Upload
duongque
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
3
RelatóRio & CoNtaS 2014
FESTIVAL LÁ FORA
Os espaços patrimoniais e históricos da Funda-ção – Páteo de São Miguel e Fórum Eugénio de Almeida – foram palco de um festival transdisci-plinar de artes performativas, que veio criar mais um momento festivo de relação da Fundação com a cidade de Évora.
EXPOSIÇÃO TÃO ALTO QUANTOOS OLHOS ALCANÇAM
Assim se assinalou o culminar de uma trajetó-ria de mais de uma década de inventariação do património artístico da Arquidiocese de Évora e
de promoção da Arte Contemporânea.
DESTAQUES
LIVROAS CASAS PINTADAS DE ÉVORA
Esta edição constituiu o corolário de um grande projeto desenvolvido pela Fundação ao longo de cerca de 10 anos e que visou o estudo, a reconstituição e a preservação da memória histórico-artística e iconográfica dos frescos das Casas Pintadas.
5
RelatóRio & CoNtaS 2014
07 ABERTURA
09 I. ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
dESEnvOlviMEntO inStituCiOnAl
49 II. GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
50 1. invEStiMEntOS
51 2. dirEçãO AgrOPECuáriA
54 3. dirEçãO vitiviníCOlA
55 4. dirEçãO COMErCiAl
56 5. dirEçãO dE gEStãO
56 6. AtividAdE FinAnCEirA
58 7. FOrMAçãO
59 8. rESPOnSABilidAdE SOCiAl
61 9. rESultAdOS
68 10. APliCAçãO dE rESultAdOS
69 11. FACtOS SuBSEquEntES APóS tErMO dO ExErCíCiO
71 III. CONCLUSõES
73 IV. CONTAS
74 BAlAnçO EM 31 dE dEzEMBrO dE 2013 E 2012
75 dEMOnStrAçãO dOS rESultAdOS POr nAturEzAS
76 dEMOnStrAçõES dOS FluxOS dE CAixA
77 dEMOnStrAçãO dAS AltErAçõES nOS FundOS PAtriMOniAiS
78 AnExO áS dEMOnStrAçõES FinAnCEirAS PArA O PEríOdO FindO A 31 dEzEMBrO dE 2013
129 rElAtóriO dE ACtividAdES E COntAS 2013
133 OrgãOS SOCiAiS
índiCE
7
RelatóRio & CoNtaS 2014
É com gosto renovado que se apresenta este relatório e Contas relativo ao exercício de 2014, como memória e testemunho do que a Fundação Eugénio de Almeida alcançou na prossecução de dois desígnios estratégicos.
trata-se, em primeiro lugar, do cumprimento pleno da Missão da Fundação nos diversos campos em que ela se concretiza, na perspetiva da geração de impactos sociais verdadeiramente transformadores que contribuam para o desenvolvimento pleno e integrado da cidade de Évora e da região.
A este propósito, sublinha-se o volume, a diversidade e a amplitude dos projetos e programas na área Cultural e Educativa, que têm vindo a conhecer uma dinâmica crescente no quadro da programação própria dos espaços patrimoniais e históricos da Fundação, designadamente o Fórum Eugénio de Almeida e o Páteo de São Miguel. A promoção do acesso alargado e informado à cultura e à sua fruição, bem como a salvaguarda, valorização e divulgação do Património são eixos estruturantes e permanentes do trabalho que tem vindo a ser realizado, de forma sustentada e com visão de futuro.
destacam-se igualmente as iniciativas da área Social, orientadas para o desenvolvimento de projetos de voluntariado estruturados e sustentados - no campo Social, da Cultura, da Educação e do Património -, e também para a formação de dirigentes e técnicos das organizações do terceiro setor, como apostas fortes, diferenciadas e diferenciadoras na mobilização e capacitação de cidadãos e de instituições nucleares da sociedade civil organizada.
na área Espiritual, a Fundação prosseguiu o seu apoio a instituições de inspiração cristã, em sintonia com os valores espirituais e a obra do seu instituidor, o Eng. vasco Maria Eugénio de Almeida.
do ponto de vista da estratégia institucional trata-se, também, de assegurar a autossustentabilidade da Fundação, para a qual contribui decisivamente o seu projeto de gestão patrimonial. Este é hoje cada vez mais eficiente, mais capaz de criar e acrescentar valor, através da comercialização de produtos de exce-lência, em particular no setor enológico. Conforme atesta este relatório e Contas, em 2014 a Fundação alcançou o maior valor de vendas de sempre, correspondendo o resultado líquido da exploração a cerca de 2.700.000,00 Euros, o que equivale a um crescimento percentual de 5% em relação ao ano transato.
Aqui se apresenta, pois, o resultado do trajeto definido pelo Conselho de Administração, integrador das várias vertentes da Fundação, no campo social, cultural, educativo e económico, orientado para a filantropia tradicional que atribui apoios e subsídios, e também para a filantropia operacional que dá corpo a projetos concretos, dando primazia à constituição de parcerias e ao trabalho em rede com outras instituições públicas e privadas de referência.
também aqui se reafirma, uma vez mais, o compromisso ético da Fundação de submeter ao escrutínio público as suas contas – como é sua prática desde há muito - para reforço dos valores da transparência, da boa governação, da credibilidade institucional e da confiança da comunidade na instituição.
A Fundação Eugénio de Almeida prossegue o seu caminho, fiel à vontade do seu instituidor e à nobre Missão que este lhe confiou: promover o desenvolvimento social, cultural, educativo e espiritual da região de Évora. Com a convicção de que o seu trabalho, aquilo que cria, produz e partilha é uma parte, pequena mas indispensável, do futuro que todos queremos.
Eduardo Pereira da SilvaPresidente do Conselho de Administração
| ABErturA |
9
RelatóRio & CoNtaS 2014
O Fórum Eugénio de Almeida é o espaço por excelência da Fundação para a divulgação da arte contem-porânea, tendo vindo a afirmar-se enquanto promotor ativo do diálogo entre ela, a cultura e a sociedade.
Com uma localização privilegiada – no Centro Histórico da cidade de Évora –, o Fórum reúne as condições que lhe têm permitido posicionar-se como um equipamento distintivo e diferenciador, oferecendo aos diver-sos públicos que o visitam uma experiência que ultrapassa a do contacto com a criação artística do nosso tempo, permitindo ainda conhecer a memória histórica singular do edifício onde está instalado – o antigo Palácio da inquisição.
Enquanto peça basilar para o cumprimento da missão da Fundação Eugénio de Almeida no campo cultural e educativo, o Fórum tem procurado, através da sua programação, favorecer em primeiro lugar relações de proximidade com a comunidade local, projetando-se ainda como uma plataforma relevante de promoção cultural para além deste território.
Em 2014 realizaram-se seis exposições, com um total de 16.425 visitantes; 1 ciclo de música, com uma assistência de 371 espetadores; 1 colóquio e 1 conferência, totalizando 160 participantes. Foram ainda im-plementadas 479 atividades do Serviço Educativo, nas quais participaram 7.200 crianças e jovens.
do ponto de vista das suas infraestruturas e valências, e a par com a sua vasta área expositiva, o Fórum dispõe de um Centro de reuniões composto por um Auditório e três salas de reunião, bem como um restau-rante, cafetaria, wine bar e loja. O complexo do Fórum inclui as Casas Pintadas, cuja galeria do jardim exibe um exemplar único em Portugal de pintura mural palaciana do século xvi.
A loja está localizada no loby do Fórum Eugénio de Almeida e oferece uma vasta seleção de artigos de merchandising cultural com design contemporâneo, alguns dos quais são criações exclusivas, com destaque para as peças de joalharia. Estão também disponíveis os vinhos e azeites produzidos na Adega e no lagar Cartuxa. na secção de livraria encontra-se uma gama diversificada de títulos, sobre design, arquitetura, fo-tografia, arte contemporânea e património, muitos deles editados pela Fundação. A loja oferece ainda uma variedade de brinquedos educativos e publicações infantis.
| I . AtividAdE inStituCiOnAl E EStAtutáriA |
1.1 FóruM EugÉniO dE AlMEidA
1. árEA CulturAl E EduCAtivA
10
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
EXPOSIÇÕES
INTER[IN]VENÇÃO - COLEÇÃO ZKM
Esta exposição, inaugurada em 2013, constituiu um dos pontos altos da programação inaugural do Fórum Eugénio de Almeida, tendo encerrado ao público no dia 13 de abril.
uma parceria da Fundação com o zKM – Centre of Arte and Media Karlshrue, à qual se associou o goethe institut, permitiu trazer à Península ibé-rica, pela primeira vez, parte de uma das mais prestigiadas coleções de media art a nível inter-nacional.
A adesão do púbico eborense (em particular da comunidade escolar) e também dos turistas na-cionais e estrangeiros, traduzida em cerca de 12.000 visitantes, é expressiva do interesse que a exposição suscitou logo desde a sua abertura.
O Serviço Educativo realizou perto de 200 ações dirigidas aos diferentes públicos, entre visitas guiadas, ateliers de animação e atividades de caráter pedagógico.
destaca-se, ainda, o envolvimento proactivo e qualificado dos voluntários que integram o Pro-jeto de voluntariado Cultural da FEA no acolhi-mento aos visitantes, e no apoio e guardaria da exposição.
A assinalar o encerramento da exposição, a Fun-dação Eugénio de Almeida e o Centro de Estu-dos de Comunicação e linguagens da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade nova de lisboa promoveram, no dia 12 de abril, o Encontro de especialistas Para além dos media.
A iniciativa reuniu artistas, teóricos e profissionais de diferentes campos da Cultura, designadamen-te delfim Sardo, curador, isabel Carlos, curadora e diretora do Centro de Arte Moderna da Funda-ção gulbenkian, Julião Sarmento, artista plástico e António Olaio, artista plástico e professor da universidade de Coimbra. Estas personalidades refletiram e debateram a expansão do uso dos novos meios de comunicação na arte contempo-rânea.
O Encontro, que contou com 58 participantes, foi moderado por teresa Cruz, professora da univer-sidade nova de lisboa.
11
RelatóRio & CoNtaS 2014
THE TIME MACHINE:O LUGAR DAS MÁQUINAS
também inaugurada em 2013, esta exposição es-teve patente ao público até ao dia 16 de março de 2014.
O projeto teve como foco um trabalho de pesqui-sa do fotógrafo eborense Edgar Martins – radica-do em londres e um dos expoentes da fotografia contemporânea –, sobre as Centrais Hidroelétri-cas de Portugal. A exposição incluiu fotografias inéditas da barragem do Alqueva, no Alentejo.
OSCAR MUÑOZ:PROJETO PARA UM MEMORIAL
inaugurada a 28 de março, a exposição Oscar Muñoz: Projeto para um memorial deu início às atividades programadas para a sala rostrum, em 2014.
Esta mostra, uma coprodução entre a Fundação Eugénio de Almeida e o MEiAC - Museo Extre-meño e iberoamericano de Arte Contemporáneo, deu a conhecer duas das obras mais destacadas do colombiano óscar Muñoz, nome prestigiado no contexto da arte contemporânea internacional.
A exposição teve como peça central a videoinsta-lação Projeto para um Memorial, uma obra que aborda os processos de lembrança e esquecimen-to tanto em contextos históricos como individuais.
Presença e ausência, assim como realidade e ficção são também objeto de análise da outra obra apresentada - O olhar do Ciclope. A série fotográfica problematiza as questões do retrato e da técnica de visualização: o dualismo entre imagens mentais (lembranças) e físicas (imagens materializadas).
12
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
MARTA PALAU: TRÁNSITOS DE NAUALLI
no ano em que se celebraram os 150 anos de relações diplomáticas entre o México e Portugal, a Fundação Eugénio de Almeida associou-se a esta efeméride apresentando, no Fórum Eugénio de Almeida, a exposição Tránsitos de Naualli, da artista plástica Marta Palau.
Esta exposição, inaugurada a 16 de maio e pa-tente ao público até ao dia 12 de outubro, deu a conhecer a artista, cuja obra escultórica é mar-cada pelo uso de materiais como fibras vegetais, telas, lãs, madeira, materiais que nos remetem para a natureza e para os imaginários mágicos e sociais das tradições pré-hispânicas americanas. A sua obra traduz ainda um olhar sobre a mu-lher e o “feminino”, costumes e etnias que ainda hoje habitam na Baixa Califórnia e as pinturas ru-pestres dos seus ancestrais. Apesar da utilização destes materiais e formas de representação inspi-radas em referências indígenas e étnicas, o seu trabalho é construído a partir do contemporâneo e das questões sociais que o movem.
A mostra, composta por 20 obras, propôs uma viagem por alguns dos caminhos percorridos por naualli (palavra que na língua dos antigos astecas significa mulher protetora): a sua celebração do feminino, a sua atenção aos mitos de origeme migração, o seu interesse pelos imaginários mágicos e proféticos.
Esta coprodução da Fundação Eugénio de Almei-da e do governo do México é um exemplo elo-quente da relevância e da eficácia das parcerias entre instituições privadas e poderes públicos no apoio à produção e criação artística.
13
RelatóRio & CoNtaS 2014
CARLOS FADON VICENTE - CENÁRIOS:DE DUETOS E DIÁRIOS
O Fórum Eugénio de Almeida, entre 26 de junho e 19 de outubro, apresentou Cenários: de duetos e diários, a primeira grande exposição em Portugal de Carlos Fadon vicente, um dos fotógrafos mais importantes do panorama artístico-fotográfico do Brasil e um dos pioneiros da arte telemática brasileira.
Comissariada por Claudia giannetti, as 87 fotografias exibidas articularam-se como diários, elaborados com base num diálogo constante do artista com o ambiente observado e são representativas da produção fotográfica de Fadon vicente desde a década de 1980 até a atualidade.
A paisagem urbana, nos seus mais diversos aspetos, constituiu o tema norteador da mostra, que incluiu onze séries, sendo que cada uma delas apresentou uma seleção de várias fotografias, bem como Dolores, uma obra audiovisual hipermédia, baseada igualmente na criação fotográfica. A escolha temática não foi casual. Ela atendeu à relevância que o ambiente urbano assume na sua produção artística. questões estéticas, sociais, históricas ou arquitetónicas são observadas, direta ou indiretamente, a partir de uma ótica sui generis.
14
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
KERSTIN ERGENZINGER:ESTUDOS PARA SAUDADE [ÉVORA]
Entre 17 de julho e 26 de outubro, esteve paten-te ao público a exposição Estudos para saudade [Évora], da artista alemã Kerstin Ergenzinger.
desenvolvida em colaboração com thom laepple, cuja primeira versão foi realizada em 2007, esta instalação, uma obra site-specific, foi adaptada organicamente à Sala rostrum e consistiu num conjunto escultórico, cujo sistema reativo este-ve ligado a um geófono e a um sismógrafo, que captaram dados sísmicos do lugar.
Estes dados, gravados em tempo real, converte-ram-se na fonte de informação que determinou e produziu os movimentos simulados na obra, mantendo-a em constante transformação. desta forma, dados reais dos sinais sísmicos e das vi-brações do lugar tornaram-se visíveis através dos movimentos das peças escultóricas, cujas formas se assemelhavam a montanhas.
O conceito da saudade, ao qual a artista fez re-ferência no título da obra, vinculou-se à perce-ção humana da natureza e da paisagem como elementos estáveis e inalteráveis. Essa ideia nos-tálgica da relação entre ser humano e natureza advém do anseio de estabilidade. Através dos movimentos e alterações contínuos na obra, Kers-tin Ergenzinger abordou a questão da variabilida-de, da mera aparência de estabilidade do mundo em que vivemos.
15
RelatóRio & CoNtaS 2014
TÃO ALTO QUANTO OS OLHOS ALCANÇAM
A 13 de novembro, inaugurou a exposição Tão alto quanto os olhos alcançam com curadoria de delfim Sardo, assinalando o culminar de uma tra-jetória de mais de uma década de inventariação do património artístico da Arquidiocese de Évora e de promoção da arte contemporânea.
A mostra, que encerrou o ciclo da programação inaugural do Fórum Eugénio de Almeida, fomenta a convergência e a leitura cruzada de dois eixos estruturantes da Fundação no campo cultural: a salvaguarda e valorização do património e a divulgação da arte contemporânea.
Apresentaram-se obras relevantes de pintura, es-cultura e paramentaria provenientes de diversas paróquias, bem como de arte contemporânea, de artistas como Joseph Beuys, Michael Biberstein, José Pedro Croft, João Onofre, rui Chafes ou Fer-nando Calhau.
Tão alto quanto os olhos alcançam parte de uma situação contemporânea dúplice: por um lado, a arte a partir do modernismo foi perdendo a noção de transcendência em favor de uma mis-são derrisória e enfeudada às questões da críticae da avaliação das suas condições de possibilida-de enquanto arte; por outro lado, existe na arte contemporânea uma clara nostalgia em relação a uma capacidade da arte se dirigir a zonas mais densas da nossa relação com o mundo. nesse sentido, a exposição, faz um percurso por artistas e obras, num contexto internacional e globaliza-do, que são testemunho da ponte entre imanên-cia e transcendência que só o universo artístico pode corporalizar.
Esta exposição contou com obras originais en-comendas, pela Fundação Eugénio de Almeida, a José Pedro Croft e João queirós, bem como obras pertencentes às coleções da Fundação de Serralves, da Fundação Calouste gulbenkian, da galeria Helga de Alvear, da Ellipse Foundation, da galeria Cristina guerra, do Museu de Arte An-tiga, do Museu de Évora, do Hotel Convento do Espinheiro, de António de Campos rosado e da Arquidiocese de Évora.
16
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
A exposição A Construção do Lugar, inaugurada a 11 de julho de 2013, manteve-se patente ao público durante 2014.
Esta mostra dá a conhecer as principais ocupa-ções do Palácio da inquisição, e ao mesmo tem-po, sublinha a intervenção de recuperação e re-qualificação urbana a que foi sujeito.
Em cada uma das salas que compõem a exposi-ção - antigas celas -, o visitante tem a oportu-nidade de visualizar plantas arquitetónicas, docu-mentos e fotografias que retratam as ocupações do edifício enquanto inquisição, hotel e instituto de estudos superiores.
na última sala, um vídeo mostra as intervenções realizadas no edifício e que deram lugar às suas novas funções de Centro de Arte e Cultura.
A CONSTRUÇÃO DO LUGAR
17
RelatóRio & CoNtaS 2014
MÚSICA
COnCErtOS dE OutOnO
Entre os meses de outubro e dezembro, a Funda-ção apresentou no auditório do Fórum Eugénio de Almeida, um ciclo de música composto por cinco propostas musicais:
dia 18 de outubro – recital, pelo pianista João Bettencourt da Câmara.
dia 25 de outubro – O Outro Lado da Rua, pelo grupo AlMA, com teresa Macedo, na voz, Júlio vilela, na guitarra, zeca neves, no contrabaixo, João Barradas no acordeão e João Ferreira, na percussão.
dia 8 de novembro – jazz, por Sofia ribeiro, acompanhada pelo pianista colombiano, Juan Andrés Ospina.
dia 15 de novembro – jazz, por Eme Alfonso.
dia 6 de dezembro – recital, pela soprano Susana gaspar, acompanhada pelo pianista inglês gary Matthewman.
no total, assistiram aos concertos 371 pessoas.
19
RelatóRio & CoNtaS 2014
PAçO dE SãO MiguEl
O ano de 2014 representou uma etapa de consolidação e de aprofundamento ao nível do funcionamento dos diversos espaços culturais da Fundação, após as obras de requalificação realizadas no âmbito do Projeto Acrópole xxi.
O Paço de São Miguel, classificado como Monumento nacional, voltou a acolher, a partir do início do ano, o mobiliário, artes decorativas e utilitários domésticos que fizeram parte das vivências da família Eugénio de Almeida e da sua residência em Évora, abrindo uma nova linha narrativa para as visitas guiadas a este espaço, que vinham já sendo realizadas de forma regular desde o início do ano de 2013.
Com este objetivo, realizaram-se lugar diversas ações centradas quer na preparação do espaço ao nível museográfico, de modo a assegurar a boa conservação e segurança das peças expostas, quer na elaboração e comunicação de conteúdos, com destaque para a elaboração do guião da visita, definição de circuitos e formação interna dos guias e de voluntários culturais, o que, no seu conjunto permite contar a história da família Eugénio de Almeida, mas também articular a história da cidade de Évora com a do país, em resultado das sucessivas ocupações do Paço de São Miguel e dos acontecimentos que ao longo do tempo aqui tiveram lugar.
Aberto ao público mediante marcação prévia e em regime de visitas guiadas, o Paço de São Miguel acolheu entre maio de 2014 e o final do ano um total de 1254 visitantes, com uma elevada representatividade de visitantes provenientes de Évora ou da sua área de influência, indicador do carácter identitário deste espaço para a cidade.
1.2 PátEO dE SãO MiguEl
20
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
ArquivO E BiBliOtECA EugÉniO dE AlMEidA
Com origem no acervo documental produzido e acumulado pela família Eugénio de Almeida ao longo de cinco gerações, do final do século xviii até à atualidade, o Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida (ABEA) integra também os fundos bibliográficos e arquivísticos resultantes da ativi-dade da Fundação desde 1963, com destaque para o seu arquivo intermédio e definitivo, para o seu Centro de documentação e ainda para a biblioteca e arquivo do iSESE - instituto Superior Económico e Social de Évora.
Com um âmbito temático associado à história da fa-mília Eugénio de Almeida, os fundos bibliográficos e arquivísticos mais antigos têm suscitado a atenção da comunidade de investigadores, em especial nos do-mínios da História Económica e Social e da História de Arte, integrando-se neste último caso as investiga-ções associadas ao antigo património arquitetónico e artes decorativas da família Eugénio de Almeida.
das investigações realizadas ou em curso com base neste acervo documental, destacam-se o trabalho da investigadora isabel Mendonça, que incidiu sobre as artes decorativas do Palácio de São Sebastião da Pedreira e o estudo realizado pelo Historiador de Arte vítor Serrão, sobre os objetos artísticos mencionados no inventário de bens que pertenceram aos Condes de Basto, antigos proprietários e residentes do Paço de São Miguel entre os séculos xv e xvii.
Para além do valor informativo do seu acervo documental, o ABEA é também um espaço inte-grado na visita guiada ao complexo de edifícios do Páteo de São Miguel, em virtude da dimensão museológica dos antigos depósitos de documen-tação que acolhem o mobiliário e dispositivos de acondicionamento provenientes do Palácio de São Sebastião da Pedreira, principal residência da família Eugénio de Almeida em lisboa.
21
RelatóRio & CoNtaS 2014
COlEçãO dE CArruAgEnS
localizada no antigo edifício do celeiro do Cabido da Sé de Évora, no perímetro do Páteo de São Miguel, a Coleção de Carruagens alberga as atrelagens e utilitários de viagens que estiveram ao serviço da Casa Eugénio de Almeida entre a segunda metade do século xix e os primeiros anos do século xx.
A exposição permanente é uma janela para as vivências sociais de um universo em rápida trans-formação, permitindo conhecer o estilo de vida e as práticas de sociabilidade da elite formada à luz das alterações políticas e económicas proporcio-nadas pela regeneração, período da história de Portugal ao qual a ação e o espírito empreende-dor da família Eugénio de Almeida ficaram pro-fundamente ligados.
Em 2014, a Coleção de Carruagens teve um total de 15.725 visitantes o que em relação ao ano de
2013 representou um acréscimo de 46,5%. deste universo de visitantes, 55% foram provenientes de países estrangeiros, com destaque para França, Espanha e Brasil. Os restantes 45% corresponde-ram a visitantes nacionais, dos quais 13% com residência no distrito de Évora. Aberta de terça-feira a domingo, a Coleção de Carruagens é também um ponto de acolhimento para quem visita o recinto exterior e o complexo de edifícios do Páteo de São Miguel, constituindo um primeiro momento de interpretação não só sobre as sucessivas ocupações do espaço, mas também no que se refere à história da família Eugénio de Almeida, à sua ligação à cidade de Évora, e às atividades produtivas e à Missão insti-tucional da Fundação.
23
RelatóRio & CoNtaS 2014
1.3 OutrOS PrOJEtOS E iniCiAtivAS
realizou-se, nos dias 25 e 26 de setembro, a se-gunda edição do dia Aberto, que visou dar a co-nhecer os espaços, os projetos e as equipas que dão forma ao cumprimento quotidiano da missão legada pelo seu instituidor, procurando reforçar uma vez mais os laços com a comunidade e pro-mover junto dela um sentido de pertença.
Esta iniciativa incluiu os seguintes espaços da Fundação: Páteo de São Miguel (Paço dos Con-des de Basto, Coleção de Carruagens, Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida, Ermida de São Miguel); Fórum Eugénio de Almeida / Casas Pin-tadas; Enoturismo - quinta de valbom; Explora-ção agropecuária - Herdade de Pinheiros; lagar Cartuxa - Herdade do Alámo da Horta.
O dia 25 de setembro foi inteiramente dedicado ao público escolar. O Páteo de São Miguel aco-lheu 5 escolas da cidade, correspondendo a um total de 236 alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário. Para além de dar a conhecer os fins da Fundação e os conteúdos associados à história de cada espaço, as visitas dos grupos escolares foram também uma oportunidade para sensibilizar as novas gerações para a importância da preservação da memória histórica local e do património que dela é testemunho vivo. O Fórum Eugénio de Almeida foi visitado igualmente por 5 escolas, num total de 100 alunos. A segunda parte do programa deste dia Aberto foi dirigida ao público em geral, que teve a opor-tunidade de visitar os espaços do Páteo de São Miguel e o Fórum Eugénio de Almeida quer de forma autónoma, quer através de visitas guiadas, mediante inscrição prévia, tendo-se registado
mais de 500 visitantes. no conjunto, o Enoturis-mo Cartuxa e a exploração agropecuária recebe-ram cerca de 200 visitantes.
Em relação à edição do ano anterior, um dos prin-cipais focos de interesse do dia Aberto de 2014 consistiu na visita ao Paço de São Miguel após a reinstalação do mobiliário, artes decorativas e utilitários domésticos que deram forma à última residência do instituidor da Fundação em Évora, constituindo-se também hoje como um espaço de memória das vivências da família Eugénio de Almeida e uma janela para o estilo de vida e am-bientes sociais da elite do século xix em Portugal.
A assinalar esta ocasião, o Paço de São Miguel e o Fórum Eugénio de Almeida abriram pela pri-meira vez as suas portas a visitas noturnas, não só como forma de facilitar o acesso a todos os que não o puderam fazer neste dia em horário laboral, mas também para permitir, com um outro olhar e a uma outra luz, percorrer as memórias, a história, e apreciar as propostas de fruição cultu-ral de espaços tão emblemáticos e singulares da cidade de Évora de uma forma diferenciadora do habitual.
tal como sucedeu em 2013, a edição deste ano contou igualmente com a colaboração de mais de uma dezena de voluntários que integram o programa de voluntariado da Fundação Eugénio de Almeida os quais, de forma generosa, empe-nhada e entusiasta, asseguraram o apoio aos res-ponsáveis pela condução das visitas e prestaram a orientação e os esclarecimentos solicitados pe-los participantes do dia Aberto nos vários espaços do Páteo de São Miguel.
diA ABErtO dA FundAçãO EugÉniO dE AlMEidA
24
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
invEntáriO ArtíStiCOdA ArquidiOCESE dE ÉvOrA
realizou-se, no dia 30 de outubro, o Colóquio inventário Artístico da Arquidiocese de Évora, que assinalou o encerramento formal deste projeto emblemático desenvolvido pela Fundação Eugé-nio de Almeida ao longo de 12 anos.
O programa incluiu a conferência O Inventário Artístico como mais-valia cultural e científica, pro-ferida pelo historiador e investigador vitor Serrão, que destacou a importância do inventário realiza-do para o conhecimento e salvaguarda do Patri-mónio.
O painel Reflexão Crítica, contou com as inter-venções de Artur goulart de Melo Borges, Coor-denador técnico-científico do projeto, Ana Cris-tina Baptista, diretora de Projetos da Fundação Eugénio de Almeida, Pedro Albuquerque, cofun-dador e diretor Criativo da Albuquerque desig-ning Business, e de Fernando Cabral, diretor-ge-ral da empresa Sistemas do Futuro. Coube a estes oradores fazer uma análise do projeto na perspe-tiva das suas diversas componentes – científica, gestão financeira, identidade gráfica e gestão da
base de dados In Patrimonium Premium.no painel O Impacto dos Resultados participaram Sandra Costa Saldanha, diretora do Secretariado nacional dos Bens Culturais da igreja, ricardo Pi-nheiro, Presidente da Câmara Municipal de Cam-po Maior, e António Camões gouveia, docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade nova de lisboa.
A Aplicação de Fundos Comunitários foi o tema do terceiro painel, que teve como oradoras Maria do Carmo ricardo, Secretária técnica da unida-de valorização do território – Comissão de Coor-denação da região Alentejo, e Marta Alter, Coor-denadora da Associação local MOntE, ACE. As suas intervenções centraram-se na importância dos financiamentos para a prossecução de pro-jetos culturais, como o do inventário Artístico da Arquidiocese de Évora.
no último painel – O Olhar dos Especialistas -, participaram Carlos Pombo, Fotógrafo de bens culturais, Manuela Pinto da Costa, Conservadora-restauradora na área dos têxteis, rui galopim de Carvalho, gemólogo, e isabel tissot, Conserva-dora-restauradora na área dos metais.
O Colóquio encerrou com o lançamento do livro Memória e Esplendor – Arte Sacra na Arquidioce-se de Évora, apresentado por Joaquim Oliveira Caetano, Historiador de Arte e Conservador da coleção de pintura do Museu nacional de Arte Antiga. A edição resume o longo caminho de descoberta do legado móvel diocesano, dando a conhecer algumas das suas mais significativas peças.
25
RelatóRio & CoNtaS 2014
LÁ FORA: FEStivAl dE ArtES PErFOrMAtivAS
nos dias 13 e 14 de junho, realizou-se nos espa-ços exteriores do Páteo de São Miguel e do Fórum Eugénio de Almeida o festival transdisciplinar de artes performativas, lá FOrA. A associação cul-tural O Espaço do tempo assegurou a produção do festival, sob a direção artística de rui Horta.
Aos cinco espetáculos do programa assistiram, no total, cerca de 900 espetadores, que puderam apreciar a diversidade e a riqueza da criação artística contemporânea através da dança, da música e da performance.
O programa teve início no Páteo de São Miguel com a performance Fica no Singelo, uma nova criação de Clara Andermatt que propõe um es-treito diálogo entre o folclore português e a dança contemporânea. no final, o público foi convida-do a participar num baile mandado, dinamizado pela associação Pédexumbo.
no dia 14, no pátio de honra do Fórum Eugénio de Almeida, os bailarinos António Cabrita e São Castro apresentaram Wasteland.
no mesmo dia, no jardim do Paço de São Miguel, o guitarrista rui Carvalho (Filho da Mãe) interpretou temas do álbum Cabeça.
O festival encerrou no Páteo de São Miguel, com dois grandes concertos: The Imaginary Life of Rosemary and Me, de Walter Benjamin, e Casulo, de Márcia Santos.
26
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
livrO AS CASAS PINTADAS EM ÉVORA
realizou-se, no dia 29 de maio, a sessão pública de apresentação do livro As Casas Pintadas em Évora, como corolário de um grande projeto de-senvolvido pela Fundação ao longo de uma dé-cada e que visou o estudo, a reconstituição e a preservação da memória histórico-artística e ico-nográfica dos frescos das Casas Pintadas.
Esta publicação teve como objetivo disseminar o conhecimento produzido e as boas práticas de conservação e reabilitação patrimonial junto da comunidade científica mas igualmente do público em geral, estimulando o seu interesse pela fruição cultural deste lugar e fornecendo-lhe “chaves de leitura” para a sua melhor compreensão.
O livro inclui o estudo interpretativo realizado pe-los historiadores Joaquim Oliveira Caetano e José Alberto Seabra de Carvalho, bem como três estu-dos dedicados à análise material e laboratorial das pinturas e às componentes de conservação e restauro, realizados respetivamente por investi-gadores do laboratório Hércules da universidade de Évora, dirigido por António Candeias, e por técnicos da Mural da História, sob a coordenação do conservador-restaurador José Artur Pestana.
A apresentação pública esteve a cargo de luis Afonso - docente e investigador no ArtiS-institu-to de História da Arte da Faculdade de letras da universidade de lisboa - que também assinou o Prefácio.
COnFErÊnCiA RICOS E POBRESNO ALENTEJO E OUTRAS ANTROPOLOGIAS
A Fundação Eugénio de Almeida e a direção regional da Cultura do Alentejo promoveram, no dia 4 de junho, a conferência Ricos e Pobres no Alentejo e outras antropologias, proferida pelo Embaixador José Cutileiro, assinalando assim as cinco décadas do estudo antropológico que realizou a uma freguesia rural do Alentejo.
O estudo Ricos e Pobres no Alentejo – conside-rado um clássico da antropologia portuguesa e europeia dos anos 70 do século xx – deu o mote para uma reflexão sobre a sociedade portugue-sa contemporânea e a crise económica e social que a afeta, enquadradas no contexto europeu e mundial.
insigne eborense, José Cutileiro partilhou as suas memórias da cidade que deixou há muitos anos, bem como a sua visão sobre o que ela é e repre-senta ainda hoje, na riqueza dos seus recursos humanos, institucionais e patrimoniais.
Seguiu-se um amplo e vivo debate com o público, composto por mais de uma centena de pessoas, entre as quais personalidades ligadas à cultura e diversos representantes de instituições públicas e da sociedade civil.
27
RelatóRio & CoNtaS 2014
A relevância do legado histórico construído pela família Eugénio de Almeida ao longo de cinco ge-rações, sob o lema Deus, Labor et Constantia, tem sido evidenciada nas últimas décadas através do trabalho de diversos investigadores e académicos.
A partir desta base sólida de conhecimento, a Fun-dação tem vindo a promover uma série de con-ferências sobre o percurso singular traçado pelos membros da família do seu instituidor, vasco Ma-ria Eugénio de Almeida, nas diferentes áreas de atividade em que se destacaram, quer no domínio económico, como industriais ou grandes empre-sários agrícolas, quer através da intervenção pú-blica que protagonizaram como deputados, Pa-res do reino, Conselheiros de Estado, Provedores da Casa Pia de lisboa, ou ainda como agentes de uma ação mecenática e filantrópica marcada por uma profunda sensibilidade para as questões do património cultural, da educação, das artes, mas também para os problemas de natureza so-cial que constituíram uma preocupação constante das sucessivas gerações.
no domínio arquitetónico e artístico, uma das ações de maior destaque realizadas pelos ante-passados do instituidor da Fundação, em particu-lar pelo seu bisavô, José Maria Eugénio de Almei-da, foi a construção do Palácio de São Sebastião da Pedreira, em lisboa, que perdura ainda no coração da capital do país como um dos edifícios de referência da arquitetura da segunda metade do século xix em Portugal.
Em junho de 2014, isabel Mendonça, na conferência Palácio de São Sebastião da Pedreira: interiores oitocentistas lisboetas ao gosto de Paris e Bruxelas, deu a conhecer alguns dos aspetos mais relevantes da construção deste edifício emblemático das vivências da família Eugénio de Almeida, destacando a ornamentação dos interiores e as artes decorativas fixas do espaço de residência, cujo requinte e exuberância funcionavam também como elementos distintivos da relevância e do estatuto alcançados pelos seus proprietários enquanto membros da elite social.
A conferência, contou com cerca de 100 partici-pantes e teve lugar no próprio Palácio de São Se-bastião da Pedreira, em lisboa, atualmente pro-priedade do Estado e afeto ao serviço do Exército Português que se associou à Fundação na realiza-ção desta iniciativa, disponibilizando para o efeito o salão nobre do edifício.
A oradora, isabel Mendonça, é diretora do Cen-tro de Estudos de Artes decorativas da Escola Superior de Artes decorativas da Fundação ri-cardo Espírito Santo Silva e investigadora integra-da do instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade nova de lisboa.
COnFErÊnCiA PALÁCIO DE SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA:INTERIORES OITOCENTISTAS LISBOETAS AO GOSTO DE PARIS E BRUXELAS
28
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
BOlSA dE MÉritO
Com a atribuição da Bolsa de Mérito do Progra-ma Alumni Eugénio de Almeida, a Fundação dis-tingue os melhores alunos finalistas dos Cursos de Economia, gestão e Sociologia da universidade de Évora. O valor da Bolsa é de 1.500,00 €.
no ano letivo 2013/2014, e de harmonia com os artigos 5º e 6º do respetivo regulamento, a Bol-sa foi atribuída aos alunos Sílvia isabel ramalho Barradas (licenciatura em Economia), João Mi-guel rodrigues Simões (licenciatura em gestão) e teresa Alexandra Baioa lopes (licenciatura em Sociologia).
Os alunos distinguidos receberam a Bolsa no dia 1 de novembro, dia da universidade de Évora.
BOlSA dE ExCElÊnCiA ACAdÉMiCA
A Bolsa de Excelência Académica, integrada no Programa Alumni Eugénio de Almeida, visa pre-miar o mérito e a excelência dos estudantes uni-versitários da região de Évora que revelem um extraordinário potencial académico e que preten-dam frequentar instituições de ensino superior na sua área de especialização, no país ou no estran-geiro, bem como apoiar a produção de conheci-mento que possa vir a causar impactos positivos neste território.
A seleção dos candidatos foi efetuada por um júri que integrou individualidades reconhecidas pela sua relevância científica, académica e profissio-nal, designadamente os Senhores Professores doutores António Baptista, Jorge Araújo, Manuel Ferreira Patrício, Maria do Carmo Fonseca e dr. vitor Bento.
no ano letivo 2014/2015, a Fundação atribuiu três bolsas a: rita Barrocas dias teixeira da Costa, aluna do 2.º Ano do Mestrado integrado em En-genharia Física tecnológica e do 1.º Ano do Curso de unidades isoladas do instituto Superior técnico da universidade de lisboa – 1.º Ciclo; Ana Beatriz rebocho Ferreira, mestranda do 1.º Ano de Perfor-mance do royal College of Music de londres – 2.º Ciclo; e Pedro Miguel gregório Carrilho, douto-rando do 1.º Ano de unidade de Astronomia da queen Mary university de londres – 3.º Ciclo.
SuBSídiOS
A Fundação Eugénio de Almeida financiou as ins-tituições que se seguem:
Associação A Bruxa Teatro; Alma d’ Arame - Associação Cultural; Associação de Artistas Plásticos 100 Pavor; Associação Musical de Évora Eborae Musica; departamento de Música da Casa do Povo de lavre; Círculos de transformação; Companhia de dança Contemporânea de Évora;
1.4 PrOgrAMAS E APOiOS rEgulArES. SuBSídiOS
no conjunto, os programas, apoios regulares e subsídios atribuídos ascenderam a 53.746,00 €, representando 9% do rendimento total distribuído em 2014 pela Fundação.
Em 2014, a Fundação manteve o apoio financeiro à Fundação Salesianos de Évora (25.000,00 €) para o desenvolvimento das suas atividades educativas.
29
RelatóRio & CoNtaS 2014
Contemporâneus - Associação para a Promoção da Arte Contemporânea; Coral de Évora; Coral de São domingos; Ensemble Monte Mor - Associação Cultural; Exquorum; grupo dos Amigos de Montemor-o-novo; instituto de Cultura de Évora; O Espaço do tempo - Associação Cultural; Sociedade Operária de instrução e recreio - Joaquim António d´Aguiar; Sociedade recreativa e dramática Eborense; tEOArtiS - Associação de Atividades Artísticas e Culturais;
trulé - investigação de Formas Animadas; núcleo de Estudantes de Psicologia da universidade de Évora; e universidade Sénior de Évora.
no total estes subsídios representaram o valor de 15.750,00 €.
Os programas, apoios regulares e subsídios da área cultural e educativa estão refletidos nos seguintes gráficos:
3.000¤Música
2.750¤Teatro
5.500¤Dança
500¤Cinema
4.000¤Outros
PROGRAMAS E APOIOS REGULARES. SUbSíDIOS
SUbSíDIOS POR ATIVIDADES E PROJETOS
15.750¤Subsídios
6.840¤bolsa de Excelência Académica
4.500¤bolsa de Mérito
1.656¤Revista Eborensia
25.000¤Fundação Selesianos de évora
47%
29%
13%
8%3%
3%
25%
19%
18%
35%
31
RelatóRio & CoNtaS 2014
BAnCO dE vOluntAriAdO
Em 2014, o Banco de voluntariado (Bv) da Fun-dação Eugénio de Almeida registou 185 novas inscrições de voluntários.
no que respeita ao perfil dos novos inscritos, constata-se que 50% são jovens até aos 25 anos, 33% são adultos entre os 26 e os 49 anos e ape-nas 17% estão no grupo dos seniores, com idade igual ou superior a 50 anos.
um outro dado com interesse é o relativo ao nível da ocupação dos novos inscritos em 2014, sen-do que 51% são estudantes, 19% são pessoas no ativo, 18% estão desempregadas e apenas 12% estão aposentados.
Continua assim a verificar-se o interesse crescen-te dos mais jovens pela prática do voluntariado, um sinal inequívoco de que está a ser construída uma cultura do voluntariado a partir das novas gerações, que revelam desde cedo interesse em colaborar junto das instituições locais e em adqui-rir experiências diversificadas.
do lado da oferta de Oportunidades de volun-tariado (Ov) verifica-se uma dinâmica cada vez maior, em resultado da crescente abertura das or-ganizações à participação da comunidade.
2.1 PrOJEtO dE vOluntAriAdO
O projeto de voluntariado, as ações de qualificação para o terceiro setor e os encontros de reflexão ou de promoção do empreendedorismo e da inovação social realizados pela Fundação Eugénio de Al-meida têm continuado a merecer o reconhecimento dos seus pares e dos seus parceiros institucionais, ao nível local, regional e nacional.
no que diz respeito a projetos de intervenção, sobressai o seu projeto de voluntariado Cultural, que em 2014 se aprofundou e consolidou, tendo sido destacado pelo Conselho nacional para a Promo-ção do voluntariado na Sessão Comemorativa do dia internacional dos voluntários, promovida por aquela entidade.
também o projeto de voluntariado de Proximidade merece uma menção especial, pela diferença que continuou a fazer na vida de muitas pessoas e famílias da cidade de Évora, envolvendo cada vez mais voluntários e mais organizações e criando redes com a comunidade local.
2. árEA SOCiAl
32
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiAATIVIDADE InSTITUCIOnAL E ESTATUTÁRIA
Este ano, o Bv divulgou 75 Oportunidades de vo-luntariado, correspondente a um aumento de 71%, relativamente a 2013. Estas Ov foram promovidas fundamentalmente por entidades públicas e priva-das do concelho de Évora, tendo sido encaminha-dos pelo Banco de voluntariado 384 voluntários.
durante este ano aderiram ao Bv duas novas organizações - Juventude Sport Clube de Évora e Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas nº4 de Évora - que solicitaram o registo e os serviços do Bv em matéria de divulgação de oportunidades de voluntariado e captação de voluntários.
inFOrMAçãO E COMuniCAçãO
A Fundação Eugénio de Almeida completou, em 2014, 13 anos de trabalho na área do voluntariado e é uma referência nacional nesta área. um dos in-dicadores que ajudam a compreender esta afirma-ção é a quantidade de convites, pedidos de apoio ou de parceria que durante todo o ano chegam por parte de entidades de todo o território nacional, mas também do contexto europeu.
Sem capacidade de corresponder positivamente a todas as solicitações, a Fundação tenta estar pre-sente e colaborar sempre que possível.
no que diz respeito à partilha de conhecimento, des-taca-se a dinamização da sessão Estou Ocupado ou Ocupo-me, promovida em fevereiro pela APPACdM de Évora na qualidade de entidade executora do CldS+ - Contrato local de desenvolvimento So-cial +, projeto que visa promover a inclusão social dos cidadãos do Concelho. O objetivo da sessão foi sensibilizar os beneficiários do rendimento Social de inserção e os desempregados para a importância do voluntariado e da responsabilidade social.A Fundação apresentou em novembro uma comu-nicação sobre a experiência de voluntariado Sénior internacional na Conferência Guimarães - Volunta-
riado e Solidariedade e, em dezembro, uma comu-nicação sobre o seu projeto de voluntariado Cultu-ral nas Comemoração oficiais do dia internacional dos voluntários, promovida pelo Conselho nacional para a Promoção do voluntariado, em Santarém.
no plano internacional, a Fundação participou, a convite do Conselho nacional para a Promoção do voluntariado, na quinta edição da Conferência in-ternacional sobre voluntariado, que teve lugar entre os dias 1 e 4 de julho, em genebra, na Suíça. Pro-movida pelo unOg - united nations Office of ge-neve - Centro Permanente de desenvolvimento de voluntariado, e pela organização da sociedade civil russa vector of Friendship. A Conferência decorreu sob o tema Volunteerism - Avenue for Social Trans-formation e teve como principal objetivo fomentar a cooperação, o debate e a troca de experiências sobre boas práticas de voluntariado social entre or-ganizações de voluntários de diferentes países, no-meadamente da Europa Ocidental e dos países de leste. A Fundação Eugénio de Almeida integrou o painel diversity of volunteer activity, com uma comu-nicação sobre a experiência de voluntariado social em Évora, suas particularidades, componentes de inovação e práticas bem-sucedidas.
EnCOntrO dE PrOJEtOS dE vOluntAriAdO nO APOiO A PESSOAS idOSAS EM ÉvOrA
A Fundação foi promotora do Encontro de Proje-tos de voluntariado no Apoio a Pessoas idosas em Évora, realizado no dia 30 de janeiro e que contou com 23 participantes de 8 instituições da cidade: Câmara Municipal de Évora, Centro distrital da Se-gurança Social, instituto Português do desporto e da Juventude, Cruz vermelha Portuguesa, Associação Académica da universidade de Évora, Aliança So-lidária e terapêutica, Banco do tempo de Évora e a própria Fundação. O principal objetivo deste en-contro foi promover o conhecimento dos projetos desenvolvidos por estas instituições e os seus fatores de diferenciação, na perspetiva de que a estrutura-
33
RelatóRio & CoNtaS 2014
ção de intervenções profícuas passa essencialmente por um bom conhecimento da realidade local e, ne-cessariamente, pela auscultação dos pares.
i EnCOntrO dE PrOJEtOS dE vOluntAriAdO dE PrOxiMidAdE - rESPOStAS SOCiAlMEntE inOvAdOrAS
Este Encontro, realizado no dia 27 de março, reu-niu cerca de 150 técnicos de organizações do ter-ceiro setor e voluntários de todo o país. teve como objetivo repensar o voluntariado de Proximidade face às necessidades sociais emergentes. Esta é uma área de intervenção que a Fundação tem vin-do a desenvolver na perspetiva da investigação-a-ção, produzindo, aprofundando e sistematizando conhecimento e práticas.
da Sessão de Abertura destaca-se a conferência Nova Realidade Demográfica e Problemas Sociais Contemporâneos, proferida por Maria Filomena Mendes, Presidente da Associação Portuguesa de demografia.
Para além de uma reportagem sobre o Projeto de voluntariado de Proximidade da Fundação foram apresentados outros projetos nacionais, promo-vidos pela Casa do voluntário da Madeira, pelo gAStagus – grupo de Ação Social do tagus, pela Santa Casa da Misericórdia da Amadora, e pelas Câmaras Municipais de Aljustrel, Amadora, Mato-sinhos e viana do Castelo.
O programa do Encontro incidiu ainda sobre os temas Sustentabilidade e gestão técnica dos Pro-jetos, Comunicação e relação interinstitucional, Coordenação dos voluntários e Práticas de inter-venção, e Ser voluntário de Proximidade, que sus-citaram o debate e a troca de experiências entre os participantes.
diA intErnACiOnAl dOS vOluntáriOS
no âmbito da comemoração do dia internacio-nal dos voluntários, que a Fundação promove anualmente, desenvolveu-se um conjunto de ini-ciativas entre os dias 3 e 5 de dezembro, do qual se destaca:
- Cerimónia de reconhecimento Público aos 96 voluntários que participaram, de forma ativa e empenhada, nas ações de voluntariado realiza-das pela Fundação em 2014, quer no apoio às famílias ou a idosos isolados através do volun-tariado de Proximidade; nas ações solidárias em casas de particulares ou em espaços públicos; nas ações de sensibilização e campanhas de di-vulgação do voluntariado; e no Projeto de volun-tariado Cultural. na sessão foi ainda manifestado reconhecimento público às 13 instituições que se destacaram na promoção de oportunidades de voluntariado na cidade.
- ii Encontro Voluntariado e a Pessoa com Defi-ciência, que reuniu representantes da Segurança Social, formadores e técnicos de organizações da área da deficiência num debate sobre estratégias para uma maior participação de voluntários nes-tas organizações, através de novos projetos e no-
34
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiAATIVIDADE InSTITUCIOnAL E ESTATUTÁRIAATIVIDADE InSTITUCIOnAL E ESTATUTÁRIA
vas formas de participação, de integração e de motivação dos voluntários.
- Encontro de Entidades de voluntariado de Proxi-midade e Encontro de voluntários de Proximidade para balanço das atividades realizadas em 2014 e recolha de sugestões para o ano de 2015.
no total, as iniciativas realizadas registaram 171 participantes.
ruBriCA dE rádiO VOLUNTARIAMENTE
desde 2012 que a Fundação Eugénio de Almeida promove, em parceria com a AJPrA - Associa-ção de Jovens Professores do Alentejo / Centro unESCO Aldeia das Ciências, a realização de uma rúbrica de rádio, semanal, com a duração de 5 minutos, sobre o tema voluntariado. neste contexto, em 2014, foram realizados 50 novos programas, com entrevistas a voluntários, respon-sáveis de organizações, beneficiários, académi-cos e formadores.
FOrMAçãO
Este ano representou uma viragem na oferta for-mativa da Fundação ao nível do voluntariado. A aposta na formação temática, que até agora parecia justificar o maior investimento, deu lugar à promoção de ações mais práticas e técnicas, procurando ir ao encontro das necessidades dos voluntários no terreno.
no total, realizaram-se 15 workshops e 3 cursos, que abrangeram um total de 247 participantes, muitos dos quais provenientes de vários pontos do país.
no âmbito da formação dirigida a técnicos ges-tores/animadores de projetos de voluntariado a Fundação realizou, no último semestre do ano, a 3ª edição do Curso intensivo de gestão do volun-tariado, para o qual contou com a colaboração do especialista espanhol victor Arias torre, licen-ciado em Pedagogia Social e Consultor-Formador nas áreas da Participação Social e voluntariado.
destacam-se ainda o workshop gestão e Anima-ção de voluntariado de Proximidade, realizado no dia 24 de julho, dirigido a organizações interes-sadas em implementar ou introduzir melhorias na gestão de projetos de voluntariado de Proximida-de; e, nos dias 17 e 18 de setembro, o workshop itinerário para Formadores em voluntariado, pro-movido pela primeira vez pela Fundação para ca-pacitar formadores na área do voluntariado. Estas ações foram dinamizadas pela equipa técnica do Bv.
Para os voluntários foram criadas, durante o ano de 2014, mais oportunidades formativas. Assim, dos 13 workshops dirigidos especialmente a este público, 6 foram de formação básica inicial - o Workshop Ser voluntário -, que no total abran-geram 92 formandos, o que corresponde a um aumento de 61% relativamente ao ano anterior. Ainda nesta área, realizaram-se 2 Cursos de For-mação em voluntariado.
na sua totalidade, durante o ano de 2014, 121 voluntários tiveram oportunidade de receber for-mação básica inicial, assumida hoje por muitas entidades locais como um pré-requisito ou critério de preferência aquando da integração de novos voluntários nas oportunidades de voluntariado que desenvolvem.
35
RelatóRio & CoNtaS 2014
Os restantes 7 workshops visaram o enriqueci-mento da prática dos voluntários em áreas temá-ticas específicas ou componentes práticas da sua ação, tais como: relacionamento com o Público em Atividades voluntárias, voluntariado em Saú-de Mental, gestão Emocional em voluntariado Social, Psicologia do luto, e Suporte Básico de vida.
5.ª EdiçãO dA ESCOlA dE vErãOdE vOluntAriAdO
realizou-se nos dias 4, 5 e 6 de junho mais uma edição da Escola de verão de voluntariado (Evv), que registou cerca de uma centena de participan-tes de todo o país.
Este ano a Evv contou com a colaboração de dois especialistas internacionais: vicente Balles-teros, professor da universidade de granada e membro do Centro Europeu de voluntariado, que proferiu uma conferência sobre o tema do volun-tariado e Envelhecimento; e izabella Csórdas, di-retora do departamento de Apoio ao visitante do Museu de Belas Artes de Budapeste e autora do li-vro volunteer Management in Cultural institutions – A Pratical Handbook, tendo apresentado alguns dos aspetos mais relevantes da sua experiência na gestão de um programa de voluntariado cultural.
do contexto nacional, a Evv contou com 13 tes-temunhos de diferentes organizações sobre expe-riências inovadoras e diversificadas nas áreas so-cial, cultural, empresarial, envelhecimento ativo, apoio a idosos e crianças, juventude, combate à pobreza e intergeracionalidade.
destaca-se o relato do grupo de voluntários sobre a sua experiência de voluntariado sénior interna-cional que decorreu de 3 a 25 de maio de 2014 na Hungria, no âmbito da parceria do programa comunitário grundtvig Senior Activator voluntee-ring Program, promovido pela Fundação.
O programa deste ano, para além de oferecer novas experiências formativas e novas oportuni-dades de interação e diálogo entre os participan-tes, trouxe como novidade uma mostra de proje-tos de voluntariado inovadores e diferenciadores, com dois objetivos: servir de exemplo para o des-pontar de projetos mais eficazes nas respostas às necessidades e aos interesses concretos das pes-soas e das comunidades; inspirar mudanças de paradigma de ação, geradoras de maior impacto social.
PROJETOS DE InTERVEnÇÃO
PrOJEtO dE vOluntAriAdO CulturAl dA FundAçãO EugÉniO dE AlMEidA
O projeto de voluntariado Cultural da Fundação evidenciou-se aos mais diversos níveis, quer a um nível mais técnico pela consolidação dos instru-mentos e procedimentos de gestão e pela criação de elementos identificativos do projeto (vestuário, cartões, cadernos), quer pelo número de voluntá-rios que nele colaboraram, pelo conjunto de ini-ciativas disponibilizadas para a qualificação desta equipa, como também pela diversificação das ati-vidades nas quais os voluntários foram chamados a colaborar.
Entre os meses de janeiro e dezembro, foram en-quadrados 32 voluntários neste projeto, cuja ati-vidade principal se desenvolve no Fórum Eugénio de Almeida, no acolhimento dos visitantes e na guardaria das exposições.
Os voluntários deram ainda apoio a iniciativas como o dia Aberto da Fundação Eugénio de Al-meida, o Festival lá Fora, a Escola de verão de voluntariado, ou as visitas guiadas ao Paço de São Miguel.
Para garantir a qualificação da equipa de volun-tariado cultural foram desenvolvidas ao longo do
36
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
ano cerca de 20 iniciativas de formação e informa-ção nas quais se incluem o Workshop relaciona-mento com o Público em Atividades voluntárias, o Curso de Suporte Básico de vida, Sessões de infor-mação sobre a família Eugénio de Almeida, a Fun-dação Eugénio de Almeida, o Fórum Eugénio de Almeida, e a Acrópole de Évora, bem como outras ações específicas para cada um dos projetos expo-sitivos inaugurados durante este ano e para os dife-rentes espaços patrimoniais da Fundação.
GRUNDTVIG SENIOR ACTIVATOR PROGRAM
Em 2014, teve lugar a primeira experiência da Fundação em matéria de gestão de um projeto de voluntariado internacional.
O Senior Activator Program - learning for best commu-nity practices, resultou de uma parceria com o ÖKA - Centro nacional de voluntariado da Hungria.
neste sentido foi apresentada uma candidatura ao programa Education and Culture Lifelong Learning Program GRUNDTVIG: Projetos de Voluntariado Sé-nior (GIVE). Este programa tem como objetivos pro-mover a cooperação transfronteiriça na abordagem ao desafio da educação de adultos e do envelheci-mento ativo da população na Europa; apoiar adul-tos que pretendem aumentar os seus conhecimentos e competências, através da participação em ações de formação individual noutro país.
Este projeto foi entendido pela Fundação como uma oportunidade única a vários níveis, nomeadamente de diversificar o seu projeto de voluntariado, abrir novas oportunidades para os voluntários locais, res-ponder ao desafio do envelhecimento ativo na pers-petiva da aprendizagem ao longo da vida, aprofun-dar o trabalho em rede e as relações internacionais, com ganhos de aprendizagem técnica no que se
refere ao processo e à metodologia de gestão de voluntariado internacional.
Em termos concretos, foi dada a oportunidade a 6 voluntários seniores, com mais de 50 anos, resi-dentes em Évora, de participar num programa de 3 semanas de voluntariado na Hungria e a 6 voluntá-rios húngaros de participarem num programa de 3 semanas de voluntariado em Évora.
A experiência do intercâmbio encontra-se relatada no Blogue Senior Activator Program criado no âm-bito deste projeto (http://senioractivatorprogram.blogspot.pt/).
vOluntAriAdO dE PrOxiMidAdE
Os núcleos de voluntariado de Proximidade dinami-zaram, ao longo do ano de 2014, através da parti-cipação de voluntários e de organizações parceiras, um conjunto de atividades nas 4 estruturas existentes nas freguesias do Centro Histórico, Horta das Figuei-ras-Malagueira, Senhora da Saúde e Bacelo.
Procurou-se ao longo deste ano criar comunidade, o que significou consolidar os valores comunitários da interajuda e da proximidade, estreitar parcerias, reforçar a rede de organizações envolvidas, e expe-rimentar algumas microiniciativas que visaram mar-
37
RelatóRio & CoNtaS 2014
car a presença do projeto no terreno e chegar mais perto de quem precisa.
Aderiram duas novas organizações ao projeto: o lar de Santa Helena, que apoia mulheres vítimas de violência doméstica, e a associação MetAlentejo, que presta apoio a pessoas com doença mental.
O projeto aposta fortemente na participação cívica dos seus voluntários e no conhecimento da reali-dade onde atuam, tendo por isso desenvolvido o programa Conhecer para Atuar, que incluiu visitas a instituições e bairros da cidade de Évora, entre os quais a liga de Amigos do Hospital de Évora, a Associação Chão dos Meninos, o lar recolhimento ramalho Barahona, a Polícia de Segurança Pública e o Bairro da Senhora da Saúde. Este programa en-volveu 60 participantes.
realizaram-se 6 encontros da série Desafios do Vo-luntariado, que visam promover a identificação, a formação não formal e a animação dos voluntários de proximidade, assim como divulgar o projeto de voluntariado na comunidade. Foram trabalhados temas como A minha primeira experiência de volun-tariado de Proximidade ou O risco de saturação dos voluntários sociais, entre outros. Os desafios decor-reram, com é usual, em diversas organizações da cidade de Évora que colaboram com os núcleos, tendo participado mais de 70 voluntários.
As atividades dinamizadas no âmbito dos núcleos de voluntariado de Proximidade, que já envolveram 9.053 pessoas nas suas ações desde 2006, tiveram em 2014 a participação de 150 voluntários e en-volveram 2.300 pessoas em atividades de natureza diversa, tais como encontros comunitários, ações solidárias, visitas a locais de interesse cultural e pa-trimonial para voluntários e beneficiários ou ações de promoção e divulgação nos núcleos da Horta das Figueiras e Malagueira, Senhora da Saúde, Ba-celo e Centro Histórico.
neste contexto, foram realizadas 41 atividades, que beneficiaram diretamente 47 instituições. neste contexto, realizou-se ainda uma ação junto de uma associação de idosos e reformados fora do âmbito territorial do projeto, em São vicente do Pigeiro, e que visou a requalificação de dois espaços daquela instituição.
realizou-se, com a colaboração de 20 voluntários de proximidade, um conjunto de ações de divulga-ção do projeto nas unidades de Saúde Familiar Ebo-rae e Planície e pelos bairros da Senhora da Saúde e Centro Histórico, tendo em vista recrutar novos vo-luntários, angariar novos beneficiários e divulgar os encontros comunitários de “Boa vizinhança”.
Ao longo do ano de 2014 foram beneficiárias do projeto 40 famílias através do apoio de 56 voluntá-rios de proximidade, que foram diariamente geridos e acompanhados pela equipa técnica da Fundação Eugénio de Almeida e pelos 8 conselheiros de pro-ximidade.
no que diz respeito às tipologias de apoios pres-tados, os voluntários deram apoio às instituições - numa perspetiva de complementaridade dos seus serviços, mas também a pessoas e famílias nas suas residências, tendo desenvolvido atividades psicosso-ciais (animação, leituras, caminhadas, ida às com-pras, levantamento de reformas…) com idosos ou atividades de cariz social (toma de medicamentos, idas ao médico, acompanhamento pessoal, des-canso do cuidador), acompanhamento de crianças no percurso casa-escola-casa permitindo a concilia-ção da vida familiar/profissional dos pais, apoio a famílias monoparentais, acompanhamento e apoio ao estudo de crianças e jovens, ensino de línguas estrangeiras, apoio a doentes com doença mental, entre outros.
no total, foram prestados 1.500 apoios em 2014, somando já mais de 10.000 desde 2006.
38
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
ESTUDOS E PROJECTOS
PrOJEtO ALENTEJO EMPREENDE
Financiado pelo inAlEntEJO e desenvolvido em parceria com a AdrAl – Agência de desenvolvi-mento regional do Alentejo, este projeto encerrou a 30 de junho de 2014, tendo a Fundação reali-zado um conjunto de iniciativas para a promoção do Empreendedorismo e para a inovação Social.
neste âmbito, realizou-se no dia 29 de janeiro uma Sessão de Apresentação do Programa ErASMuS+, em colaboração com o Centro de informação Eu-rope direct Alentejo Central e litoral da AdrAl e com a Agência nacional PrOAlv. Este programa é um instrumento financeiro bastante pertinente para as organizações do terceiro setor, que engloba as diversas ações para a educação, para a formação, para a juventude e para o desporto na Europa no horizonte 2014-2020.
no dia 30 de abril, a Fundação organizou a Ses-são de Apresentação Pública do Manual para Transformar o Mundo. na abertura destacaram-se as intervenções de Filipe Santos e luís Jerónimo, respetivamente o Presidente do Conselho Estraté-gico do instituto de Empreendedorismo Social e o responsável pelo Programa de desenvolvimento Humano da Fundação Calouste gulbenkian, en-tidades que promoveram a edição.
A apresentação do Manual, à qual assistiram 82 pessoas, foi feita por dois dos seus autores - isa-bel lopo de Carvalho, investigadora do instituto de Empreendedorismo Social e Filipe Santos, docente do inSEAd.
O Manual pretende ajudar a transformar uma ideia inspiradora numa solução inovadora com elevado impacto social em apenas 10 passos, libertando o potencial das ideias e concretizando-as em benefí-cio de um mundo melhor.
Para além destas sessões, realizou-se, no dia 8 de maio, a Conferência Social Innovation: European Vision and Trends, Local Action and Programs. Foi orador Stuart thomason, gestor de Programas da Young Foundation, um dos mais reputados centros europeus na área da inovação Social.
Estiveram presentes 52 representantes de institui-ções regionais e também nacionais, entre as quais a Fundação Aga khan, a Fundação COi, a Comu-nidade intermunicipal do Alto Alentejo, a AniMAr - Associação Portuguesa para o desenvolvimento local e a universidade nova de lisboa.
O projeto incluiu ainda dois ciclos de workshops:
Liderança em Gestão nas Organizações do Tercei-ro Setor
- Personal Branding para Lideres do Terceiro Setor, dias 6 e 13 de fevereiro, dinamizada por nelson Emílio - orador, formador e estrategista nas áreas de Personal Branding, Comunicação e liderança, a nível nacional e internacional.
- Liderar: Criar e Inspirar, dia 13 março, dinamiza-da por Kátia Almeida, fundadora e diretora geral da Pressley ridge em Portugal, e por Frederico Fe-
2.2 quAliFiCAçãO PArA O tErCEirO SEtOr
39
RelatóRio & CoNtaS 2014
zas vital, Principal dreamer e Chief Executive drea-mer da Associação terra dos Sonhos.
- Liderança e Negociação no Terceiro Setor, dia 29 de abril, dinamizada por João Pargana, Pro-fessor Auxiliar Convidado da lisboa School of Economics & Manegement; diretor Associado do MBA e Coordenador da Pg Sales Manegement, fundador da Cherry Myle e da dynargie Portugal.
Comunicação e Liderança nas Organizações do Terceiro Setor
- Como Preparar e Elaborar um Discurso Público para Organizações do Terceiro Setor, dia 14 de novembro, dinamizada por Marta lopes, docente na área de Marketing Cultural e Comunicação da universidade lusófona, Consultora em projetos de Marketing, Comunicação, Formação Profissio-nal e Assessoria de imprensa.
- Como estruturar e fazer um Elevator Pitch na área social, dia 19 de setembro, dinamizada por Kátia Almeida, fundadora e diretora geral da Pressley ridge em Portugal, e por Frederico Fezas vital, Principal dreamer e Chief Executive drea-mer da Associação terra dos Sonhos.
- Como falar com a Comunicação Social – sessão de Media training, dias 25 e 26 de setembro, di-namizada por rui Martins, diretor de Comunica-ção e relações institucionais da dianova.
no âmbito deste projeto, realizou-se também o Curso Intensivo em Metodologia SROI - Social Return on Investment para Organizações do Terceiro Setor, que decorreu de 24 a 26 de março. teve como objetivo capacitar os técnicos das organizações do terceiro sector para a utilização da metodologia SrOi, um instrumento de gestão que permite medir e reportar o impacto e o valor social produzidos pela intervenção de uma organização. Esta ação de formação foi dinamizada pela equipa técnica da empresa
4change – Comunidades Ativas.
Considerando a importância da inovação para o desenvolvimento da sociedade, e o valor es-tratégico que a mesma representa no quadro da Missão da Fundação tendo em vista o desenvol-vimento da região de Évora, a Fundação promo-veu a realização do Estudo Inovação Social no Terceiro Setor – O Distrito de Évora, representativo do seu investimento na produção de conhecimen-to em torno deste tema.
A apresentação pública do estudo teve lugar no dia 16 de outubro, e esteve a cargo da coorde-nadora científica do projeto, isabel André, investi-gadora do instituto de geografia e Ordenamento do território da universidade de lisboa (igO-t-ul). O trabalho integra um diagnóstico sobre práticas de inovação Social das Organizações no distrito, bem como um conjunto de propostas de ação futura.
PrOJEtO PLAT.FOR.ÉVORA – PLATAFORMA PARA A COESÃO E INOVAÇÃO SOCIAL EM ÉVORA
Este projeto, promovido pela Fundação Eugénio de Almeida e cofinanciado pelo inAlentejo, teve início em janeiro de 2014 e tem como objetivo promover o networking para a inovação social, introduzindo processos organizacionais e relacio-nais inovadores com vista à melhoria do desem-penho das Organizações do terceiro Setor (OtS) do distrito de Évora e, consequentemente, das suas respostas e sustentabilidade.
40
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
Com este propósito, foram realizadas diversas atividades. Entre elas conta-se o Fórum para a Coesão e inovação Social em Évora, no dia 17 de Junho, visando dar a conhecer o projeto Plat.For.Évora – Plataforma para a Coesão e inova-ção Social em Évora e promover a reflexão para a Construção de uma visão Comum para o terri-tório, com especial enfoque nas organizações do terceiro setor.
do programa destaca-se a conferência inaugural - Coesão territorial: a necessidade de uma visão partilhada - proferida por Paulo neto, Professor do departamento de Economia da universidade de Évora, e ainda a comunicação Organizações do terceiro Setor de Évora: uma análise relacio-nal, da investigadora isabel André, na sequência do trabalho efetuado pelo igOt.
destaca-se igualmente a sessão de trabalho para a construção da visão Comum, dinamizada pela equipa técnica da Fundação afeta ao projeto. Esta reflexão conjunta teve continuidade num En-contro realizado no dia 4 de julho. Participaram cerca de 30 pessoas em representação de 18 or-ganizações do terceiro setor.
Com o objetivo de proporcionar às organizações do terceiro setor de Évora o contacto com casos concretos de negócios socias implementados por OtS, cujos resultados financeiros contribuem para a sua sustentabilidade e para o desenvolvimento da sua missão, realizou-se no âmbito deste pro-jeto uma visita a Boas Práticas que teve também, como propósito, inspirar os técnicos e os dirigen-tes das OtS de Évora para a necessária mudança organizacional. Esta visita decorreu no dia 23 de setembro, à Fundação O Século e ao Centro Co-munitário de Carcavelos.
realizou-se, nos dias 29, 30 e 31 de outubro, no Hotel da Amieira, o Lab.for.Évora – Labora-tório para Apoio ao Desenvolvimento de Novas Ideias Sociais. tratou-se de um encontro de tra-
balho com as organizações do terceiro setor com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento de ideias/projetos sociais inovadores de forma par-tilhada, entre as organizações presentes, promo-vendo a coesão e a inovação social no distrito de Évora.
Participaram neste encontro 34 representantes de organizações do terceiro que, com o apoio de consultores nas áreas do desenvolvimento de ideias e criação de negócios sociais do instituto de Empreendedorismo Social (iES), desenvolveram ideias para projetos. Estas foram apresentadas a um júri independente constituído por Yoann nes-me, cofundador da PPl – Crowdfunding Portugal; André Calado; diretor de Marketing da Fundação Mais; António Costa da Silva, vogal do inAlEn-tEJO/CCdrAlentejo; luís Cavado, diretor geral da AdrAl e António Batista, Consultor Social.
O júri selecionou os projetos: “Saltos Altos” e “raí-zes”. O primeiro, cuja equipa de desenvolvimen-to é constituída pelo lar de Santa Helena e pela Associação Pédexumbo, propõe a promoção da autonomia das mulheres vítimas de violência do-méstica, através da criação de uma incubadora de negócios sociais e da promoção do empreen-dedorismo junto destas mulheres. trata-se de um bom exemplo do potencial de trabalho entre or-ganizações que trabalham em áreas diferencia-das, designadamente a área social e a área cul-tural. O segundo projeto, “raízes”, foi proposto pela equipa composta pela Casa João Cidade e pela Cercidiana – que trabalham na área da de-ficiência -, e tem como objetivo desenvolver uma metodologia de trabalho dirigida às organizações do terceiro setor detentoras de recursos patrimo-niais diversos, com o objetivo da sua exploração para a sustentabilidade económica. Os dois projetos vencedores estão a receber men-toria por parte do iES e do FEA para o apoio à implementação de iniciativas-piloto.
41
RelatóRio & CoNtaS 2014
Ainda no âmbito do projeto Plat.For.Évora, rea-lizou-se a conferência novos negócios Sociais – uma Abordagem Jurídico-legal Para Colocar Em Prática Boas ideias Sociais, que decorreu no dia 20 de novembro. teve início com uma comuni-cação de Margarida Couto, sócia e responsável pelo Programa Pro Bono e responsabilidade So-cial Empresarial da vieira de Almeida & Associa-dos, Sociedade de Advogados, que tem vindo a desenvolver um trabalho pioneiro de investigação e reflexão sobre o enquadramento legal dos ne-gócios Sociais e sua adequabilidade à prática das organizações do terceiro setor.
Foram também apresentados testemunhos de no-vos negócios sociais pelo Presidente da Funda-ção O Século, Emanuel Martins e pelo diretor da Biovilla – Cooperativa para o desenvolvimento Sustentável, Filipe Moreira Alves. A conferência encerrou com uma comunicação proferida por Pedro da Silva Carvalho, CEO da Finance for So-cial impact e coordenador do projeto Alliance for Social impact investment, denominada investiga-ção sobre Empresas Sociais – o projecto Alliance for Social impact investment. Participaram cerca de 100 representantes de organizações a nível lo-cal, regional e nacional.
FOrMAçãO
A Fundação Eugénio de Almeida promoveu, em 2014, no âmbito da qualificação do terceiro se-tor, três ações de formação: um Curso intensivo
de Empreendedorismo para o terceiro Setor, um Curso intensivo de design Social e um Programa para o desenvolvimento da Metodologia SrOi - Social retur non investment no qual participa-ram um total 9, 13 e 14 dirigentes e técnicos, respetivamente. realizaram-se, também, 2 Ciclos de Workshops, um sobre a temática liderança e gestão e outro sobre Comunicação e liderança nas Organizações do terceiro Setor.
A formação promovida pela Fundação no âmbito da qualificação do terceiro Setor tem-se diferen-ciado pela qualidade, adequabilidade, diferen-ciação e atualidade, sendo estes fatores funda-mentais no sucesso das ações.
Foram convidados profissionais e académicos, de referência no contexto nacional, sobre as temá-ticas abordadas, tendo participado um total de 139 representantes de instituições privadas sem fins lucrativos de âmbito social e cultural nas ativi-dades formativas realizadas.
rEdE dE inFOrMAçãO
A rede informal de organizações implementada em 2005, com o objetivo de promover a partilha de informação, o conhecimento e o estabeleci-mento de parcerias e o trabalho em rede, teve um impulso bastante positivo através do projeto Plat.For.Évora - Plataforma para a Coesão e inovação Social em Évora, que veio trazer às organizações a possibilidade de refletir e trabalhar em conjunto em torno de objetivos comuns, permitindo a con-solidação desta rede que conta atualmente com 20 organizações do terceiro setor.
Ainda neste eixo, foi disponibilizada informação, através de vários documentos e publicações de in-teresse à atividade das organizações, no website qualificação para o terceiro Setor da Fundação Eugénio de Almeida.
42
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
PrOtOCOlO dE COlABOrAçãO PArA CuMPriMEntO dOS FinS EStAtutáriOS dA FundAçãO nA árEA SOCiAl
A Fundação Eugénio de Almeida manteve, em 2014, o protocolo de cooperação técnica com a Cáritas diocesana de Évora para avaliação, deci-são e acompanhamento no domínio do apoio às pessoas da comunidade em situação de carência socioeconómica.
O Atendimento Social foi alargado, tendo sido realizado em 32 polos em diversas localidades, abrangendo um total de 96 paróquias. Estes po-los estão integrados na zona Centro Sul (Alcáço-vas, viana do Alentejo, Santo Antão, São Brás, São Mamede, São Pedro, Sé (Sr.ª do Carmo), Sr.ª Auxiliadora, Sr.ª de Fátima, Sr.ª da Saúde, Sr.ª da tourega, Portel e reguengos de Monsaraz), na zona Oeste (Avis, Cabeção, Montargil, Mora, Benavente, Coruche, Samora Correia, Montemor-o-novo e vendas novas) e na zona leste (Elvas, Monforte, Cano, Estremoz, Sousel, Alandroal, Borba, redondo e vila viçosa). Para além destes,
funcionaram os polos de atendimento na sede da Cáritas diocesana de Évora que abrangem as restantes paróquias.
O fundo financeiro de 172.621,00 € disponibili-zado pela Fundação foi prioritariamente distribuí-do em apoios e subsídios pecuniários a pessoas e famílias carenciadas e em situação de emergência da região de Évora, visando protegê-las em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho; contribuir para a resolução de problemas habita-cionais; promover e proteger na saúde; promover medidas urgentes de ajuda a pessoas em risco ou em situação de exclusão social.
Foram apoiadas 1.224 famílias, às quais foram prestados 2.941 apoios, que prioritariamente (41,7%) foram para despesas domésticas. Seguiu-se a aquisição de medicamentos (18,7%), de ali-mentos (14,0%), de óculos (4,5%), o pagamento da renda de casa (3,7%), de dívidas e a aquisição de equipamentos domésticos, ambos com 2,6%.
2.3 rOgrAMAS E APOiOS rEgulArES. SuBSídiOS
no conjunto, programas, apoios regulares e subsídios atribuídos ascenderam a 246.545,00 €, representando 42% do rendimento distribuído em 2014 pela Fundação.
43
RelatóRio & CoNtaS 2014
dos apoios concedidos, 84,1% correspondem a situações de carência e 15,9% a situações de emergência.
no que respeita à incidência dos problemas sociais identificados das famílias apoiadas, destaca-se que a maioria tem um rendimento per capita inferior a 199,55€, enfrentando situações de desemprego, sendo os rendimentos provenientes de prestações sociais.
BOlSA EugÉniO dE AlMEidA
A Fundação Eugénio de Almeida protocolou com a universidade de Évora, em 2013, a integração da sua Bolsa Eugénio de Almeida no FASE-uÉ – Fundo de Apoio Social aos Estudantes da universi-dade de Évora. desta forma, criaram-se sinergias entre os programas de apoio social de ambas as
instituições, designadamente no apoio concedido aos alunos em dificuldades económicas.
Em 2014, o Conselho de Administração da Fun-dação Eugénio de Almeida determinou atribuir um conjunto de 7 Bolsas Eugénio de Almeida, no valor de 1.500,00€ cada, totalizando 10.500,00 €, a serem integradas e atribuídas de acordo com o regulamento em vigor do FASE-uÉ.
EnCArgOS EStAtutáriOS
no respeito pela vontade expressa por vasco Maria Eugénio de Almeida nos Estatutos da Fun-dação, foram mantidas as pensões de reforma e subsídios de renda e de carácter permanente às pessoas que, de modo regular, vinham sendo apoiadas pelo instituidor. Esta intervenção repre-sentou em 2014 um valor de 52.174,00 €.
44
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
SuBSídiOS
A Fundação Eugénio de Almeida financiou, atra-vés de subsídios pontuais, as instituições que se seguem:
Associação das Obras Assistenciais da Sociedade São vicente de Paulo - Casa nossa Senhora do Castelo, Associação de Surdos de Évora, Asso-ciação Escolinha de Arte, Associação Fé e luz de Portugal - Movimento Fé e luz - Comunidade de n.ª Sr.ª de Fátima; Associação Humanitária dos Bombeiros voluntários de Alandroal; Associação Humanitária dos Bombeiros voluntários de viana do Alentejo; Associação Pão e Paz; Associação para o desenvolvimento e Bem Estar Social; As-sociação para o desenvolvimento Sócio-Cultural
da zona Oeste de Évora O Casulo; Associação Portuguesa de deficientes - delegação distrital de Évora; Associação terra Mãe - lar e Centro de Acolhimento para Crianças e Jovens; Centro Social e Paroquial de Alandroal; CErCidiAnA; CErCiMOr - Cooperativa de Educação e rea-bilitação de Cidadãos inadaptados de Monte-mor-o-novo; liga dos Combatentes - núcleo de Évora; MetAlentejo; e Santa Casa da Misericórdia de Évora.
Estes subsídios representam um valor total de 11.250,00 €.
Os programas, apoios regulares e subsídios da área social estão refletidos nos seguintes gráficos:
45
RelatóRio & CoNtaS 2014
COnFErÊnCiA COMEMOrAtivA dO v CEntEnáriO dA CAnOnizAçãO dE SãO BrunO
realizou-se, no dia 11 de dezembro, a Conferência Comemorativa do v Centenário da Canonização de São Bruno, através da qual a Fundação se associou à Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli na ce-lebração do instituidor da Ordem Cartusiana. Esta foi mais uma oportunidade para reforçar os laços que unem as duas instituições há mais de meio século, mostrando e valorizando uma Cartuxa viva, espiritualmente rica e fiel à sua vocação contemplativa.
no primeiro painel do programa, o Padre Antão lópez, Prior da Cartuxa, e Joaquim Chorão lavajo, Professor Catedrático Jubilado da universidade de Évora, evocaram a vida e a santidade de São Bru-no.
Foram ainda apresentados os dois últimos trabalhos realizados no âmbito da Bolsa de investigação atribuída pela Fundação para o estudo multidisciplinar da Cartuxa de Évora: Contributos para a re-construção virtual da Livraria do Convento da Cartuxa (1587-1834), por Francisca Mendes, técnica do Arquivo distrital de Évora; e Contemplativos e solitários no coração da Igreja e do Mundo: A vida cartusiana na renovação conciliar, por João luís inglês Fontes, investigador no instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade nova de lisboa e Maria Filomena Andrade, docente na universidade Aberta.
A moderação esteve a cargo do Padre Mário tavares de Oliveira, docente no instituto Superior de teologia de Évora.
A Fundação prestou o seu apoio a diversas instituições de inspiração cristã, designadamente no âmbito do protocolo de colaboração celebrado com a Arquidiocese.
Apoiou ainda as missões populares associadas à visita Pastoral do Senhor Arcebispo de Évora.
no conjunto, programas, apoios regulares e subsídios atribuídos ascenderam a 291.182,00 €, repre-sentando 49% do rendimento total distribuído em 2014 pela Fundação.
3. árEA ESPirituAl
3.1 PrOgrAMAS E APOiOS rEgulArES. SuBSídiOS
46
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
PrOtOCOlO dE COlABOrAçãO COM A ArquidiOCESE dE ÉvOrA
Com o propósito de melhorar e qualificar a sua intervenção no domínio espiritual, a Fundação Eugé-nio de Almeida manteve, em 2014, o Protocolo de Colaboração com a Arquidiocese de Évora.
O fundo financeiro no montante de 80.000,00 € foi prioritariamente distribuído em apoios destinados à conservação e dignificação do Património e à Formação.
no âmbito deste programa foram apoiadas as seguintes instituições:
departamento da Pastoral da Família; Fábricas das igrejas Paroquiais das Freguesias de: Alcáçovas, lavre, São Bartolomeu, terena e São Manços; Paróquias de: nossa Senhora da Assunção de Elvas, nossa Senhora da Conceição de Alandroal, nossa Senhora da graça de Coruche, nossa Senhora da natividade das Silveiras, nossa Senhora de Brotas, São Miguel de Machede; Santa Maria da graça de Monforte; Seminário diocesano Missionário Redemptoris Mater Nossa Senhora de Fátima; Seminá-rio Maior de Évora; e vice-Postulação para a Causa da Canonização.
APOiOS rEgulArES
Foram ainda mantidos os apoios regulares a diversas instituições, como segue:
Cartuxa Santa Maria Scala Coeli 55.212,00 €
gabinete técnicoda Arquidiocese de Évora 6.000,00 €
instituto Superior de teologia de Évora 52.470,00 €
residência do Espírito Santo 16.500,00 €
Seminário Maior de Évora 16.500,00 €
Serviços diocesanos da Ação religiosa e Pastoral 30.000,00 €
47
RelatóRio & CoNtaS 2014
SuBSídiOS
Foram também atribuídos apoios pontuais, num total de 9.500,00 €, ao Cabido da Sé de Évora e ao instituto Superior de teologia de Évora.
Os programas, apoios regulares e subsídios da área espiritual estão refletidos nos seguintes gráficos:
49
RelatóRio & CoNtaS 2014
| II. gEStãO E AtividAdES PrOdutivAS |
Em 2014 a atividade produtiva da Fundação Eugénio de Almeida teve aumentos significativos em várias áreas, o que se traduziu, por um lado, num crescimento acentuado das vendas, que ultrapassaram os 20,5 milhões de Euros e, por outro, num elevado valor da variação da Produção.
de sublinhar o constante crescimento das áreas regadas, que no final do ano atingiam um total de 1.689ha, incluindo as áreas de pivots (674ha) e gota-a-gota (1.015ha com vinhas e olivais).
A equipa técnica e de gestão da Fundação Eugénio de Almeida trabalhou durante vários meses no Plano de Médio Prazo (2014-2020), documento de orientação estratégica no qual se pretende definir as atividades prioritárias a desenvolver e os investimentos necessários para as realizar. Este documento mereceu aprovação do Conselho de Administração em fevereiro de 2014 e permitiu avançar com alguns investimentos não previstos no plano anual, que apontava para um total de 4,1 milhões de Euros, mas que acabou por vir a ultrapassar os 5,2 milhões de Euros.
Estão neste caso, as obras de captação e distribuição de água nas Herdades da Cabida e de Pinheiros, a aquisição de equipamentos para aumento das áreas de regadio na Herdade da Cabida, a preparação de terrenos para plantação de novas vinhas a partir de 2015 e a recuperação de vários edifícios nas propriedades.
O financiamento do volume de investimentos foi efetuado com capitais próprios e com empréstimos bancários, que levaram ao crescimento da dívida bancária de médio e longo prazo em 2,6 milhões de Euros relativamente ao ano anterior. no final de 2014 não havia utilização de crédito de curto prazo, o qual teve utilizações diminutas ao longo do ano.
Os investimentos realizados foram em grande parte incluídos em projetos já aprovados para comparticipação a fundo perdido, havendo destes e de outros dos anos anteriores ainda um saldo a receber em 2015 de 1,9 milhões de Euros.
Por outro lado, no final do ano, o total das aplicações financeiras em obrigações, depósitos a prazo e à ordem, atingiram mais de 10,2 milhões de Euros, ou seja, cresceram 2,5 milhões de Euros (2,4 milhões de Euros em liquidez) relativamente a 2013.
Para os investimentos a realizar nos próximos anos, foram executados e apresentados no iFAP projetos no âmbito do Pdr2020 destinado à agropecuária e viticultura no valor de 3.288.991€ (1.497.546 € de ajudas previstas) e vitiS destinado às plantações da vinha a realizar em 2015, no valor de 470.000€ de ajuda.
Ficou praticamente concluído o projeto para a construção da nova adega e armazém de produto acabado, que foi submetido ao iFAP no início de 2015.
50
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
Os investimentos realizados atingiram um valor to-tal de 5.273.037€, que correspondem em grande parte aos que estavam previstos no plano de ativi-dades para 2014, mais os aprovados para início de execução do Plano de Médio Prazo.
A direção de gestão, com um total de 126.003€, assegurou a manutenção de património edificado e a aquisição de equipamento informático.
O restauro das casas pintadas, obras de recupe-ração no Pátio de S. Miguel, equipamentos para o Fórum e a aquisição de uma viatura, foram os investimentos mais significativos, de um total de 181.541€, da área institucional.
A direção Comercial teve um investimento de 110.072€, repartidos pela aquisição de duas via-turas, ampliação das instalações e equipamento informático.
A direção Agropecuária teve em 2014 grande responsabilidade na execução de novos projetos de investimento, que atingiram o valor global de 3.265.212€.
das atividades agrícolas, pecuárias e florestais, destaca-se a conclusão do projeto florestal na Her-dade das Murteiras, a importante obra de alarga-mento da área de regadio na Herdade da Cabida e Cabaços, que permite regar no futuro quase a
1. invEStiMEntOS
totalidade destas duas propriedades, a compra de três tratores e outros equipamentos agrícolas e a recuperação do monte da Cabida e do monte velho de Pinheiros. Estes investimentos totalizaram 2.284.747€.
no lagar Cartuxa foram concretizadas as obras de ampliação e instalados equipamentos que permiti-ram triplicar a capacidade produtiva, o que repre-sentou um valor total de investimento de 980.465€.
A direção vitivinícola aplicou um total de 1.590.209€, repartidos pelas vinhas (870.105€) e pela adega (720.105€).
nas vinhas destaca-se a plantação de novas áreas de substituição e a preparação de terrenos para as plantações a executar nos próximos três anos, com vista ao aumento da área de vinha.
também de referir a aquisição de um trator e outro equipamento agrícola, assim como a instalação de uma conduta para abastecimento de água para rega a partir do perímetro do Monte novo.
Para a adega foram adquiridas duas prensas pneumáticas, dois desengaçadores, um filtro tangencial, novas barricas, para além de outros equipamentos, e foram iniciados os projetos para a construção duma nova adega e armazém de produto acabado.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
51
RelatóRio & CoNtaS 2014
2. dirEçãO AgrOPECuáriA
A área total semeada, que foi de 1.332ha, dimi-nuiu ligeiramente devido à redução das culturas de sequeiro, mas a área de regadio semeada em 2014 cresceu e atingiu cerca de 700ha.
Mantendo-se a produção agrícola muito concen-trada na produção de milho grão e silagem e no tomate para indústria, neste caso recorrendo a uma parceria, tem-se procurado ensaiar novas culturas que permitam diversificar as atividades, como é o caso da papoila, que já se produz nos últimos três anos, e agora os brócolos para a indústria.
Os resultados da produção de milho foram bas-tante positivos pelas produtividades alcançadas, especialmente na produção de grão, o que, alia-do a um preço médio relativamente interessante, conseguido com as vendas realizadas antes da
campanha, se atingiu um valor total de vendas de 584.498€.
As restantes áreas semeadas, tanto no sequeiro como no regadio, são destinadas sobretudo à pro-dução forrageira para a pecuária, para consumo em pastoreio, feno ou silagem.
Em 2014 foram instalados mais 27 ha de pra-dos permanentes de regadio, cuja área já totaliza 151ha, repartidos pela Herdade do Freixo e Her-dade da Cabida.
no âmbito do projeto florestal, instalaram-se na Herdade das Murteiras mais 300ha de prados per-manentes, havendo atualmente nesta propriedade um total de 1.265ha destes prados, que são pas-toreados pelo efetivo ovino e suíno.
no seguimento dos anos anteriores, o regadio foi o grande foco da direção Agropecuária em 2014, quer em termos das atividades produtivas, quer a nível dos importantes investimentos já referidos.
Sequeiro Regadio Total0
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
1,600
2011
2010
2012
2013
2014
Evolução das Áreas Semeadas (2010-2014)
ÁREA(ha)
52
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiAGESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
PECuáriA
Os efetivos pecuários tiveram um crescimento sig-nificativo nos bovinos e ovinos reprodutores e um ligeiro decréscimo nos suínos.
A produção de carne de bovino está gradualmente a ser produzida com base nos prados de regadio, prevendo-se que os efetivos possam aumentar nos próximos anos.
Foram importadas 32 vacas/novilhas charolesas de França, com vista a aumentar o núcleo de vacas puras desta raça, tendo em vista a grande procura de reprodutores que se verifica no mercado.
O efetivo de ovinos da Fundação Eugénio de Almeida está localizado na Herdade das Mur-teiras, que hoje tem condições para alimentar um rebanho muito maior do que o atual, pelo que este ano foram compradas 240 ovelhas com o objetivo de se atingir rapidamente um total de pelo menos 3.500 cabeças.
FlOrEStA
Foi concluído o Projeto Florestal, que incluía como principais atividades a sementeira de prados per-manentes, adubações azotadas, calagens, podas de limpeza e arranque de árvores secas e doentes.
Este projeto que se realizou nos últimos três anos, representou um investimento total de 833.331,43€, comparticipado em 80%, sendo o valor da ajuda 666.665,14€.
Foi efetuada a extração de cortiça nas herdades das Murteiras, Cartuxa e Paço com um total de 23 500@, tendo a sua venda atingido o valor de 678.312€.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
53
RelatóRio & CoNtaS 2014
OlivAl E lAgAr
registou-se uma produção total de 1.110.943kg de azeitona, em linha com o ano anterior (1.090.524kg).
no lagar a campanha teve início no dia 20 de outubro de 2014 e terminou no dia 23 de dezembro de 2014.
Foram recebidos quase 5 milhões de Kg de azeitona, dos quais 22% da produção própria da Fundação e os restantes adquiridos a outros produtores da região.
PrOduçãO/ ExPEdiçãO dE AzEitE EM 2014
verificou-se um aumento muito significativo de ex-pedição, o que levou a algumas intervenções para melhorar o rendimento da linha de embalamento, pois em 2014 os embalamentos aumentaram 25% relativamente a 2013.
Foi alterada a imagem de todas as referências de azeite, passando a haver novas embalagens, rótu-los, caixas e tampas.
Evolução de 2004 a 2014
Kg
de A
zeito
na
2004
/200
5
2005
/200
6
2006
/200
7
2007
/200
8
2008
/200
9
2009
/201
0
2010
/201
1
2011
/201
2
2012
/201
3
2013
/201
4
2014
/201
5Li
tros
de
Aze
ite
AzEitOnA (Kg) Expon. AzEitOnA (Kg)AzEitE (l)
6,000,000
5,000,000
4,000,000
3,000,000
2,000,000
1,000,000
0
1,200,000
1,000,000
800,000
600,000
400,000
200,000
0
Com a montagem da 2ª linha de extração, a capacidade de receção e produção triplicou, levando à concentração do período de receção e transformação.
54
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
O ano de 2014 foi novamente um ano de gran-des desafios para a direção vitivinícola da Fun-dação Eugénio de Almeida. A necessidade de crescimento na produção de vinho levou-nos à procura de soluções imediatas e de curto prazo que permitissem responder afirmativamente a esse desafio. desta forma, concretizou-se o arren-damento da Adega de Perescuma e lançaram-se os primeiros trabalhos de projeto e planeamen-to para a construção de uma nova adega assim como à plantação de mais 200 hectares de vinha.
A extensão da gama de vinhos da FEA, com a inclusão de um novo produto – vinea Cartuxa – constituiu a materialização de uma intenção com algum tempo, assim como um novo desafio para a direção vitivinícola.
A produção de um vinho com qualidade compa-tível com a marca “Cartuxa”, a preço e com mar-gem reduzida, constitui um enorme e estimulante desafio para a produção.
vinHAS
O ano de 2014 caracterizou-se por uma Prima-vera húmida, com elevadas quantidades de preci-pitação. um correto acompanhamento da cultura permitiu atingir o início da vindima em boas con-dições sanitárias.
no que respeita ao potencial produtivo foi um ano com fertilidade geral média.
O período de maturação da uva decorreu em ex-celentes condições pois o tempo seco e não exa-geradamente quente durante o dia, associado a noites frescas constituem condições ótimas para atingir o objetivo principal de uma vindima qua-litativa.
3. dirEçãO vitiviníCOlA
Esta foi efetivamente uma vindima em que a aten-ção dada à uva e à segurança do processo pro-dutivo constituíram a chave do seu sucesso qua-litativo.
no ano 2014 a FEA manteve os arrendamentos das vinhas do Outeiro de Esquila (25 ha) e da Sousa da Sé (46 ha). Aumentou a área de ar-rendamentos com a negociação da inclusão das vinhas do Passareiro (18 ha) e Alegrete (15 ha), já no final do ano.
Entrou em produção a 2ª fase de plantação vinha do álamo de Cima (tintas), tendo constituindo um reforço importante na quantidade e qualidade de uva produzida pela FEA. Apesar de ter sido a primeira produção de uva tinta desta vinha, po-demos desde já confirmar o potencial qualitativo que esperávamos desta unidade.
A vindima de 2014 constituiu um novo marco na história da produção de vinho na FEA ultrapas-sando as 4.280 toneladas de uva laboradas.
relativamente ao tipo de vindima, 37,7% da uva foi vindimada mecanicamente, o que representa um acréscimo em relação ao ano anterior.
AdEgA
A vindima teve início no dia 12 de agosto e termi-nou no dia 10 de outubro.
durante o ano de 2014 mantivemos o aumento do número de garrafas de vinho produzidas na Adega Cartuxa. desta forma, implementamos na linha de engarrafamento, e de modo formal, o trabalho por turnos, sendo dois num cada vez maior período de tempo.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
55
RelatóRio & CoNtaS 2014
A política comercial adotada permitiu-nos crescer as vendas no mercado nacional, mas também fa-zer crescer as vendas no mercado intracomunitário tanto nos vinhos como nos azeites.
4. dirEçãO COMErCiAl
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
Por último, cabe-nos realçar a importância dos in-vestimentos realizados na aquisição de 2 prensas pneumáticas de maior capacidade, que permiti-ram um maior rendimento no processamento de
uva branca, e na compra do filtro tangencial que possibilitou uma maior capacidade de resposta na preparação dos vinhos de entrada de gama para o engarrafamento.
A Fundação tem, historicamente, uma concentração maior das suas vendas em mercados internacionais fora da união Europeia, dos quais destacamos Angola, Brasil e Estados unidos da América.
Vendas de Vinho
Anos
2012
2013
2014
vendas totais(1.000 ¤)
13.407
15.331
16.164
Mercadonacional
7.166
8.872
9.312
Mercadointernacional
6.241
6.459
6.852
O ano de 2014 também evidenciou a importância e o interesse da atividade turística em Portugal e no Alentejo. A Fundação tem desenvolvido o seu projeto turístico no âmbito do Enoturismo e os re-sultados são bastante interessantes e traduzem-se em aumentos constantes no número de visitantes e no valor das vendas do Enoturismo Cartuxa.
Vendas de Azeite
Anos
2012
2013
2014
vendas totais(1.000 ¤)
791
1.605
1.851
Mercadonacional
375
1.229
1.370
Mercadointernacional
415
375
481
Evolução das Vendas de Vinho
Mercado nacional Mercado internacional
2012
53%
47%
2013
58%
42%
2014
58%
42%Mercado nacional Mercado internacional
2012 2013 2014
Evolução das Vendas de Azeite
47%
53% 76%
24%
74%
26%
56
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
O ano de 2014 foi caraterizado pela continuidade nas atividades de consolidação dos sistemas de âmbito global e específico, assente nos processos de gestão da qualidade.
A melhoria contínua do sistema da gestão permitiu a obtenção de informação mais completa, fiável e tempestiva.
no âmbito do processo de certificação foram postos em prática todos os procedimentos da qualidade no que respeita à transversalidade das operações da direção de gestão, pelo que se contribuiu para melhorar os circuitos de comunicação interna da FEA, de forma a manter um sistema de informação atualizado e acessível a todos os que necessitarem de obter informações atempadas e fiáveis.
As melhorias conseguidas no ano só foram possíveis pelo envolvimento de todos no âmbito da criação de valor para a FEA, pelo trabalho e responsabilidades diretas asseguradas.
Ao nível da Formação verificou-se um acompanhamento do Plano de Formação, quer no que respeita às ações promovidas internamente, quer das ações externas.
Ainda no exercício de 2014 a direção de gestão acompanhou a execução financeira dos projetos, quer da área institucional, quer da área produtiva. neste ano destaca-se a aprovação do projeto de apoio à Adega de Pinheiros.
no capítulo das comunicações e tecnologias de informação, destaca-se o início da implementação do projeto “Cloud” e outras melhorias do sistema de gestão.
FInAnCIAMEnTOS bAnCÁRIOS
Os financiamentos bancários obtidos apresentam a seguinte evolução:
5. dirEçãO dE gEStãO
6. AtividAdE FinAnCEirA
EMPrÉStiMOSPASSivO BAnCáriO COrrEntE PASSivO BAnCáriO nãO COrrEntE
2012
2.714.0047.929.140
10.643.144
2.026.250
REDUÇÃO
2013
2.520.8198.122.004
10.642.823
321 AUMEnTO
2014
2.853.05310.425.922
13.278.975
2.636.152
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
COnTAS CAUCIOnADAS
TOTAL
57
RelatóRio & CoNtaS 2014
APLICAÇÕES FInAnCEIRAS
no exercício de 2014, as aplicações financeiras detidas, revelaram um comportamento bastante favorável, tendo a sua manutenção merecido a atenta avaliação de risco por parte da FEA, com a tomada de decisão adequada à salvaguarda da manutenção de capital e à expetativa de remuneração desejada.
Face aos limites exigidos, os rácios apresentam a seguinte evolução:
Para efeitos de cálculo do rácio acima, nos valores de caixa e depósitos, não estão incluídos os depó-sitos à ordem e a prazo, incluídos nas carteiras de investimento que no final do ano tinham um total de 5.170.103 Euros.
À semelhança do ano transato, em 31 de dezem-bro não se verifica a utilização de contas caucio-nadas.
O volume de investimento verificado no ano pro-vocou a subida do endividamento bancário de mé-dio e longo prazo, de forma a sustentar o equilíbrio dos capitais necessários ao investimento. Este au-mento quando analisado com as aplicações dispo-
níveis traduz-se em termos líquidos no mesmo nível de exposição bancária.
durante o ano foi concluída a utilização do em-préstimo JESSiCA (componente BEi e BPi), inician-do-se em 2015 a amortização da componente BPi.
Os rácios exigidos no financiamento JESSiCA são os abaixo indicados.
nET DEbT/EbITDA
(+) dívidA BAnCáriA
(-) CAixA E dEPóSitOS
(=) nEt dEBt
EBitdA
AUTOnOMIA FInAnCEIRA
FundOS PAtriMOniAiS
tOtAl dO AtivO
2014
1.25
13.278.975
5.057.342
8.221.633
6.568.023
79%
68.017.057
85.644.658
2013
1.10
10.642.823
2.648.822
7.994.001
7.236.502
81%
65.531.992
80.875.892
2012
2.97
12,669,394
632,951
12,036,442
4,049,547
78%
59,833,654
76,601,618
2011
2.95
10,559,439
876,794
9,682,645
3,285,087
80%
57,462,097
72,014,425
2010
2.26
11,666,869
1,621,526
10,045,343
4,443,267
78%
55,421,791
71,404,897
LIMITE IMPOSTO JESSICA
nET. DEbT/EbITDA
2014 e seg.
≤3X
2012-2013
≤4X
AUTOnOMIA FInAnCEIRA ≥60%
58
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
7. FOrMAçãO
A formação profissional do ano 2014 teve como base o plano de formação interna aprovado pela administração, enquanto entidade empregadora, tendo como base o levantamento de necessidade de formação efetuado em novembro de 2013. Analisados os indicadores podemos verificar: Cumprimento do Plano Formação (%): (nº total ações realizadas /nº total ações planeadas) * 100 total 2014 – 120 %
Conclui-se que:
- O objetivo da percentagem de cumprimento de formação previsto para o ano 2014 (86%) foi alcançado, atingindo-se uma percentagem de cumprimento de 120%.
no cômputo geral foram realizadas 4.165 horas de formação, repartidas por 111 Colaboradores da FEA.
Comparativamente com o ano 2013, a FEA obteve um desempenho mais favorável na taxa de cobertura e nas horas de formação. Em relação à taxa de cumprimento da formação o seu valor foi inferior.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
59
RelatóRio & CoNtaS 2014
8. rESPOnSABilidAdE SOCiAl
1. tOtAl dE trABAlHAdOrES POr tiPO dE EMPrEgO, COntrAtO dE trABAlHO E rEgiãO
no ano de 2014, em média, a Fundação Eugénio de Almeida empregou 194 pessoas a título permanente, das quais 42 com formação de nível superior, 73 colaboradores qualificados e 79 indiferenciados, afetos às seguintes direções:
dada a atividade sazonal exercida durante o ano foram contratados assalariados temporários com grau de volatilidade elevado, (35 trabalhadores/mês), com incremento deste número nos meses de agosto e setembro (+/- 88 trabalhadores/mês).
2. PErCEntAgEM dE EMPrEgAdOS rEPrESEntAdOS POr OrgAnizAçõES SindiCAiSOu COBErtOS POr ACOrdOS dE nEgOCiAçãO COlEtivA
nem todos os trabalhadores estão cobertos por organizações sindicais ou acordos de negociação coletiva.
3. PrátiCAS SOBrE rEgiStOS dE ACidEntES E dOEnçAS OCuPACiOnAiS
todos os trabalhadores estão cobertos por um seguro de trabalho o que implica o registo de participação em caso de acidente ou doença profissional.
níVEL SUPERIOR QUALIFICADOS InDIFEREnCIADOS
dirEçãO dE gEStãO 15 4 10 1
dirEçãO vitivíniCOlA 80 8 18 54
dirEçãO inStituCiOnAl/PrOJEtO 24 14 7 3
dirEçãO AgrO-PECuáriA 60 7 34 19
dirEçãO COMErCiAl 15 9 4 2
TOTAL 194 42 73 79
60
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
4. tiPOS dE lESõES, diAS PErdidOS, índiCE dE ABSEntiSMO E nÚMErO dE óBitOS rElACiOnAdOS COM O trABAlHO
não são conhecidas situações relevantes de sinistro por acidentes de trabalho.
5. COMPOSiçãO dO gruPO rESPOnSávEl PElA gOvErnAçãO dA FundAçãO, inCluindO PrOPOrçãO HOMEM/MulHEr
A governação da Fundação é exercida por um conselho de Administração composto por: Presidente em representação da Arquidiocese de Évora; representante do instituto Superior de teologia; representante da universidade de Évora; dois vogais cooptados pelos primeiros. O Conselho é coadjuvado na gestão diária da Fundação pelo Administrador delegado e pela Secretária geral.
O grupo é constituído por seis homens e uma mulher.
6. BEnEFíCiOS dOS COlABOrAdOrES AlÉM dOS PrEviStOS POr lEi:
• Relativamente à política de emprego, a Fundação oferece alguns benefícios para além das condições obrigatórias por lei:
• Contratação de seguro de saúde para todos os trabalhadores, também extensível aos seus familiares, sendo o custo implícito a esta extensão da sua responsabilidade;
• Disponibilização de espaços próprios para refeições e convívio nas diversas instalações da Fundação;
• Atribuição de um apoio no valor máximo de 500 euros a cada trabalhador para aquisição de um computador pessoal, ou das suas componentes. Em 2014, este benefício foi solicitado por 41 trabalhadores, o que representa um valor global de 33.284,53 euros;
• Atribuição de um desconto na compra de produtos comercializados pela Fundação, e facilidades de pagamento. Para uma melhor transparência e equidade do processo encontra-se em vigor um regulamento próprio;
• Concessão de empréstimos de pequeno montante, sem juros, para fins pessoais, sendo as suas condições de amortização definidas casuisticamente.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
61
RelatóRio & CoNtaS 2014
O resultado líquido de 2014 foi de 2.691.519 Euros.
O total de rendimentos atingiu em 2014 o valor de 25.909.850 Euros, representando um acréscimo de 4,21%.
9. rESultAdOS
EUROS
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
2009 2010 2011 2012 2013
0
2014
8.279.323
1.402.478445.399
788.282
Evolução dos Resultados Líquidos (2009-2014)
3.812.716
2.691.519
30.000.000
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
2009 2010 2011 2012 2013 20140
Evolução dos Rendimentos
62
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
O valor total de gastos foi de 23.218.330 Euros, o que representa um acréscimo de 10% relativamen-te ao ano 2013.
As vendas cresceram globalmente, 9%.
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
Evolução dos Gastos
2009 2010 2011 2012 2013 2014
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000
EUROS
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
PECuáriOS AzEitE
0
Evolução das Vendas (2009 -2014)
2009 2010 2011 2013 20142012
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
AgríCOlAS SilvíCOlAS vitiviníCOlAS lOJA FóruM
63
RelatóRio & CoNtaS 2014
verificou-se um decréscimo das vendas nos produtos pecuários (19%), nos restantes produtos existiu um acréscimo das vendas: agrícolas (26%), silvícolas (1.054% - devido à venda de cortiça), vitiviníco-las (5%) e azeite (20%), comparativamente ao ano 2013.
Analisando a evolução das vendas de produtos, podemos verificar o acréscimo de valor nos produtos acima referidos, contrapondo com a diminuição de valor nos produtos pecuários (principalmente no gado bovino).
20142009 2010 2011 2012 2013
Evolução das Vendas Produtos Pecuários
1.000.000
1.200.000
800.000
600.000
400.000
200.000
EUROS
Evolução das Vendas Produtos Agrícolas
600.000
700.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
20142009 2010 2011 2012 2013
0
EUROS
800.000
64
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiAGESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
2009 2010 2011 2012 2013
800.000
Evolução das Vendas Produtos Silvícolas
500.000
600.000
EUROS
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2014
18.000.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Evolução das Vendas Produtos Vitivinícolas
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
EUROS
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
65
RelatóRio & CoNtaS 2014
Evolução das Vendas Loja Fórum
2.500.000
Evolução das Vendas Azeites
1.000.000
1.500.000
2.000.000
EUROS
500.000
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014
EUROS
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014
66
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
Em termos globais, as receitas totais da atividade produtiva (vendas área produtiva e subsídios à explo-ração agropecuários) apresentam um créscimo de 9% face a 2013, atingindo cerca de 21,1 milhões de Euros.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
Receitas Totais da Atividade Produtiva (2009-2014)
25.000.000
EUROS
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
AgríCOlAS SilvíCOlAS PECuáriOS AzEitE tOtAiS
20142009 2010 2011 2012 2013
vitiviníCOlAS
67
RelatóRio & CoNtaS 2014
As depreciações/amortizações resultam dos investimentos realizados quer no ano em análise, quer em anos anteriores. no ano 2014, a evolução das depreciações/amortizações da FEA apresentou um acréscimo de 17% face ao ano 2013.
Contudo, deve fazer-se uma análise conjunta das depreciações/amortizações com o valor de investi-mento realizado anualmente, de forma a verificar o impacto dos investimentos realizados, nas depre-ciações/amortizações do exercício económico.
2.400.000
2.600.000
2.800.000
3.000.000
3.200.000
3.400.000
3.600.000
2.722.612
2.708.933
2.500.642 2.768.267
2.985.589
3.486.613
Evolução das Depreciações/Amortizações (2009-2014)
750.000
0
1.500.000
2.250.000
3.000.000
3.750.000
4.500.000
5.250.000
EUROS
invEStiMEntOS dEPrECiAçõES/AMOrtizAçõES
2014
2014
2009
2009
2010
2010
2011
2011
2012
2012
2013
2013
68
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
durante o ano de 2014, foi possível, dar cumprimento ao disposto na alínea b), do nº 3, do artigo 10º, do CirC com recurso a reservas do fundo patrimonial da FEA, ainda que não na totalidade.
Efetivamente o nível de aplicação ascendia a 2.130.890,64 Euros, resultante de 50% do valor do rendimento global líquido, que seria sujeito a tributação no ano de 2013, no valor de 4.261.781,28 Euros.
O valor a afetar pode ser efetuado até ao fim do quarto período de tributação posterior a 2013, ou seja até 2017. Assim, no ano de 2014, foi possível afetar o valor de 1.073.775,26 Euros, contribuin-do para a melhoria das atividades inerentes a muitas das entidades apoiadas.
nestes termos as aplicações no ano de 2014, traduziram-se na seguinte expressão:
transferências para terceiros 590.223,20 Euros
Projetos próprios 483.552,06 Euros
10. APliCAçãO dE rESultAdOS
Existe expetativa da futura afetação do valor ainda não aplicado, o qual ascende a 1.057.115,38 Euros, no período previsto de forma a dar cumprimento ao disposto no artigo 10º do CirC.
Para efeitos da aplicação dos resultados apurados no ano de 2014, propomos que o resultado positi-vo, no valor de 2.691.519,49 Euros, seja afeto a:
transferências para terceiros 613.529,00 Euros (orçamento 2015)
reservas livres 2.077.990,49 Euros
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
tOtAl APliCAdO 1.073.775,26 Euros
69
RelatóRio & CoNtaS 2014
11. FACtOS SuBSEquEntES APóS tErMO dO ExErCíCiO
não se verificam factos a divulgar após o termo do exercício.
71
RelatóRio & CoNtaS 2014
O crescimento das produções da Fundação Eugénio de Almeida em 2014 verificou-se de uma forma transversal nas suas atividades, fruto dos investimentos recentes em novas áreas de regadio e mais plantações, a par de uma grande capacidade de resposta ao aumento da procura dos seus produtos, o que também passou pelo lançamento de uma nova marca de vinho.
Este potencial de crescimento baseado no património rústico, permanentemente melhorado, só pode acontecer graças ao desempenho de variadas equipas, que cada vez mais vêm comprovando a sua grande dedicação e elevado profissionalismo, sem o que seria impossível obter os resultados positivos dos últimos anos.
de facto, em 2014 foi mais uma vez atingido o maior valor de vendas de sempre e o resultado líquido de 2.691.519€, retirando o efeito de 1.251 mil euros de um subsídio no resultado de 2013, representa o aumento de 5% desse resultado.
| III. COnCluSõES |
Por outro lado, houve um aumento muito acentuado do valor da variação da Produção, por via de maiores existências de vinho, azeite e efetivos pecuários.
A capacidade de execução de investimentos de grande envergadura foi mais uma vez comprovada, o que deixa muita confiança e a certeza de se poderem atingir os enormes desafios que estão projetados para os próximos anos.
As reservas financeiras acumuladas, a capacidade de contrair novos empréstimos em condições favoráveis, a boa gestão de projetos para a comparticipação do financiamento dos investimentos, assim como o capital humano e a cultura da instituição, virada para a excelência das suas realizações, são a maior garantia de um futuro cada vez mais promissor.
Maria do Céu Ramos
Secretária geral
Évora, 10 de março de 2015
Luís Faria Rosado
Administrador delegado
74
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
BAlAnçO EM 31 dE dEzEMBrO dE 2014 E 2013
DATAS
MOntAntE EM EurOS
RUBRICAS NOTAS 2014 2013
ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 7 46 228 561 45 019 525Propriedades de investimento 8 2 279 253 2 360 598Ativos intangíveis 6 396 304 110 291Ativos biológicos 18 7 047 993 6 450 126Participações financeiras - outros métodos 13.1 785 776 780 776Outros ativos financeiros 13.2 5 506 558 5 412 658 62 244 445 60 133 974Ativo corrente inventários 17 9 575 131 9 181 519Ativos biológicos 18 39 429 39 563Clientes 14.1 5 651 351 6 330 063Adiantamentos a fornecedores 30 818 5 466Estado e outros entes públicos 14.2 202 602 139 294Outras contas a receber 14.3 2 493 607 2 378 056diferimentos 16 274 066 19 135Outros ativos financeiros - 4Caixa e depósitos bancários 4 5 057 342 2 648 817 23 324 346 20 741 918Total do ativo 85 568 791 80 875 892
FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO Fundos Patrimoniais Fundo Social 19 13 705 205 13 705 205Outras reservas 19 25 746 780 22 524 287resultados transitados 19 1 337 583 1 337 583Outras variações nos fundos patrimoniais 19 24 535 969 24 152 201resultado líquido do período 19 2 691 519 3 812 716Total dos fundos patrimoniais 68 017 057 65 531 992
Passivo Passivo não corrente Financiamentos obtidos 15 10 425 922 8 122 004 10 425 922 8 122 004Passivo corrente Fornecedores 14.4 2 687 900 3 116 761Adiantamento de clientes - 318Estado e outros entes públicos 14.5 174 002 122 149Financiamentos obtidos 15 2 853 053 2 520 819Outras contas a pagar 14.6 1 371 712 1 416 764diferimentos 16 39 145 45 085 7 125 812 7 221 896Total do passivo 17 551 734 15 343 900Total dos fundos patrimoniais e do passivo 85 568 791 80 875 892
COnTAS
75
RelatóRio & CoNtaS 2014
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2014 2013vendas e serviços prestados 23 20 948 754 19 180 051Subsídios à exploração 12 1 183 275 1 209 805ganhos/perdas imputados de subsidiárias, assoc. e empreend. conjuntos 13.3 102 085 84 433variação nos inventários da produção 17 1 344 123 571 354trabalhos para a própria entidade - -Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 17 -7 308 280 -5 751 697Fornecimentos e serviços externos 20 -5 844 089 -5 943 226gastos com o pessoal 21 -4 772 343 -4 167 571imparidade de inventários (perdas/reversões) 10 e 17 -538 243 -534 907imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 10 15 439 -89 970Provisões (aumentos/reduções) 11.1 e 25 - 725 730Aumentos/reduções de justo valor 13.2 231 740 146 271Outros rendimentos e ganhos 24 1 948 698 2 845 682Outros gastos e perdas 25 -743 136 -1 039 453
Resultado antes de depreciações,gastos de financiamento e impostos 6 568 023 7 236 502
gastos/reversões de depreciação e de amortização 22 -3 486 613 -2 985 589
Resultado operacional (antes de gastosde financiamento e impostos) 3 081 411 4 250 912
Juros e gastos similares suportados 26 -389 891 -438 196
Resultado antes de impostos 2 691 519 3 812 716Resultado líquido do período 2 691 519 3 812 716
dEMOnStrAçãO dOS rESultAdOS POr nAturEzA dOS ExErCíCiOS FindOS EM31 dE dEzEMBrO dE 2014 E 2013
PERIODOS
MOntAntE EM EurOS
76
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
dEMOnStrAçãO dOS FluxOS dE CAixA dOS ExErCíCiOSFindOS EM 31 dE dEzEMBrO dE 2014 E 2013
PERíODOSMOntAntE EM EurOS
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2014 2013
Fluxos de caixa das atividades
operacionais - método directo
recebimentos de clientes 23 264 256 18 814 394
Pagamentos a fornecedores 14 208 957 10 665 338
Pagamentos ao pessoal 4 632 012 4 476 826
Caixa gerada pelas operações 4 423 287 3 672 230
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 2 530 -23
transferências para terceiros 28 -590 223 -589 389
Outros recebimentos/pagamentos 1 029 063 1 134 471
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 4 864 656 4 217 289
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
- Ativos fixos tangíveis 5 732 582 2 987 670
- Ativos intangíveis 334 832 26 293
- investimentos financeiros 624 339
6 067 414 3 638 302
recebimentos provenientes de:
- Ativos fixos tangíveis 85 302 -
- Subsídios ao investimento 850 568 3 686 669
- Juros e rendimentos similares 316 624 192 020
- dividendos 13.3 102 085 84 433
1 354 579 3 963 122
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) -4 712 835 324 820
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
recebimentos provenientes de:
- Financiamentos obtidos 4 2 636 152 -
2 636 152
Pagamentos respeitantes a:
- Financiamentos obtidos - 2 037 735
- Juros e gastos similares 4 460 136 509 535
460 136 2 547 270
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 2 176 017 -2 547 270
variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 2 327 838 1 994 838
Efeito das diferenças de câmbio 80 687 21 027
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 2 648 817 632 952
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 5 057 342 2 648 817
77
RelatóRio & CoNtaS 2014
DESCRIÇÃO NOTAS FUnDOS OUTRAS RESEVAS RESULTADOSTRAnSITADOS
OUTRAS VARIAÇÕES nOS FUnDOS PATRIMOnIAIS
RESULTADO LíQUIDO DO
PERíODO
TOTAL DOS FUnDOS
PATRIMOnIAIS
Posição no início do período 2013 1 19 13 705 205 22 325 394 1 337 583 21 677 190 788 282 59 833 654
Alterações no período Resultado do período 19 -788 282 -788 282Resultados não distribuídos 19 198 893 198 893Reposição dos subsídios ao inves-
timento e por receber/regularizar 12 -1 782 204 -1 782 204Subsídios ao investimento atribuídos 12 4 257 216 4 257 216 2 198 893 2 475 012 -788 282 1 885 622Resultado líquido do período 3 3 812 716 3 812 716
Posição no fim
do período 2013 4=1+2+3 19 13 705 205 22 524 287 1 337 583 24 152 201 3 812 716 65 531 992
dEMOnStrAçõES dAS AltErAçõES nOS FundOS PAtriMOniAiS dO PEríOdO dE 2014
MOntAntE EM EurOS
DESCRIÇÃO NOTAS FUnDOS OUTRASRESERVAS
RESULTADOSTRAnSITADOS
OUTRAS VARIAÇÕES nOS FUnDOS PATRIMOnIAIS
RESULTADO LíQUIDO DO
PERíODO
TOTAL DOS FUnDOS
PATRIMOnIAIS
Posição no início do período 2014 5 19 13 705 205 22 524 287 1 337 583 24 152 201 3 812 716 65 531 992
Alterações no período Resultado do período 19 -3 812 716 -3 812 716Resultados não distribuídos 19 3 222 494 3 222 494Reposição dos subsídios ao inves-
timento e por receber/regularizar 12 -761 717 -761 717Subsídios ao investimento atribuídos 12 1 145 485 1 145 485 6 3 222 494 383 768 -3 812 716 -206 454Resultado líquido do período 7 2 691 519 2 691 519
Posição no fim do período 2014 8=5+6+7 19 13 705 205 25 746 780 1 337 583 24 535 969 2 691 519 68 017 057
78
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
AnExO ÀS dEMOnStrAçõES FinAnCEirASPArA O PEríOdO FindO A 31 dEzEMBrO dE 2014
NOTA 1 – IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
1.1 – Designação da entidadeFundação Eugénio de Almeida abreviadamente conhecida por “Fundação” ou “FEA”.
na sua forma jurídica assume-se como uma instituição de direito privado e utilidade pública, conforme publicação no diário do governo, iii Série nº 238, de 10 de outubro de 1963, reconhecida como uma instituição Particular de Solidariedade Social (iPSS), conforme decreto lei nº 4/94, 11 de janeiro e decreto lei nº 108/82, de 8 de abril.
A FEA deu cumprimento ao disposto na lei nº 1/2012, de 3 de janeiro, quanto à realização do censo dirigido às fundações, aguardando a sua avaliação. Ainda nos termos da lei nº 24/2012, de 9 de julho, elaborou proposta de revisão dos seus estatutos, tendo a mesma sido enviada para aprovação da Presidência do Conselho de Ministros e foi aprovada a 21 de julho 2014.
1.2 – SedePáteo de São Miguel 7001-901 Évora
1.3 – nIPC500 730 733
1.4 – natureza da atividadeA Fundação foi constituída em 1963 e em 1975 viu o seu património ocupado e expropriado.
Após a devolução dos bens, ocorrida na década de 80, a Fundação iniciou uma fase de relançamen-to da sua atividade e de valorização do seu património, conciliando a sua vocação institucional nos domínios cultural, educativo, social e espiritual, com uma atividade comercial de relevo e excelência, com especial incidência na região de Évora.
Face ao seu reconhecimento como iPSS, encontra-se isenta de imposto sobre o rendimento das Pes-soas Coletivas, nos termos do artigo 10º do CirC. Para o efeito é necessária a observância continuada
COnTAS
79
RelatóRio & CoNtaS 2014
de requisitos enumerados no citado artigo, merecendo destaque a afetação aos fins estatutários, de pelo menos 50% do rendimento global líquido, que estaria sujeito a tributação nos termos gerais. de-corrente deste enquadramento não são reconhecidos quaisquer impostos diferidos relacionados com diferenças entre a base contabilística e fiscal dos seus ativos e passivos.
de acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social). deste modo as declarações fiscais e de segurança social referentes aos anos de 2011 a 2014, pode-rão vir a ser sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração entende que as correções resultantes de eventuais revisões/inspeções por parte das autoridades inspetivas não terão efeitos significativos nas presentes demonstrações fi-nanceiras.
1.5 – Sempre que não exista outra referência, os montantes encontram-se expressos em uni-dade de euro.
NOTA 2 – REFERENCIAL CONTABILíSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇõESFINANCEIRAS
2.1 – Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
O decreto-lei nº 36-A/2011, de 9 de março, aprovou o regime da normalização contabilística para as Entidades do Sector não lucrativo (ESnl). nestes termos as demonstrações Financeiras anexas foram elaboradas nos termos daquele normativo conforme Aviso nº 6726-B/2011 e Portarias nº 105/2011 e 106/2011, de 14 de março.
todavia, os normativos acima indicados mereceram as consequentes adaptações em função das ne-cessidades de relato financeiro, específicas, decorrentes das atividades desenvolvidas pela FEA.
2.2 – Indicação e justificação das disposições do ESnL que, em casos excecionais, tenham sido derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da entidade.
no presente exercício não foram derrogadas quaisquer disposições do ESnl. A preparação de de-monstrações financeiras requer o uso de estimativas e seu reconhecimento que afetam as quantias
80
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte.
Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, em última análise, os resultados reais podem diferir dessas estimativas.
no entanto, é convicção da gestão que as estimativas e assunção das mesmas não incorporam riscos significativos que possam causar, no decurso do próximo exercício, ajustamentos materiais ao valor dos ativos e passivos.
2.3 - Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior.
durante o exercício findo em 31 dezembro de 2014 não ocorreram quaisquer alterações de políticas contabilísticas ou alterações significativas de estimativas, nem foram identificados erros materiais que devessem ser corrigidos, face às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 dezembro 2013.
NOTA 3 - PRINCIPAIS POLíTICAS CONTABILíSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:
3.1- bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das opera-ções, a partir dos livros e registos contabilísticos da Fundação, mantidos de acordo com as nCrF para as Entidades do Setor não lucrativo em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.
3.2 – Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:
• Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;• A entidade não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;• É provável que os benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a entidade;
81
RelatóRio & CoNtaS 2014
• Os custos suportados ou a suportar com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
O rédito proveniente das prestações de serviços e outros réditos são reconhecidos líquidos de impos-tos, pelo justo valor do montante a receber desde que todas as condições sejam satisfeitas:
• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;• É provável que os benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a entidade.
3.3 – LocaçõesAs locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancial-mente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da subs-tância e não da forma do contrato.Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação.
3.4 - Encargos financeiros com financiamentos obtidosOs encargos financeiros, relacionados com financiamentos obtidos, são reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.
3.5 - Subsídios do GovernoOs subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de ativos fixos tangíveis e ativos biológi-cos, são reconhecidos nos fundos patrimoniais e são creditados na demonstração dos resultados, de forma linear, durante o período estimado de vida útil dos ativos com os quais se relacionam.
3.6- Ativos fixos tangíveisOs ativos fixos tangíveis são registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quais-quer gastos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida.
Alguns dos ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 (data de transição para o SnC) foram revalorizados, tendo a correspondentes parcela de revalorização sido considerada como parte integrante do custo dos ativos nos termos das disposições transitórias no momento da adoção do SnC. não existem diferenças na transição de SnC para ESnl.
As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, pelo método das quotas constantes, por duodécimos e em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
82
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
MéTODOS DE AMORTIzAÇÃO, VIDAS ÚTEIS E TAXAS DE AMOR-TIzAÇÃO USADAS nOS ATIVOS
InTAnGíVEIS
DESPESAS DE InVESTI-GAÇÃO E DESEnVOLVI-
MEnTO
1
100,00%
VIDAS ÚTEIS
TAXAS DE AMORTIzAÇÃO
FInITAS
3
33,33%
1
100,00%
PROGRAMAS DE COMPUTADOR
PROPRIEDADE InDUSTRIAL
COPyRIgHTSPATEnTES
E OUTROS DIREITOSDE PROPRIEDADE
InDUSTRIAL
As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas.
O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um ativo fixo tangível é determinado como a diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo e é reconhecido em resultados no período em que ocorre a alienação.
3.7 - Propriedades de investimentoAs propriedades de investimento encontram-se mensuradas ao custo deduzido das respetivas depre-ciações.
As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, pelo método das quotas constantes, por duodécimos e em conformidade com o período de vida útil estimado.
3.8 – Ativos IntangíveisOs ativos intangíveis são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas pelo método das quotas constantes, por duodécimos, durante a vida útil estimada dos mesmos.
Métodos de depreciação, vidas úteis e taxas
de depreciação usadas nos ativos
fixos tangíveis
Vidas úteis 20 a 50 3 a 15 4 3 a 8 8 a 10
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
83
RelatóRio & CoNtaS 2014
3.9 – Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis
Sempre que exista algum indicador que os ativos fixos tangíveis e intangíveis da Fundação possam
estar em imparidade, é efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a exten-
são da perda por imparidade (se for o caso). quando não é possível determinar o valor recuperável
de um ativo individual, é estimado o valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo
pertence.
O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o justo
valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. na determinação do valor de uso, os fluxos
de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas
do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da uni-
dade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham
sido ajustadas.
Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior ao seu
valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de
imediato na demonstração dos resultados.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando exis-
tem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou di-
minuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na
respetiva rubrica de “reversões de perdas por imparidade”. A reversão da perda por imparidade é
efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (líquido de amortizações e depreciações)
caso a perda não tivesse sido registada.
3.10 – Participações financeiras
As participações financeiras em participadas na qual a Fundação não exerce o controlo nem influência
significativa são registadas ao custo de aquisição e deduzidas de eventuais perdas por imparidade. Os
dividendos atribuídos pelas empresas participadas são reconhecidos como rendimento do exercício
quando se estabelece o direito ao respetivo recebimento por parte da Fundação.
É feita uma avaliação das participações financeiras quando existem indícios de que o ativo possa estar
em imparidade, sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por impa-
ridade que se demonstre existir.
84
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
3.11 – Outros investimentos
Os outros investimentos financeiros são incluídos na categoria de “ao justo valor com as alterações
reconhecidas na demonstração de resultados”. tais ativos financeiros são mensurados ao justo valor,
sendo as variações no respetivo justo valor registadas em resultados nas rubricas “Aumento/redução
de justo valor”.
3.12 – Inventários
Os inventários de mercadorias e matérias-primas e subsidiárias foram valorizados pelo custo de aquisição.
Os produtos acabados e intermédios são valorizados ao custo produção, considerando que o mesmo cor-
responde ao valor de uso.
3.13 – Ativos biológicos
Os ativos biológicos de produção deverão ser mensurados (no reconhecimento inicial e à data de
balanço) pelo justo valor menos custos estimados no ponto de venda, salvo se o justo valor não for
fiavelmente estimado, caso em que serão mensurados pelo custo menos depreciações acumuladas e
perdas por imparidade acumuladas.
no caso dos ativos biológicos de produção, especificamente para vinhas e olival, foi adotada a men-
suração de exceção considerando que:
• Não existe um mercado suficientemente ativo para vinhas e olivais, tendo em consideração que
tais ativos não são homogéneos e que os preços não são de conhecimento público;
• As transações existentes incidem sobre o conjunto de ativos que constituem a vinha e o olival e não
apenas sobre o ativo biológico, pelo que existe um conjunto de aspetos de natureza intangível que
influenciam o preço de transação não relacionados com o ativo biológico em si e que dificultam o
processo de determinação do valor deste último;
• O preço da plantação depende de um conjunto vasto de fatores, tal como a região em que
está localizado, os aspetos climáticos e características do terreno em que a vinha ou o olival estão
implantados.
Os ativos biológicos de produção, especificamente o gado foram registados ao justo valor, com exceção
do gado reprodutor, onde se manteve o critério de mensuração ao custo deduzido das depreciações.
Os produtos agrícolas colhidos dos ativos biológicos (cortiça) foram mensurados pelo justo valor me-
nos os custos estimados no ponto de venda no momento da colheita.
85
RelatóRio & CoNtaS 2014
3.14 – Provisões
São reconhecidas provisões apenas quando a Fundação tem uma obrigação presente (legal ou implí-
cita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de
relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. tal estimativa é determinada tendo em con-
sideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a
essa data.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como pro-
visões.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados
sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não
seja remota.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quan-
do for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
3.15 - Ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Fundação se torna parte
das correspondentes disposições contratuais.
Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado dedu-
zido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:
• Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e
• tenham associado um retorno fixo ou determinável; e
• não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
86
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
O custo amortizado é determinado através do método do juro efetivo. O juro efetivo é calculado atra-
vés da taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada
do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro (taxa de juro
efetiva).
Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:
• Clientes e outras contas a receber;
• Adiantamentos de fornecedores;
• Adiantamentos de clientes;
• Fornecedores e outras contas a pagar; e
• Financiamentos obtidos.
Clientes e dívidas de terceiros
As dívidas de clientes e de outros terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal deduzi-
das de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a
quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows”
esperados, descontados à taxa efetiva, as quais são reconhecidas na demonstração dos resultados do
período em que são estimadas.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetiva-
mente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para
tal, a Fundação tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
• a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
• se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
• se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.
Fornecedores e outros credores
Os saldos de fornecedores e outros credores são registados pelo seu valor nominal, na medida em que
se tratam de valores a pagar de curto prazo, pelo que o impacto que resulta da aplicação do custo
amortizado é imaterial.
87
RelatóRio & CoNtaS 2014
Caixa e equivalentes a caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa,
depósitos à ordem e a prazo, vencíveis a menos de 3 meses, e que possam ser imediatamente mobili-
záveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes compreende
também os descobertos bancários.
Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes
de imparidade em cada data de relato. tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando
existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o
seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer
corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos
de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde
à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.
As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Perdas por imparidade” no período
em que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser obje-
tivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta
deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria
reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de
perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica “reversões de perdas por imparidade”.
88
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
A Fundação desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos
de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e
benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros
transferidos relativamente aos quais a Fundação reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde
que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
A Fundação desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liqui-
dada, cancelada ou expire.
3.16 - Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associada a estimativas
na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e
utilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as
quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento
existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, as-
sim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em
períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras,
não foram consideradas nessas estimativas.
As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão
corrigidas de forma prospetiva.
Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras
anexas foram as seguintes:
• Imparidades de inventários e contas a receber;
• Justo valor dos produtos agrícolas.
89
RelatóRio & CoNtaS 2014
3.17 - Acontecimentos subsequentes
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições
que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data
do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são
divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.
3.18 - Especialização dos exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo
qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são
recebidas ou pagas e são registadas nas rubricas de diferimentos.
NOTA 4 – FLUXOS DE CAIXA
A caixa e os seus equivalentes incluem numerário e depósitos bancários, conforme segue:
durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Fundação apresentou recebimentos de
financiamentos no montante de 5.697.452 Euros e efetuou amortizações no montante de 3.061.300
Euros.
durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Fundação apresentou recebimentos de
financiamentos no montante de 2.719.813 Euros e efetuou amortizações no montante de 2.720.135
Euros.
MEIOS FInAnCEIROS LIQUIDOS COnSTAnTES DO bALAnÇO 31.12.2014 31.12.2013
numerário 8 610 12 357
Cheques em carteira 63 1 384
SUbTOTAL 8 673 13 741
depósitos à ordem 1 448 670 565 076
Outros depósitos bancários 3 600 000 2 070 000
SUbTOTAL 5 048 670 2 635 076
TOTAL 5 057 342 2 648 817
dEPóSitOS
BAnCáriOS
CAixA
90
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 5 – PARTES RELACIONADAS
Os saldos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 e as transações realizadas nos exercícios findos na-
quelas datas com entidades relacionadas são os seguintes:
Empresa
Empresa
Saldos
Saldos
transações
transações
31/12/2014
31/12/2013
Cativa - Companhia Agrícola e turística da quinta de valbom, S.A.
Carnalentejana - Agrupamento de Produtores de Bovinos de raça Alentejana, S.A.
viborel, distribuição S.A.
TOTAL
Cativa - Companhia Agrícola e turística da quinta de valbom, S.A.
Carnalentejana - Agrupamento de Produtores de Bovinos de raça Alentejana, S.A.
viborel, distribuição S.A.
TOTAL
Clientes (nota 14.1)
-
318 076
1 555 982
1 874 057
Clientes (nota 14.1)
-
221 869
2 092 494
2 314 363
Outros empréstimos (nota 13.2)
252 236
-
-
252 236
Outros empréstimos (nota 13.2)
252 236
-
-
252 236
Fornecedores (nota 14.4)
-
122 287
199 931
322 219
Fornecedores (nota 14.4)
118 500
19 903
311 347
449 751
vendas vendas
(nota 23)
-
508 531
6 723 500
7 232 032
vendas vendas
(nota 23)
-
620 141
6 223 753
6 843 894
Outros proveitos (nota 24)
20 611
-
102 085
122 696
Outros proveitos (nota 24)
18 542
-
84 070
102 612
Compras e outrosfornecimentos
e serviços
Compras e outrosfornecimentos
e serviços
141 082
227 926
261 469
630 477
131 223
349 998
517 493
998 714
91
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 6 – ACTIVOS INTANGíVEIS
durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, o movimento
ocorrido na quantia escriturada dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumu-
ladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:
Ativo bruto: Saldo inicial 393 540 396 455 581 499 - 1 371 494 Aquisições 16 381 - 318 451 - 334 832transferências - - - - -Saldo final 409 921 396 455 899 950 - 1 706 326 Amortizações e perdas porImparidade acumuladas Saldo inicial 283 249 396 455 581 499 - 1 261 203 Amortizações do exercício (nota 22) 48 819 - - - 48 819Saldo final 332 068 396 455 581 499 - 1 310 022 Ativo líquido 77 853 - 318 451 - 396 304
Ativo bruto: Saldo inicial 286 196 396 455 581 499 81 050 1 345 200 Aquisições 1 599 - - 24 695 26 294 transferências 105 745 - - (105 745) - Saldo final 393 540 396 455 581 499 - 1 371 494 Amortizações e perdas porImparidade acumuladas Saldo inicial 250 610 396 455 581 499 - 1 228 563 Amortizações do exercício (nota 22) 32 640 - - - 32 640 Saldo final 283 249 396 455 581 499 - 1 261 203 Ativo líquido 110 291 - - - 110 291
2014
Programas de computador
Propriedade industrial
Ativos Intangíveisem curso
TotalDespesas de investigação e
desenvolvimento
2013
Programas de computador
Propriedade industrial
Ativos Intangíveisem curso
TotalDespesas de investigação e
desenvolvimento
92
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
2014
NOTA 7 – ACTIVOS FIXOS TANGíVEIS
durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:
terrenos Edifícios Equip. Equip. de Equip. Outros Ativos fixos e recursos e outras básico transporte administ. ativos fixos tangiveis naturais construções tangiveis em curso total
Ativo bruto:
Saldo inicial 16 909 910 32 518 512 20 214 536 953 608 1 068 442 573 794 61 398 72 300 201
Aquisições - 174 267 1 730 882 189 731 25 373 9 607 2 006 860 4 136 719
Alienações, sinistros,abates e regularizações - - (295 355) (173 389) (7 100) (520) - (476 364)
transferências - 355 792 617 715 13 746 (911 114) 76 139
Saldo final 16 909 910 33 048 571 22 267 777 969 950 1 086 715 596 627 1 157 144 76 036 695
Depreciações e perdas por imparidade acumuladas:
Saldo inicial 116 718 11 464 985 13 622 512 761 523 839 806 475 132 - 27 280 676
depreciações do exercício (nota 22) 12 171 1 141 552 1 611 024 111 516 76 671 24 962 - 2 977 895 Alienações, sinistros,abates e regularizações (3) - (269 428) (173 389) (7 100) (517) - (450 437)
Saldo final 128 885 12 606 537 14 964 108 699 650 909 376 499 578 - 29 808 134
Ativo líquido 16 781 025 20 442 034 7 303 669 270 300 177 339 97 049 1 157 144 46 228 561
93
RelatóRio & CoNtaS 2014
2013
terrenos Edifícios Equip. Equip. de Equip. Outros Ativos fixos e recursos e outras básico transporte administ. ativos fixos tangiveis naturais construções tangiveis em curso total
Ativo bruto:
Saldo inicial 16 909 910 25 352 694 18 421 561 884 204 959 788 520 105 6 886 121 69 934 383
Aquisições - 822 619 2 015 436 69 404 59 717 53 689 - 3 020 865
Alienações, sinistros,abates e regularizações - - (415 577) - - - (1 074 533) (1 490 111)
transferências - 6 343 199 193 116 - 48 937 - (5 750 189) 835 063
Saldo final 16 909 910 32 518 512 20 214 536 953 608 1 068 442 573 794 61 398 72 300 201
Depreciações e perdas por imparidade acumuladas:
Saldo inicial 104 547 10 480 536 12 409 040 731 755 759 814 451 402 - 24 937 094
depreciações do exercício (nota 22) 12 171 984 449 1 440 799 83 121 80 054 23 731 - 2 624 324
Alienações, sinistros e abates - - (227 327) (53 353) (62) - - (280 742)
Outras variações - - - - - (1) - (1)
Saldo final 116 718 11 464 985 13 622 512 761 523 839 806 475 132 - 27 280 676
Ativo líquido 16 793 193 21 053 527 6 592 024 192 085 228 637 98 662 61 398 45 019 525
94
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
Para efeitos de divulgação informa-se que no final do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, foi realizada uma avaliação por peritos independentes (Colliers P&i) a todas as propriedades rústicas e respetivas benfeitorias, no sentido de se apurar a estimativa do justo valor das referidas propriedades.
O total destas avaliações é de cerca de 41.182.645 Euros, sendo o valor bruto das respetivas herda-des, a 31 de dezembro de 2014, de 16.524.306 Euros.
Os ativos fixos tangíveis em curso em 31 de dezembro de 2014 apresentam os seguintes valores:
ATIVO FIXO TANGíVEL EM CURSO 31-12-2014
Propriedade
Eletrificação herdade Cabida 100 249
Pivot regadio herdade Cabida 627 190
Construção nova adega 69 455
Obras recuparação monte Velho Pinheiros 126 993
Obras recuparação monte Cabida 95 242
Conduta ligação hidrante 73 239
Ampliação hangar máquinas herdade Pinheiros 150
Vedações herdade Cabida 4 392
Projeto agrícola e vitivinícola 2015 7 500
Equipamento lagar 6 594
Molde garrafões lagar 6 288
bacelos vinhas 39 852
TOTAL 1 157 144
95
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 8 – PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
As propriedades de investimento apresentam os seguintes movimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013:
Edifícios e outras construções
Ativo bruto:
Saldo inicial 4 291 582
Aquisições 13 776
Saldo final 4 305 358
depreciações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial 1 930 984
depreciações do exercício (nota 22) 95 121
Saldo final 2 026 105
Ativo líquido 2 279 253
Edifícios e outras construções
Ativo bruto:
Saldo inicial 4 227 318
Aquisições 64 264
Saldo final 4 291 582
depreciações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial 1 840 230
depreciações do exercício (nota 22) 90 754
Saldo final 1 930 984
Ativo líquido 2 360 598
2014
2013
96
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
Para efeitos de divulgação foram as mesmas avaliadas, em finais de 2010, por perito independente o qual estimou como justo valor das mesmas o valor de 4,5 milhões de Euros.
É nosso entendimento que o justo valor daquelas propriedades em 31 de dezembro de 2014 não apresenta desvios significativos face ao indicado acima.
Os rendimentos e gastos associados às propriedades de investimento são os seguintes:
quantias reconhecidas nos resultados para rendimentos gastos diferenças rendimentos gastos diferençasrendimentos de rendas de propriedades de de rendas operacionais de rendas operacionaisinvestimento e respectivos gastos (nota 24) diretos (nota 24) diretosoperacionais diretos
Propriedades r rodrigo Fonseca 178 - lx 358 945 (34 059) 324 886 317 208 (80 228) 236 980arrendadas r rodrigo Fonseca 180 - lx 30 683 (12 050) 18 633 70 876 (62 004) 8 872 TOTAL 389 628 (46 109) 343 519 388 084 (142 232) 245 852
31/12/2013 31/12/2014
NOTA 9 – LOCAÇõES
As locações são classificadas como financeiras ou operacionais em função da substância e não da forma do respetivo contrato.
quantias quantias Entidade identificação escrituradas escrituradas locadora do contrato líquidas dos líquidas dos Começo Fim ativos ativos locados locados
Ativos fixos Pivô n.º 8 Freixo BES leasing e Factoring SA 2043721/2 02/06/08 02/06/13 - 52 426
tangíveis
TOTAL - 52 426
31/12/2013 31/12/2014Locações financeiras em vigor
9.1 lOCAçõES FinAnCEirAS
Os ativos que se encontram a ser financiados através de contratos de locação financeira, respetivas quantias escrituradas líquidas são como segue:
Prazo da locação
97
RelatóRio & CoNtaS 2014
9.2 lOCAçõES OPErACiOnAiS
nas locações operacionais, os pagamentos mínimos de locação reconhecidos como custo na rubrica de “Fornecimentos e serviços externos – rendas e alugueres”, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, ascenderam a 29.354 Euros e 27.200 Euros, respetivamente.
NOTA 10 – IMPARIDADE DE ATIVOS
nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido nas rubricas de imparidade de contas a receber e inventários foi o seguinte:
DESCRIÇÃO Saldo inicial Regularizações Reforços Reversões Saldo Final
imparidade de dividas de clientes (nota 14.1) 144 662 - 1 628 (17 066) 129 223
imparidade de dividas de outros devedores (nota 14.3) 1 493 - - - 1 493
imparidade de inventários - Mercadorias (nota 17) - - 48 866 - 48 866
imparidade de inventários - Matérias Primas (nota 17) - - 403 219 - 403 219
imparidade de inventários - Produto Acabado (nota 17) 1 469 003 (1 469 003) 21 981 - 21 981
DESCRIÇÃO Saldo inicial Regularizações Reforços Reversões Saldo Final
iimparidade de dividas de clientes (nota 14.1) 374 083 (331 966) 130 174 (27 629) 144 662
imparidade de dividas de outros devedores (nota 14.3) 14 068 - - (12 575) 1 493
imparidade de inventários - Mercadorias (nota 17) - - - - -
imparidade de inventários - Matérias Primas (nota 17) - - - - -
imparidade de inventários - Produto Acabado (nota 17) 934 097 - 534 907 - 1 469 003
31/12/2014
31/12/2013
98
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 11 – PROVISõES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES
11.1 – PrOviSõES
A provisão constituída em 2012, associada a processo judicial no âmbito do projeto Acrópole, foi utili-zada e o excesso revertido em 2013, dada a conclusão do processo. no ano 2014 não se constituíram provisões de processos judiciais.
DESCRIÇÃO Saldo Inicial Utilização Reforços Reversões Saldo Final
Provisão para processos judiciais em curso - - - - -
DESCRIÇÃO Saldo Inicial Utilização Reforços Reversões Saldo Final
Provisão para processos judiciais em curso 725 730 (380 006) - (345 724) -
31/12/2014
31/12/2013
Entidades Beneficiária Entidade Emissora Data de Emissão Valor
Alfândega de Setúbal Millennium bcp 26/01/1997 2 500
Petrogal Millennium bcp 17/10/2014 8 500
iFAP BPi 02/07/2014 284 413
11.2 - PASSivOS COntingEntES
Garantias emitidas a terceiros
Em 31 de dezembro de 2014, a FEA tinha solicitado a apresentação de garantias bancárias a favor de terceiros, no montante de 295.413 Euros as quais se detalham como segue:
Em garantia das responsabilidades emergentes dos contratos dos financiamentos obtidos (nota15), existem livranças de caução devidamente subscritas pela FEA e penhor sobre ativo financeiro detido junto do BPi Private.
(Nota 25)
(Nota 25)
99
RelatóRio & CoNtaS 2014
Entidade Prestadora Objeto Data de Emissão Valor
11.3 - ACtivOS COntingEntES
Garantias bancárias detidas sobre terceiros
A FEA apresenta-se como beneficiária de garantias bancárias no montante de 2.531.579 Euros, as quais se detalham como segue:
Construção dos edifícios a implantar em Évora, Empreitada de Obras para a reabilitação do Conjunto Edificado do Palácio da inquisição/Casa Pintadas, destinado a Centro de Arte e Cultura, loja, restaurante/Cafetaria e Centro interpretativo e do Conjunto Edificado do Páteo de S. Miguel destinado a Casa Museu, Biblioteca/Arquivo, Museu das Carruagens e loja/Cafetaria no âmbito da intervenção da Fundação Eugénio de Almeida na Acrópole xxi.
22/12/2010
29/05/2013
13/10/2014
13/10/2014
Construtora San José, SA.
Construtora San José, SA.
Messias e irmãos, lda
Messias e irmãos, lda
Total de outras garantias bancárias
trabalhos a mais s/obra acima referida.
garantir o bom e integral cumprimento do correspondente a 10% do contrtato de empreitada para a recuperação e infraestruturas do Monte da Cabida.
garantir o bom e integral cumprimento do correspondente a 10% do contrtato de empreitada para a recuperação e infraestruturas do Monte velho de Pinheiros.
340 736
34 232
15 959
10 341
401 268
100
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
Entidade Prestadora Objeto Data de Emissão Valor
Outras garantias bancárias
Em 31 de dezembro de 2014 a FEA tem também enquanto beneficiária as seguintes garantias bancárias:
Projexport, lda
tri-vin imports, inc.
Fonseca import Export gMBH
Eurotrade Corporation ii ltd
Spanische quelle gMBH
gomes Wine
vinkaelderen
Atlantico uK
teixeira duarte trading, SA
garrity Fine Wine
Cândido SArl
Mattys Wijnimport
Atlanfina
01/10/2010
01/10/2010
01/10/2010
01/10/2010
01/10/2010
05/01/2011
16/02/2011
03/05/2011
30/07/2012
01/08/2012
01/02/2013
25/02/2013
02/12/2014
Cosec, SA.
BAnCO FOMEntO AngOlA
Total de outras garantias bancárias
5 000
180 000
90 000
40 000
36 000
30 000
27 000
20 000
15 000
25 000
10 000
5 000
1 647 311
2 130 311
101
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 12 – SUBSíDIOS DO GOVERNO
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a informação relativa aos subsídios obtidos do governo é como segue:
Quantias dos subsídios reconhecidas Reconhecidas Imputados em Reconhecidas nosna demonstração dos como subsídios outros rendimentos fundos patrimoniaisresultados e no balanço à exploração e ganhos (nota 24) (nota 19)
26 847
60 71695 88624 230
20 723
23 03250 902
636
17 216157 21046 174
886
227 00025 954
289 41378 223
14 16124 066
1 183 275
134 11893 8756 876
18 661
3 42615 423
5 532107 17763 77347 505
231 95110 15823 241
761 717
2 541 0731 894 745
277 768
43 598
14 10340 982
604 825208 613274 777996 510988 800290 92222 527
8 199 243
instituto de empregoProjeto Acropóle xxi - Centro de Arte CulturaProjeto Acropóle xxi - Pateo São MiguelProjeto restauro Frescos Casas PintadasProjeto Comercialização e internacionalização - O.C.M (2014-2015)Projeto Comercialização e internacionalização - qrEn (2013-2014)Projeto Pegada do CarbonoProjeto Factor PMEProjeto inventário Artistico Arquidiocese - divulgaçãoProjeto inventário Artistico Arquidiocese - AlcácerProjeto inventário Artistico Arquidiocese - Campo MaiorProjeto inventário Artistico Arquidiocese - MourãoProjeto inventário Artistico Arquidiocese - ConsolidaçãoProjeto Acrópole Comunicação Projeto Conviver na Arte Projeto rede transfronteiriço voluntariadoProjeto Alentejo EmpreendeProjeto Forúm ProgramaçãoProjeto Plataforma Coesão SocialProjeto vida ativaProjeto recuperação e valorização Conj.Arquiol.MurteirasProjeto recuperação e valorização Jardins Casas PintadasProjeto ScultbordProjetos iFAP - gadosProjetos iFAP - FlorestaçãoProjetos iFAP - Prémio ÚnicoProjetos iFAP - Pagamento Complementar ComercializaçãoProjetos iFAP - MAA - ProderProjeto Ajuda temporal OlivalProjetos PrOdEr - Projeto vinhos que PensamProjetos PrOdEr - FlorestaçãoProjetos PrOdEr - AgropecuárioProjetos PrOdEr - vinha e Olival Projetos iFAP - vitisProjetos iFAP - AdegaProjetos iFAP - lagarProjetos iFAP - investimentos diversos
TOTAL
Demonstração dos resultados balanço
31-12-2014
102
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
Quantias dos subsídios reconhecidas Reconhecidas Imputados em Reconhecidas nosna demonstração dos como subsídios outros rendimentos fundos patrimoniaisresultados e no balanço à exploração e ganhos (nota 24) (nota 19)
instituto de empregoProjeto Acropóle xxi - Centro de Arte CulturaProjeto Acropóle xxi - Pateo São MiguelProjeto restauro Frescos Casas PintadasProjeto Comercialização e internacionalização - O.C.MProjeto Comercialização e internacionalização - qrEn (2013-2014)Projeto Pegada do CarbonoProjeto Factor PMEProjeto inventário Artistico Arquidiocese - divulgaçãoProjeto inventário Artistico Arquidiocese - AlcácerProjeto inventário Artistico Arquidiocese - Campo MaiorProjeto inventário Artistico Arquidiocese - MourãoProjeto inventário Artistico Arquidiocese - ConsolidaçãoProjeto Acrópole Comunicação Projeto Conviver na Arte Projeto rede transfronteiriço voluntariadoProjeto Alentejo EmpreendeProjeto Forúm ProgramaçãoProjeto recuperação e valorização Conj.Arquiol.MurteirasProjeto recuperação e valorização Jardins Casas PintadasProjeto ScultbordProjetos iFAP - gadosProjetos iFAP - FlorestaçãoProjetos iFAP - Prémio ÚnicoProjetos iFAP - Pagamento Complementar ComercializaçãoProjetos iFAP - MAA - ProderProjetos PrOdEr - vinha_u.E.Projetos PrOdEr - FlorestaçãoProjetos PrOdEr - AgropecuárioProjetos PrOdEr - vinha e Olival Projetos iFAP - vitisProjetos iFAP - AdegaProjetos iFAP - investimentos diversos
TOTAL
2 279---
25 49977 02339 244
-32 589
6512 2734 941
57 84031 52126 24835 54130 636
170 085--
3 200257 54425 954
271 54252 28924 19838 708
------
1 209 805
-67 05946 9383 270
---
10 945----------
3 42615 423
------
1 29113 51530 917
254 9251 345
1 251 87181 280
1 782 204
-2 675 1901 988 621
257 739---
62 260----------
17 52956 405
------
4 635307 28047 798
338 551744 268
1 220 75194 449
7 815 475
Demonstração dos resultados balanço
31-12-2013
103
RelatóRio & CoNtaS 2014
Quantias concedidasPeríodo de concessãoMedida de incentivo
no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, os subsídios ao investimento e exploração recebidos e por executar apresentam-se como segue:
Relação dos subsídios obtidos Entidade Objeto do Começo Fim Já recebidas Por receber/ concedente incentivo executar
Subsídios relacionados com ativos
Subsídios à exploração
não
ree
mbo
lsáv
eis
Projeto recup.val.Casa Pintadas
Projeto Acropóle xxi - Centro Arte Cultura
Projeto Acropóle xxi - Pateo S.Miguel
Projeto Factor P.M.E
Projeto Proder - Adega
Projeto Proder - lagar
Projeto Proder Florestação
Projeto Proder - Agropecuário
Projeto Proder - vitis 2014
Projeto Proder - vinha e Olival
Subtotal
Projeto inventário ArtisticoArquidiocese -divulgação
Projeto inventário ArtisticoArquidiocese - Campo Maior
Projeto inventário ArtisticoArquidiocese - Mourão
Projeto inventário ArtisticoArquidiocese - Consolidação
Projeto Acrópole Comunicação
Forúm Programação - 1º Fase
Forúm Programação - 2º Fase
Projeto Plataforma Coesão Social
Projeto Conviver na Arte
Projeto rede transfronteiriçovoluntariado
Projeto Alentejo Empreende
Projeto vida Ativa
Projeto Proder - PromoçãoCompetitividade - temporal
Projeto Pegada Carbono
Projeto Comercial internacional-qrEn
Projeto Comercial internacional-O.C.M
Projeto Proder vinhas_u.E.
Subtotal
TOTAL
inalentejo
inalentejo
inalentejo
AiP
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
inalentejo
AdEr-Al
rOtAguAdiAnA
inalentejo
inalentejo
inalentejo
inalentejo
inalentejo
POCPEt
POCPEt
AdrAl
iEFP
PrOdEr
iAPMEi
AiCEP
iFAP
iFAP
FEdEr
FEdEr
FEdEr
qrEn
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
PrOdEr
FEdEr
PrOdEr
PrOdEr
FEdEr
FEdEr
FEdEr
FEdEr
FEdEr
FEdEr
FEdEr
FEdEr
iEFP
PrOdEr
qrEn
qrEn
FEdEr
FEdEr
02/02/09
01/01/09
01/01/09
01/12/11
01/01/07
01/03/11
25/02/12
01/04/10
15/10/13
01/02/09
02/11/09
01/07/12
15/10/12
03/01/13
05/05/11
14/01/13
03/07/14
01/01/14
01/01/11
10/10/11
01/01/10
20/11/14
21/01/13
17/04/12
25/01/1101/01/1301/01/1115/06/1301/01/12
31/07/14
31/12/13
31/12/13
31/12/12
31/12/14
31/12/14
31/12/14
31/12/14
30/06/16
30/11/13
31/12/14
30/03/14
30/08/14
30/04/15
31/12/13
31/03/15
30/09/15
30/06/15
30/06/14
30/06/13
31/12/13
20/11/15
31/12/14
31/12/14
31/12/1231/12/1431/12/1415/06/1531/12/14
129 616
2 554 968
1 804 339
-
1 932 175
252 399
497 097
83 633
272 489
588 900
8 115 616
142 676
38 906
8 405
54 987
67 024
103 463
-
19 673
71 249
117 045
37 253
-
14 161
-
70 40482 18651 602
-41 795
920 829
9 036 445
158 887
187 280
231 201
73 201
1 546 155
-
179 743
204 931
27 258
4 255
2 612 911
21 416
-
19 881
82 480
40 962
89 740
165 691
73 500
3 661
33 032
32 618
60 955
-
69 743
62 427139 91974 582
169 41024 179
1 164 196
3 777 107
104
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
Os valores são reconhecidos como rédito, à medida que os bens subsidiados vão sendo depreciados e de acordo com a vida útil dos mesmos, conforme segue:
MOVIMENTOS OCORRIDOS EM 2014:
(+) Saldo inicial da conta 5931 - Subsídios para investimento 7 815 475
(-) valor para rendimento do ano (nota 24) -761 717
(+) total pedidos pagamentos e atualização de taxas de comparticipação efetuados no ano 1 145 485
(=) Saldo final da conta 5931 - Subsídios para investimento 8 199 243
iFAPiFAPiFAPiFAPiFAPiFAPiFAP
iFAPiFAPiFAPiFAPiFAPiFAP
iFAPiFAP
iFAP
POC
inalentejo
POC
inalentejo
inalentejo
qrEn
20042005
Anterior a 2004200520052006200620102011200620062006200620132014
2010
2013
2012
20132012
2012
2007
2010
2008
2010
2010
2011
20042005
2005200520062006201020112006200620062006201320142011201220132013201420122013201420132014201320142007
2010/20112012201320142008
2009/2010/201120122013
2009/2010/20112012201320122013
31 43810 865
204 499366 33569 602
104 76784 655
222 376233 34966 09579 53055 41226 168
107 583299 747187 663
371405 441
5 927897
101 865-23 149209 492
2 472 623252 400320 794356 046131 13459 17840 760
161 07126 90434 258
1 062 9651 185 201
494 082719 385
1 035 948280 22440 58532 619
11 557 106
-------------
107 583272 489
----
41 795----
252 399-
176 302--------------
850 568
30 12810 865
204 499313 15955 68178 72532 099
5 697
23 96033 46923 31911 0111 345
-
254 925
1 291
30 917
1 251 871-
13 515
74 730
3 270
16 730
67 059
46 938
10 945
2 596 147
1 310--
4 4946 960
10 4774 233
22 786
3 3053 9762 7711 3085 3793 747
63 773
5 532
48 677
231 95110 158
58 500
15 423
6 876
3 426
134 118
93 875
18 661
761 717
31 438--
317 65362 64189 20136 332
28 483
27 26537 44526 09012 3206 7243 747
318 698
6 823
79 595
1 483 82210 158
72 015
90 153
10 146
20 156
201 176
140 813
29 606
3 142 500
---
48 6826 961
15 56648 324
427 242
38 83042 08529 32213 848
100 859296 000
274 777
-
208 613
988 800242 242
604 825
40 981
277 768
14 103
2 541 072
1 894 745
43 599
8 199 243
ruBriCAS EntidAdE FundO
AnO dE COnCESSãO
dO PAgAMEntO
AtriBuidO nO AnO
tOtAl AtriBuidO
tOtAl rECEBidO nO AnO
EM ExErCiOS AntEriOrES
nO ExErCiCiO
tOtAl rEndiMEntOS POr rECOnHECEr
(nOtA 19)
vAlOr dO FinAnCiAMEntO rECOnHECidOS COMO rEndiMEntO
vinha valbomAtomizadoresOlival Alamo CimalagarPinheirosMurteiras Agrovitis Pinheiros
vitis vinha álamo Cima iFAP
iFAP
iFAP
iFAP
vitis vinha nova Adegavitis vinha valbomvitis vinha nova Casitovitis replantação talhão 16vitis reconversão vinhasvitis 2014
PrOdEr vinha + Olival
PPrOdEr vinha_u.E
PrOdEr Agropecuário
PrOdEr Florestação
Conj. Arquelógico Murteiras
Acrópole xxi - CAC
Acrópole xxi - Pateo
Projeto Factor PME
TOTAL
PrOdEr AdegaPrOdEr lagar
restauro FrescosCasas Pintadas
105
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 13 – INVESTIMENTOS FINANCEIROS
A FEA gere os seus fundos de forma a assegurar o desenvolvimento das suas operações numa ótica de conti-nuidade. neste contexto, a FEA analisa periodicamente a sua estrutura de Fundo Patrimonial e capital alheio, aplicando os excedentes, em face das atividades programadas e a desenvolver no período.
Adicionalmente, detém participações financeiras em entidades consideradas estratégicas, como suporte à sua atividade e outros investimentos, conforme abaixo se descreve.
13.1 – PArtiCiPAçõES FinAnCEirAS
% Participação valor % Participação valor
31-12-2014 31-12-2013
CAtivA - Companhia Agricola e turistica da quintade valbom, S.A.
viBOrEl, distribuição S.A.
Carnalentejana - Agrupamento de Produtores de Bovinos de raça Alentejana, S.A.
Camposdévora
A.d.r.A.l. - Agência de desenvolvimento regional do Alentejo, S.A.
lusitanos-turismo Equestre, S.A.
CEPAAl-Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo
CA Credito Agrícola
unesul
C.A.l.E.v.A.
grAEl-Sociedade de granitos de Évora
Companhia de Celulose ultramar
lisgarante SA
AlPOrC
norgarante SA
garval SA
globalmilho, lda
Ajustamentos
TOTAL
100%
12%
4%
1%
1%
1%
1%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
100%
12%
4%
1%
1%
1%
1%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
119 399
590 044
32 500
8 729
2 994
2 500
500
500
249
249
898
1 347
26 940
5 000
2 500
2 500
150
796 999
-11 223
785 776
119 399
590 044
32 500
8 729
2 994
2 500
500
500
249
249
898
1 347
26 940
-
2 500
2 500
150
791 999
-11 223
780 776
Participações financeiras
106
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
13.2 – OutrOS invEStiMEntOS
Os outros investimentos detidos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 são detalhados conforme se segue:
As três carteiras de ativos detidos, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, numa ótica de diversificação do risco são detalhadas conforme se segue:
Descrição 31-12-2014 31-12-2013
Outros investimentos financeiros
Carteiras de investimento 5 170 103 5 079 647
Fundos de garantia 3 443 -
Obras de arte 80 775 80 775
Sub-Total 5 254 321 5 160 422
Financiamentos partes relacionadas (nota 5) 252 236 252 236
TOTAL 5 506 558 5 412 658
Carteira - Finantia
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
depósitos à Ordem 5 579 811
depósitos a Prazo 1 026 300 1 308 892
TOTAL DA CARTEIRA 1 031 879 1 309 703
Carteira - BPI
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
depósitos à Ordem 249 969 110 166
Obrigações 2 915 199 2 683 459
TOTAL DA CARTEIRA 3 165 168 2 793 625
Carteira - Orey
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Obrigações 962 192 962 192
liquidez 10 864 14 127
TOTAL DA CARTEIRA 973 056 976 319
Obrigações: Orey Best OF7/2018 950 000 950 000
Obrigações:
Brisa 600 000 600 000
Ot20 600 000 600 000
Portucel 700 000 700 000
Pt iF4,5% 2025 700 000 700 000
2 600 000 2 600 000
107
RelatóRio & CoNtaS 2014
O valor das obrigações, da terceira carteira encontra-se onorado em 2,6 milhões de Euros como garantia ao financiamento JESSiCA (nota15).
Foram reconhecidos os ajustamentos por variações de justo valor conforme segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Ganhos por aumentos de justo valor
investimentos financeiros 365 848 205 243
Sub-Total 365 848 205 243
Perdas por redução de justo valor
investimentos financeiros (134 108) (58 972)
Sub-Total (134 108) (58 972)
TOTAL 231 740 146 271
13.3 – dividEndOS OBtidOS
da participação detida na viborel, foram obtidos dividendos durante os exercícios de 2014 e 2013, num total de 102.085 Euros e 84.433 Euros, respetivamente.
108
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 14 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS
A FEA gere o seu capital de forma a assegurar que prosseguem as suas operações numa ótica de continuida-de. neste contexto, analisa periodicamente a sua estrutura de “capital” (próprio e alheio).
Categorias de instrumentos financeiros
As categorias de ativos e passivos financeiros, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, são detalhadas confor-me se segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Ativos Financeiros
Contas a receber de terceiros (nota 14.1 e 14.3) 8 144 958 8 708 119
Caixa (nota 4) 8 673 13 741
tOtAl 8 153 631 8 721 860
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Passivos Financeiros
Fornecedores (nota 14.4) 2 687 900 3 116 761
Outras contas a pagar de terceiros (nota 14.6) 1 371 712 1 416 764
Financiamento obtidos (nota 15) 13 278 975 10 642 823
tOtAl 17 338 587 15 176 348
109
RelatóRio & CoNtaS 2014
Risco de crédito
O risco de crédito está essencialmente relacionado com os saldos a receber de clientes e outros deve-dores, relacionados com a atividade operacional da FEA. O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional po-dem originar a incapacidade dos clientes da FEA para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados.
Este risco é monitorizado numa base regular, com o objetivo de limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respetivo perfil e antiguidades das contas a receber; acompanhando-se a evolução do nível de crédito concedido e analisando a recuperabilidade dos valores a receber. As perdas de imparidade para as contas a receber são calculadas considerando:
• a análise da antiguidade das contas a receber;• o perfil de risco do cliente;• as condições financeiras dos clientes.
Em 31 de dezembro de 2014, é convicção do Conselho de Administração que as perdas por impa-ridade estimadas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras.
14.1 – CliEntES O detalhe da rubrica “Clientes”, registados em ativos correntes, em 31 de dezembro de 2013 e 2012 é con-forme se segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Clientes curto prazo - corrente
Clientes gerais - mercado nacional (a) 3 196 999 3 969 016
Clientes gerais - mercado comunitário 127 203 98 381
Clientes gerais - mercado externo 2 327 149 2 262 666
Sub-total 5 651 351 6 330 063
Clientes de cobrança duvidosa 129 223 144 662
Perdas por imparidade acumuladas (nota 10) (129 223) (144 662)
TOTAL 5 651 351 6 330 063
(a) nos exercícios findos em 31 dezembro 2014 e 2013 esta rubrica incluía os montantes de 1.874.057 Euros e 2.314.363 Euros, respetivamente, com entidades relacionadas (nota 5).
110
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
14.2 – EStAdO E OutrOS EntES PÚBliCOS
O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos”, saldos devedores, em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
14.3 – OutrAS COntAS A rECEBEr
O detalhe da rubrica “Outras contas a receber” em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
DESCRIÇÃO 31/12/2014 31/12/2013
Outras Contas a Receber devedores por acréscimo de rendimentos Subsídios à exploração por receber (a) 563 707 437 950 Juros a receber (b) 36 060 45 728 Outros acréscimos de rendimentos 17 044 38 858Sub-total 616 811 522 536 devedores diversos Pessoal 99 786 99 248 Cauções 2 330 2 213 Projetos investimento e outros (c) 1 680 070 1 673 890 Outros 96 104 81 663Sub-total 1 878 290 1 857 014 Perdas por imparidade (nota 10) (1 493) (1 493) TOTAL 2 493 607 2 378 056
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Estado e outros entes públicos
imposto sobre o valor Acrescentado (ivA) - A recuperar 12 602 4 294
reembolsos pedidos 190 000 135 000
TOTAL 202 602 139 294
111
RelatóRio & CoNtaS 2014
(a) Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:
(b) Esta rubrica no ano 2014 e 2013 diz respeito a juros a receber de depósitos a prazo.
(c) Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica inclui os montantes relativos a pedidosde pagamento submetidos e por receber de projetos contratados.
DESCRIÇÃO 31/12/2014 31/12/2013
Subsídios à exploração por receber
Sub. iFAP - Animais 85 731 47 553
Sub. iFAP - Medidas Agro-Ambientais 27 013
Subs. inalentejo - Projeto Acrópole xxi - divulgação 32 589
Subs. inalentejo - Projeto Alentejo Empreende 21 484
Subs. inalentejo - Projeto Consolidação Alentejo inventário Artistico 25 951 6 238
Subs. inalentejo - Projeto Forúm Programação 242 348 128 694
Subs. inalentejo - Projeto Plataforma Coesão Social 26 882 -
Subs. Proder - Projeto inventário Artístico Campo Maior - 9 123
Subs. Proder - Projeto inventário Artístico Mourão 19 269 1 472
Subs. Proder - Projeto Pegada Carbono 18 759 39 244
Subs. Proder - Projeto vinhos que Pensam 27 803 16 352
Subs. POCPEt - Projeto Conviver na Arte - 28 822
Subs. iEFP - vida Ativa 886 -
Subs. O.C.M - Projeto internacionalização 2011-2013 - 2 344
Subs. O.C.M - Projeto internacionalização 2014-2015 30 556 -
Subs. qrEn - Projeto internacionalização 2013-2015 85 523 77 023
TOTAL 563 707 437 950
112
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
DESCRIÇÃO 31/12/2014 31/12/2013
Fornecedores Curto Prazo - Corrente
Fornecedores 2 683 978 3 112 838
Fornecedores retenções efetuadas 3 923 3 923
TOTAL 2 687 900 3 116 761
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Estado e outros entes públicos
retenção de impostos Sobre o rendimento 90 725 42 586
Contribuições para a Segurança Social 83 277 77 606
retenção de impostos sobre o rendimento - 1 957
TOTAL 174 002 122 149
14.4 – FOrnECEdOrES
O detalhe da rubrica “Fornecedores” em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
14.5 – EStAdO E OutrOS EntES PÚBliCOS
O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos”, saldos credores, em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 estas rubricas incluíam os montantes de 322.219 Euros e 449.751 Euros, respetivamente, relativos a contas a pagar a entidades relacionadas (nota 5).
113
RelatóRio & CoNtaS 2014
14.6 – OutrAS COntAS A PAgAr
O detalhe da rubrica “Outras contas a pagar” em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Outras contas a pagar
Fornecedores de investimento 280 471 585 261
Credores diversos:
Credores por acréscimo de gastos:
remunerações a liquidar 778 845 542 278
tSu a liquidar 6 026 11 735
Juros a liquidar 75 208 94 104
Compras e FSE a liquidar 160 319 37 676
tarifas a liquidar 2 779 2 704
taxas recursos hidricos a liquidar 4 700 4 500
Cedências de vinhas a liquidar 4 900 4 900
Outros 6 322 70 169
Sub-total 1 039 099 768 066
Outros credores 46 331 58 248
Pessoal
Pessoal 5 811 5 189
TOTAL 1 371 712 1 416 764
114
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 15 – FINANCIAMENTOS OBTIDOS
O detalhe da rubrica “Financiamentos obtidos”, enquanto passivo corrente, em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Financiamentos obtidos (Passivo não corrente)
Empréstimos bancários - financiamento para investimento 10 425 922 8 122 004
Financiamentos obtidos (Passivo corrente)
Empréstimos bancários - financiamento para investimento 2 853 053 2 520 819
TOTAL 13 278 975 10 642 823
ANOS 31/12/14 31/12/13
2014 - 2 520 819
2015 2 853 053 2 224 026
2016 3 055 016 2 217 280
2017 2 004 619 1 166 498
2018 1 387 163 549 964
2019 994 786 157 118
2020 994 786 157 118
2021 735 673 235 714
2022 339 840 235 714
2023 152 340 235 714
2024 152 340 235 714
2025 152 340 235 714
2026 152 340 235 714
2027 152 340 235 714
2028 152 340 -
TOTAL 13 278 975 10 642 823
A contratualização de financiamentos bancários vence juros a taxas e condições normais do mercado, sendo o horizonte temporal para o seu reembolso conforme segue:
Valor Reembolsar
115
RelatóRio & CoNtaS 2014
BANCOS MONTANTE
BArClAYS 1 286 523
BPi 6 807 174
CAixA AgríCOlA 450 000
nOvO BAnCO 4 582 500
SAntAndEr 152 778
TOTAL 13 278 975
Os financiamentos foram obtidos junto das instituições abaixo indicadas, em condições contratuais de merca-do com taxas entre 1,78% e 3,8%.
O financiamento JESSiCA, que no quadro acima está incluído no BPi, exige o comprimento dos seguintes rácios:
net Debt/EbITDA (+) dívida bancária (-) Caixa e depósitos (=) net debt
EBitdA
Autonomia Financeira Fundos patrimoniais total do activo
LIMITE IMPOSTO JESSICA
net Debt/EbITDA
Autonomia Financeira
2014
1,2513 278 9755 057 3428 221 633
6 568 023
79%68 017 05785 644 658
2013
1,1010 642 8232 648 8227 994 001
7 236 502
81%65 531 99280 875 892
2014 e seg. 2012-2013
≤ 3 x ≤ 4 x
≥ 60%
116
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 16 – DIFERIMENTOS
Ativos
O detalhe da rubrica “diferimentos”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, é conforme se segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Gastos a reconhecer
Seguros 36 890 4 713
vale refeição 13 211 11 115
Alugueres adega Perescuma (a) 216 667 -
Outros gastos a reconhecer 7 298 3 308
TOTAL 274 066 19 135
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Rendimentos a reconhecer
rendas 35 478 45 085
inalentejo - Projeto divulgação inventário 3 667 -
TOTAL 39 145 45 085
Passivos
O detalhe da rubrica “diferimentos”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, é conforme se segue:
(a) Este montante é referente ao pagamento antecipado da renda de uma adega que se encontraa ser utilizada pela Fundação.
117
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 17 – INVENTÁRIOS, VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO E CUSTO DAS MERCADORIASVENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
Os inventários à data de 31 de dezembro de 2014 e 2013, assumem a seguinte expressão:
Mercadorias
Matérias-primas, subsid. e consumo:
Consumíveis agícolas
Consumíveis vinho
Consumíveis azeite
Produtos acabados e intermédios:
vinho
Azeite
Outras Produtos Agrícolas
TOTAL
454 475
1 228 919
472 894
600 749
155 277
8 365 802
6 155 582
1 812 584
397 637
10 049 197
424 438
1 344 449
509 078
696 113
139 257
8 881 635
7 119 954
1 409 375
352 307
10 650 522
405 610
825 700
825 700
8 343 821
8 343 821
9 575 131
(48 866)
(403 219)
(403 219)
(21 981)
(21 981)
(474 066)
-
-
-
-
-
(1 469 003)
(1 469 003)
(1 469 003)
424 438
1 344 449
509 078
696 113
139 257
7 412 632
7 412 632
9 181 519
Quantias escrituradas de inventários Quantias brutas
Perdas por imparidade acumuladas
Perdas por imparidade acumuladas
Quantias (líquidas)
escrituradas
Quantias (líquidas)
escrituradas
Quantias brutas
31-12-2013
31-12-2013
31-12-2014
31-12-2014
inventários no começo do período - 7 412 632 6 489 689 13 902 321 7 666 478 6 093 449 13 759 927
Amortizações / (reduções) +/- 123 493 (308 292) (184 799) 543 803 (114 842) 428 961
inventários no fim do período + 8 343 821 7 087 422 15 431 243 7 412 632 6 489 689 13 902 321
variações nos inventários da produção = 1 054 682 289 441 1 344 123 289 957 281 397 571 354
Demonstração das variações nos inventários da produção
Produtos acabados e intermédios
Produtos acabados e intermédios
Ativos biologicos (nota 18)
Ativos biologicos (nota 18)
Totais Totais
A variação da produção à mesma data é representada conforme segue:
(nota10) (nota10)
118
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas apresenta-se como segue:
inventários no começo do período + 424 438 1 344 449 1 768 887 421 928 1 518 223 1 940 151
regularizações +/- (225 911) (225 911) - 0
inventários no fim do período - 405 610 825 700 1 231 310 424 438 1 344 449 1 768 887
Custo das mercadorias vendidas = - 7 308 280 - 5 751 697e das matérias consumidas
Compras + 7 342 380 7 342 380 5 582 012 5 582 012
devoluções de compras
descontos e abatimentos em compras -
345 766 345 766 1 579 1 579
Quantias de inventários reconhecidas como gastos durante o período
Mercadorias MercadoriasMatérias--primas,
subsidiárias e de consumo
Matérias--primas,
subsidiárias e de consumo
Totais Totais
CO
MPR
AS
Dem
onst
. cu
sto
mer
cado
rias
ve
ndid
as e
mat
éria
s co
nsum
idas
31-12-201331-12-2014
NOTA 18 – ACTIVOS BIOLÓGICOS
Os ativos biológicos detidos à data de 31 de dezembro de 2014 e 2013, encontram-se mensurados com base nos seguintes critérios:
vinhas
Olival
gados
gados reprodutores
Silvicolas
Cortiça
trigo
Aveia
Cevada
Sementes
Azeitona
Critérios de mensuração
Identificação dos grupos de ativos biológicos e dos grupos
de produtos agrícolas no ponto de colheita
Métodos e pressupostos aplica-dos na determinação do justo valor dos grupos mensurados
pelo justo valor menos os custos estimados no ponto de venda
Razões pela quais os justos valores não podem ser
fiavelmente mensurados
Justo valor
25
Custo Aquisição
Custo Aquisição
quotas constantes por duodécimos 50 2,00%
Custo Aquisição quotas constantes por duodécimos
20
4,00%
5,00%
Grupos de ativos biológicos mensurados, no fim do período, pelo custo menos depreciações acumulada e perdas por imparidade acumuladas
Método de depreciação
usado
Vidas úteisTaxas de
depreciaçãousadas
Ativosbiológicos
ProdutosAgrícolas
Custo de aquisição depreciado
Justo valor - Custos estimados no ponto de venda
não se aplica
119
RelatóRio & CoNtaS 2014
31-12-2013
vinhas
Olival
gados
gados reprodutores
Silvicolas
Cortiça
trigo
Aveia
Cevada
Sementes
Azeitona
Os ativos biológicos detidos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, tem a seguinte composição:
Ativos biológicos de consumo 39 429 39 429 39 563 39 563
Plantas 39 429 39 429 39 563 39 563
Ativos biológicos de produção 9 177 599 (2 129 606) 7 047 993 8 551 227 (2 101 101) 6 450 126
Animais 1 808 148 1 808 148 1 903 210 (285 449) 1 617 761
Especies Florestais 383 214 383 214 550 155 550 155
Especies Silvicolas 426 546 (96 355) 330 191 206 168 (71 629) 134 539
vinhas 4 530 809 (1 727 637) 2 803 172 4 157 242 (1 546 496) 2 610 747
Olival 1 121 635 (215 174) 906 461 1 173 432 (177 291) 996 141
Pomar 7 168 7 168
Prados Permanentes 867 942 (90 441) 777 501 528 880 (20 235) 508 645
Culturas em curso 32 138 32 138 32 138 32 138
Totais 9 217 028 (2 129 606) 7 087 422 8 590 789 (2 101 101) 6 489 689
Quantias Depreciações Quantias Quantias Depreciações Quantias brutas acumuladas Líquidas brutas acumuladas Líquidas
Ativos biológicos mensurados, no fim do período, ao custo menos depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas
Quantias Escrituradas Quantias Escrituradas
31-12-201331-12-2014
2014 AtivOS BiOlógiCOSAtivo biologico bruto: Saldo inicial 8 590 789 Aquisições 1 139 360 transferencias e regularizações (513 121) Saldo final 9 217 028 depreciações e perdas por imparidade acumuladas Saldo inicial 2 101 101 depreciações do exercício (nota 22) 364 777 transferencias e regularizações (336 272) Saldo final 2 129 606 Ativo líquido 7 087 422
2013 AtivOS BiOlógiCOSAtivo bruto: Saldo inicial 7 967 199 Aquisições 623 591 Saldo final 8 590 789 depreciações e perdas por imparidade acumuladas Saldo inicial 1 873 749 depreciações do exercício (nota 22) 237 871 transferencias e regularizações (10 520) Saldo final 2 101 101 Ativo líquido 6 489 689
120
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 19 – FUNDOS PATRIMONIAIS
O detalhe da rubrica “Fundos patrimoniais”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, é conforme se segue:
durante o ano de 2014, foi possível, dar cumprimento ao disposto na alínea b), do nº 3, do artigo 10º, do CirC com recurso a reservas do fundo patrimonial da FEA, ainda que não na totalidade.
Efetivamente o nível de aplicação ascendia a 2.130.890,64 Euros, resultante de 50% do valor do rendimento global líquido, que seria sujeito a tributação no ano de 2013, no valor de 4.261.781,28 Euros.
O valor a afetar pode ser efetuado até ao fim do quarto período de tributação posterior a 2013, ou seja até 2017. Assim, no ano de 2014, foi possível afetar o valor de 1.073.775,26 Euros, contribuindo para a melho-ria das atividades inerentes a muitas das entidades apoiadas.
nestes termos as aplicações no ano de 2014, traduziram-se na seguinte expressão:
transferências para terceiros (nota 28) 590.223,20 Euros Projetos próprios 483.552,06 Euros tOtAl APliCAdO 1.073.775,26 Euros
Existe expetativa da futura afetação do valor ainda não aplicado, o qual ascende a 1.057.115,38 Euros, no período previsto de forma a dar cumprimento ao disposto no artigo 10º do CirC.
Para efeitos da aplicação dos resultados apurados no ano de 2014, propomos que o resultado positivo, no valor de 2.691.519,49 Euros, seja afeto a:
transferências para terceiros 613.529,00 Euros (orçamento 2015) reservas livres 2.077.990,49 Euros
Descrição 31/12/2014 31/12/2013 Fundos patrimoniais Fundo social 13 705 205 13 705 205 Outras reservas 25 746 780 22 524 287 resultados transitados 1 337 583 1 337 583 Outras variações nos fundos patrimoniais: diferenças de conversão para nCrF -20 200 -20 200 Subsídios (nota 12) 8 199 243 7 815 475 doações 487 319 487 319 Outras 15 869 608 15 869 608Sub-total 24 535 969 24 152 201 resultados liquido do período 2 691 519 3 812 716
TOTAL 68 017 057 65 531 992
121
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 20 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOSA rubrica de “Fornecimentos e serviços externos”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, é detalhada conforme se segue:
Os honorários faturados pelo revisor Oficial de Contas, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, foram de 41.000 Euros em cada ano, do qual o montante de 16.000 Euros são liquidados a título de donativo.
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Serviços Especializados:
trabalhos Especializados 1 503 668 1 537 274
Publicidade 1 418 284 1 803 017
vigilância 203 076 196 664
Honorários 341 298 267 505
Comissões 4 236 37 278
Conservação e reparação 491 220 419 840
Materiais:
Ferramentas desgaste rápido 137 487 155 646
Material de Escritório 12 548 14 983
livros e doc. técnica 1 510 2 735
Artigos para Oferta 2 453 2 275
Outros Materias 232 142
Energia e fluídos:
Eletricidade 403 750 410 380
Combustíveis 45 047 40 014
água 203 953 173 277
Outros Fluídos 49 872 30 155
deslocações, estadas e transportes:
deslocações e Estadas 134 864 101 915
transportes de Mercadorias 170 648 144 760
Serviços diversos:
rendas e Alugueres 372 439 275 296
Comunicações 119 011 125 783
Seguros 76 848 82 527
royalties 1 119 3 638
Contencioso e notariado 1 391 2 502
limpeza, Higiene e Conforto 15 993 19 032
Segurança, Higiene e Saúde trab. 21 907 19 755
Outros Serviços 111 235 76 835
TOTAL 5 844 089 5 943 226
122
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 21 – GASTOS COM O PESSOAL
A rubrica “gastos com o pessoal”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, detalha-se da seguinte forma:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013 Gastos com o pessoal remunerações do pessoal efetivo 3 592 050 2 639 413 remunerações do pessoal sazonal 203 680 698 756 Encargos sobre as remunerações 729 585 631 972 Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 58 572 67 247 PEr 88 517 79 262 Medis 51 869 32 874 Formação 14 786 11 137 Outros gastos com pessoal 33 285 6 910
TOTAL 4 772 343 4 167 571
Recursos humanos 2014 2013
número de trabalhadores no final do período 204 221
número médio de trabalhadores ao longo do período 232 227
idade média dos trabalhadores 43,83 42,54
Antiguidade média dos trabalhadores (anos) 10 10
Horas de formação totais 4 165 1 387
Média de horas de formação por trabalhador 20,42 6,28
O número médio de pessoas ao serviço da Fundação durante os exercícios de 2014 e 2013 foi de 232 e 227 colaboradores, respetivamente.
Os órgãos sociais da Fundação são constituídos por cinco administradores e três membros do conselho fiscal, que não auferem qualquer remuneração, de acordo com os estatutos e legislação aplicável às iPSS.
123
RelatóRio & CoNtaS 2014
durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, ocorreram transações de vendas e prestações de serviços com partes relacionadas nos montantes de 7.232.032 Euros e 6.843.894 Euros, respetivamente (nota 5).
NOTA 22 – GASTOS/REVERSõES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “gastos/reversões de depreciação e amortização” apresen-tava a seguinte composição:
NOTA 23 – VENDAS E PRESTAÇõES DE SERVIÇOS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “vendas e Prestações de serviços” apresentava a seguinte composição:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
GASTOS/REVERSõES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
Ativos fixos tangíveis (nota 7) 2 977 895 2 624 324
Ativos intangíveis (nota 6) 48 819 32 640
Propriedades de investimento (nota 8) 95 121 90 754
Ativos Biológicos (nota 18) 364 777 237 871
TOTAL 3 486 613 2 985 589
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Mercadorias da loja e Forum E.A 13 701 10 170
Produtos Silvicolas 678 312 58 794
Produtos Agrícolas 675 190 536 171
Produtos Pecuários 811 358 997 780
Produtos Oleícolas 1 925 209 1 605 496
Produtos vitivinícolas 16 471 449 15 708 976
Total Vendas 20 575 219 18 917 387
Prestações Serviços 373 535 262 664
Total Vendas e Prestações de Serviços 20 948 754 19 180 051
124
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 24 – OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica “Outros rendimentos e ganhos”, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, detalha-se da seguinte forma:
durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, ocorreram transações nesta rubrica com partes relacionadas nos montantes de 20.611 Euros e 102.612 Euros, respetivamente (nota 5).
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Outros rendimentos e ganhos
rendimentos suplementares 88 190 81 676
descontos pronto pagamento obtidos 4 801 28
rendimentos e ganhos em investimentos financeiros (nota 8) 389 628 388 084
diferenças de câmbio favoráveis 142 875 47 996
rendas de prédios rústicos 48 609 47 480
Alienações 49 839 19 117
Correcções relativas a períodos anteriores 211
imputações de subsídios para investimentos (nota 12) 761 717 1 782 204
indemnizações 231 200 872
Sobras de inventário 102 277 27 172
Outros rendimentos e ganhos 43 907 58 822
Juros obtidos 316 624 192 020
TOTAL 1 948 698 2 845 682
125
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 25 – OUTROS GASTOS E PERDAS
A decomposição da rubrica de “Outros gastos e perdas” em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:
NOTA 26 – JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS
Os juros e gastos similares suportados reconhecidos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 são detalhados conforme se segue:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
Outros gastos e perdas
impostos 153 482 138 070
quotização 27 557 26 731
descontos Pronto Pagamento Concedidos 26 881 28 359
Ofertas 123 260 25 643
quebras de inventário 59 090 18 978
Perdas em instrumentos financeiros 185 126 133 456
Correcções relativas a períodos anteriores 30 981 172 769
indemnização de processos - 11 256
Outras penalidades (nota 11.1) - 380 006
Outros gastos e perdas 4 325 7 757
diferenças de câmbio desfavoraveis 62 188 25 089
Outros gastos e perdas financeiras 70 244 71 340
TOTAL 743 136 1 039 453
Descrição 31/12/2014 31/12/2013 Juros e gastos similares suportados Juros suportados 389 891 438 196
TOTAL 389 891 438 196
O montante de juros suportados está, essencialmente, associado aos juros com financiamentos obtidos con-traídos junto das instituições financeiras, bem como juros com contas correntes caucionadas.
126
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiACOnTAS
NOTA 27 – DíVIDAS EM MORA À SEGURANÇA SOCIAL
nos termos do nº 1 do art.º 21, do dec. lei nº 411/91, de 17 de Outubro, declara-se que não existem dívidas em mora ao Sector Público Estatal ou à Segurança Social e que os saldos contabilizados em 31 de dezembro de 2014, correspondem à retenção na fonte, descontos e contribuições referentes a dezembro, e cujo paga-mento se efetuou em Janeiro de 2015.
NOTA 28 – TRANSFERÊNCIAS PARA TERCEIROS
no âmbito da atividade estatutária, durante os exercícios de 2014 e 2013, foram efetuadas as seguintes transferências:
Descrição 31/12/2014 31/12/2013
TRANSFERÊNCIAS PARA TERCEIROS 590 223 589 389 Área Cultural e Educativa 98 376 135 043 Apoios regulares 79 126 79 126 Programas regulares 4 500 4 500 Subsídios pontuais 14 750 51 417 Área Social 253 135 234 659 Apoios regulares 52 174 52 997 Programas regulares 164 961 168 912 Subsídios pontuais 36 000 12 750 Área Espiritual 238 712 219 687 Apoios regulares 112 212 112 212 Programas regulares 105 000 83 000 Subsídios pontuais 21 500 24 475
127
RelatóRio & CoNtaS 2014
NOTA 29 – ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
29.1 – AutOrizAçãO PArA EMiSSãO
As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 10 de março de 2015.
29.2 – indiCAçãO SOBrE SE FOrAM rECEBidAS inFOrMAçõES APóS A dAtA dO BAlAnçO ACErCA dE COndiçõES quE ExiStiAM À dAtA dO BAlAnçO. EM CASO AFirMAtivO, indiCA-çãO SOBrE SE, FACE ÀS nOvAS inFOrMAçõES, FOrAM AtuAlizAdAS AS divulgAçõES quE SE rElACiOnAM COM ESSAS COndiçõES.
não foram recebidas informações relevantes que justificassem a alteração das divulgações já efetuadas.
29.3 – ACOntECiMEntOS APóS A dAtA dO BAlAnçO quE nãO dErAM lugAr A AJuStAMEntOS
não ocorreram acontecimentos relevantes após a data do balanço que tivessem impacto nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2014.
O Conselho de Administração O técnico Oficial de Contas
133
RelatóRio & CoNtaS 2014
OrgãOS SOCiAiS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente e representante da Arquidiocese de Évora
rev. Cónego dr. Eduardo Pereira da Silva
representante da universidade de ÉvoraProfessora doutora Ana Maria Costa Freitas
delegado do Corpo docente do instituo Superior de teologia de Évorarev. Cónego dr. António José Morais Palos
vogaisdr. Henrique Manuel Fusco granadeiro
Major-general Fernando nunes Canha da Silva
CONSELHO FISCALPresidente
rev. Cónego dr. Manuel Maria Madureira da Silva
vogaisdr. luís Alfacinha de Brito
dr. Manuel Jorge Pombo Cruchinho
ADMINISTRADOR DELEGADOEng. luís António Faria rosado
SECRETÁRIA GERALdra. Maria do Céu Baptista ramos
134
ATiVidAde inSTiTUciOnAL e eSTATUTÁRiA
Páteo de S. Miguel, Apartado 20017001-901 Évoratel. 266 748 300 Fax 266 705 [email protected]/fundacaoeugeniodealmeida