4
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL VALE DO ITAPEMIRIM FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM ATUALIZAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Componentes: Dayane de Lima Nunes, Getúlio Barreto, Gustavo Garcia Nunes, Jefferson Bento Ferreira.

Atualização Do CDC

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trabalho de Direito do Consumidor

Citation preview

Page 1: Atualização Do CDC

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL VALE DO ITAPEMIRIM

FACULDADE DE DIREITO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

ATUALIZAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Componentes: Dayane de Lima Nunes, Getúlio Barreto, Gustavo Garcia Nunes,

Jefferson Bento Ferreira.

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES

2013

Page 2: Atualização Do CDC

1. INTRODUÇÃO

O artigo publicado na revista de Direito do Consumidor coordenado por

Cláudia Lima Marques (relatora-geral do projeto), objetivou o estudo dos aspectos

estruturantes e metodológicos com o fim de justificar os anteprojetos e leis

atualizadoras do Código de Defesa do Consumidor, explorando ainda as novas e

necessárias fontes adicionadas ao respectivo diploma legal.

Em 2010 o Senado Federal nomeou comissão de juristas com o objetivo de

atualização do CDC, porém, buscava-se nessa atualização, não só tornar a

legislação mais moderna, mas também, manter o microssistema de inserção

jurídica, econômica e social do consumidor, incluindo medidas que o legislador não

era capaz de visualizar quando da elaboração da lei, que apesar de muito boa, com

o passar do tempo, restou necessário tal atualização, por conta do aumento do

consumo e também para proteger o consumidor de novos meios de fornecimento de

produtos e serviços. Como dito, tratou-se de uma atualização, diferente de reforma

ou recodificação, mesmo porque as fontes existentes ainda são úteis e necessárias

para a relação de consumo.

2. O MODELO PÓS-POSITIVO DE INCLUSÃO JURÍDICA DO CONSUMIDOR

Quando da atualização, passava-se de 20 anos de vigor da lei 8.078/1990,

nomeada Código de Defesa do Consumidor. Tratou-se uma lei importante não só a

época, mas até hoje, com a passagem de uma sociedade industrial para uma

sociedade pautada no consumo, nomeada como sociedade de risco, devido aos

riscos inerentes a relação de consumo, que na atualidade se expandiu, além de ter

sido criada outras formas de relação consumista.

A sociedade já pós-moderna, sentiu a necessidade de uma proteção,

superando os déficits jurídicos, com o fim de regular tais situações jurídicas. No

entanto, o Código Civil em vigência de 1916 mostrava-se defeituoso se tratando das

demandas sociais, um dos motivos de tantas leis extravagantes. Neste sentido, o

CDC trouxe a proteção que a sociedade pós-positivista precisava, através de um

sistema de direito privado ético, citado por Renan Lotufo e Fernando Rodrigues, na

obra 20 anos do CDC: conquistas, desafios e perspectivas. Ou seja, adveio do

reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor enquanto agente de mercado.

Page 3: Atualização Do CDC

Como já era de se esperar, por conta de uma mudança no pensamento

legislativo transformado em prática, a incidência normativa trazida na construção do

CDC, surpreendeu o sistema jurídico brasileiro, devido as mudanças no modo de

preencher lacunas de eticidade e operabilidade nas várias situações concretas do

dia-a-dia, refletindo numa modelação da jurisprudência brasileira rumo a um direito

privado mais humanizado e equilibrado.

Apesar de toda essa qualidade jurídica na elaboração da lei, não podia o

legislador tudo prevê, mesmo porque a sociedade muda, e com tais mudanças, a

legislação se torna vezes desnecessárias ou inutilizáveis, bem como sente-se a

necessidade de atualização de certas leis, para que as novas causas sejam

reguladas no ordenamento jurídico.

Esse então foi o objetivo do Senado Federal que através de um ponto de

partida já sugerido pela presidência do parlamento, buscou-se atualizar/amodernar o

então CDC em vigor, sem para isso excluir o microssistema já eficaz.

3. NOVAS FONTES; ABERTURA A OUTROS DIREITOS; UNIDADE E

PROIBIÇÃO DE INSUFICIÊNCIA