42
Conhecimentos Bancários p/ BB Teoria e exercícios comentados Prof. Caio Oliveira – Aula 01 Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 42 AULA 01: Atualidades do Mercado Financeiro SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação da Aula de Hoje 1-2 2. Dinâmica do Mercado 2-5 2. Atualidades do SFN 5-6 3. Mercado Bancário 6-36 4. Lista de Questões Apresentadas 36-41 5. Gabarito das Questões Apresentadas 42 1 – Apresentação da Aula de Hoje Caro Aluno, Seja bem-vindo à nossa segunda aula! Se você chegou até aqui, é porque está decidido a passar no próximo concurso de Escriturário do Banco do Brasil. DECISÃO, em concursos, é o fundamental! Agora, vamos ao conhecimento. O Edital, publicado no dia 19/10/2012, nos trouxe um desafio interpretativo. A matéria Conhecimentos Bancários não inclui mais o estudo sobre as instituições financeiras. No entanto, uma matéria nova chamada Atualidades do Mercado Financeiro apresenta um tópico de Mercado Bancário. O que o Edital está querendo demonstrar com isso? Devemos estudar apenas noções gerais do mercado bancário ou cada instituição que o compõe? Na minha opinião, acho que é melhor pecar pelo excesso do que pela falta. Por isso, continuo a tratar nesta aula, como fazia em cursos anteriores, detidamente das instituições financeiras monetárias e não monetárias e, também, das instituições não financeiras que compõem o mercado financeiro. Outra novidade do Edital é a existência de uma nova matéria em Conhecimentos Básicos: Atualidades do Mercado Financeiro. Como é um tema muito próximo a Conhecimentos Bancários, o nosso curso tratará

AULA 01 - Atualidades Do Mercado Financeiro

  • Upload
    criszao

  • View
    222

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula sobre atualidades do Mercado Financeiro

Citation preview

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 42

    AULA 01: Atualidades do Mercado Financeiro

    SUMRIO PGINA

    1. Apresentao da Aula de Hoje 1-2

    2. Dinmica do Mercado 2-5

    2. Atualidades do SFN 5-6

    3. Mercado Bancrio 6-36

    4. Lista de Questes Apresentadas 36-41

    5. Gabarito das Questes Apresentadas 42

    1 Apresentao da Aula de Hoje

    Caro Aluno,

    Seja bem-vindo nossa segunda aula!

    Se voc chegou at aqui, porque est decidido a passar no

    prximo concurso de Escriturrio do Banco do Brasil. DECISO, em

    concursos, o fundamental! Agora, vamos ao conhecimento.

    O Edital, publicado no dia 19/10/2012, nos trouxe um desafio

    interpretativo. A matria Conhecimentos Bancrios no inclui mais o

    estudo sobre as instituies financeiras. No entanto, uma matria nova

    chamada Atualidades do Mercado Financeiro apresenta um tpico de

    Mercado Bancrio. O que o Edital est querendo demonstrar com isso?

    Devemos estudar apenas noes gerais do mercado bancrio ou cada

    instituio que o compe? Na minha opinio, acho que melhor pecar

    pelo excesso do que pela falta. Por isso, continuo a tratar nesta aula,

    como fazia em cursos anteriores, detidamente das instituies financeiras

    monetrias e no monetrias e, tambm, das instituies no financeiras

    que compem o mercado financeiro.

    Outra novidade do Edital a existncia de uma nova matria em

    Conhecimentos Bsicos: Atualidades do Mercado Financeiro. Como um

    tema muito prximo a Conhecimentos Bancrios, o nosso curso tratar

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 42

    dele tambm. Nesta aula, vou apresentar quais so os principais

    movimentos atuais do mercado financeiro. Da parte dos alunos, pediria

    que, sempre que possvel, pudessem ler o caderno de economia dos

    jornais. Atualidade, afinal, o que sai nos jornais.

    O programa da aula de hoje razoavelmente extenso. Como voc

    j entendeu bem como funciona o Sistema Financeiro Nacional como um

    todo, porm, o aprendizado deve ser fcil. O programa da aula de hoje

    este: atualidades do SFN; dinmica do mercado; mercado bancrio.

    Em mercado bancrio, estudaremos cada instituio separadamente

    e, sempre que possvel, interromperemos a aula com exerccios. No

    deixe de lembrar em momento algum, porm, que estas instituies

    todas da aula de hoje so operadores do SFN:

    Fonte: BACEN

    rgos normativos

    Entidades supervisoras

    Operadores

    Conselho Monetrio

    Nacional - CMN

    Banco Central do

    Brasil - Bacen

    Instituies financeiras

    captadoras de depsitos vista

    Demais

    instituies financeiras

    Bancos de Cmbio

    Outros intermedirios financeiros e administradores

    de recursos de terceiros

    Comisso de

    Valores Mobilirios - CVM

    Bolsas de

    mercadorias e futuros

    Bolsas de

    valores

    Conselho

    Nacional de Seguros

    Privados - CNSP

    Superintendncia de Seguros

    Privados - Susep

    Resseguradores Sociedades seguradoras

    Sociedades de

    capitalizao

    Entidades

    abertas de previdncia

    complementar

    Conselho Nacional de Previdncia

    Complementar - CNPC

    Superintendncia Nacional de Previdncia

    Complementar - PREVIC

    Entidades fechadas de previdncia complementar (fundos de penso)

    Ento, mos obra!

    2 Dinmica do mercado Como podemos observar no quadro acima, so muitos os tipos de

    operadores do SFN. Estudaremos boa parte deles com calma nesta aula.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 42

    No obstante, devemos fazer duas distines iniciais importantes, que

    definem a dinmica do mercado. Primeiro, entre instituio financeira e

    instituio no-financeira. Segundo, entre as instituies financeiras

    monetrias e as no-monetrias.

    Segundo a legislao brasileira, instituies financeiras so as

    pessoas jurdicas pblicas ou privadas, que tenham como

    atividade principal ou acessria a coleta, intermediao ou

    aplicao de recursos financeiros prprios ou de terceiros, em

    moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de

    propriedade de terceiros. Vamos agora por partes:

    Instituies Financeiras no so pessoas naturais (seres humanos),

    mas sim pessoas jurdicas de propriedade privada ou pblica;

    As IFs fazem pelo menos uma das seguintes atividades:

    intermediao de recursos financeiros, aplicao de recursos

    financeiros prprios ou de terceiros, coleta de recursos financeiros e

    custdia (guarda em segurana) de valor de propriedade de

    terceiro.

    As instituies financeiras e mesmo as no-financeiras - s

    podem funcionar no Pas mediante prvia autorizao do Banco

    Central ou, quando forem estrangeiras, por decreto do Poder

    Executivo.

    As instituies financeiras, que estudaremos na primeira metade

    desta aula, so as seguintes: bancos comerciais; caixas econmicas;

    cooperativas de crdito; bancos comerciais cooperativos; bancos

    de investimento; bancos de desenvolvimento; sociedades de

    crdito, financiamento e investimento; sociedades de crdito

    imobilirio; associaes de poupana e emprstimo.

    As instituies no-financeiras, que estudaremos na segunda

    metade desta aula, so as seguintes: sociedades de arrendamento

    mercantil; sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios;

    sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios; bolsas

    de valores; bolsas de mercadorias e de futuros.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 42

    Olhe bem para a lista acima, mas no se preocupe. At o final da aula,

    de tanto falarmos nessas instituies, voc ter decorado facilmente a

    lista.

    Por fim, temos uma ltima diferenciao importante (=muito cobrada

    em concursos). As Instituies Financeiras podem ser monetrias ou no-

    monetrias. As Monetrias so aquelas aptas a captar depsitos

    vista, ou seja, que criam dinheiro, como vimos na nossa primeira aula:

    Bancos Comerciais; Cooperativas de Crdito; Caixas Econmicas.

    As No-Monetrias so aquelas que no podem receber depsitos

    vista: bancos de investimento; bancos de desenvolvimento;

    sociedades de crdito, financiamento e investimento; sociedades

    de crdito imobilirio; associaes de poupana e emprstimo.

    Agora, um exerccio para comear a aquecer:

    (CESPE; CEF 2010)

    1 - As pessoas jurdicas pblicas ou privadas que tenham como atividade

    principal ou acessria a coleta, intermediao ou aplicao de recursos

    financeiros prprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e

    a custdia de valor de propriedade de terceiros so consideradas

    A entidades abertas de previdncia complementar.

    B bolsas de mercadorias e futuros.

    C sociedades de capitalizao.

    D instituies financeiras.

    E bolsas de valores.

    Soluo: Letra D. Essa exatamente a definio que vimos de Instituio

    Financeira. Fcil, no? Observe tambm que as demais opes incluem

    apenas instituies no-financeiras.

    Marque Certo ou Errado:

    (CESPE; BB 2009)

    2 - So consideradas instituies financeiras as pessoas jurdicas, pblicas

    ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessria a coleta, a

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 42

    intermediao ou a aplicao de recursos financeiros prprios ou de

    terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de

    propriedade de terceiros.

    Soluo: Certo. Beleza! Nossa definio de IF novamente!

    3 Atualidades do SFN Este tema de atualidades, como j disse na introduo, aprendido

    mais com a leitura de jornais. Seria impossvel, neste curso, tratar de

    todas as questes atuais que envolvem bancos e que poderiam ser

    cobradas na prova. De qualquer forma, destacaria trs temas quentes:

    Concentrao bancria: logo depois que o plano Real passou a

    vigorar, em 1994, reduzindo drasticamente a inflao, muitos

    bancos comearam a quebrar, porque perderam sua principal fonte

    de lucro: as chamadas operaes de overnight (os bancos

    utilizavam dinheiro dos clientes para investir em operaes de

    curtssimo prazo, que rendiam muito, porque a inflao era alta).

    Os bancos que eram mais bem administrados, porm, no

    quebraram e, com menor concorrncia, passaram a crescer

    bastante. Nas quase duas dcadas seguintes, at hoje, com uma

    srie de aquisies e fuses, o pas passou a contar com apenas uns

    5 ou 6 bancos de relevncia nacional. Alm de crescerem como

    bancos comerciais, esses bancos passaram a exercer outras

    atividades, tais como a de bancos de investimento e de

    arrendamento mercantil (formando bancos mltiplos, que veremos

    nesta aula).

    Crise atual dos bancos mdios: desde 2008, quando se iniciou a

    crise financeira mundial com a qual convivemos at hoje, os

    bancos mdios ( como os bancos que no so os 5 ou 6 maiores

    do pas so chamados) passaram a ter muitas dificuldades de captar

    recursos. Com medo de uma piora na situao econmica, os

    investidores passaram a emprestar dinheiro quase exclusivamente

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 42

    para as instituies maiores, que so normalmente mais difceis de

    quebrar. Sem ter muitos meios para se financiar, os bancos mdios

    tomaram 3 caminhos: (i) se especializar em um setor de mercado

    no qual tinham maior capacidade de se desenvolver, conseguindo

    convencer investidores a financi-los; (ii) serem vendidos para

    bancos maiores; (iii) fraudar as suas demonstraes contbeis com

    o fim de convencer os investidores a continuar investindo nos seus

    negcios (at o momento, claro, que as fraudes fossem

    descobertas). Nesse ltimo grupo, esto instituies como o

    Cruzeiro do Sul, com escndalos que todos conhecemos por meio

    dos jornais.

    Digitalizao das atividades bancrias: como quase todas as

    atividades no mundo contemporneo, as atividades bancrias esto

    cada dia mais digitalizadas: uso da internet; carto de crdito;

    caixa eletrnico; etc. Um jovem, hoje em dia, dificilmente vai mais

    do que meia dzia de vezes sua agncia bancria durante o ano.

    A movimentao de recursos pelo celular, hoje em dia,

    provavelmente a ltima fronteira na digitalizao bancria.

    4 Mercado Bancrio

    4.1 Banco Comercial

    Desde criana sabemos o que um banco. um lugar onde as

    pessoas depositam dinheiro, sacam o salrio do ms e pagam as contas.

    Na verdade, porm, esse banco que sempre conhecemos um Banco

    Comercial. Outros tipos de bancos, que vamos estudar frente, tambm

    existem e fazem atividades completamente diversas e muitas vezes no

    recebem pessoas fsicas como ns: no tem detector de metal na porta,

    caixa para pagar contas etc. Vamos comear estudando, portanto, a

    instituio financeira que melhor conhecemos no nosso dia a dia: os

    Bancos Comerciais.

    Segundo definio do Conselho Monetrio Nacional, os bancos

    comerciais so instituies financeiras privadas ou pblicas que tm como

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 42

    objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessrios para

    financiar, a curto e a mdio prazos, o comrcio, a indstria, as empresas

    prestadoras de servios, as pessoas fsicas e terceiros em geral. Ainda, o

    CMN diz que a captao de depsitos vista, livremente movimentveis,

    atividade tpica do banco comercial, o qual pode tambm captar

    depsitos a prazo. Por fim, o banco comercial deve ser constitudo sob a

    forma de sociedade annima e na sua denominao social deve constar a

    expresso "Banco". Vamos estudar estas definies ponto a ponto e, se

    no restarem dvidas, mais um pontinho em potencial na prova!

    A captao de depsitos vista, livremente movimentveis,

    atividade tpica do banco comercial: depsito vista o

    nosso conhecido depsito em conta corrente. Voc entrega o

    dinheiro para o banco e, quando quiser, pode retir-lo.

    Normalmente, seu dinheiro depositado vista no remunerado

    pelo banco, ou seja, voc no recebe juros. A possibilidade de

    receber depsitos vista e, portanto, criar moeda, como vimos na

    aula demonstrativa, o que diferencia o Banco Comercial dos

    demais operadores do SFN (para sermos precisos, cooperativas de

    crdito e a CEF tambm podem captar depsitos vista, como

    veremos nos prximos tpicos). Essa capacidade de captar

    depsitos vista o que caracteriza a separao entre as

    Instituies Financeiras Monetrias (que captam vista e, assim,

    criam moeda) e as IF No-Monetrias (no podem receber

    depsitos vista).

    O Banco Comercial pode tambm captar depsitos a prazo: o

    Banco Comercial tem a possibilidade de captar depsitos vista,

    mas esta no a nica forma que ele tem para se financiar. O

    Banco Comercial capta depsitos a prazo quando emite os CDB e os

    RDB. O Certificado de Depsito Bancrio (CDB) um ttulo de

    crdito e, portanto, pode ser revendido pelo seu proprietrio. O

    Recibo de Depsito Bancrio (RDB), ao contrrio, inegocivel e

    intransfervel: o seu proprietrio s pode ter o dinheiro de volta

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 42

    quando o prazo do recibo acabar. Os prazos e as remuneraes do

    CDB e RDB so determinados entre as partes contratantes - o

    cliente e o banco -, mas so normalmente de curto prazo.

    Os bancos comerciais so instituies financeiras privadas

    ou pblicas que tm como objetivo principal proporcionar

    suprimento de recursos necessrios para financiar, a curto e

    a mdio prazos, o comrcio, a indstria, as empresas

    prestadoras de servios, as pessoas fsicas e terceiros em

    geral: os bancos comerciais podem ser instituies privadas (Banco

    Ita, Banco Bradesco...) ou pblicas (Banco do Brasil, Banco

    Regional de Braslia...) e tm como principal fim emprestar dinheiro

    captado em parte com os depsitos dos seus correntistas - para

    as pessoas e as empresas suprirem suas necessidades de curto e

    mdio prazos. Emprestar para as necessidades de longo prazo, tais

    como comprar um apartamento ou construir uma fbrica, dessa

    forma, no seriam objetivos dos bancos comerciais.

    O banco comercial deve ser constitudo sob a forma de

    sociedade annima e na sua denominao social deve

    constar a expresso "Banco": o Banco Comercial deve ser uma

    S/A e, portanto, ser constitudo com base nas regras da Lei

    6.404/76 (Lei das S/A). Ademais, deve ter no seu nome a palavra

    Banco: o Banco Santander no poderia apenas se chamar

    Santander.

    Agora, um exerccio para relaxar:

    (CESPE; BRB 2009)

    3 - A captao de depsitos vista representa a atividade bsica dos

    bancos comerciais e os qualifica como instituies financeiras monetrias.

    Soluo: Certo. Definio perfeita, como j vimos.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 42

    4 - Os bancos comerciais podem captar depsitos vista, mas no podem

    captar depsitos a prazo, o que est facultado apenas aos bancos de

    investimento.

    Soluo: Errado. Os bancos podem captar depsitos vista e a prazo.

    4.2 Cooperativas de Crdito

    Imagine uma comunidade de pequenos produtores rurais. Nunca

    visitei uma, mas imagino que funcione da seguinte maneira: cada famlia

    produz alguns produtos (batata, feijo etc.) no terreno que lhe cabe,

    entrega parte da produo em um armazm e, quando precisar, retira

    alimentos no armazm para a sua sobrevivncia (que podem ser os que a

    prpria famlia plantou ou o de produo de outra famlia). As

    cooperativas de crdito funcionam de maneira similar. Basicamente, elas

    captam dinheiro dos seus associados (pessoas fsicas e jurdicas

    de uma mesma atividade econmica ou, excepcionalmente, de

    diversas atividades econmicas) vista ou a prazo e fornecem

    crdito para os associados que precisarem. Alm disso, elas podem:

    investir o dinheiro que est sobrando do seu caixa no

    mercado financeiro;

    repassar financiamentos de outras instituies financeiras

    nacionais ou estrangeiras: por exemplo, o BNDES pode

    emprestar dinheiro para um associado e a cooperativa de crdito

    servir como um agente de repasse do financiamento que garante o

    pagamento se o associado der calote no Banco. Essa modalidade de

    repasse ocorre principalmente quando os valores so pequenos para

    um banco grande como o BNDES;

    podem receber doaes de qualquer entidade e recursos de

    fundos oficiais;

    prestar garantias, somente a associados, inclusive em

    operaes realizadas ao amparo da regulamentao do

    crdito rural em favor de associados produtores rurais;

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 42

    So trs os tipos de cooperativas de crdito:

    Cooperativas de crdito singulares: prestam os servios

    financeiros acima citados apenas para os seus associados;

    Cooperativas centrais de crdito: prestam servios

    cooperativas singulares filiadas e so responsveis auxiliares ao

    BACEN por sua superviso;

    Confederaes de cooperativas centrais: prestam servios

    financeiros s cooperativas centrais e suas filiadas.

    Apesar de eu ter utilizado o exemplo da cooperativa rural, no fique

    com a impresso que as cooperativas de crdito so constitudas de

    qualquer forma. Como todas as instituies financeiras, elas precisam de

    autorizao do BACEN para funcionar e devem seguir parmetros

    mnimos de funcionamento que diminuam os riscos de falncia e fraudes:

    contratao de auditoria externa; no emprestar grande parcela do

    patrimnio para o mesmo cliente etc.

    Agora, uma srie de questes da CESPE para marcar Certo ou Errado:

    (CESPE; BB 2009)

    O segmento de crdito cooperativo brasileiro conta com mais de trs

    milhes de associados em todo o Brasil, nmero que se encontra em

    significativa expanso. O segmento tem-se caracterizado, nos ltimos

    anos, por uma trajetria de crescimento e constante mudana em relao

    ao perfil das cooperativas. A participao das cooperativas de crdito nos

    agregados financeiros do segmento bancrio crescente. As cooperativas

    de crdito observam, alm da legislao e das normas do SFN, a Lei n

    5.764/1971, que define a poltica nacional de cooperativismo e institui o

    regime jurdico das sociedades cooperativas. Com relao s cooperativas

    de crdito, julgue os prximos itens.

    5 - As cooperativas de crdito podem conceder crdito somente a

    brasileiros maiores de 21 anos de idade, por meio de desconto de ttulos,

    emprstimos e financiamentos, e realizar aplicao de recursos no

    mercado financeiro.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 42

    Soluo: Errado. certo que as cooperativas de crdito podem realizar

    aplicao de recursos no mercado financeiro, mas elas s podem

    conceder crdito aos seus associados e esses podem muito bem ser

    estrangeiros, ter menos que 21 anos ou ser uma pessoa jurdica.

    6 - As cooperativas de crdito esto autorizadas a realizar operaes de

    captao por meio de depsitos vista e a prazo somente vindos de

    associados, de emprstimos, repasses e refinanciamentos oriundos de

    outras entidades financeiras e de doaes.

    Soluo: Certo. Tudo o que vimos. O que pode pegar mais nessa

    questo lembrar que as cooperativas de crdito podem receber

    depsitos vista e a prazo. Tambm, bom lembrar que a cooperativa

    de crdito, por ser justamente uma cooperativa, funciona para os

    associados, no para terceiros.

    4.3 Bancos Comerciais Cooperativos

    As Cooperativas Centrais de Crdito podem constituir Bancos

    Comerciais, que sero chamados, assim, de Bancos Comerciais

    Cooperativos. Para tanto, as centrais cooperativas devem controlar pelo

    menos 51% das aes com direito a voto do Banco Comercial e, no nome

    desta instituio, deve conter a expresso Banco Cooperativo. De resto,

    o Banco Comercial controlado pelas cooperativas centrais funciona da

    mesma forma que qualquer outro Banco Comercial.

    Tema pequeno, mas j foi questo de prova. Marque Certo ou Errado:

    (CESPE; BB 2009)

    7 - As cooperativas de crdito podem adotar, em sua denominao social,

    tanto a palavra Cooperativa, como Banco, dependendo de sua poltica de

    marketing e de seu planejamento estratgico.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 42

    Soluo: Errado. Nada disso depende da vontade da cooperativa de

    crdito. Se ela constituir um banco comercial, deve cham-lo de Banco

    Cooperativo. A cooperativa em si, porm, no pode se chamar de Banco

    sob nenhuma hiptese.

    4.4 Caixas Econmicas

    As Caixas Econmicas foram tradicionais operadores do SFN:

    focadas no crdito habitacional e em penhores, podiam receber depsitos

    vista ou em poupana e no tinham fins lucrativos. Hoje em dia, porm,

    a nica caixa econmica existente a Caixa Econmica Federal.

    A Caixa Econmica Federal uma empresa pblica vinculada ao

    Ministrio da Fazenda. Trata-se de instituio assemelhada aos bancos

    comerciais, podendo captar depsitos vista, realizar operaes de

    crdito e efetuar prestao de servios. Uma caracterstica distintiva da

    CEF que ela prioriza a concesso de emprstimos e financiamentos a

    programas e projetos nas reas de assistncia social, sade, educao,

    trabalho, transportes urbanos e esporte.

    A CEF, como voc j deve ter percebido pelas propagandas de

    feires da Caixa, integra o Sistema Brasileiro de Poupana e Emprstimo

    (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitao (SFH). O SFH faz parte do

    Sistema Financeiro Nacional, mas uma parte especializada na

    intermediao dos poupadores interessados em financiar bens

    imveis e os investidores que querem comprar prdios e

    habitaes. O SBPE, por sua vez, representa a parte do SFH que

    capta recursos atravs da poupana voluntria (aquela que o Zeca

    das Couves abriu na CEF no exemplo da nossa aula demonstrativa) e da

    poupana compulsria (recolhimento do FGTS dos trabalhadores).

    A CEF opera com os seguintes servios financeiros:

    captao de depsitos vista (relembrando, nossa conhecida

    conta corrente);

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 42

    captao de depsito em poupana (que remunerada

    mensalmente e cujo dinheiro captado deve ser aplicado em grande

    parte em financiamentos imobilirios);

    crdito direto ao consumidor, financiando bens de consumo

    durveis (geladeira, carro etc.);

    emprstimo sob garantia de penhor industrial (a empresa

    vende, por exemplo, uma mquina para a CEF e s recebe sua

    posse de volta quando paga o emprstimo devido) e cauo de

    ttulos (a empresa entrega ttulos de crdito para a CEF e s os

    tem de volta quando paga o emprstimo devido);

    tem o monoplio do emprstimo sob penhor de bens

    pessoais (por exemplo, penhorar um relgio de ouro: voc entrega

    a posse do seu relgio para a CEF, recebe um emprstimo e, se no

    voltar l para pagar o emprstimo dentro de um prazo, seu relgio

    vendido para cobrir o prejuzo da CEF com o emprstimo);

    tem o monoplio da venda de bilhetes de loteria federal

    (Mega-Sena etc.);

    centraliza o recolhimento e posterior aplicao de todos os

    recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Servio

    (FGTS): recolhe o FGTS, que uma contribuio obrigatria, e

    aplica o dinheiro enquanto o contribuinte no pode sacar o dinheiro.

    (CESPE; BB 2009)

    A CAIXA, criada em 1861, est regulada pelo Decreto-lei n 759/1969

    como empresa pblica vinculada ao Ministrio da Fazenda. A instituio

    integra o SFN e auxilia na execuo da poltica de crdito do governo

    federal. Acerca da CAIXA, julgue os itens subsequentes.

    8 - A CAIXA no pode emprestar sob garantia de penhor industrial e

    cauo de ttulos.

    Soluo: Errado. No, Senhor! A CAIXA pode sim emprestar sob

    garantia de penhor industrial e cauo de ttulos.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 42

    9 - Alm de centralizar o recolhimento e a posterior aplicao de todos os

    recursos oriundos do FGTS, a CAIXA integra o Sistema Brasileiro de

    Poupana e Emprstimo e o Sistema Financeiro da Habitao.

    Soluo: Certo. No gostei muito do portugus da questo, mas ela no

    falou nada de errado. Vou reescrev-la apenas para voc guardar o

    contedo de forma mais correta: a CAIXA integra o Sistema Brasileiro

    de Poupana e Emprstimo e o Sistema Financeiro da Habitao e,

    no cumprimento das suas atribuies nesses sistemas, centraliza

    o recolhimento e a posterior aplicao de todos os recursos

    oriundos do FGTS.

    10 - Aps ter incorporado o Banco Nacional de Habitao (BNH) e o papel

    de agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS), a

    CAIXA passou a centralizar todas as contas recolhedoras do FGTS

    existentes na rede bancria e a administrar a arrecadao desse fundo e

    o pagamento dos valores aos trabalhadores.

    Soluo: Certo. A historinha da primeira parte da questo no

    necessria para a sua resoluo. O importante saber o papel da CEF

    em relao ao FGTS: recolher as contribuies e administrar a

    arrecadao desse fundo e o pagamento dos valores aos

    trabalhadores.

    4.5 Bancos de Investimento

    Vamos entender melhor a funo de um banco de investimentos

    quando estudarmos o Mercado de Capitais. Mas assim melhor:

    adiantamos alguns pontos da nossa aula de Mercado de Capitais e,

    quando efetivamente a tivermos, ficar mais fcil ainda.

    Bom. Um Banco de Investimento no tem nada a ver com o que

    conhecemos de um Banco no nosso dia a dia. Para comear, os bancos

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 42

    de investimento no recebem depsito vista e, portanto, so

    Instituies Financeiras No-Monetrias. Tambm, no costumam

    fornecer crdito para pessoa fsica (=pessoa natural) a no ser que voc

    seja o Eike Batista ou algum outro grande empresrio. Os bancos de

    investimento funcionam principalmente como intermedirios entre

    aqueles que tm dinheiro sobrando e no esto com pressa para receb-

    lo de volta e as empresas que precisam comprar prdios, mquinas etc.

    e, portanto, precisam de um prazo bem grande para pagar o

    financiamento.

    De acordo com Resoluo do CMN, os bancos de investimento

    so instituies financeiras de natureza privada especializadas em

    operaes de participao societria de carter temporrio, de

    financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital

    fixo e de giro e de administrao de recursos de terceiros e devem

    ser constitudos sob a forma de sociedade annima. Como sempre

    melhor, vamos por partes:

    so instituies financeiras de natureza privada: no tem

    banco de investimento pblico, s privado. Fique ligado nisso,

    porque o BNDES, como veremos depois, uma empresa pblica

    que se assemelha a um Banco de Desenvolvimento, e no um

    Banco de Investimento, como muitos pensam;

    so especializados em operaes de participao societria

    de carter temporrio: uma das principais funes dos bancos de

    investimento a de auxiliar as empresas a emitir aes na Bolsa de

    Valores. Aes so partes de uma empresa e a Bolsa de Valores

    um lugar onde essas aes so negociadas. A participao

    societria (em aes) seria de carter temporrio, porque as aes,

    se registradas na CVM e negociadas em Bolsa, podem ser

    facilmente vendidas ou compradas (da o carter temporrio da

    participao societria);

    so especializados no financiamento da atividade produtiva

    para suprimento de capital fixo e de giro: como falamos, os

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 42

    Bancos de Investimento so focados nas empresas, ou seja, na

    atividade produtiva. As empresas tm dois tipos principais de

    investimento: elas investem em capital fixo (mquinas, prdios

    etc.) e em capital de giro (matria-prima, trabalhadores etc.). Os

    bancos de investimento auxiliam as empresas a financiar os dois

    tipos de investimento.

    Da mesma forma que no nome dos bancos comerciais deve

    constar a expresso Banco e no dos bancos comerciais controlados por

    cooperativas de crdito deve constar a expresso Banco Cooperativo, na

    denominao dos bancos de investimento deve constar a expresso

    "Banco de Investimento".

    Agora vejamos o que os Bancos de Investimento podem fazer:

    praticar operaes de compra e venda, por conta prpria

    ou de terceiros, de metais preciosos (ouro, principalmente),

    no mercado fsico, e de quaisquer ttulos e valores mobilirios

    (ou seja, todo tipo de ttulo de crdito, aes, debntures e

    demais produtos financeiros que estudaremos mais a frente

    no nosso curso), nos mercados financeiros e de capitais;

    operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como

    em mercados de balco organizados, por conta prpria e de

    terceiros (teremos oportunidade para estudar melhor o que

    so essas atividades, mas aqui bom entender que os

    bancos de investimento podem operar livremente nos

    mercados de capital e crdito);

    operar em todas as modalidades de concesso de crdito

    para financiamento de capital fixo e de giro;

    participar do processo de emisso, subscrio para

    revenda e distribuio de ttulos e valores mobilirios;

    operar em cmbio, mediante autorizao especfica do

    Banco Central;

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 42

    coordenar processos de reorganizao e reestruturao

    de sociedades e conglomerados (mudana de scios

    controladores, aumento do capital etc.), financeiros ou no,

    mediante prestao de servios de consultoria, participao

    societria e/ou concesso de financiamentos ou emprstimos;

    realizar outras operaes autorizadas pelo BACEN.

    Os bancos de investimento podem empregar em suas atividades,

    alm de recursos prprios, os provenientes de:

    depsitos a prazo, com ou sem emisso de certificado (podem

    emitir CDBs ou outros ttulos semelhantes);

    recursos oriundos do exterior, inclusive por meio de repasses

    interbancrios (j vimos o que so quando estudamos cooperativas

    de crdito, lembra?);

    repasse de recursos oficiais;

    depsitos interfinanceiros (essa modalidade de financiamento do

    banco de investimento muito semelhante s operaes de

    redesconto do BACEN que vimos na aula demonstrativa: o banco X

    vende para o banco Y um ttulo de dvida emitido pelo prprio banco

    X e se compromete a recomprar este mesmo ttulo dentro de um

    prazo curto por um preo um pouco maior do que recebeu por ele

    inicialmente);

    outras formas de captao autorizadas pelo BACEN.

    Tudo o que voc precisa saber sobre Bancos de Investimento est

    aqui. Ento, vamos a um exerccio:

    (CESGRANRIO; BACEN 2009)

    11 - As instituies financeiras no monetrias

    (A) incluem os bancos comerciais.

    (B) incluem as cooperativas de crdito.

    (C) incluem as caixas econmicas.

    (D) captam recursos atravs da emisso de ttulos.

    (E) captam recursos atravs de depsitos vista.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 42

    Soluo: Letra D. A maneira mais segura de acertar esta questo

    avaliar letra por letra.

    A) Os bancos comerciais captam depsitos vista e, portanto, so IFs

    monetrias.

    B) As cooperativas de crdito captam depsitos vista e, portanto, so

    IFs monetrias.

    C) As caixas econmicas captam depsitos vista e, portanto, so IFs

    monetrias.

    D) Certo! Como vimos, instituies que no podem captar depsitos a

    vista, como os bancos de investimento, captam recursos apenas

    pela emisso de ttulos (CDBs, depsitos interfinanceiros etc.).

    E) Essa para pegar quem no sabe nada!

    4.6 Bancos de Desenvolvimento

    Os Bancos de Desenvolvimento so instituies financeiras

    pblicas estaduais (o BNDES, por isso, no pode ser considerado um

    banco de desenvolvimento, porque federal), constitudas sob a forma

    de sociedade annima (como todas as outras instituies financeiras,

    menos as cooperativas de crdito), com sede na Capital do Estado da

    Federao que detiver seu controle acionrio (o Banco de

    Desenvolvimento do Estado da Bahia, conhecido popularmente como

    Desenbahia, por exemplo, tem sede em Salvador). Nos seus nomes, deve

    constar a expresso Banco de Desenvolvimento, seguida do nome do

    Estado onde fica a sua sede: Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio

    de Janeiro; Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul

    etc.

    O objetivo principal dos Bancos de Desenvolvimento

    proporcionar o suprimento dos recursos necessrios ao

    financiamento, a mdio e longo prazos, de programas e projetos

    que visem a promover o desenvolvimento econmico e social dos

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 42

    respectivos Estados da Federao onde tenham sede, cabendo-

    lhes apoiar prioritariamente o setor privado. mais ou menos o

    papel do BNDES que conhecemos bem no mbito federal: uma empresa

    chega no Banco de Desenvolvimento com um projeto de construir uma

    fbrica, um shopping, uma fazenda ou outro empreendimento produtivo e

    o Banco analisa a viabilidade do projeto e, se o aprovar, entrega os

    recursos pedidos e cobra, por isso, juros razoavelmente baixos.

    Os Bancos de Desenvolvimento devem efetuar adequada

    anlise tcnica, econmica, financeira e jurdica do projeto ou

    empreendimento a ser beneficiado, como medida preliminar

    concesso de apoio financeiro. As anlises efetuadas devem evidenciar os

    seguintes requisitos mnimos:

    existncia de mercado para os bens e/ou servios a serem

    produzidos;

    exeqibilidade tcnica do processo de produo e

    disponibilidade dos fatores necessrios (matria-prima, mo de

    obra etc.);

    rentabilidade operacional do empreendimento (se ele vai dar lucro

    ou prejuzo);

    viabilidade do esquema financeiro e segurana de

    disponibilidade dos demais recursos (se o Banco de

    Desenvolvimento vai financiar apenas uma parte do projeto - a

    princpio, o Banco de Desenvolvimento s pode financiar at 80%

    do projeto-, deve-se saber se o restante dos recursos necessrios

    realmente estar disponvel);

    capacidade de pagamento do beneficirio (saber se aquele que

    est recebendo o financiamento do Banco de Desenvolvimento tem

    razovel capacidade de pagar o que estar recebendo);

    garantias suficientes (alm de avaliar a capacidade de pagamento

    do beneficirio, o Banco deve exigir garantias geralmente imveis

    e mquinas que possam ser vendidas caso a situao do

    empreendimento seja muito negativa);

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 42

    capacidade empresarial do grupo empreendedor (se o grupo

    empreendedor tem experincia em negcios e conhecimento de

    finanas, contabilidade etc.).

    Os Bancos de Desenvolvimento, independentemente da fonte de

    recursos, s podem dar seu apoio financeiro a:

    pessoas fsicas residentes e domiciliadas no Pas (ou seja,

    podem ser estrangeiros at, mas tm que morar no Brasil), desde

    que os recursos concedidos sejam vinculados execuo de

    projeto aprovado pelo banco e/ou aquisio do controle acionrio

    de empresas cujas atividades tenham importncia para a economia

    estadual ou regional;

    pessoas jurdicas de direito privado, sediadas no Pas, cuja

    maioria do capital social com direito a voto pertena, direta ou

    indiretamente, a pessoas fsicas residentes e domiciliadas no Brasil;

    pessoas jurdicas de direito pblico ou entidade direta ou

    indiretamente por elas controladas.

    Os Bancos de Desenvolvimento podem praticar as seguintes

    modalidades de operaes ativas (ativas=quando financiam terceiros;

    passivas=quando se financiam):

    emprstimos (=quando entrega o dinheiro sem saber exatamente

    a sua finalidade) e financiamentos (=quando entrega o dinheiro

    especificamente para um investimento);

    prestao de garantias (a empresa pede dinheiro emprestado para

    um outro banco, mas o Banco de Desenvolvimento garante o seu

    pagamento, o que a facilita a empresa a conseguir o emprstimo);

    investimentos;

    arrendamento mercantil (vamos estudar a frente nesta aula, mas

    basicamente uma forma de financiamento em que a garantia do

    banco a prpria mquina financiada);

    outras modalidades mediante prvia autorizao do Banco

    Central.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 42

    Os Bancos de Desenvolvimento podem operar com recursos de

    terceiros provenientes de:

    a) depsitos a prazo fixo (os CDBs, que j vimos anteriormente);

    b) operaes de crdito, assim entendidas as provenientes de

    emprstimos e financiamentos obtidos no Pas ou no exterior;

    c) operaes de crdito ou contribuies do setor pblico federal,

    estadual ou municipal;

    d) emisso ou endosso de cdulas hipotecrias, bem como endosso

    de ttulos hipotecrios previstos em lei para o crdito rural (as cdulas e

    os ttulos hipotecrios so ttulos de crdito que as IFs emitem para se

    financiar e que so garantidos por hipotecas em posse dessas IFs);

    e) outras modalidades de captao, desde que autorizadas pelo

    Banco Central.

    Antes de terminarmos o assunto de Bancos de Desenvolvimento,

    no podemos deixar de falar do BNDES. Na verdade, o tema BNDES no

    est discriminado no ltimo edital, mas, se por algum acaso uma banca

    desavisada achar que o BNDES pertence ao mesmo regime jurdico que os

    bancos de desenvolvimento (que so apenas estaduais), voc tem que

    saber um pouco sobre o tema.

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    (BNDES) uma empresa pblica federal, vinculada ao Ministrio do

    Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, e tem como objetivo

    apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do pas.

    Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo para o

    desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercializao

    de mquinas e equipamentos novos, fabricados no pas, bem como para o

    incremento das exportaes brasileiras. Contribui, tambm, para o

    fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e

    desenvolvimento do mercado de capitais. A BNDESPAR, subsidiria

    integral, investe em empresas nacionais atravs da subscrio de aes e

    debntures conversveis (debntures conversveis so ttulos de dvida

    que podem ser convertidos em aes da empresa). O BNDES considera

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 42

    ser de fundamental importncia, na execuo de sua poltica de apoio, a

    observncia de princpios tico-ambientais e assume o compromisso com

    os princpios do desenvolvimento sustentvel. As linhas de apoio

    financeiro e os programas do BNDES atendem s necessidades de

    investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no

    pas. A parceria com instituies financeiras, com agncias estabelecidas

    em todo o pas, permite a disseminao do crdito, possibilitando um

    maior acesso aos recursos do BNDES.

    4.7 - Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimento

    Muito provavelmente voc j utilizou os servios dessas sociedades

    ou, pelo menos, assistiu a um jogo de futebol com times patrocinados por

    elas. As Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimento so as

    famosas financeiras (BMG, Cacique etc.): instituies financeiras no-

    monetrias privadas que tm como objetivo bsico a realizao de

    financiamento para a aquisio de bens (geralmente carro, moto,

    geladeira), servios e capital de giro. Devem ser constitudas sob a forma

    de sociedade annima e na sua denominao social deve constar a

    expresso "Crdito, Financiamento e Investimento".

    As Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimento captam

    recursos por meio de Recibos de Depsito Bancrio (os RDBs, que j

    vimos e so semelhantes aos CDBs, com a nica diferena que no so

    endossveis, ou seja, sua titularidade no pode mudar por compra, venda

    ou doao) e de Letras de Cmbio Financeiras (espcie de debnture

    simplificada).

    Questo para no dormir!

    (CESGRANRIO; BACEN 2009)

    12 - Considere a relao de instituies financeiras a seguir.

    I Banco do Brasil

    II Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e

    Social

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 42

    III Bancos Comerciais

    IV Bancos Regionais de Desenvolvimento

    V Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimento

    VI Bancos de Investimento

    So consideradas instituies financeiras monetrias APENAS as

    nomeadas em

    (A) I e II.

    (B) I e III.

    (C) III e IV.

    (D) I, III e V.

    (E) I, III e VI.

    Soluo: Letra B. Para quem leu esta aula, fcil!

    4.8 Sociedades de Crdito Imobilirio

    Para voc que j sabe tudo sobre as funes e operaes da CEF,

    ser fcil compreender o que so as Sociedades de Crdito Imobilirio.

    Essas sociedades fazem parte do Sistema Financeiro de Habitao (SFH),

    que um subsistema do SFN, e so especializadas, portanto, em

    financiamento imobilirio. So instituies financeiras no monetrias

    (no podem receber depsitos vista, diferentemente da CEF) e devem

    ser constituda sob o regime jurdico das Sociedades Annimas. Ademais,

    deve constar na sua denominao social a expresso crdito imobilirio.

    As Sociedades de Crdito Imobilirio podem emprestar seus

    recursos para os seguintes fins: financiamento para construo de

    habitaes, abertura de crdito para compra ou construo de casa

    prpria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras,

    produtoras e distribuidoras de material de construo.

    Alm dos recursos prprios dos seus acionistas, as Sociedades de

    Crdito Imobilirio podem captar recursos pelas seguintes formas:

    depsitos de poupana;

    letras hipotecrias;

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 42

    letras imobilirias;

    repasses e refinanciamentos contrados no Pas, inclusive os

    provenientes de fundos nacionais;

    emprstimos e financiamentos contrados no exterior, inclusive

    os provenientes de repasses e refinanciamentos de recursos

    externos.

    depsitos interfinanceiros, nos termos da regulamentao em

    vigor;

    outras formas de captao de recursos, autorizadas pelo Banco

    Central do Brasil.

    4.9 Associaes de Poupana e Emprstimo

    As Associaes de Poupana e Emprstimo tm, basicamente, as

    mesmas funes que as Sociedades de Crdito Imobilirio. A sua

    diferena principalmente um aspecto jurdico. As Associaes so

    sociedades civis (no uma pessoa jurdica e, portanto, no uma S/A

    como a maioria das IFs), sendo de propriedade comum dos seus

    associados, que so as pessoas fsicas e jurdicas que depositam

    dinheiro a prazo na Associao.

    As Associaes de Poupana e Emprstimo atuam no financiamento

    imobilirio principalmente dos seus associados. Para captar recursos,

    aceitam depsitos em poupana dos seus associados (que rendem

    dividendos, mas no juros, porque os associados so considerados

    proprietrios e no apenas clientes depositantes), emitem letras e

    cdulas hipotecrias, recebem depsitos interfinanceiros e

    emprstimos externos.

    Questo para relaxar:

    (CESGRANRIO; BACEN 2009)

    13 - As instituies financeiras no monetrias

    (A) incluem os bancos comerciais.

    (B) incluem as cooperativas de crdito.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 42

    (C) incluem as caixas econmicas.

    (D) captam recursos atravs da emisso de ttulos.

    (E) captam recursos atravs de depsitos vista.

    Soluo: Letra D. Essa questo fica fcil se eliminarmos as erradas. As

    letras A, B e C so IFs Monetrias. A letra E a prpria definio de uma

    IF Monetria. Sobra a letra D, que uma das formas pelas quais as IFs

    no-monetrias captam recursos.

    4.10 - Sociedades de Arrendamento Mercantil

    Para entender o que fazem as Sociedades de Arrendamento

    Mercantil, bom entender o que um arrendamento mercantil ;-).

    Arrendamento Mercantil - normalmente conhecido como Leasing -

    muito utilizado por empresas na aquisio de mquinas (no caso de

    companhias areas, comum a aquisio de avies por meio de

    arrendamento mercantil) e por pessoas fsicas (principalmente na compra

    de automveis). uma forma de as empresas e pessoas investirem

    mesmo sem ter os recursos necessrios, mas de uma forma diversa do

    financiamento comum.

    No arrendamento mercantil, o arrendador (uma Sociedade de

    Arrendamento Mercantil, por exemplo) compra o bem financiado (um

    avio, por ex.) e o entrega para posse e uso do arrendatrio

    (companhia area, no mesmo exemplo). [Ter posse e uso do bem quer

    dizer que o arrendatrio responsvel pela manuteno do bem e tem

    direito a todos os benefcios econmicos que o bem trouxer, inclusive

    podendo subarrend-lo] O cliente, ento, utiliza o bem pelo prazo

    estipulado no contrato (no mnimo 24 meses para bens com vida til de

    at 5 anos e 36 meses para os bens com vida til superior a 5 anos),

    durante o qual o arrendador continua como proprietrio do bem. No final

    do contrato, o arrendatrio normalmente tem a opo de decidir se vai ou

    no comprar o bem arrendado.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 42

    A operao explicada acima diferente do financiamento comum,

    porque, neste caso, o bem de propriedade do cliente desde a sua

    aquisio, enquanto que, no caso do arrendamento mercantil, o bem de

    propriedade da Sociedade de Arrendamento Mercantil durante o contrato

    de arrendamento.

    Agora, podemos estudar as Sociedades de Arrendamento

    Mercantil propriamente ditas. Elas no so consideradas Instituies

    Financeiras, apesar de trabalharem com a intermediao de

    recursos, porque no trabalham com operaes de financiamento,

    mas sim com arrendamento mercantil (que, como vimos, no so

    exatamente a mesma coisa). As Sociedades de Arrendamento

    Mercantil so constitudas com base na Lei das S/As e, na sua

    denominao social, deve constar a expresso Arrendamento

    Mercantil.

    Alm dos recursos prprios dos seus acionistas, as Sociedades de

    Arrendamento Mercantil podem captar dinheiro pelos seguintes meios:

    emprstimos contrados no exterior;

    emprstimos e financiamentos de instituies financeiras

    nacionais, inclusive de repasses de recursos externos;

    instituies financeiras oficiais, destinados a repasses de

    programas especficos;

    colocao de debntures de emisso pblica ou particular (ou

    seja, ttulos de dvida negociados em mercados regulamentados

    pela CVM ou no) e de notas promissrias destinadas oferta

    pblica (um ttulo de crdito de curto prazo de constituio bem

    simples);

    cesso de contratos de arrendamento mercantil, bem como dos

    direitos creditrios deles decorrentes (a Sociedade de Arrendamento

    Mercantil vende para terceiros os contratos de arrendamento

    mercantil que tem na sua carteira para poder financiar novos

    contratos de arrendamento);

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 42

    depsitos interfinanceiros, nos termos da regulamentao em

    vigor;

    outras formas de captao de recursos, autorizadas pelo Banco

    Central do Brasil.

    Questozinha para fixar a matria! Marque certo ou errado:

    (CESPE; BRB 2009)

    14 - vedada s sociedades de arrendamento mercantil e s sociedades

    de crdito imobilirio a utilizao de recursos provenientes de depsitos

    de poupana e da emisso de debntures.

    Soluo: Errado. A questo para quem leu e releu essa aula umas trs

    vezes pelo menos! As sociedades de crdito imobilirio podem captar

    depsitos de poupana (para decorar, pense: imveis=poupana) e as

    sociedades de arrendamento mercantil podem emitir debntures, mas

    no o contrrio.

    (CESPE; CEF 2010)

    15 - Em relao ao SFN, que composto por instituies financeiras com

    caractersticas e finalidades diversas, assinale a opo correta.

    A Toda instituio financeira pode captar recursos sob a forma de

    depsitos vista.

    B As cooperativas de crdito de economia e crdito mtuo so formadas

    por pessoas fsicas ou jurdicas que, de forma efetiva e preponderante,

    desenvolvam atividades agrcolas, pecurias ou extrativas, ou se

    dediquem s operaes de captura e transformao do pescado.

    C Os bancos comerciais so instituies financeiras, de controle acionrio

    pblico ou privado, especializadas em operaes de curto e mdio prazos,

    que oferecem diversas modalidades de emprstimos para o comrcio,

    indstria, empresas prestadoras de servios, pessoas fsicas, bem como

    para o crdito rural.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 42

    D As sociedades de arrendamento mercantil so constitudas sob a forma

    de sociedade annima, especializadas na prtica de financiamentos de

    capital de giro e de capital fixo para pessoas fsicas e jurdicas, sendo a

    principal forma de captao a emisso de letras de cmbio.

    E As sociedades de crdito, financiamento e investimento so instituies

    que financiam bens e servios exclusivamente para pessoas jurdicas.

    Soluo: Letra C. Vamos analisar cada alternativa!

    A) Apenas bancos comerciais, cooperativas de crdito e CEF podem

    receber depsitos vista!

    B) As cooperativas de crdito de economia e crdito mtuo so

    formadas por pessoas fsicas ou jurdicas que desenvolvam alguma

    atividade em comum, normalmente, mas essa atividade pode ser

    industrial, de servios, agrcola ou qualquer outra.

    C) Que bonito! A mesma definio que demos no incio do tpicos

    sobre bancos comerciais.

    D) Dois erros: o arrendamento mercantil possibilita investimento em

    capital fixo (mquinas, avies etc.), mas no em capital de giro;

    elas no emitem letras de cmbio, mas sim debntures e notas

    promissrias (e captam recursos tambm sob outras formas, como

    vimos).

    E) Podem financiar pessoas jurdicas, mas seu principal foco em

    pessoas fsicas mesmo (lembra que elas financiam times de

    futebol?).

    4.11 - Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    Nesta aula, j avanamos bastante na matria do concurso,

    inclusive na de aulas futuras. Para entender a fundo o que fazem as

    Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios, voc precisaria

    saber bastante sobre Mercado de Capitais, o que ainda no estudamos.

    Portanto, neste tpico, apresentarei algumas informaes que voc no

    entender perfeitamente. Mas, no se assuste: espere a aula de Mercado

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 42

    de Capitais ou, se a curiosidade for muita, me mande um email com a sua

    pergunta.

    Como todas as instituies que estudamos anteriormente, as

    Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios (ou simplesmente

    Sociedades Corretoras) dependem da autorizao do BACEN para

    funcionar. No entanto, elas atuam em diversas atividades que so

    reguladas principalmente pela CVM e, portanto, para funcionar, precisam

    tambm da autorizao da CVM. Alm do mais, devem ser admitidas em

    alguma Bolsa de Valores (a BM&FBovespa a principal, mas no a

    nica) e serem constitudas sob a forma de Sociedade Annima ou por

    quotas de responsabilidade limitada.

    As Sociedades Corretoras tm muitos objetivos:

    operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores;

    subscrever, isoladamente ou em consrcio com outras

    sociedades autorizadas, emisses de ttulos e valores mobilirios

    para revenda;

    intermediar oferta pblica e distribuio de ttulos e valores

    mobilirios no mercado;

    comprar e vender ttulos e valores mobilirios por conta prpria

    e de terceiros, observada regulamentao baixada pela CVM e

    BACEN nas suas respectivas reas de competncia;

    encarregar-se da administrao de carteiras e da custdia de

    ttulos e valores mobilirios;

    incumbir-se da subscrio, da transferncia e da autenticao

    de endossos, de desdobramento de cautelas, de recebimento

    e pagamento de resgates, juros e outros proventos de ttulos e

    valores mobilirios;

    exercer funes de agente fiducirio;

    instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento

    (nesta rea, a fiscalizao apenas realizada pela CVM, sem

    interveno do BACEN);

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 42

    constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e

    administrar a respectiva carteira de ttulos e valores mobilirios;

    exercer as funes de agente emissor de certificados e manter

    servios de aes escriturais;

    emitir certificados de depsito de aes e cdulas pignoratcias

    de debntures;

    intermediar operaes de cmbio;

    praticar operaes no mercado de cmbio de taxas flutuantes;

    praticar operaes de conta margem, conforme

    regulamentao da CVM;

    realizar operaes compromissadas;

    praticar operaes de compra e venda de metais preciosos,

    no mercado fsico, por conta prpria e de terceiros, nos termos da

    regulamentao baixada pelo Banco Central do Brasil;

    operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta prpria

    e de terceiros, observada regulamentao baixada pela CVM e

    BACEN nas suas respectivas reas de competncia;

    prestar servios de intermediao e de assessoria ou assistncia

    tcnica, em operaes e atividades nos mercados financeiro e de

    capitais;

    exercer outras atividades expressamente autorizadas, em

    conjunto, pelo BACEN e pela CVM.

    As Sociedades Corretoras, porm, esto impedidas de conceder

    emprstimos ou financiamentos aos seus clientes, fora a possibilidade de

    concesso de conta margem (at por isso no so IFs). A conta margem

    , basicamente, um pequeno crdito que os clientes tm para negociar

    valores mobilirios por meio da Sociedade Corretora. Esse crdito,

    todavia, garantido pelos valores mobilirios do cliente, que podem ser

    liquidados caso ele no pague o que deve na conta margem. Essa

    limitao Corretora existe para evitar que as corretoras quebrem por

    causa de eventuais calotes, o que atrapalharia em muito o funcionamento

    do Mercado de Capitais.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 42

    Por fim, deve-se notar que as operaes realizadas pelos clientes

    das Sociedades Corretoras so confidenciais e no podem ser reveladas

    sem autorizao por escrito do cliente. De outra forma, as operaes

    devem ser reveladas apenas a pedido do BACEN, CVM e da Bolsa de

    Valores.

    Como ns no somos o Romrio, precisamos treinar antes do jogo:

    (CESPE; BB 2009)

    Com relao s Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    (SCTVMs), que so constitudas sob a forma de sociedade annima ou por

    quotas de responsabilidade limitada, julgue os itens a seguir.

    16 - So objetivos das SCTVMs: praticar operaes de compra e venda de

    metais preciosos no mercado fsico, por conta prpria e de terceiros;

    operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta prpria e de

    terceiros.

    Soluo: Certo. Se ficou em dvida, melhor reler o tpico.

    17 - A normatizao, a concesso de autorizao, o registro e a

    superviso das SCTVMs so de competncia do BACEN e CVM, mas, no

    caso dos fundos, somente da CVM.

    Soluo: Errado. A normatizao, a concesso de autorizao, o registro e

    a superviso dos fundos de investimento so de competncia da CVM, em

    conjunto com o BACEN.

    18 - As SCTVMs so supervisionadas pela CVM.

    Soluo: Certo. Perfeito, como vimos na questo anterior.

    19 - As SCTVMs podem emitir certificados de depsito de aes e cdulas

    pignoratcias de debntures; intermediar operaes de cmbio; praticar

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 42

    operaes no mercado de cmbio de taxas flutuantes; praticar operaes

    de conta margem; e realizar operaes compromissadas.

    Soluo: Certo. Se ficou em dvida, melhor reler o tpico.

    4.12 - Sociedades Distribuidoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    Historicamente, as Sociedades Distribuidoras de Ttulos e Valores

    Mobilirios atuavam de forma diferente das Sociedades Corretoras, mas,

    nos dias de hoje (e para efeitos de concurso, inclusive), so idnticas.

    4.13 Bolsas de Valores

    As Bolsas de Valores so onde quase tudo acontece no Mercado de

    Capitais. Bancos de Investimento, Fundos de Investimento e demais

    agentes se encontram nas bolsas para negociar valores mobilirios

    diversos (mas, no Brasil, principalmente aes de empresas de capital

    aberto, ou seja, que tm a sua propriedade negociada em Bolsa). As

    Bolsas podem se constituir em associaes civis sem fins

    lucrativos, das quais as Corretoras so muturios que no podem

    receber participao dos resultados, ou em S/As, das quais as

    Corretoras devem ter algumas aes (mas qualquer outra pessoa

    pode ter aes tambm) e, portanto, receber participao nos lucros.

    Diferentemente do que as pessoas pensam, apenas as Corretoras

    operam nas Bolsas de Valores. Os Bancos de Investimento, pessoas

    fsicas etc., na verdade, pedem para as suas corretoras fazerem

    determinada operao e elas, ento, que de fato realizam o que foi

    pedido. Quem se obriga diante da Bolsa e das demais corretoras,

    portanto, a Corretora, e no quem pediu a operao.

    As bolsas de valores dependem, para o incio de suas

    operaes, de prvia autorizao da Comisso de Valores

    Mobilirios, sob cuja superviso e fiscalizao funcionam,

    observados os seguintes requisitos bsicos:

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 42

    patrimnio ou capital social (devem ter grana suficiente para

    montar um negcio que funcione bem);

    livre negociao de seus ttulos patrimoniais ou das aes de sua

    emisso (no pode haver impedimentos no estatuto da Bolsa

    negociao de seus ttulos);

    durao por prazo indeterminado (as Bolsas no podem ser

    criadas com um prazo definido para terminarem suas atividades);

    permisso para o ingresso de Sociedades Corretoras como

    membros, mediante a aquisio de ttulo patrimonial ou de

    nmero mnimo de aes estabelecido no estatuto social, e o

    atendimento das exigncias estabelecidas pelos Governo e pela

    prpria bolsa de valores.

    Os objetivos das Bolsas de Valores so os seguintes:

    manter local ou sistema adequado realizao de operaes de

    compra e venda de ttulos e/ou valores mobilirios, em mercado

    livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela prpria

    bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes;

    dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os

    meios necessrios pronta e eficiente realizao e visibilidade das

    operaes;

    estabelecer sistemas de negociao que propiciem

    continuidade de preos e liquidez (liquidez a facilidade de se

    comprar e vender os valores mobilirios) ao mercado de ttulos e/ou

    valores mobilirios;

    criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem

    o atendimento, pelas sociedades membros, de quaisquer ordens

    de compra e venda dos investidores, sem prejuzo de igual

    competncia da CVM, que poder, inclusive, estabelecer limites

    mnimos considerados razoveis em relao ao valor monetrio

    das referidas ordens;

    efetuar registro das operaes;

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 42

    preservar elevados padres ticos de negociao, estabelecendo,

    para esse fim, normas de comportamento para as sociedades

    membros e para as companhias abertas e demais emissores de

    ttulos e/ou valores mobilirios, fiscalizando sua observncia e

    aplicando penalidades, no limite de sua competncia, aos infratores;

    divulgar as operaes realizadas, com rapidez, amplitude e

    detalhes;

    conceder, sociedade membro, crdito para assistncia de

    liquidez, com vistas a resolver situao transitria, at o limite do

    valor de seus ttulos patrimoniais ou de outros ativos especificados

    no estatuto social mediante apresentao de garantias

    subsidirias adequadas;

    exercer outras atividades expressamente autorizadas pela CVM.

    As Bolsas de Valores so reguladas e fiscalizadas pela CVM,

    mas tm elas prprias o papel de regular e fiscalizar as operaes

    realizadas no seu sistema de negociao.

    As bolsas de valores, independentemente de inqurito

    administrativo, e com o objetivo de assegurar o funcionamento eficiente e

    regular do mercado, bem como o de preservar elevados padres ticos de

    negociao, em deciso fundamentada, sem prejuzo do exerccio dos

    poderes atribudos por lei CVM, tm competncia para:

    decretar o prprio recesso, em caso de grave emergncia,

    comunicando o fato, imediatamente, CVM, para sua manifestao;

    suspender as atividades da sociedade membro relacionada aos

    negcios realizados em bolsa de valores, ou o exerccio das funes

    de seus administradores, quando a proteo dos investidores

    assim o exigir, comunicando, de imediato, a ocorrncia Comisso

    de Valores Mobilirios e ao Banco Central do Brasil;

    suspender a negociao, em seu recinto, de ttulos e de valores

    mobilirios;

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 42

    impedir a realizao de negociaes que estejam realizando em

    bolsa de valores, quando existirem indcios de que possam

    configurar infraes a normas legais e regulamentares, ou

    consubstanciar prticas no eqitativas (=no justas);

    cancelar os negcios realizados em bolsas de valores, ou solicitar

    s entidades de compensao e liquidao de operaes com

    ttulos e valores mobilirios a suspenso da sua liquidao, nos

    casos de operaes onde haja indcios que possam configurar

    infraes a normas legais e regulamentares, ou que

    consubstanciem prticas no eqitativas, modalidades de fraude ou

    manipulao.

    Para ver se voc prestou ateno aula, umas questes de concurso:

    (CESPE; BRB 2009)

    20 - As bolsas de valores, que negociam aes de companhias abertas,

    so instituies financeiras sem fins lucrativos constitudas pelas

    corretoras de valores com o objetivo de garantir a transparncia das

    transaes realizadas com valores mobilirios.

    Soluo: Errado. Essa questo apresenta trs erros importantes. Primeiro,

    as Bolsas no negociam aes; elas so um lugar/sistema onde as aes

    de companhias abertas, entre outros valores mobilirios, so negociados.

    Segundo, no so instituies financeiras, porque no financiam ningum,

    so apenas, como dito, um lugar onde ocorrem as negociaes. Terceiro,

    podem ser associaes civis sem fins lucrativos, mas tambm podem ser,

    como o caso da BM&FBovespa, empresas estabelecidas como

    sociedades annimas com fins lucrativos.

    (CESPE; CEF 2010)

    21 - O sistema de distribuio de valores mobilirios, previsto na Lei n.o

    6.385/1976, composto por vrias entidades, instituies, sociedades e

    agentes autnomos. Esse sistema inclui as

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 42

    A corretoras de seguros.

    B bolsas de valores.

    C administradoras de consrcio.

    D cooperativas de crdito.

    E empresas de factoring.

    Soluo. Letra B. Essa to fcil que nem precisa comear eliminando as

    erradas!

    4.14 Bolsas de Mercadorias e Futuros

    As Bolsas de Mercadorias e Futuros so muito semelhantes s

    Bolsas de Valores. Listar aqui todos os seus objetivos, poderes e

    limitaes iria mais lhe cansar e, talvez, confundir do que ajudar. Por isso,

    para fins de prova, pense nas duas Bolsas de forma igual. Grave apenas a

    sua diferena essencial: nas Bolsas de Valores negociam-se aes e

    debntures, principalmente, enquanto que, nas Bolsas de

    Mercadorias e Futuros, negociam-se derivativos e produtos

    minerais e agrcolas para entrega futura. Ainda no estudamos o que

    so derivativos, mas grave essa palavra e o fato de que eles so

    negociados nas Bolsas de Mercadorias e Futuros.

    4 Lista de Questes Apresentadas (CESPE; CEF 2010)

    1 - As pessoas jurdicas pblicas ou privadas que tenham como atividade

    principal ou acessria a coleta, intermediao ou aplicao de recursos

    financeiros prprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e

    a custdia de valor de propriedade de terceiros so consideradas

    A entidades abertas de previdncia complementar.

    B bolsas de mercadorias e futuros.

    C sociedades de capitalizao.

    D instituies financeiras.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 42

    E bolsas de valores.

    Marque Certo ou Errado:

    (CESPE; BB 2009)

    2 - So consideradas instituies financeiras as pessoas jurdicas, pblicas

    ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessria a coleta, a

    intermediao ou a aplicao de recursos financeiros prprios ou de

    terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custdia de valor de

    propriedade de terceiros.

    (CESPE; BRB 2009)

    3 - A captao de depsitos vista representa a atividade bsica dos

    bancos comerciais e os qualifica como instituies financeiras monetrias.

    4 - Os bancos comerciais podem captar depsitos vista, mas no podem

    captar depsitos a prazo, o que est facultado apenas aos bancos de

    investimento.

    (CESPE; BB 2009)

    O segmento de crdito cooperativo brasileiro conta com mais de trs

    milhes de associados em todo o Brasil, nmero que se encontra em

    significativa expanso. O segmento tem-se caracterizado, nos ltimos

    anos, por uma trajetria de crescimento e constante mudana em relao

    ao perfil das cooperativas. A participao das cooperativas de crdito nos

    agregados financeiros do segmento bancrio crescente. As cooperativas

    de crdito observam, alm da legislao e das normas do SFN, a Lei n

    5.764/1971, que define a poltica nacional de cooperativismo e institui o

    regime jurdico das sociedades cooperativas. Com relao s cooperativas

    de crdito, julgue os prximos itens.

    5 - As cooperativas de crdito podem conceder crdito somente a

    brasileiros maiores de 21 anos de idade, por meio de desconto de ttulos,

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 42

    emprstimos e financiamentos, e realizar aplicao de recursos no

    mercado financeiro.

    6 - As cooperativas de crdito esto autorizadas a realizar operaes de

    captao por meio de depsitos vista e a prazo somente vindos de

    associados, de emprstimos, repasses e refinanciamentos oriundos de

    outras entidades financeiras e de doaes.

    (CESPE; BB 2009)

    7 - As cooperativas de crdito podem adotar, em sua denominao social,

    tanto a palavra Cooperativa, como Banco, dependendo de sua poltica de

    marketing e de seu planejamento estratgico.

    (CESPE; BB 2009)

    A CAIXA, criada em 1861, est regulada pelo Decreto-lei n 759/1969

    como empresa pblica vinculada ao Ministrio da Fazenda. A instituio

    integra o SFN e auxilia na execuo da poltica de crdito do governo

    federal. Acerca da CAIXA, julgue os itens subsequentes.

    8 - A CAIXA no pode emprestar sob garantia de penhor industrial e

    cauo de ttulos.

    9 - Alm de centralizar o recolhimento e a posterior aplicao de todos os

    recursos oriundos do FGTS, a CAIXA integra o Sistema Brasileiro de

    Poupana e Emprstimo e o Sistema Financeiro da Habitao.

    10 - Aps ter incorporado o Banco Nacional de Habitao (BNH) e o papel

    de agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS), a

    CAIXA passou a centralizar todas as contas recolhedoras do FGTS

    existentes na rede bancria e a administrar a arrecadao desse fundo e

    o pagamento dos valores aos trabalhadores.

    (CESGRANRIO; BACEN 2009)

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 42

    11 - As instituies financeiras no monetrias

    (A) incluem os bancos comerciais.

    (B) incluem as cooperativas de crdito.

    (C) incluem as caixas econmicas.

    (D) captam recursos atravs da emisso de ttulos.

    (E) captam recursos atravs de depsitos vista.

    (CESGRANRIO; BACEN 2009)

    12 - Considere a relao de instituies financeiras a seguir.

    I Banco do Brasil

    II Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e

    Social

    III Bancos Comerciais

    IV Bancos Regionais de Desenvolvimento

    V Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimento

    VI Bancos de Investimento

    So consideradas instituies financeiras monetrias APENAS as

    nomeadas em

    (A) I e II.

    (B) I e III.

    (C) III e IV.

    (D) I, III e V.

    (E) I, III e VI.

    (CESGRANRIO; BACEN 2009)

    13 - As instituies financeiras no monetrias

    (A) incluem os bancos comerciais.

    (B) incluem as cooperativas de crdito.

    (C) incluem as caixas econmicas.

    (D) captam recursos atravs da emisso de ttulos.

    (E) captam recursos atravs de depsitos vista.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 42

    (CESPE; BRB 2009)

    14 - vedada s sociedades de arrendamento mercantil e s sociedades

    de crdito imobilirio a utilizao de recursos provenientes de depsitos

    de poupana e da emisso de debntures.

    (CESPE; CEF 2010)

    15 - Em relao ao SFN, que composto por instituies financeiras com

    caractersticas e finalidades diversas, assinale a opo correta.

    A Toda instituio financeira pode captar recursos sob a forma de

    depsitos vista.

    B As cooperativas de crdito de economia e crdito mtuo so formadas

    por pessoas fsicas ou jurdicas que, de forma efetiva e preponderante,

    desenvolvam atividades agrcolas, pecurias ou extrativas, ou se

    dediquem s operaes de captura e transformao do pescado.

    C Os bancos comerciais so instituies financeiras, de controle acionrio

    pblico ou privado, especializadas em operaes de curto e mdio prazos,

    que oferecem diversas modalidades de emprstimos para o comrcio,

    indstria, empresas prestadoras de servios, pessoas fsicas, bem como

    para o crdito rural.

    D As sociedades de arrendamento mercantil so constitudas sob a forma

    de sociedade annima, especializadas na prtica de financiamentos de

    capital de giro e de capital fixo para pessoas fsicas e jurdicas, sendo a

    principal forma de captao a emisso de letras de cmbio.

    E As sociedades de crdito, financiamento e investimento so instituies

    que financiam bens e servios exclusivamente para pessoas jurdicas.

    (CESPE; BB 2009)

    Com relao s Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    (SCTVMs), que so constitudas sob a forma de sociedade annima ou por

    quotas de responsabilidade limitada, julgue os itens a seguir.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 42

    16 - So objetivos das SCTVMs: praticar operaes de compra e venda de

    metais preciosos no mercado fsico, por conta prpria e de terceiros;

    operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta prpria e de

    terceiros.

    17 - A normatizao, a concesso de autorizao, o registro e a

    superviso das SCTVMs so de competncia do BACEN e CVM, mas, no

    caso dos fundos, somente da CVM.

    18 - As SCTVMs so supervisionadas pela CVM.

    19 - As SCTVMs podem emitir certificados de depsito de aes e cdulas

    pignoratcias de debntures; intermediar operaes de cmbio; praticar

    operaes no mercado de cmbio de taxas flutuantes; praticar operaes

    de conta margem; e realizar operaes compromissadas.

    (CESPE; BRB 2009)

    20 - As bolsas de valores, que negociam aes de companhias abertas,

    so instituies financeiras sem fins lucrativos constitudas pelas

    corretoras de valores com o objetivo de garantir a transparncia das

    transaes realizadas com valores mobilirios.

    (CESPE; CEF 2010)

    21 - O sistema de distribuio de valores mobilirios, previsto na Lei n.o

    6.385/1976, composto por vrias entidades, instituies, sociedades e

    agentes autnomos. Esse sistema inclui as

    A corretoras de seguros.

    B bolsas de valores.

    C administradoras de consrcio.

    D cooperativas de crdito.

    E empresas de factoring.

  • Conhecimentos Bancrios p/ BB Teoria e exerccios comentados

    Prof. Caio Oliveira Aula 01

    Prof. Caio Oliveira www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 42

    5 Gabarito das Questes Apresentadas

    Questo Gabarito

    1- D

    2- Certo

    3- Certo

    4- Errado

    5- Errado

    6- Certo

    7- Errado

    8- Errado

    9- Certo

    10- Certo

    11- D

    12- B

    13- D

    14- Errado

    15- C

    16- Certo

    17- Errado

    18- Certo

    19- Certo

    20- Errado

    21- B