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1/53 ATA DA 702ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DELIBERATIVO, REALIZADA NO DIA 30 DE SETEMBRO DE 2019. 1) DATA E PRESENÇA Dia trinta de setembro do ano dois mil e dezenove, em segunda convocação, às vinte horas, tendo assinado a lista de presença cento e setenta e cinco Conselheiros. 2) MESA DIRETORA Presidente: Célio Cássio dos Santos Vice-Presidente: Patrizia Tommasini de Souza Coelho Primeiro Secretário: Claudio Vita Neto Segundo Secretário: Maria Emília Alves Rocha dos Santos Terceira Secretária: Karim Christine Donatelli Di Tommaso Latorre 3) ABERTURA DOS TRABALHOS Presidente – Havendo quórum, declarou instalada a reunião. Para agilizar os trabalhos, propôs a supressão do Expediente, a fim de se ingressasse imediatamente na Ordem do Dia. Aprovado. Prosseguiu, informando, já para evitar qualquer mal- entendido, que tendo em vista a extensão da pauta observaria estritamente o prazo de dez minutos para cada orador se manifestar nos respectivos itens. Portanto, não concederia prorrogação, nos termos do Art. 50 do Regimento Interno, até para que todos pudessem, democraticamente, se manifestar. Antes de conceder a palavra ao Conselheiro efetivo José Manssur, assim se manifestou: ... apenas para organização dos trabalhos, como os senhores sabem temos muitos itens hoje na pauta, é uma reunião extremamente longa que vários assuntos de enorme relevância para o Esporte Clube Pinheiros serão debatidos. Esta pauta foi feita de forma a alcançar todos os assuntos mais prementes que nossa Associação necessita sejam avaliados, não apenas no item 1, como os senhores acabaram de analisar na 1ª reunião, como também nesta 2ª. Tive oportunidade, temos, para o bem do Esporte Clube Pinheiros, os Presidentes tanto da Diretoria quanto do Conselho Deliberativo, mantém excelente relação. E em conversa e reunião sobre a pauta com o Dr. Ivan Castaldi chegamos a bom termo, e ele fez uma sugestão que achei extremamente válida. E todos nós conversamos e chegamos à conclusão que, considerando a importância da obra do Tênis, assim como também a importância da cláusula da barreira, mas especialmente a do Tênis, que foi colocada como último item da Ordem do Dia, evidentemente com exceção de “A Voz do Conselheiro”, tal item, o do Tênis, deveria ser adiantado. Ou seja, invertida a Ordem para ser analisado em primeiro lugar, logo após a ata da Reunião 701. Então, Srs. Conselheiros, para que ocorra a inversão de pauta é necessária autorização dos Srs. Conselheiros do Plenário, esta Mesa propõe “ad referendum” dos senhores, que invertamos a Ordem do Dia da seguinte forma: Projeto do Tênis seria analisado como item 2 da Ordem do Dia, sendo que os demais permaneceriam na mesma sequência, conforme apresentada. ... Aprovado por maioria.

ATA DA 702ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO ... · Presidente – Só um minutinho. Pode sentar, vou colocar de novo. - Manifestação de Conselheiro no plenário: Nominal

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ATA DA 702ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DELIBERATIVO, REALIZADA NO DIA 30 DE SETEMBRO DE 2019. 1) DATA E PRESENÇA

Dia trinta de setembro do ano dois mil e dezenove, em segunda convocação, às vinte horas, tendo assinado a lista de presença cento e setenta e cinco Conselheiros.

2) MESA DIRETORA

Presidente: Célio Cássio dos Santos Vice-Presidente: Patrizia Tommasini de Souza Coelho Primeiro Secretário: Claudio Vita Neto Segundo Secretário: Maria Emília Alves Rocha dos Santos Terceira Secretária: Karim Christine Donatelli Di Tommaso Latorre

3) ABERTURA DOS TRABALHOS

Presidente – Havendo quórum, declarou instalada a reunião. Para agilizar os trabalhos, propôs a supressão do Expediente, a fim de se ingressasse imediatamente na Ordem do Dia. Aprovado. Prosseguiu, informando, já para evitar qualquer mal-entendido, que tendo em vista a extensão da pauta observaria estritamente o prazo de dez minutos para cada orador se manifestar nos respectivos itens. Portanto, não concederia prorrogação, nos termos do Art. 50 do Regimento Interno, até para que todos pudessem, democraticamente, se manifestar. Antes de conceder a palavra ao Conselheiro efetivo José Manssur, assim se manifestou: ... apenas para organização dos trabalhos, como os senhores sabem temos muitos itens hoje na pauta, é uma reunião extremamente longa que vários assuntos de enorme relevância para o Esporte Clube Pinheiros serão debatidos. Esta pauta foi feita de forma a alcançar todos os assuntos mais prementes que nossa Associação necessita sejam avaliados, não apenas no item 1, como os senhores acabaram de analisar na 1ª reunião, como também nesta 2ª. Tive oportunidade, temos, para o bem do Esporte Clube Pinheiros, os Presidentes tanto da Diretoria quanto do Conselho Deliberativo, mantém excelente relação. E em conversa e reunião sobre a pauta com o Dr. Ivan Castaldi chegamos a bom termo, e ele fez uma sugestão que achei extremamente válida. E todos nós conversamos e chegamos à conclusão que, considerando a importância da obra do Tênis, assim como também a importância da cláusula da barreira, mas especialmente a do Tênis, que foi colocada como último item da Ordem do Dia, evidentemente com exceção de “A Voz do Conselheiro”, tal item, o do Tênis, deveria ser adiantado. Ou seja, invertida a Ordem para ser analisado em primeiro lugar, logo após a ata da Reunião 701. Então, Srs. Conselheiros, para que ocorra a inversão de pauta é necessária autorização dos Srs. Conselheiros do Plenário, esta Mesa propõe “ad referendum” dos senhores, que invertamos a Ordem do Dia da seguinte forma: Projeto do Tênis seria analisado como item 2 da Ordem do Dia, sendo que os demais permaneceriam na mesma sequência, conforme apresentada. ... Aprovado por maioria.

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José Manssur – Teria um pedido na mesma linha do senhor, na mesma linha da Ordem do Dia. Presidente – Qual seria o pedido? ... Apenas enfatizando que o Plenário acabou de decidir, então, façamos item 1 “Aprovação da Ata da reunião anterior”, item 2 “Análise da questão do Tênis”, item 3 “Cláusula de barreira”, e assim na sequência. José Manssur – Minha Ordem do Dia, Sr. Presidente, com a vênia máxima do senhor, estou apenas falando pela ordem, invocando o Art. 39, inciso II, que permite que a Ordem do Dia possa a vir ser alterada ou interrompida por deliberação do Plenário, como V.Sa. bem o fez agora, a pedido justificado do Presidente ou de qualquer associado. Ela vai ao encontro do que o senhor colocou, Sr. Presidente, mas presente os princípios da urgência e relevância, vou ousar fazer uma proposta, que consulto V.Sa. da possibilidade de submeter ao Plenário. Já dispensamos o Expediente e teríamos agora como 1º item “Apreciação da Ata”, que ficaria protraída até o momento em que a operosa Secretaria nos trouxesse. Então, esse item ficaria em suspenso. O item 2 da Ordem do Dia, Sr. Presidente, que é alteração do Regimento para Eleição Parcial do Conselho Deliberativo, estou entendendo que nada obstante à relevância, ele não se compadece da mesma urgência dos demais itens, Sr. Presidente. E o senhor assim praticamente já reconheceu ao colocar como 1º item, e fê-lo bem como sempre, a obra, como assim denominar sinteticamente, do Tênis. As demais obras, Sr. Presidente, elas têm urgência e relevância na medida em que eles envolvem requisição, autorização do Conselho para verbas de investimento. E os itens 3, 4 e 5, Sr. Presidente, porque guardam conexão, e isto já fica para o momento oportuno, eles devem ser apreciados conjuntamente. Assim o senhor poderá unir o 3, 4 e 5 para que unidos pela conexão nós não os venhamos a apreciar separadamente, a ponto de trazermos decisões divergentes. Quando existe conexão, o senhor melhor do que ninguém sabe, que se unem os feitos para uma decisão comum, isto porque não podemos deliberar a execução da obra do 1º andar deste prédio onde estamos sem analisar juntamente o Centro Pró-Memória e bem assim a ampliação do Fitness. Essas matérias estão interligadas e poderão ser examinadas de plano num primeiro momento e rapidamente. O senhor já colocou o Tênis preferencialmente, em seguida viria a denominada tipicamente cláusula de barreira, que deverá ensejar grandes discussões, é relevante, mas não se compadece da mesma urgência. Razão pela qual formulo a seguinte inversão da Ordem do Dia: que abordemos as obras que requisitam verbas do Fundo de Investimento a partir de agora. Exaurida a discussão, sendo que três itens destas obras poderão ser reduzidos em um item só, abriríamos a discussão da cláusula de barreira. E termino a justificativa. Se começarmos com a obra do Tênis. Pararmos para entrarmos na cláusula de barreira, que demandará a meu sentir uma enorme discussão, para depois retomarmos as obras, perderemos a sequência lógica e iremos preterir aquilo que é fundamental para o corpo associativo, que aguarda desta Casa uma manifestação em seu prol, para darmos preferência a uma discussão permeada pela política. Presidente – Obrigado, Dr. Manssur. O seu requerimento na verdade já foi deferido em parte pela propositura da Mesa, inclusive esclareço ao senhor que a ata já está

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pronta – O Jorge já vai colocar para que possamos aprová-la – A sua manifestação concordou que o Plenário, em que a obra do chamado Tênis seja analisada em primeiro lugar. Dali para frente, Dr. Manssur, data vênia, como o Plenário que é soberano já decidiu a questão, e parece que restou preclusa, porque eu estaria invertendo a ordem. - Manifestação de Conselheiros no plenário.

Presidente – Senhores, coloquei em votação qual seria a Ordem do Dia. V.Sas. votaram e por imensa maioria... - Manifestação de Conselheiros no plenário.

José Manssur – Mas eu formulei outra, se o senhor pudesse colocar. Presidente – Desculpe-me, Dr. Manssur, o senhor como advogado sabe que colide com aquilo que o Plenário soberanamente decidiu. José Manssur – Mas eu tinha pedido. Presidente – Eu também como Presidente coloquei em votação e o Plenário decidiu. Aliás, por imensa maioria. De qualquer forma, aqueles que por alguma razão que não consigo compreender, até porque, agora falando como Presidente do Conselho, que fez a pauta com extremo cuidado e sensível até à argumentação da própria Diretoria, que como os senhores puderam ver na pauta originalmente proposta a questão do Tênis teria ficado como último item. Conversando, realmente me convenci de que os dois itens com maior relevância, inclusive discussão, é justamente a questão do Tênis e a questão da cláusula de barreira. Coloquei em votação, o Plenário soberanamente decidiu. - Manifestação de Conselheiros no plenário.

José Manssur – Sr. Presidente. ... Me permite. Sabe que o que apenas me guia e tenho me pautado assim, pela modesta tentativa de colaboração com V.Sa. que tem dirigido esses trabalhos. Quando começou a Ordem do Dia eu pedi a palavra pela ordem. Vossa Senhoria obviamente como Presidente apresentou a sua proposta, que a meu sentir inclusive, Sr. Presidente, ela não se compadece... Presidente – Dr. Manssur, desculpe-me, não quero ser indelicado. A questão está encerrada. - Manifestação de Conselheiros no plenário.

Presidente – Obviamente que quem não concorda com aquela decisão da Presidência, como o senhor aliás durante seis anos magnificamente enfrentou questões que por vezes alguns não concordaram no Plenário. Obviamente não sou o dono da verdade, mas assim como tenho o bônus de ser Presidente, também tenho o ônus. Coloquei em votação, o Plenário decidiu. Aqueles que forem contrários à

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decisão proferida pelo Plenário tem todo o direito de recorrer, mas neste momento a questão, com todas as vênias, está decidida ao meu entender. Muito obrigado, Dr. Manssur. Antonio Moreno Neto – Sr. Presidente, o senhor vai me desculpar, mas não está sendo democrático, o senhor está sendo um ditador neste Plenário.

5) ORDEM DO DIA

Item 1 - Apreciação da Ata da 701ª Reunião Extraordinária, realizada no dia 30 de

setembro de 2019.

Presidente – Exibiu no telão e leu a íntegra da Ata, lembrando que a leitura está regimentalmente (Art. 38, I).

Regina Helena Secaf – Como todos sabem, longe de mim querer prejudicar os associados de terem que pagar o problema que foi causado aí, enfim, de alguns meses atrás, isso não estava em nosso Regimento. Mas entendo que essa ata teria que vir para os Conselheiros com os dez dias de antecedência, para que a gente analisasse. Queria saber qual é a brecha, enfim, o Regimento, que o senhor está usando para a gente poder aprovar isso agora, imediatamente? Presidente – Conselheira Regina, a senhora pode ler o Regimento Interno do Conselho, que diz que a ata pode ser lida e aprovada em Plenário, caso não seja entregue na entrada. Então, por favor, vamos continuar. Está esclarecida sua questão. Regina Helena Secaf – Ela pode, mas não pode ter outra reunião em seguida, isso é uma palhaçada. Presidente – Como é que é? Isso é o quê? Regina Helena Secaf – Eu acho que isso é uma palhaçada. Presidente – Palhaçada. Regina Helena Secaf – Pode fazer outra RO, Célio, já estou acostumada. Presidente – Aqueles que forem favoráveis... André Franco Montoro Filho (fora do microfone) – Não vai abrir as inscrições para discutir a ata? Presidente – Você quer se inscrever?

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André Franco Montoro Filho (fora do microfone) – Quero. Presidente – Por favor. André Franco Montoro Filho – Sr. Presidente, não é com prazer que faço isso, mas gostaria que a ata registrasse o que realmente ocorreu. Me enganei, me inscrevi para falar, só que foi um ato involuntário, errei. Quando houve a leitura dos inscritos o senhor falou “Não tem ninguém inscrito”, eu disse “Eu estou inscrito”. V.Exa. falou “Não está”. Fui ver. V.Exa. tinha razão, realmente não estava, me equivoquei. Mas meu pedido e sua negação da minha palavra gostaria que constasse em ata. Presidente – Pois não, vai constar na ata da próxima reunião, para aprovar. Aqueles que estiverem de acordo com aprovação da ata Reunião 701, permaneçam como estão. Aqueles que forem contrários, queiram levantar-se. A ata da reunião foi aprovada por maioria. - Manifestação de Conselheiros no plenário: Não.

Presidente – Só um minutinho. Pode sentar, vou colocar de novo. - Manifestação de Conselheiro no plenário: Nominal.

Presidente – Veja, nominal não vai ser de forma alguma, porque todos vocês devem saber que quando inicia uma forma de votação não pode ser trocada. Segundo lugar, vamos inverter, então, se há dúvidas. Aqueles que forem contrários à aprovação da ata, permaneçam como estão. Os que forem favoráveis que a ata seja aprovada, queiram levantar-se. ... Qual a dúvida? - Manifestação de Conselheiros no plenário: Olha aí.

Presidente – Olha aí o quê? - Manifestação de Conselheiros no plenário.

Presidente – Senhores, desculpem-me, não tenho dúvida nenhuma. Inverti. Então, vamos fazer conferência. Apenas para esclarecer ao Plenário, não é nominal, é apenas uma conferência, uma verificação. Aldegonda Aparecida de Moraes Matarazzo Silva – Por que não vota pela forma mais prática? Presidente – Conselheira, acho também. Aliás, gostaria de falar uma coisa, nós vamos conferir quantas vezes for preciso, se tiver que fazer verificação eu farei, não tem problema nenhum. Agora, gostaria apenas de lembrar o seguinte, o que vamos começar a discutir aqui, que é o item do Tênis, o item que alguns chama cláusula de barreira, outras obras que a Diretoria propõe, faz parte desta reunião que está aberta agora. Este Plenário, acho até bom que façamos mesmo talvez uma verificação se for necessário, porque deve ser chamado e cada Conselheiro deve decidir segundo

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evidentemente sua convicção e sua consciência. Mas gostaria de lembrar o seguinte: estamos aprovando apenas e tão somente o item da Ata da 701, que vai autorizar a Diretoria a regulamentar o Estatuto Social, o Regulamento Geral e o Regimento Interno do Clube, segundo o que é necessário pela Lei Pelé. E o mais bizarro dessa situação, se vocês me permitem essa palavra, é o seguinte: este Conselho acabou de aprovar por unanimidade a alteração proposta pela Diretoria. Qual é o sentido lógico de aprovarmos o que foi proposto, para simplesmente regulamentarmos nosso Estatuto, nosso Regimento e nosso Regulamento e a ata este Conselho – Não sei nem se vocês estão entendendo a gravidade do que está acontecendo aqui – uma simples aprovação de ata muitos estão levantando de forma absolutamente temerária aos interesses do Esporte Clube Pinheiros. Isso porque não é o mérito que estamos discutindo – Prestem atenção, o aspecto, como a Dra. Patrizia bem diz aqui – é um aspecto meramente formal, para que possamos usar essa ata para fazer as devidas anotações de Junta Comercial, para usar no Ministério do Esporte, os devidos registros, o que é isso, gente? Nós aprovamos. Aqueles que fossem contrários – Todos têm direito aqui... José Manssur – O senhor me permite, sempre com espírito de colaborar com V. Sa., sem embargo do que sofri num pedido embasado e fundamentado, mas me curvo às suas decisões, da mesma forma como esperava que V.Sa. quando eu era Presidente também se curvasse as minhas, mas isso nem sempre ocorrera. Mas vou dar a colaboração a V. Sa., se me permitir, singelamente, fazer um apelo ao Plenário e vou lhe dar a solução. A segunda votação ratifica a ata que todos aprovamos. A Sra. Regina bem colocou a dificuldade da distribuição não ter ocorrido, e sim, imediato a leitura é permitida, os dez dias não foram observados. Mas tem outra situação. Nem todo o Egrégio Plenário se encontra presente e não se distribui ata apenas e tão somente aos que comparecem, distribui-se a ata a todo o Colegiado. Assim, requeiro que a ata seja aprovada pelos presentes que, convocados compareceram. Quando da reunião de outubro S. Sa., Egrégia Mesa, distribuiria a ata a todos e colocaria como item “Aprovação da Ata anterior e ratificação do que fora deliberado na Reunião 701”. Com isso supre-se a lacuna, sana-se uma irregularidade meramente formal. E com isso poderemos prosseguir os trabalhos sem embargo de que a posição por mim sustentada há tempo e há hora me parecia mais adequada aos interesses da Associação. Era o que tinha a dizer. Presidente – Obrigado, Dr. Manssur. Eduardo Collet e Silva Peixoto (pela ordem) – Pela ordem, se puder, para colaborar, inclusive com a colocação do Dr. Manssur. Na Ata da Reunião 702 constou aprovação da Ata 701, então, todos foram convocados para aprovar esta ata agora tal qual o senhor colocou em votação. José Manssur (fora do microfone) – Com entrega a todos os Conselheiros se ratifica. Presidente – Senhores, o Dr. Manssur, com o conhecimento que lhe é peculiar fez uma proposta que na verdade leva este Plenário, claro, quem irá votar eventualmente e aprovar são os presentes. E também na próxima reunião a ata será entregue a

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todos, claro. Única coisa, Dr. Manssur, é o seguinte, precisamos, está marcada eventualmente já para o dia 19 de outubro próximo a Assembleia Geral dos associados. A Diretoria precisa desses Fundos, o Clube está com essa dificuldade para regularizar nossos Regimentos, Estatuto, enfim, e é por isso, inclusive à guisa de colaboração este Conselho, que, aliás nunca se furtou a colaborar com os assuntos relevantes ao Clube, trouxe a questão para a primeira reunião, a 701, na qual foi aprovada. E agora submetendo a ata para que a reunião seja aprovada. Não há, Dr. Manssur, confesso ao senhor, concordo com tudo que o senhor falou, inclusive no sentido que será aprovada eventualmente pelos presentes, na próxima reunião me comprometo e é óbvio que será entregue a ata, mas essa condicionante que não podemos simplesmente numa questão de registro e simplesmente porque antes da retificação iremos fazer – Agradeço, Dr. Manssur – iremos fazer a Assembleia Extraordinária para ouvir os associados. São apenas essas ponderações. André Franco Montoro Filho – É o seguinte, que já aconteceu no período em que eu era Presidente da Fundação Butantã e em outras fundações que presidi. Quando há urgência, já que a ata toda tem que ser detalhada, etc., aprova-se apenas o extrato da ata referente ao assunto que é fundamental. Então, acho que uma ata sucinta, dizendo “Que a reunião aqui aprovou a redação”. Presidente – Sim. André Franco Montoro Filho – Com isso resolve-se tudo. Essa sugestão para colaborar. Coisa que já fiz e foi aceito pelo Poder Judiciário, Tribunal de Contas, sempre aceitou essa sugestão de fazer apenas o extrato da decisão que é importante para registro. Presidente – Pois não. Sua sugestão é excelente, muito bem-vinda, inclusive porque deve haver previsão no órgão que o senhor citou. O cuidado que tivemos e o Conselho respaldou, no sentido de não haver Expediente, tampouco “A Voz do Conselheiro” e Várias foi justamente no sentido de fazer esta ata ficar bastante sucinta. O senhor bem viu que na verdade, melhor do que isso, dentro daquilo que conseguimos que eu não apenas fiz um extrato sucinto da ata, que poderia ou não no caso do Ministério do Esporte haver alguma coisa, li integralmente. Esse passo já conseguimos, porque ela realmente foi simples, Dr. Manssur. Então, com suas ponderações, agradeço, o senhor como sempre brilhante, esclarecendo devidamente ao Plenário que sim, haverá distribuição na próxima reunião, que sim, a Diretoria precisa desta ata para os devidos registros e para que possa dar prosseguimento no Ministério do Esporte, e sim, nós necessitamos aprovação para que os associados dia 19 de outubro venham ao Clube para decidir se ratificam ou não a nossa decisão, já aprovada em duas discussões e votação. Então, dessa forma, ia fazer a votação, e verificarei. José Manssur (fora do microfone) – Não, simbólica. O senhor pode pôr. Presidente – Aqueles que forem favoráveis à aprovação da Ata 701, permaneçam como estão. Aqueles que forem contrários, queiram levantar-se. Aprovada por ampla

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maioria. Muito bem. Muito obrigado a todos, especialmente ao Dr. Manssur, ao Dr. Eduardo Collet que se manifestaram expressamente. É um orgulho fazer parte deste Conselho, presidir este Conselho, que jamais se omite quando o Clube precisa de sua atuação firme e responsável. Conforme decidimos, passemos ao item 2 da Ordem do Dia, preteritamente item 7. Item 7 - Apreciação do processo CD-22/2019, referente ao pedido formulado pela

Diretoria, de autorização do Conselho Deliberativo, para utilizar recursos

do Fundo Especial no valor previsto de até R$ 12.550.000,00, para

executar obras de modernização do prédio do Tênis, abrangendo

Lanchonete, Vestiários e Áreas Administrativas e de apoio.

Presidente – Manifestaram-se as Comissões Permanentes de Obras, de Esportes, de Saúde e Higiene, Jurídica e Financeira, bem assim pareceres foram enviados com a convocação. Como bem observado pelas Comissões Financeira e de Obras, o valor solicitado pela Diretoria é de R$ 12.558.360,00 (e não R$ 12.550.000,00, que foi um erro meramente formal que constou do pedido inaugural). Em seu parecer a Comissão de Obras propôs o seguinte no parecer: “7.1 Ela, Comissão de Obras, participe do desenvolvimento dos estudos/projetos para a modernização do prédio do Tênis. 7.2 O C.D. autorize apenas a contratação dos Serviços Técnicos (Topografia e projetos) pelo valor total de até R$ 558.110,00. Por ocasião do desenvolvimento do projeto de arquitetura e complementares que definirão a área construída, processos construtivos, materiais de acabamento, layout, etc., tão logo a Diretoria se sinta confortável, deverá solicitar ao Conselho autorização para a execução da obra/mobiliário ocasião em que será apresentada uma detalhada planilha orçamentária.” A Comissão de Obras também especificou que gentilmente o Presidente da Diretoria e alguns outros Diretores compareceram à reunião desta Comissão de Obras e concordou com essa proposta que acabei de ler. Está em discussão. Graziela Pedreschi Oria Carneiro – ... Me causou um espanto quando vi pedido de verba para reforma, revitalização do Tênis. Não só sou contrária à aprovação dessa verba, como sou contrária à aprovação dessa verba proposta pela Comissão de Obras. Gostem ou não, esta Casa já aprovou uma verba para aquele projeto que foi aprovado no concurso. O que vai ser feito desse projeto? Descartá-lo é não só uma afronta contra as decisões que esta Casa tomou quanto uma afronta com o dinheiro do associado. Gostaria de saber da Diretoria por que retomar essa obra agora? Há poucos meses aprovamos uma verba para reforma aqui do CCR. Foi feita uma maquete, colocada para conhecimento dos associados, que diga-se de passagem, pelo menos 90% das pessoas com quem falei, todos gostaram. E agora, vai engavetar? Há poucos meses aprovamos um projeto que a maioria do Conselho Deliberativo julgou ser o melhor para revitalização do salão. Por que não priorizar a obra do salão, que pode com seu aluguel trazer recursos para o Clube para construção de outros prédios? Por que não finalizar a obra do CCR? Com todo o respeito, juro, com todo o respeito, o Tênis teve sua oportunidade há alguns meses e eles fizeram uma confusão gigante, algumas pessoas fizeram uma confusão gigante com a história daquele projeto que foi aprovado em concurso. A compra do predinho acabou mudando um

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pouco o andamento do Plano Diretor e não vejo neste momento a obra do Tênis como prioritária. A obra do salão e a obra do CCR são prioritárias, o Tênis tem que ir para o final da fila. Era isso que tinha para dizer. Pedro Antonio Lousan Badra – ... Essa matéria da forma com que veio a este Conselho há muitas críticas. E farei as críticas que me concerne. Acho no entretanto que é uma obra necessária, não da forma com que foi apresentada, mas da forma com que está sendo levada a este Conselho. Parabenizo neste momento a Comissão Financeira, do seu parecer, que diz o seguinte: é importante destacar que não foi considerado na planilha estimativa de custo a previsão de custo com BDI. Não existe citação, informação sobre a logística da obra, não existe informação sobre o impacto financeiro da lanchonete em relação às futuras obras. E sugere apresentação pela Diretoria em 90 dias do projeto completo desta obra. Parabenizo também a Comissão de Obras, que no seu parecer igualmente tece alguns comentários sobre essa planilha que foi enviada aos senhores e dá como sugestão que se aprove os projetos e não a obra. Eu também sou partidário que de a gente hoje aprove verba de projeto e após esses projetos virem completos far-se-á a planilha de orçamento com todos os itens necessários. Que os senhores têm visto esta Diretoria vir a Conselho logística de obra, BDI, custo de obra, diversos itens de custo de obra. A planilha do jeito que veio, senhores, podem notar, que se colocou uma verba para construção de obra com o valor de R$ 4.850,00 o metro quadrado. O que significa isso? Não significa nada. Posso falar que custaria R$ 3.825, R$ 5.483. Baseado em que foi feita essa planilha? Em nada. E é tão irreal essa planilha que os senhores não obtiveram o meu visto. Tenho assessorado esta Diretoria no que eu posso, para quando vier a este Conselho, uma luta terrível, que venha com projeto, que venha com uma planilha, que venha com memorial descritivo, para que quando a gente pelo menos analisar tenha alguma coisa de concreto. Senhores, em cinco meses desta Diretoria foi implantado um sistema de orçamento e planejamento que está informatizado. Foi implantado a leitura de projeto e consistência de quantidade. Lê o projeto, ter a quantidade duas vezes. Se unificou a questão de preço, utilizando preços históricos antes de vir a este Conselho. Se analisou curva ABC de serviço, curva ABC de insumo. No entanto, todo esse trabalho foi jogado na lama quando se apresenta uma proposta de custo de obra de R$ 4.850, isso é uma afronta. Sabe qual a diferença entre acho que e custo de obra? É engenheiro. Acho que qualquer um pode falar, mas custo de obra tem que ser engenheiro. E tendo engenheiro de custo é melhor ainda. Senhores, se tivermos que aprovar, e sou partidário que se aprove verba de projeto. E projeto tem que ser projeto executivo para a gente saber custo de obra. É isso que tenho para falar. Muito obrigado. Andreas de Souza Fein – ... Não poderia deixar de me manifestar nesse item porque essa obra é uma obra que tem tido bastante demanda dos associados querendo realmente uma modernização das instalações do Tênis. O Tênis, como todos sabem, é a segunda seção em números de inscritos, perde apenas para o Fitness. Tem uma demanda enorme dos associados pelos serviços de bares e restaurantes que lá se encontra. Qualquer um que vá lá no fim de semana, ou durante a semana, às noites, as noites agora que serão de verão isso certamente se pronunciará, sempre há muitas pessoas que estão frequentando aquela área. Os vestiários estão pedindo alguma

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melhoria. Acho até que ele tem muitas coisas interessantes, ele é bastante ventilado, bastante iluminado. Me refiro evidentemente ao vestiário masculino, o feminino não conheço muito bem. Claro, óbvio, né? Ninguém é perfeito, né? Enfim, esse pedido do projeto resultou de uma ampla pesquisa feita pela Diretoria – Queria até parabenizar o Dr. Ivan e toda sua Diretoria – que foi uma pesquisa que seguiu alguns dos conceitos que foram observados quando da pesquisa do Plano Diretor. Primeiro se levantou uma série de questões qualitativas de demandas dos associados em referência a todos esses pontos que foram elencados, quais sejam: bares, restaurantes, vestiários, área de apoio, áreas administrativas e posteriormente foi feita uma pesquisa quantitativa, que foi respondida redondamente 1.150 pessoas, onde uma maioria absolutamente nítida, uma maioria clara pediu uma revitalização, uma modernização das instalações. Posteriormente, não participe da equipe que conduziu os trabalhos de seleção, de conversa com os escritórios, mas soube numa das apresentações que participei posteriormente à seleção dos três finalistas, que 11 escritórios de arquitetura haviam sido convidados. Posteriormente se reduzira a cinco, porque muitos declinaram da participação. Desses cinco, três projetos foram selecionados. Desses três, apresentados a várias pessoas em mais de uma reunião, a última delas contou com um público grande de associados e de tenistas, o projeto o qual se pede essa verba para fazer o detalhamento. E aí concordo integralmente com o Conselheiro Badra – Não sei onde ele está – Eu acho que projeto é projeto executivo e deve ser trazido a esta Casa o projeto executivo completo, até para que se possa efetivamente acompanhar a evolução do quanto se gastou, cotejando com quanto havia sido aprovado. Muito bem. Houve uma preferência explícita e muito maior do que a esperada por determinado projeto, diz que é para o qual se pede a verba. De tal sorte que entendo que a prioridade está muito bem explicada em termos das seções que vão receber essa verba. O Tênis é uma área esportiva. Nós só ficamos grande se as nossas áreas esportivas forem agraciadas com as suas instalações. Acho que se houve no passado algum projeto para o qual se gastou um dinheiro eu acho que é muito melhor a gente ter gastado um dinheiro num projeto do que ter gastado um dinheiro depois no projeto e insistido na obra. Eu acho que as circunstâncias da época levaram a que aquele projeto fosse abandonado. Houve um abaixo-assinado de mais de 1.400 assinaturas contrárias àquela obra, de modo que eu acho a decisão tomada no passado acertada, foi correta e esta proposição que estamos analisando hoje também é uma proposição correta, oportuna e acertada, especialmente com a correção proposta pela Comissão de Obras de não se aprovar uma verba toda da obra, mas sim a verba do projeto. Eram esses meus comentários, Sr. Presidente. Finalizo, votando favoravelmente ao projeto e desejando sucesso no detalhamento do mesmo. Muito obrigado a todos. Mario Montenegro Gasparini – ... Primeiramente, quero me solidarizar com a manifestação da Conselheira Graziela, que foi perfeita, extremamente adequada, lúcida. Lamento que a gente tenha, e não queria vir discutir esse tema, até porque não sou engenheiro, mas não há como deixar passar a regressão no modelo que estamos vivendo hoje, principalmente nesse tema. Passamos quatro anos com a gestão do Presidente Cappellano, onde na verdade todas as obras tiveram seus orçamentos aqui aprovados, para depois projeto executivo, para depois tratarmos as obras. Numa atitude açodada, inadequada, mais uma vez, é até antagônico, porque o

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Presidente se manifestou aqui na última reunião, dizendo que está muito preocupado com os gastos do Clube, justificando a falta de patrocínio de R$20 mil para a Esgrima, para manter aqui nossa campeã mundial numa temporada aqui no Brasil, porque o Clube precisa tomar conta do seu dinheiro, e pura e simplesmente faz uma demonstração como essa, de falta de senso, tato e principalmente responsabilidade. Se for aprovada hoje essa verba como está sendo proposta, e não estou nem falando do projeto, porque sinceramente falando, só se realmente tivermos aqui uma maioria de tresloucados Conselheiros, que aprovar “Não, é verba de R$15 milhões sem um projeto”, vai acontecer o que aconteceu no estacionamento, que custou R$60. Vocês já se esqueceram disso? Nós conseguimos ultrapassar essa barreira. Nós estabelecemos um modelo que estava funcionando muito bem. De repente chegou uma turma que acha que sabe fazer tudo e vamos fazer as coisas do jeito que tem que ser feitas. Já perdemos o dinheiro da obra e do projeto que foi feito para o Tênis por uma ação orquestrada e que na verdade neste momento devíamos é estar responsabilizando quem causou aquele incômodo todo. A Graziela tem toda razão, nós não podemos jogar mais dinheiro fora. Esses R$500 mil que estão sendo pedidos para ser elaborado o projeto vai ser um dinheiro jogado fora. Seis meses da gestão já se foram, nós temos um ano e meio restando. Não será tempo possível para que isso ande. Os senhores estão dispostos a jogar mais dinheiro fora? Essa é a pergunta que tem que ser feita hoje aqui. E principalmente os Srs. Conselheiros hoje, queria também lamentar as manifestações inadequadas de elevada testosterona eu acho neste Plenário, desculpem-me as senhoras presentes, as plenárias não são movidas a isso, mas todo mundo ansioso para discutir com o Presidente do Conselho, para falar sobre aprovação de ata. Senhores, não temos mais nada importante a tratar? Tantos assuntos que poderíamos estar tratando aqui, os senhores estão discutindo por causa de aprovação de ata, é brincadeira. Realmente lamento e não podia deixar de pontuar isso. Dizer que a Graziela está coberta de razão e quem está apupando aí deveria prestar mais atenção no que está acontecendo, porque hoje mais uma vez vamos jogar dinheiro pela janela. O Clube é rico, nós sabemos, não temos esse problema, não vai acontecer o que aconteceu com outros clubes. Nós só vamos ficar gastando dinheiro. Não estava aqui, não tive oportunidade de estar na reunião que tratou do orçamento, mas fiquei sabendo que uma Conselheira instou o Presidente “Se não tivermos o dinheiro, quem vai pagar”? Nós vamos pagar? Senhores, a gente já paga um monte de conta, os senhores estão dispostos a continuar jogando dinheiro pela janela? Nós já temos um projeto que pode ser aperfeiçoado, ou deveria ser aperfeiçoado. Já temos um Plano Diretor, nós vamos gastar R$15 milhões para reformar o bar do Tênis, quando tínhamos um projeto que inseria dentro desse contexto todo a área de cabeleireiros e barbeiros. - Manifestação de Conselheiros no plenário:

Mario Montenegro Gasparini – Desculpem-me, os senhores deveriam ler melhor o Plano Diretor. Falar de pesquisa, vai ler a pesquisa do Plano Diretor, vocês só podem estar brincando. Então, peço desculpas de estar incomodando vocês com esse tema, mas alguém precisa vir aqui dizer que isso é uma loucura, é uma irresponsabilidade e os senhores estão advertidos: Se quiser continuar com essa brincadeira não há problema nenhum. Vamos continuar. No final do ano, quando a gente for aprovar as contas da Diretoria, os senhores vão se lembrar disso. Obrigado.

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Antonio Moreno Neto – ... Quando aprovamos pela primeira vez na história do Clube o Plano Diretor por este Conselho, nós em nossa gestão fizemos uma pesquisa e o estacionamento foi o primeiro colocado em prioridade. Me lembro que a seção de Tênis foi prejudicada e tivemos que tirar dez quadras por dois anos e meio, quase três, para se realizar o estacionamento. Fizemos duas quadras na pista de atletismo para superar as aulas que tinham. Fizemos um convênio com a Hebraica e conseguimos com o sistema organizar as horas que tinham para a prática do Tênis. Hoje a colocação do projeto do Tênis é fundamental e o Tênis ainda vai ter um período de adaptação para realização da obra. Discordo do Conselheiro que me antecedeu, porque jogar dinheiro no lixo foram os R$780 mil no projeto anterior. Por quê? Porque o associado não foi, principalmente ao associado do Tênis, não foi perguntado o que ele queria, e quiseram enfiar o projeto goela abaixo, que o Conselho não admitiu. Essa é a realidade, R$780 mil foram para o lixo. Hoje, esses R$400, R$500 mil que está para ser aprovado é muito importante para o setor do Tênis. O setor do Tênis merece. Fizemos todas as obras de infraestrutura para receber um volume maior de associados do estacionamento. E também fizemos a reforma do bar do Futebol. Fizemos a reforma inteira do novo bar da Piscina. Fizemos a repaginação do Boliche. O único local que não foi mexido em reforma foi o bar. Não é só o bar do Tênis, é que o senhor não viu o projeto, – o projeto é completo. Envolve vestiários, administração, toda parte de atendimento do Tênis. Então, sou 100% favorável à aprovação desse projeto. Obrigado, Presidente. Roberto Cappellano – ... Queria deixar bem claro, antes de começar minha fala. Não ia falar, mas como a gente escutou duas, três inverdades aqui, precisa pontuar para ficar registrado em ata, para que no futuro a inverdade não prevaleça sobre a verdade. Primeiro, sou extremamente favorável à aprovação do projeto. Acho que projeto tem que ser aprovado. Diferentemente dos Conselheiros que me antecederam, projeto não é despesa, projeto é investimento. O projeto você define o que vai fazer. Com o projeto na mão você sabe se a obra vai custar R$10, R$15, R$30 ou R$40 milhões. É importante ter esse conceito na cabeça. No caso específico do que a gente está falando, foi pedido uma verba de projeto pela Diretoria de R$558 mil. Quem é do ramo e é versado, como o próprio Conselheiro Badra falou, se o projeto custa 3% do valor da obra, essa obra vai custar em torno de R$16 milhões. Por isso é importante a gente não retroceder, que é uma luta de mais de 10 anos. Começou quando a gente teve o problema da garagem. A gente teve um problema da garagem de aprovar aqui R$27 milhões, que custou R$60 milhões e depois quem teve que descascar o abacaxi foi o Dutra, para terminar a obra que tinha sido aprovada. Obras grandes aqui no Clube sempre viram mais de uma gestão, isso tem que ser bem claro aqui dentro da cabeça de todos os associados. E obra grande precisa obviamente ter uma segurança tanto para nós Conselheiros quanto para o próprio Presidente que está no cargo, quando sair, ou se não conseguir terminar. Por isso a importância de obras grandes serem aprovadas em duas etapas, como o Conselheiro Badra falou. A gente tem que fazer um pedido de projeto e depois fazer. Fico feliz que o sistema está tendo uma evolução. Diferentemente do que foi feito com relação à garagem, que veio o projeto enfiado goela abaixo aqui no Conselho sem discutir com ninguém. A gente começou fazendo concursos. O ex-Presidente Toni fez um equívoco enorme, a

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gente pediu R$780 mil e seguindo as orientações da Comissão de Obras à época, como essa foi muito pertinente, foi muito bem, quero parabenizar o Conselheiro André Riskalla, comentou “Faça um projeto para poder trazer para o Conselho orçamento”, que foi feito tanto no Tênis quanto no CCR, então a gente gastou R$200 mil e poucos, R$300 mil e poucos, para depois a gente efetivamente fazer a obra. Isso vale a pena colocar o quê? Primeiro, o seguinte, quando a gente foi pensar em fazer a obra do Tênis pensava também em gastar uns R$15 milhões, só que atendendo às recomendações da Comissão de Obras à época a gente estudou todo o entorno do Tênis. Por isso a gente colocou a Sauna, que não está neste momento sendo agraciada. A obra que era R$15 milhões acabou virando R$30 milhões e poucos. Diferentemente do que o Conselheiro Andreas falou aqui, que a gente recuou por causa de um abaixo-assinado de mil e quatrocentas pessoas. Não foi por isso, tinha muita gente favorável também. Apareceu uma oportunidade para o Clube, que foi a compra do prédio, que era muito mais importante que qualquer outra obra interna do Clube, que poderia esperar. O prédio poderia não esperar e a gente perder o prédio. Por isso naquele momento a gente foi atrás do prédio para poder hoje discutir aqui. Quero deixar um negócio muito claro para a gente conversar aqui, que ninguém falou, todo mundo aqui, até brinquei hoje vindo para cá “Sei que o Clube é um celeiro de atletas, não sabia que ele é um celeiro de engenheiros e de arquitetos”, porque o que tem de engenheiro e arquiteto sendo formado aqui é brincadeira. Estudo como um louco cinco anos e o pessoal aqui em três meses, 10 meses sabem mais do que a gente. Então, vamos com calma, como o Conselheiro Badra falou, vamos respeitar os engenheiros, arquitetos, que cada um tem sua formação. Mas uma coisa que passou batida e ninguém falou aqui. Temos R$30 milhões para poder gastar. Esses R$30 milhões não apareceram em dois, três, seis meses, foi um trabalho longo para poder ter R$30 milhões aqui, para podermos discutir aqui. Isso que precisa ser valorizado, porque ter R$30 milhões e poder discutir se quer CCR, se quer Tênis, se quer Salão de Festas tem um trabalho atrás para poder trazer esse dinheiro para cá para poder discutir. Isso precisa ser falado aqui, para não passar batido. O dinheiro do Clube é finito, acho que todo mundo sabe que o dinheiro do Clube é finito. Por isso da importância, tenho certeza que esta Diretoria está fazendo isso e as outras Diretorias tem que fazer, é discutir a prioridade para o associado e para o Conselho do Clube. Ou a gente faz como fez na garagem: vende 2 mil títulos porque não tinha dinheiro para fazer a obra. A gente não está falando disso aqui, está o contrário, estamos com dinheiro em caixa, graças a Deus, para poder discutir o que tem. Temos uma prioridade. Já falei duas vezes nas reuniões dos Presidentes, falei com o Presidente Ivan Castaldi. Acho que é importante a gente pensar, volto a dizer, projeto é investimento. Esse projeto vai definir se a obra vai custar R$12, R$15, R$18. Vai se trazer para esta Casa aprovar, como tem que ser feito, mas é importante a gente ver as prioridades. Por isso digo que sou favorável ao projeto. Mas tem uma luz no fim do túnel que a gente precisa ficar atento, que vai se iniciar agora. Mas a gente não pode perder o foco, na minha opinião gostaria de falar, é o Salão de Festas. O Salão de Festas, vamos desenvolver o projeto, a escolha de projeto é ato de gestão, mas vamos pensar no Salão de Festas pelo seguinte princípio que quero falar aqui que pode passar batido para algumas pessoas. Em 91 foi pedido tombamento pelo neto do arquiteto. Em 2014 um grupo de Conselheiros e associados pediu tombamento do Salão de Festas. Em 2016 o Prefeito Haddad mudou a lei de uso e ocupação do solo e

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colocou o Pinheiros inteiro, depois só o salão para ser como tombado. Graças a Deus, com muita luta, muita, muita luta mesmo, na raça, na caneta, na força de ir para cima do negócio a gente conseguiu tirar o tombamento do Clube. Isso foi em fevereiro do ano passado. Então, desde 91 até 2018 não íamos conseguir fazer nada no Salão de Festas, porque já estava com início de um processo de tombamento. Quem não conhece a legislação vai estudar para entender. Estamos tendo hoje uma janela de oportunidade. Não sei... – Conselheira, você está falando muito alto. Desculpe-me, por favor – Só acho importante a gente entender que essa janela de oportunidade pode ser finita, pode acabar. O poder municipal que está hoje tem se demonstrado não favorável ao tombamento de edificações, como do Esporte Clube Pinheiros, por um monte de coisas, que não vou entrar nesse mérito. Mas podemos ter daqui a um ano e meio, quando tiver a próxima eleição municipal, uma mudança no conselho que está lá, porque o conselho do CONPRESP são nove indicados. Posso até dizer como são os indicados, mas pode ter uma mudança de rota lá. E nada impede de querer ser reavaliado, exatamente como foi feito, qualquer Diretoria que entra. Eu tinha minhas prioridades, o Presidente Ivan tem as prioridades dele, que são legítimas, está mais do que correto e o próximo prefeito pode ter as prioridades dele. Então, acho que a gente tem que dar uma atenção muito forte para o Salão de Festas, a não ser que a gente queira criar taxa de obras ou alguma outra coisa, no sentido de não perder essa janela de oportunidade e aí a gente pode resolver. Respondendo a quem tinha questionado se era despesa ou não despesa, os conceitos... - Manifestação de Conselheiro no plenário.

Roberto Cappellano – Estou te incomodando, Ronaldo? Deixe-me construir meu raciocínio. Presidente – Sem debates paralelos, por favor. Dr. Roberto, faltam dois minutos. ... Roberto Cappellano – Para finalizar, sou super favorável à aprovação do projeto. Acho que a gente não pode retroceder no sentido de aprovação em duas etapas. É uma garantia a nós Conselheiros, é uma garantia ao Presidente. E o que fica mais evidente para tomada de decisão deste Conselho, entrando muito rapidamente, não vou dizer de escolha, porque como falei, foi uma evolução, primeiro, a gente não tinha concurso. Depois fizemos um concurso. Depois a gente criou uma comissão para escolher e trazer ao Conselho. E agora o Ivan aperfeiçoou o modelo de escolha. Isso eu falei para ele na última sexta-feira: Ele foi muito mais hábil que eu no sentido da escolha. Ele pegou os escritórios. Escolheu os cinco. Fez as reuniões prévias. Tudo bem que não teve ninguém que saiu de dentro da Diretoria com as informações para ir contra. Mas independentemente disso, ele foi muito mais hábil. E é uma evolução. Acho que é importante essa evolução que a gente está tendo para o Clube ter uma posição melhor. Finalizando meu raciocínio, quero dizer que a gente tem sim que aprovar o projeto com dois projetos, porque, por exemplo, até quem falou “Ah, jogou fora, não jogou fora”. Não, aquele era um conceito de projeto de muito maior longo prazo para atender a área, toda a região. Hoje temos um projeto muito mais confinado, que também atende ao que está precisando neste momento. Também,

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que ninguém falou, tem que fazer a conta do que tem no caixa do Clube. Se você botar R$30 milhões numa obra só é só uma obra que vai fazer. Se você botar R$10 pode fazer uma, pode fazer mais uma. Então, a decisão aqui compete ao Presidente e o Presidente Ivan está tomando essa decisão. Era isso que queria falar. Acho que projeto é investimento e projeto tem que ser trazido para cá para a gente discutir. Vamos continuar evoluindo para não cometer os erros que aconteceram num passado muito próximo, que depois quem tem que arcar com todas as despesas somos nós associados, de aprovar sem ter esse rito, essa maturação de um projeto, que é importante para ter o sucesso que nosso Clube merece. Muito obrigado. André Franco Montoro Filho (aparte) – Concordo com sua colocação, especialmente que R$30 milhões parece uma fortuna, mas se começar a gastar vai tudo. E acho que prioridade é muito grande realmente com relação ao Salão de Festas. Gostaria de saber se você tem alguma estimativa de quanto ficaria, qual o custo do Salão de Festas, que acho que é uma informação importante. É claro que será mais depurado depois. Presidente – Conselheiro... André Franco Montoro Filho – Perguntei para ele. Presidente – Mas não é um item da Ordem do Dia. Estamos aprovando um negócio, o senhor quer saber quanto vai custar o Salão de Festas. Roberto Cappellano – A resposta é simples. André Franco Montoro Filho – Desculpe-me, Sr. Presidente, o meu raciocínio, que foi o raciocínio do Presidente, é que se tem R$30 milhões, e R$30 milhões têm que ser para três, quatro obras. Se uma obra só, como ele falou, é R$30 milhões, as outras não servem. Queria uma informação, já que ele trabalhou pode dar uma estimativa de um valor a respeito. Presidente – O senhor quer responder, Dr. Cappellano? Roberto Cappellano – Vou responder porque é o mesmo conceito que acabei de falar, Dr. Montoro “Precisa ter projeto para poder saber quanto que custa, senão é achismo”. Pode ter um projeto que tenha ouro, pode ter um projeto que tenha latão. Precisa ter projeto. O que recomendo e tenho certeza que o Presidente Ivan está fazendo, porque sei que está fazendo, é estudar o salão, as alternativas que têm de projeto para a gente poder no momento oportuno ver o que tem que gastar. Agora, chegar e falar “Custa R$10, custa R$20, custa R$30” é uma irresponsabilidade da minha parte. Muito obrigado. Boa noite. Arnaldo Couto de Magalhães Ferraz – ... Vim colocar minha posição como engenheiro que sou e acostumado a esse tipo de obra. Tive oportunidade de examinar esse projeto que foi apresentado pela Diretoria, achei o projeto excelente. Em bom momento ele substitui o outro, que realmente em nada trazia de benefício aos

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associados no Tênis, para aquela região imensa do Tênis. Esse projeto foi muito bem estudado, está muito bem elaborado e atende as necessidades de todas as demandas que existem junto ao pessoal do Tênis. Outra coisa, quero deixar aqui mais uma vez minha solidariedade ao Presidente, que realmente com muita responsabilidade tem conduzido esse processo todo e nos possibilitou enxergar e analisar o projeto com muita clareza. É só isso e me posiciono a favor dessa aprovação sem dúvida. Obrigado. Presidente – ... Não há mais inscritos. Dou por encerrada a discussão. Passemos à votação. Aqueles que estiverem aptos a votar, por favor, tomem assento nas poltronas da parte central do plenário. Conforme foi debatido, inclusive vários Conselheiros encamparam a proposta da Comissão de Obras. E justamente por ser uma proposta da Comissão de Obras tem preferência. Dessa forma, vou ler para definitiva compreensão. A Comissão de Obras propõe que o Conselho Deliberativo autorize apenas a contratação dos serviços técnicos, topografia e projetos, pelo valor total de até R$ 558.110,00 e por ocasião do desenvolvimento do projeto de arquitetura e complementares, que definirão a área construída, processos construtivos, materiais de acabamento, layout, etc., tão logo a Diretoria se sinta confortável deverá solicitar ao Conselho autorização para execução da obra, mobiliário, ocasião em que será apresentada uma detalhada planilha orçamentária. Em outras palavras, a Comissão de Obras, como de fato propôs, autorização deste Conselho da verba de R$558.110,00. Aqueles que estiverem de acordo, permaneçam como estão. Os contrários, queiram levantar-se. Aprovado com poucas exceções. Obs: A Conselheira Regina Helena Secaf apresentou declaração de voto por escrito, assim redigida: “Sr. Presidente do Conselho Deliberativo do ECP. Em função de ter entendido que ainda haveria votação do total do valor da obra do tênis, votei contra. Mas gostaria de retificar meu voto à favor do projeto do tênis.”. Item 2 - Apreciação do processo CD-10/2019, referente à primeira discussão e

votação de proposta formulada por setenta e quatro Conselheiros, de

alteração do §5º, do Art. 1º, do Regimento para Eleição Parcial do Conselho

Deliberativo.

Presidente – Prestou esclarecimentos sobre o trâmite do processo e abriu a discussão. Rodolfo José Sanchez Serine – ... Essa proposta, senhoras e senhores, como já tem sido discutido há muito pelas alamedas do Clube, nos encontros que tivemos inclusive de alguns grupos políticos, ela versa sobre especificamente uma alteração no Regimento da Eleição Parcial do Conselho Deliberativo, que propõe nessa alteração incluir uma cláusula limitativa de direitos. Ou seja, hoje, conforme ordena nosso Estatuto Social, o associado da classe Veteranos ou aquele com 18 anos na data da eleição e com pelo menos 10 anos de associado tem o sagrado direito de ser votado. Como ele faz isso? Necessita inscrever-se através de uma chapa. Pois bem, essa chapa, senhoras e senhores, atualmente, como manda nossos normativos internos possui um número máximo de candidatos, que foi a última alteração inclusive que foi realizada por nós nesta Casa, que estabelece como máximo o número de vagas que

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estão sendo levadas à disputa. Ok. Esse número máximo em nada limita o direito do associado em ser votado, ele apenas regulamenta o procedimento. O associado pode inscrever-se desde uma chapa com apenas um candidato até o máximo de número de vagas que estão em disputa. Ok. Esse candidato ou esse associado que deseja ser candidato não encontra nenhum impedimento ao exercício livre do seu direito de ser votado. Pois bem, o nosso Estatuto Social garante esse direito, como também o Regulamento Geral e agora se aprovarmos essa proposta estaremos criando uma cláusula que limitará esse direito. Você entrar no aspecto meramente jurídico, mas criticando aqui objetivamente uma questão formal, entendo que essa alteração só poderia vir a esta Casa Legislativa por meio de alteração estatutária e não por meio de alteração regimental, como hora se propõe. Por quê? Porque cláusulas limitativas de direitos têm que estar em nossa carta magna. Uma cláusula limitativa de direito não pode estar simplesmente abarcada em nossos Regimentos. O Estatuto garante ao associado o direito de ser votado desde que se enquadre nas condições preestabelecidas, como dito, repito: ser associado Veterano, ou ser associado com 18 anos na data da eleição e com no mínimo 10 anos de associado. São só essas as cláusulas limitativas que existem e que estão previstas em nosso Estatuto. Qualquer outra deveria ali também estar e não meramente no Regimento. Então, de pronto digo aos senhores com muita tranquilidade, o meio com que se pretende fazer essa alteração está equivocado. Essa proposta do meu ponto de vista carrega um vício insanável. Dito isso, senhores, vou rapidamente ler aos senhores uma publicação que saiu essa semana e que acho bastante pertinente com relação ao momento que estamos vivendo. A OAB comemorou agora no dia 20 de setembro uma alteração que há muito tempo vinha lutando, para reduzir a cláusula de barreira que impedia que jovens advogados com menos de cinco anos no exercício da advocacia pudessem disputar cargos nas seccionais da OAB. Isso foi reduzido para três anos. Ao mesmo tempo que as instituições, tanto em nível nacional quanto internacional, demonstram movimentos no sentido de democratização e de ampliação dos direitos de participação da sociedade em seus diversos órgãos de representatividade, este Clube vai na contramão e vem tolher direitos que já estão consagrados em nosso Estatuto, numa época que estamos vivendo canal de ética, diretoria de governança e compliance. Isso é um total contrassenso. Estamos aqui festejando, nos regozijando de estarmos dando participação e voz ao associado e passamos a tolher o direito desse em poder livremente se candidatar a hora e como quiser, bastando que inscreva uma chapa. Chapa Rodolfo Serine, candidato Rodolfo Serine. Não preciso ter amigos, nem patrocinadores, nem fazer nenhum tipo de conchavo, nem amarro, nem acordo com chapa nenhuma. Crio uma chapa, me inscrevo e exerço meu direito de ser votado, consagrado pelo Estatuto Social. Então, saibam e tenham em mente que, hoje, se este Plenário, soberano que é, aprovar essa proposta, os senhores estão tolhendo direitos do corpo associativo. Só fazendo lembrar, inclusive foi muito bem lido hoje aqui pelos Conselheiros que tomaram posse, do juramento que fizemos, quando todos aqui tomamos posse: “Prometo exercer com dedicação e lealdade o meu mandato, respeitado o Estatuto Social, Regimento Interno e promovendo o bem geral do Esporte Clube Pinheiros”. Senhoras e senhores, “promover o bem geral do Esporte Clube Pinheiros”, tirando o direito do associado. Estamos numa disputa ética, numa disputa moral hoje nesta Casa. Espero que a consciência dos senhores esteja presente no momento da votação. Muito obrigado.

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Francisco Carlos Collet e Silva (aparte) – Quero cumprimentá-lo em primeiro lugar pela sua explanação, foi muito bem-feita e particularmente gostei muito, mas quero perguntar uma coisa ao senhor, nobre Conselheiro. O senhor diz que essa proposta é contrária ao Estatuto Social, porque seria uma restrição que não está lá prevista. Pergunto: Vossa Senhoria estaria então fazendo uma questão de ordem para ser apreciada pelo Presidente do Conselho ou eventualmente pelo Plenário do Conselho? Essa é a questão que apresento a Vossa Senhoria. Rodolfo José Sanchez Serine – ... Realmente, a partir do momento que entendamos que essa proposta fere o Estatuto Social, com ele não se coaduna, e que o meio está equivocado e que ela carrega uma sanidade insanável... Francisco Carlos Collet e Silva – Isso, não poderia ser discutida. Rodolfo José Sanchez Serine – Seria oportunamente uma questão de ordem para que o Presidente pudesse colocar em votação ao Plenário, se o Plenário entende também que a proposta viola o Estatuto Social e, portanto, não poderia ser votada do modo que está sendo apresentada. Francisco Carlos Collet e Silva – Muito obrigado, Conselheiro. Andreas de Souza Fein – ... Causa muita estranheza a proposta de mudança do nosso Regimento Eleitoral. Esse ordenamento sofreu duas importantes alterações nos últimos 15 anos. Ambas promovendo a melhor representatividade dos associados e garantindo a representação de minorias. Ambas foram propostas decorrentes de extenso estudo feito por Comissões nomeadas especialmente para esse fim e compostas por vários Conselheiros. Causa surpresa essa pressa em introduzir tão importante alteração sem maiores estudos. O correto, caso se quisesse propor alterações, seria promover estudos amplos e detalhados, nomeando-se Comissão para tal fim. Sei que há pessoas que desacreditam no trabalho das Comissões, mas este é o formato vitorioso, frequente e amplamente utilizado no Clube. Como exemplo eu cito as próprias Comissões que estudaram as alterações do nosso Regimento Eleitoral – Já retornarei a essas Comissões – A Comissão que estudou as alterações das condições da Veteranice, por exemplo, a Comissão que propôs a criação da Comissão Permanente de Processamento e Julgamento, a Comissão que selecionou a KPMG para estudar o diagnóstico de nossa governança e tantas outras. Sei bem, Presidente, que o senhor não comunga dessa descrença, por exemplo, Membro que foi da Comissão de Redação da proposta de 2003 que instituiu a proporcionalidade. E haja vista ainda o estabelecimento de comitê de governança e compliance, resultado de nomeação conjunta pelas Presidências do Conselho e da Diretoria, respectivamente durante a sua gestão e do ex-Presidente Cappellano. Comitê que vem exercendo um trabalho excelente sob a coordenação do Conselheiro Alexandre Lomonaco, de que tenho orgulho de fazer parte juntamente com a Sra. Vice-Presidente da Casa, Dra. Souza Coelho, além de outros ilustres Conselheiros e associados. Comentando sobre as Comissões que estão analisando as duas grandes alterações de nosso Regimento Eleitoral. Do primeiro caso, de 2003, foi um ano e

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quatro meses entre a nomeação da Comissão e aprovação da medida. Nomeada em 30 de julho de 2002 pela Resolução 2/2002, a Comissão composta por ilustres Conselheiros e presidida pelo não menos ilustre e também muito querido Conselheiro Pedro Paulo, apresentou proposta de introdução de importante aperfeiçoamento em nosso Regimento para a Eleição Parcial do Conselho e implantando a proporcionalidade no certame, para renovação do terço de nossa Casa. A proposta foi aprovada em 24 de novembro de 2003, data em que se realizou a 506ª Reunião deste Conselho. Instrumento essencial na democracia representativa, a proporcionalidade garante a representatividade das minorias. No segundo, de 2015, decorreram-se três anos e três meses entre a nomeação da Comissão e aprovação da medida. Aqui, a Comissão, nomeada em 27 de agosto de 2012 pela Resolução 12/2012 e composta por nove igualmente ilustres Conselheiros, presidida inicialmente pelo Dr. Evandro Cimino e posteriormente pelo ex-Presidente da nossa Casa, Dr. José Manssur, apresentou proposta que simula a diminuição do tamanho das chapas e em consequência a desconcentração de candidatos e poucas chapas, aumentando a disseminação de candidatos entre as várias atividades, departamentos e seções. Em ambos os casos claramente se privilegia o que nos torna fortes, a diversidade e a pluralidade de atividades e propostas. Em ambos os casos houve tempo mais que suficiente para análises, estudos, ponderações. E não poderia ser diferente, nosso Clube tem mais de 60 atividades esportivas, inúmeras atividades culturais e sociais, além de uma pujante oferta de bares e restaurantes. Há que se garantir a representatividade de todas essas facetas. Repito “Claramente uma das razões de nosso sucesso reside nessa diversidade”. E essa diversidade só pode ser mantida, estimulada com incentivo ao diálogo, a representatividade, a participação e a auscultação de todos. Todos e cada um dos associados podem, merecem e devem ser ouvidos. Fiel a conceito de a todos ouvir? Eu fui verificar as razões da proposição, da proposta. Resumindo, eis o que vi: O processo está muito bagunçado porque há muitas chapas, não dá para um Presidente negociar com tantas chapas. Pessoas com menos votos são eleitas e outras com mais não o são. Não podemos admitir que o associado X ou Y forme uma chapa. Concorra e seja eleito. O Conselho está muito tenso, é melhor reduzir os grupos para que um grupo menor de pessoas conduza a administração. Pessoalmente, eu acho todos esses argumentos constrangedores, reveladores de uma indisfarçável vontade de garantir uma reserva de mercado a determinados grupos e a determinados Conselheiros, uma mera análise quantitativa dos signatários da proposta original o confirma. Passemos rapidamente para esses argumentos, comentando-os. O primeiro, o processo está bagunçado. Onde? Como? Qual é o problema de haver duas, cinco, 15 ou 20 chapas? Perguntaram-me se havia no Clube 13 ideologias. Respondi que certamente não, até porque nosso caso não é de ideologias, mas de atividades. E dessas, temos 60 esportivas, afora as culturais e sociais e é insustentável esse argumento. Segundo, não dá para um Presidente negociar com tantas chapas. Como não? Inicialmente, registre-se que negociar na posição de Presidente de nossa Agremiação é essencial, inerente ao cargo. Difícil? Pode ser, mas é ônus do cargo, que é voluntário e ninguém está obrigado a aceitar. De mais a mais em nosso caso sempre há dois ou três grandes grupos, um ou dois médios e alguns pequenos. Qual a dificuldade? Atualmente dois dos grandes coligados somam cerca de 90 Conselheiros. Juntamente com médios têm 140. Esses quatro estão coligados, onde há dificuldade? E finalmente, eu nunca soube de um

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Presidente sequer que se furtasse a ouvir as demandas dos associados fosse qual fosse a atividade por ele praticada. O terceiro argumento, pessoas com menos votos são eleitas e outras com mais não o são. Essa razão oficial apresentada pelos subscritores da proposta. Mas essa é precisamente a razão do critério da proporcionalidade. Não fosse assim as minorias seriam representadas, não se garantiria espaço a elas. Aqueles que reclamam por não terem sido eleitos esquecem que concorrem com candidatos de sua própria chapa, é o processo de seleção natural. Num grupo grande para se sobressair há que realmente ter os votos, pois esse grupo reúne a maioria. Para sanar esse hipotético problema, a proposta afirma que o fato de haver chapas com números distintos de candidatos provoca distorções. Afirma, mas não explica como essas distorções se formam. E essa afirmação não encontra guarida em nenhum sistema eleitoral. Houvesse essa distorção, todos os partidos políticos de todos os sistemas eleitorais de democracia representativa deveriam apresentar sempre o mesmo número de candidatos. Presidente – O senhor está finalizando, Dr. Andreas? Seu tempo acabou. ... Não por mim, mas pelos demais. Andreas de Souza Fein – Tudo bem. Vou finalizar, pulando para o último argumento. O Conselho está muito tenso, é melhor reduzir os grupos para que um grupo menor de pessoas conduza a administração, pois quando o grupo dirigente era menor havia menos ruído, menos discussões e isso era melhor para apaziguar o Clube. Eu acho de uma sinceridade singela e tocante esse argumento “Menos falando é melhor, todos devemos entregar nossos rumos a um pequeno e iluminado grupo e nos curvarmos aos seus ditames. Finalizo, Presidente e caros Pares, com duas propostas. Teria mais argumentos, mas dando vez aos outros eu vou finalizar. Ricardo Malanga (aparte) – Só quero entender, caso essa proposta seja aprovada um sócio não pode mais se candidatar sozinho? Andreas de Souza Fein – Não pode. Ricardo Malanga – Ele é obrigado a pedir guarida numa chapa? Que aqui não deviam existir chapa. Tem que ter um número de pessoas? Andreas de Souza Fein – 70 candidatos: 59 no Grupo B e 8 no Grupo A. Ricardo Malanga – Se ele não conhece as 70 pessoas do partido ele vai ter que ser um voto como? Se for eleito vai fazer o voto do grupo? Andreas de Souza Fein – Não sei, Conselheiro. Presidente – Dr. Malanga, essa eu respondo ao senhor: Se ele for eleito, como todos nós, cada um tem seu voto individual. Ricardo Malanga – Não é verdade, é o senta, levanta, tem ordem de votos aqui.

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Presidente – Desculpe-me, assim o senhor está ofendendo todos nós Conselheiros que estamos aqui. Ricardo Malanga – Observa. Presidente – Não é assim, senta, levanta. Ricardo Malanga – Observa. Presidente – É a sua opinião também, não tem problema nenhum. Ricardo Malanga – Minha opinião. Presidente – Obrigado. Andreas de Souza Fein – Finalizo então, Presidente, meus caros Pares, com duas propostas. Primeira, que se submeta ao Plenário a retirada de pauta da proposta e de suas emendas e que seja formada uma Comissão para estudar eventuais alterações de nosso Regimento Eleitoral, visando efetivamente privilegiar a representação dos associados e o aperfeiçoamento do nosso modelo, tornando-o cada vez mais inclusivo. Caso o tema, e a segunda proposição, Presidente, é a seguinte. Caso o tema e suas emendas não sejam retiradas de pauta eu proponho que as votações das emendas e da proposta original sejam nominais. Esses os meus comentários, Presidente, meus caros colegas. Muito obrigado pela atenção. José Manssur – ... Há debates, Presidente, que devem ser travados não apenas em razão do relevante tema em discussão, mas, sobretudo, pela reafirmação dos valores caros a quem os defende. Não deve desprezar-se uma coisa, o pensamento não é meu, é de Leonardo da Vinci, ou de uma ideia, se não depois de compreender integralmente esta coisa e esta ideia. Diante da proposta principal, Presidente, conhecedor um pouco ao longo desses 30 anos de Conselho, seis dos quais no exercício da Presidência desta Casa, tempo de duração que antes só fora exercido pelo pranteado Dr. Francisco Lotufo, deu-me a condição, Presidente, de refletir sobre a proposta principal. E sabedor que se algo não viesse diferente nós a teríamos como aprovada. Razão pela qual, Presidente, independentemente de qualquer dos resultados que vier aqui a ser obtido neste momento vou pugnar conscientemente a bandeira da missão cumprida, porque a partir do momento que uma singela emenda pessoal, por mim feita e assinada, sem qualquer epíteto ao lado do nome, que não a de Conselheiro, como determina o Regimento, e vou chegar lá, dar-me-ei por satisfeito. E dar-me-ei, Dr. Francisco Collet, como tendo cumprido a missão que sempre jurei e jurarei sempre enquanto assim puder de honrar as tradições, a soberania e a independência desta Casa. A proposta principal, Presidente, pretende alterar a atual redação do §5º, do Art. 1º, do Regimento para Eleição Parcial do Conselho de modo a estabelecer, se aprovada, o limite do número de candidatos admitos ao pleito eleitoral que ocorre a cada biênio nos anos pares o mesmo número de vagas disponíveis a serem preenchidas em cada grupo, destinadas à imprescindível categoria de Veteranos. E aos associados pertencentes ao quadro social há 10 anos

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pelo menos e com 18 anos de idade no mínimo. Tenho para mim, respeitadas as compreensões em contrário, que a proposta principal se aprovada como formulada, asfixiará a participação minoritária de representantes do corpo associativo neste Colegiado maior, para assim se concluir, Presidente, suficiente a leitura da justificativa apresentada na proposta principal, a permitir-se concluir com mais absoluto respeito que visou a alijar a participação política de grupos minoritários desta Casa, suprimindo a voz de quem reconhecidamente e necessariamente há de ter vez. E fico feliz que copiaram esta mesma frase numa determinada emenda modificativa. Aliás, não somente isto, e sem ressalva da autoria. A proposta principal ademais, Presidente, caso venha a ser aprovada, – com absoluto respeito, digo e os senhores sabem a forma lhana, embora com a firmeza das palavras com que me comporto quando transmito as minhas singelas ideias, a proposta principal consagra indiscutivelmente a tirania da maioria – busca criar de forma anômala ou atípica aquilo que se denomina cláusula de barreira. Está errado. E aqui temos elemento que pertenceu ao parlamento. Cláusula de barreira é limitação ao exercício do mandato àqueles partidos que, porventura, não tem um desempenho fixado nas normas regimentais das organizações partidárias e ficam tolhidos de horário na televisão ou do recebimento de fundos políticos partidários. Fui estudar, Dr. Gasparini, Dr. Montoro, e notável jurista espanhol, em pesquisa feita junto a conselhos internacionais estabeleceu em sério estudo social e jurídico, que os limites impostos em pleitos eleitorais justificam-se pela necessidade de se corrigir eventuais inconstâncias no sistema de eleição proporcional, e nada mais. E é o que está aqui a se discutir. Quando faltar, e tenho esta consciência, como disse o Dr. Serine e Dr. Fein, uma racional representatividade no Conselho Deliberativo, ele estará sempre sujeito aos caprichos de um grupo majoritário a conduzir a discussão e a deferir uma votação. Faz parte da democracia. Mas não se esqueça que a democracia obtém-se o consenso a partir do dissenso da divergência. Por isso, de rigor, a preservação de um equilíbrio proporcional, dando-se oportunidade a grupos minoritários, constituídos de forma racional, considerando o princípio da igualdade de chances, que venham nesta Casa representar o corpo associativo. A proposta por mim apresentada diante deste quadro teve um critério, Dr. Eduardo, um critério aristotélico, fundado em que a virtude se encontra na possibilidade In medium virtus. Diante da apresentação que buscava coincidir o número de vagas ao número de candidatos, sentindo eu, como num aparte aqui foi dito, eventual dificuldade de se formar um grupo com 70 nomes, que é o número de vagas postas habitualmente em licitação, fui buscar neste princípio no afã exclusivo, e parece que vou conseguir. E por isso que disse que qualquer que seja o resultado empunharei a bandeira da vitória, uma solução intermediária, porque não nos é difícil constituir um grupo formado de 35 associados, sendo 31 maiores de 18 anos, com a oportunidade de votar e ser votado, porque aos 16 pode votar, Dr. Serine, mas não podem ser votados, e nem por isso se diz que é inconstitucional a norma que se estabeleceu. Como não é inconstitucional a norma da Constituição da República Federativa do Brasil, que estabelece que para ser Presidente da República mister ser com idade superior a 35 anos, mas o de 18 pode votar, o de 16 também. Então, vamos precisar os conceitos, este é um colegiado de 75 anos de história que merece ser preservada. Doutro lado, Presidente, o que temos? Também certo radicalismo, permitam-me dizer. Grupos menores, pequenos, que sem embargo da representatividade prestam-se apenas na maioria das vezes, como

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função principal, a criar aquilo que se chama quer deleteriamente aqui, como fora estamos a ver os momentos críticos que estamos a passar, aqui eu digo gestão de coalisão, e fora eu digo presidencialismo de coalisão. Isto não é bom e é por isso que se buscou na proposta principal, e vou concluir, Presidente, terminar-se com esta situação tão radical. Nos extremos busquei o meio. E agora, Presidente, louvando-me no dispositivo regimental, que me permite a concessão, e lhe peço, de cinco minutos para concluir. - Manifestação de Conselheiros no plenário.

José Manssur – Dois minutos, Presidente. Presidente – Dr. Manssur, como falei ao Dr. Fein, em respeito ao Plenário, não é comigo. José Manssur – Perfeito. Vou concluir. ... Surgiu, Presidente, uma emenda modificativa. Peço que os senhores a vejam, propondo 70%, não sei por que não 80, não sei por que não 60, apresentada por e-mail, onde se diz que três outros Conselheiros acompanham, os senhores olhem, o material está aqui, que não há a assinam. Não precisava, bastava um, mas não está assinada. E colocado o nome dos ilustres Conselheiros epítetos, identificando grupos políticos que só existem nesta Casa após as eleições, e eles terminam. E só se servem para convocação de Suplente para Titular. Este Conselho não admite pressão, porque se não fosse por pressão não haveria necessidade da adjetivação ao lado dos honrados nomes que subscreveram a proposta modificativa aleatoriamente dos 70%. A palavra está com os senhores, se não houver o acolhimento da questão de ordem, se não houver a retirada de pauta estaremos entre duas posições: ou 100% consagrando a tirania da maioria, ou a proposta intermediária que busca salvaguardar os princípios democráticos desta Casa. Marcelo Favalli (aparte) – A título apenas de esclarecimento, ouvi com muita atenção a vossa fala e dos Conselheiros que o antecederam. Como o senhor é uma pessoa muito informada, pesquisou e sempre faz isto, realmente não tenho essa informação, perguntarei ao senhor. José Manssur – Sim. Marcelo Favalli – Obviamente, está claro em sua proposta que o senhor está flexibilizando a proposta inicial em 50%, isso está claro a todos. José Manssur – Absoluto. Marcelo Favalli – Gostaria de pedir a informação ao senhor, se o senhor a tiver. Quantas foram as chapas? José Manssur – 13. Marcelo Favalli – Quantas delas possuíam mais de 35 candidatos?

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José Manssur – Não sei lhe precisar o número, mas muitas delas ou a grande maioria não possuía este número que o senhor coloca. Marcelo Favalli – Nada obstante, Dr. Manssur, o senhor não acredita que estaríamos de certa forma, respeitando obviamente vossa opinião, cerceando o direito de eventuais associados que queiram... José Manssur – Mas o senhor não tenha dúvida. Marcelo Favalli – Desculpe-me, apenas para terminar o meu raciocínio José Manssur – Claro. Marcelo Favalli – Na hipótese de eu tentar a candidatura nas próximas eleições. Muito bem. Eu tenho que me associar a ao menos, se vossa proposta for aprovada da forma como posta, a 35 pessoas. Eu jamais poderia me reunir com um grupo pequeno, como o senhor já disse, a maioria das chapas não contém 35 candidatos. Não estaríamos de certa forma cerceando, repetindo aquilo que já existe? José Manssur – Veja o senhor, estava presente quando se concebeu a proposta principal. Recusei-me expressamente a assiná-la, para assinar e ver esses princípios. Agradeço as suas palavras, mas o senhor me acompanha há anos e sabe que procuro não lançá-las em vão. Se o senhor verificar a proposta principal, é por isso que digo que estou empunhando a bandeira da vitória qualquer que seja a derrota, muitos dos que assinaram a proposta principal tiveram aquele momento sábio de reflexão e subscreveram a de 70%, que se aproxima um pouco da principal, mas não chega na medida da virtude, que é aquela que apresentei. E agora lhe respondo, eu a fiz, sem embargo das suas considerações, do Dr. Serine e Dr. Fein, que são perfeitas e que certamente virão reforçadas pela figura ilustre do Dr. Francisco Collet, por uma única razão. Se não apresento a de 50 e não viesse nenhuma outra nós teríamos, ou a de 100%, ou como está. E como o senhor acha que seria a votação? O senhor que tem tanta experiência no Conselho, já não deu para o senhor adivinhar? Então, entre a figura deletéria dos 100% eu fui buscar a minimização nos 50%. E reitero aqui o pedido do Dr. Fein, esta votação há de ser nominativa, porque o corpo associativo tem o sacrossanto direito de saber como cada um dos Conselheiros irá votar. Celso Luiz Borrelli (aparte) – ... Quero aproveitar a sua fala. A primeira pergunta o senhor já me respondeu, por que o senhor fez a proposta dos 50%. José Manssur – Para combater a principal. Celso Luiz Borrelli – Eu entendi perfeitamente. Mas faço outra pergunta que não entendi, que foi no final da sua fala, na sua fala principal. No final da sua fala principal o senhor citou duas outras falas, a do Conselheiro Serine e do Conselheiro Andreas. E na minha interpretação, sim ou não, o senhor até priorizaria qualquer uma delas em detrimento da sua.

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José Manssur – Mas não tenha dúvida, a questão de ordem compete ao honrado e competente Presidente dirimi-la ou submetê-la ao Conselho, não vou antecipar meu ponto de vista. A do Conselheiro Fein vem permeada pela prudência. O senhor viu o histórico que ele fez. Se ouve várias Comissões a fazer, e participei de todas, este Regimento Eleitoral seria talvez e certamente prudente, mas aí é o Plenário que deliberará e o Presidente constituirá, uma Comissão capaz de com calma, com tranquilidade examinar esta questão. E agora o senhor me dá uma oportunidade, médico ilustre, o que o Presidente decide não se justifica mais, mas os senhores estão vendo que quando pedi a inversão de ordem eu tinha um pouco de razão. Celso Luiz Borrelli – Uma última pergunta que quero que o senhor responda sim ou não também, por causa do tempo que a gente tem. Na sua consideração e com todo seu cabedal jurídico, aqui foi levantada uma possibilidade de esta proposta, seja ela 100, 70 ou 30% ser anti estatutária. A minha pergunta: O senhor considera isso anti estatutário? Sim ou não. José Manssur – Não poderei me sobrepor, embora tenha opinião a respeito, porquanto esta decisão e eu respeito hierarquia, é do Presidente do Conselho, porque se S. Sa. entender que é anti estatutária ele acolherá a questão de ordem, a matéria sai de pauta. Entendo até que S. Sa. fosse fazê-la quando graças à intervenção do Presidente de sempre, Dr. Francisco Carlos Collet, o Dr. Serine explicou que é questão de ordem. E questão de ordem envolve todo o trabalho, porque estamos aqui a discutir, se S. Sa. acolher a questão de ordem, a discussão nunca se perde, mas tornar-se-ia inócua. Então, para não me sobrepor ao Presidente não falo. Se ele abrir a discussão desta questão eu me pronunciarei. ... Mas ao citar o jurista espanhol eu praticamente respondi: limitações a processo proporcional são perfeitamente possíveis de serem formuladas. Celso Luiz Borrelli – Muito obrigado. Andreas de Souza Fein (aparte) – Apenas complementando o aparte do Conselheiro Favalli. Das 13 chapas em 2018, apenas duas tiveram mais do que 35 candidatos. Apenas isto, Dr. Manssur. José Manssur – Com muita honra. Luiz Eduardo Fernandes – ... Primeiramente, me dirijo à Mesa, antecipando a questão que o Dr. Manssur colocou, se o Presidente tem a intenção de aceitar a ordem, porque aí meu discurso fica no vazio se o senhor for acatar é anti estatutária. Presidente – Ao final e ao cabo de todas as manifestações eu vou me manifestar. Luiz Eduardo Fernandes – Bom, já que é assim, então, vamos lá. Senhores, boa noite novamente a todos vocês aqui. Num passado distante um signatário que inicia essa propositura colocou em uma reunião, que tempo era posto, como que querendo dizer que quem estava há mais tempo na chapa tinha prioridade e a sua opinião valeria mais do que a dos outros. Esta proposta traz na sua argumentação que deseja um

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pleito mais justo, porém, essa modificação vai causar exatamente o contrário. Quando mudamos a regra eleitoral no passado visávamos exatamente a participação das vozes da minoria. Queríamos evitar a polarização. Queríamos acabar com o azul contra o amarelo. Uma chapa grande, senhores, tira a individualidade do Conselheiro. Vemos constantemente aqui em votação um voto em bloco de chapas. Já vi aqui até cenas bizarras de Conselheiro se levantando para votar e o colega de chapa mandando o mesmo se sentar para acompanhar as ordens da liderança. Ora, quem vota a mando de outrem não merece ser Conselheiro. Vocês Conselheiros tem que ter personalidade, tem que ter consciência, devem honrar o voto que receberam. Esta proposta visa claramente ajudar um determinado grupo, uma chapa que não conseguiu ter candidato próprio à Diretoria. E agora correndo o risco de acabar, implodir, vem com essa manobra de alteração. Conselheiro Arlindo, já vi o senhor aqui defender a participação de minorias. O Conselheiro Vassellucci fez um pronunciamento enfático aqui na tribuna contra a polarização das chapas, contra o Fla-Flu. Ao pessoal da Participação lembro que esse grupo começou com cerca de 15 pessoas. Eu fui um dos fundadores. Concorri pelo grupo no início do grupo. Fui eleito. Aos nobres Conselheiros que apresentaram emenda e que fica em tese chapa de um homem só, lembro que para isso já existe o coeficiente eleitoral. É uma cláusula de barreira que em tese dificulta ao extremo essa possibilidade. Nunca vi uma chapa de um homem – Tem aí o Higino Carlos que tenta todo ano. - Risos no plenário.

Luiz Eduardo Fernandes – Se aprovada essa proposta, o sócio não vai gostar, ela é antidemocrática, vai macular ainda mais a imagem que os sócios têm nos dias de hoje do Conselho, da opinião pública. Me parece até, como já foi dito aqui, que essa proposta conflita com o Estatuto, o artigo que diz que o sócio tem direito de votar e ser votado. Se aprovada, o sócio para ser votado terá que primeiro entrar numa chapa grande. Aceitar suas regras. Vestir o cabresto. Obedecer aos mais antigos. O que está errado em minha opinião, senhoras e senhores, é exatamente a necessidade de chapa. Em minha opinião tinha que acabar com essa história de chapa. Arrisco até a dizer que metade dos que assinaram a propositura inicial não seriam eleitos sem ajuda do voto de chapa, individualmente fracassariam. Só conseguem ser eleitos com voto da turma. Solicito, então, senhoras e senhores, que essa proposta seja rejeitada de pleno, porque ela é restritiva contra as liberdades individuais. Me despeço dos senhores citando o matemático Pascal “Eu não tenho medo de mudar de ideia, pois não tenho medo de pensar”. Francisco Carlos Collet e Silva – ... Não poderia deixar de participar desse debate porque reputo a matéria sobremodo importante e relevante, que diz mesmo respeito aos direitos dos associados de serem representados e representar. Não é possível dentro do nosso sistema aqui do Clube Pinheiros pretender-se mitigar o direito de associado a candidaturas. O associado tem inerente a ele o direito de se candidatar, o direito de ser Conselheiro. Pretender impor ao associado interessado em ser Conselheiro, candidatar-se por uma chapa com o mínimo de candidatos, 100, 50, 70 é algo que não se coaduna com o sistema inclusivo eleitoral partidário do Esporte Clube Pinheiros. Nós temos que de início observar o seguinte, no Clube Pinheiros não tem partido político, isso inclusive é alvo de uma vedação estatutária. Então, aqui

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confunde-se com frequência a existência de chapas com a existência de partidos políticos. No Clube Pinheiros não existem, graças a Deus, partidos políticos, até porque não há ideologias que informassem a existência de qualquer partido político. As chapas têm uma existência precária, após a eleição dos Conselheiros persiste apenas para convocação de Suplência. Chapa é efêmera, ela tem natureza jurídica precária. Bom, mas por que então nós temos chapas? Isso foi objeto de discussão quando houve aqui no Esporte Clube Pinheiros adoção do voto proporcional. Evidentemente que o voto proporcional não prescinde da existência de chapas, pode ser de um candidato, mas não prescinde da existência. Discutir agora eleição proporcional, quer dizer, o sistema da proporcionalidade de votos em qualquer lugar do mundo. Eu, para ser sincero, nas democracias ocidentais não conheço um país que não adote a proporcionalidade. Agora, poderia haver a proporcionalidade se houvesse candidaturas individuais, quer dizer, cada associado votaria apenas em um Conselheiro, aí seria naturalmente proporcional, porém, há uma tradição, até acho muito boa, aqui no Clube Pinheiros, que possibilita aos associados votarem em mais de um candidato ao Conselho, inclusive de chapas distintas. Portanto, foi feita a proporcionalidade, inclusive que informa coeficiente partidário que dá o número de candidatos eleitos por chapa. Isso é fundamental que ocorra. Então, de certo modo pelo sistema que o Clube Pinheiros adotou, o que existe é uma eleição de certo modo individual, porque é proporcional o voto auferido em cada chapa. Aqui há uma distorção, que não queria explorar agora porque não é o momento. A contagem de votos internamente da chapa, ao contrário do que ocorre com as chapas em si, ela é feita de forma sem proporcionalidade, direta. Quer dizer, um Conselheiro se candidata e tem um voto. Outro eleitor vota nessa mesma chapa, mas vota em 10 Conselheiros. Não há pesos nisso, para cada um vai contar um voto absoluto. Isso causa sim distorção inclusive em classificações internas de cada chapa. Mas isso pode ser objeto de outro pronunciamento. Agora, importante que os Conselheiros, associados entendam, porque eu já vi também muitas manifestações, até honestamente, que digo “Mas não é possível, tive 300 votos, o outro Conselheiro teve 100 votos e foi eleito”. Não faz o menor sentido esse tipo de argumentação numa eleição proporcional e a proporcionalidade é necessária. Evidentemente que se obrigar pessoas a se candidatarem por determinadas chapas, elas podem ter dificuldade em se eleger internamente por não participar eventualmente do grupo majoritário, do grupo que lidera essa chapa. Quer dizer, há problemas práticos que vão influenciar muito. No meu modo de entender é muito claro, quer dizer, como o Conselheiro Luiz Eduardo se manifestou aqui, já há uma cláusula de barreira, vamos chamar assim, natural, que é o quociente partidário. Quer dizer, se o sujeito se candidatar sozinho dificilmente vai atingir o índice. Há sim chapas pequenas que correm o risco de muitas vezes de não eleger nenhum candidato. Quer dizer, então já há um controle disso. E particularmente também acho muito positivo dentro do Clube Pinheiros que haja sim multiplicidade de chapas, multiplicidade de candidatos, isso arejaria o debate aqui no Clube Pinheiros, favoreceria esse debate, a tomada de decisões. Isso é muito importante que aconteça no Clube. Vejo uma vantagem muito interessante para o Esporte Clube Pinheiros que haja várias chapas, que haja inclusive candidaturas individuais. Quer dizer, acho isso muito importante, vejo que isso vai ao encontro do espírito pinheirense, que é um espírito de competitividade. Quer dizer, temos que afastar qualquer questão que dificulte a candidatura de associados, exceto

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aqueles previstos no Estatuto. Aqui tem que fazer um parêntese, senhoras e senhores, não quero me alongar. As restrições à candidatura de associado vêm, são feitas no Estatuto, como que indicando ao legislador estatutário que as restrições deveriam constar também de Estatuto. Eu faço isso em atenção à manifestação do Conselheiro Rodolfo Serine. Mas eu queria terminar, dizendo o seguinte, há um livro, Dr. Manssur, Jean-François Revel, que tem o nome “Tentação Totalitária”. É que infelizmente é isto que está acontecendo aqui no Esporte Clube Pinheiros. Quer dizer, vamos restringir a possibilidade do associado livremente se candidatar. Quer dizer que esse candidato tem que se impor à vontade das lideranças de cada chapa e muitas vezes sendo obrigado “Se você for eleito apoiará isso, apoiará aquilo, votará nesse ou votará naquele”. Isso não tem o menor sentido, não pode acontecer isso no Esporte Clube Pinheiros. O Esporte Clube Pinheiros por natureza é voltado ao esporte. O esporte é competitivo, o esporte é, sobretudo, democrático. Faço um apelo, Srs. Conselheiros, reflitam sobre essa matéria, é muito importante e de consequências graves. Muito obrigado. Marcos Martins Paulino – ... Faz tempo que não venho a esta tribuna, porque sempre procuro martelar dois freios pessoais para não aborrecê-los. Um é que não gosto de falar sobre assuntos dos quais não entendo e o segundo é não vir repetir as mesmas coisas que outros mais brilhantemente já o fizeram na tribuna. Por isso tenho me ausentado há tempos. Mas hoje abro uma exceção, não pelo segundo quesito, mas mais pelo primeiro. É uma matéria que por acaso me é muito familiar. Lidei com ela durante muito tempo da docência, que é o chamado sistemas eleitorais. Gostaria de em minha manifestação, mais do que defender as propostas em tese aqui, embora tenha minha opinião, defendo as propostas colocadas, é tentar contrapor um pouco uma coisa que muitas vezes em nome da democracia, que tem um valor sublime, importantíssimo, se pratica o democratismo, que é uma coisa um pouquinho diferente. Para usar uma imagem chocante e antipática de certa forma, um pouquinho vulgar, costumo conversar às vezes com os motoristas de taxi, que são os profissionais que militam no trânsito de São Paulo o dia inteiro, diferentemente da gente que é de vez em quando, não há nada mais diferente, que provoque sentimentos diferentes do que você olhar um motoboy pintando e bordando no trânsito, como eles costumam, fazendo verdadeiras misérias, arriscando a vida de uma maneira absurda e agressivamente, o sentimento que se tem ao olhar este indivíduo se comportando daquela maneira selvagem no trânsito é um. Quando ele está deitado ao lado da moto e o SAMU recolhendo, todas as pessoas que passam ao lado tem o sentimento oposto “Coitadinho dele”. Mas não se viu o que ele fez o dia inteiro. Estou colocando essa metáfora um pouco vulgar, porque é mais ou menos isso que acontece quando se vai discutir direitos e limitação a direitos. É fácil a gente chegar aqui “Estão limitando os direitos, estão tirando os direitos”. Toda vez que se disciplina qualquer matéria está limitando direito, não há como viver em sociedade, não há como legislar dando direitos amplos e ilimitados, isso não existe. Aliás, um dos problemas do mundo atual, saindo um pouco do tema, estamos com muitos direitos e poucos deveres. Mas isso é outro assunto, não vamos aqui entrar nisso. Temos dois aspectos aqui muito claros em discussão. Um é a questão teórica e outro é a questão prática dos interesses envolvidos. A questão teórica, senhores, precisamos ter clareza, Dr. Collet falou disso aqui – É uma pena que não tenha um PowerPoint aqui, um

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antigo quadro negro – mas a questão do quociente eleitoral, do sistema proporcional é muito importante que a gente tenha claro isto. Todas as propostas que estão colocadas aqui hoje não são ótimas. Sabe por que não são? Porque são remendos. O Clube Pinheiros está vivendo, quando pensa em melhorar o seu sistema eleitoral, de remendos. Por que ele está vivendo de remendos? Porque ele tem um pecado capital, um vício de origem, como a gente diz, no sistema dele. Para corrigir o sistema anterior, que não era proporcional, que era um absurdo, quem fazia 51% dos votos levava todas as vagas. Ele adotou o sistema proporcional, que é justíssimo, mesmo quando um candidato faz mil votos e não é eleito e o outro que fez 500 é eleito. Por que ocorre isso? Por causa do quociente eleitoral. O que é o quociente eleitoral? É o total dos votos válidos da eleição dividido pelo número de vagas a serem ocupadas. Portanto, se eu tenho 1 milhão de votos válidos e 100 vagas para serem ocupadas, o quociente eleitoral é 10 mil. O que é o quociente eleitoral? É o número mínimo para um candidato ocupar a vaga, 10 mil. Então, o que pode acontecer? Um partido fez 500 mil votos dividido pelos 10 mil, faz 50 candidatos eleitos, assim sucessivamente. O outro fez 300 mil, 30 candidatos. Aí vem um partido lá embaixo, fez 5 mil votos, como o quociente eleitoral é 10, ele não vai eleger nenhum candidato. No entanto, nos 5 mil votos dele pode ser que tenha um candidato que tenha 4 mil votos, que é voto para caramba. E no partido que elegeu 50 candidatos tenha vários candidatos que não tenha esse número, tenham menos. Onde é que está a injustiça? Não tem injustiça nenhuma, por quê? Porque o sistema proporcional visa representar a sociedade, as parcelas da sociedade, não há outro meio, ainda não inventaram no sistema proporcional. O que é mais importante é o partido, é a chapa, é o segmento que representa. Na base do sistema proporcional, que é o adotado no Clube Pinheiros não existe o indivíduo, existe ele associado a ideias. Por que existe essa previsão, essa preferência? Por que acho que as pessoas têm que se associar em ideias, em princípios, é isto que tem que ser representado, é aí que tem que se unir. Não que individualmente ache isso, desculpe-me, numa sociedade, numa representação mais ampla. Lá em sua casa pode ser que você debata essa tecla, agora, numa comunidade de 10 mil, 20 mil, 30 mil ou um milhão de pessoas não tem essa individualidade. Então, desculpem-me com todo o respeito, é um democratismo vir aqui e dizer “Vamos limitar que o indivíduo não possa”. Não estou limitando nada, ele pode sim. “Não, ele tem que ficar com o cabresto das lideranças”. Não necessariamente, se ele se associar às pessoas que são contra os cabrestos da liderança e montar o grupo novo também poderá representar. O que não pode haver realmente é essa preferência, essa superestimação do indivíduo. Isto é o que está causando no Brasil o problema que está causando a presidência de coalisão, o Dr. Manssur falou bem aqui, é inadministrável isso. Aliás, há uma fila já no TSE de mais 10 ou 15 partidos. Lá as explicações são de outra natureza, mas são primas: lá é fundo partidário, é um ótimo negócio montar um partido no Brasil, que não é o nosso caso. Mas aqui também há interesses bastante pessoais, não vamos negá-los. Então, estas propostas que estão aqui não são ótimas, o que tem que se mudar é o sistema no Pinheiros sem dúvida. Mas sem dúvida nenhuma, seja a de 100%, a de 70 ou a de 50%, elas têm o objetivo de melhorar a representatividade. E mais do que a representatividade, a governabilidade do Clube. Sem dúvida nenhuma quem já esteve sentado nas Diretorias pode dar esse depoimento, não é o meu caso, mas por experiência em outras atividades. Então, só queria dizer a vocês que ninguém está em absoluto, ao

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fazer essas propostas, não vamos aqui pousar que um lado é vilão e o outro é o mocinho, não é isso. Há uma preocupação concreta em se melhorar a representatividade, esse é o interesse dessas propostas. E essa balela de que “Não, de que vão ser as maiores chapas”. Maiores chapas, um dia é um, outro dia é outra. O Conselheiro Ado disse antes aqui, que me antecedeu, que ele já foi fundador de um grupo que na época era pequeno, minoritário. Depois cresceu. E assim é a sucessão, porque está nas ideias, nas propostas a verdadeira força da representatividade. O grande erro aqui no Clube do sistema proporcional, onde é que está o Frankenstein? É que adotamos o sistema proporcional e cada sócio vota em quantos quer, isso distorceu totalmente o sistema, essa é uma doença incurável aqui, isso deixou o sistema completamente desiquilibrado e nos deixa aqui discutindo remendos. Era isso que tinha a falar. Obrigado. Luiz Eduardo Fernandes – Presidente, só para esclarecer ao Conselheiro, como fui citado. O número que coloquei na minha fala é infinitamente inferior ao que está se propondo. Essa proposta, até a do nobre Manssur de 50% tolhe realmente a representatividade. Uma hora o senhor defende partidos. O Collet fala que no Clube não existe partidos. Se temos um vício de origem vamos retirar essa proposta, vamos criar uma Comissão e estudar o assunto. Mas não vamos começar botar remendo numa calça que já está rasgada. Obrigado. Presidente – Obrigado, Conselheiro. Regina Helena Secaf (aparte) – Gostaria de saber o seguinte, como o Collet falou, a gente não tem chapas e elas se diluem no final das eleições, a representatividade unitária das pessoas é importantíssima. Você não vê assim? Marcos Martins Paulino – Não, pelo seguinte, acho que já expus mais ou menos. Não concordo com meu ilustre amigo e companheiro das arcadas Collet, quando ele diz que não temos partidos. Literalmente ele tem razão, mas na verdade acabamos tendo “partidos”, as chapas se equivalem a partidos para efeito do funcionamento do nosso sistema proporcional. Se adotamos o sistema proporcional não dá para ter essa visão unitária. Aliás, outra imprecisão que foi cometida aqui, que todo lugar do mundo adota o sistema proporcional. Não é verdade, tem lugar que adota o sistema distrital, por exemplo, que não é o proporcional, é diferente. Regina Helena Secaf – Obrigada. Francisco Carlos Collet e Silva – Conselheiro, meu amigo Marcos Paulino. Apenas que a Conselheira Regina mencionou que eu disse que não existia chapas. Marcos Martins Paulino – Você disse que não existia partidos. Francisco Carlos Collet e Silva – Obrigado. Francisco Flaquer Filho (aparte) – Entendi perfeitamente suas considerações. Em parte, eu concordo, mas não acha que devido ao que você mesmo disse, não está na

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hora então de a gente rever todo o sistema eleitoral do Clube? Por que você concorda que vamos continuar fazendo remendo do remendo? Você acabou de dizer que está tudo errado, ou que parte disso está errado. O sistema de proporcionalidade, concordo com você, acho que é um absurdo o associado vir aqui e votar em mil candidatos, sou contra isso também. Mas você não acha que aqui vamos começar a protelar mais outro remendo, quer dizer, vamos criar uma norma agora, uma cláusula de barreira, ou sei lá qual é o nome jurídico que é dado a isso, mas você não acha que devíamos, já que esse assunto veio à tona, que retirasse isso, criasse uma Comissão e estudasse todo o processo eleitoral do Clube. O que você pensa sobre isso? Porque senão, desculpe-me, vamos continuar fazendo remendo do remendo. Marcos Martins Paulino – Veja bem, existe aquela frase famosa de que “O ótimo é inimigo do bom”. Acho que de maneira nenhuma, nós já estamos há tempo com o sistema precisando de ajustes, de reforma. Podemos fazer a reforma do sistema a qualquer tempo, mas a proposta de agora tem muitos méritos, ela vem ajustar, vem melhorar a questão da representatividade. Que não tenha dúvida nenhuma que melhora. Piorar não piora mesmo, tenho absoluta convicção disso, mas de maneira nenhuma piorar não piora, só melhora. Francisco Flaquer Filho – Obrigado. Andreas de Souza Fein (aparte) - Não sei se outros comentaram, eu comentei que em todos os lugares onde haja proporcionalidade. Não sei se outros falaram, não falei que havia no mundo inteiro, sei muito bem que há outros regimes, o que disse foi “Onde haja representatividade”, só para esclarecer o comentário. É só isso. Marcos Martins Paulino – Não falei que foi o senhor que falou. Andreas de Souza Fein – Eu falei “Não sei se outros falaram, eu não falei”. Marcos Martins Paulino – Pode ficar tranquilo. Berenice Gazoni – ... Estava aqui ouvindo atentamente todas essas colocações que foram feitas, porque esse é um assunto realmente, desde que assumi há um ano, já falei, este é meu primeiro mandato, por coincidência, Dr. Manssur, de uma chapa dita pequena. Nossa chapa tinha 20 candidatos. Três foram eleitos, dentre os quais me incluo, graças a esse sistema que muitos têm vindo aqui criticar, e que acho um sistema sim democrático, sim que tem dado oportunidade para sócios que nunca participaram, embora sócios há muitos anos no Clube, participarem e terem um contato direto com a administração do Clube e dentro do possível poder ajudar e trazer também para dentro do Conselho o pensamento dos sócios, que é isso que enfim interessa acho que a todos aqui, que nós somos. Então, realmente, dadas as ponderações que o Andreas colocou, aquelas justificativas que ele não terminou de colocar, mas que entendo, assim como ele, totalmente sem sentido, realmente sem objetividade, que na minha opinião não seria realmente uma concentração de poder sim de excluir um número maior de sócios que não participam, de não participarem, porque os sócios vêm aqui, como fiz durante 30 anos, praticar seu esporte, que era o

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meu caso, travar relações de amizade, praticar o social e não conhece, quer dizer, até uma falha, não conhece todo esse trabalho que o Conselho tem. Participar do Conselho, todos os sócios deveriam ter pelo menos uma vez na vida a obrigação de participar, até para valorizar o trabalho que é feito por anos e anos pelos senhores que aqui estão, sei que muitos de vocês há muitos e muitos mandatos, pela Diretoria, pelos ex-Presidentes, o atual, os ex-Diretores, é um trabalho realmente insano dirigir um Clube com quase 40 mil sócios. Então, como é que num momento desses vem uma proposta que pretende restringir esse direito, tirar do associado essa participação, logo no momento em que, pelo contrário, esse arejamento começa a se mostrar ao Conselho e aos sócios, este momento é fundamental. Isso só me parece, desculpem-me, nem sei quem são os autores da proposta diretamente, ou não, então, aqui não vai nenhum juízo pessoal, o que é que esse arejamento, que essa maior participação incomoda? A quem incomoda isso? Algo que foi dito que vou considerar, não sei agora exatamente quem foi, meu antecessor ou outro, pela governabilidade falaram, ouvi atentamente, pela governabilidade. Aonde uma maior participação, mais pessoas das diversas áreas do Clube trazendo suas opiniões, o sentimento dos sócios, aonde isso vai atrapalhar o Presidente e os Srs. Diretores. Pelo contrário, fosse eu a presidente – Coisa que nunca serei, porque sinceramente não teria essa coragem, essa disposição, essa garra que vejo no Presidente e nos ex-Presidentes – isso só acrescenta, só engrandece, só enobrece as decisões que o Presidente e os Diretores têm a tomar. Exemplo disso, de ouvir os sócios, esse projeto que acabamos de aprovar para o Tênis. Esse projeto que sim, o ex-Presidente teve essa sensibilidade de que essa reforma teria que ser feita no Tênis, que há essa necessidade. E que o atual Presidente, dado vistas as discussões, teve o cuidado e sensibilidade de fazer uma pesquisa e ouvir quase que todos os associados, aqueles que vêm aqui diariamente jogar o Tênis e saber “Mas o que é que vocês querem”? Queremos ajudar, queremos melhorar o Tênis, mas o que é que vocês querem, porque nós não somos os donos da verdade. E os sócios responderam com firmeza, com convicção e saiu disso – Digo para vocês, não falei antes, mas vou falar agora – um projeto maravilhoso. Os tenistas, todos os tenistas e os que não são também, mas que usam do bar do Tênis, do restaurante do Tênis, todos eles vão. E todos os outros, do Beach Tennis, etc., vão adorar, porque o projeto é lindo, há 1/3 do que ia custar. Presidente – Dra. Berenice, desculpe-me, a senhora vê, eu tento... Berenice Gazoni – Já passei o tempo? Presidente – Não se trata disso, é que a senhora foge do que está discutindo. Berenice Gazoni – Desculpe-me, me entusiasmei. Mas tudo isso, para dizer que a participação dos sócios é fundamental e os Conselheiros representam esses sócios. Assim sendo, dadas tantas opiniões, Dr. Manssur, entendi perfeitamente sua proposta no sentido de melhorar, mas dadas todas as ponderações acho que deveríamos sim ficar com a proposta de retirada dessas propostas de emendas e estudo de uma Comissão que fosse nomeada com Conselheiros capazes, competentes, que estudariam, visto que o antecessor falou, têm vários problemas esse atual modelo, para que esse assunto fosse realmente melhorado, estivesse de acordo, mas que

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fosse feito com tempo, com participação, com discussão e não sendo colocado assim, onde todos fossem, pelo que vi aqui, ninguém está francamente certo o que deve ser feito. Se Comissão não for possível, vou dizer que deveríamos então votar na proposta do Malanga, que coloca um sócio como mínimo, que pelo menos seria mais ou menos a manutenção do que está aqui hoje, para que depois pudéssemos pensar a respeito. Muito obrigada. Luiz Eduardo Fernandes (aparte) – ... Primeiramente, quero dizer que a acho uma das mais brilhantes Conselheiras aqui da atualidade. ... E colocar ao Plenário que se não fosse a proporcionalidade não teríamos ideias oxigenadas como a sua para ajudar o Conselho a decidir. Berenice Gazoni – Muito obrigada mesmo. Roberto Cappellano – ... O importante de vir aqui, o primeiro objetivo e ser atendido, que é discutir esse assunto, porque a gente teve esse assunto, quem não sabe, os Presidentes almoçam uma vez por ano no almoço dos Presidentes, eles têm sido cheios, todos têm vindo. Esse assunto começou em 2017, não começou ontem. Depois, em 2018, todos os Presidentes foram unânimes de falar que o sistema do Clube precisava ser aperfeiçoado, todos estavam de comum acordo, porém, ninguém fez nenhuma alteração. Todos concordam que o sistema estava distorcido, mas ninguém propunha nada. Então, a ideia de propor surge neste momento. Foi uma ideia de se propor até fora da Presidência, porque se propõe alguma coisa na Presidência, aí sim que vão dizer que está advogando em causa própria. Mas com a experiência de quem já foi Presidente poder falar. É importante colocar, que foi colocado aqui por alguns Conselheiros, é bom a gente puxar o histórico. Quem assina essa proposta são os mesmos Conselheiros, a grande maioria que em 2004 mudaram o sistema eleitoral do Clube, trazendo para proporcional. Esse grupo que assinou essa proposta, em 2002 ganhou a eleição de cabo a rabo e viu que o sistema estava equivocado, do sistema majoritário no Clube e propôs na pessoa do Presidente Lazzarini, que era o Presidente, de mudar para o sistema proporcional. Então, mais, não vou nem falar de legitimidade, mas mais interessado em querer me aperfeiçoar ao sistema eleitoral, não pode se falar que esse grupo não queira aperfeiçoar o sistema eleitoral do Clube. Esse sistema rodou 2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014, dois ciclos integrais de seis anos, quando troca o terço do nosso Conselho. Muito bem, refrescar também a memória de quem chegou agora ao Conselho. Em 2015 fui eleito Presidente e logo depois que fui eleito Presidente, que acho que aí foi o grande problema do Clube, a grande zebra que distorceu o sistema, nós aprovamos aqui e até teve uma discussão, não áspera, mas como o Dr. Manssur falou, opostos àquela época, a discussão da anualidade da cláusula que tinha sido colocada. E aprovamos aqui que só poderia votar em 70 candidatos, porque até então se votava em até uma vez e meia, em 70 candidatos e podiam ter 70 inscritos. Aí nós que vínhamos numa média de seis, sete partidos, explodimos para 12, e agora 14, 15, que a gente já sabe que têm três ou quatro para vir. Então, na minha visão, na minha opinião, a mudança que a gente fez em 2015 para a eleição que foi para 16 e 18 foi ruim para o Clube, prejudicou o Clube. Tudo que a gente fala que está errado lá fora está trazendo para o Clube, fazendo essa fragmentação horrível de diversos partidos. E não vamos com

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discurso, que o discurso é bonito, mas a prática é outra, quanto menor o grupo o interesse individual prevalece sobre interesse coletivo. Estive Presidente e sei como funciona muito bem o sistema de governabilidade, de gestão aqui do Clube. Então, quero colaborar com o Clube, entendo que o Clube precisa aperfeiçoar o nosso sistema. Acredito que com essa mudança a gente vai chegar em seis, oito partidos num futuro próximo de dois, quatro anos e vai se estabilizar. Porque também, foi muito bem falado, não lembro qual Conselheiro, se a gente pegar de 70 a 100%, que é a proposta que defendo, a gente fala em 42 candidatos para uma eleição. E aí acho que nosso sistema continua sendo proporcional, que é o mais importante, e ele também precisa ter mais representatividade, que na minha visão hoje ele não está tendo essa representatividade que deveria, porque foi muito bem falado pelo Conselheiro Paulino do nosso sistema de votação. Isso independe de se estudar mudanças futuras, porque o que a gente poderia ter feito, e não é nem objeto, mas para mim está muito claro que o problema se deu em 2015, porque a gente sai de seis partidos, – Nem sei, o Dr. Manssur sabe melhor que a gente tinha – para 13, 14 partidos. Aí começam a ter esses problemas que a gente tem no Clube. Não somos melhor do que ninguém, o Pinheiros, mas muito menos pior, acho que é até quase o melhor de todos, se não for o melhor. Esse sistema eleitoral, a gente conversou com outros clubes para entender e sempre usa como espelho o Paulistano, que acho que é um clube do porte do nosso, fora a rivalidade que a gente tem entre as ligas. No Paulistano a chapa, é um sistema proporcional, vota na chapa, vai para A, B e aquela chapa A, B ou C elege os mais votados daquela chapa. Só que lá para sair uma chapa – Isso foi trocando uma ideia com o Presidente do Paulistano, que hoje é Presidente do Sindi-Clube, Eder do Lago, que é Procurador – ele mesmo falou “Cappellano, aqui no Paulistano a gente faz do número de vagas o número de candidatos, porque naturalmente o cara que não tem representatividade não consegue ter um grupo, e ele não fica querendo só pensar no interesse individual, começa a pensar no interesse coletivo”. Isso é o que acontece no Paulistano, funciona desta maneira que está lá e tem essa democracia, então, acho importante falar. Com relação ao que a gente fala que tem, eu acho lá fora, pode dar o exemplo dos Estados Unidos, quantos partidos têm nos Estados Unidos. São exemplos para a gente pensar no sentido do aprimoramento que a gente tem que ter aqui. E o que vejo com nosso sistema hoje, meu entendimento é que nós mesmos estamos tirando a força do Conselho Deliberativo. O que vejo? Na minha visão, que espero que respeite, quem for contrário venha e discuta, se a gente mantiver esse sistema do jeito que está indo acho que tem que ir para eleição direta, a gente tem que sair da eleição indireta. O sistema, como o Conselheiro Serine falou e outros falaram, gestão de coalisão, presidência de coalisão, vou ter que compor com grupo A e B é o que a gente está fazendo, dividindo. E que todo mundo está querendo guardar sua cota. Então, é muito pelo contrário, se é para ir nessa linha faz qualquer votação de Conselheiro, vamos para eleição direta, porque aí a eleição direta você tira esse movimento que está tendo aqui no Conselho, que muitos não estão querendo enxergar, mas é muito claro. E o Conselheiro Andreas falou muito bem, não existe três ideologias no Clube, mas existem 13 chapas, 13 partidos. Ou seja, tem alguma coisa equivocada aqui dentro e a gente tem que corrigir, a gente não pode tapar o sol com a peneira e falar “Está tudo em ordem”. Não está tudo em ordem, pessoal, tem que ser essa discussão. Essa discussão começou, todos os Presidentes foram unânimes de falar, cada um

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depois defende sua teoria, mas fala que o sistema está equivocado. Então, vamos trabalhar pessoal, vamos começar a resolver. Ou tem alguém aqui que fala que esse sistema está 100% certo? Não tem. Então, a gente tem que avaliar isso. Outra coisa, aproveitar que o Conselheiro Serine está aqui, quando ele perguntou. Tivemos uns pareceres limpos da Comissão Jurídica, são cinco nobres e excelentes advogados. Nenhum deles entrou em questão estatutária, questão de ordem. A Comissão Jurídica, – Que para alguns uma hora interessa e para outros não, as Comissões, às vezes interessa o parecer, às vezes não interessa o parecer, o pessoal vai conforme a maré – foi muito clara, o assunto é para ser resolvido no Plenário do Conselho, por nós. E temos o ônus e o bônus. Por isso que acho muito importante que a votação seja nominal sim, sou um defensor que essa votação seja nominal, porque quando ando na alameda vir falar: Por que você não fez isso? Por que está priorizando um grupo ou outro? Falo “Porque o sistema eleitoral do Clube está fazendo desse sistema a gestão do Clube”. Então, é importante que o sócio saiba quem ele votou e se o grupo dele, a chapa dele, aí usa o termo que quiser, o que está defendendo. Acho que é fundamental a votação nominal nesse caso aqui. Para finalizar, que não quero também me estender muito, acho que essa mudança proposta... Ah, preciso só contrapor com toda educação, todo apreço pelo Dr. Manssur, a proposta do Dr. Manssur neste momento é pior do que o vigente. Por que falo isso? Porque a proposta do Dr. Manssur, quem leu com atenção, ela limita em 50%, nem mais nem menos. Então, hoje, se a gente tem 14, 15 partidos nós vamos ter 30 partidos, porque vai se dividir os partidos. Vai ser ao contrário o que está acontecendo, e não no intuito de se fazer outro, porque você acaba limitando. E aí foi a resposta, quem falou, para ir à categoria B, são 42 votos. Quem acompanhou na proposta de 2015, se falou à época de também tirar os Veteranos, não sei se vocês se recordam. Aí naquela votação se falou “Olha, não vamos mexer”. O que quero dizer puxando do Veterano? Que a proposta do Dr. Manssur na minha visão prejudica o sistema vigente. Minha opinião é a seguinte, ou não se aprova nada e vamos sofrer o que está acontecendo aqui, joga para debaixo do tapete e finge que está tudo bom e não está. Está muito claro que não está. Ou faz uma proposta, que pode ser boa. Pode ter daqui a dois ou quatro anos, quando terminar o ciclo vê o que vai acontecer, porque acho que ela vai indiretamente resolver os outros problemas que estão tendo da mudança de 2015, que acho que vai ser uma seleção natural, um ajuste natural aqui do Conselho. Se a gente for para a linha, vou finalizar, Presidente, for para a linha, não muda nada e vamos ter 20 partidos. Os meninos da Esgrima já fizeram as contas: joga 20 lá e elege dois. Aí os meninos da Esgrima, que adoro, vão falar que tem que ter pista de Esgrima no Clube inteiro, que eles vão ter dois Conselheiros, vão chegar no Presidente e falar “Agora quero minha pista aqui do lado da piscina”. E é muito difícil... - Manifestação de Conselheiros no plenário.

Roberto Cappellano – Vocês falam assim porque não foram Presidente, é verdade. Só não vou citar o nome de quem foi me procurar por educação, mas te falo que têm propostas piores do que essa, que são feitas para um Presidente que está tomando conta do Clube. Então, é muito bom chegar aqui, vou finalizar, Presidente, esclarecer, porque o discurso é lindo, é bonito, mas a prática é completamente diferente do que a gente vem aqui e fala. Só isso que queria deixar pontuado. ... E endosso a proposta

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de 70 a 100% apresentada por quatro Conselheiros, que acho que é um avanço, para depois se precisar, aprimorando e assim por diante. Rodolfo José Sanchez Serine (aparte) – Conselheiro, vou endereçar ao senhor duas perguntas só. A primeira delas é a seguinte: O senhor acredita que os Conselheiros que ocupam essas cadeiras nesta Casa de Leis defendem direitos individuais ou coletivos? Roberto Cappellano – Tem de tudo aqui, tem gente que é coletivo, tem gente que é individual, tem gente que é o próprio umbigo, aqui tem de tudo. Rodolfo José Sanchez Serine – O senhor acha que o fato desse tem de tudo que o senhor está dizendo e essa diferenciação que o senhor colocou de Conselheiros que defendem o umbigo, o coletivo ou o unitário, isso se dá em função da chapa que eles são eleitos? Roberto Cappellano – Se dá em função do caráter. Rodolfo José Sanchez Serine – Então não tem nada a ver com a chapa. ... Roberto Cappellano – Só vou finalizar. Dá pelo caráter da pessoa. E o nosso sistema hoje proporciona que pessoas que pensam individualmente, eu sempre penso em prol do coletivo, possam, não vou dizer acharcar, a palavra é ruim, precisaria achar uma palavra melhor no dicionário.

Manifestação de Conselheiro no plenário: Pressionar.

Roberto Cappellano – Mas também não é só pressionar, é tentar impor as suas vontades individuais, porque, desculpa, é um grupo de dois, três, ele chega e fala: Quero isso, aquilo, e num sistema nosso, que cada vez está mais parelho. Com a próxima eleição, Serine, se não tiver essa mudança aí vejo, a gente vai ter uns 20 partidos e boa sorte ao próximo Presidente e para nós Conselheiros, para ver como será tocado o Clube. Presidente – Obrigado, Conselheiro. Rodolfo José Sanchez Serine – A última pergunta, Presidente, vou finalizar. Só queria saber sua opinião. Se eu, Rodolfo Serine, me inscrever numa chapa somente com minha candidatura e conseguir alcançar o quociente partidário para fazer jus a uma cadeira nesta Casa Legislativa, o senhor entende que eu seria eleito sem a devida representatividade para poder ocupar esse lugar? Roberto Cappellano – Ser sozinho é questão individual sua. Acho que se você tiver toda essa representatividade para ser eleito sozinho monta um partido de 42 com os pés nas costas.

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Rodolfo José Sanchez Serine – Isso justifica... Presidente – Não, não, não, desculpe-me, Dr. Serine, não há debates. Rodolfo José Sanchez Serine – Obrigado. Roberto Cappellano – Te respondo, não gosta da minha resposta e faz a quarta pergunta. Andreas de Souza Fein (aparte) – É só um esclarecimento. O senhor comentou que haveria necessidade de eventualmente estudarmos mudanças, no que estou totalmente de acordo, tanto é que propus que fizéssemos uma Comissão. Outros Conselheiros aqui também disseram que as mudanças teriam que ser amplas. Só queria comentar, realmente disse, não há 13 ideologias no Clube. O fato de haver 13 na verdade foram 11 chapas pelos dados do Conselho no ano passado, não tem uma conexão, foi só um número coincidente, mas realmente temos 60 atividades esportivas e outras tantas atividades. E como disse, nunca ouvi um Presidente se furtar a ouvir associados fosse qual fosse a atividade. Roberto Cappellano – Concordo plenamente com você, a obrigação de todo Presidente é ouvir, mas isso não tem nada a ver com o sistema eleitoral. Presidente – E nem é aparte, desculpe-me. Roberto Cappellano – Entendo que o Presidente, óbvio que ele tem que ouvir. Posso sugerir até muito mais, além das atividades esportivas, as culturais, outras modalidades, olímpicas, não tem nada a ver o negócio, Andreas, desculpe-me. O que estou questionando e a discussão hoje é do nosso sistema eleitoral. Acho que precisa ser aperfeiçoado, a gente não pode ficar tapando o sol com a peneira, dizer que está tudo certo. Não está certo. Ao invés de criticarem as propostas, que apresentem propostas, porque também ninguém apresenta proposta nenhuma e vem aqui falar mal da proposta de um fulano, Conselheiro, tentar denegrir o que escreveu, o outro que fez. Acho que estamos equivocados, esse caminho é errado, acho que esta é uma Casa, que um falou, de consenso e tem que apresentar proposta. Se essa proposta não é boa, ganha no voto, perde no voto e apresenta nova proposta. É assim que funciona. Antonio Moreno Neto – Por favor, só queria fazer um esclarecimento. ... Você falou que os ex-Presidentes falaram, e é verdade, que gostariam de estudar uma reforma eleitoral. Mas no jantar que tivemos sobre esse assunto e outros assuntos tiveram outros três ex-Presidentes, que vou citar, não sei dos outros, que são: Collet, Manssur e eu que fomos totalmente contra os 100%. Só para deixar bem claro, que senão vai achar que os ex-Presidentes estão querendo apoiar essa proposta. Muito obrigado. Roberto Cappellano – Perfeito, Toni, foi isso que falei. Simplesmente falei – Acho que você tinha saído para ir ao banheiro – que a gente tinha falado em 17... - Manifestação no plenário.

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Roberto Cappellano – Posso responder, pessoal? O que é isso, por favor, são dois ex-Presidentes falando, pelo amor de Deus. Que em 17 e 18 a gente conversou e disse que precisava mudar. Em 19 agora quando teve o outro almoço foi falado. Na hora o próprio Collet que estava sentado ao meu lado, falou “Cappellano, não estou advogando em causa própria” e falou que era contra, mas que precisava mudar. O Dr. Manssur me encontrou, descendo a escada “Cappellano, vou pensar no outro sistema”, e ele falou na tribuna. Só que o que quis dizer aqui, e repito, você confirmou, que foi unânime entre nós que precisa aperfeiçoar o sistema. Se para aperfeiçoar é 100, 70, 50, 1000%, aí cada um tem sua opinião, mas a gente sentou e conversou. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo (aparte) – Esse aparte, a minha dúvida sobre tudo que foi falado. Discutiu-se sobre o sistema, a proporcionalidade, o índice de proporcionalidade, mas o que me marcou na minha decisão se voto ou não seria o que você acabou de dizer “A teoria é uma coisa, a prática é outra”. Então, acho que todos nós devemos ou por Comissão, ou não escutarmos a partir da sua experiência, que considero bastante respeito, onde está a problemática entre a teoria e a prática. É aqui que temos que atingir, porque senão a gente vai continuar com proposta, com emendas que são teóricas. Aonde realmente na prática não funciona? Na questão da representatividade de todo Conselheiro, evidentemente que um Conselheiro, mesmo na proporcionalidade, com 500 votos representa 500 associados, que votaram nele. Ou que teve 13, pode ser que não entenda essa proporcionalidade. Mas acho que onde pega, que surgem essas dúvidas e discussões... Presidente – Ok. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Só um pouquinho. Presidente – Dona Vera... Sra. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Senão ele não entende minha pergunta. Presidente – Aparte é uma coisa objetiva. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Posso dizer? Presidente – Por favor. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – O mundo, essa objetividade nos tolhe, Presidente. Presidente – Mas a nossa regra não é essa, a senhora faça o aparte, por favor. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Então, está na hora de mudar a regra também do Estatuto...

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Presidente – A senhora pode propor. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – ... do nosso modelo de Conselho, porque ser Conselheira desse jeito, que faço uma pergunta... Presidente – Tudo bem, doutora, faça seu aparte. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Quero discutir as diferenças da teoria e da prática. Presidente – Mas a senhora não vai discutir em aparte. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Não vou discutir uma resposta. Por que a teoria é tão diferente e que a prática não funciona? Então, tem um erro no sistema atual também e o que você propõe de 100% também vai ter. Roberto Cappellano – 70. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – 70 também, porque no caminho da eleição eu sinto também que vai ter um limite. Então, veja as dúvidas que estamos tendo aqui, Presidente Cappellano. Roberto Cappellano – Só te respondendo, Conselheira Vera. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Não dá para votar. Presidente – Ok. Roberto Cappellano – Mas aí diz respeito à sua opinião. Como o Conselheiro Paulino falou, acadêmico “O ótimo é inimigo do bom”, e não existe outra proposta. O que posso te assegurar é que a gente precisa aperfeiçoar. Em meu entendimento, indo da prática para a teoria quando você está sentado lá na cadeira elétrica, como funciona o Clube, o problema de dinheiro para poder dividir entre todos os departamentos, como o Conselheiro Andreas falou, 60 departamentos, a priorização das obras, tudo, cada um, ou o pequeno grupo vai falar. E você não vai conseguir agradar a todos, primeiro porque não existe, porque é finito e você não vai conseguir fazer uma gestão, porque toda hora que você não agradar aquele determinado grupo, aquela determinada pessoa, infelizmente aqui no Clube é assim que funciona, ele vem ou com revanchismo, ou com alguma coisa e querer impedir para não poder andar para a frente o Clube. Hoje a gente teve um exemplo claro aqui, que depois que o Dr. Manssur falou e o Presidente Célio falou foi esclarecido, simplesmente foi num momento de, não vou dizer de raiva, mas de “Vou também dar uma pancada que tomei uma pancada”, e a gente não aprovou uma ata, isso é um exemplo. Quanto mais grupos divididos acontecem esses exemplos que aconteceu hoje. Essa é minha posição, só isso. Vera Maria Patriani Marinho Gozzo – Muito obrigada.

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José Luiz Toloza Oliveira Costa – ... Serei bem breve, mesmo porque a matéria já foi discutida à exaustão. Venho aqui fazer algumas observações, singelas observações. Estamos deliberando a respeito de uma alteração do Regimento para Eleição Parcial do Conselho Deliberativo. Temos aqui os Conselheiros novatos que estão iniciando, temos aqui as nossas leis maiores, temos o Estatuto, depois temos o Regulamento Geral e abaixo temos os Regimentos: Regimento Processual Disciplinar, Regimento que se refere às eleições e não podemos ferir, ir contra as leis maiores, ou seja, Estatuto e o Regulamento Geral. Enfatizei aqui que estamos apreciando uma alteração do Regimento Eleitoral, mas não se trata de uma mera alteração, trata-se sim de uma fixação de um número mínimo, não se trata de uma mera alteração. E em meu humilde modo de entender, essa fixação de um número mínimo fere a lei maior, porque a lei maior, que é o nosso Estatuto, o nosso Regulamento Geral, em seu Art. 16, diz: são direitos do associado, obedecidas as disposições estatutárias do Regulamento Geral, votar e ser votado. Ela fala no singular, é uma primeira colocação. Depois temos também o Art. 16, parágrafo 5º, que diz: naquilo que não contrariar o Estatuto e o Regulamento Geral as alterações meramente regimentais podem ser aplicadas. Mas o que está pedindo aqui é a fixação de um número mínimo, e isso fere as leis maiores, é muito claro isso. Por isso que a questão de ordem levantada pelo nobre Conselheiro Collet e pelo Conselheiro Serine, que depois acompanhou, realmente tem sua razão de ser, porque está ferindo a lei maior. Agora, tudo indica que a Mesa do Conselho irá vetar, tudo indica que não vai submeter à apreciação do Conselho essa questão de ordem, mesmo porque a nossa lei maior faculta isso à nobre Presidência do Conselho. É claro que a Presidência do Conselho pode submeter aos nossos Pares aqui apreciação disso, mas tudo indica que não será objeto de apreciação, porque senão ele já teria excluído isso da pauta. Então, o que peço aos senhores é o seguinte, o Conselheiro Cappellano foi bem claro aqui também, eu sou a favor de se negar tudo que se pretende aqui e que seja mantido o que está no Regimento vigente, porque corre-se vários riscos aqui. Vamos supor que seja aprovado, não é nenhum objeto de emenda, mas que só pode sair 20 candidatos, então, a chapa, temos aqui os chamados partidos, esse partido vai concorrer com cinco chapas, porque vai se limitar vai se fixar o número mínimo. Então, corremos todos esses riscos. Então, peço aos senhores que votem contra toda a proposta que se pede e todas as propostas que foram objeto aqui de proposições. É isso que peço aos senhores. Muito obrigado. Arlindo Virgílio Machado Moura – ... Começo dizendo o seguinte, meu voto é pelos 70%. Agora, tenho uma sensação que o Conselho não está pronto para votar essa matéria. Então, quero pedir a retirada de pauta dessa matéria. Muito obrigado. Alberto Antonio Pascarelli Fasanaro – ... Não pretendia me manifestar hoje, mas à vista da manifestação do Arlindo, que é nosso líder, que está favorável aos 70%, mas entende que o Conselho não estaria suficientemente esclarecido. Gostaria de fazer algumas ponderações. Primeiro, com relação a um eventual desrespeito ao Estatuto. Se não fosse advogado e nas matérias de engenharia, matérias que se refiram a finanças sempre me louvo no parecer das Comissões competentes. E observei aqui que a Comissão Jurídica, que é composta de ilustres representantes, o parecer foi do

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Renato Corrêa Marino, que inclusive é Juiz de Direito, aposentado, uma pessoa brilhante e me lembro que veio trazido ao nosso convívio até pelo querido Collet, quando presidíamos o Conselho Deliberativo. Desde então ele vem trazendo sempre que vem a participar brilhantes manifestações na condição de Membro da Comissão Jurídica. E esse mesmo parecer foi referendado pelo Dr. Renato Opice Blum, Dr. Luiz Eduardo do Amaral Cardia, Guilherme de Castro Reis e André Fragoso. Muito bem. Sendo advogado assino embaixo aquilo que eles assinaram, se eu não fosse advogado, fosse matéria de outra natureza iria me louvar naquilo que os experts se manifestaram. E um pessoal que foi escolhido e eleito por nós. Então, essa é uma primeira observação, sem entrar em maiores discussões a respeito se o Estatuto contempla ou não contempla. Em minha avaliação e venho aqui para defender essa proposta de 70%, faço essa defesa com absoluta tranquilidade, porque desculpem-me, mas muitos que ouvi fora estavam defendendo olhando para seu umbigo. E se olhar para meu umbigo e meu umbigo hoje é do Pinheiros Sempre, como sempre foi, observo que na última eleição apresentamos 11 candidatos. Então, um grupo que apresenta 11 candidatos vai se arriscar a tentar numa próxima eleição fazer um grupo maior, fala “Ah, bom, esse pessoal está louco, não está olhando para seu umbigo”. Mas na verdade penso, esse é o motivo do meu pronunciamento, é que efetivamente me parece muito difícil governar o Clube com um número grande de partidos. Que não sejam chamados partidos, chapas, grupos, o nome que se queira colocar. Então, por essa razão é que entendo e com muita propriedade posso falar, porque o nosso grupo realmente é hoje um grupo muito pequeno. Mas pensando em termos de futuro, pensando em termos de Clube acho que realmente a gente deva estabelecer algum percentual. Por que estabelecemos esse percentual de 70%? Muito bem, esse percentual de 70% na realidade hoje representa 42 candidatos pela categoria B. E esse número de 42 candidatos, mesmo para aqueles que estão pensando em seu umbigo não é um número difícil de se encontrar, mesmo porque na última eleição o pessoal do Pinheirense fez 36, Unidos fez 29, Nova fez 34, Participação Viva 69, Nosso Clube 30, Pra Frente Pinheiros 28, PTN 69, então, não me parece alguma coisa que seja tão absurda de se conseguir. E mais do que isso, vamos raciocinar um pouco em termos de eleição. O que acontece quando tem eleição? Bom, estaríamos restringindo os que entendem que um grupo novo queria se formar, de que somos os justos e os bons e os que estavam anteriormente eram incompetentes ou mal-intencionados. Posso fazer “Oh, minha chapa é dos justos e bons”, então, reúne dois, quatro, seis que tenham esse pensamento e façam a sua chapa. Quantas chapas a gente conseguiria fazer? Bom, tem a chapa da Diretoria, tem eventual chapa que apoia a Diretoria, tem uma que, aliás, para efeito de eleição é a chapa mais simpática, é a chapa do Independente de Padre Miguel, quer dizer, sou independente, voto favorável à Diretoria quando acho que é bom e vou votar contra a Diretoria quando acho que é mal. Para efeito de eleição essa é a melhor chapa. Provavelmente se eu estiver, e já estou querendo me desligar, quer dizer, isso aqui é uma cachaça, mas acho que já bebi demais dessa cachaça, não estarei no comando ou me envolvendo tanto na próxima eleição, mas essa é a postura melhor. Então, quantas chapas a gente iria reunir? Aí reúne os que são os xiitas. “Bom, somos os xiitas, somos contra tudo”. Bom, reúna os que são contra tudo. Consegue fazer, juntar. Ou se aproximem de outras chapas. Então, não vejo aí a necessidade de tantos grupos. Senti no pronunciamento do Presidente Cappellano a dificuldade que ele teve de ter que

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atender. E ele fez uma observação, passou meio rápida, mas ele fez uma observação também muito procedente. Quer dizer, ele poderia ter feito isso na gestão dele e teria até uma condição talvez melhor. Uma coisa é quando você está na gestão. Mas não quis fazê-lo para não parecer que estava tolhendo. E essa iniciativa estamos pensando em termos de governabilidade, facilitar para quem está na gestão. E outra observação, que é aquela que já foi falada aqui do “Ótimo ser inimigo do bom”. Efetivamente o ótimo é inimigo do bom. Acho que poderemos aprovar essa dos 70%, que me parece a mais razoável, é a que defendo. Com relação à proposta do Dr. Manssur, como sempre, Dr. Manssur, muito brilhante. Veio aqui, estudou. Está perfeita, perfeita, perfeita, só que não sei passou desapercebido para os senhores, a proposta, Dr. Manssur, me parece que é uma cláusula de barreira às avessas, porque na emenda o que acontece? Está se limitando aos 50%. Então, as duas chapas maiores então vão ter que resolver os seus problemas. Então, estamos fazendo essa cláusula de barreira às avessas, quem tem chapa grande não vai poder mais ter sua chapa grande. Então, eram essas observações que gostaria de fazer, Presidente, e que decida o Conselho dentro da sua ciência e da sua consciência. Muito obrigado. Luiz Eduardo Fernandes – Presidente. ... Como as teses têm se repetido, acho que se ninguém for trazer um fato novo seria interessante a gente andar com o processo. Presidente – O senhor está pedindo para consultar o Plenário se está devidamente esclarecido? Luiz Eduardo Fernandes – Porque os pronunciamentos estão se repetindo, não têm vindo teorias novas, então, gostaria que o senhor consultasse o Plenário se a gente pode decidir. Isso se o senhor não optar pela questão de ordem proposta. Andreas de Souza Fein – Presidente, só complementando o Conselheiro comentou. Quantos inscritos ainda temos? Presidente – Apenas um, Conselheiro Alexandre Lomonaco. Andreas de Souza Fein – Se me permitir, vamos ouvir o Conselheiro Lomonaco e aí subscreverei a proposta do Conselheiro anterior. Presidente – O Plenário concorda que o último Conselheiro seja ouvido? - Manifestação de Conselheiros no plenário: Claro.

Alexandre Perrone Lomonaco – ... Tenho alguns pontos, você como sempre bastante rápido, mas alguns pontos importantes. Em 2004, subscrevi a proposta de proporcionalização da eleição e não subscrevi essa proposta que hoje está em votação. Mas antes de falar especificamente, serei muito rápido, acho que o Plenário deve pensar muito sobre o que o Presidente Cappellano falou de como funciona o bastidor das eleições e o resultado delas chega lá em cima. Vou ser sincero, apesar de ser contra a proposta eu acho deprimente escutar isso aqui no Conselho, então, acho que devia ser repensado por todos. De qualquer forma, acho que o depoimento mais interessante que teve aqui foi a prova de que a representatividade deve ser feita de

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outra forma, que trouxe aqui o Dr. Alberto Fasanaro, quando ele diz que tinha 11 e elegeu um número considerável de Conselheiros. Essa é a prova viva de que representatividade não se faz por número de candidato, porque já teve chapa aqui com 70 que fez um. Isso prova que os 70 não eram representativos, porque fizeram um candidato só. No entanto a chapa do Dr. Fasanaro, nosso ex-Presidente e Presidente de sempre, como se costuma dizer aqui, fez um monte de candidato tendo apenas 11. Então, veja, concordo que alguma coisa precisa ser feita em termos de proporcionalidade, não de proporcionalidade, de representatividade. Mas precisamos achar uma fórmula diferente de obrigar uma pessoa, um grupo de 10, 15, 20 representativos, como é o grupo do Dr. Fasanaro, ter que arrumar mais 30, 40, 50 para se candidatarem. Então, na realidade sou a favor de uma cláusula de barreira, mas não uma cláusula de exceção democrática. E sinto muito, essa cláusula de barreira serve como barreira para eleição, para o resultado, mas ela serve muito mais como cláusula de exceção democrática, por isso sou contra. Acho que a gente devia pensar realmente em retirar, ou de alguma forma, ou fazer um grupo de estudo. Forma não importa muito, o que importa é que precisamos de fato uma forma diferente de fazer ter o mesmo efeito, sem ter o bloqueio que traz essa ação para o associado de antidemocrático. Era isso. Obrigado. Presidente – Muito bem. Senhores, encerramos a discussão. Vamos à votação. Gostaria de ponderar algumas coisas. Primeiro, agradecer a todos os Conselheiros. Mais uma vez estamos dando exemplo. Ainda há outros itens a serem deliberados e vamos deliberá-los, porque nossa responsabilidade é essa, junto à Diretoria do Clube, que precisa das aprovações e ao corpo associativo. Muito obrigado a todos, inclusive pelo alto nível das discussões. Inicio, antes de colocar à votação propriamente dita, pela questão de ordem levantada pelo Dr. Rodolfo Serine e outros Conselheiros que o seguiram, a decido regimentalmente e pessoalmente indeferindo a questão de ordem por algumas razões. Em primeiro lugar, que até seria a forma mais fácil de decidir, como todos sabem, basta olhar no Regimento, questões de ordem devem vir fundamentadas no artigo e não de forma geral no Estatuto. Ficaria muito simples chegar aqui e falar “Olha, é inconstitucional, ilegal, incorreta porque o Estatuto assim diz”, sem especificar, nós ficaríamos aqui divagando. Segundo, que como disseram o Dr. Fasanaro, o Dr. Cappellano e outros, poderia também fazer alguma digressão jurídica aqui, mas nem é preciso. A Comissão Jurídica, cujo relator foi o eminente Desembargador Dr. Marino, aposentado, uma figura cujo conhecimento jurídico não se discute, não enxergou efetivamente qualquer dessas eventuais ilegalidades que foram, ainda que genericamente, suscitadas. E por fim, como argumento final, entendo que, como exemplo o Art. 33, do Estatuto, remete ao nosso Regimento e cito como exemplo outras modificações que até recentemente foram citadas aqui. Mudamos o sistema eleitoral no Regimento, então, evidentemente não estou criando nada novo, ou impedindo qualquer coisa, estou simplesmente seguindo, também nesse aspecto, a jurisprudência da Casa. E por achar realmente que não se trata de infração ao Estatuto ou necessidade de modificação estatutária. Por todas essas razões, indefiro, enfim, a questão de pauta. Em segundo lugar, antes de analisar propriamente dito a proposta e emendas, já adianto que se não for retirado de pauta, começarei pela do Dr. Manssur, simplesmente porque também é modificativa, assim

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como a do Dr. Paulo Camargo, mas seguimos uma questão de protocolo. Mas, antes disso, vou colocar em pauta... Francisco Carlos Collet e Silva (pela ordem) – No sentido de encaminhamento da votação. Existe uma questão maior. 1) vai ou não ser erigida a cláusula de barreira. Quer dizer, a proposta vai ser apreciada de início, se vai haver ou não uma cláusula de barreira. Essa em meu modo de entender deveria ser a primeira votação. Em seguida, digamos que aprovada a existência de uma cláusula de barreira, teríamos que aí sim verificar as emendas, começando da do Dr. Manssur, que é de 50%, em seguida de 70% e de 100%, senão poderemos ter algum problema, Presidente. Essa a contribuição que entendi que deveria dar. José Luiz Toloza Oliveira Costa – Presidente, também quanto ao encaminhamento, entendo que a proposta do Conselheiro Arlindo é a primeira que deve ser votada, para depois a sequência do Conselheiro. Obrigado. Presidente – Será assim. Dr. Collet, desculpe-me, essa proposta de cláusula de barreira não existe isso, nós temos propostas objetivas aqui. Tem a original e tem modificações posteriores. Vou começar pelas posteriores simplesmente porque são modificativas, e aí no caso, como são duas de igual teor e forma e também têm outras duas que vou me manifestar oportunamente, vou seguir essa ordem. Mas vamos ver, com calma a gente segue, organizar e resolve. Muito bem. O Dr. Arlindo, mas anteriormente o Dr. Andreas Fein já tinha se manifestado no mesmo sentido, Dra. Berenice e alguns outros, propuseram para que a proposta fosse retirada de pauta. Aqueles Conselheiros que forem favoráveis à retirada de pauta, permaneçam como estão. Aqueles que forem contrários, queiram levantar-se. Acho que não há dúvida que foi rejeitada a retirada de pauta. - Manifestação de Conselheiros no plenário: Não. Assim está demais.

José Manssur (fora do microfone) – Inverte, Presidente. Presidente – Senhores, vamos organizar. Vamos inverter para entendermos, apenas para esclarecer, ainda estamos numa preliminar do mérito. Aqueles que forem favoráveis à retirada de pauta, queiram levantar-se. Os que forem contrários, permaneçam como estão. - Manifestação de Conselheiros no plenário: Ganhou.

Presidente – Ganhou o quê? Muito bem, vamos fazer verificação. - Manifestação de Conselheiros no plenário.

Presidente – Senhores, vamos verificar, não tem problema nenhum, ninguém está com pressa aqui. Vamos fazer verificação democraticamente. Quanto mais rápido verificarmos mais rápido acabaremos. Apenas para esclarecer. Aqueles que forem favoráveis à retirada de pauta votem sim. Os contrários à retirada de pauta votem não.

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- Procede-se à verificação da votação.

Sergio Lazzarini (fora do microfone) – Presidente, não fui chamado. José Manssur (fora do microfone) – Sergio Lazzarini, que aliás faz aniversário hoje. Presidente – Já vamos resolver, Dr. Sergio, só um minutinho. - Manifestação de Conselheiros no plenário: Assinou a lista?

Presidente – Parabéns, Dr. Sergio Lazzarini, é aniversário dele hoje. Dr. Sergio, apenas para esclarecer, o senhor não assinou a lista de votação. Estou com ela aqui, infelizmente o senhor não assinou. - Manifestação de Conselheira no plenário: Eu vi ele assinar.

Sergio Lazzarini – Presidente, com licença. ... O senhor chamou o Conselheiro Sérgio Vergueiro, que não apareceu. Quem sabe tenha trocado o nome dele pelo meu. Presidente – Deixe-me ponderar uma coisa aos senhores, vamos deixar uma coisa bem clara aqui: ganhando ou perdendo o Plenário é soberano, isso é importante dizer, eu poderia ter declarado voto, não tem problema nenhum, vamos fazer a verificação, vamos continuar a reunião até quando for necessário. Então, vamos ter a maturidade também de ouvir e quero ponderar com os senhores o seguinte: o senhor realmente assinou por engano, Dr. Sergio, o senhor assinou no lugar do Dr. Sérgio Vergueiro. Sergio Lazzarini – Quando a gente assina o Jorge que fica lá, põe “Assina aqui”. Presidente – Foi um equívoco. Sergio Lazzarini – Mas assinei. Presidente – Dr. Sergio Lazzarini, ex-Presidente do Conselho por dois mandatos, Conselheiro Efetivo tem todo o nosso respeito. Podemos aceitar a manifestação dele, tendo em vista que assinou? - Manifestação de Conselheiros no plenário: Sim.

Presidente – Muito obrigado. Andreas de Souza Fein (fora do microfone) – Já que está no início, proponho que o senhor recomece. Presidente – Sem problema, está no começo, façamos assim, não haverá dúvida nenhuma. Aqueles favoráveis à retirada de pauta digam sim. Os contrários digam não. Esclarecido? Muito bem. Então, vou pular o Sérgio Vergueiro, que não é o caso.

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- Procede-se à verificação da votação.

Pedro Antonio Lousan Badra (questão de ordem) – Questão de ordem. Não seria necessário pedir prorrogação da sessão? Já é meia-noite e dez. Presidente – Já estamos em votação. Peço ao Plenário permissão para prorrogar a reunião. Obrigado. Senhores, como muitos devem ter contado na apuração paralela, a retirada de pauta foi rejeitada por 77 votos a 67, em nossas contas. Passemos imediatamente à votação. José Manssur – Presidente, a votação será nominal? Presidente – Será nominal. Como falei anteriormente, começaremos pela proposta do ilustre Conselheiro Efetivo Dr. José Manssur, uma emenda modificativa. Luiz Eduardo Fernandes (fora do microfone) – Presidente, existe a possibilidade de rejeitar? Presidente – Não, porque o Plenário aprovou a votação nominal, então, faremos. Luiz Eduardo Fernandes (fora do microfone) – E se rejeitar a proposta? Presidente – Como rejeitar? Vou saber se a gente rejeitou ou não depois que houver a votação, não sei dizer. Vamos com calma, hoje iremos longe. A proposta do Conselheiro Efetivo José Manssur... Luiz Eduardo Fernandes (fora do microfone) – Presidente... Presidente – O senhor sente-se, por favor. Alteração do parágrafo 5º proposta pelo Dr. Manssur vem redigida da seguinte forma: §5º. O número de candidatos, no momento exato da inscrição de cada chapa única ou coligada, deverá corresponder a 50% do número de vagas a serem preenchidas aos associados pertencentes ao quadro social há dez (10) anos, pelo menos e com dezoito (18) anos de idade, no mínimo, na data da eleição e, bem assim, observada a mesma proporcionalidade de 50%, àquelas vagas destinadas à categoria de associados definida no artigo 6º, inciso V, do Estatuto Social. Dr. Manssur cria ainda um parágrafo 6º. Para os cálculos das proporcionalidades referidas no parágrafo 5º deverá ser sempre desprezada a fração, se inferior a meio e, igualar-se a um se igual ou superior. Então, como o Dr. Manssur mesmo, com o brilhantismo que lhe é peculiar, explicou, essa proposta fixa um patamar de 50% obrigatório no número de candidatos. Vou explicar, que farei nominal. Aqueles que forem favoráveis à proposta do Dr. Manssur digam sim. Aqueles que forem contrários à proposta do Dr. Manssur digam não. Francisco Carlos Collet e Silva – Presidente, por favor. ... Quero fazer um questionamento. Vai ser votada a proposta do Dr. Manssur, em seguida a proposta de 70%, posteriormente, por último se haverá aprovação ou não. Presidente – Dr. Collet, vamos lá.

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Francisco Carlos Collet e Silva – Presidente, vou inverter minha pergunta, eu acho importante. Quer dizer, a última votação que faremos é se existirá ou não a limitação de 100%. Presidente – Se aprovar a do Dr. Manssur, acabou. Se não aprovar, passaremos a 70. Francisco Carlos Collet e Silva – Mas aí é que está, Presidente, quando vamos votar se aprovamos ou não a proposta originária? Presidente – A proposta é modificativa, Dr. Collet, tem preferência. Francisco Carlos Collet e Silva – Veja bem, sei disso. Presidente – São quatro. Francisco Carlos Collet e Silva – Veja bem, tivemos o privilégio, para mim foi uma honra tê-lo juntamente comigo na Mesa, estou falando que há uma questão prejudicial, há uma questão natural. Primeiro, se vai ser aprovada ou rejeitada a proposta? Porque as emendas modificativas são decorrentes dessa primeira votação, não é possível postergar essa para o final. É o meu entendimento. Presidente – Desculpe-me, discordo, porque a emenda do Dr. Manssur, em primeiro lugar, é modificativa. E se ela for aprovada todas as outras restam prejudicadas, até porque se eu votar a primeira, no seu caso, que é a original, então, pelo seu entender não deveria votar mais nenhuma, porque já aprovamos o maior. Francisco Carlos Collet e Silva – Não, seria a prejudicialidade, quer dizer, votaríamos a limitação posteriormente. Presidente – Entendi, mas discordo, desculpe-me. Ricardo Malanga – Presidente. ... A minha proposta é a menor, poderia ser a primeira a ser votada. Presidente – Dr. Malanga, a sua proposta gostaria que no momento oportuno o senhor a explicasse, porque para mim não muda absolutamente nada do que temos hoje. Ricardo Malanga – Ela tem o direito de ser votada, exatamente de ser um candidato. Aliás, é um absurdo hoje essa discussão aqui. Presidente – Deixe-me falar uma coisa, não sei se é absurdo ou não, o que sei que é absurdo é alguém que uma proposta subscrita por cinco ex-Presidentes e mais sei lá quantos Conselheiros, uma proposta modificativa subscrita pelo Dr. Manssur, que foi considerado nesta Casa por três mandatos, uma proposta subscrita por quatro outros

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Conselheiros, o senhor está falando que é absurda. Sendo que ninguém falou que a sua é absurda. É lamentável. Ricardo Malanga – O Dr. Manssur falou que a proposta dele é o mal menor. Ouvi isso e entendi bem o que ele falou. Presidente – Mas não é absurda, né? Ricardo Malanga – Deveria dar preferência a minha proposta. ... Ter preferência pelo número menor. Alexandre Perrone Lomonaco – Devemos começar pela modificativa. Presidente – Vou começar, estou tentando. Alexandre Perrone Lomonaco – Então, deixe-me fazer a proposta. Por que não começamos pela modificativa vencedora que a maioria apoiou lá no púlpito, que é a de 70 a 100%? É modificativa também, então, vamos começar pela maior. Presidente – Não sei. Alexandre Perrone Lomonaco – Então, submete à Casa num voto sem ser nominal se podemos começar pela modificativa de 70, só para a gente poder adiantar a hora. Presidente – Dr. Manssur, o senhor aceita? - Manifestação de Conselheiros no plenário: Não.

Presidente – Esperem. Tem uma questão lógica em meu raciocínio, que é o seguinte. Por que ia começar pela do Dr. Manssur? Primeiro, porque são propostas modificativas e a dele entrou primeiro, basicamente, já que não tem nada escrito. Segundo e primordialmente, é o seguinte, estamos começando com aquela que restringe em 50%. Se for aprovada a do Dr. Manssur já restringimos o máximo, não precisamos votar mais nada. Se, porventura, não for nós vamos fazer a gradação. É assim, é uma coisa lógica, só isso. Décio Junqueira Fernandes – Presidente. Presidente – Então, vamos votar, por favor. Décio Junqueira Fernandes – Perguntar se é possível fazer isso. Já que vamos votar nominal todo mundo de novo. Você falou que são quatro propostas. Não dá para todo mundo falar 1, 2, 3 ou 4? Presidente – Infelizmente não. Vamos lá, senhores, resolveremos rapidamente se todos colaborarem. Só para lembrar novamente: Aqueles que forem favoráveis à proposta do Dr. Manssur digam sim. Os contrários digam não.

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- Procede-se à verificação da votação.

Sergio Lazzarini (fora do microfone) – Presidente, o senhor se esqueceu de me chamar de novo. - Risos no plenário.

Presidente – Tem razão, desculpe-me, é que vou pela ordem das assinaturas e me confundo. Perdoem-me, realmente estou cansado, vou pela assinatura, desculpem-me. - Continuação da verificação da votação. Conversas paralelas.

Presidente – Silêncio, por favor, vou proclamar o resultado. A proposta modificativa foi rejeitada por 92 a 45, ou 44 dependendo, e 1 abstenção do Conselheiro Marcelo Sant'Anna Bitelli. Então, essa primeira emenda modificativa foi rejeitada. Vamos agora analisar a segunda. Francisco Carlos Collet e Silva (Pela ordem) - Presidente, pela ordem, no sentido de encaminhamento da votação. ...Há um sentimento no Plenário que todos podemos inferir, já dá para perceber a tendência do Plenário na votação, inclusive demonstrada por essa última votação acerca da proposta do Dr. Manssur. Consulto V. Sa. se não seria o caso de fazermos a simbólica, ainda que já estejamos em processo de votação, mas cuida-se de outra matéria, porque talvez a gente possa ganhar tempo precioso na medida que temos mais questões a serem analisadas nesta reunião de hoje. Talvez V. Sa. pudesse consultar o Plenário acerca desse meu encaminhamento. Presidente – Muito obrigado, Dr. Collet. Quero dizer o seguinte, nos termos do nosso Regimento Interno, na letra fria do nosso Regimento Interno, uma vez iniciada a votação, como o Dr. Collet mesmo falou nesse sentido, uma vez iniciada a votação por uma forma não é possível modificá-la. Contudo, entendo e assim também entendeu muitas vezes o Dr. Castanho, Dr. Manssur, Dr. Collet, enfim, Dr. Sergio Lazzarini, a soberania do Plenário. Então, o Plenário evidentemente é soberano para pontualmente, digamos, pontualmente, e tendo em vista a situação, decidir, e até porque a grosso modo poderíamos até interpretar que uma votação acabou, estamos vindo de outra forma. Com essas ponderações e agradecendo a ajuda do Dr. Collet, pergunto ao Plenário. Não estou botando o mérito, estou colocando apenas se podemos passar à votação simbólica. Aqueles que forem favoráveis a que a próxima votação seja feita de forma simbólica, permaneçam como estão. Aqueles que forem contrários, queiram levantar-se. Aprovado por ampla maioria. Então, passemos agora, já que o Plenário soberanamente assim decidiu... Ricardo Malanga (fora do microfone) – Presidente. - Manifestação de Conselheiro no plenário: Precedente.

Presidente – Deixei claro antes da votação de que estávamos decidindo pontualmente nesta situação. E mais do que isso, considerei que houve a primeira...

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- Manifestação de Conselheiro no plenário: Soberanamente.

Presidente – Soberanamente, mas houve uma votação, que foi encerrada numa emenda modificativa. E passamos a outro tipo de emenda, que vai ser agora analisada, como o Plenário soberanamente decidiu, houve essa dicotomia e todos dessa forma aceitamos.

- Manifestação de Conselheiro no plenário: É outra matéria.

Presidente – Outra matéria, inclusive economia processual, digamos assim, benefício das formas, os professores aí, adiantado da hora e tudo mais. Os Conselheiros Paulo Sérgio Uchôa Fagundes Ferraz, Maria Cristina Machado de Araújo, Carlos Alberto Costa de Oliveira e Ruy Cardoso de Mello Tucunduva propuseram os parágrafos 5º e 6º da seguinte forma: “§5º - O número de candidatos, no momento da inscrição de cada chapa, não poderá ser superior ao número total de vagas disputadas, e tampouco inferior a 70% das vagas a serem preenchidas, em cada grupo. §6 - No cálculo da proporcionalidade previsto no parágrafo 5º, a fração deverá sempre ser igualada ao próximo número inteiro.” Aqueles que forem favoráveis a essa proposta, permaneçam como estão. Aqueles que forem contrários, queiram levantar-se. A proposta foi aprovada por ampla maioria. José Manssur – Desse modo está prejudicada, Presidente, para encaminhamento, a proposta principal. Presidente – Está prejudicada a proposta principal, mas ainda há duas outras. O Conselheiro Ricardo Malanga também propõe e o parágrafo 5º da sua proposta: § 5º - O número de candidatos inscritos em cada chapa não poderá ser superior ao número total de vagas a serem preenchidas, por grupo. - Manifestação de Conselheiro no plenário: Já foi deliberado.

Presidente – Já foi deliberado. Parágrafo 6º do ilustre Conselheiro: §6º - não há obrigatoriedade de apresentar candidatos a todos os grupos e as chapas poderão, caso queiram, apresentar candidatos a apenas um dos grupos. - Manifestação de Conselheiro no plenário: Já é assim.

Presidente – Já é assim. §7º - para terem sua inscrição aceita, as chapas deverão apresentar ao menos um candidato para cada um dos grupos a cujas vagas pretendam concorrer, não sendo obrigatório concorrer em mais de um grupo. Essa está prejudicada. Dr. Malanga, o senhor retira sua proposta? Ricardo Malanga (fora do microfone) – Não. Presidente – Não retira. Aqueles que forem favoráveis à proposta do Dr. Malanga, permaneçam como estão. Aqueles que forem contrários, queiram levantar-se. A

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proposta foi rejeitada por ampla maioria. Há por fim uma proposta da Conselheira Regina Helena Secaf, Thereza Christina Ferreira Dantas... José Manssur – Presidente. Presidente – Pois não. José Manssur – Me parece que esta proposta, sem embargo do respeito de quem a propôs, ela já estaria respondida na questão de ordem do senhor. Presidente – Exatamente, Dr. Manssur, sempre brilhante. Muito obrigado pela ajuda. Apenas vou ler por uma questão de deferência às proponentes. Parágrafo 5º- O número de candidatos inscritos em cada chapa não poderá ser superior ao número total de vagas a serem preenchidas, por grupo. Se houver qualquer alteração neste parágrafo do atual Regimento para Eleição Parcial do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Pinheiros, esta deverá ser aprovada em Assembleia Geral. Evidentemente que essa proposta, além de estar prejudicada, não poderia nem ser recebida, porque nós teríamos que ter mudado o Estatuto, que remete. Então, infelizmente, com todas as vênias, não é possível nem colocar em votação. Razão pela qual, por inépcia, a rejeito liminarmente. Sendo assim, declarando o resultado, a proposta aprovada nos moldes que o Conselho soberanamente decidiu é aquela proposta pelos Conselheiros Paulo Sergio Uchôa Fagundes e outros. Está encerrado este item da pauta. José Manssur (pela ordem) – Encerrada, agora a Egrégia entraria com as demais propostas de ordens, certo? Presidente – Certo. José Manssur – Tenho para mim, Presidente, que guarda estreita conexão o item 3º primitivo, que cuida da criação de uma nova Sala de Ginástica Multifuncional, é referente ao pedido formulado pela Diretoria de autorização do Conselho para utilizar os recursos do Fundo Especial para tal fim. O item 4, honrado Presidente, refere-se ao pedido formulado pela Diretoria para utilização de um determinado recurso a ser aplicado na área social, para receber a área do atual Hans Nobiling, que obviamente depende da primeira votação. E o item 5º, por sua vez, fala da ampliação do Fitness, que se encontra no mesmo prédio. Assim, Presidente, tendo em vista a conexão desses três itens, tenho para mim que seria mais racional, com a devida vênia, se os três fossem juntados concomitantemente, a fim de evitarmos que uma decisão venha isoladamente, se for isoladamente, divergir da outra, o que traria um prejuízo muito grande no encaminhamento da matéria. Presidente – Considerando as colocações do Dr. Manssur. Considerando o adiantado da hora, submeto ao Plenário. Aqueles que estiverem de acordo que os itens 3, 4 e 5 da pauta sejam apreciados conjuntamente, permaneçam como estão. Os contrários, queiram levantar-se. Aprovado à unanimidade. Dr. Manssur, muito obrigado.

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Item 3 - Apreciação do processo CD-14/2019, referente ao pedido formulado pela

Diretoria, de autorização do Conselho Deliberativo para utilizar recursos

do Fundo Especial no valor previsto de até R$ 476.000,00, para executar

obra no 1º andar do Conjunto Desportivo para criar nova Sala de

Ginástica Multifuncional.

Presidente – Não havendo oradores inscritos, submeteu a matéria à votação, tendo o Plenário concedido a autorização solicitada pela Diretoria. Item 4 - Apreciação do processo CD-15/2019, referente ao pedido formulado pela

Diretoria, de autorização do Conselho Deliberativo para utilizar recursos do

Fundo Especial no valor previsto de até R$ 400.000,00, reforma da área da

Sala de TV da Sede Social e em seu entorno, para receber a área de

exposição do Centro Pró-Memória “Hans Nobiling”.

Presidente – Não havendo oradores inscritos, colocou o pedido da Diretoria em votação, tendo o Plenário aprovado. Item 5 - Apreciação do processo CD-16/2019, referente ao pedido formulado pela

Diretoria, de autorização do Conselho Deliberativo, para utilizar recursos do

Fundo Especial no valor previsto de até R$ 1.031.161,07, para ampliação do

Fitness e aquisição de equipamentos e materiais complementares, em

complemento ao valor de R$ 212.945,99, objeto da Resolução do Conselho

Deliberativo nº 31/2016, de 31/10/2016; perfazendo o total estimado da

obra a importância de R$ 1.244.107,06..

Presidente – Não havendo oradores inscritos para falar, submeteu o pedido da Diretoria à votação, tendo o mesmo ido aprovado. Item 6 - Apreciação do processo CD-20/2019 referente ao pedido formulado pela

Diretoria, de autorização do Conselho Deliberativo, para utilizar recursos do

Fundo Especial no valor previsto de até R$ 657.740,00, para substituição de

luminárias de vapor metálico por luminárias de LED, nos campos de Futebol

A e B, Futebol Society, Quadra Poliesportiva Coberta – Conjunto Desportivo,

Quadras de Areia e Quadras Poliesportivas – Externas.

Presidente – Não havendo oradores inscritos para falar, submeteu o pedido da Diretoria à votação, tendo o Plenário concedido a autorização solicitada. José Manssur – Propôs a suspensão dos itens “A Voz do Conselheiro” e Várias, tendo em vista o adiantado da hora. Proposta aprovada. Presidente – Submeteu a proposta do Conselheiro José Manssur à votação, tendo o Plenário a aprovado.

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Sergio Lazzarini – Só quero agradecer à Presidência da Mesa, porque saí cedo de casa hoje dizendo que vinha à reunião do Conselho. O senhor me salvou, porque minha mulher não estava acreditando lá em casa. ENCERRAMENTO DA REUNIÃO

Presidente – Informou o número de Conselheiros que assinaram o livro de presença e deu por encerrados os trabalhos aos 00:40 minutos do dia 01/10/2019.

Obs: esta Ata foi aprovada na 703ª Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo, realizada no dia 28 de

outubro de 2019, com as retificações já dela constantes.

CÉLIO CÁSSIO DOS SANTOS

Presidente do Conselho Deliberativo

CLAUDIO VITA NETO

Primeiro Secretário do Conselho Deliberativo

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