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Domingo, 2 de setembro de 2012 4ª edição | New York, USA | www.ciisonu.wordpress.com EUA declara invasão à Síria A crise se sucedeu após Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, enviar uma carta ao comitê explicando o envolvimento da Síria em um esquema de tráfico de lixo nuclear no país. Crise na OCI Na manhã deste sábado (01), a Organização de Cooperação Islâmica (OCI) teve sua reunião interrompida para ouvir o pronunciamento do Secretário-Geral da OCI, Thales Veras, que trouxe uma carta do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon. PÁG 2 Salim Ayyash é interrogado no TEL Salim Yyash, associado ao grupo terrorista Hezbollah, foi interrogado na manhã do sábado (01) no Tribunal Especial para o Líbano. O réu foi capturado na tarde de sexta (31) e contestou a legitimidade do júri durante o depoimento. PÁG 4 ARTICLES & NOTES Proteção e liberdade A República da Turquia acredita que os indícios levantados pelos jornalistas e pela investigação realizada pela UNSMS possuem caráter gravíssimo e merecem, irrefutavelmente, uma apuração mais detalhada. PÁG 2 Crises afetam ONU A crise que abalou grande parte da ONU se instaurou após os comitês receberem uma carta enviada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. PÁG 3 SSOCIATED RESS

Associated Press - boneco 4

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Domingo, 2 de setembro de 2012 4ª edição | New York, USA | www.ciisonu.wordpress.com

EUA declara invasão à Síria

A crise se sucedeu após Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, enviar uma carta ao comitê explicando o envolvimento da Síria em um esquema de tráfico de lixo nuclear no país.

Crise na OCINa manhã deste sábado (01), a Organização de Cooperação Islâmica (OCI) teve sua reunião interrompida para ouvir o pronunciamento do Secretário-Geral da OCI, Thales Veras, que trouxe uma carta do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon. PÁG 2

Salim Ayyash é interrogado no TELSalim Yyash, associado ao grupo terrorista Hezbollah, foi interrogado na manhã do sábado (01) no Tribunal Especial para o Líbano. O réu foi capturado na tarde de sexta (31) e contestou a legitimidade do júri durante o depoimento. PÁG 4

ARTICLES & NOTES

Proteção e liberdadeA República da Turquia acredita que os indícios levantados pelos jornalistas e pela investigação realizada pela UNSMS possuem caráter gravíssimo e merecem, irrefutavelmente, uma apuração mais detalhada. PÁG 2

Crises afetam ONUA crise que abalou grande parte da ONU se instaurou após os comitês receberem uma carta enviada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. PÁG 3

SSOCIATED RESS

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Produção Associated PressEditora-chefe Thamires OliveiraRepórteres Beatriz Melo, Cláudio Abreu e Nathanael FilgueirasProjeto Gráfico Thamires OliveiraImpressão EurocópiaFale conosco

EDITORIAL

Os artigos publicados com assi-natura não traduzem a opinião do jornal.

Jogo de interesses?A tentativa de desnuclea-

rização do Oriente Médio é discutida enquanto se questiona uma denúncia feita por meios jornalísti-cos. Não sejamos ingênu-os ao pensar que as agên-cias não têm determinados interesses regidos por uma linha editorial, mas tam-bém não sejamos cegos a ponto de falsear uma notí-cia que envolve a saúde de seres humanos. É dever da imprensa in-

formar os acontecimentos de relevância mundial; não pautados por suas pró-prias palavras ou por seus interesses, mas sabendo que devem coletar análises de especialistas e ouvir as vozes que não alcançariam o resto do mundo sem as páginas de um jornal.

Crise na OCIMaterial radioativo, credibilidade jornalística e operações de guerra estiveram em pauta no comitê

THAMIRES OLIVEIRA | AP

BEATRIZ MELO DE DJIBOUTI

Ministro de Bahrein acredita na veracidade das informações presentes na carta

Na manhã deste sába-do (01), a Organização de Cooperação Islâmica (OCI) teve sua reunião interrompida para ouvir o pronunciamento do Secre-tário-Geral da OCI, Tha-les Veras, que trouxe uma carta do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon. O discurso tratou da de-núncia feita por jornalistas da Associated Press, que deram origem à carta en-viada à conferência.O documento relatava

a contaminação de civis por material radioativo e outros casos de violação dos Direitos Humanos en Lahrbos, na Síria.Em resposta à carta, os

delegados da Síria, Irã e Iraque mostraram sua insatisfação quanto ao conteúdo presente na de-núncia, acusando o jornal de ser tendencioso e sen-sacionalista. O ministro iraniano, Arthur Murta,

declarou que as acusações partem de “uma agência tendenciosa e com visões ocidentalizadas, que sem-pre vão de encontro ao governo da Síria”.Já o ministro da Líbia,

Antônio Vitor, fez questão de ressaltar que a autenti-cidade do documento não poderia ser questionada. “Senhores, esta carta foi repassada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas. Questionar a veracidade desse documento é ques-tionar a legitimidade de Ban Ki-moon”, declarou. Turquia e Bahrein destaca-

ram a apuração dos acon-tecimentos, que foi feita com base na análise de es-pecialistas e que, portanto, não pode ter sua credibili-dade posta em dúvida.Quanto às decisões di-

plomáticas sobre as opera-ções de guerra, o ministro da Síria, José Carlos Mar-ques, se mostrou disposto a assinar o cessar-fogo. O documento suspende as operações de guerra tem-porariamente durante um conflito armado no país. Depois da assinatura, a situação da Síria caminha para um Tratado de Paz.

2 | Domingo, 2 de setembro de 2012

OCI

@sonufortaleza issuu.com/sonuimpresso

OPINIÃO

Proteção e liberdadeNATÁLIA PEGADOMINISTRA DA TURQUIA NA OCI

A República da Tur-quia acredita que os in-dícios levantados pelos jornalistas e pela inves-tigação realizada pela

Missão de Supervisão da Síria das Nações Unidas (UNSMS) possuem cará-ter gravíssimo e merecem, irrefutavelmente, uma apuração mais detalhada. A situação preocupa ain-da mais a Turquia, pois, além de afetar civis sírios, ameaça a saúde daqueles que estão em território turco, porquanto, o fluxo

de refugiados que saem da Síria e cruzam a frontei-ra está aumentado com o agravamento dos conflitos no país vizinho, poden-do chegar à marca de 200 mil pessoas nos próximos meses, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra Refugiados (ACNUR).A Turquia presta con-

dolências aos familiares e colegas do jornalista Thomas Midler, encon-trado morto na Síria. Repudiamos todo tipo de ataque à liberdade de expressão e apelamos ao governo sírio para que aumentem a proteção dado aos corresponden-tes internacionais que cobrem o conflito.

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EUA declara invasão à SíriaApós crise sem resultados, delegação dos Estados Unidos declarou que seu próximo plano de ação é atacar a Síria

FOTO | ASSESSORIA

Delegação estadunidense decide intervir militarmente na Síria

A delegação estaduni-dense declarou na tarde de ontem (01), logo após cri-se ocorrida no Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC), que irá invadir a Síria. A crise se sucedeu após

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, enviar uma carta ao comitê explicando o envolvimento da Síria em um esquema de tráfi-co de lixo nuclear no país. Acredita-se que o material seja proveniente da Eslo-vênia e possa ser utilizado na fabricação de armas de caráter nuclear. Foi cons-tatado que houve um pro-blema no armazenamento do material e vários cida-dãos sírios foram expostos ao alto nível de radioativi-dade do material. Depois do anúncio da

crise, a delegação do Reino Unido propôs um projeto de resolução que decidia, entre outras coisas, aplicar um embargo econômico à

Eslovênia e autorizar uma intervenção militar por terra, água e mar na Síria para capturar os culpados pelo tráfico. O projeto britânico foi

negado e em seguida as delegações da Rússia, Chi-na, Uganda, Togo e Sudão do Sul propuseram outro. Esse outro projeto de re-solução requeria, dentre outras coisas, que a AIEA

analisasse como o tráfi-co de lixo nuclear estava afetando a população; verificasse qual a respon-sabilidade do governo da Eslovênia em relação ao tráfico e reportasse ao CS em seis semanas; e que providenciasse equipa-mento de proteção contra a radiação para a popula-ção. O projeto foi vetado pelas delegações dos EUA

e do Reino Unido.Já que, segundo a Asses-

soria de Imprensa, o Con-selho não conseguiu che-gar a um consenso, não atendeu aos pedidos do Secretário-Geral da ONU e falhou como comitê diante da crise, a delega-ção estadunidense decidiu agir por conta própria.Segundo a delegação es-

tadunidense, o presidente Barack Obama já havia decretado que se fosse en-contrado indícios de armas nucleares na Síria, os Esta-dos Unidos iriam intervir militarmente com ou sem o apoio das Nações Uni-das. “Nós lançaremos um ataque total na Síria; nós planejamos pôr o Estado em cerco e estabilizar a situação política lá”, afir-mou o delegado dos Es-tados Unidos Arthur Ca-bral. Por fim, a delegação decidiu seguir a afirmação proferida mais cedo: “Seja bravo, seja ousado. É tem-po de nós moldarmos a História”.

CLÁUDIO ABREUDE NEW YORK

Crises afetam Organização das Nações UnidasONU tem suas reuniões atingidas por crise envolvendo SíriaDurante o dia de ontem

(01), os comitês “Agência Internacional de Ener-gia Atômica” (AIEA), “Conferência das Nações Unidas sobre Comér-cio e Desenvolvimento” (UNCTAD), “Conselho de Segurança das Nações

Unidas” (UNSC), “Confe-rência das Partes da Con-venção sobre Diversidade Biológica” (COP 11) e “Organização de Coope-ração Islâmica” (OCI) en-traram em crise. A situação que abalou

grande parte da ONU se

Domingo, 2 de setembro de 2012 | 3

UNSC

instaurou após os comitês receberem uma carta en-viada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, explicando a falha no ar-mazenamento de materiais radioativos no vilarejo de Lahrbos, Síria. Os comitês ficaram res-

ponsáveis por elaborar projetos de resolução que controlassem a situação na Síria. Apenas os comi-tês AIEA, UNCTAD e OCI aprovaram projetos; os comitês UNSC e COP falharam com sua missão de frente à crise.

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Salim Ayyash é interrogado no TEL O réu confessou a participação no grupo Hezbollah e revelou outras informações sobre o atentado terrorista

NATHANAEL FILGUEIRASDE LEIDSCHENDAM

THAMIRES OLIVEIRA | AP

O réu se negou a responder perguntas da promotoria e da imprensa

Salim Yyash, associado ao grupo terrorista Hez-bollah, foi interrogado na manhã do sábado (01) no Tribunal Especial para o Líbano. O réu foi captura-do na tarde de sexta (31) e contestou a legitimidade do júri durante o depoi-mento.O tribunal iniciou a ses-

são com o pronunciamen-to dos gabinetes da pro-motoria e da defesa. Os promotores sustentam a tese de que houve um aten-tado terrorista do grupo. “O terrorismo é um tipo de ataque, uma violência que acontece nos dias de hoje e que não deve per-durar e não deve de forma alguma tornar-se comum” afirmou o promotor Davi Rocha. A advogada de defesa,

Dâmaris Oliveira, alega que as provas apresenta-das são circunstanciais e que, portanto, não devem ser tomadas como incrimi-natórias. Segundo o pro-motor, Igor Moreira, as ligações do réu com a rede de telefones que seguiam o ex premier são fatos e devem ser consideradas para complementar os do-cumentos e testemunhos. As ligações se direciona-

vam para as imediações do hotel em que a vítima estava instalada.O secretário geral do

Hezbollah, Sayyd Hassan Nasrallah, também depôs no tribunal. Ele revelou que o grupo é um partido e que, apesar do histórico de violência, não realiza mais atentados. Sayyd se esquivou das afirmações sobre o apoio da Síria. “O Hezbollah é apoiado pela Síria, é verdade, mas não há necessidade de falar so-bre isso”, declarou. Quan-do questionado sobre a missão em que suposta-mente estaria envolvido no dia do atentado, Salim não quis revelar o local a que foi enviado. A testemunha também

afirmou que Israel teve ligação com a morte de Hariri. O primeiro minis-tro teria chegado ao poder com a ajuda israelense. Se-

gundo Sayyd, a ascensão política da vítima teria sido manipulada por Israel, que poderia dispensá-lo quan-do fosse conveniente aos interesses do país. “Hariri era o fantoche de Israel no Líbano, e, como fantoche, poderia ser descartado a qualquer momento”, de-clarou Sayyd. A testemu-nha insinuou que a nação teria realizado o atentado para causar desestabilida-de no Líbano. A responsa-bilidade dos ataques seria, então, atribuída ao Hez-bollah ou à Síria. Durante o interrogató-

rio, o acusado Salim Yyash assumiu a participação no grupo terrorista e admitiu ter tido treinamentos mi-litares. Em coletiva à im-prensa, o réu se recusou a responder ao repórter da Associated Press sobre quais treinamentos havia recebido.

AIEA declara crise Lixo atômico preocupa comunidade internacional

Durante a reunião da Agência Internacional de Energia Atõmica (AIEA), o secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, enviou ao comitê uma carta demonstrando a preocupação da ONU pela morte de vários civis. A fatalidade ocorreu de-vido à contaminação por lixo radioativo na Síria. A situação de Crise foi ins-talada logo após o envio do documento. O Co-mitê também discutiu te-mas polêmicos a respeito da Caxemira. A crise teve fim ao término da reunião, onde as delegações aceita-ram o projeto de resolução enviado pela delegação brasileira. O acordo enco-raja a prática das técnicas de prevenção de contami-nações e sugere a fiscaliza-ção das fronteiras.

PARCEIROS

4 | Domingo, 2 de setembro de 2012

TELAIEA