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PACOTE DE EXERCÍCIOS DAS MATÉRIAS ESPECÍFICAS DE AUDITORIA DE OBRAS - TCU AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS PROFESSOR: MARCEL GUIMARÃES Olá pessoal! Como todos vocês já sabem, foi publicado, em 26/8/2011, o tão aguardado edital para o concurso do TCU. Sei como todos vocês estão se sentindo. A ansiedade costuma ser o grande vilão neste momento. Mas não se preocupem. Pelo menos nesta disciplina, o edital não trouxe nenhuma surpresa desagradável. Fiquem tranquilos e mantenham a cabeça no lugar! Este curso foi formulado com a finalidade de prepará-lo para a área de Auditoria de Obras Rodoviárias para o concurso de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União - AUFC TCU 2011, na especialidade de Auditoria de Obras Públicas, sendo útil também para outros concursos na área de engenharia civil. Comentários acerca do Edital n° 2 - TCU - AUFC, de 26 de agosto de 2011 O curso será baseado no Edital n° 2 — TCU — AUFC, de 26 de agosto de 2011. Comparando o conteúdo programático dos editais antigos do CESPE na área de auditoria de Obras Rodoviárias (CESPE/TCU/2005, 2007 e 2009) com o de 2011, observa-se que o CESPE retornou ao antigo padrão, visto que o conteúdo é praticamente idêntico ao de 2005 e de 2007. Desse modo, aparentemente, foi retirado o foco nos ensaios observado no edital de 2009. Resta saber se essa tendência será adotada na elaboração da prova! Embora possa parecer que houve grandes mudanças, a alteração mais substancial foi a supressão dos ensaios técnicos de misturas betuminosas e de pavimento (Viga Benkelman e FWD). No mais, as demais alterações foram apenas formais, visto que foi alterada a forma como foram escritos alguns tópicos. Em termos de conteúdo, praticamente todos os tópicos do edital anterior estão inseridos no edital atual. Os únicos acréscimos de conteúdo observados foram os seguintes: - Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. - Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais betuminosos; controle de execução de obras e serviços (sendo que os itens "controle de agregados e de materiais betuminosos" já estavam sendo cobrados no edital antigo de forma indireta nos ensaios). - Construção: organização do canteiro de obras; INFORMAÇÃO IMPORTANTE A RESPEITO DESTE CURSO Em virtude das reclamações de alguns alunos, decidimos mudar a estrutura inicialmente prevista para este curso. Assim, serão adotadas, neste PACOTE 1 Prof. Marcel Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

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PROFESSOR: MARCEL GUIMARÃES

Olá pessoal!

Como todos vocês já sabem, foi publicado, em 26/8/2011, o tão aguardado edital para o concurso do TCU. Sei como todos vocês estão se sentindo. A ansiedade costuma ser o grande vilão neste momento. Mas não se preocupem. Pelo menos nesta disciplina, o edital não trouxe nenhuma surpresa desagradável. Fiquem tranquilos e mantenham a cabeça no lugar!

Este curso foi formulado com a finalidade de prepará-lo para a área de Auditoria de Obras Rodoviárias para o concurso de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União - AUFC TCU 2011, na especialidade de Auditoria de Obras Públicas, sendo útil também para outros concursos na área de engenharia civil.

Comentários acerca do Edital n° 2 - TCU - AUFC, de 26 de agosto de 2011

O curso será baseado no Edital n° 2 — TCU — AUFC, de 26 de agosto de 2011. Comparando o conteúdo programático dos editais antigos do CESPE na área de auditoria de Obras Rodoviárias (CESPE/TCU/2005, 2007 e 2009) com o de 2011, observa-se que o CESPE retornou ao antigo padrão, visto que o conteúdo é praticamente idêntico ao de 2005 e de 2007. Desse modo, aparentemente, foi retirado o foco nos ensaios observado no edital de 2009. Resta saber se essa tendência será adotada na elaboração da prova!

Embora possa parecer que houve grandes mudanças, a alteração mais substancial foi a supressão dos ensaios técnicos de misturas betuminosas e de pavimento (Viga Benkelman e FWD). No mais, as demais alterações foram apenas formais, visto que foi alterada a forma como foram escritos alguns tópicos. Em termos de conteúdo, praticamente todos os tópicos do edital anterior estão inseridos no edital atual. Os únicos acréscimos de conteúdo observados foram os seguintes:

- Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. - Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais betuminosos; controle de execução de obras e serviços (sendo que os itens "controle de agregados e de materiais betuminosos" já estavam sendo cobrados no edital antigo de forma indireta nos ensaios). - Construção: organização do canteiro de obras;

INFORMAÇÃO IMPORTANTE A RESPEITO DESTE CURSO

Em virtude das reclamações de alguns alunos, decidimos mudar a estrutura inicialmente prevista para este curso. Assim, serão adotadas, neste PACOTE

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DE EXERCÍCIOS DAS MATÉRIAS ESPECÍFICAS DE AUDITORIA DE OBRAS, as mesmas aulas do curso de exercícios comentados - Turma 3. Fiquem tranquilos, pois vocês sairão ganhando, já que os comentários e o conteúdo das aulas serão rigorosamente os mesmos, mais completos do que estava previsto inicialmente.

Cabe ressaltar que permanece à venda no site a Turma 2 de Obras Rodoviárias, que inclui a correção de discursiva. Como o material já estava sendo comercializado antes da publicação do edital, serão efetuadas as adequações necessárias no conteúdo do curso, de modo que ninguém será prejudicado. Desse modo, a Turma 2 é recomendada para aqueles candidatos que desejam aprender as técnicas e macetes para elaborar uma boa questão discursiva.

Portanto, os cursos das Turmas 2 e 3, assim como o deste PACOTE DE EXERCÍCIOS serão idênticos em termos de conteúdo e questões comentadas. A única diferença é que a Turma 2 possui a vantagem de você poder elaborar as duas questões discursivas propostas e enviá-las para correção.

Apresentação pessoal

Antes de darmos início à nossa aula, gostaria de me apresentar. Meu nome é Marcel Guimarães, sou engenheiro civil, formado pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Antes do TCU, trabalhei na CGU (AFC/Obras) e também fui engenheiro civil da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -ECT.

Além de Auditoria de Obras Rodoviárias, também sou professor no Ponto e em cursos presenciais de Contabilidade Pública.

Além do TCU/2009, no qual fiquei em 38° lugar para a área de Obras Públicas, fui aprovado em alguns outros, dentre os quais destaco: CGU (ESAF/2008) - Auditoria e Fiscalização - Obras Públicas: 1° lugar; INSS (CESPE/2008) - Analista do Seguro Social - Eng. Civil/DF: 1° lugar; IPEA (CESPE/2009) - Tec. de Desenv. e Administração - Gestão de Orçamento e Finanças: 2° lugar; INMETRO (CESPE/2009) - Pesquisador - Tecnologista em Metrologia e Qualidade - Eng. Civil: 2° lugar; ANATEL (CESPE/2009) -Analista Administrativo - Ciências Contábeis/DF: 11° lugar; TJDFT (CESPE/2008) - Analista Judiciário - Eng. Civil: 12° lugar; MPOG (CESPE/2008) - Analista de Infraestrutura - Transportes - Rodoviário e Urbano: 27° lugar.

Nosso curso

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Bom, vamos ao que interessa. O propósito aqui é auxiliá-lo na caminhada rumo à conquista de um cargo público de excelência. Nosso curso tem a pretensão de, em pouco tempo, tentar colocá-los em nível adequado de conhecimento para que vocês se familiarizem com a forma de cobrança dos assuntos pelo CESPE.

É importante ressaltar que também serão utilizadas algumas questões da ESAF, já que alguns tópicos do edital podem ser complementados utilizando questões desta última Banca. Cabe salientar que, mesmo quando forem usadas questões da ESAF, elas serão adaptadas para o formato padrão do CESPE (itens Certo/Errado) para efeito de comentários.

Desse modo, a metodologia adotada será a seguinte:

Questões resolvidas (CESPE/ESAF)

As questões resolvidas nas aulas obedecerão à seguinte estrutura geral:

s Item (CESPE) ou, eventualmente, alternativa (ESAF) adaptada; s Comentários a respeito do item; s Gabarito oficial; s Dicas: comentários para ajudá-los na resolução de questões de concursos

públicos ou apresentação de tabelas para facilitar seu estudo (eventualmente);

Conteúdo e Cronograma

Considerando os pontos definidos no Edital n° 2 - TCU - AUFC, de 26 de agosto de 2011 (AUFC/CESPE/Obras), dando ênfase às questões cobradas nos últimos concursos realizados pelo CESPE na área de obras rodoviárias, e a fim de nos situarmos quanto ao modo de cobrança e exposição das questões, distribuiremos os tópicos de nosso curso em 11 (onze) aulas, da seguinte forma:

Aula Data Conteúdo

1 05/09 Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). Materiais: características físicas.

2 07/09 Projetos de obras rodoviárias (parte 1): terraplanagem; Especificações de serviços: terraplenagem (corte, aterros, bota-fora etc.) Construção: execução de serviços de terraplanagem.

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3 12/09 Projetos de obras rodoviárias (parte 2): pavimentação. Especificações de serviços: pavimentação: reforço do sub-leito, sub-base, base e revestimento asfáltico Principais equipamentos utilizados (terraplenagem e pavimentação). Construção: execução de serviços de pavimentação.

4 14/09 Projetos de obras rodoviárias (parte 3): drenagem, sinalização, obras de arte especiais, correntes e obras complementares. Especificações de serviços: drenagem e obras de arte especiais. Construção: execução de serviços de drenagem e sinalização.

5 19/09 Projetos de obras rodoviárias (parte 4): meio-ambiente.

6 21/09 Fiscalização: - acompanhamento da aplicação de recursos (medições, cálculos de reajustamento, emissão de fatura etc.), - análise e interpretação de documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de obras, etc.).

7 26/09 Ensaios técnicos. Tipos e finalidades (parte 1). - Material betuminoso: determinação da penetração, determinação da viscosidade Saybolt-Furol, determinação do teor de betume para cimentos asfálticos de petróleo. - Agregado: adesividade a ligante betuminoso, determinação da abrasão "Los Angeles", análise granulométrica e determinação do inchamento de agregado miúdo. - Solos e agregados: equivalente de areia.

8 28/09 Ensaios técnicos. Tipos e finalidades (parte 2). - Solos: determinação do teor de umidade, determinação da densidade real, determinação do limite de liquidez, compactação, determinação do módulo de resiliência, determinação de expansibilidade, determinação da massa específica aparente in situ, determinação da massa específica in situ, análise granulométrica por peneiramento, determinação do limite de plasticidade, determinação do Índice de Suporte Califórnia, determinação dos fatores de contração,

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determinação da umidade.

9 03/10 Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras.

Conservação e manutenção de rodovias, conforme normas do DNIT.

10 05/10 Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO) - metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos. Acompanhamento de obras: apropriação de serviços.

11 10/10 Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais betuminosos; controle de execução de obras e serviços. Construção: organização do canteiro de obras;

Os exercícios que forem resolvidos em cada aula serão apresentados em forma de lista no final, para aqueles alunos que preferirem resolvê-los antes de ver o gabarito e de ler os respectivos comentários.

As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso, ao qual todos os alunos matriculados terão acesso.

Então, vamos à nossa aula 1.

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AULA 1 - RETIFICADA

(CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PUBLICAS)

(CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS) Considerando a figura acima, que apresenta o resultado de sondagem para investigação de um terreno, julgue os itens a seguir.

1 - (CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - Item110) A figura mostra os resultados típicos de uma sondagem rotativa.

EXECUÇÃO DE SONDAGENS

A execução de sondagens consiste, de um modo geral, na abertura de um furo no solo, furo este normalmente revestido por tubos metálicos. A perfuração, como veremos adiante, é feita por meio de ferramentas ou de máquinas que vão provocando a desagregação parcial, ou total, do terreno, permitindo, desse modo, a extração de amostras representativas das diferentes camadas atravessadas. À medida que a sondagem progride e as amostras são coletadas, registram-se as diferentes cotas em que aparecem camadas distintas, assim como os diversos níveis d'água e todas as outras observações

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Assunto Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). Materiais: características físicas.

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pertinentes que possam esclarecer o engenheiro durante a fase de projeto da obra.

Ao se executar uma sondagem, deve-se atentar para a altura que a água ascende no tubo de revestimento, num certo tempo, após atingido o lençol d'água. Isto permite verificar se o lençol d'água se encontra, ou não, sob pressão.

TIPOS DE SONDAGEM

Os métodos diretos de sondagens consistem em qualquer conjunto de operações destinadas a observar diretamente o solo ou obter amostras ao longo de uma perfuração. Dividem-se em:

a) Manuais

- Poços; - Trincheiras; - Trados.

b) Mecânicos

- Sondagens à percussão com circulação de água; - Sondagens rotativas; - Sondagens mistas; - Sondagens especiais com extração de amostras indeformadas.

Observação: Em provas, quando o assunto é a análise dos relatórios de sondagem, somente os métodos mecânicos costumam ser cobrados, de forma que abordaremos somente estes métodos neste curso.

Métodos Diretos Mecânicos

Sondagem à percussão com circulação de água

Antes de estudarmos a sondagem à percussão com circulação de água, devemos saber o que vem a ser uma sondagem à percussão e o que é o ensaio SPT:

SONDAGEM À PERCUSSÃO

Inicia-se com o uso do trado manual de 4" (cerca de 10 cm) de diâmetro, avançando até quando se percebe que as paredes do furo estão desmoronando, impedindo o avanço pretendido. Geralmente, a sondagem a

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trado só é possível enquanto não se atinge o nível do lençol freático, sendo necessário, daí para a frente, o revestimento do furo, por meio de tubos de 1 m de comprimento.

O revestimento é feito introduzindo-se tantos tubos de 1 m de comprimento quanto necessário para atingir a profundidade escavada pelo trado. Daí para frente, as medidas de profundidade serão feitas pela contagem de tubos cravados, subtraindo a extensão do último tubo da série, cuja medida da parte não escavada pode ser feita com trena ou metro de pedreiro.

O equipamento de sondagem à percussão consiste, basicamente, em introduzir um tubo no terreno, mediante golpes de uma massa, com peso e altura de queda constantes, registrando a penetração e o número de golpes. Esse procedimento tem a dupla função de:

s colher amostras das camadas que compõem o subsolo; s medir a resistência à penetração do solo.

Com esses dados, é possível completar as informações sobre as diferentes camadas atravessadas. O método, portanto, é econômico, rápido e aplicável à maioria dos solos, exceto pedregulhos.

STANDARD PENETRATION TEST - SPT

Standard penetration test (SPT), o ensaio à percussão mais utilizado no Brasil Sondagem SPT, também conhecido como sondagem à percussão ou sondagem de simples reconhecimento, é um processo de exploração e reconhecimento do subsolo, largamente utilizado na engenharia civil para se obter subsídios que irão definir o tipo e o dimensionamento das fundações que servirão de base para uma edificação.

As principais informações obtidas com esse tipo de ensaio são:

s A identificação das diferentes camadas de solo que compõem o subsolo;

s A classificação dos solos de cada camada; s O nível do Lençol freático; e s A capacidade de carga do solo em várias profundidades.

O ensaio consiste na cravação vertical no solo, de um cilindro amostrador padrão, através de golpes de um martelo com massa padronizada de 65 kg, solto em queda livre de uma altura de 75 cm. São anotados os números de golpes necessários à cravação do amostrador em três trechos consecutivos de 15 cm sendo que o valor da resistência à penetração (NSPT) consiste no

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número de golpes aplicados na cravação dos 30 cm finais, anotando-se separadamente cada 15 cm. Após a realização de cada ensaio, o amostrador é retirado do furo e a amostra é coletada, para posterior classificação, que geralmente é feita pelo método tátil-visual.

No standard penetration test (SPT), o "barrilete amostrador" (Ilustração 5), com 2" e 1 3/8" de diâmetros externo e interno, respectivamente, se abre longitudinalmente (para retirada da amostra), sendo fixado na extremidade das hastes de cravação e cravado 45 cm no solo, por dentro do tubo de sondagem.

ENSAIO À PERCUSSÃO COM CIRCULAÇÃO DE ÁGUA

Nas sondagens de percussão, as camadas de areia oferecem dificuldades de perfuração e de coleta de amostra, devido ao preenchimento da cavidade do furo com o material desmoronado.

O prosseguimento da sondagem é feito injetando-se, através de uma canalização interna aos tubos de revestimento do furo, água sob pressão, fazendo com que, ao subir pelo espaço entre a canalização interna e os tubos

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de revestimento, a água provoque a lavagem do furo e o consequente transporte de areia (Ilustração 7).

O ensaio é executado conforme as seguintes etapas:

- Perfuração do solo; - Amostragem; - Ensaio de penetração; - Observação do nível d'água; - Identificação e classificação das amostras; - Apresentação formal dos resultados e interpretação.

Perfuração do solo:

O processo é iniciado de maneira idêntica à sondagem à percussão, com o uso do trado cavadeira até 1 m, com colocação do tubo de revestimento. Segue-se então com trado espiral, até que o mesmo se torne inoperante, ou seja, encontrado o NA (ver figura a seguir).

Passa-se ao processo de perfuração por circulação de água, onde o conjunto formado pelas hastes, trépano e sistema de circulação d'água é

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erguido até uma altura de 30 cm e solto, imprimindo-se movimento de rotação na coluna de hastes.

Durante as operações de perfuração, caso a parede do furo se mostre instável, procede-se à descida do tubo de revestimento até onde se fizer necessário, alternadamente com a operação de perfuração.

A remoção do material escavado faz-se inicialmente pelos trados e posteriormente pela água.

Em sondagens profundas pode ser utilizada lama de estabilização (lama bentonítica) para estabilização das paredes do furo.

São anotadas as profundidades das transições de camadas (exame tátil-visual e mudança de coloração do material retirado). Este é o primeiro ponto de importância para a análise dos relatórios de sondagem, já que essas profundidades irão aparecer nos relatórios que serão vistos mais adiante.

Análise dos relatórios de sondagem à percussão com circulação de água

- Apresentação formal dos resultados e interpretação:

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Prepara-se, para cada sondagem e baseado no boletim de campo preenchido durante a execução, desenho contendo o perfil individual de sondagem. Pode-se fornecer ainda, caso haja sequência de sondagens, corte geológico onde figuram as sequencias prováveis das camadas do subsolo, constando ainda cotas, posições onde foram recolhidas amostras, os níveis d'água subterrâneos, além das resistências à penetração, nas cotas em que foram observadas, e expressas em golpes/cm.

A seguir, reproduz-se um Boletim de campo de sondagem SPT:

- Identificação e classificação das amostras:

Para tal, utiliza-se como parâmetro o Índice de Resistência à Penetração (SPT ou N), dado pela soma do número de golpes necessários à penetração no solo, dos 30 cm finais do amostrador.

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Despreza-se, portanto, o número de golpes correspondentes à cravação dos 15 cm iniciais do amostrador. Os valores de N obtidos dão uma indicação da consistência (solos argilosos) e compacidade (solos arenosos) das camadas investigadas.

O critério de classificação quanto à consistência ou compacidade é dado pela NBR 7250, conforme tabela a seguir:

As resistências à penetração podem apresentar resultados variáveis, pois os fatores que influem sobre seus valores são muitos, podendo estar ligados ao equipamento ou à execução da sondagem.

A partir do boletim anterior, o seguinte relatório de sondagem foi reproduzido:

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Analisando o relatório acima, podemos fazer algumas observações importantes:

- o nível d'água encontra-se na cota -0,80 m;

- a linha tracejada do gráfico se refere ao número de golpes da 1a e 2a

penetrações e a linha contínua, ao número de golpes da 2a e 3a

penetrações. Observem que o relatório está errado, já que afirma o contrário.

- o Índice de Resistência à Penetração (SPT ou N) é dado pela soma do número de golpes necessários à penetração no solo, dos 30 cm finais do amostrador. Por exemplo, para a 2a camada (areia fina, siltosa, com fragmentos de conchas, cinza, medianamente compacta), vejam que a classificação ocorre em função da coluna "2a e 3a penetrações". O critério de classificação quanto à consistência ou compacidade, conforme tabela anterior, especifica para areia e silte arenoso medianamente compacto o valor de SPT entre 9 e 18.

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- observem, na parte superior direita do relatório, que o peso é de 65 kg e a altura de queda é de 75 cm, elementos que caracterizam o ensaio SPT.

Sondagem rotativa

Passamos à sondagem rotativa quando uma sondagem à percussão alcança camada de rocha, solo de alta resistência, blocos ou matacões e há necessidade de continuação das investigações, normalmente com os seguintes objetivos:

- obtenção de testemunhos (amostras cilíndricas de rochas que permitem a identificação das descontinuidades do maciço rochoso);

- realização de ensaios in situ no interior da perfuração: ensaio de perda d'água (permeabilidade da rocha ou localização de fendas e falhas).

O processo é executado da seguinte maneira:

- Instala-se a sonda sobre uma plataforma devidamente ancorada no terreno a fim de se manter constante a pressão sobre a ferramenta de corte; - A seguir a composição (haste, barrilete, alargador e coroa) é acoplada à sonda e antes desta ser acionada, põe- se em funcionamento a bomba que injeta o fluido de circulação; - A execução da sondagem rotativa consiste basicamente na realização de manobras consecutivas, isto é, a sonda imprime às hastes os movimentos rotativos e de avanço na direção do furo e estas os transferem ao barrilete provido da coroa. O comprimento máximo de cada manobra é determinado pelo comprimento do barrilete, que é em geral de 1,5 a 3,0 m; - Terminada a manobra, o barrilete é alçado do furo e os testemunhos são cuidadosamente retirados e colocados em caixas especiais com separação e obedecendo à ordem de avanço da perfuração;

No boletim de campo da sondagem, são anotadas as profundidades do inicio e término das manobras e o comprimento de testemunhos recuperados medidos, na caixa, após a arrumação cuidadosa. Constam ainda as seguintes informações: tipo de sonda, os diâmetros de revestimento usados nos diferentes comprimentos da perfuração, o número de fragmentos em cada manobra, natureza do terreno atravessado (litologia, fraturas, zonas alteradas etc.), nível d'água no início e final da sondagem.

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Como resultados são obtidos diversos índices, sendo o mais comumente usado o RQD:

- Índice de Recuperação (IR) - (DNER-PAD 111/97) - relação, em cada manobra, entre a metragem de testemunho de rocha trazida pelo barrilete e a metragem perfurada;

- Índice de Fendilhamento (IF) - (DNER-PAD 111/97) - dá uma ideia do estado de fendilhamento natural da rocha. Para cada manobra é contado o número de fendas naturais existentes nos testemunhos de rocha, colocados na caixa;

- Índice de Fracionamento (IFr) - (DNER-PAD 111/97) - como no fendilhamento, é determinado contando-se o número de pedaços artificiais de testemunhos (armazenados na caixa) existentes em cada manobra;

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- Grau de Alteração - DNER-PRO 102/97 - Sondagem de reconhecimento pelo método rotativo, disponível em <http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/normas/DNER-PR0102-97.pdf>. Enfraquecimento da rocha devido aos processos físico-químicos sobre os maciços rochosos. Os graus de alteração são definidos para cada tipo litológico ou grupo de rochas de comportamento semelhante e fixados a partir de propriedades: cor e brilho, formação de minerais de alteração (argilas, limonitas, caolins), estruturas neoformadas (fissuras, crostas) e aumento da porosidade.

- RQD ("Rock Quality Designation") - DNER-PRO 102/97 - semelhante ao IR, contando-se na metragem de testemunho de rocha trazida pelo barrilete apenas os pedaços maiores que 10 cm.

Tabela 1^-RQD

- Grau de Fraturamento - DNER-PRO 102/97 - Índice de Fracionamento -DNER-PAD 111/97;

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- Grau de Coerência - DNER-PRO 102/97.

Sondagem Mista

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Prepara-se, para cada sondagem, seu perfil individual, continuando normalmente o perfil obtido na sondagem à percussão antecedente. Essa junção das duas sondagens é chamada de SONDAGEM MISTA. A seguir, reproduz-se um relatório de uma sondagem mista:

Analisando o relatório acima, podemos fazer algumas observações importantes:

- o nível d'água encontra-se na cota -1,05 m;

- a linha contínua do gráfico se refere ao número de golpes da 1a e 2a

penetrações e a linha tracejada, ao número de golpes da 2a e 3a

penetrações.

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- Até a cota -6,00 m, o ensaio foi feito à percussão, fornecendo o Índice de Resistência à Penetração (SPT ou N) para as camadas de silte (poderiam ser de areia também).

- observem, na parte superior direita do relatório, que o peso é de 65 kg e a altura de queda é de 75 cm, elementos que caracterizam o ensaio SPT (até a cota -6,00 m).

- a partir da cota -6,00 m, foram encontradas camadas de rocha, sendo necessária a realização de sondagem rotativa. Informações que nos permitem caracterizar a rocha: RQD ("Rock Quality Designation") e Grau de Fraturamento, este último representado pelo número localizado no canto da área hachurada no gráfico. Por exemplo, na camada de "Gnaisse migmatítico, medianamente fraturado, pouco alterado a são", o RQD é 75% e o grau de fraturamento vale 6.

- como no relatório foram conjugadas informações a respeito da sondagem à percussão e da sondagem rotativa, o relatório refere-se à sondagem mista.

Cabe observar que o DNIT normatizou a apresentação dos resultados por meio do DNER-PAD 111/97 - Fichas - representação de perfis individuais de sondagem a percussão e rotativa, cujo link está apresentado a seguir como sugestão de leitura complementar.

Finalmente, vamos analisar o item:

"A figura mostra os resultados típicos de uma sondagem rotativa".

Claro que não, pessoal. Não há camadas de rochas, somente de argila e areia. O relatório apresentado caracteriza o ensaio à percussão. Item errado.

Gabarito: ERRADO

- Professor, como pode haver um número de golpes fracionário? Não teria de ser um número inteiro? Ou a fração significa a porcentagem de penetração do golpe?

Resposta:

DÚVIDA

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Pessoal, quando aparece no relatório de sondagem um número de golpe do tipo 1/25, não quer dizer que o número seja fracionário, mas sim que, com 1 golpe, o amostrador desceu 25 cm, portanto, mais que os 15 cm. Isso acontece normalmente em camadas de solos moles, quando um número baixo de golpes faz o amostrador penetrar mais de 15 cm no solo.

s Sondagem à percussão + Elaboração do Relatório de Sondagem

Clique no link: <http://www.youtube.com/watch?v=3Gdt2XkjUSw&feature=related>

Leitura complementar

s Fichas - representação de perfis individuais de sondagem a percussão e rotativa

Clique no link: <http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/normas/DNER-PAD111-97.pdf>

s Sondagem de reconhecimento pelo método rotativo

Clique no link: <http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/normas/DNER-PRO1Q2-97.pdf>

2 - (CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - Item 111) As características descritas para a camada de silte argiloso não são coerentes com outros resultados apresentados na figura.

Vamos rever o relatório apresentado na questão:

VÍDEO complementar

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Observem que, de acordo com os critérios de classificação das areias e siltes arenosos quanto à consistência ou compacidade, temos o seguinte:

Portanto, no caso das camadas apresentadas, teríamos as seguintes faixas de valores para o SPT:

- Argila muito mole a mole: de 0 a 5. - Silte argiloso rijo: 11 a 19 - Areia siltosa medianamente compacta a compacta: 9 a 40.

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Pela figura, temos a seguinte caracterização do perfil apresentado:

- Argila muito mole a mole: de 0 a 2. - Silte argiloso rijo: 2 a 4. - Areia siltosa medianamente compacta a compacta: 10 a 45.

Notem que a faixa de valores de SPT da camada de silte argiloso rijo está completamente discrepante em relação aos valores da norma. Graficamente, argilas e siltes argilosos rijos apresentam faixas de valores (11 a 19) parecidos com areias e siltes arenosos medianamente compactos (9 a 18). Portanto para que houvesse uma coerência, o gráfico deveria ter sido apresentado da seguinte forma (ver a linha vermelha):

Desse modo, as características descritas para a camada de silte argiloso não são coerentes com outros resultados apresentados na figura. Item correto.

Gabarito: CERTO

3 - (CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - Item 112) Os resultados apresentados na figura sugerem que pavimentos rígidos, de concreto armado, podem ser construídos diretamente sobre a superfície do terreno.

A camada superficial do terreno é composta por solo muito mole. A solução com pavimento de concreto não é recomendável para este tipo de situação, devido à provável ocorrência de recalques diferenciais.

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Para solucionar esse problema de recalques excessivos, recomenda-se a remoção total da camada de solo mole superficial. Somente assim poder-se-ia cogitar a execução de pavimento rígido, assentando-se as placas de concreto armado sobre uma sub-base, executada com material e espessura definidos no projeto.

Portanto, não se poderia construir um pavimento rígido diretamente sobre a superfície do terreno. Item errado.

Gabarito: ERRADO

(CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência - Área de Engenharia Civil)

A tabela acima apresenta os resultados de uma campanha de sondagens à percussão do tipo SPT (standard penetration test), realizada com o objetivo de se obter parâmetros geotécnicos para o dimensionamento de fundações, e executada segundo norma técnica pertinente. Na tabela, em que N é o índice de resistência à penetração do amostrador padrão do método (NSPT-1 a NSPT-4), encontram-se os resultados do teste para cada um dos 4 furos e para as 8 profundidades amostradas.

Considerando essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.

4 - (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência -Área de Engenharia Civil - Item 98) À profundidade -7 m, o solo do furo 4 apresenta menor resistência à penetração que o solo do furo 2.

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Conforme já foi visto, no ensaio SPT, são anotados os números de golpes necessários à cravação do amostrador em três trechos consecutivos de 15 cm, sendo que o valor da resistência à penetração (NSPT) consiste no número de golpes aplicados na cravação dos 30 cm finais, anotando-se separadamente cada 15 cm. Portanto, o número N é utilizado para estimar, indiretamente, a capacidade de carga do solo em várias profundidades.

Quanto maior o número N, maior a resistência à penetração e, consequentemente, maior a capacidade do solo naquela camada.

No caso da assertiva, consultando a tabela apresentada no enunciado, constata-se que, à profundidade -7 m, o solo do furo 4 apresenta NSPT de 7. Já o solo do furo 2 apresenta N igual a 14. Logo, a resistência à penetração (e a capacidade de carga) do solo do furo 4 é menor do que o solo do furo 2. Item correto.

Gabarito: CERTO

5 - (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência -Área de Engenharia Civil - Item 99) No ensaio referente à profundidade -5 m no furo 3, tanto pode ter ocorrido a penetração de 15 cm a cada 6 golpes, quanto a sequência de 5, 8 e 4 ou de 3, 4 e 8 golpes a cada 15 cm.

O Índice de Resistência à Penetração (SPT ou N) é dado pela soma do número de golpes necessários à penetração no solo dos 30 cm finais do amostrador.

Despreza-se, portanto, o número de golpes correspondentes à cravação dos 15 cm iniciais do amostrador.

No caso hipotético apresentado, basta somar o valor do número de golpes na penetração dos 30 cm finais, e verificar se o índice é igual a 12 (valor do índice à profundidade -5 m no furo 3, conforme tabela fornecida no enunciado da questão).

Para facilitar a visualização, segue uma tabela considerando os 3 casos hipotéticos apresentados:

Número de Golpes Hipóteses 15 15 15 NSPT

cm cm cm A 6 6 6 12 B 5 8 4 12

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Onde:

A - penetração de 15 cm a cada 6 golpes (sequência de 6, 6 e 6 golpes a cada 15 cm);

B - sequência de 5, 8 e 4 golpes a cada 15 cm; C - sequência de 3, 4 e 8 golpes a cada 15 cm.

Observa-se que, em qualquer um dos 3 casos, o resultado obtido seria NSPT igual a 12. Logo, tanto pode ter ocorrido a penetração de 15 cm a cada 6 golpes, quanto a sequência de 5, 8 e 4 ou de 3, 4 e 8 golpes a cada 15 cm. Item correto.

Gabarito: CERTO

6 - (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência -Área de Engenharia Civil - Item 100) Para o amostrador padrão no furo 2 penetrar da profundidade -6 m até a profundidade -7 m, foram necessários 59 golpes sucessivos.

Pessoal, o número N não mede o número de golpes necessários para o amostrador penetrar de uma profundidade "X" para outra "Y". O objetivo do teste é que seja feita, naquele ponto (profundidade -6 m, por exemplo), a estimativa da resistência e a coleta do material. Pouco importa quantos golpes foram necessários para escavar o solo da camada de profundidade -6 m para a de -7 m.

A contagem dos golpes é feita exatamente na profundidade - 6 m (NSPT = 10) e na camada -7 m (NSPT = 14). O que isso significa, então? Que, na profundidade - 6 m, foram necessários 10 golpes para que ocorresse a penetração dos 30 cm finais do amostrador no solo. Com base nesse resultado, utilizando a tabela a seguir, supondo que estivéssemos analisando uma argila, o solo seria classificado em Argila com consistência RIJA, e teria sua resistência estimada entre 1 e 2 kg/cm2. É essa a utilidade do parâmetro SPT, e é isso que deve ficar claro para você. Na camada -7 m (NSPT = 14), a classificação e a tensão estimada seriam as mesmas.

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No caso, da assertiva, o que o CESPE queria era que o aluno acumulasse o número de golpes da tabela fornecida para o NSPT-2 desde a profundidade -1 m até a -7 m (2 + 2 + 10 +13 + 8 + 10+ 14 = 59) e achasse que esse seria o valor de golpes para penetração do amostrador até a camada - 7 m. Mas isso não é verdade. Esse tipo de registro não é feito no teste. Não se conta a quantidade de golpes necessários para o amostrador passar de uma profundidade para a outra, O registro de golpes é feita apenas na camada correspondente a cada metro de profundidade investigado.

Portanto, no ensaio SPT, apesar de os golpes servirem indiretamente para escavar o solo entre uma profundidade e outra, a contagem do número deles (N) é feita em uma profundidade determinada e apenas para a penetração do

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amostrador naquele ponto, o que servirá para a estimativa da capacidade de carga do solo. A partir dos dados apresentados, não se pode afirmar que, para o amostrador padrão no furo 2 penetrar da profundidade -6 m até a profundidade -7 m, foram necessários 59 golpes sucessivos. Item errado.

Gabarito: ERRADO

- Professor, e se na questão tivesse dito que para o amostrador padrão no furo 2 penetrar da profundidade 0 até a - 7 m foram necessários 59 golpes sucessivos, o item estaria correto?

Resposta:

Pessoal, ainda assim o item estaria errado. Em primeiro lugar, porque, conforme dito, não são anotados os números de golpes entre uma camada e outra. Essa informação não tem relevância para o ensaio SPT. Além disso, ainda que fossem anotados esses valores, lembrem-se de que o número de golpes para a penetração dos 15 cm iniciais do amostrador é desprezado. Portanto, ainda que o número apresentado significasse a quantidade de golpes para "atravessar" de uma camada para a outra (o que, repito, não é verdade), a afirmação estaria equivocada, pois não haveria como afirmar que aquela teria sido a quantidade de golpes necessária, pois haveria sempre uma quantidade X de golpes que não teriam sido registradas (15 cm iniciais).

7 - (CESPE/IP0JUCA/2009 - Cargo 25: Engenheiro Civil - Prova C -Item 54) Os relatórios dos serviços de sondagem devem incluir, entre outras, a planta de situação dos furos de sondagem; a planta de locação das fundações profundas; o perfil de cada sondagem com as cotas de onde foram retiradas as amostras; e os níveis do terreno e dos lençóis de água encontrados na área investigada.

Os resultados de uma sondagem à percussão deverão ser apresentados em forma de relatório e anexos. O relatório fornecerá dados gerais sobre o local e o tipo de obra, descrição sumária sobre equipamentos e outras julgadas pertinentes. Uma planta de localização dos furos e da referência

DÚVIDA

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de nível (RN) adotada, bem como os perfis individuais de cada furo serão apresentados em anexo. Em cada perfil deverão constar seguintes informações:

s Número do furo de sondagem; s Cota da boca do furo; s Data de Início e término da sondagem; s Posição das amostras colhidas e das não recuperadas; s Profundidade das diversas transições entre camadas e do fim do furo; s Os índices de resistência à penetração (SPT); s Identificação classificação e a convenção gráfica das amostras segundo a

NBR 6502/60; s Posição do N.A. e data de observação; s Processos de perfuração empregados e profundidades atingidas: TH para

trado helicoidal, CA para circulação de água. s Cota da boca do tubo de revestimento. Os valores dos índices de

resistência à penetração poderão ser alterados por fatores ligados ao equipamento usado, a técnica operacional, ao tipo de solo ensaiado e até a erros acidentais.

Os fatores ligados ao equipamento são:

s Amostrador: deve ter, rigorosamente, as dimensões indicadas na Norma, pois que, quanto maior a seção ou mais espessa sua parede, maiores serão os índices de resistência, conservadas as demais variáveis.

s Haste de perfuração: hastes com massa maior levam a índices maiores, por absorverem uma maior quantidade da energia aplicada; por isto, foram normalizadas para terem massa variando entre 3,2 e 4,3 kg/m.

Desse modo, os relatórios dos serviços de sondagem não devem incluir a planta de locação das fundações profundas. Até mesmo porque o fato de realizar sondagens no terreno não significa que serão construídas fundações profundas no local. Item errado.

Gabarito: ERRADO

DUVIDA

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- Professor, Referência de Nível (RN) é a cota em relação ao nível do mar?

Resposta:

RN é um ponto de posição bem definida, altitude conhecida e inalterável com o tempo, que serve de base para determinação das altitudes de outros pontos. No caso, seria um ponto de controle vertical estabelecido num objeto (marco) de caráter permanente, natural ou artificial, cuja altitude foi determinada acima ou abaixo de um datum (superfície de nível à qual se referem as altitudes). Portanto, não seria a cota em relação ao nível do mar, mas a um outro ponto cuja cota seja conhecida.

8 - (ESAF/CGU/2008 - AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas - Questão 31) Em pavimentação, os estudos de solos devem abranger três etapas: levantamento dos materiais do subleito, levantamento das jazidas para utilização nas camadas do pavimento e sondagens para fundações de obras de arte. Baseado no relatório de sondagem da figura, qual a profundidade do nível d'água e da camada NSPT superior a 20 golpes, respectivamente?

a) 4m e 8m b) 5,5m e 7m c) 5,5m e 8m d) 5m e 8m e) 5,5m e 9,5m

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A profundidade do nível d'água é 5,50 metros. Basta olhar no gráfico que o "NA" está nessa profundidade. Cabe observar que na parte inferior direita do relatório foram apresentados alguns dados:

- Limite de sondagem à percussão: 9,45 metros; - N.A. inicial = 5,50 metros; - N.A. 24 horas = 6,05 metros.

É interessante comentarmos que o nível d'água final da sondagem é determinado no término do furo, após esgotamento do mesmo e a retirada do tubo de revestimento, ou seja, no momento de sua constatação. Nova medição é feita após decorridas 24 horas, para que se permita sua estabilização. Entretanto, o valor que constará no perfil do relatório é o primeiro, o da primeira medida.

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O valor após as 24 horas normalmente consta em uma observação ao final do relatório, como por exemplo: o nível d'água subiu 0,30 m no período de 24 horas.

No caso do perfil apresentado, vejam que a ESAF poderia ter complicado um pouco a questão, colocando o valor de 6,05 m em algumas das alternativas apresentadas. Mas ela foi até bacana, já que não fez isso. Sabendo que o NA estava na profundidade de 5,50 metros, já era possível que o candidato eliminasse as alternativas "A" e "D".

Quanto à profundidade da camada NSPT superior a 20 golpes, bastava olhar o gráfico de resistência à penetração, lembrando que a coluna que interessava era a 2a, dos 30 cm finais do amostrador (2a e 3a penetrações). Vejam que a partir da profundidade 7 metros é que essa coluna ultrapassa o NSPT de 20 golpes (23 golpes), sendo essa, portanto, a profundidade procurada.

A alternativa correta é aquela que fornece os seguintes valores para as profundidades:

s Nível d'água: 5,50 metros s Camada NSPT superior a 20 golpes: 7 metros

Gabarito: alternativa B

(CESPE/SECONT/ES/2009 - Cargo 5: Auditor do Estado -Especialidade: Engenharia Civil) Entre os diversos ensaios de campo de reconhecimento do solo, o Standart Penetration Test (SPT) é o mais executado no Brasil e na maioria dos países do mundo. A figura abaixo mostra o resultado de um ensaio SPT hipotético.

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Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

9 - (CESPE/SECONT/ES/2009 - Cargo 5: Auditor do Estado -Especialidade: Engenharia Civil - Item 80) Os resultados mostram que o solo, na profundidade de 5 m e de 8 m, pode ser considerado como compressível e pouco resistente.

A partir do resultado apresentado, observamos que, nas profundidades 5 e 8 metros, o número de golpes do ensaio SPT foi de aproximadamente 3, o que demonstra que o solo é pouco resistente.

Na profundidade 5 metros, o solo é "areia argilosa" e na de 8 m, "argilo silto arenosa cinza". Considerando que os solos compressíveis são geralmente argilas moles (argilas saturadas ou argilas siltosas saturadas), com elevado teor de umidade e baixa permeabilidade, e que o nível de água está situado na profundidade 3,65 metros, podemos inferir que o solo nas camadas em questão seja compressível. Cabe comentar, ainda, que as areias fofas também podem ser consideradas compressíveis. Item correto.

Gabarito: CERTO

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- Professor, o que são solos compressíveis?

Resposta:

Pessoal, SOLO COMPRESSÍVEL é aquele que tem a característica de se deformar facilmente por compressão.

NÃO confundir com o SOLO COLAPSÍVEL, que é um solo instável quando sujeito à saturação (presença de água).

10 - (CESPE/AGE/ES/2004 - Cargo 3: Auditor do Estado - Área: Engenharia Civil - Item 100) O solo residual é formado in situ, pela decomposição da rocha-matriz, submetida a intemperismos físicos ou químicos.

A ação dos agentes naturais, chamados agentes do intemperismo (de ordem física, química, físico-química e biológica), pode ser local ou levada a outros locais, produzindo:

a) Solos de alteração ou residuais (alterações in situ);

b) Solos transportados ou sedimentares: depósitos de partículas que sofreram erosão e foram transportados para outros locais;

c) Solos superficiais: constituem o capeamento dos dois anteriores. Produto da ação dos agentes naturais sobre os solos residuais e transportados.

Em resumo, o perfil genérico (Figura 44) mostra: solos superficiais + solos residuais = manto de intemperismo ou rególito. Segue-se a rocha inalterada subjacente, b e d rock. Finalmente, os solos orgânicos, constituídos por depósitos dos restos vegetais e animais.

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A formação dos depósitos sedimentares se dá principalmente pela deposição de partículas quando, no seio da água, atingem local onde a velocidade é adequadamente reduzida. Os mais importantes depósitos formam-se no fundo dos mares e lagos para onde os materiais são transportados pelos rios e pelo gelo.

SOLOS RESIDUAIS

Os solos residuais são aqueles que permanecem no local da rocha de origem (alterações in situ).

Todos os tipos de rocha formam solo residual - sendo que a composição deste depende do tipo e da composição mineralógica da rocha original que lhe deu origem. Por exemplo, a decomposição de basaltos forma um solo típico conhecido como terra-roxa, de cor marrom-chocolate e composição argilo-arenosa. Já a desintegração e a decomposição de arenitos ou quartzitos irão formar solos arenosos constituídos de quartzo. Rochas metamórficas do tipo filito (constituído de micas) irão formar um solo de composição argilosa e bastante plástico.

Não existe um contato ou limite direto e brusco entre o solo e a rocha que o originou. A passagem entre eles é gradativa e permite a separação de, pelo

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menos, duas faixas distintas: aquela logo abaixo do solo propriamente dito, que é chamada de solo de alteração de rocha, e uma outra, acima da rocha, chamada de rocha alterada ou rocha decomposta.

O solo residual é subdividido em maduro e jovem, segundo o grau de decomposição dos minerais.

Normalmente, no processo de decomposição das rochas, formam-se 4 camadas, variando da rocha sã até o solo residual, como na figura baixo:

O solo residual é um material que não mostra nenhuma relação com a rocha que lhe deu origem.

Não é possível observar restos da estrutura da rocha nem de seus minerais.

O solo de alteração de rocha já mostra alguns elementos da rocha-matriz, como linhas incipientes de estruturas ou minerais não decompostos.

A rocha alterada (ou decomposta) é um material que lembra a rocha no aspecto, preservando parte da sua estrutura e de seus minerais, porém com um estágio de dureza ou resistência inferior ao da rocha.

A rocha-sã é a própria rocha inalterada.

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As espessuras das quatro faixas descritas são variáveis e dependem das condições climáticas e do tipo de rocha.

A ação intensa do intemperismo químico nas áreas de climas quentes e úmidos provoca a decomposição profunda das rochas com a formação de solos residuais, cujas propriedades dependem fundamentalmente da composição e tipo de rocha existente na área.

Os solos residuais são bastante comuns no Brasil, principalmente na região Centro-Sul, em função do próprio clima. Merecem destaque, entre os solos residuais encontrados no Brasil, os solos lateríticos e os solos de massapé da Bahia.

Desse modo, analisando o item, podemos observar que o solo residual é formado in situ, pela decomposição da rocha-matriz, submetida a intemperismos físicos ou químicos. Item correto.

Gabarito: CERTO

11 - (CESPE/MPOG/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior - Área: Civil e Aquaviário - Item 103) Na classificação de solos quanto ao processo de formação, são exemplos de solos residuais os coluviões, depositados no pé de serras.

SOLOS TRANSPORTADOS (OU SEDIMENTARES)

Os solos transportados formam geralmente depósitos mais inconsolidados e fofos que os residuais, e com profundidade variável. Nos solos transportados, distingue-se uma variedade especial, que é o solo orgânico, no qual o material transportado está misturado com quantidades variáveis de matéria orgânica decomposta, que, em quantidades apreciáveis, forma as turfeiras. De um modo geral, o solo residual é mais homogêneo do que o transportado no modo de ocorrer, principalmente se a rocha matriz for homogênea.

Entre os solos transportados, é necessário destacar-se, de acordo com o agente transportador, os seguintes tipos: coluviais, de aluvião, eólicos (dunas costeiras).

NOTA: O solo residual é mais comum e de ocorrência generalizada, enquanto que o transportado ocorre somente em áreas mais restritas.

a) Solos de aluvião

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Os materiais sólidos que são transportados e arrastados pelas ÁGUAS e depositados nos locais em que a corrente sofre uma diminuição na sua velocidade constituem os solos aluvionares ou aluviões.

Os depósitos de aluvião podem aparecer de duas formas distintas: em terraços, ao longo do próprio vale do rio, ou na forma de depósitos mais extensos, constituindo as planícies de inundação. Estas últimas são bastante frequentes ao longo dos rios. São exemplos de ocorrências bastante utilizadas como agregado. A melhor fonte de indicação de áreas de aluvião, de várzeas e planícies de inundação é a fotografia aérea. Embora os solos que constituem os aluviões sejam, via de regra, fonte de materiais de construções, são, por outro lado, péssimos materiais de fundações.

b) Solos orgânicos

São constituídos por depósitos dos restos vegetais e animais. Os locais de ocorrência de solos orgânicos se situam em áreas topográfica e geograficamente bem caracterizadas: em bacias e depressões continentais, nas baixadas marginais dos rios e nas baixadas litorâneas.

c) Solos coluviais

Os depósitos de coluvião, também conhecidos por depósitos de TÁLUS, são aqueles solos cujo transporte se deve exclusivamente à AÇÃO DA GRAVIDADE (Figura 45). São de ocorrência localizada, situando-se, via de regra, ao pé de elevações, encostas etc.

Os depósitos de tálus são comuns ao longo de rodovias na Serra do Mar, no Vale do Paraíba etc. A composição desses depósitos depende do tipo de rocha existente nas partes mais elevadas. A utilização desses solos na Engenharia Rodoviária, normalmente é desvantajosa, pois são materiais inconsolidados, permeáveis, sujeitos a escorregamentos.

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d) Solos eólicos

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Os agentes transportadores dos solos são os VENTOS. São de destaque apenas os depósitos ao longo do litoral, onde formam as dunas, não sendo muito comuns no Brasil. O problema desses depósitos reside na sua movimentação.

e) Solos glaciais

Estes solos, tão comuns na Europa e na América do Norte, NÃO ocorrem no Brasil.

Analisando o item, observamos que, na classificação de solos quanto ao processo de formação, são exemplos de solos TRANSPORTADOS (e não residuais) os coluviões, depositados no pé de serras. Item errado.

Gabarito: ERRADO

DICA

Pessoal, podemos esquematizar os tipos de solo da seguinte maneira:

Tipo de solo Definição Subtipo Agente Transportador

Residuais ou de alteração

São aqueles que permanecem no local da rocha de origem (alterações in situ).

Transportados ou Sedimentares

São aqueles que sofrem a ação de agentes transportadores

Aluvionares ou de aluvião

Aguas

Transportados ou Sedimentares

São aqueles que sofrem a ação de agentes transportadores

Eólicos Ventos

Transportados ou Sedimentares

São aqueles que sofrem a ação de agentes transportadores

Coluvionares ou coluviais (também conhecidos como depósitos de tálus)

Ação da gravidade

Transportados ou Sedimentares

São aqueles que sofrem a ação de agentes transportadores

Glaciais Ação das geleiras

Transportados ou Sedimentares

São aqueles que sofrem a ação de agentes transportadores

Orgânicos

(CESPE/AGE/ES/2004 - Cargo 3: Auditor do Estado - Área: Engenharia Civil) Considerando que a origem e a formação das camadas de solo

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influenciam de forma marcante as propriedades e o comportamento desses materiais, julgue os itens que se seguem.

12 - (CESPE/AGE/ES/2004 - Cargo 3: Auditor do Estado - Área: Engenharia Civil - Item 99) O tálus é um tipo de solo sedimentar em que o agente de transporte dos grãos é a água.

Pessoal, acabamos de ver que o tálus é um tipo de solo sedimentar (ou transportado) em que o agente de transporte dos grãos é a ação da gravidade. Nos solos de aluvião é que os grãos são transportados pela água. Item errado.

Gabarito: ERRADO

(CESPE/DPF/NACIONAL/2004 - Cargo 8: Perito Criminal Federal / Área 7) O conhecimento das propriedades e dos comportamentos dos solos é de fundamental importância para a estabilidade e o desempenho de diversas obras civis. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.

13 - (CESPE/DPF/NACIONAL/2004 - Cargo 8: Perito Criminal Federal / Área 7 - Item 77) Entende-se por solo saprolítico aquele que mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência da rocha.

Considerações Sobre Solos Tropicais

Os seguintes solos são encontrados em regiões tropicais: lateríticos, saprolíticos e transportados. A Figura a seguir ilustra um perfil esquemático da ocorrência destes tipos de solos.

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FIGURA 1.1: Perfil Esquemático de Ocorrência de Solos em Ambiente Tropical.

Dentro da classificação dos solos, aqueles que apresentam propriedades peculiares e de comportamento em decorrência da atuação de processo geológico e/ou pedológico típicos das regiões tropicais úmidas são denominados de solos tropicais.

Dentre os solos tropicais destacam-se duas grandes classes: os solos lateríticos e os solos saprolíticos.

Solos lateríticos

É um solo zonal, pois está de acordo com as condições climáticas.

Sua formação se dá pela atuação dos processos de alteração pedológicos que envolvem os mecanismos de desagregação e decomposição provocados pelos processos geológicos (processos mecânicos e químicos), com a atuação mais intensa dos processos químicos. A esses processos vão se formar os processos pedológicos denominados de laterização ou latossolização, com a intensa migração de partículas sob a ação das infiltrações e evaporação, dando origem a um horizonte superficial poroso, permanecendo quase que exclusivamente os minerais mais estáveis (quartzo, magnetita, ilmelita e caolinita).

O processo de laterização é muito lento, atuando nas camadas superficiais bem drenadas, situadas acima do nível da água. Grande parte desse solo é constituído por colúvio, sendo solos antigos ou maduros.

Solos Saprolíticos

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Os solos que mantém uma nítida macroestrutura herdada da rocha de origem são designados solos SAPROLÍTICOS.

Sua peculiaridade morfológica é a presença da estrutura reliquiar da rocha matriz embora possa desenvolver outras estruturas com o intemperismo; é um solo resultante da meteorização da rocha, contendo geralmente, minerais não totalmente modificados pela ação das intempéries e processos pedológicos, como por exemplos os minerais feldspatos e a mica.

Muitas vezes apresenta anisotropia devido à estratificação ou xistosidade herdada da rocha matriz.

A presença de mica e da caolinita na fração silte são responsáveis pela diminuição do índice de plasticidade e aumento do limite de liquidez.

Quanto à cor, a presença de manchas, listras, mosqueamentos e outras heterogeneidades é uma das peculiaridades mais destacadas. A presença de certas cores predominantes como: verde, roxo, róseo, violeta, azul e branco, pouco frequentes nos solos superficiais, é outra peculiaridade que permite identificar muitas de suas variedades.

Na Figura 1.2 a seguir está ilustrado o perfil típico de um solo tropical, com as principais características.

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Analisando o item, observamos que o solo saprolítico é aquele que mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência da rocha. Item correto.

Gabarito: CERTO

14 - (CESPE/INPI/2006 - Cargo 1: Pesquisador - Agronomia ou Eng. Florestal ou Eng. Agrícola - Questão 39 - Alternativa C) Em campo, a textura de um solo pode ser avaliada pelo tato, por meio da sensação obtida ao se esfregar determinada quantidade de terra úmida entre os dedos. Em laboratório, pode ser determinada pela proporção das frações granulométricas de areia (2,0 mm a 0,05 mm), argila (0,05 mm a 0,002 mm) e silte (menor que 0,002 mm), na massa do solo.

CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS

Para efeito da devida caracterização do solo, este deve ser objeto de ensaios específicos (devidamente normalizados pelo DNIT), com a finalidade de definir parâmetros ou atributos pertinentes, a partir das quais se pode proceder ao respectivo enquadramento do solo segundo a classificação do TRB.

Tais atributos, a saber, a granulometria e o índice de grupo serão abordados a seguir. A granulometria será detalhada na aula 7, quando falaremos sobre o ensaio por peneiramento. O equivalente de areia (aula 6), os limites de liquidez e o índice de suporte Califórnia (aula 7) são características que serão vistas nas próximas aulas, quando tratarmos dos respectivos ensaios.

Granulometria

A descrição quantitativa da textura de um solo é feita por meio da sua GRANULOMETRIA, ou seja, da determinação das dimensões de seus grãos e da distribuição percentual em peso dos grãos, em intervalos de dimensões, previamente estabelecidos nos métodos de classificação, baseados exclusivamente na granulometria dos solos.

Esses intervalos denominam-se frações de solo e recebem designações que são utilizadas na descrição dos solos. As frações são: pedregulho, areia, silte e argila. A Tabela 15 mostra como variam, de entidade para entidade, as dimensões relativas a cada fração de solo. Observem que várias são as escalas utilizadas em diversos países, sendo a da AASHTO a adotada pelo DNIT.

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A análise granulométrica não basta, por si só, para caracterizar um solo, sob todos os aspectos que interessam à técnica rodoviária, devendo ser completada, na maioria das vezes, por outros ensaios.

Analisando o item, observamos que a textura de um solo em laboratório pode ser determinada pela proporção das frações granulométricas de areia (2,0 mm a 0,075 mm), silte (0,075 mm a 0,005 mm) e argila (menor que 0,005 mm), na massa do solo. Item errado.

Gabarito: ERRADO

15 - (CESPE/PETROBRAS/NM/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I - Edificações - Item 65) Os fillers são agregados graúdos, com diâmetros dos grãos superiores a 1,2 mm, utilizados na confecção de concretos.

Fillers são agregados MIÚDOS, com diâmetros dos grãos inferiores a 0,075 mm (material que passa na peneira n° 200). Item errado.

Gabarito: ERRADO

16 - (CESPE/HEMOBRAS/2008 - Emprego 8: Analista de Gestão Corporativa - Engenheiro Civil - Item 99) O índice de grupo de um solo é calculado em função da percentagem do solo que passa na peneira de número 200 e dos valores do limite de liquidez e do limite de plasticidade do solo.

Índice de Grupo

Chama-se Índice de Grupo a um valor numérico, variando de 0 a 20, que retrata o duplo aspecto de plasticidade e graduação das partículas do solo.

O IG é calculado pela fórmula:

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IG = 0,2 a + 0,005 ac + 0,01 bd

Em que:

a - % de material que passa na peneira n°. 200, menos 35. Se a % passando na peneira n°. 200 for maior que 75, adota-se 75; se for menor que 35, adota-se 35. (a varia de 0 a 40).

b - % de material que passa na peneira n°. 200, menos 15. Se a % passando na peneira n°. 200 for maior que 55, adota-se 55; se for menor que 15, adota-se 15. (b varia de 0 a 40).

c - Valor do Limite de Liquidez menos 40. Se o Limite de Liquidez for maior que 60, adota-se 60; se for menor que 40, adota-se 40 (c varia de 0 a 20).

d - Valor do Índice de Plasticidade menos 10. Se o índice de Plasticidade for maior que 30, adota-se 30; se for menor que 10, adota-se 10 (d varia de 0 a 20).

Observação: pessoal, não precisa sair decorando a fórmula anterior. Basta saber para que serve o IG e quais são os parâmetros importantes para seu cálculo. É isso que costuma cair em provas.

Diante do exposto, observamos que o Índice de Grupo de um solo é calculado em função da percentagem do solo que passa na peneira de número 200 e dos valores do limite de liquidez e do limite de plasticidade do solo. Item correto.

Gabarito: CERTO

(CESPE/MPOG/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior - Área: Civil e Aquaviário) No processo de seleção dos materiais empregados na construção civil, podem-se utilizar três critérios básicos, quais sejam: os de ordem técnica; os de ordem econômica; e os de ordem estética. Embora todos esses critérios sejam importantes, o fato de aqueles de ordem técnica estarem intimamente relacionados com a segurança e a funcionalidade da obra exige que eles mereçam considerável destaque nessa seleção. Sobre os critérios técnicos relativos aos materiais de construção, julgue os itens que se seguem.

17 - (CESPE/MPOG/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior - Área: Civil e Aquaviário- Item 95) A massa específica real dos

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agregados é definida como a massa da unidade de volume do material, considerando, inclusive, o volume de vazios.

PROPRIEDADES DOS SOLOS

Índices físicos

Os índices físicos são relações entre volume e peso das fases (sólida, líquida e gasosa) do solo. São utilizados na definição de propriedades físicas dos solos. Os índices físicos encontram-se representados de forma esquematizada na figura a seguir:

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Na Figura 48, a seguir, tem-se, de forma esquemática, as correlações dos diversos índices físicos e as fórmulas que permitem calculá-las, diretamente, a partir de valores de pesos e volumes determinados em laboratório.

Figura 4N - Correlações entre os diversos índices tísicos

De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, temos o seguinte:

g) Massa específica real dos grãos de solo

NOTA: Determina-se yg pelo método do picnô metro (ver Método DNER-ME 093/94). O valor de yg é utilizado nos cálculos da análise granulo métrica por sedimentação, na determinação de relações volumétricas das fases do solo e como indicação |da natureza mineralógica do solo ou de suas frações. Encontram-se. em geral, valores compreendidos entre 2,60 g/cnr e 2.80 g/cm* A areia quaitzosa apresenta yg de 2,67 g/cm"" e os cascalhos ferruginosos valores superiores a 3.0 g/cmJ.

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Desse modo, constata-se que a massa específica real dos grãos do solo não considera o volume de vazios do solo, mas somente o volume dos grãos. Item errado.

DICA

Pessoal, esse assunto é bastante cobrado em prova. Aqui, não há muito o que possamos fazer. Devemos tentar memorizar alguns desses índices, sendo os principais: a massa específica real dos grãos, massas específicas aparente e úmida, a porosidade e o índice de vazios.

(CESPE/PETROBRAS/NM/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I - Edificações) Julgue os itens a seguir, relacionados a propriedades e características de agregados utilizados na confecção de concretos.

18 - (CESPE/PETROBRAS/NM/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I - Edificações - Item 61) A massa específica aparente de um agregado é a massa total da unidade de volume do agregado no estado em que esse volume se encontra no instante da medição.

É exatamente isso, pessoal. A massa específica aparente de um agregado é a massa total da unidade de volume do agregado no estado em que esse volume se encontra no instante da medição (massa total / volume total). Item correto.

Gabarito: CERTO

19 - (CESPE/MPOG/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior - Área: Civil e Aquaviário- Item 107) O índice de vazios de um solo exerce influência na sua classificação quanto à permeabilidade.

A permeabilidade dos solos está relacionada com o índice de vazios. Quanto maior o índice de vazios, mais permeável o material.

É meio lógica essa dedução, não é pessoal? Basta pensarmos, por exemplo, que a diminuição do índice de vazios está relacionada com o aumento da densidade, o que diminui a permeabilidade do solo. Item correto.

Gabarito: CERTO

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20 - (CESPE/TRE/BA/2009 - Cargo 7: Analista Judiciário - Área: Apoio Especializado - Especialidade: Engenharia Civil - Item 94) A porosidade de um solo é a razão entre o volume de vazios e o volume total de uma amostra de solo.

É exatamente isso, pessoal. A porosidade é a razão entre o volume de vazios e o volume TOTAL de uma amostra de solo, dada pela seguinte expressão:

Lembrando que é comum a banca tentar confundir os candidatos misturando os conceitos de porosidade e índice de vazios, que é razão entre o volume de vazios e o volume de GRÃOS SÓLIDOS de uma amostra de solo:

Gabarito: CERTO

21 - (CESPE/DPF/NACIONAL/2004 - Cargo 8: Perito Criminal Federal / Área 7 - Item 59) A compacidade dos agregados é a relação entre o volume total de vazios e o volume total aparente dos grãos.

Pessoal, em Mecânica dos Solos, a compacidade relativa é um índice utilizado para determinar o grau de compactação de um material granular, não coesivo, como as areias. Quando o solo apresenta compacidade relativa CR = 100%, significa que ele está em sua máxima compactação e consequentemente com índice de vazios mínimos, por outro lado se CR = 0% a compactação é mínima e o índice de vazios é máximo, ou seja, a amostra está o mais fofa possível.

O índice de compacidade é muito útil quando, por exemplo, uma areia é utilizada na construção de um filtro ou um dreno, pois somente depois de determinar a CR é que se torna possível conhecer o coeficiente de permeabilidade, por meio do qual se podem determinar as vazões e, finalmente, dimensionar a sua obra.

Resumindo, a compacidade é um índice aplicado a solos (não-coesivos), utilizado para determinar o grau de compactação de materiais granulares. Por

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conta disso, tal parâmetro não pode se aplicar a agregados, como afirmado no item. Item errado.

Gabarito: ERRADO

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Bom pessoal, esta foi a aula 1 do nosso Pacote de Exercícios das Matérias Específicas de Auditoria de Obras para o TCU - módulo de Auditoria de Obras Rodoviárias.

Até nosso próximo encontro.

Qualquer dúvida, basta usar nosso fórum, disponível no site do curso.

Um grande abraço e bons estudos!

Marcel Guimarães

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 1

(CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS)

(CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS) Considerando a figura acima, que apresenta o resultado de sondagem para investigação de um terreno, julgue os itens a seguir.

1 - (CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS -Item110) A figura mostra os resultados típicos de uma sondagem rotativa.

2 - (CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - Item 111) As características descritas para a camada de silte argiloso não são coerentes com outros resultados apresentados na figura.

3 - (CESPE/TCU/AUFC/2009 Cargo 1: AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS - Item 112) Os resultados apresentados na figura sugerem que pavimentos rígidos, de concreto armado, podem ser construídos diretamente sobre a superfície do terreno.

(CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência - Area de Engenharia Civil)

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A tabela acima apresenta os resultados de uma campanha de sondagens à percussão do tipo SPT (standard penetration test), realizada com o objetivo de se obter parâmetros geotécnicos para o dimensionamento de fundações, e executada segundo norma técnica pertinente. Na tabela, em que N é o índice de resistência à penetração do amostrador padrão do método (NSPT-1 a NSPT-4), encontram-se os resultados do teste para cada um dos 4 furos e para as 8 profundidades amostradas.

Considerando essa situação hipotética, julgue os seguintes itens.

4 - (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência - Área de Engenharia Civil - Item 98) À profundidade -7 m, o solo do furo 4 apresenta menor resistência à penetração que o solo do furo 2.

5 - (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência - Área de Engenharia Civil - Item 99) No ensaio referente à profundidade -5 m no furo 3, tanto pode ter ocorrido a penetração de 15 cm a cada 6 golpes, quanto a sequência de 5, 8 e 4 ou de 3, 4 e 8 golpes a cada 15 cm.

6 - (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Técnico de Inteligência - Área de Engenharia Civil - Item 100) Para o amostrador padrão no furo 2 penetrar da profundidade -6 m até a profundidade -7 m, foram necessários 59 golpes sucessivos.

7 - (CESPE/IPOJUCA/2009 - Cargo 25: Engenheiro Civil - Prova C - Item 54) Os relatórios dos serviços de sondagem devem incluir, entre outras, a planta de situação dos furos de sondagem; a planta de locação das fundações profundas; o perfil de cada sondagem com as cotas de onde foram retiradas as amostras; e os níveis do terreno e dos lençóis de água encontrados na área investigada.

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8 - (ESAF/CGU/2008 - AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas -Questão 31) Em pavimentação, os estudos de solos devem abranger três etapas: levantamento dos materiais do subleito, levantamento das jazidas para utilização nas camadas do pavimento e sondagens para fundações de obras de arte. Baseado no relatório de sondagem da figura, qual a profundidade do nível d'água e da camada NSPT superior a 20 golpes, respectivamente?

a) 4m e 8m b) 5,5m e 7m c) 5,5m e 8m d) 5m e 8m e) 5,5m e 9,5m

(CESPE/SECONT/ES/2009 - Cargo 5: Auditor do Estado - Especialidade: Engenharia Civil) Entre os diversos ensaios de campo de reconhecimento do solo, o Standart Penetration Test (SPT) é o mais executado no Brasil e na

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maioria dos países do mundo. A figura abaixo mostra o resultado de um ensaio SPT hipotético.

Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

9 - (CESPE/SECONT/ES/2009 - Cargo 5: Auditor do Estado - Especialidade: Engenharia Civil - Item 80) Os resultados mostram que o solo, na profundidade de 5 m e de 8 m, pode ser considerado como compressível e pouco resistente.

10 - (CESPE/AGE/ES/2004 - Cargo 3: Auditor do Estado - Área: Engenharia Civil - Item 100) O solo residual é formado in situ, pela decomposição da rocha-matriz, submetida a intemperismos físicos ou químicos.

11 - (CESPE/MP0G/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior -Área: Civil e Aquaviário - Item 103) Na classificação de solos quanto ao processo de formação, são exemplos de solos residuais os coluviões, depositados no pé de serras.

(CESPE/AGE/ES/2004 - Cargo 3: Auditor do Estado - Área: Engenharia Civil) Considerando que a origem e a formação das camadas de solo influenciam de forma marcante as propriedades e o comportamento desses materiais, julgue os itens que se seguem.

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12 - (CESPE/AGE/ES/2004 - Cargo 3: Auditor do Estado - Área: Engenharia Civil - Item 99) O tálus é um tipo de solo sedimentar em que o agente de transporte dos grãos é a água.

(CESPE/DPF/NACIONAL/2004 - Cargo 8: Perito Criminal Federal / Área 7) O conhecimento das propriedades e dos comportamentos dos solos é de fundamental importância para a estabilidade e o desempenho de diversas obras civis. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.

13 - (CESPE/DPF/NACIONAL/2004 - Cargo 8: Perito Criminal Federal / Área 7 -Item 77) Entende-se por solo saprolítico aquele que mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência da rocha.

14 - (CESPE/INPI/2006 - Cargo 1: Pesquisador - Agronomia ou Eng. Florestal ou Eng. Agrícola - Questão 39 - Alternativa C) Em campo, a textura de um solo pode ser avaliada pelo tato, por meio da sensação obtida ao se esfregar determinada quantidade de terra úmida entre os dedos. Em laboratório, pode ser determinada pela proporção das frações granulométricas de areia (2,0 mm a 0,05 mm), argila (0,05 mm a 0,002 mm) e silte (menor que 0,002 mm), na massa do solo.

15 - (CESPE/PETROBRAS/NM/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I - Edificações - Item 65) Os fillers são agregados graúdos, com diâmetros dos grãos superiores a 1,2 mm, utilizados na confecção de concretos.

16 - (CESPE/HEMOBRAS/2008 - Emprego 8: Analista de Gestão Corporativa -Engenheiro Civil - Item 99) O indice de grupo de um solo é calculado em função da percentagem do solo que passa na peneira de número 200 e dos valores do limite de liquidez e do limite de plasticidade do solo.

(CESPE/MPOG/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior - Área: Civil e Aquaviário) No processo de seleção dos materiais empregados na construção civil, podem-se utilizar três critérios básicos, quais sejam: os de ordem técnica; os de ordem econômica; e os de ordem estética. Embora todos esses critérios sejam importantes, o fato de aqueles de ordem técnica estarem intimamente relacionados com a segurança e a funcionalidade da obra exige que eles mereçam considerável destaque nessa seleção. Sobre os critérios técnicos relativos aos materiais de construção, julgue os itens que se seguem.

17 - (CESPE/MPOG/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior -Área: Civil e Aquaviário- Item 95) A massa específica real dos agregados é

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definida como a massa da unidade de volume do material, considerando, inclusive, o volume de vazios.

(CESPE/PETROBRAS/NM/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I - Edificações) Julgue os itens a seguir, relacionados a propriedades e características de agregados utilizados na confecção de concretos.

18 - (CESPE/PETROBRAS/NM/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I - Edificações - Item 61) A massa específica aparente de um agregado é a massa total da unidade de volume do agregado no estado em que esse volume se encontra no instante da medição.

19 - (CESPE/MP0G/2008 - Cargo 11: Especialista em Infra-Estrutura Sênior -Área: Civil e Aquaviário- Item 107) O índice de vazios de um solo exerce influência na sua classificação quanto à permeabilidade.

20 - (CESPE/TRE/BA/2009 - Cargo 7: Analista Judiciário - Área: Apoio Especializado - Especialidade: Engenharia Civil - Item 94) A porosidade de um solo é a razão entre o volume de vazios e o volume total de uma amostra de solo.

21 - (CESPE/DPF/NACI0NAL/2004 - Cargo 8: Perito Criminal Federal / Área 7 -Item 59) A compacidade dos agregados é a relação entre o volume total de vazios e o volume total aparente dos grãos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER. Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica. Glossário de termos técnicos rodoviários. Rio de Janeiro: 1997. Disponível em <http://ipr.dnit.gov.br/manuais/dner 700 gttr.pdf>. Acesso em: 27 Jul 2011.

. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Norma DNER-PRO 102/97 - Sondagem de reconhecimento pelo método rotativo. Disponível em <http://www1.dnit.gov.br/arquivos internet/ipr/ipr new/normas/DNER-PRO102-97.pdf>. Acesso em: 27 Jul 2011.

. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de implantação básica de rodovia - 3. ed. Rio de Janeiro: 2010. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/manuais/manual de implantacao basica.pdf>. Acesso em: 27 Jul 2011.

FORTES, Rita Moura. NOÇÕES DE SOLOS. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Disponível em <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/rosane/downloads/material%20de%20 apoio/1 NOCOES DE SOLOS.pdf>. Acesso em: 27 Jul 2011.

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NASCIMENTO, Ricardo Resende. Restauração de Pavimento Aeroportuário - Estudo de caso Aeroporto internacional de São Paulo / Guarulhos. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) -Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo: 2009. Disponível em: <http://cursos.anhembi.br/tcc-09/civil-41.pdf>. Acesso em: 27 Jul 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA. Apostila de Mecânica dos Solos. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd = 1&ved=0CBUQFjAA&ur l=http%3A%2F%2Ffen-ueri.net%2FCivil%2FMecSolos%2520I%26II%2FMecsolosI%2FResumop18a53 .doc&ei=3to7TODwBIi1uAffqrmcBA&usg=AFQjCNGuXBTsu7bP8RD-Qcp7GD4L61S7xQ>. Acesso em: 26 Jan 2011.

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URURAHY, Luiz Fernando. Curso On-line - Auditoria de Obras Rodoviárias P/ TCU. Aula 4. Ponto dos concursos: 2009.

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