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www.imprensaoficial.com.br Estado de São Paulo Poder Legislativo Diário da Assembleia Legislativa 18ª Legislatura Cauê Macris – Presidente Luiz Fernando T. Ferreira: 1º Secretário Estevam Galvão: 2º Secretário Chico Sardelli: 3º Secretário Adilson Rossi: 4º Secretário Analice Fernandes: 1ª Vice-Presidente Maria Lúcia Amary: 2ª Vice-Presidente Milton Vieira: 3º Vice-Presidente Jooji Hato: 4º Vice-Presidente Palácio 9 de Julho Av. Pedro Álvares Cabral, 201 Ibirapuera São Paulo CEP 04097-900 Tel. 11 3886-6000 www.al.sp.gov.br Volume 127 Número 229 São Paulo, sábado, 9 de dezembro de 2017 LARISSA LEãO FOTO: JOSE ANTONIO TEIXEIRA Estudantes, autoridades e representantes da sociedade civil reuniram-se na última quinta-feira (7/12) no plenário José Bonifácio da Alesp para discutir a atualização do Plano Nacional da Juventude (PNJ), que tem previsão para ser votado na Câmara dos Deputados até o final deste ano. O PNJ está em tramitação na Câmara desde 2004 e foi proposto por meio do Projeto de Lei 4530/2004. Desde então, não foi atualizado em relação aos acontecimentos relacionados à juventude – como por exemplo a Lei 11.129/2005, que criou a Secretaria Nacional da Juventude, e a criação do Estatuto da Juventude, em 2013. Segundo o secretário nacional da Juventude Francisco de Assis Costa Filho, o governo federal, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), contratou uma consultoria técnica para atualizar o plano. “Estamos com a minuta de atualização do PNJ pronta. Queremos alterar a legitimade da sociedade na construção do planejamento, pois será uma política pública para toda a juventude brasileira”, explicou. O plano propõe que o Estado garanta os direitos dos jovens e, além disso, sua participação política e seu acesso às políticas públicas. Segundo Assis Filho, o Brasil tem hoje a maior população de jovens da história. “São 51 milhões de pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos. O Brasil está entre os dez países de maior população jovem”, disse. O secretário destacou que estão sendo realizadas audiências em todas as regiões do país, sendo que a de São Paulo foi a quarta reunião. “O objetivo do encontro foi escutar a sociedade para que contribua na construção do plano”, afirmou. Para o coordenador do Programa para Juventude da secretaria do Estado de São Paulo, Erlon Lopes, é preciso discutir políticas públicas que são necessárias para os jovens. “O encontro propõe uma discussão de todos os programas e projetos que a secretaria tem a oferecer”, disse. O combate à violência contra a juventude negra, os altos índices de violência, a busca pela cultura da paz e os investimentos na educação básica são algumas das propostas que estão no Plano Nacional da Juventude. A criação da comissão geral que discutirá o PNJ foi marcada para o próximo dia 15/12. Audiência pública discute atualização no Plano Nacional da Juventude Encontro na Alesp propõe alterações no PNJ Racismo e injúrias contra livre manifestação cultural e religiosa são denunciados em encontro LÉO MARTINS FOTO: JOSÉ ANTONIO TEIXEIRA Injúrias às religiões de matrizes africanas e aos locais por elas ocupados foram denunciadas em uma audiência pública na última quinta-feira (7/12), no Auditório Teotônio Vilela. O evento foi promovido pela deputada Leci Brandão (PCdoB). “Nada melhor do que pessoas que sofrem com isso para discutir a questão da intolerância e essa onda de agressividade em todo o Brasil contra as casas de candomblé e de umbanda, entre outros. Precisamos tomar medidas para fazer com que isso acabe, afinal de contas, pela Constituição de 88 o Estado é laico e cada um tem liberdade para escolher o seu credo”, disse a deputada. Para o presidente da entidade Keweceja Toydoçu, Carlos Eduardo Ruano, “a falta de respeito com os seguidores das religiões africanas baseia-se na falta de conhecimento”. O Projeto de Lei 226/2017, de autoria da deputada Leci Brandão, penaliza administrativamente a prática de atos discriminatórios por motivos religiosos. “Isso nos permitirá acolher e trabalhar essas denúncias e punir os responsáveis. Infelizmente o aprendizado de muitas pessoas só acontece quando elas sofrem alguma penalidade”, disse a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena, Elisa Lucas Rodrigues. Segundo o assessor da pró-reitoria da extensão da Unesp, Juarez Tadeu de Paula Xavier, é preciso pensar em políticas públicas para superar o preconceito que essas religiões sofrem. “Hoje existem delegados que preferem registrar casos de racismo como injúria racial. Nós queremos que políticas públicas assegurem que a pessoa que cometeu um crime de racismo seja julgada por isso, então é preciso aprimorar a legislação para chegar à livre manifestação cultural e religiosa no Brasil”, declarou. O presidente do Instituto Àwuré, Ronaldo Arruda, acredita que algumas pessoas não veem como cidadão os membros das religiões de matrizes africanas. “A criação de um observatório será um encaminhamento feito nesta audiência pública, para saber como a justiça brasileira está tratando os crimes de violência contra essas questões étnicas. A intolerância religiosa já passou há muitos anos, o que vivemos hoje é um racismo religioso, sendo obrigação do Estado garantir e preservar essa cultura”, explicou. Leci Brandão (ao centro) promoveu o evento Os deputados aprovaram, na última quinta-feira (7/12), 12 projetos de lei para o Estado de São Paulo. Dentre eles, o que determina que o transporte coletivo tenha câmeras para inibir casos de assédio e roubo - Pág. 2

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www.imprensaoficial.com.br

Estado de São Paulo

Poder LegislativoDiário da Assembleia Legislativa – 18ª Legislatura

Cauê Macris – Presidente Luiz Fernando T. Ferreira: 1º SecretárioEstevam Galvão: 2º SecretárioChico Sardelli: 3º SecretárioAdilson Rossi: 4º Secretário

Analice Fernandes: 1ª Vice-PresidenteMaria Lúcia Amary: 2ª Vice-PresidenteMilton Vieira: 3º Vice-PresidenteJooji Hato: 4º Vice-Presidente

Palácio 9 de Julho • Av. Pedro Álvares Cabral, 201 • Ibirapuera • São Paulo • CEP 04097-900 • Tel. 11 3886-6000 www.al.sp.gov.br

Volume 127 • Número 229 • São Paulo, sábado, 9 de dezembro de 2017

Larissa Leão Foto: Jose antonio teixeira

Estudantes, autoridades e representantes da sociedade civil reuniram-se na última quinta-feira (7/12) no plenário José Bonifácio da Alesp para discutir a atualização do Plano Nacional da Juventude (PNJ), que tem previsão para ser votado na Câmara dos Deputados até o final deste ano.

O PNJ está em tramitação na Câmara desde 2004 e foi proposto por meio do Projeto de Lei 4530/2004. Desde então, não foi atualizado em relação aos acontecimentos relacionados à juventude – como por exemplo a Lei 11.129/2005, que criou a Secretaria Nacional da Juventude, e a criação do Estatuto da Juventude, em 2013.

Segundo o secretário nacional

da Juventude Francisco de Assis Costa Filho, o governo federal, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), contratou uma consultoria técnica para atualizar o plano. “Estamos com a minuta de atualização do PNJ pronta. Queremos alterar a legitimade da sociedade na construção do planejamento, pois será uma política pública para toda a juventude brasileira”, explicou.

O plano propõe que o Estado garanta os direitos dos jovens e, além disso, sua participação política e seu acesso às políticas públicas. Segundo Assis Filho, o Brasil tem hoje a maior população de jovens da história. “São 51 milhões de pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos. O Brasil está entre os dez países de

maior população jovem”, disse.O secretário destacou que

estão sendo realizadas audiências em todas as regiões do país, sendo que a de São Paulo foi a quarta reunião. “O objetivo do encontro foi escutar a sociedade para que contribua na construção do plano”, afirmou.

Pa ra o coordenador do

Programa para Juventude da secretaria do Estado de São Paulo, Erlon Lopes, é preciso discut ir pol ít icas públ icas que são necessárias para os jovens. “O encontro propõe uma discussão de todos os programas e projetos que a secretaria tem a oferecer”, disse.

O c omb at e à v io lênc i a

contra a juventude negra, os altos índices de violência, a busca pela cultura da paz e os investimentos na educação b á s i c a s ã o a l g u m a s d a s propostas que estão no Plano Nacional da Juventude.

A criação da comissão geral que discutirá o PNJ foi marcada para o próximo dia 15/12.

Audiência pública discute atualização no Plano Nacional da Juventude

Encontro na Alesp propõe alterações no PNJ

Racismo e injúrias contra livre manifestação cultural e religiosa são denunciados em encontroLÉo Martins Foto: JosÉ antonio teixeira

Injú r ias à s re l ig iões de matrizes africanas e aos locais p or e la s oc upados for a m denunciadas em uma audiência pública na última quinta-feira

(7/12), no Auditório Teotônio Vilela. O evento foi promovido pela deputada Leci Brandão (PCdoB). “Nada melhor do que pessoas que sofrem com isso para discutir a questão da intolerância e essa onda de agressividade em todo o Brasil

contra as casas de candomblé e de umbanda, entre outros. Precisamos tomar medidas para fazer com que isso acabe, afinal de contas, pela Constituição de 88 o Estado é laico e cada um tem liberdade para escolher o seu credo”, disse a deputada.

Para o presidente da entidade Keweceja Toydoçu, Carlos Eduardo Ruano, “a falta de respeito com os seguidores das religiões africanas baseia-se na falta de conhecimento”.

O Projeto de Lei 226/2017, d e a u t o r i a d a d e p u t a d a L e c i B r a n d ã o , p e n a l i z a administrativamente a prática de atos discriminatórios por motivos religiosos. “Isso nos permitirá acolher e trabalhar

essas denúncias e punir os responsáveis. Infelizmente o aprendizado de muitas pessoas só acontece quando elas sofrem alguma penalidade”, disse a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena, Elisa Lucas Rodrigues.

S eg u ndo o a s se s sor d a pró-reitoria da extensão da Unesp, Juarez Tadeu de Paula Xavier, é preciso pensar em políticas públicas para superar o preconceito que essas religiões sofrem. “Hoje existem delegados que preferem registrar casos de racismo como injúria racial. Nós queremos que políticas públ icas asseg urem que a pessoa que cometeu um crime de racismo seja julgada por

isso, então é preciso aprimorar a leg islação para chegar à livre manifestação cultural e religiosa no Brasil”, declarou.

O presidente do Instituto Àwuré, Ronaldo Arruda, acredita que algumas pessoas não veem como cidadão os membros das religiões de matrizes africanas. “A criação de um observatório será um encaminhamento feito nesta audiência pública, para saber como a justiça brasileira está tratando os crimes de violência contra essas questões étnicas. A intolerância religiosa já passou há muitos anos, o que vivemos hoje é um racismo religioso, sendo obrigação do Estado garantir e preservar essa cultura”, explicou. Leci Brandão (ao centro) promoveu o evento

Os deputados aprovaram, na última quinta-feira (7/12), 12 projetos de lei para o Estado de São Paulo. Dentre eles, o que determina que o transporte coletivo tenha câmeras para inibir casos de assédio e roubo - Pág. 2