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CEULP/ULBRA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS Prof. Fábio Henrique de Melo Ribeiro, MSc. Eng. Civil E Eng. Seg. Trab.

Auila 2 Patologia Introducao

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Aula patologia das construções

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  • CEULP/ULBRACURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS

    Prof. Fbio Henrique de Melo Ribeiro, MSc.Eng. Civil E Eng. Seg. Trab.

  • PATOLOGIA DAS EDIFICAES Patologia, de acordo com os dicionrios, a

    parte da Medicina que estuda as doenas

    As edificaes tambm podem apresentar defeitos comparveis as doenas: fissuras, manchas, descolamentos, deformaes, rupturas, etc.

  • PATOLOGIA DAS EDIFICAES Tal qual a Patologia Mdica, a Patologia

    das Edificaes inclui o estudo e identificao das causas destes defeitos e sua correo

    As caractersticas construtivas modernas favorecem muito o aparecimento de patologias

  • PATOLOGIA DAS EDIFICAES Conforme SOUZA e RIPPER, "por

    desempenho entende-se o comportamento em servio de cada produto, ao longo da vida til, e a sua medida relativa espelhar, sempre, o resultado do trabalho desenvolvido nas etapas de projeto, construo e manuteno."

  • PATOLOGIA DAS EDIFICAES Um problema patolgico pode ser entendido como

    uma situao em que o edifcio ou sua parte, num determinado instante da sua vida til, no apresenta o desempenho previsto.

    O problema identificado de modo geral a partir das manifestaes ou sintomas patolgicos que se traduzem por modificaes estruturais e ou funcionais no edifcio ou na parte afetada, representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos.

  • PATOLOGIA DAS EDIFICAES

    As manifestaes, uma vez conhecidas e corretamente interpretadas, podem conduzir ao entendimento do problema, possibilitando a sua resoluo a partir de uma interveno, cujo nvel estar vinculado, principalmente, relao entre o desempenho estabelecido para o produto e o desempenho constatado.

  • PATOLOGIA DAS EDIFICAES terapia cabe estudar a correo e a soluo desses

    problemas patolgicos (HELENE, 1992). Para obter xito nas medidas teraputicas, necessrio que o estudo precedente, o diagnstico da questo, tenha sido bem conduzido.

    As medidas teraputicas tanto podem incluir pequenos reparos localizados, quanto uma recuperao generalizada da estrutura ou reforos de fundaes, pilares, vigas e lajes.

    sempre recomendvel que, aps qualquer uma das intervenes citadas, sejam tomadas medidas de proteo da estrutura, com implantao de um programa de manuteno peridica.

  • PATOLOGIA DA UMIDADE Entre os defeitos mais comuns das construes

    encontra-se a penetrao de gua ou a formao de manchas de umidade.

    Uma consequncia imediata de origem psicolgica.

    Outra consequncia so os estragos causados pela umidade nos bens protegidos pela construo

  • PATOLOGIA DA UMIDADE Para piorar este cenrio, tem-se que a umidade a

    causa ou o meio necessrio para a grande maioria das manifestaes patolgicas nas construes.

    Ela indispensvel para o aparecimento de bolor, eflorescncia, corroso, perda de pintura e de reboco, etc.

  • PATOLOGIA DA UMIDADE As umidades nas construes podem ter as

    seguintes origens:

    Trazidas durante a construo Trazidas por capilaridade Trazidas por chuva Resultante em vazamentos em redes Condensao

  • VAZAMENTOS E GOTEIRAS NA REDE PLUVIAL

    Os vazamentos em calhas, condutores e outros dispositivos de coleta so bastante comuns.

    Eles se manifestam por goteiras ou manchas nas paredes que lhe ficam abaixo

    A localizao e diagnstico desse tipo de defeito geralmente simples: inspeo visual.

  • VAZAMENTOS E GOTEIRAS NO TELHADO

    Os telhados tambm podem apresentar vazamentos na rea coberta pelas telhas, que deveriam ser estanques.

    Um tipo de defeito o caimento inadequado, onde a telha pode ser desprendida pelo vento ou este pode forar a gua para dentro.

    M qualidade das telhas (finas, porosas ou tortas)

  • VAZAMENTOS E GOTEIRAS NO TELHADO

    Com relao ao madeiramento, se este for fraco, pode causar flechas que vo deixar as telhas fora de plano, com possibilidade de goteiras.

    Nos telhados de fibro-cimento so comuns os vazamentos por fissuras nas telhas, ou por parafusos mal colocados, ou por m vedao dos furos.

  • INFILTRAES EM LAJES DE COBERTURA

    As infiltraes em lajes de cobertura acontecem principalmente por defeito da impermeabilizao.

    Deve-se verificar as paredes e platibandas, para ver se no tem rachadura.

    Deve-se verificar as redes pluviais e hidro-sanitrias(vazamento na tubulao e no ralo).

  • INFILTRAES EM LAJES DE COBERTURA

    preciso ter cuidado com a inspeo visual, pois a gua pode atravessar a impermeabilizao em um ponto e correr sobre a laje sem atravessa-la, s fazendo em um local onde haja fissura.

    Toda impermeabilizao deve ser protegida, devido ao efeito do sol.

  • INFILTRAES EM LAJES DE COBERTURA

  • VAZAMENTOS EM RESERVATRIOS

    So comuns os vazamentos em reservatrios, piscinas e barragens.

    Geralmente a soluo refazer a impermeabilizao.

    A passagem de gua em reservatrios costumam ocorrer nas juntas de concretagem, por isso recomendvel fazer um capeamento no interior do reservatrio com argamassa impermevel, antes da impermeabilizao.

  • Patologia da Umidade

    Bolor

    Aspectos observados : . Manchas esverdeadas ou escuras . Revestimento em desagregao Causas provveis : . Umidade constante . rea no exposta ao sol

  • Patologia da Umidade

    Bolor

    Reparos : . Eliminao da infiltrao da umidade . Lavagem com soluo de hipoclorito . Reparo do revestimento quando pulverulento

  • Patologia da Umidade

  • AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE MARINHO

    A presena de sais na maioria das guas martimas, de cerca de 3,5% do peso em sais solveis

    MARES E OCEANOS CONTEDO (%) Mar Bltico 0,7

    Mar do Norte 3,3

    Oceanos Atlntico e ndico 3,6 Mar Mediterrneo 3,9

    Mar Vermelho 4,0

    Golfo Prsico 4,3

  • AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE MARINHO

    Principais ons presentes na gua do mar ( FERNANDEZ, 1984) CTIONS % NIONS %

    Sdio 30,4 Cloretos 55,2 Magnsio 3,7 Sulfato 7,7

    Clcio 1,16 Bromo 0,19 Potssio 1,1 cido Brico 0,07

    Estrncio 0,04 Bicarbonato e Carbonato

    0,35

  • AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE MARINHO

    Agressividade da gua em relao aos ndices de corroso (EQUIPE DE FURNAS, 1997)

    GRAU DE AGRESSIVIDADE PROPRIEDADES

    MODERADO ALTO MUITO ALTO EXCESSIVO

    PH 8,0 a 6,0 6,0 a 5,0 5,0 a 4,5 1500

    Sulfato (ppmSO--4 )

    150 a 1000 1000 a 2000 2000 a 3000 >3000

    Cloreto ( ppmCL- )

    500 a 1000 1000 a 2500 2500 a 5000 >5000

  • AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE MARINHO

    A ttulo de informao, pode-se dizer que a velocidade de corroso em atmosfera marinha, pode ser de 30 40 vezes maior que ocorre em atmosfera rural (HELENE, 1986).

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    Diversos autores afirmam que a principal causa para que a lixiviao ocorra, a ao das guas puras.

  • CORROSO DO CONCRETO

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    A lixiviao pode ser entendida de forma mais geral, como sendo a dissoluo e remoo dos constituintes solveis do concreto, em direo superfcie mediante a percolao sob presso de algum solvente ocasionando a formao de sais na superfcie do concreto.

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    Vrios elementos do cimento hidratado podem ser afetados pela lixiviao, como o hidrxido de clcio o mais suscetvel a dissoluo, devido a sua solubilidade em gua pura ser elevada.

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO: Diversas pesquisas mostram que o processo de

    lixiviao provoca uma perda de resistncia do concreto; podendo este, se estender por um tempo prolongado.

    A priori, esta perda proveniente, do carreamentodo hidrxido de clcio pelas guas agressivas.

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    Este carreamento aumenta a porosidade do concreto, diminuindo a sua resistncia e, consequentemente, tornando o concreto mais vulnervel ao ataque de outros agentes agressivos.

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    Esta importncia se d devido a alta alcalinidade que o hidrxido de clcio proporciona aos poros do concreto; fazendo com que o pH fique em torno de 12.

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO: O cido carbnico ( H2CO3) oriundo da

    dissoluo do dixido de carbono gasoso em gua; e pode aparecer em trs diferentes formas, que so:

    forma combinada (carbonatos), semicombinada (bicarbonato) e como CO2 livre.

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    O ataque do cido carbnico se d atravs das seguintes reaes:

    Ca(OH)2 + H2CO3 CaCO3 + 2H2O CaCO3 + CO2 + H2O Ca(HCO3)2

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO:

    A precipitao de crostas brancas de carbonato de clcio na superfcie da estrutura resultado da interao do produto lixiviado com o CO2 presente na atmosfera, e chamado de eflorescncia

  • CORROSO DO CONCRETO POR LIXIVIAO: Um perodo de tempo quente e seco, seguindo de

    um perodo frio e mido, aumentam a formao das eflorescncias (CEB, 1993).

    A ao das pozolanas fixa o hidrxido de clcio, o qual o produto mais vulnervel da hidratao do cimento, quando este atacado por cidos.

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    A corroso por sulfatos bastante deletria, pois quando estes reagem com os componentes do concreto, formam produtos expansivos.

    Os sulfatos so os maiores responsveis pela deteriorao causada por formao de sais

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    Os fatores que exercem influncia na durabilidade de estruturas de concreto expostas ao ataque por sulfatos so o meio externo impregnado de sulfatos, ou as caractersticas do concreto.

    Sabe-se tambm, que guas sulfatadas em dissoluo so mais agressivas ao concreto quanto maior for a presso exercida por elas

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    A deteriorao do concreto provocada pelas reaes qumicas entre o cimento portland hidratado e ons sulfatos de uma fonte externa, podem ocorrer de duas formas distintas.

    A deteriorao por sulfatos pode manifestar-se com a expanso e fissurao do concreto, ou a perda progressiva da resistncia e a perda de massa

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    A expanso e fissurao do concreto so proveniente da formao da etringita (C3A.3CS.H32), que deriva da reao entre o C3A contido no cimento portland e os sulfatos;

    ou da formao da gipsita resultante de reaes de troca de ctions, as quais provocam uma perda na resistncia da rigidez da pasta de cimento.

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    J a perda progressiva de resistncia e de massa so devidas deteriorao na coeso dos produtos de hidratao do cimento, como resultado da reao do Ca(OH)2 com os ons sulfatos.

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    O concreto atacado por sulfatos se caracteriza por apresentar uma aparncia esbranquiada.

    E a deteriorao geralmente comea nos cantos e arestas da estrutura, com uma fissurao progressiva e lascamento, que reduzem o concreto a uma condio frivel ou arenosa

  • CORROSO DO CONCRETO

  • CORROSO DO CONCRETO POR SULFATOS:

    Na definio de cimento resistente sulfato, tem sido levado em conta o teor de C3A.

    No entanto, este nico fator no define se o cimento inofensivo em relao do ataque por sulfato.

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL EROSO:

    Dentro dos fatores de origem fsica que podem deteriorar os concretos em uma estrutura, se encontram aqueles produzidos por uma elevada velocidade da gua.

    A eroso um termo que descreve o desgaste pela ao abrasiva de fludos contendo partculas slidas em suspenso.

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL EROSO:

    Mesmo que o concreto seja bastante resistente, ele no resistir a eroso severa durante um longo perodo de tempo.

    Segundo NEVILLE (1997) o uso de formas permeveis dariam um bom resultado na proteo contra a eroso.

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL EROSO:

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL EROSO:

    Concretos com agregados maiores so menos erodidos do que argamassas com igual resistncia, e agregados duros aumentam a resistncia eroso.

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL Abraso:

    o desgaste provocado pela ao de partculas slidas (atrito)

    Ex: Piso industrial, pavimentos de concreto, postos de gasolina, aeroportos, etc.

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL Abraso:

  • CORROSO DO CONCRETO DESGASTE SUPERFICIAL Cavitao:

    o desgaste provocado pela ao de vapores dgua com partculas slidas em suspenso.

    Ex: Tneis, tubulaes, metr, etc.

  • A INFLUNCIA DAS ADIES MINERAIS NA DURABILIDADE DO CONCRETO

    Com relao a durabilidade de concretos com adies minerais, a literatura contm evidncias que, em geral, a utilizao destas adies ao concreto, melhora a sua resistncia guas cidas, sulfatadas e do mar.

  • A INFLUNCIA DAS ADIES MINERAIS NA DURABILIDADE DO CONCRETO

    Este fato creditado principalmente ao da pozolnica, que reduz a permeabilidade e o teor de hidrxido de clcio do produto hidratado, refinando os poros; atravs do efeito microfiller.

  • A INFLUNCIA DAS ADIES MINERAIS NA DURABILIDADE DO CONCRETO

    Devido a colmatao dos poros, com conseqente compactao das estruturas da pasta, o desempenho dos concretos com adies consideravelmente melhor do que os concretos de cimento portland comum, no que diz respeito a penetrao de agentes agressivos.

  • A INFLUNCIA DAS ADIES MINERAIS NA DURABILIDADE DO CONCRETO

    Experincias feitas por ISAIA (1996), apresentaram penetraes de cloretos entre 1,2 e 20 vezes menores em concretos com pozolanas do que o concreto de referncia.