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ATIVIDADES QUE SERÃO
DESENVOLVIDAS COM PROFESSORES E
PEDAGOGOS NO COLÉGIO
ESTADUAL “CASTRO ALVES” –EFMP
DURANTE O PROJETO
DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO
ANO LETIVO DE 2009
É PRECISO SENTIR A MUDANÇA LÁ DENTRO ( Adaptação do poema de Antonio Ferreira de Andrade )
Mudar é um ato de coragem.
É a aceitação plena e consciente do desafio.
É trabalho árduo, para hoje!
É trabalho duro, para agora!
E os frutos só virão amanhã, quem sabe, tão distante...
Mas quando temos a certeza de estarmos no rumo
certo, a caminhada é tranqüila.
E, quando temos fé e firmeza de propósito, é fácil
suportar as dificuldades do dia-a-dia.
A caminhada é longa.
Muitos ficarão à margem.
Outros vão retirar-se da estrada. É assim mesmo.
Contudo, os que ficarem, chegarão, disso eu tenho certeza.
Olhe bem a seu lado. Estão com você, seus colegas de trabalho.
Eles exercem o mesmo papel que você dentro da organização.
Eles também têm problemas e dificuldades como você. E têm dúvidas
sobre a mudança.
Você poderá mostrar-lhes como você sente e pensa a respeito das
mudanças
na organização e nas pessoas.
Não feche a janela em que você está debruçado.
Convide seu colega para estar a seu lado, para que vocês possam ter a
mesma perspectiva.
Nós estaremos com você a todo dia, tentando descobrir novas faces da
mudança.
Tenho certeza que, se assim procedermos, dentro de algum tempo
estaremos
Convencidos de que não é tão difícil mudar...
UNIDADE TEMÁTICA: PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Reflexão coletiva com professores e pedagogos sobre o CONSELHO DE CLASSE
Tema: CONSELHO DE CLASSE
APRESENTAÇÃO:Esta unidade temática se destina aos professores e pedagogos do
Colégio Estadual Castro Alves- EFMP, da rede pública do Estado do Paraná, na cidade de Cornélio Procópio. Está atividade de intervenção pretende desenvolver a reflexão e a discussão sobre Conselho de Classe, cujo tema apresenta grande fragilidade no embasamento teórico, o que dificulta bastante a sua realização e a efetivação de resultados, pois apesar de ser uma atividade corriqueira no cotidiano escolar, o Conselho de Classe requer maior conhecimento na área por parte dos seus integrantes. Por meio de um trabalho voltado para a reflexão do trabalho desenvolvido, sua finalidade é favorecer uma visão significativa, novos encaminhamentos visando à melhoria das práticas pedagógicas na escola. Por meio de estudo coletivo, buscando traçar diretrizes e elaborar estratégias de superação das dificuldades, uma reflexão do nosso próprio trabalho e com isso buscar o verdadeiro sentido do Conselho de Classe no âmbito escolar.
“A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo.”
Paulo Freire
“A finalidade de qualquer ação educativa deve ser a produção de conhecimentos que aumenta a consciência e a capacidade de iniciativa transformadora do grupo.”
Paulo Freire
Caro colega! ! !
Nosso objetivo é levar professores e pedagogos a reflexão sobre o que é Conselho de Classe. O que ele representa, como é realizado e qual sua importância para a aprendizagem do aluno.
Professor e Pedagogo, em sua caminhada de estudo (formação continuada), os problemas pertinentes ao Conselho de Classe, são discutidos e refletidos, são planejados novos encaminhamentos sobre a sua prática pedagógica e, conseqüentemente, sobre como é realizado hoje na maioria das escolas públicas?
As atividades serão desenvolvidas através de Grupo de Apoio à implementação na Escola: 08 encontros de 4 horas = 32 horas com certificação da SEED.
Conselho de Classe!!!
Momento de refletir ou de finalizar o processo de ensino e aprendizagem?
Para começar nosso trabalho proponho a leitura do texto Produção Didático Pedagógica sobre o Conselho de Classe, com o tema: Reflexões sobre o CONSELHO DE CLASSE: Oportunidade de Integração Profissional e Social.
Com essas reflexões sobre o Conselho de Classe, dando oportunidade para que o docente reflita e se posicione sobre o seu trabalho, pretendo iniciar nosso diálogo e envolver você neste problema, pois é uma atividade que deve ser refletida no coletivo da escola e nos fazer repensar à função da avaliação no âmbito escolar.
Desta forma, para implementação da produção didática na escola será oportunizado o diálogo com professores e pedagogos. O plano de trabalho será apresentado, socializado e discutido, visando à proposta de intervenção no contexto escolar.
Com o objetivo de situar o leitor, apresentamos primeiramente o Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação- PDE: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O CONSELHO DE CLASSE EM PROL DE INTERVENÇÕES QUALITATIVAS NO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA.
A proposta de intervenção trata da resignificação dos Conselhos de Classe, levando em conta a necessidade da realização de uma ação coletiva, dialógica e interativa dos profissionais envolvidos. Tal proposta, contemplando dentro do contexto escolar, buscando a formação continuada dos professores e pedagogos para a melhoria e o desempenho de um trabalho eficiente, eficaz e prazeroso, que tenha como reflexo a uma melhor aprendizagem dos alunos.
Para conseguirmos o que estamos propondo, sugiro que todos os participantes do grupo de apoio façam uma reflexão sobre as questões e depois respondam, discutam e socializem com seus colegas.
ATIVIDADE 1
*** Aplicação de uma dinâmica: (Trabalho coletivo)
OK? Então vamos trabalhar?
== O que é Conselho de Classe para você? Qual o papel dos encaminhamentos metodológicos neste processo?
-- Em sua visão, o que acha premente para que se concretize uma transformação significativa na maneira em que hoje realizamos os Conselhos de Classe em nossas escolas?
-- Como conduzir o Conselho de Classe, repensando o trabalho pedagógico, a compreensão dialógica sobre a avaliação. Uma avaliação integrada entre o diagnóstico e o processo ensino e aprendizagem?
== Analisando o Projeto de Intervenção sobre o Conselho de Classe, quais as possibilidades de colocá-lo em prática, tendo em vista a melhoria do processo ensino e aprendizagem?
== Você pensa ser necessário que o professor invista mais em sua formação continuada, no embasamento teórico?
== De que forma a avaliação vem sendo conduzida em sua escola?
== Frente a tudo isto, em que e como a escola precisa encontrar um caminho, ações concretas para efetivação da mudança nos Conselhos de Classe?
== Anote suas expectativas em relação à proposta apresentada sobre o Conselho de Classe no Projeto de Intervenção discutido neste encontro.
ATIVIDADE 2Para saber mais!!!
O que pretendemos e idealizamos com este estudo é uma
projeção da situação ideal, o que pode vir a ser o Conselho de Classe,
pois este é um problema real que acontece na escola e que muito nos
incomoda e gostaria muito que esta situação mudasse, por isso gostaria
que você caminhasse comigo neste estudo e refletissem, lessem e
discutissem esse tema tão polêmico envolvendo o máximo de
professores para que juntos conseguíssemos reverter este quadro.
Partindo de uma aprendizagem mais significativa, tendo a avaliação
como ponto de partida e o aluno como centro do trabalho educativo.
O que é possível fazer?
O que fazer para mudar?
O que seria possível entre o real e o ideal?
Traçar metas e direcionamentos.
Dar um passo de cada vez.
Para começar nosso trabalho leia o texto abaixo. -- CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Conselho de Classe e
Participação. Revista da Educação AEC, Brasília, v.24, n.94, p.111-136, jan/mar, 1995
Após a leitura, reflita com seus colegas e comente como acontece o Conselho de Classe na escola em que trabalha. Nesta atividade faremos algumas reflexões acerca das possibilidades e necessidade da fundamentação teórica, pois não podemos desvincular a teoria da prática.
a)-Como está o envolvimento da comunidade escolar nas reuniões de Conselho de Classe em sua escola hoje?
b)- O Conselho de Classe tem acontecido de modo que auxilie a aprendizagem dos alunos? Justifique.
c)- O conselho de Classe revê criticamente e reorienta a atuação dos professores? Explique.
d)- O Conselho de Classe oportuniza discussão das possibilidades de construção de uma prática pedagógica dinâmica e democrática?
e)- O que nós enquanto educadores podemos fazer concretamente, no interior da escola, na sala de aula, para rever nossos procedimentos, métodos, postura social e ética?
f)- Façam uma síntese do que entenderam e expectativas em relação à proposta apresentada sobre o Conselho de Classe.
ATIVIDADE 3
Escola, local de socialização do saber elaborado, onde o docente
precisa estar sempre buscando, pesquisando, se renovando com o foco
voltado sempre ao aluno. Professores e pedagogos precisam planejar,
se organizar, ter atitude, com visão para superação dos problemas que
surgem no nosso dia-a-dia, num esforço coletivo, no reconhecimento de
intenções e organização de táticas para consecução dos objetivos
propostos. Devemos nos planejar, resgatar a função de educar, ter
clareza da concepção básica do que é educar é determinante do bom
êxito do processo pedagógico.
Por fim, na real tomada de decisões, para um novo fazer
pedagógico, em conjunto durante o Conselho de Classe, o que existe
são sugestões, reivindicações, são propostas deixadas em aberto, não
se estabelece consenso, não se chega a uma conclusão, no sentido de
estabelecer decisões.
Entretanto, nenhuma sugestão ou proposta concreta, questões
pontuais no sentido de orientar uma atuação por parte dos professores.
Em relação a estes problemas, todos pedem solução, mas não
conseguem operacionalizar nenhuma decisão.
Na realidade, não há mudanças, mudanças pedagógicas
apresentadas no Conselho de Classe. Muitos professores têm
conhecimento das falhas e limitações, não somente em relação a sua
atuação nos Conselhos de Classe, mas a toda sua prática docente.
Para refletir!!!**** Leitura dos textos:
MATTOS, Carmem Lúcia Guimarães de. O conselho de classe e a construção do fracasso escolar. Educação e Pesquisa: Revista da Faculdade de Educação da USP, São Paulo, v.31, n.2, p.215-228, maio/ago, 2005.
ROCHA, Any Dutra Coelho da. Conselho de Classe: burocratização ou participação. Editora Francisco Alves,1982.
Com base nos textos acima, reflita como acontece o Conselho de
Classe e ainda, sobre o processo avaliativo desenvolvido nas escolas.
a)- Com base no texto de Any Rocha, reflita sobre as possíveis mudanças que podem ocorrer e os encaminhamentos sugeridos, que sejam viáveis de serem implementados.
b)- No Conselho de Classe hoje em sua escola se discute, vivenciam efetivamente, como oportunidade para discussão de problemas de ensino?
c)- O Conselho de Classe exerce a função de avaliação, de orientação para os professores, de orientação pedagógica no sentido de comparar técnicas, métodos e estratégias e, sobretudo atitudes ?
d)- A leitura desses textos ajudou a você a compreender melhor o papel do Conselho de Classe? A partir dessas leituras é possível ter uma melhor compreensão sobre a importância de seu papel dentro da Escola? O que você destaca de importante no estudo desses textos?
e)- Após análise e reflexão do texto: O Conselho de Classe e a construção do Fracasso escolar de Carmem Lúcia Guimarães. Discuta e socialize com seus colegas do grupo, aponte alguns princípios para que se possa avançar na construção de um Conselho de Classe em uma perspectiva transformadora e que de fato possa atender à finalidade da escola pública.
f)- Diante da realidade vivenciada hoje na maioria das escolas, como seria possível a existência de Conselhos de Classe que se constituam em uma participação efetiva e de co-responsabilidade de todos os envolvidos no trabalho pedagógico sobre o processo de trabalho coletivo, a fim de realizar a finalidade social da escola?
g)- Aponte suas expectativas em relação à proposta apresentada neste encontro.
ATIVIDADE 4
Após tantos anos, podemos constatar que nada mudou. Não
temos atingido a finalidade do Conselho de Classe que é avaliar o
aproveitamento dos alunos, chegarmos a um conhecimento mais
profundo do mesmo e promover a integração dos professores e de
todos os elementos da escola, constituindo uma oportunidade de
influência real no processo de tomada de decisão e mudança nas
relações e procedimentos no interior da escola.
Fala-se muito em Escola democrática, gestão democrática, formar
alunos críticos e participativos, formar para a cidadania, porém o que
infelizmente ainda acontece na maioria das escolas públicas, nas
reuniões de Conselho de Classe é uma avaliação excludente, voltada
mais para as questões de indisciplina e notas. Discute-se apenas
aprovação e reprovação, sem objetivos com relação a real
aprendizagem dos alunos, não atendendo as propostas de melhoria
pedagógica, onde só o aluno é avaliado.
Hoje, nos meios educacionais, existe uma preocupação muito
grande com a melhoria qualitativa do processo ensino e aprendizagem
e pela adoção de medidas que visam a aperfeiçoar o trabalho educativo
da escola. Precisamos entender que cada aluno é uma pessoa, única e
diferenciada, ser capaz de visualizar as potencialidades de cada um,
sentir que a aferição não se resume na medida de conhecimentos
acadêmicos, mas envolve além desta a aquisição de habilidades e a
formação de atitudes numa avaliação global do aluno.
A escola precisa rever suas práticas, como uma instituição social,
num processo dinâmico de renovação de valores, princípios, conteúdos
e formas, na perspectiva de uma ação significativa, competente e
comprometida com a melhoria de vida da população e com o
engajamento num novo tempo. Esta, vive hoje em seu cotidiano,
dúvidas, incertezas, descrenças, resistências, entusiasmos, desejos e
dificuldades, sentimentos freqüentes entre os gestores, docentes e toda
a comunidade escolar, misturados com a expectativa de novas
possibilidades para o desenvolvimento do trabalho educativo
Dalbem(2004, p.13,14).
Leitura e reflexão do ( fragmento) do texto de:
- DALBEN, Angela Imaculada Loureiro de Freitas. Trabalho Escolar e Conselho de Classe, 2.ed. Campinas: Papirus, 1994.
- DALBEN, Angela Imaculada Loureiro de Freitas- CONSELHO DE CLASSE E AVALIAÇÃO-Perspectiva na Gestão Pedagógica da Escola 3.ed. Campinas: Papirus, 2004.
Com base nos textos, reflita como acontece o Conselho de
Classe!?
Reflita e responda!
1)- Que função deve ter o Conselho de Classe?
2)- O Conselho de Classe pode modificar as relações e procedimentos
no interior da escola?
3)- Com base nos textos lidos,faça uma síntese reflexiva a respeito das
perspectivas e potencialidades de mudança dos Conselhos de Classe.
4)- De que forma o Conselho de Classe tem contribuído para a exclusão
de alguns alunos (mesmo que sem intencionalidade) e quais os reflexos
dentro da escola?
5)- Que mudanças são necessárias para que o Conselho de Classe seja
efetivamente um momento de discussão acerca da aprendizagem e
desempenho dos alunos? Como reformular esta prática a partir das
reflexões realizadas?
6)- Como você vê a participação dos professores hoje nos Conselhos de
Classe?
Dê sugestão, proposta de mudança.
Atividade 5
Desatando nós...
Refletindo sobre como realizamos o Conselho de Classe em nossa escola.
VAMOS CONTINUAR!!!
A avaliação é um dos aspectos fundamentais e necessários no
processo educativo, nos encaminhamentos didáticos com vistas à
aprendizagem real dos conteúdos propostos.
Por que avaliar?
Refletindo sobre o processo avaliativo...
O estudo, a leitura, vem nos enriquecer e nos mostrar novos
horizontes na vida pessoal e principalmente na profissional, pois o que
aprendemos, o embasamento teórico pode ser aplicado em nosso dia-a-
dia na escola, engrandecendo as atividades educacionais. Estes
momentos de reflexões contribuem muito para o nosso crescimento
profissional, reforçando com capacitações e pela valorização de nossa
atuação no sucesso escolar, pois adquirimos mais competência e
segurança. Precisamos ter ousadia para inovar e mudar quando
necessário. Um profissional compromissado, enriquecido e confiante em
um futuro melhor para aqueles que por nós passarem na escola
( alunos), e conseguir ajudar a todos a fazerem uma boa caminhada
rumo a aprendizagem efetiva e à boa formação.
Para saber mais!!!
Leitura e análise compreensiva e crítica do texto abaixo( fragmento).
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem, ed .11. São Paulo:
Cortez, 2001
1)-Diante dos Conselhos de Classe que realizamos hoje nas escolas,
muitas incertezas temos para desencadear um processo de
transformação da realidade, não temos respostas prontas, porém temos
uma urgência em fazer parte da construção de uma escola melhor.
a)- O que fazer ? No enfoque, que é a formação do professor
reflexivo, em busca de um melhor aperfeiçoamento teórico, uma
fundamentação mais consistente para uma melhor qualidade de
ensino e aprendizagem nas escolas públicas estaduais.
b)- O Conselho de Classe tem um papel fundamental, que é o de
dinamizar o processo de Avaliação, por intermédio da riqueza das
análises múltiplas de seus participantes( professores) .Como
estruturar os trabalhos pedagógicos segundo essas analises
coletivas sobre avaliação ?
c)- Com base no texto acima de Luckesi, existe clareza quanto aos
critérios de avaliação indicados no Plano de Trabalho Docente ? Há
relação entre estes e a concepção de Avaliação defendida no PPP?
Os critérios de avaliação expressam a intencionalidade dos
conteúdos selecionados no PTD?
d)- Que posicionamento você, enquanto professor assume diante
do cenário e “indefinição” da escola quanto a Avaliação?
e)- Diante da nova forma de organização do trabalho pedagógico,
qual a relação do Conselho de Classe com o processo de ensino e
aprendizagem e a avaliação desenvolvida pela escola ?
f)- Analisando a forma como o autor aborda a questão da
Avaliação, aponte propostas inovadoras de mudanças para
melhoria do trabalho escolar com ampla conscientização, inclusive
a formação continuada dos educadores, levando-os a perceber a
necessidade de uma mudança de concepção, alcançando
resultados qualitativamente mais eficientes.
g)- Reflita e registre sobre as possíveis mudanças que poderão
ocorrer em sua escola. Por exemplo, a construção de idéias num
sistema de cooperação, cada um acrescenta seu ponto de vista
num pequeno texto
Atividade 6
Pelas pequenas ações, partir da realidade para transformá-la,
através do trabalho coletivo, no cotidiano, no dia-a-dia. As mudanças
não podem ficar atreladas as ordens, imposições que vem da SEED/NRE.
O Projeto Político, na sua maioria, só fica na teoria sem ações
concretas da escola. Devemos colocar concretamente o real da escola,
situações pontuais, não pode ficar só na intencionalidade. Precisa ser
sistemático, básico para um bom trabalho, precisamos transformar
nossa realidade em algo bem melhor, Temos que acreditar que
podemos fazer melhor.
A formação continuada, o aprender contínuo é essencial em nossa
profissão. Só uma reflexão sistemática e continuada é capaz de
promover a dimensão formadora da prática. A produção de um saber
profissional, emergente da prática e de uma reflexão sobre ela.
Queremos com este trabalho, contribuir para superar as
limitações das práticas dos Conselhos de Classe, oferecendo motivação
para refletir e analisar questões vividas no cotidiano escolar, no dia-a-
dia e perceber o entendimento que se tem sobre a Avaliação da
aprendizagem hoje em nossas escolas.
Para ler e refletir!!!
VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança. São Paulo: Liberdad,1998. Cadernos Pedagógicos, v.6
Após a leitura e o estudo realizado, destaque a importância da
avaliação, no sentido de sua dinâmica no processo educacional, por
meio de seu aspecto formativo e político. Uma avaliação que visa à
verificação da aprendizagem dos alunos, à identificação de suas
necessidades e à melhoria do processo ensino e aprendizagem.
A intenção dessa atividade é nos questionarmos sobre:
== O que você entende por mudança?
== Como começar a mudar?
== Quais os problemas básicos enfrentados no ano anterior e que nos impediram de realizar um trabalho pedagógico de melhor qualidade?
== Quais foram os índices de evasão e retenção em nossa escola?
== Existem dados acerca da qualidade do ensino e aprendizagem da escola?== Quais a dificuldades que os docentes enfrentam na sala de aula ( de cada ano)?
== O papel do Conselho de Classe é tentar articular as diversas
percepções dos profissionais sobre o aluno com o qual trabalha e ainda
tentar articular essas visões na tentativa de percebê-lo segundo uma
visão de totalidade. Fundamentados nos pressupostos em
Vasconcellos, priorizando delinear um novo significado de Avaliação
para nossa escola. Descreva o que acredita que possa ser o ponto de
partida para a transformação que queremos.
== Tão importante quanto analisar os Conselhos de Classe, é
compreender as práticas de avaliação que a escola propicia. Assim
sendo, inserido num contexto atual, a avaliação é o elemento
fundamental para a articulação, reflexão e mudança na atuação sobre a
realidade. Que ações pedagógicas deverão ser implementadas para
superar os enormes desafios que a escola apresenta hoje na questão
Avaliação?
Atividade 7
Para saber mais!!!
Precisamos refletir sobre o que fazer para intervir e mudar esta
realidade e verificar coletivamente quais as possibilidades reais de
intervenção no cotidiano escolar e as mediações necessárias para
buscar ações, com questões mais pontuais.
Nesta atividade, faremos uma análise reflexiva das
sistematizações dos encontros anteriores, retomada e discussão de
apontamentos dos textos já estudados, para que juntos, no grupo sejam
apresentadas sugestões para a condução dos Conselhos futuros.
Agora, penso ser o momento de realmente começar um processo
democrático com professores e pedagogos, fazermos juntos uma
reflexão sobre o referencial teórico adotado e sua relação com as
necessidades de nossa escola, justificando a aplicação do
conhecimento, discutir a teoria e fazer relação com a prática. Para que
isto possa vir a acontecer realmente, gostaria de propor que na
condução do Conselho de Classe, pudéssemos definir prioridades.
O Conselho de Classe precisa ser visto como uma possibilidade
transformadora, favorecendo a aprendizagem dos alunos, fazendo as
possíveis intervenções específicas às necessidades para dar suporte a
novos meios de ensino Cruz (1995, p.113).
A organização e realização do pré- conselho, e o
acompanhamento das medidas propostas no conselho de classe, são
imprescindíveis. O pré-conselho possibilita um tempo maior para a
investigação e análise dos problemas que interferem no processo
pedagógico. Ademais, possibilita um levantamento antecipado dos
problemas a serem solucionados, a coleta antecipada de sugestões para
o alcance dos resultados, a identificação das dificuldades individuais e
coletivas dos alunos, além da reflexão sobre a metodologia de ensino,
os instrumentos de avaliação e formas de comunicação dos resultados
aos alunos.
O pré-conselho deverá ser realizado antecipadamente, com o
professor representante de turma e a classe, verificando e
especificando junto aos alunos as dificuldades apresentadas de
aprendizagem, as solicitações e sugestões dos mesmos. Logo em
seguida, o professor representante de turma, utilizará estes dados para
repassar aos outros professores em reunião própria, onde irão
descrever as dificuldades, informar as medidas já tomadas, apresentar
sugestões e analisar o próprio plano de trabalho docente, que seria a
teoria e a prática efetivamente.
Feito isto, o professor representante repassa para a equipe
pedagógica, que fará a preparação para o Conselho de Classe, será a
tabulação e análise dos dados do Pré-Conselho dos professores e
alunos. No decorrer do Conselho de Classe, será feita a explicitação dos
critérios a serem respeitados, apresentação do relato construído pelo
pedagogo, com os dados colhidos no pré-conselho, a reflexão coletiva
sobre o relato dos problemas evidenciados, apresentação das sugestões
de soluções para os problemas, combinação coletiva das ações a serem
colocadas em prática, ou seja, os encaminhamentos das soluções
posteriormente para o pós conselho. Da mesma forma, o pós conselho,
diante desta problemática, procurará encontrar caminhos dando
continuidade e concretização das ações que possam sanar os problemas
de ensino e aprendizagem, com possibilidades de superação e
transformação da educação.
Enfim, o conselho e o pré-conselho devem priorizar o
levantamento de problemas apresentados e a busca de soluções, a
conscientização da responsabilidade de todos envolvidos e a análise
coletiva a fim de se alcançar a melhoria da qualidade de ensino.
O Conselho de Classe é um espaço que precisa ser discutido e
modificado, estabelecendo mecanismos para conceber a pratica de
reuniões que permitam a participação ativa dos alunos, como sujeitos
responsáveis pelas suas aprendizagens, discutindo e refletindo
juntamente com seus professores as questões que ainda não ficaram
tão claros e o que fazer para poder efetivar os objetivos propostos pelos
trabalhos desenvolvidos de cada disciplina e conteúdo.
Este é um grande desafio para professores e pedagogos, com
ações comprometidas, dominando o medo do novo e impulsionados
pela necessidade de construir, de se estabelecer objetivos a atingir
sobre um novo fazer sobre o Conselho de Classe. Porém isto tudo só
será possível através do conhecimento.
SUGESTÕES:
=== Eleição do professor conselheiro da turma e suplente.
=== Eleição do aluno representante da turma e suplente
=== PRÉ- CONSELHO: + ENTREGA DAS FICHAS ANTECIPADAMENTE AOS PROFESSORES
+ Reunião do professor conselheiro com a turma + Reunião do professor conselheiro com os demais professores
+ O professor conselheiro repassa as informações e as fichas para o pedagogo, para que seja feita a tabulação.
+ Todos os professores da turma deverão entregar o canhoto de notas para secretaria ou pedagogo uma semana antes do Conselho de Classe.
+ Tabulação e porcentagem das notas pelo pedagogo. + A ficha da turma ficará na sala dos professores durante o bimestre para que seja socializada no coletivo por todos os professore, para as devidas anotações sobre indisciplina,e qualquer outro problema apresentado pelos alunos.
+ O pedagogo ou o professor conselheiro trabalhará antecipadamente com o aluno sobre o regimento, as atribuições do aluno e normas do Conselho de Classe.
Na realização do CONSELHO DE CLASSE:
== Explicitação dos critérios a serem respeitados no decorrer do Conselho de Classe;
== Apresentação do relato construído pelo pedagogo, com dados colhidos no pré- conselho;
== Reflexão coletiva sobre o relato- problemas evidenciados no pré- conselho ou fora dele;
== Apresentação das sugestões de soluções para os problemas apresentados;
== Combinação coletiva das ações a serem colocadas em práticas.
Na realização do PÓS CONSELHO:
--- Deverá se efetivar os encaminhamentos apresentados durante o Conselho de Classe no coletivo dos professores;
--- Apresentar o retorno aos alunos e professores sobre os encaminhamentos apontados e as intervenções propostas e colocadas em prática pós conselho em sala de aula com os alunos.
--- Ter bem claro o que se vai fazer, os fins que se pretende para reorientar professores e alunos, com ação pedagógica concreta para o período seguinte e que possam interferir na prática educativa.
FICHA / PROFESSOR1)-Nome do Professor: _______________________________
2)- Disciplina:_______________________ Série: ______ Turma: _______
NOME DOS ALUNOS
Descrever as dificuldades
Medidas já tomadas
Sugestões
1-
2-
3-
4-
5-
6-
7-
8-
9-
10-
11-
12-
13-
14-
15-
16-
17-
1819-
FICHA / CLASSE
1)- Série: ______
Turma: ______
2)- Dificuldades de aprendizagem da turma: ( especificar)
3)- Solicitações:
4)- Sugestões:
5)- Encaminhamentos :
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Texto de Gilmar Detogni- Professor de Sociologia e História.
Artigo publicado em 22 de setembro/2008 e 03/11/08- Jornal Expressão/
RS
Um Conselho de Classe quando organizado democraticamente,
pode tornar-se um instrumento de valorização das experiências
praticadas pelos professores. São os momentos e os espaços existentes
de avaliação da própria escola. Conhecida cotidianamente como
avaliação participativa, este processo não se restringe apenas a
preocupações referendadas nas notas, conceitos ou problemas de
determinados alunos. Esse processo cumpre com a finalidade de ajudar
na formação e na dinamização do trabalho educativo.
Nesse sentido, o professor Carlos Henrique Carrilho Cruz, entende
que o Conselho de Classe é um instrumento de ajuda no sentido de que
a equipe se conheça melhor como equipe e aja como tal, e ao mesmo
tempo possa avaliar sua ação na interação com os alunos, além de
descobrir meios para que os alunos cresçam como pessoas de forma
pessoal e coletiva. Não podemos imaginar ou vivenciar um Conselho de
Classe como um espaço de tristezas e desabafos. É um momento acima
de tudo alegre e sério, pois é um momento de manifestação e
crescimento da atitude individual e coletiva da equipe.
Por outro lado há uma resistência natural à auto-avaliação por
parte do corpo docente e administrativo que participa do Conselho. É
comum solicitarmos que os estudantes avaliem e reflitam sobre suas
falhas. Dificultoso talvez seja de nós mesmos fazermos avaliação de
nossas atitudes. Contudo, é uma condição “sine qua non” que devemos
ter clareza de que nossas práticas, de um modo geral, educam mais do
que nossas próprias palavras. A o mesmo tempo parece ser unânime de
que a cultura docente ofereça resistência à avaliação de seu próprio
trabalho. Esta resistência poderá ser importante para que se insista na
questão da auto-avaliação. Afinal ela pode nos mostrar aspectos ligados
às linhas de ações dos professores no trimestre, onde houve avanços,
dificuldades enfrentadas, inovações metodológicas, etc.
Comumente os conselhos de classe são realizados com a
participação de professores, Supervisão Escolar, Coordenação
Pedagógica e Direção da Escola. Entretanto é possível realizar com
planejamento um conselho de classe a partir da participação de todos
os alunos da turma juntamente com os respectivos professores. Nesse
sentido, o professor e pesquisador da Universidade Estácio de Sá, do Rio
de Janeiro, Carlos Henrique Carrilho Cruz, qualifica esta metodologia
como sendo um Conselho Participativo.
Segundo Carlos Henrique, o referido método poderá ser posto em
prática durante os dias de aula, sem, no entanto, causar prejuízos ao
calendário escolar, além de estabelecer o debate nos processos
metodológicos na relação entre professores e estudantes. Ocorre,
porém a ausência da discussão sobre nota, conceitos e relatórios. A
discussão transcorre somente no âmbito do desenvolvimento do
trabalho aplicado em sala de aula.
A fim de evitar possíveis “perseguições” por parte de professores,
prática condenável sob todos os aspectos, os primeiros conselhos
participativos podem ocorrer a partir do registro das observações por
escrito sem assinatura de papéis no qual é realizado o registro das
observações.
Em seguida, após todos terem manifestado suas “impressões,
ocorre a leitura das observações. Posteriormente após a fala dos alunos,
abre-se a palavra aos professores a fim de que expliquem possíveis
pontos não esclarecidos em seu trabalho e que podem estar sendo
objeto de crítica dos alunos. Muitas vezes é necessária a mediação da
Coordenação Pedagógica e da Direção da Escola para impedir as
tensões que possam prejudicar o processo educativo.
O Conselho Participativo vem ao encontro dos referencias
pedagógicos que defendemos, ou seja, aumentando o espaço de
participação, provocando mudanças na cultura docente da escola e
gerando tensões e conflitos. Nas palavras de Carlos Henrique:
participação que dá certo, gera conflitos, como ensina Pedro Demo. Mas
este conflito é positivo na medida em que contribui para o crescimento
de alunos e professores.
Como educar para um diálogo franco e aberto no processo
educativo? Como falar de uma sociedade democrática sem participação
e sem mecanismos organizados que criem uma cultura de participação?
Como educar para a liberdade satisfazendo-se apenas com espaços de
debates eventuais e controlados por quem detém o poder na escola?
Estas e outras questões podem ser facilitadas a partir do
Conselho Participativo, pois é uma prática em que os estudantes têm
voz e crescem em visão política das práticas da escola e em seus
comentários sobre a atuação dos professores. O risco poderá se, talvez,
a ousadia da mudança.
ATIVIDADE 8
Tudo que estamos propondo é com a finalidade de envolver você
nesta luta, buscar mudança, a transformação da escola pública, que
tem a responsabilidade de formar cidadãos críticos e reflexivos.
1) Assistir o documentário: Pro dia nascer feliz.
De João Jardim
O filme retrata a realidade, o cotidiano de 5 escolas brasileiras.
Fazer uma analise sobre o olhar do pedagogo.
Questões gerais que o filme permite discutir:
- Sociedade
- Escola
- Relação escola e sociedade
- Juventude e adolescência
- Expectativa do jovem com relação à escola
- Gestão escolar
- Trabalho docente ( formação e trabalho do professor)
- Currículo
- Avaliação e Conselho de Classe
- Fracasso escolar e outras formas pelas quais a escola lida com a
questão
- Relação professor e aluno
== Discutir as questões acima com base na perspectiva do
pedagogo como articulador do trabalho pedagógico.
== Refletir as formas pelas quais a escola lida com as questões
citadas no filme.
+++ Trabalho em grupo para discussão dos itens propostos para
análise.
+++ Discussão e reflexão coletiva
+++ Socialização
== Refletir sobre como o Conselho de Classe é realizado em sua
escola. Qual a sua contribuição, sua responsabilidade pelo
desenvolvimento do aluno?
Diante da realidade social, qual o papel do professor e da escola ?
Dê sugestões que contribuam com a melhoria da formação escolar
do aluno.
Considerações finais:
Espero com estas reflexões ter conseguido provocar e fazer você
(professor, pedagogo,direção), perceber a importância, a urgência
necessidade de reorganização dos Conselhos de Classe, a avaliação
envolvendo toda a comunidade escolar num processo coletivo e
democrático.
O Conselho de Classe é um espaço que precisa ser discutido e
modificado, estabelecendo mecanismos para conceber a pratica de
reuniões que permitam a participação ativa dos alunos, como sujeitos
responsáveis pelas suas aprendizagens, discutindo e refletindo
juntamente com seus professores as questões que ainda não ficaram
tão claros e o que fazer para poder efetivar os objetivos propostos pelos
trabalhos desenvolvidos de cada disciplina e conteúdo.
Os objetivos reais do Conselho de Classe devem ser com base nos
estudos realizados:
- Orientar o professor na avaliação permanente de cada aluno, de forma
que fiquem asseguradas observações concretas e eliminados os
padrões pré estabelecidos que rotulam superficialmente o aluno;
- Debater o aproveitamento global e individualizado das turmas,
analisando especificamente as causas do rendimento das mesmas;
- Estabelecer o tipo de assistência para o aluno considerado com
aproveitamento insuficiente para o período as metodologia e recursos a
serem empregados nas atividades de apoio, de forma que se realizem
os reajustes necessários a cada caso, eliminando-se a repetição
rotineira do que já foi ensinado;
- Aperfeiçoar o trabalho diário do professor e com o aluno através dos
subsídios ;
- Despertar no professor à consciência de que a auto-avaliação contínua
de seu próprio trabalho, com vistas a re-planejamento, promove a
aprendizagem mais eficiente do aluno.
A escola é um local que reflete a confusão mental do ser humano,
pois é um local em que trabalha as relações. É um local de contradição.
Alguns professores conseguem conduzir as adversidades da profissão,
outros não. Nesta perspectiva, o educador, tenta resistir às pressões do
cotidiano escolar, mantendo os objetivos principais da educação. O
docente às vezes não consegue discernir entre o real e o ideal; não
consegue trabalhar as próprias frustrações, então tentamos superá-las
através do autoritarismo ( notas) para com o aluno.
Precisamos procurar estratégias para levar o aluno a aprender
cada vez mais e melhor. A qualificação do docente é indispensável para
a autoridade em sala de aula. Para isso, o professor deve estudar
sempre, precisamos do ócio. “ÓCIO, num sentido mais amplo, filosófico,
é a pessoa que tem tempo para ler, refletir: pensar com sabedoria”
(Jamil Ibrahim Iskandar- Professor da PUC- dezembro /08).
As Instituições sociais não conseguem acompanhar as mudanças,
precisa haver mais cooperação entre professores e alunos, um trabalho
em grupo e exercícios estimuladores, pois é da criatividade para
adquirirmos experiência.
Nós professores, precisamos ter representatividade, ser o elo de
uma estrutura, o mediador. EX: O jogo de xadrez- pedras isoladas não
valem nada, apenas no contexto do jogo, no tabuleiro. Como pensar a
escola sem alunos? A relação da função que o aluno exerce em sala de
aula: não o aluno individualmente, mas a classe toda. O indivíduo só
tem sentido se associado a alguma coisa. A idéia principal não é o
sujeito, mas a estrutura que o contém.
O nosso intuito,é desafiar professores e pedagogos para que se
auto avaliem constantemente, buscando uma fundamentação teórica
consistente, tendo um horário para estudar, políticas claras para a hora
atividade dentro da escola e participando sempre que possível dos
grupos de estudo. Não se educa pela retórica, mas sim pela ação.
A nossa proposta neste estudo é a de implementar na escola um
Conselho de Classe participativo, visando a re-significação dos
processos pedagógicos centrais e configurando-se como um caminho
que direciona para uma educação com resultados qualitativos e
eficazes.
A escola enquanto espaço de uma prática pedagógica realizada pelo conjunto de educadores, deve promover sua auto-avaliação.
Refletir sobre auto-avaliação exige de nós educadores a
sensibilidade de que não somos inatingíveis nem absolutos, mas de que
somos seres que devemos estar permanentemente atentos às
mudanças e procurar saber enfrentá-las dentro de um nível de
compreensão mínimo, a fim de que nos realizemos nessa tarefa de
educar e ao mesmo tempo satisfazer, preencher ou esclarecer os
conflitos e incertezas de nossos alunos. Portanto, mudar de forma
profunda e produzir efeitos destas mudanças, é um caminho lento, mas
para termos os resultados desejados devemos ter também um rumo
claro onde e como chegar “( Gilmar Detogni- Jornal Expressão-
22/09/08).
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PERSISTÊNCIA X MUDANÇAS
Contam que certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz, conseguiu com muito esforço subir e dali alçar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: “Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele.” A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças de ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na própria falta de visão? Fazemos isso quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos diz.
( Mundo das metáforas, 2007)
REFERÊNCIAS
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_____. AVALIAÇÃO MEDIADORA: Uma prática em construção da pré-escola à universidade, ed. 5 Porto Alegre: Educação realidade, 1994.
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ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas, ed. 7. São Paulo: Cortez, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Superintendência da Educação. Orientações para a organização da semana pedagógica. Curitiba, 2008.
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VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança. São Paulo: Liberdad,1998. Cadernos Pedagógicos, v.6.