homem que nunca trepidou deante dos peri gos, esse homem que

D E P O S I T O DE H A ! E M A E S DE C O N S T R U G Ç ÂORUA DA PONTE — aldegallega

Tijolos das fabricas mais acreditadas do pai-, em todas ás qualidades, taes como: tijolo burro, furado, in­teiro, de alvenaria, curvo para poços e mais ápplica- ções, rebatido, para ladrilho, assim como grande f o r ­necimento de telha de Alhandra, etc.

PREGOS SEM GOMPETENCIAp e d id o s A €3 r e g ® r I o « J o s á A l c o M a

<

X<

XfA

>

ccO

w

<

cc<

o

o

l ú

X

<s-§„O> 'c.t: S > 2

<oCQ00

O

pIOPs£

5 <D

sCOÒL QJ , 00OOo .t: Ph !fl r O o ^ n X; cs

0) ^U n d)e

s ^C cd

c<u

wQ-<aj£ s-

«as®

cnOCu QcO C ''G•p <v

co

O

§§■

O,

cs ^ a g Jb<-* £ coCO ^ ^tj .5 uCO ^ CO

O ,*«, t'â°PO <U

c/a c/l çoO» CO

PhCO <U

cOT>O

Z< c d . Phi— C/3

<L> CO & <D

P,o 5b £O C p

O in § S g

c 2 o £ C « oCJ tí O

WQ0OOC_>l-Uai0-,COo_ JUJcuCOOQQZu j>O><0OcnOt—OUJ’—5PQOGO UJ f—1 00 UJ00oQO[~ H

0N SS ESa» * - * - *

® *sa)°3 ©

© b © S l-^-F © S S © &%< « , « . & g © © « > 5» ®.6S2 ^ © B •« a © Se & s ** $ ®® £ « s * I © © & b 2 ©

£ 5,5

es©5»«5a«>fefi

»e

© s S

©« © -M'S '© s» s*® I «« © a-g já■* a ©s, u1 s,ã © ..-.a

-5 © 53 © ©-2

s | , a.« © ®a *-‘2 © © s- í - Sl - Pi § . s s «BS © ©

SS £® «nK « V t=i

©©

•N©

” K í© 3SoS -ws *&e« ©

©

© «5

™ g © e ■s ■”-=>■ ® «SM .« «W © ©® s « i:s ® s s

ms 3 'Km K© s | 2ba «SJ ©S»K

IS*S * “

>© s -

feft e.g ©-g w ©,ae©S

B ©& S*&g . B

© t s * «

E r. « 5® CU ©«a g ' S

íffi r3 5®S B ©

K R ©I®s®?

}Z - ^2 a «| * S @

B S ©w 8 O .*S© S m ®

^ B3

WB

I S l © ©•s

(St.

©® « I®

B.B «

© ! © i ii. © :

©J«5

B ©

B ^fea ©

<Ow

= !—1 s < lo[U JIQuK

0H

H

Ph

<!

t i

Htn

9 ® «i» * ^S ÍE*« g s», « ®

©

á íi S i ®

88**s

33» ea ^ej ^ asa

s | « g ,SJ aia g ®m ©©

a 2 « a s5 ^ Ç3 5®6 w © w S

©£

e ■« © t i s «

© 3 ^ “ a b«©^ ‘S © «

i ^ a < (fi

96

PP!m i i u u i m jji-iílL C o u i o f f i c i n a

D E

CORREEIRO E SELLEIRO 18, R U A DO FO RN O , 18

A liM SeA liliISCiA

rn\j

DE

JOSE’ AUGUSTO SALOIOEncarrega-se de todos os

trabalhos typographicos. L A R G O DA M IS E R IC Ó R D IA , 16

A L » E 3tt.4 L l , I 2C M

16

COMPANHIA FABRIL SINGERP o r 5 oo réis semanaes se adquirem as cele­

bres machinas S I N G E R para coser.Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrador

da casa a s i c o c 'M ék C’, :i e concessionário, em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogas a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.

MERCEARIA ALDEGALLENSEDE

José Antonio Nunes

jV este estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commerc o, podendo por isso o ferecer as maiores garantias aos seus esíma- veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.

>9- LASG O E G R E J A - I 9-A

A l d e g a l l e g a i l e S S s h a íe j o

ANTIGA lERClARIA DO POVOd i:

D O M I N G O S A N T O N I O S A L O IX ‘c s ( e c s í f f i í í e l e c l í B s e j i i o e n c o i a í r a - s e á v e u d a p e l o s p r e ç o s m a i s c o n v l

« la t f iv o s . u i n v a r i a d o s o r i i m c i i t t o d e . g e a i c r o s p r o p r i o s d o s e a i r a m o d e c o b m m e r c l o . o f f e r e e e s d o p o r I s s o a s m a i o r e s g a r a n t i a s a o s s e u s e s t i i n a v e t s f r e g u e z e s e a o r e s i t e i t a v e l p a a S ílie o .

R U A ‘ d O G A. E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

POYOA L D E G A L L E G A D O R I B A T E J O .

Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende todos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e alguns

A I N D A M A I S B A R A T O SGrande collecção dartigos de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .Selins pretos e de cor pdr aforros de fatos para homem, assim como todos 05

accessorios para os mesmos.Esta casa abriu uma S E C C Ã O E S P E C I A L que muito ulil é aos habitantes,

desta villa, e que e ^ C O M P B Â È M LISBOA de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo 0 { elo na escolha, e 0 preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.

B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean­ças de todas as edades.

A CO R PRETA D'ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa i G A M A R P O U C O P A R A V E N D E R M U I T O .

J 0A0 BENTO & MINES BE CARVALHO8 8 , R. D I R E I T A , 9 0 - 2 , R . DO C O N D E , 2

í í s

D E P O S I T Om££Sk1

d :

V I N H O S , V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE FA BRICA DE} LICORES

G f A N D E D E P O S I T O D A A C R E D I T A D A E A K I K C A DEJAKSEN £ C.‘ — LISBfiá

D K

C E R V E J A S , G A Z O Z A S , P I R O L I T O SVENDIDOS PELO PRECO DA FABRICA

— — LUCAS & C/ — 'L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

D tn O > r~1 t-* m0 ►>

1 1

V i n h o sVinho tinto de pasto de i.a, litro 5o rs.

)) » » » )) 2.a, » 40 »)) branco » » i.a » 70 »•» verde, tinto___ » » 100 »

.)) abatado. branco » )> i 5o »)) de Collares, tinto » garrafa 160 »)) Carcavellos br.w » » 240 »)) de Palmella.. . . )) 240 »)) dó Porto, superior » 400 »)) da Madeira.......... )) 5 00 »

V inagresVinagvc t nto de i.a. litro 60 rs.

)) n » 2.a. » 5o »» branco » i.a, » 80 »)) » » 2.a, » 60 »

U e o re sLicor <:e ginja de i.a, litro., 200 »

)> » aniz » » » 180 »)) 180 »)) 180 »)) » hortelá pimenta 180 »

280 »Com a garrafa mais 6o réis>.

| Aguardentesj Alcool 40o........................litro| Aguardente de prova 3o 1. »

» ginja.................... »» de bagaço 20o » i.a') » » 20o » 2.a» » » 18°.»» » figo 20o. »» » Evora i8 J. »

Canna R ra u ca| Parati.......................... . • litro| Gabo V e rd e . ...................... »| Cogiwc............................garrafa

= Genebra........................ »

J20 rs. 320 >' 240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140 »

700 rs. 600 »

1S200 » lS'i'00 »

36o »

I1

<OUJ _ J — 1 < OUJQ_j<

CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSPosto em casa do consu.nidor

| Cerveja de Mi.rço, duzia.......| » Pilcener, » .......3 » da pipa, meio barril .S Gazozas, duzia.......................! Pirolitos, caixa, 24 garrafas...

480 rs. 720 »7 5o » 420 » 3ôj »

C1a p l ! e . l i t r o S S O r é i s c o m g a r r a f a 3 1 0 r é i s

E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

PARA REVENDERV E M D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A LUCAS & C A — ALDEGALLEGA