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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ DEPARTAMENTO DE DIREITO CAMPUS DE CAICÓ CEZAR PLAIZAN GARCIA DOS SANTOS ATUAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL NA REGIÃO DO SERIDÓ/RN: UMA ANÁLISE JURÍDICA DOS INQUÉRITOS POLICIAIS E SUA REPERCUSSÃO SOCIAL CAICÓ/RN 2015

ATUAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL NA REGIÃO DO SERIDÓ/RN: … · 2. POLÍCIA CIVIL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Polícia Civil, órgão do Estado que atua no intuito de promover e

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

DEPARTAMENTO DE DIREITO

CAMPUS DE CAICÓ

CEZAR PLAIZAN GARCIA DOS SANTOS

ATUAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL NA REGIÃO DO SERIDÓ/RN: UMA

ANÁLISE JURÍDICA DOS INQUÉRITOS POLICIAIS E SUA REPERCUSSÃO

SOCIAL

CAICÓ/RN

2015

2

CEZAR PLAIZAN GARCIA DOS SANTOS

ATUAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL NA REGIÃO DO SERIDÓ/RN: UMA

ANÁLISE JURÍDICA DOS INQUÉRITOS POLICIAIS E SUA REPERCUSSÃO

SOCIAL

Artigo apresentado como Trabalho de

Conclusão de Curso referente ao Curso de

Graduação em Direito do Centro de Ensino

Superior do Seridó - CERES, Universidade

Federal do Rio Grande do Norte- UFRN.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Muhajir

Rahnemay Rabbani

CAICÓ/RN

2015

3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6

2 POLÍCIA CIVIL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE .............................. 8

3 ESTRUTURAS DAS DELEGACIAS DE POLÍCIA CIVIL NA REGIÃO DO

SERIDÓ/RN: CIDADES COM COMARCAS JUDICIÁRIAS E CIDADES TERMOS

DE COMARCAS JUDICIÁRIAS .................................................................................. 10

4 INQUÉRITO POLICIAL: BREVES CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E DADOS

REFERENTES À CRIMINALIDADE DAS CIDADES COM COMARCAS

JUDICIÁRIAS DO SERIDÓ/RN ................................................................................... 15

5 CONCLUSÃO .........................................................................................................................43

6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 45

4

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo fazer pesquisas de dados junto às Delegacias de

Polícia Civil das cidades com Comarcas Judiciárias da Região do Seridó, Estado do Rio

Grande do Norte. Nesta pesquisa, serão apresentados os índices de criminalidades

referentes aos anos de 2008 a 2014, através da análise dos Inquéritos Policiais

instaurados na região. O Inquérito Policial é sem dúvida o instrumento de maior

utilidade da Polícia Judiciária, qualquer que seja sua forma de instauração, seja através

do auto de prisão em flagrante delito, requisição ministerial ou portaria. Dentro de um

contexto geral, serão apresentados como funcionam as estruturas e organizações das

Delegacias de Polícia Civil pesquisadas, analisando brevemente os referenciais teóricos

que fundamentam o Inquérito Policial, para posteriormente fazer um levantamento

quantitativo da criminalidade nos últimos anos na região do Seridó/RN e, finalmente

buscar evidenciar os principais problemas de criminalidade encontrados na região

pesquisada.

PALAVRAS-CHAVES: Criminologia; Polícia Civil; Inquérito Policial; Código de

Processo Penal.

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ABSTRACT

This article aims at making research data from the Civil Police Departments of the cities

in the Judicial Districts of Seridó Region, State of Rio Grande do Norte. In this

research, the criminality rates for the years 2008 to 2014 will be presented, by analyzing

the police inquiries initiated in the region. The police inquiry is undoubtedly the most

useful instrument of the Judicial Police, whatever its form of establishment, either

through the prison, ministerial request or ordinance. Within a general context, the

structure and organization of the Civil Police stations surveyed will be presented, briefly

analyzing the theoretical framework underlying the police investigation, and later a

quantitative survey of crime in recent years in the Seridó/RN region will be made.

Ultimately, the major crime problems found in the area surveyed will be highlighted.

KEY-WORDS: Criminology; Civil Police; Police Inquiry; Criminal Process Code.

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo é apresentar como funciona as Delegacias da Polícia

Civil das cidades com Comarcas Judiciárias da Região do Seridó, que faz parte do

Estado do Rio Grande do Norte, bem como as suas estruturas, organizações, atuação da

Polícia Judiciária e os Inquéritos Policiais instaurados no período de janeiro de 2008 a

dezembro de 2014, vale ressaltar que durante a pesquisa, foi constatado que algumas

Delegacias não tinham os registros completos para este período de análise.

A Região do Seridó é composta por vinte e cinco cidades, sendo doze cidades

com Comarcas Judiciárias e treze cidades Termos de Comarcas Judiciárias, onde sua

distribuição faz-se da seguinte forma: Caicó (Comarca), São Fernando e Timbaúba dos

Batistas (Termos); Currais Novos (Comarca), Lagoa Nova e Cerro Corá (Termos);

Parelhas (Comarca), Santana do Seridó e Equador (Termos); Florânia (Comarca), São

Vicente e Tenente Laurentino Cruz (Termos); Cruzeta (Comarca) e São José do Seridó

(Termo); Acarí (Comarca) e Carnaúba dos Dantas (Termo); Jardim do Seridó

(Comarca) e Ouro Branco (Termo); Santana do Matos (Comarca) e Bodó (Termo); São

João do Sabugi (Comarca) e Ipueira (Termo); Jucurutu (Comarca); Serra Negra do

Norte (Comarca) e Jardim de Piranhas (Comarca).

A metodologia deste artigo será as visitas junto as Delegacias de Polícia Civil

das cidades com Comarcas Judiciárias, para a apuração dos dados dos Inquéritos

Policiais instaurados referentes aos crimes de homicídio consumado e tentado, tráfico de

drogas, furto consumado e tentado, roubo consumado e tentado, posse e porte ilegal de

arma de fogo, embriaguez ao volante e outros possíveis crimes. Dados estes, que vão ser

constatados nos registros dos livros de tombos da respectiva Delegacia, bem como,

informações prestadas pelo respectivo Escrivão de cada cidade visitada e expondo a

estrutura do local de trabalho, o efetivo, se tem viatura, se o prédio onde funciona a

Delegacia é próprio ou se é alugado e, se naquela Delegacia visitada tem alguma

planilha de produtividade e estatística elaboradas, mostrando assim, a realidade de cada

Delegacia visita.

Como o foco desta pesquisa envolve um assunto da mais alta importância e

complexidade, que é a Segurança Pública de nosso Estado, ou melhor, do nosso País, a

Polícia Civil, no caso do nosso Estado, se destaca como um órgão da Administração

Pública que concretiza as determinações dos Poderes Legislativo, Executivo e

Judiciário, onde através da Polícia Judiciária, vai fornecer elementos probatórios para

possibilitar o oferecimento da ação penal através de suporte probatório mínimo, ou seja,

com prova da materialidade do delito e indícios suficientes da autoria (ALVES, 2013. p.

94). Desta forma, nos termos a Lei nº 12.830/2013, a persecução penal é dever privativo

do Estado, e uma vez praticada a infração penal, deverá apurar os fatos e suas

circunstâncias (OLIVEIRA, 2014. p. 53).

Através dos levantamentos feitos nas visitas das Delegacias da Polícia Civil das

cidades com Comarcas Judiciárias, foram constatados os delitos com maiores

incidências criminais que são: homicídio consumado (art. 121 do CP); homicídio

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tentado (art. 121 c/c art. 14, ambos do CP); tráfico de drogas (art. 33 da Lei

11.343/2006); furto (art. 155 do CP) e sua modalidade tentada (art. 155 c/c art. 14,

ambos do CP); roubo (art. 157 do CP) e sua modalidade tentada (art. 157 c/c art. 14,

ambos do CP); posse e porte ilegal de arma de fogo (artigos 12 e 14 da Lei

10.826/2006); embriaguez ao volante (art. 306 da Lei 9.503/1997 e alterações) e, outros

crimes. Portanto, de posse destes dados, teremos uma noção da atuação da Polícia Civil

nas cidades pesquisadas na região do Seridó, onde serão constatadas as eficiências e as

deficiências, para que os nossos gestores aprimorem e melhorem as deficiências

encontradas, para dá uma melhor qualidade de Segurança Pública para a sociedade, não

somente na região pesquisada, mas em todo nosso Brasil.

Em se tratando de Segurança Pública, surge então, a polícia como instrumento

da administração destinada a manter a paz pública e a segurança individual, possuindo

duas funções inerentes, quais sejam, a administrativa (preventiva) e a judiciária

(repressiva), onde o seu exercício é preservar a ordem pública e da incolumidade das

pessoas e do patrimônio, através dos órgãos policiais, neste contexto, a Polícia Civil

está prevista na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, com atribuições

específicas no §4º.

Com relação à análise da persecução penal (persecutio criminis), essa nada mais

é do que todo o caminho perseguido desde a investigação (momento pré processual) até

a prolatação da sentença pelo magistrado e, é através da persecução penal que se

possibilita, pois, ao Estado exercer a sua função jurisdicional sobre determinado agente

delitivo, absolvendo-o ou condenando-o, por exemplo. Portanto, a persecução criminal

envolve duas fases bem distintas que é o Inquérito Policial e a ação penal, onde se

observa que o Estado possui o ius puniendi, que apenas será concretizado após o

processo penal. Dentro deste sistema, o Estado deve possuir um mínimo de elementos

probatórios que indiquem a autoria e a materialidade da infração penal (MIRABETE,

2004. p. 78).

8

2. POLÍCIA CIVIL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Polícia Civil, órgão do Estado que atua no intuito de promover e garantir a

segurança pública nos Estados e Territórios da Federação, de acordo com a competência

de cada ente federativo (CPP de 1941, art. 4º, § único), cada Estado-membro tem

estruturada a Polícia Civil, subordinada esta ao chefe do Poder Executivo local,

respectivamente. Em regra, sendo a competência da Justiça Estadual, será competente,

também, a Polícia Civil.

Diferentemente da Polícia Administrativa ou de segurança (TÁVORA, 2013. p.

98), que cuida da prevenção dos crimes, a exemplo da Polícia Militar, a Polícia Civil

atua, em regra, em momento posterior ao cometimento das infrações, visando

solucionar, senão, fornecer elementos à Justiça quanto à materialidade e a autoria de

determinado delito. Conforme o § 4º do art. 144 da CF/1988, cabe à Polícia Civil, duas

principais atribuições, que são: a de Polícia Judiciária e a de Polícia Investigativa.

Como Polícia Judiciária, cabe à Polícia Civil de cada Estado-membro o papel de

auxiliar do Poder Judiciário, como por exemplo, no cumprimento de mandados e como

Polícia Investigativa, já neste aspecto, a Polícia Civil atua na persecução criminal, ou

seja, é ela responsável pela averiguação da materialidade e autoria dos delitos, por meio

do Inquérito Policial, instrumento utilizado por excelência.

A Lei Complementar nº 270, de 13 de fevereiro de 2004, dispõe sobre a Lei

Orgânica e o Estatuto da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte (houve

modificações nesta LC com as LC 348/2007, LC 364/2008 e LC 417/2010). Através

desta Lei Complementar, incube a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte,

órgão integrante e subordinado à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa

Social (SESED), ressalvada a competência da União, o exercício das funções de Polícia

Judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as militares, cabendo-lhe preservar a

ordem e a segurança pública (art. 2º da LC 270/2004).

Conforme o artigo 9º da LC 270/2004, a estrutura da Polícia Civil do RN é

composta de:

- um órgão de direção geral – a Delegacia-geral de Polícia Civil (DEGEPOL);

- órgãos de assessoramento direto à DEGEPOL;

- órgãos de execução programática, entre eles a Diretoria de Polícia Civil da

Grande Natal (DPGRAN) e a Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN), composta

por: Divisão de Polícia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE) e Delegacias Regionais de

Polícia Civil (DRP), entre outros.

Dando continuidade à estrutura da Polícia Civil do RN, de acordo com o artigo

10 da LC 270/2004, a mesma é composta pelos seguintes órgãos:

I – Conselho Superior de Polícia Civil (CONSEPOL);

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II – Colegiado de Delegados de Polícia Civil (COLDEPOL);

III – Delegacias Especializadas da Capital e do Interior;

IV – Delegacias de Plantão da Capital e do Interior;

V – Delegacias Distritais da Capital;

VI – Delegacias Municipais (interior);

VII – Delegacias de Polícia Civil da Grande Natal.

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3. ESTRUTURAS DAS DELEGACIAS DE POLÍCIA CIVIL NA REGIÃO DO

SERIDÓ/RN: CIDADES COM COMARCAS JUDICIÁRIAS E CIDADES

TERMOS DE COMARCAS JUDICIÁRIAS

3.1. Caicó (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Caicó tem uma

população de 62.709 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), conta com quatro

Delegacias:

- 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil (a 3ª DRP gerencia todas as Delegacias

das cidades da região do Seridó);

- Delegacia Municipal;

- Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEA);

- Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).

A 3ª DRP funciona em prédio próprio e fica no 1º andar, conta com um

Delegado titular, um Escrivão, três Agentes e duas viaturas, sendo uma do Estado e a

outra locada. A Delegacia Municipal funciona no mesmo prédio da 3ª DRP, no térreo,

conta com uma Delegada titular, uma Escrivã, quatro Agentes e uma viatura locada. A

DEA funciona em prédio próprio e conta com um Delegado titular, um Escrivão, três

Agentes e uma viatura do Estado. A DEAM funciona em prédio próprio e conta com o

mesmo Delegado da DEA, tem um Escrivão, três Agentes e uma viatura do Estado.

Todas essas Delegacias funcionam no sistema de expedientes, de segunda à

sexta-feira, das 8:00h às 12:00h e das 14:00h às 18:00h, totalizando uma carga horária

de 40 horas semanais. Finais de semanas e feriados, essas Delegacias não funcionam,

ficando a cargo das equipes de plantões para o atendimento das ocorrências.

Além dessas estruturas nas Delegacias, há quatro equipes de plantões, cada uma

delas composta, atualmente, por um Delegado. Dessas equipes, apenas duas conta cada

uma com um Escrivão e todas, têm em média dois ou três Agentes. Conta com uma

viatura e o regime de plantão funciona por escalas, todos os dias da semana, de segunda

à quinta-feira, das 18:00h às 8:00h e das 8:00h da sexta-feira até as 8:00h da segunda-

feira, nos feriados também o plantão funciona no sistema de 24 horas.

3.1.1. São Fernando (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Caicó e, conforme com o último censo

demográfico, a cidade de São Fernando tem uma população de 3.401 habitantes (IBGE,

Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil em

termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é a Delegada de

Caicó juntamente com a sua equipe.

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3.1.2. Timbaúba dos Batistas (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Caicó e, diante das informações do último censo

demográfico, a cidade de Timbaúba dos Batistas tem uma população de 2.295

habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da

Polícia Civil em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é

a Delegada de Caicó juntamente com a sua equipe.

3.2. Currais Novos (Comarca)

Conforme com o último censo demográfico, a cidade de Currais Novos tem uma

população de 42.652 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), conta com uma

Delegacia que funciona em um prédio emprestado pelo Estado, um Delegado titular, um

Escrivão, seis Agentes e duas viaturas, sendo uma viatura do Estado e a outra viatura

locada.

3.2.1. Lagoa Nova (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Currais Novos e, através das informações do

último censo demográfico, a cidade de Lagoa Nova tem uma população de 13.983

habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da

Polícia Civil em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é

o Delegado da cidade de Currais Novos juntamente com a sua equipe.

3.2.2. Cerro Corá (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Currais Novos e, conforme com o último censo

demográfico, a cidade de São Fernando tem uma população de 10.916 habitantes

(IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil

em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado

da cidade de Currais Novos juntamente com a sua equipe.

3.3. Parelhas (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Parelhas tem uma

população de 20.354 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), conta com uma

Delegacia que funciona em prédio pertencente à Prefeitura Municipal, um Delegado

titular, um Escrivão, cinco Agentes e uma viatura do Estado.

3.3.1. Santana do Seridó (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Parelhas e, mediante com as informações do

último censo demográfico, a cidade de Santana do Seridó tem uma população de 2.526

habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da

Polícia Civil em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é

o Delegado da cidade de Parelhas juntamente com a sua equipe.

12

3.3.2. Equador (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Parelhas e, conforme com o último censo

demográfico, a cidade de Equador tem uma população de 5.822 habitantes (IBGE,

Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil em

termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado da

cidade de Parelhas juntamente com a sua equipe.

3.4. Florânia (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Florânia tem uma

população de 8.959 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), o prédio onde

funciona a Delegacia é locado pela Prefeitura Municipal, conta com uma Escrivã, dois

Agentes, uma viatura do Estado e, quem responde pelas ocorrências é o Delegado da

cidade de Jucurutu.

3.4.1. São Vicente (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Florânia e, através das informações do último

censo demográfico, a cidade de São Vicente tem uma população de 6.028 habitantes

(IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil

em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado

da cidade de Jucurutu, juntamente com a equipe de Florânia.

3.4.2. Tenente Laurentino Cruz (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Florânia e, mediante das informações do último

censo demográfico, a cidade de Tenente Laurentino Cruz tem uma população de 5.406

habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da

Polícia Civil em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é

o Delegado da cidade de Jucurutu, juntamente com a equipe de Florânia.

3.5. Cruzeta (Comarca)

Em conformidade com o último censo demográfico, a cidade de Cruzeta tem

uma população de 7.967 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), conta com uma

Delegacia que funciona no mesmo prédio da Polícia Militar, um Delegado titular, sem

Escrivão, dois Agentes e sem viatura.

3.5.1. São José do Seridó (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Cruzeta e, conforme com o último censo

demográfico, a cidade de São Fernando tem uma população de 4.231 habitantes (IBGE,

Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil em

termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado da

cidade de Cruzeta, juntamente com a sua equipe.

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3.6. Acarí (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Acarí tem uma

população de 11.035 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), conta com uma

Delegacia que funciona no mesmo prédio da Polícia Militar, conta com um Escrivão,

dois Agentes, uma viatura do Estado e, quem responde pelas ocorrências é o Delegado

da cidade de Cruzeta.

3.6.1. Carnaúba dos Dantas (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Acarí e, diante das informações do último censo

demográfico, a cidade de Carnaúba dos Dantas tem uma população de 7.429 habitantes

(IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil

em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado

da cidade de Cruzeta, juntamente com a equipe de Acarí.

3.7. Jardim do Seridó (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Jardim do Seridó tem

uma população de 12.113 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), conta com uma

Delegacia que funciona em prédio próprio, conta com uma Escrivã, um Agente, sem

viatura e, quem responde pelas ocorrências é o Delegado da cidade de Parelhas.

3.7.1. Ouro Branco (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Jardim do Seridó e, conforme com o último censo

demográfico, a cidade de Ouro Branco tem uma população de 4.699 habitantes (IBGE,

Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil em

termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado da

cidade de Parelhas, juntamente com a equipe de Jardim do Seridó.

3.8. Santana do Matos (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Santana do Matos tem

uma população de 13.809 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), o prédio onde

funciona a Delegacia é locado pela Prefeitura Municipal, conta com uma Delegada

titular, uma Escrivã, cinco Agentes, uma viatura locada.

3.8.1. Bodó (Termo)

Cidade Termo da Comarca de Santana do Matos e, através das informações do

último censo demográfico, a cidade de Bodó tem uma população de 2.425 habitantes

(IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil

em termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é a Delegada

da cidade de Santana do Matos, juntamente com a sua equipe.

14

3.9. São João do Sabugi (Comarca)

Em conformidade com o último censo demográfico, a cidade de São João do

Sabugi tem uma população de 5.922 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), não

conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil em termos de prédio, efetivo e viatura,

quem responde pelas ocorrências é o Delegado Regional da Polícia Civil, juntamente

com a sua equipe.

3.9.1. Ipueira (Termo)

Cidade Termo da Comarca de São João do Sabugi e, conforme com o último

censo demográfico, a cidade de Ipueira tem uma população de 2.077 habitantes (IBGE,

Censo Demográfico 2010), não conta com nenhuma estrutura da Polícia Civil em

termos de prédio, efetivo e viatura, quem responde pelas ocorrências é o Delegado

Regional da Polícia Civil, juntamente com a sua equipe.

3.10. Jucurutu (Comarca)

De acordo com o último censo demográfico, a cidade de Jucurutu tem uma

população de 17.692 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), o prédio onde

funciona a Delegacia é locado pela Prefeitura Municipal, conta com um Delegado

titular, um Escrivão, três Agentes, sem viatura.

3.11. Jardim de Piranhas (Comarca)

Conforme com o último censo demográfico, a cidade de Jardim de Piranhas tem

uma população de 13.506 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), não conta com

nenhuma estrutura da Polícia Civil em termos de prédio, efetivo e viatura, quem

responde pelas ocorrências é o Delegado Regional da Polícia Civil, juntamente com a

sua equipe.

3.12. Serra Negra do Norte (Comarca)

Através das informações do último censo demográfico, a cidade de Serra Negra

do Norte tem uma população de 7.770 habitantes (IBGE, Censo Demográfico 2010), o

prédio onde funciona a Delegacia é do Estado, conta com um Delegado titular, um

Agente e sem Escrivão, com uma viatura locada.

Todas estas Delegacias, sejam elas de Comarca Judiciária ou Termo de Comarca

Judiciária, funcionam no sistema de expedientes, com exceção da cidade de Currais

Novos, que funciona no sistema de plantão durante toda a semana, conforme foram

citadas com relação à cidade de Caicó. Além dos problemas encontrados em termos de

estruturas das Delegacias, também foram encontrados a falta de equipamentos básicos e

mínimos para que a Polícia Civil desempenhe um serviço de melhor qualidade para a

sociedade, tais problemas são a falta de computadores, impressoras, recompor a frota de

viaturas que estão sucateadas e, resgatar a central de rádio amador que foi extinta das

Delegacias e viaturas, para uma melhor e fácil comunicação entre a Polícia Civil.

15

4 INQUÉRITO POLICIAL: BREVES CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS E

DADOS REFERENTES À CRIMINALIDADE DAS CIDADES COM

COMARCAS JUDICIÁRIAS DO SERIDÓ/RN

A instauração do Inquérito Policial poderá ser feito por três maneiras, pelo Auto

de Prisão em Flagrante Delito (APF), pela Requisição Ministerial ou por Portaria.

Para a instauração do Inquérito Policial mediante o Auto de Prisão em Flagrante,

nos casos em que houver a prática de delito punível com pena maior do que dois anos,

não se tratando de consumo de drogas (art. 28, Lei 11.343/06, Lei de Tóxicos), nem se

tratando de contravenções penais previstas na Lei dos Juizados Especiais (Lei

9.099/95), onde será lavrado o TCO (art. 69, Lei 9.099/95).

Contudo, fica claro que poderá ser utilizado outro procedimento, que é o Termo

Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em substituição ao Inquérito Policial, para ser

lavrado contra pessoas em estado de flagrância e cometimento de crime com pena

máxima não superior a dois anos (infrações de menor potencial ofensivo) e todas as

contravenções penais comuns previstas na Lei 9.099/95. Também será lavrado TCO

quando do cometimento do delito previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06 (uso de

drogas), conforme prevê o artigo 48, § 2º da referida Lei.

Em se tratando de criança (até os 12 anos incompletos) e adolescente (de 12 a 18

anos incompletos) na prática de atos infracionais (art. 103 da Lei 8.069/90), esta Lei

trata-se do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não será instaurado IP. Quando

se trata de criança, serão adotadas as medidas de proteção previstas no artigo 101 do

(ECA), sendo em regra, encaminhadas ao Conselho Tutelar e, em caso do menor

infrator seja adolescente, será instaurado o Boletim Circunstanciado de Ocorrência

(BOC), de responsabilidade da autoridade policial titular da Delegacia Especial da

Criança e do Adolescente (DEA), se tiver e, se não tiver, pelo Delegado responsável

pela circunscrição.

O Código de Processo Penal (CPP) em seu artigo 302, diz quem é considerado

em situação de flagrância, já o artigo 304 do mesmo Código, traz o procedimento a ser

seguido, no qual será primeiro ouvido o condutor, as testemunhas, a vítima, se houver e,

por último o autuado.

Com relação à instauração do Inquérito Policial proveniente de requerimento ou

requisição ministerial, esta é enviada à Delegacia competente e a autoridade policial, em

regra, elabora portaria para dar início ao procedimento. O Inquérito Policial também

pode ser instaurado por portaria, onde a notícia do crime é dada de outra forma, que não

o flagrante, por exemplo, por Boletim de Ocorrência (BO), para crimes de Ação Pública

Incondicionada, ou representação para os crimes de Ação Pública Condicionada à

representação (do ofendido ou de quem possa representá-lo) ou Ação Privada, onde

apenas poderá ser instaurado o Inquérito Policial, se provocado pelo dono da ação, ou

seja, a própria vítima.

16

Para Vicente Greco Filho (GRECO FILHO, 2012. p. 92), “o inquérito policial é

uma peça escrita, preparatória da ação penal, de natureza inquisitiva”. É um documento

escrito, posto que em conformidade com o disciplinado no Código de Processo Penal,

artigo 9º; preparatório, uma vez que antecede a ação penal; e de natureza inquisitiva,

pela inexistência de contraditório, possuindo, de acordo com o professor Renato

Brasileiro, valor probatório apenas relativo (BRASILEIRO, 2013. p. 74), porém,

servindo de fato ao exercício do direito de defesa do autuado.

No dizer de Mirabete,

tem-se por inquérito policial todo procedimento policial destinado a

reunir os elementos necessários à prática de uma infração penal e de

sua autoria. Trata-se de uma instrução provisória, preparatória,

informativa, em que se colhem elementos por vezes difíceis de obter

na instrução judiciária, como auto de flagrante, exames periciais, etc.

(MIRABETE, 2003. p. 78).

O Inquérito Policial será presidido pela autoridade policial, no caso, o Delegado

de Polícia Civil, onde esta vai ser a principal ferramenta utilizada na investigação de

delitos, desvendado e/ou juntando elementos probatórios acerca da materialidade e

autoria de um delito, fornecendo, assim, base para a formação do elemento “justa causa”

da ação penal e, para a formação da opinião delitiva do órgão titular da ação penal. No

entanto, saliente-se desde já, não tratar o Inquérito Policial como peça obrigatória à ação

penal, podendo-se dar início a esta independente da instauração daquele, desde que

presentes outras peças de informação compostas por indícios suficientes a ensejar a ação

penal.

O Inquérito Policial é também sigiloso, sendo ele externo ou interno, ou seja, o

sigilo externo é quando o Delegado procura a publicidade para falar tudo que contém no

IP e, o sigilo interno seria a montagem de diligências. Segundo a OAB, os advogados

têm sim o acesso aos Inquéritos Policiais. A Súmula 14 do STF, a partir de 2004,

decidiu que não há mais sigilo interno no Inquérito Policial, a pedido da parte. O

advogado pode, mesmo sem procuração, requerer os documentos do Inquérito Polícia.

Quando o Delegado negar a entrega dos documentos do IP ao advogado, o mesmo pode

entrar com um mandado de segurança com relação a ele próprio ou com um habeas

corpus em relação ao cliente e reclamação quando por direto no STF, alegando que a

Súmula não fora cumprida. Esta característica sigilosa está prevista no Código de

Processo Penal, em seu art. 20 que diz: “a autoridade assegurará no inquérito policial o

sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”.

Tourinho Filho diz que:

o inquérito tem por finalidade fornecer ao titular da ação penal, seja o

Ministério Público, nos crimes de ação pública, seja o particular, nos

delitos de alçada privada, elementos idôneos que o autorizem a

ingressar em juízo com a denúncia ou queixa, iniciando-se desse

modo o processo (TOURINHO FILHO, 2005. p. 97).

17

Assim diz Fernando Capez que “é o conjunto de diligências realizadas pela

polícia judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim de que o

titular da ação penal possa ingressar em juízo” (CAPEZ, 2003. p. 66).

Guilherme de Souza Nucci ensina que

O inquérito policial é um procedimento preparatório da ação penal, de

caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à

colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração

penal e sua autoria (NUCCI, 2004. p. 67).

No ponto de vista do Professor Renato Brasileiro, acerca da dispensabilidade do

Inquérito Policial,

se a finalidade do inquérito policial é a colheita de elementos de

informação quanto à infração penal e sua autoria, é forçoso concluir

que, desde que o titular da ação penal (Ministério Público ou

ofendido) disponha desse substrato mínimo necessário para o

oferecimento da peça acusatória, o IP será perfeitamente dispensável.

O próprio Código de Processo Penal, em diversos dispositivos, deixa

claro o caráter dispensável do inquérito policial (BRASILEIRO,

2013. p. 79).

Desta forma a doutrina é cediça no entendimento de que o Inquérito Policial é o

procedimento administrativo informativo, com vistas à apuração da autoria e

materialidade de uma infração penal, destinado a subsidiar a propositura da ação penal.

A Polícia Judiciária Civil, a qual dispõe de um instrumento especializado, que é

o Inquérito Policial, idôneo para apurar elementos concretos e coesos para propiciar

futura ação penal, não há justificativa razoável para se pular essa fase integrante do

nosso sistema processual acusatório. Como muitos doutrinadores defende a tese de que

o Inquérito Policial é procedimento administrativo informativo, também temos os

motivos inegáveis, que o Inquérito Policial não mais pode ser considerado, como “mera

peça informativa” do órgão acusador estatal, destacável a sua importância na contagem

da verdade real, de vez que é voltado para a apuração imparcial de práticas criminosas,

ocorre a sua instauração e instrução em um direito e dever de investigação por parte da

autoridade policial, peculiares que o tornam utilizável, até mesmo, para a defesa do(s)

investigado(s), principalmente quando a Polícia Judiciária reúne provas ou indícios

intensos da sua não participação, ou da inexistência de crime. Tem como

questionamento a importância de conhecer profundamente o Inquérito Policial e todas

as peculiaridades e características, posteriormente, é imprescindível analisar os prós e os

contras, analisando os argumentos lançados a favor e os argumentos lançados contra a

sua eliminação.

O início do Inquérito Policial subsiste, ao passo que há ocorrência do fato pelo

menos definido como crime em tese, surgindo desta forma o “jus puniend” do Estado,

tal procedimento administrativo é conduzido pela Polícia Judiciária, nos termos do

artigo 4º do Código de Processo Penal (BARBOSA, 2009. p. 26). Dessa possibilidade o

18

método administrativo investigatório, previsto no art. 4º, do CPP, o Inquérito Policial, é

de caráter inquisitorial, apesar de sofrer discussão doutrinária sobre o afastamento do

mecanismo inquisitorial.

Nesse sentido, o Inquérito Policial tem natureza administrativa, de acordo com a

posição de Fernando da Costa Tourinho Filho, acrescenta que são seus caracteres: ser

escrito (art. 9º, CPP), sigiloso (art. 20, CPP) e inquisitivo, já que nele não há o

contraditório. É verdade que o inciso LV do art. 5º da CF dispõe que “aos litigantes, em

processo judicial ou administrativo e, aos acusados em geral são assegurados

contraditório e ampla defesa, com os recursos a ela inerentes”, nem por isso se pode

dizer seja o inquérito contraditório (TOURINHO, 2008. p. 68).

Prossegue expondo Tourinho: A Polícia Civil exerce a atividade, de índole

eminentemente administrativa, de investigar o fato típico e apurar a respectiva autoria, é

o conceito que se infere do art. 4º do CPP. Contudo, o §1º, IV, e o §4º do art. 144 da CF

distinguem as funções de apurar as infrações penais e as de Polícia Judiciária, já que

houve tal distinção, é lícito afirmar (TOURINHO, 2009. p. 108).

Os dados aqui apresentados foram adquiridos através de visitas junto as

Delegacias Municipais, através de informações de Inquéritos Policiais instaurados e

registrados em livros de tombo e, de informações prestadas pelos Escrivães

responsáveis pelo Cartório de cada Delegacia, no período de janeiro de 2008 a

dezembro de 2014. Este estudo mostra um apontamento quantitativo e a análise dos

crimes, através de tabelas e gráficos, com relação ao total de inquéritos policiais

instaurados nas Delegacias, dos delitos mais praticados durante o período analisado,

mostrando-se assim, se a cada ano houve aumento ou diminuição da criminalidade com

relação ao tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006); homicídio consumado (art.

121 do CP); homicídio tentado (art. 121 c/c art. 14, ambos do CP); furto (art. 155 do

CP) e sua modalidade tentada (art. 155 c/c art. 14, ambos do CP); roubo (art. 157 do

CP) e sua modalidade tentada; posse e porte de arma de fogo (art. 12 e 14 da Lei

10.826/2003) e embriaguez ao volante (art. 306 da Lei 9.503/1997 e alterações) e outros

delitos.

Analisando a fundamentação teórica do Inquérito Policial, passa-se à análise dos

dados estatísticos coletados ao longo dos anos de 2008 a 2014 na Região do Seridó/RN.

19

5.1 Caicó (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

141 187 153 200 195 239 280

Via Portaria

e

Requisição

do MP

98 39 45 72 44 39 110

Total 239 226 198 272 239 278 390 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

18 09 10 16 13 14 51

Tráfico de

drogas

18 22 26 49 49 39 38

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

11 09 06 17 14 20 33

Roubo

(incluindo

tentado)

10 12 05 16 09 14 24

Furto

(incluindo

tentado)

58 35 29 26 24 29 47

Embriaguez

ao volante

20 92 90 90 82 123 136

Outros 104 47 32 58 48 39 61 Fonte: Dados de pesquisa.

20

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

239226

198

272

239

278

390

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

21

5.2 Currais Novos (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

96 149 186 201 132 167 151

Via Portaria

e

Requisição

do MP

92 52 40 43 30 65 37

Total 188 201 226 244 162 232 188 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

01 08 06 09 06 08 08

Tráfico de

drogas

12 21 20 18 16 15 28

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

08 09 08 11 08 14 17

Roubo

(incluindo

tentado)

12 07 08 09 05 15 09

Furto

(incluindo

tentado)

55 27 36 30 31 20 18

Embriaguez

ao volante

04 40 61 60 18 66 35

Outros 96 89 87 107 78 94 73 Fonte: Dados de pesquisa.

22

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

188201

226

244

162

232

188

0

50

100

150

200

250

300

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

23

5.3 Parelhas (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

37 50 66 52 74 60 79

Via Portaria

e

Requisição

do MP

53 56 32 47 41 48 47

Total 90 106 98 99 115 108 126 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

08 03 05 11 13 05 07

Tráfico de

drogas

05 11 12 10 08 11 21

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

04 07 03 06 09 11 13

Roubo

(incluindo

tentado)

04 07 01 08 09 05 04

Furto

(incluindo

tentado)

16 19 07 09 16 12 13

Embriaguez

ao volante

02 05 12 12 14 09 13

Outros 51 54 58 43 46 55 55 Fonte: Dados de pesquisa.

24

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

90

106

98 99

115108

126

0

20

40

60

80

100

120

140

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

25

5.4 Jucurutu (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

18 10 00 00 37 42 37

Via Portaria

e

Requisição

do MP

23 26 00 00 54 30 45

Total 41 36 00 00 91 72 82 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

05 03 00 00 08 05 04

Tráfico de

drogas

01 01 00 00 02 09 06

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

03 01 00 00 10 07 05

Roubo

(incluindo

tentado)

07 00 00 00 07 02 05

Furto

(incluindo

tentado)

03 04 00 00 09 09 11

Embriaguez

ao volante

06 05 00 00 03 07 09

Outros 16 22 00 00 52 33 42 Fonte: Dados de pesquisa.

26

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que não foram

feitos os registros dos anos de 2010 e 2011, ficando assim, esses anos prejudicados.

4136

0 0

91

72

82

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

27

5.5 Santana do Matos (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

00 00 00 00 11 17 19

Via Portaria

e

Requisição

do MP

00 00 00 00 15 23 43

Total 00 00 00 00 26 40 62 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 03 00 06

Tráfico de

drogas

00 00 00 00 01 01 03

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 00 00 00 03 05 09

Roubo

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 00 05 04

Furto

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 03 04 06

Embriaguez

ao volante

00 00 00 00 00 01 01

Outros 00 00 00 00 16 24 33 Fonte: Dados de pesquisa.

28

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que os registros

foram feitos a partir de 2012, ficando assim, os anos de 2008; 2009 2010 e 2011

prejudicados (Delegacia nova).

0 0 0 0

26

40

62

0

10

20

30

40

50

60

70

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

29

5.6 Jardim de Piranhas (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

14 15 26 18 32 27 36

Via Portaria

e

Requisição

do MP

13 14 05 10 11 19 28

Total 27 29 31 28 43 46 64 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

02 04 02 01 05 00 07

Tráfico de

drogas

00 01 06 01 04 04 06

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

04 02 04 02 05 05 06

Roubo

(incluindo

tentado)

01 03 00 01 02 02 05

Furto

(incluindo

tentado)

04 03 02 03 03 03 02

Embriaguez

ao volante

00 03 05 07 07 05 08

Outros 16 13 12 13 17 27 30 Fonte: Dados de pesquisa.

30

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

2729

3128

4346

64

0

10

20

30

40

50

60

70

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

31

5.7 Jardim do Seridó (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

26 28 00 00 00 23 30

Via Portaria

e

Requisição

do MP

21 23 00 00 00 13 11

Total 47 51 00 00 00 36 41 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

01 02 00 00 00 01 03

Tráfico de

drogas

01 03 00 00 00 02 05

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 01 00 00 00 03 01

Roubo

(incluindo

tentado)

01 00 00 00 00 00 04

Furto

(incluindo

tentado)

07 04 00 00 00 05 02

Embriaguez

ao volante

06 05 00 00 00 01 07

Outros 31 36 00 00 00 24 19 Fonte: Dados de pesquisa.

32

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que não foram

feitos os registros dos anos de 2010 a 2012, ficando assim os anos prejudicados.

47

51

0 0 0

36

41

0

10

20

30

40

50

60

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

33

5.8 Acarí (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

00 00 00 00 09 14 27

Via Portaria

e

Requisição

do MP

00 00 00 00 10 19 14

Total 00 00 00 00 19 33 41 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 02 04 00

Tráfico de

drogas

00 00 00 00 01 01 10

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 00 00 00 02 03 04

Roubo

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 00 01 02

Furto

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 03 10 05

Embriaguez

ao volante

00 00 00 00 05 06 08

Outros 00 00 00 00 06 08 12 Fonte: Dados de pesquisa.

34

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que os registros

foram feitos a partir de 2012, ficando assim, os anos de 2008; 2009; 2010 e 2011

prejudicados (Delegacia nova).

0 0 0 0

19

23

41

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

35

5.9 Florânia (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

00 00 00 00 10 16 14

Via Portaria

e

Requisição

do MP

00 00 00 00 14 26 09

Total 00 00 00 00 24 42 23 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 03 02 00

Tráfico de

drogas

00 00 00 00 01 01 07

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 00 00 00 01 02 00

Roubo

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 00 01 01

Furto

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 02 08 06

Embriaguez

ao volante

00 00 00 00 02 04 03

Outros 00 00 00 00 15 24 06 Fonte: Dados de pesquisa.

36

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que os registros

foram feitos a partir de 2012, ficando assim, os anos de 2008; 2009; 2010 e 2011

prejudicados (Delegacia nova).

0 0 0 0

24

42

23

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

37

5.10 Cruzeta (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

00 00 00 00 06 05 11

Via Portaria

e

Requisição

do MP

00 00 00 00 16 11 17

Total 00 00 00 00 22 16 28 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 00 02 02

Tráfico de

drogas

00 00 00 00 00 02 04

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 00 00 00 03 00 03

Roubo

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 01 01 00

Furto

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 04 05 10

Embriaguez

ao volante

00 00 00 00 06 03 02

Outros 00 00 00 00 08 03 07 Fonte: Dados de pesquisa.

38

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisas.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que os registros

foram feitos a partir de 2012, ficando assim prejudicados, os anos de 2008; 2009; 2010

e 2011 (Delegacia nova).

0 0 0 0

22

16

28

0

5

10

15

20

25

30

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

39

5.11 Serra Negra do Norte (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

00 00 00 00 08 11 12

Via Portaria

e

Requisição

do MP

00 00 00 00 19 22 23

Total 00 00 00 00 27 33 35 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 01 02 02

Tráfico de

drogas

00 00 00 00 01 04 04

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 00 00 00 02 04 06

Roubo

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 01 03 05

Furto

(incluindo

tentado)

00 00 00 00 05 07 05

Embriaguez

ao volante

00 00 00 00 06 06 07

Outros 00 00 00 00 11 07 06 Fonte: Dados de pesquisa.

40

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

Obs: Conforme pesquisa feita no livro de tombo de IP, foi constatado que os registros

foram feitos a partir de 2012, ficando assim prejudicados, os anos de 2008; 2009; 2010

e 2011 (Delegacia nova).

0 0 0 0

27

3335

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

41

5.12 São João do Sabugi (Comarca)

Tabela 1 – Inquéritos policiais instaurados no período de 2008 a 2014

IP’s

Instaurados

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Via

Flagrante

01 13 05 03 10 12 16

Via Portaria

e

Requisição

do MP

10 05 03 04 07 05 07

Total 11 18 08 07 17 17 23 Fonte: Dados de pesquisa.

Tabela 2 – Tipos de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Tipos de

Crimes

ANO

2008

ANO

2009

ANO

2010

ANO

2011

ANO

2012

ANO

2013

ANO

2014

Homicídio

(incluindo

tentado)

00 01 00 00 01 01 01

Tráfico de

drogas

00 02 02 00 03 01 02

Posse e

porte ilegal

de arma de

fogo

00 00 00 01 00 00 00

Roubo

(incluindo

tentado)

00 00 01 00 00 00 00

Furto

(incluindo

tentado)

04 01 00 00 03 02 00

Embriaguez

ao volante

00 02 02 01 00 06 07

Outros 07 12 03 05 10 07 13 Fonte: Dados de pesquisa.

42

Gráfico 1 - Números de crimes ocorridos no período de 2008 a 2014

Fonte: Dados de pesquisa.

11

18

87

17 17

23

0

5

10

15

20

25

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

43

5 CONCLUSÃO

Todas as informações apresentadas neste trabalho foram coletadas em todas as

Delegacias da região do Seridó/RN, onde foram feitas pesquisas junto aos livros de

tombo (registros) e informações prestadas por cada Escrivão responsável pelo

respectivo Cartório de cada Delegacia.

A partir dos dados coletados, observa-se claramente que falta muito para

oferecer um serviço mais digno e de melhor qualidade para a população, que geralmente

só procura uma Delegacia como última opção para tentar sanar uma pequena ocorrência

ou mesmo por ter sido vítima de algum crime.

Como dificuldades visivelmente expostas, estão os próprios prédios de

funcionamento das Delegacias, mesmo sendo próprios ou locados, prédios com poucas

estruturas, sem acomodações adequadas para que o servidor sinta-se mais à vontade

para um melhor atendimento. Outro ponto importante constatado nas visitas foi o

número reduzido no contingente de profissionais, o sucateamento das viaturas e tantos

outros problemas encontrados. Diante de tal situação, é preciso que sejam tomadas

providências urgentes por parte de nossos gestores, para que não torne um caos com

impossíveis soluções.

Através dos levantamentos feitos nas visitas das Delegacias da Polícia Civil das

cidades com Comarcas Judiciárias, foram constatados os delitos com maiores

incidências criminais, que são: homicídio consumado (art. 121 do CP); homicídio

tentado (art. 121 c/c art. 14, ambos do CP); tráfico de drogas (art. 33 da Lei

11.343/2006); furto (art. 155 do CP) e sua modalidade tentada (art. 155 c/c art. 14,

ambos do CP); roubo (art. 157 do CP) e sua modalidade tentada (art. 157 c/c art. 14,

ambos do CP); posse e porte ilegal de arma de fogo (artigos 12 e 14 da Lei

10.826/2006); embriaguez ao volante (art. 306 da Lei 9.503/1997 e alterações), além de

outros crimes. Verifica-se que no período pesquisado (2008 – 2014), geralmente a cada

ano subsequente tem aumentado os crimes de homicídios, incluindo o tentado, furtos,

roubos e violência doméstica, que está incluído na categoria “Outros”, mas o aumento

constatado na apreensão de armas de fogo e nos procedimentos de embriaguez ao

volante, isto sim, é positivo, pois com todas as dificuldades encontradas, está mostrando

uma maior atuação e eficiência da polícia.

Para um melhor e mais eficiente atendimento da população, o plantão que

funciona na cidade de Caicó, atendendo os flagrantes à noite, finais de semana e

feriados poderia funcionar 24 horas todos os dias, atendendo somente os flagrantes das

cidades da região do Seridó/RN, que totaliza 25 cidades, ficando como por exemplo

com a metade das cidades e, a outra metade das cidades, poderia ser atendidas na cidade

de Currais Novos, com a criação de mais um plantão, funcionando com o mesmo

sistema de 24 horas todos os dias, onde as Delegacias das respectivas cidades, com

estrutura e efetivo digno, iriam dedicar-se exclusivamente nos procedimentos de IP’s,

TCO’s, nos registros de BO’s, indo ao local de crime, que é de fundamental importância

44

para o início das investigações, dando assim, mais celeridade e eficiência na conclusão

dos Inquéritos Policias e no encaminhamento para o Judiciário.

Como foi realizado este trabalho de pesquisa na região do Seridó/RN, deveria

ser feito em todas as regiões do nosso Estado, onde as análises criminais seriam

comparadas e haveria um direcionamento mais eficaz e eficiente no controle e no

combate aos crimes pesquisados.

Para que tenhamos uma Polícia Civil mais atuante e presente em nosso Estado,

além de concursos que já é de nível superior, deve haver uma maior valorização e

promover a especialização dos policiais, dando ênfase a suas habilidades pessoais,

conhecendo-o e dando-lhe condições de trabalho, valorizando-o a partir do

reconhecimento de suas habilidades, onde ele policial, vai sentir-se útil e dando início a

formação do policial exemplar cidadão.

Portanto, de posse destes dados, temos uma noção da situação e atuação da

Polícia Civil nas cidades pesquisadas na região do Seridó/RN, onde foram constatadas

as eficiências e as deficiências, para que os nossos gestores aprimorem e melhorem as

deficiências encontradas, para dar uma melhor qualidade de Segurança Pública para a

sociedade, não somente na região pesquisada, mas em nosso Estado e em todo o Brasil.

Mas fica uma dúvida que intriga a sociedade, mesmo que nossos gestores

invistam na segurança pública, acabando com todas as deficiências, será que a

criminalidade vai acabar? Ou será que toda essa mazela criminal que nos atinge, não se

encontra em outro setor?

A nossa educação, por exemplo, se tivesse mais investimentos, com um

aprendizado de melhor qualidade, onde vão ser formados cidadãos mais cultos e

civilizados, com a sua mente focada somente nos estudos, esquecendo-se assim, de

querer cometer crimes.

Há ainda outros exemplos, como mais investimentos na infraestrutura, moradia e

na vida social, para que acabe com esta enorme lacuna de diferenças que existe entre as

classes sociais, fazendo com que aquele indivíduo não se sinta tão inferiorizado em

relação a tal classe e, com toda essa revolta existente no seu interior, não parta para o

mundo do crime.

Podemos citar ainda a necessidade de modificações urgentes em nosso Código

Penal, que já está mais do que ultrapassado, onde muitos delinquentes cometem vários

crimes confiando-se na fragilidade e ineficiência da punibilidade que terão, confiança

essa, que sabem que em pouco tempo, estarão livres para cometerem mais crimes e

quem sabe mais bárbaros.

45

6. REFERÊNCIAS

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2013. p. 94.

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de Fogo e Munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, Define Crimes e

dá Outras Providências. Brasília, DF: 2003.

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NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 3. ed. São

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46

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 18. ed. São Paulo: Atlas,

2014. p. 53.

RIO GRANDE DO NORTE. Lei Complementar nº 270. Estatuto da Polícia Civil do

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TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual

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