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Direito Constitucional - TJPI Aula 2- TG dos Direitos Fundamentais e direitos e Deveres Individuais
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte
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Aula 00 – Aula Demonstrativa
Fala pessoal, tudo certo com vocês? Hoje vamos começar a adentrar nos assuntos que considero mais importantes em qualquer concurso:
os direitos fundamentais, gênero que engloba 5 espécies: os direitos individuais, os sociais, os da nacionalidade, os políticos e os dos
partidos políticos.
Antes de dissecarmos e analisarmos todas as células de cada uma
dessas espécies nesse nosso “laboratório”, veremos agora uma teoria
geral desse gênero “direitos fundamentais”.
Preparados? Então vamos ao trabalho!
Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais:
Mas qual a diferença entre direitos e garantias?
Diz-se que direito é uma faculdade de agir, exercer, fazer ou
deixar de fazer algo, ou até mesmo possuir, trata-se de uma liberdade positiva.
As garantias não se referem às ações ou “posses”, mas sim às proteções que as pessoas possuem frente ao Estado ou
mesmo frente às demais pessoas, de modo que possam proteger seus direitos, ou até mesmo os meios para reivindicar tais
direitos. Por isso, diz-se que as garantias são proteções para que se possa exercer um direito1.
José Afonso da Silva faz o delineamento da diferença com uma frase
exaustivamente usada pelas bancas de concurso: "Em suma (...) os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as
garantias são os meios destinados a fazer valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e o gozo
daqueles bens e vantagens"2.
1. (FCC/ Analista Judiciário- TRE-RR/ 2015) São consideradas garantias fundamentais, dentre outras,
(A) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa humana.
(B) a vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade.
(C) os direitos à vida, à saúde e à segurança.
1 CRUZ, Vítor. Vou Ter que Estudar Direito Constitucional! E Agora? São Paulo: Método. 2011. Pg. 30.
2 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros. pg. 412.
Aula 2
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(D) a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança.
(E) a ação popular, o direito à crítica e a vedação de retrocesso.
Comentários:
Tá aí uma bela questão sobre a diferença entre direito e garantia... veja que somente na opção D há exemplos de garantias, meio de
acesso a um direito fim, ou seja, a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança são meios para se
alcançar direitos.
Gabarito: Letra D.
2. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerando
que os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto
constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla
defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma exclusiva.
Comentários:
A consideração inicial da questão está correta: direitos são bens e
vantagens prescritos no texto constitucional e as garantias são os instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, é isso que
importa neste momento. A questão erra ao dizer que a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de
natureza criminal de forma exclusiva. Veremos que o contraditório e a ampla defesa (CF, art. 5º, LV) são garantias asseguradas em
qualquer processo judicial ou administrativo.
Gabarito: Errado.
3. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nasgarantias fundamentais, o caráter instrumental de proteção a
direitos, tais garantias também são direitos, pois se revelam na faculdade dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção de
outros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuais adequados a essa finalidade.
Comentários:
É isso aí... Essa é uma questão doutrinária. Nos mostra o papel das
garantias constitucionais: “exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos (... e) reconhecimento dos meios processuais
adequados a essa finalidade”.
Gabarito: Correto.
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Qual o campo de abrangência da expressão "Direitos e Garantias Fundamentais?
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e garantias fundamentais:
1ª - direitos e deveres individuais e coletivos (CF, art. 5º);
2ª - direitos sociais (CF, art. 6º ao 11);
3ª - direitos de nacionalidade (CF, art. 12 e 13);
4ª - direitos políticos (CF, art. 14 a 16); e
5ª - direitos relativos à existência e funcionamento dos partidospolíticos (CF, art. 17).
Importante ainda é salientar que esses direitos e garantias não se
constituem em uma relação fechada, exaustiva, mas sim em um
rol exemplificativo, aberto para novas conquistas e reconhecimentos futuros. Vejamos:
Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
A doutrina faz a seguinte classificação:
Direitos Formalmente Fundamentais São todos Direitos
Fundamentais que se encontram arrolados do art. 5º ao art. 17 da Constituição. A Constituição expressamente estabeleceu tais
direitos sob o título de “Direitos Fundamentais”.
Direitos Materialmente Fundamentais São os Direitos que,
independentemente de onde estão elencados, possuem conteúdo de direito fundamental, protegendo os particulares contra o arbítrio
do Estado. Exemplo: as limitações ao poder de tributar do art. 150 da Constituição.
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Pessoal, guarde essa dica pois isso é bem fácil... Sempre que estiver na dúvida entre “formal x material”,
lembre-se que “formal” é tudo aquilo que tem “aparência”, “jeito”, “forma” de alguma coisa! “Material” seria tudo aqui que tem
“matéria”, “teor”, “conteúdo” inerente a alguma coisa...
4. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TRT-17/ 2013) As
normas definidoras dos direitos individuais são especificamente determinadas em números fechados e não admitem interpretação
extensiva ou ampliativa. Comentários:
Errado, o rol de direitos e garantias é aberto, e admitem
interpretação extensiva ampliativa. Lembrando ainda que o art. 5º §
2º, os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem
os outros que decorrerem do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Gabarito: Errado.
5. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federalcompreende os direitos fundamentais como sendo os direitos
individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.
Comentários:
Não só os direitos sociais e os políticos, mas também os direitos da nacionalidade e o do funcionamento e existência dos partidos políticos
podem ser elencados como direitos fundamentais segundo a CF/88.
Gabarito: Errado.
6. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressos
na Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é taxativa.
Comentários:
Não, trata-se de um rol aberto, não taxativo, já que segundo o art.
5º §2º, eles não excluem outros direitos e garantias decorrentes dos
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regimes e princípios adotados pela constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte.
Gabarito: Errado.
A doutrina costuma salientar que:
embora "direitos humanos" e "direitos fundamentais" sejam termos comumente utilizados como sinônimos, a distinção ocorre pelo fato de
que o termo "direitos humanos" é de aspecto universal, supranacional, enquanto "direitos fundamentais" são aqueles direitos
do ser humano que foram efetivamente reconhecidos e positivados na Constituição de um determinado Estado.
A doutrina também costuma elencar como características destes direitos:
historicidade e mutabilidade - São históricos porque queforam conquistados ao longo dos tempos. Esse caráter histórico
também remete a uma idéia cíclica de nascimento, modificaçãoe desaparecimento, o que nos impede de considerar tais
direitos como imutáveis.
inalienabilidade - pois são intransferíveis e inegociáveis;
imprescritibilidade - podem ser invocados
independentemente de lapso temporal, eles não prescrevemcom o tempo;
irrenunciabilidade - podem até não estar sendo exercidos,mas não poderão ser renunciados;
universalidade - são aplicáveis a todos, sem distinção.
relatividade ou limitabilidade - Os direitos fundamentais não
são absolutos, são relativos, pois existem limites ao seuexercício. Este limite pode ser de ordem constitucional
(decretação de Estado de Sítio ou de Defesa) ou encontrar-seno dever de respeitar o direito da outra pessoa.
indivisibilidade, concorrência e complementaridade - Osdireitos fundamentais formam um conjunto que deve ser
garantido como um todo, e não de forma parcial. Um direitonão excluiu o outro, eles são complementares, se somam,
concorrendo para dotar o indivíduo da ampla proteção;
Interdependência - Pode ser empregada em dois sentidos:
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1º - Em um primeiro momento levaria à noção de indivisibilidade, já que a garantia de um direito fundamental
dependeria da garantia conjunta de outro direito fundamental (exemplo: não se pode querer garantir os direitos sociais, sem
garantir os direitos econômicos);
2º - Em uma segunda acepção também é lembrada como a
relação que deve existir entre as normas (sejam elas constitucionais ou infraconstitucionais) e os direitos
fundamentais, de forma que as primeiras (normas constitucionais e infraconstitucionais) devem traçar os
caminhos para que efetivamente se concretizem tais direitos.
7. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais
são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no seu exercício.
Comentários:
Eles são relativos e não absolutos.
Gabarito: Errado.
8. (ESAF/ATRFB/2012) Os direitos fundamentais se revestem
de caráter absoluto, não se admitindo, portanto, qualquer restrição.
Comentários:
Nenhum direito fundamental é absoluto, devendo o seu exercício ser harmonizado com diversos aspectos condicionadores, como, por
exemplo, em face dos direitos fundamentais de outras pessoas.
Gabarito: Errado.
9. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitos
fundamentais não têm caráter absoluto e, por isso, não podem ser
utilizados para justificar atividades ilícitas ou afastar as penalidades delas decorrentes.
Comentários:
Os direitos fundamentais não são absolutos, são relativos, pois
existem limites ao seu exercício. Esse limite pode ser de ordem constitucional (decretação de Estado de Sítio ou de Defesa) ou
quando em colisão com os direitos de outro particular. Além disso, é pacífico no Supremo que nenhum direito fundamental pode ser
utilizado para acobertar atividades ilícitas, motivo pelo qual o STF considerou lícita a instalação de escutas ambientais em período
noturno em escritório de advocacia que estava servindo de reduto para práticas criminosas.
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Gabarito: Correto.
10. (ESAF/ATRFB/2012) O estatuto constitucional das liberdadespúblicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas,
permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social
e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da
ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros.
Comentários:
Correto. O item reafirma a relatividade dos direitos fundamentais, ao
passo que expõe que nenhum direito fundamental é absoluto,
devendo o seu exercício ser harmonizado com diversos aspectos condicionadores, como, por exemplo, em face dos direitos
fundamentais de outras pessoas.
É importante salientar que estes
direitos não se restringem a particulares, podendo, alguns, ser garantidos também a pessoas jurídicas, até mesmo de direito
público, como, por exemplo, o direito de propriedade.
É importante que citemos ainda que
a pessoa jurídica faz jus inclusive ao direito à honra, ou seja, à sua reputação, bom nome... Na jurisprudência do STJ -
Súmula nº 227: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.
11. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas
jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.
Comentários:
Como vimos, diversos direitos são extensíveis às pessoas jurídicas:
pessoa jurídica faz jus a sigilo bancário, sigilo fiscal, direito de propriedade... até mesmo o direito à honra.
Gabarito: Errado.
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Historicamente, estes direitos se constituem em uma conquista de uma proteção do cidadão em face
do poder autoritário do Estado (daí serem classificado como elementos limitativos da Constituição). Porém, atualmente, já se
vislumbra o uso de tais direitos nas relações entre os próprios
particulares, no que chamamos de eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Desta forma, temos:
Eficácia vertical Proteção do particular em face do Estado.
Eficácia horizontal Proteção do particular em face de outro
particular.
12. (CESPE/ Superior- TCE-ES/ 2013) A jurisprudência doSupremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que os direitos e
garantias fundamentais se aplicam apenas às relações entre o particular e o Poder Público, e são inaplicáveis às relações privadas.
Comentários:
Errado, o STF já reconhece a eficácia de tais direitos nas relações
entre os próprios particulares, no que chamamos de eficácia
horizontal dos direitos fundamentais.
Gabarito: Errado.
13. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) A eficácia
horizontal dos direitos fundamentais pressupõe plena incidência desses direitos nas relações entre particulares.
Comentários:
Correto, tal ideia rompe com o paradigma de que os direitos
fundamentais somente tem eficácia nas relações entre particular e Estado, considerando que o STF vem reiteradamente reconhecendo
sua eficácia perante particulares (eficácia horizontal, privada ou
externa), como por exemplo, as célebres decisões nos casos da Air France, reconhecendo a discriminação de empregado brasileiro em
relação ao francês na empresa, que mesmo realizando atividades idênticas tinham os salários diferentes, determinando assim a
observância do princípio da isonomia (RE 161.243-6) e no RE 201.819 — exclusão de membro de sociedade sem a possibilidade de
sua defesa — violação do devido processo legal, contraditório e ampla defesa.
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É comum que a doutrina classifique os direitos fundamentais em dimensões, principalmente em 1ª, 2ª e 3ª
dimensões (antes o termo usado era gerações, mas atualmente o uso deste termo é repudiado pelo fato de induzir ao pensamento de que
uma geração acabaria por substituir a outra - o que é incorreto - e,
ainda, que os direitos foram conquistados exatamente na ordem exposta, o que não é exatamente verdade em muitos países).
É importante que revisemos aqui um pouco da "evolução do Estado"
para entendermos melhor a questão dos direitos fundamentais:
"Junto com o constitucionalismo temos a evolução do conceito de
Estado. Com a Revolução Francesa e pela Independência dos Estados Unidos temos o início do Estado Liberal, já que se asseguraram as
liberdades individuais, que vieram a ser chamadas de "direitos de primeira geração". Segundo os conceitos do liberalismo, o homem é
naturalmente livre, então, buscou-se limitar o poder de atuação dos Estados para dotar de maior força a autonomia privada e deixar o
Estado apenas como força de harmonização e consecução dos direitos.
Na Constituição mexicana de 1917 e na de Weimar (Alemanha) em
1919, que nascem logo após a 1ª Guerra Mundial, temos um estilo de Constituição que prega não mais os direitos individuais em sentido
estrito, mas uma visão mais ampla, do indivíduo em sociedade. Não podemos associá-la, do ponto de vista histórico, ao conceito de
“constituição liberal” expresso pela Revolução Francesa. Ela vai além do “Estado liberal”. A Constituição Mexicana de 1917 passa a trazer
em seu texto mais do que simples liberdades (direitos de 1ª geração - liberdades individuais - direitos políticos e civis). Ela traz os direitos
econômicos, culturais e sociais (direitos de segunda geração - relacionados à igualdade), surgindo então o conceito de “Estado
Social”. Desta forma, possui como característica a mudança da concepçào de constituição sintética para uma constituição analítica,
mais extensa, capaz de melhor conter os abusos da discricionariedade. Aumenta assim a intervenção do Estado na ordem
econômica e social, dizendo-se que a democracia liberal-econômica
passa a ser substituída pela democracia social.
Esse estado social é superado com o fim da 2ª Guerra Mundial, temos
então o surgimento do Estado Democrático de Direito marcado pelas iniciativas relacionadas à solidariedade e aos direitos coletivos".
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Grosso modo, podemos fazer uma correlação de que forma esses direitos foram surgindo e a fase pela qual o mundo passava.
Fase Marco Mundial
Dimensão dos
direitos
Direitos Marco no Brasil
Estado
Liberal
Revolução
Francesa e Independê
ncia dos
EUA
1ª Liberdade:
Direitos civis e políticos
Incipiente
na CF/1824 e
fortalecido
na CF/1891
Estado
Social
Pós 1ª
Guerra Mundial -
Constituição Mexicana
(1917) e Weimar
(1919).
2ª Igualdade:
Direitos Sociais, Econômicos e
Culturais.
CF/1934
Estado Democrático
Pós 2ª Guerra
Mundial.
3ª Solidariedade (fraternidade):
Direitos coletivos e difusos.
CF/1988
Pulo do Gato:
As dimensões estão na ordem do lema da RevoluçãoFrancesa: liberdade, igualdade, e fraternidade.
Os direitos Políticos são os de Primeira dimensão.
Os direitos Sociais, Econômicos e Culturais (SEC - Lembre-
se de "second") são os de segunda dimensão.
Os direitos de “Todos” (difusos e coletivos) – seriam os de
Terceira dimensão.
A primeira dimensão dos direitos são as chamadas liberdades negativas, clássicas ou formais, pois foram as primeiras conquistas de
libertação do povo em face do Estado. Eram protetoras. Eram formais
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pois via o homem como um ser genérico, abstrato, todos iguais, mas sem enxergar as verdadeiras diferenças materiais (econômica,
cultural...) entre as pessoas.
A segunda dimensão reflete a busca da igualdade material, é
também o que se chama das liberdades positivas, pois pressupõem não só uma proteção individual em face do Estado, mas uma efetiva
ação estatal para que se concretizassem a igualdade econômica, social e cultural.
A terceira dimensão enxerga o homem em sociedade. Desta forma, se preocupa com os direitos coletivos (pertencentes a um grupo
determinado de pessoas) e os direitos difusos (pertencentes a uma coletividade indeterminada). São exemplos destes direitos o direito à
paz, ao meio ambiente equilibrado, ao progresso e desenvolvimento,
o direito de propriedade ao patrimônio comum da humanidade, odireito de comunicação, entre outros.
Nesta 3ª dimensão podemos incluir ainda o que se chama de "direitos republicanos". Estes seriam os direitos do cidadão pensando no
patrimônio público comum (res publica - coisa pública). Assim, o cidadão age ativamente para defender as instituições da sociedade
reprimindo danos ao meio ambiente, ao patrimônio histórico-cultural, praticas de corrupção, nepotismo, e imoralidades administrativas. O
principal instrumento deste exercício é a ação popular que veremos à frente.
Questões sobre dimensões/gerações dos direitos:
14. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentaisclassificados como de segunda geração
a) os direitos econômicos e culturais.
b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.
c) as liberdades públicas.
d) os direitos e garantias individuais clássicos.
e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.
Comentários:
Olha o macete: Segunda dimensão é o "SECond" - sociais,
econômicos e culturais.
Gabarito: Letra A.
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15. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade,Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser
relacionados, respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira gerações.
Comentários:
É isso aí...
Gabarito: Correto.
16. (FCC/Procurador-PGE-SP/200 - Adaptada) O direito à pazinclui-se entre os direitos humanos de segunda geração.
Comentários:
Não não... direito à paz não é de segunda geração não, é um direito
da sociedade, um direito difuso, seria de terceira dimensão.
Gabarito: Errado.
17. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitoshumanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao
absolutismo, como liberdades negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos
indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade positiva e com a igualdade.
Comentários:
Exatamente.
Gabarito: Correto.
18. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) Os direitos republicanostêm surgido na doutrina como uma nova categoria onde o cidadão
passa a pensar no interesse público explicitamente para fazer frente à
ofensa à coisa pública, como o nepotismo, a corrupção, bem como às políticas de Estado que, a pretexto de se caracterizarem como
públicas, na verdade podem atender a interesses particulares indefensáveis.
Comentários:
Isso aí, tratam-se de direitos de terceira dimensão. O homem
pensando em sociedade e agindo contra as políticas chamadas de "patrimonialistas".
Gabarito: Correto.
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19. (CESPE/AJAA-TJAL/2012) São direitos de quarta geração odireito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo.
Comentários:
O CESPE, nesta questão, segue a doutrina do professor Paulo
Bonavides que apresenta a 4ª dimensão dos direitos como sendo aqueles que se vinculam à idéia de democracia, especialmente a
democracia direta, incluindo o direito à informação e o direito ao pluralismo. Esta dimensão foi alcançada através da universalização
dos direitos promovida pela globalização.
Gabarito: Correto.
20. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitos
fundamentais de primeira geração são titularizados pelos indivíduos
em oposição ao Estado, sendo eles, entre outros, o direito à vida, à liberdade e à propriedade.
Comentários:
Correto. Os direitos de primeira dimensão ou geração compreendem
as liberdades clássicas, negativas ou formais, são aqueles direitos individuais civis e políticos que se consubstanciam em uma abstenção
do Estado em interferir na esfera privada.
Gabarito: Correto.
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS EM GERAL:
O art. 5º da Constituição nos traz 4 parágrafos com disposições
aplicáveis aos direitos fundamentais. Sabemos, pelo §2º deste art. 5º, que os direitos e garantias expressos na Constituição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Agora vamos estudar os outros 3
parágrafos:
Sobre as normas dos direitos e garantias fundamentais:
Art. 5º § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.
Este dispositivo mostra a preocupação com a efetividade dos direitos e garantias fundamentais. O que ele quer dizer na verdade, Vítor?
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Quer dizer que "em regra" devemos aplicar imediatamente todos dos direitos e garantias, não ficando parados, sentados, dormindo,
esperando que venha uma lei para regulamentá-los.
Pode haver regulamentação legal? Sim, mas esta não é essencial
para a sua efetividade quando for possível aplicar desde logo o direito.
Isso não quer dizer que as normas ali sejam todas de eficácia plena. Na verdade, trata-se apenas um apelo para que se busque
efetivamente aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.
21. (FCC/Técnico-TRE-PI/2009) As normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais não têm aplicação imediata,
submetendo- se à regulamentação legislativa.
Comentários:
Isso contraria o disposto no art. 5º, §1º da Constituição.
Gabarito: Errado.
22. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Comentários:
É a literalidade da Constituição Federal em seu art. 5º §1º. Ressalta-
se, porém, que esta disposição é somente um apelo para que o Poder Público busque efetivamente concretizar tais normas. Não podemos
dizer que pela simples previsão de que elas tenham aplicação imediata, algumas normas venham a ser efetivamente passíveis de
aplicação, nem que tais normas constituam, em sua totalidade, normas de eficácia plena.
Gabarito: Correto.
23. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normas constitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentais
têm eficácia contida e dependem de regulamentação.
Comentários:
Segundo a Constituição (CF, art. 5º, §1º) elas têm aplicação imediata refletindo-se num apelo para que se busque efetivamente
aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.
Gabarito: Errado.
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Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela EC 45/04)
A EC 45/04 abriu a possibilidade de ampliar a relação dos direitos
fundamentais de status constitucional através da aprovação de tratados internacionais pelo mesmo rito de emendas constitucionais.
Vamos entender melhor isso:
A regra é que os tratados internacionais são equivalentes às
leis ordinárias.
A exceção é essa acima - eles vão estar equiparados àsEmendas Constitucionais caso cumpram estes requisitos
acima, ou seja, versem sobre direitos humanos e o decretolegislativo relativo a ele seja aprovado pelo mesmo rito
exigido para as emendas à Constituição.
Ainda que não aprovados pelo rito das Emendas, se versarem
sobre direitos humanos, o STF entende que possuem“supralegalidade” podendo revogar leis anteriores e devendo
ser observados pelas leis futuras. É assim, por exemplo, quevigora em nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa
Rica" - status acima das leis e abaixo da Constituição.
Lembrando que (CF, art. 49, I e 84, VII) cabe ao Congresso
Nacional – por meio de Decreto Legislativo – resolverdefinitivamente sobre tratados internacionais (seja sobre
direitos humanos ou não), referendando-os e, após isso, estes
passarão a integrar o ordenamento jurídico nacional entrandoem vigor após a edição de um decreto presidencial.
Esquematizando, um tratado pode adquirir 3 status
hierárquicos:
1- Regra: Status de lei ordinária. Caso seja um tratado que não
verse sobre direitos humanos.
2- Exceção 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobre
direitos humanos não votado pelo rito de emendas constitucionais, mas pelo rito ordinário;
3- Exceção 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobre direitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais (3/5
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dos votos, em 2 turnos de votação em cada Casa). Essa possibilidade só passou a existir com a EC 45/04.
Mais observações:
Com base neste parágrafo, vigora com força de EmendaConstitucional o Decreto Legislativo nº 186/08 que ratificou o
texto da convenção sobre os direitos das pessoas comdeficiência e de seu protocolo facultativo, assinados em Nova
Iorque, em 30 de março de 2007.
Não precisa necessariamente ser direito individual, perceba que
a norma fala direitos humanos.
Segundo o STF, como os tratados internacionais são
equiparados às leis ordinárias, não podem versar matéria
sob reserva constitucional de lei complementar, pois emtal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento
legislativo de determinado tema ao exclusivo domínio nor-mativo da Lei Complementar.
24. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Os
tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Comentários:
Para que alcancem esse status precisam de 3/5 dos votos e não 2/5.
Gabarito: Errado.
25. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Sobre a relação entre
direitos expressos na Constituição de 1988 e tratados internacionais, especialmente à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é
incorreto afirmar que:
a) as normas de direitos humanos contidas em convenções
internacionais pactuadas no âmbito da Organização das Nações
Unidas, mesmo que a República Federativa do Brasil delas não seja
parte, se incorporam ao direito pátrio de forma equivalente às
emendas constitucionais.
b) os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem
outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
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c) da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição nãoresulta que os direitos e garantias decorrentes dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ostentem o nível hierárquico de norma constitucional.
d) da disposição contida no § 3o do art. 5o da Constituição,decorrente da Emenda Constitucional n. 45 de 2004, resulta que as
normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil seja parte, quando aprovadas
pelo Congresso Nacional na forma ali disposta, sejam formalmente equivalentes àquelas decorrentes de emendas constitucionais.
e) especialmente da disposição contida no § 2o do art. 5o daConstituição resulta que as normas de direitos humanos contidas em
convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil
seja parte, mesmo quando não aprovadas pelo Congresso Nacional na forma disposta no § 3o do mesmo dispositivo, tenham status de
normas jurídicas supralegais.
Comentários:
a) Errado, se o Brasil não fizer parte da convenção, não seincorporarão ao nosso direito.
b) Correto. É o que diz o § 2º do Art. 5º da CF-88, vejamos: “Osdireitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte”.
c) Correto. Veja que a questão fala que não serão de nível hierárquico
de norma constitucional. Para que tais direitos sejam elevados à status constitucional é necessário o quórum de aprovação de emenda
à Constituição, aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros
d) Correto, este é o teor do art. 5º, § 3º.
e) Correto. Este é o entendimento atual do Supremo, que decidiu ostratados sobre direitos humanos, ainda que não aprovados pelo rito
das emendas constitucionais, se versarem sobre direitos humanos, o atual entendimento da corte é que tais tratados teriam status de
“supralegalidade”, podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. É assim, por exemplo, que vigora em
nosso ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa Rica" status acima das leis e abaixo da Constituição.
Gabarito: Letra A.
Tribunal Penal Internacional:
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§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal PenalInternacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
(Incluído pela EC 45/04)
Outra inovação da EC 45/04. Esse dispositivo tem sido cobrado
apenas literalmente nos concursos, independente do nível.
26. (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete àjurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.
Comentários:
Isso aí. Literalidade do art. 5º §4º da Constituição.
Gabarito: Correto
27. (CESPE/Técnico-TRT 17ª/2009) O Brasil se submeterá àjurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar
adesão.
Comentários:
Literalidade do art. 5º §4º da Constituição. Essa foi uma inovação trazida pela EC 45/04.
Gabarito: Correto.
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
Esses direitos estão presentes no art. 5º da Constituição Federal.
A Constituição dá o nome de "Direitos e Deveres", porém, não há "deveres individuais" propriamente ditos expressos no texto, os
deveres são, na verdade, o de respeitar o direito do outro.
Também não há segregação expressa daqueles que seriam direitos
individuais e os que seriam direitos coletivos.
Os direitos individuais são uma cláusula pétrea de nossa Constituição (CF, art. 60 §4º) – isso
quer dizer que não podem ser abolidos ou ter a sua eficácia reduzida por uma emenda constitucional. Eles são “de pedra”, permanentes,
uma modificação poderá fortalecê-los, mas nunca enfraquecê-los.
Sabemos que a relação não é exaustiva, pois por força do § 2º do
art. 5º, não se excluem outros direitos decorrentes dos regimes e
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princípios adotados pela Constituição ou decorrentes de tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Assim, existem diversos
outros direitos individuais e coletivos também protegidos como cláusula pétrea, espalhados ao longo do texto constitucional, como,
por exemplo, as limitações ao poder de tributar do art. 150.
Caput do art. 5º:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Doutrina:
Segundo o prof. Manuel Gonçalves Ferreira Filho, o critério usado
para classificar os direitos do art. 5º (direitos e deveres individuais e coletivos) foi o critério do objeto imediato do direito assegurado3.
Isso quer dizer que eles foram divididos em 5 “objetos imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os
diversos incisos presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma,
possuem como “objeto imediato” o alcance do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.
Podemos assim agrupar cada um dos incisos de acordo com o seu objeto imediato. Ex.:
Direitos cujo objeto imediato é a “liberdade” - Direito de locomoção (CF, art. 5º, XV e LXVIII), Liberdade de pensamento e
religião (CF, art. 5º, IV, VI, VII, VIII, IX), liberdade de reunião (CF,
art. 5º, XVI), etc.
Jurisprudência:
- Segundo o Supremo, as pesquisas com células-tronco embrionárias
não violam o direito à vida ou o princípio da dignidade da pessoa
humana4.
- No mesmo julgado, que se referia proteção do direito à vida, e a
constitucionalidade da lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), o STF
entendeu que a Constituição Federal, quando se refere à “dignidade
3 Manuel Gonçalves Ferreira Filho apud José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo (33ª Ed.), pg. 194. 4 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 508
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da pessoa humana” e à proteção dos direitos e garantias individuais
não se estaria se referindo a todo e qualquer estágio da vida
humana, mas da vida que já é própria de uma concreta
pessoa, porque nativiva, e que a inviolabilidade de que trata o art.
5º diria respeito exclusivamente a um indivíduo já personalizado5.
28. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando
assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade,
à segurança e à propriedade, adota o critério do
a) perigo subjetivo do direito assegurado.
b) objeto imediato do direito assegurado.
c) alcance relativo do direito assegurado.
d) plano mediato do direito assegurado.
e) alcance subjetivo do direito assegurado.
Comentário:
O critério foi o do objeto imediato do direito assegurado.
Eles foram divididos em 5 “objetos imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os diversos incisos
presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma, possuem como
“objeto imediato” o alcance do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.
Gabarito: Letra B.
Extensão da expressão “residentes País” do art. 5º:
Embora a literalidade do caput expresse o termo “residente”, o STF promoveu uma mutação constitucional,
ampliando o escopo desses direitos. O Supremo decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e
sob as leis brasileiras, mesmo que em trânsito. Assim o estrangeiro
em trânsito estará amparado pelos direitos individuais, e poderá inclusive fazer uso de “remédios constitucionais” como habeas corpus
e mandado de segurança. Ressalva-se que o estrangeiro não poderá
5 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 508
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fazer uso de todos os direitos, pois alguns são privativos de brasileiros como, por exemplo, o uso da ação popular.
Vale dizer que esta extensão não deve ser entendida como apenas aos direitos individuais, mas todos os direitos fundamentais, na
medida em que forem possíveis de serem aplicados.
29. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito àvida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são
garantias previstas na Constituição Federal:
a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas.
b) aos brasileiros natos, apenas.
c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no
País.
d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.
e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
Comentários:
A resposta dada foi a letra “E”, mas atenção: esses direitos são
assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis brasileiros, pessoas físicas e, em alguns casos, pessoas jurídicas. O estrangeiro
também não precisa ter residência fixa, basta estar sob as leis brasileiras.
Gabarito: Letra E.
30. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) O estrangeiro residente noBrasil, por não ser cidadão brasileiro, não possui o direito de votar e
de impetrar habeas corpus.
Comentários:
Embora realmente o estrangeiro não tenha direito a voto, pois é ato
privativo de brasileiros (natos ou naturalizados), no que tange à impetração de habeas corpus não é possível negar tal direito aos
estrangeiros, visto ser pacífico no STF que o estrangeiro, ainda que em mero trânsito em território brasileiro, faz jus aos direitos
fundamentais expressos na Magna Carta, com exceção apenas daqueles privativos de brasileiros tal como o de impetrar ação
popular e votar.
Gabarito: Errado.
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31. (ESAF/ATRFB/2012) O súdito estrangeiro, mesmo aquelesem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas
que lhe assegurem a preservação da liberdade e a observância, pelo Poder Público, da cláusula constitucional do devido processo legal.
Comentários:
Correto. Embora a literalidade do caput do art. 5º expresse o termo
“residente”, o STF decidiu que deve ser entendido como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e sob as leis
brasileiras, mesmo que em trânsito. Perfeito o item.
Gabarito: Correto.
32. (ESAF/AFC-CGU/2012) A Constituição assegura aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, em igualdade de
condições, os direitos e garantias individuais tais como: a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, mas aos estrangeiros não se estende os direitos sociais destinados aos brasileiros.
Comentários:
Segundo o STF, o estrangeiro, que estiver sob as leis brasileiras,
ainda que em mero trânsito pelo país, teria os mesmos direitos,
garantias e deveres individuais que os brasileiros possuem, salvo aqueles direitos que a Constituição reserva somente a brasileiros,
como o caso da impetração de ação popular, e esta extensão não deve ser entendida como apenas aos direitos individuais, mas todos
os direitos fundamentais, na medida em que forem possíveis de serem aplicados.
Assim, erra a questão ao dizer que os direitos sociais não podem ser aplicados aos estrangeiros.
Gabarito: Errado.
Igualdade (ou Isonomia):
Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição;
O caput também faz menção a este princípio, quando diz: todos
são iguais perante a lei.
Este princípio pode ser entendido como: “a lei não pode fazer distinção, deve tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os
desiguais na medida de suas desigualdades”. Desta forma, temos dois diferentes tipos de isonomia:
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Isonomia formal Todos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei.
Isonomia material
É a igualdade real, vai além da
igualdade formal. A busca da igualdade material acontece
quando são tratadas desigualmente as pessoas que
estejam em situações desiguais. Geralmente usada para favorecer
alguns grupos que estejam em posição de desvantagem.
Obviamente ela só será válida se for pautada em um motivo lógico
e justificável. Ex. Destinação de vagas especiais para deficientes
físicos em concursos públicos.
Discriminação Reversa - A isonomia material acaba gerando uma
discussão sobre a chamada "discriminação reversa". Este tema foi muito debatido no caso de cotas raciais em faculdades públicas. A
adoção do sistema de cotas iria, para alguns, gerar uma “discriminação reversa” na medida que uma ação estatal com
objetivo de ajudar uma parcela da população a alcançar a isonomia material acabaria por gerar um preterimento de uma outra parcela,
que seria, assim, prejudicada.
A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de
isonomia (ambas comportadas pela Constituição):
Igualdade perante a lei
Com a lei já elaborada, esta igualdade direciona o aplicador
da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia
formal).
Igualdade na lei
É o princípio que direciona o
legislador a não fazer distinções
entre as pessoas no momento de se elaborar uma lei.
Jurisprudência:
STF - Súmula nº 339 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem
função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob fundamento de isonomia.
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Não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da
Aeronáutica6.
33. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: Homens e
mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações.
Comentários:
Errado, fique atento, a Constituição não fala que são absolutamente
iguais, o que diz é que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição, de forma que a CF pode
estabelecer diferenciações, como o faz por exemplo em relação ao período de contribuição para aposentadoria.
Gabarito: Errado.
34. (CESPE/Analista-EBC/2011) O Poder Judiciário não pode,
sob a alegação do direito a isonomia, estender a determinada
categoria de servidores públicos vantagens concedidas a outras por
lei.
Comentários:
É pacífico na jurisprudência do Supremo a impossibilidade do Poder Judiciário atuar como legislador positivo, ou seja, basear-se na
isonomia para estender a categorias não contempladas benefícios que deveriam ser veiculados por lei. Assim, nos termos da Súmula
339 do STF - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob
fundamento de isonomia.
Gabarito: Correto.
35. (ESAF/ATRFB/2012) Segundo a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o foro especial para a mulher nas ações de separação judicial e de conversão da separação judicial em divórcio
ofende o princípio da isonomia entre homens e mulheres ou da
igualdade entre os cônjuges.
Comentários:
6 AI 443.315-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16.02.07 e RE 316.882-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30.09.05
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Trata-se de uma busca pela igualdade material (tratar desigualmente os desiguais para igualar condições).
Gabarito: Errado.
36. (ESAF/ATRFB/2012) A jurisprudência do Supremo TribunalFederal firmou entendimento no sentido de que afronta o princípio da
isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica.
Comentários:
A jurisprudência do Supremo está firmada no sentido oposto, já
tendo se manifestado sobre o tema em diversas oportunidades. (AI 443.315-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16.02.07 e RE
316.882-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30.09.05).
Gabarito: Errado.
37. (ESAF/ATRFB/2012) O princípio da isonomia, que se revestede autoaplicabilidade, não é suscetível de regulamentação ou de
complementação normativa. Esse princípio deve ser considerado sob duplo aspecto: (i) o da igualdade na lei; e (ii) o da igualdade perante
a lei.
Comentários:
O princípio da isonomia é autoaplicável e pode ser entendido como: “a lei não pode fazer distinção, deve tratar de forma igual os iguais e
de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades”. Desta forma, temos dois diferentes tipos de isonomia: Isonomia
formal- Todos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei. Isonomia material - É a igualdade real, vai além da igualdade
formal. A busca da igualdade material acontece quando são tratadas
desigualmente as pessoas que estejam em situações desiguais. Geralmente usada para favorecer alguns grupos que estejam em
posição de desvantagem. Obviamente ela só será válida se for pautada em um motivo lógico e justificável. Ex. Destinação de vagas
especiais para deficientes físicos em concursos públicos.
A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de
isonomia (ambas comportadas pela Constituição) e que foram cobradas na prova: Igualdade perante a lei - Com a lei já
elaborada, esta igualdade direciona o aplicador da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia formal). Igualdade na lei - É
o princípio que direciona o legislador a não fazer distinções entre aspessoas no momento de se elaborar uma lei.
Gabarito: Correto.
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Liberdade (legalidade na visão do cidadão):
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Doutrinariamente, chama-se de "liberdade" (uma de suas faces) o
princípio que está expresso no art. 5º, II, já que somente a lei (legítima) pode obrigar que alguém faça ou deixe de fazer algo contra
sua vontade.
Este princípio também é conhecido como a faceta da legalidade para
o cidadão, isso porque a legalidade pode ser entendida de 2 formas:
Para o cidadão - O particular pode fazer tudo aquilo que a lei
não proíba;
Para o administrador público - O administrador público só
pode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.
Doutrina:
Cabe-nos agora, expor uma outra discussão doutrinária relevante para concursos: a diferenciação dos termos "legalidade" e "reserva
legal" (reserva de lei). Embora, não seja pacífico tal distinção, muitos juristas (inclusive o próprio STF7) consideram importante diferenciar
tais institutos:
1- Reserva legal - É um termo mais específico. Ocorre quando a
Constituição estabelece um comando, mas faz uma "reserva" para que uma lei (necessariamente uma lei formal - emanada pelo Poder
Legislativo - ou então, uma lei delegada ou medida provisória) estabeleça algumas situações. Ex. Art. 5º, XIII – É livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Veja que a Constituição garantiu
uma liberdade, porém, reservou à lei, e somente à lei (formal), a
possibilidade de estabelecer restrições à norma. Esta reserva feita à lei, pode ocorrer de duas formas:
Reserva legal absoluta - Quando será a própria lei que iráatender o mandamento. Ex. Os casos constitucionais que
venham com as expressões "a lei estabelecerá", "a lei regulará", " a lei disporá"... veja que é a própria lei, diretamente, que
atenderá o comando constitucional;
Reserva legal relativa - Quando não é a lei que irá,
diretamente, atender ao comando constitucional, mas estabelecerá os limites, ou os termos, dentro dos quais um ato
infralegal irá atuar. Ex. Os casos constitucionais que venham com as expressões "nos termos da lei", "na forma da lei", "nos
7 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-2009.
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limites estabelecidos pela lei"... veja que não será a lei que atenderá ao comando, porém, esta estará traçando os limites
para tal.
2- Legalidade - É um termo mais genérico, também conhecido
como "reserva da norma". Grosso modo, a legalidade (reserva de norma) pode ser atendida tanto com o uso de leis formais, quanto
pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da lei. Legalidade, então, seria simplesmente "andar dentro dos limites traçados pelo
Legislador". Seja com o uso direto de uma lei, seja o uso de um ato, nos limites da lei, ambos conseguiriam perfeitamente cumprir o
comando da "legalidade".
Jurisprudência:
O STF tem entendido que o princípio da legalidade expresso no art. 5º, II da Constituição seria meramente uma "reserva de norma", ou
seja, uma legalidade ampla e não uma reserva de lei (formal) em sentido estrito8. Assim, tal dispositivo poderia ser cumprido tanto
através de uma lei formal como também por outros atos expressa ou implicitamente autorizados por ela.
38. (CESPE/TFCE-TCU/2012) Quando se afirma que a
regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente por lei formal, há referência expressa ao princípio da legalidade lato sensu.
Comentários:
Quando se diz "necessariamente por lei formal" estamos falando sobre a
legalidade em sentido "estrito" (stricto sensu) e não sobre a legalidade em
sentido amplo (lato sensu), que seria atendida tanto com o uso de leis formais, quanto pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da
lei.
Gabarito: Errado.
Nas palavras do Supremo: ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que
emanada de autoridade judicial. É dever da cidadania opor-se à
ordem ilegal; caso contrário, nega-se o Estado de Direito9.
8 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-2009. 9 HC 73.454, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 22-4-96, 2ª Turma, DJ de 7-6-96
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Desdobramento da dignidade da pessoa humana:
Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a
tratamento desumano ou degradante;
Súmula Vinculante nº 11 → Só é lícito
o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio defuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou
da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
39. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O princípio da dignidade da
pessoa humana possui um caráter absoluto, sendo um princípio
primordial presente na Constituição Federal de 1988.
Comentários:
A dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental de nosso ordenamento. Este princípio, bem como qualquer outro direito
fundamental previsto na Constituição não pode ser considerado absoluto. A característica da “relatividade” é inerente a eles, pois
ainda que aparentem ser absolutos, eles poderão, diante de um caso concreto, colidir com outros direitos fundamentais, e assim serem
relativizados.
Gabarito: Errado.
Manifestação do pensamento:
Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Obviamente, a manifestação do pensamento não é absoluta, deve-se
respeitar os outros princípios, como a intimidade, privacidade etc.
Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima
como ato formal de instauração do procedimento investigatório, quando isoladamente consideradas, já que as peças futuras não
poderiam, em regra, ser incorporadas formalmente ao processo. Nada impede, porém, que o Poder Público seja provocado pela
delação anônima e, com isso, adote medidas informais para que se
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apure a possível ocorrência da ilicitude penal10. E ratifica:não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem identificação da
autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à responsabilidade, nos
campos cível e penal, de quem a implemente11.
O STF também decidiu, sobre a manifestação do pensamento, que a
defesa da legalização das drogas em espaços públicos constitui exercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento,
sendo, portanto, permitida pelo ordenamento jurídico pátrio12.
40. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: É livre a
manifestação do pensamento, inclusive pelo anonimato.
Comentários:
A manifestação de pensamento é livre, sendo VEDADO o anonimato.
Gabarito: Errado.
41. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação dopensamento, permitido o anonimato.
Comentários:
A Constituição veda o uso do anonimato através do disposto em seu
art. 5º, IV.
Gabarito: Errado.
42. (CESPE/DPU - Agente Adm./2010) A CF prevê o direito à
livre manifestação de pensamento, preservando também o anonimato.
Comentários:
A Constituição não preserva o anonimato. Pelo contrário, o repudia (CF, art. 5º, IV).
Gabarito: Errado.
43. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Com fundamento no dispositivoconstitucional que assegura a liberdade de manifestação de
10 Inq 1.957, Rel. Min. Carlos Velloso, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 11-5-05, Plenário, DJ de 11-11-05. 11 STF, o HC 84827 / TO , em 2007. 12 ADPF 187/DF, rel. Min. Celso de Mello, 15.6.2011.
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pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só,
desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de procedimento investigatório.
Comentários:
Tipo de questão que o CESPE usa muito: jurisprudências recentes e
relevantes. Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia anônima como ato formal de instauração do procedimento
investigatório, quando isoladamente consideradas.
Gabarito: Correto.
44. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) Se indícios da prática de ilícito
penal por determinada pessoa constarem de escritos anônimos, a
peça apócrifa, por si só, em regra, não será suficiente para a instauração de procedimento investigatório, haja vista a vedação ao
anonimato prevista na CF.
Comentários:
Apócrifo significa "origem desconhecida", "sem assinatura". Assim, não se pode usar escritos cuja origem incerta (anônima) para
instaurar processo. Decidiu então o STF, em 2007, no HC 84827/ TO Não serve à persecução criminal notícia de prática criminosa sem
identificação da autoria, consideradas a vedação constitucional do anonimato e a necessidade de haver parâmetros próprios à
responsabilidade, nos campos cível e penal, de quem a implemente.
Gabarito: Correto.
45. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) É livre a
manifestação de pensamento, permitindo-se inclusive o anonimato.
Comentários:
Errado, contraria o preceito do inciso IV - é livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o anonimato; do art. 5º da Constituição,
confira: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato.
Gabarito: Errado.
46. (ESAF/ATRFB/2012) É livre a manifestação do pensamento,sendo permitido o anonimato.
Comentários:
O art. 5º, IV veda o anonimato na manifestação de pensamento.
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Gabarito: Errado.
47. (ESAF/ATRFB/2012) A defesa da legalização das drogas emespaços públicos não constitui exercício legítimo do direito à livre
manifestação do pensamento, sendo, portanto, vedada pelo ordenamento jurídico pátrio.
Comentários:
No julgamento da ADPF 187/DF (rel. Min. Celso de Mello, 15.6.2011)
o Supremo entendeu que tal manifestação não contraria oordenamento jurídico, assim, a defesa da legalização das drogas em
espaços públicos constitui exercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento.
Gabarito: Errado.
48. (ESAF/ATRFB/2012) O exercício concreto da liberdade de
expressão assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico,
irônico ou irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. No entanto, deve responder penal e civilmente
pelos abusos que cometer, e sujeitar-se ao direito de resposta previsto no texto constitucional.
Comentários:
Item chega a ser engraçado, pois falou várias coisas que levavam a
pensar no "abuso do direito" e depois o item realmente afirmou isso - ele pode, mas deve responder pelos abusos! Está correto o item.
Gabarito: Correto.
Direito de resposta e inviolabilidade de honra, imagem e vida
privada:
Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Pois é, vimos que todo mundo tem a liberdade de se manifestar... Obviamente essa liberdade não é absoluta e se abusar do direito,
vem esse dispositivo aqui! O ofendido tem direitos de resposta, ainda podendo cumular uma forma tríplice de indenização pela ofensa:
material, moral e imagem.
Isso porque temos o seguinte dispositivo:
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Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Embora seja assegurado o direito de
resposta, não se pode, nesta, violar a intimidade, a vida privada e a
honra do agressor. Exemplo: A mulher não pode vingar-se do namorado, que publicou fotos suas desrespeitosas na internet,
fazendo o mesmo com as dele, alegando direito de resposta.
Princípio da exclusividade:
É de se destacar que a intimidade e a vida privada são regidas
“princípio da exclusividade”. Isso significa que cada pessoa deve ter garantido o seu direito ao acesso de seus dados e a sua vida
particular de forma exclusiva, sem que tenha ingerências externas ou tenha essa sua exclusividade devassada. Diante disso, decorrem
aqueles diversos sigilos: bancário, fiscal, telefônico...
Honra x imagem:
Intimidade e vida privada são conceitos de fácil visualização. Porém, é necessário que façamos aqui uma distinção dos conceitos de honra
e imagem, para fins dessa proteção:
honra - aspecto interno, reputação do indivíduo, bom nome.
Imagem - aspecto externo, exposição de sua figura.
Desta forma, vemos que honra e imagem são coisas dissociadas. No
entendimento do STF, se alguém fizer uso indevido da imagem de alguém, a simples exposição desta imagem já gera o direito de
indenizar, ainda que isso não tenha gerado nenhuma ofensa à sua reputação.
Ainda nos cabe diferenciar a questão dos danos:
Dano material - Quando existe ofensa, direta ou indireta (lucros
cessantes), ao patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas.
Dano moral - Quando existe ofensa à algo interno, subjetivo.
Conceito amplo que abrange ofensa à reputação de alguém, ou
quando se refere ao fato de ter provocado violação ao lado emocional, psíquico, mental da pessoa.
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Dano à imagem - Segundo o art. 20 do Código Civil, são aqueles que denigrem, através da exposição indevida, não autorizada ou
reprovável, a imagem das pessoas físicas, ou seja , a publicação de seus escritos, a transmissão de sua palavra, ou a utilização
não autorizada de sua imagem, bem como, a utilização indevida do conjunto de elementos como marca, logotipo ou insígnia, entre
outros, das pessoas jurídicas.
Lembrando ainda que: STJ - súmula - 227 → a pessoa jurídica
pode sofrer dano moral.
Jurisprudência relevante:
Segundo o STF: a divulgação dos vencimentos brutos de servidores,
com seus respectivos nomes e matrículas funcionais, a ser realizada oficialmente – em portal de transparência -, constituiria interesse
coletivo, sem implicar violação à intimidade e à segurança deles, não se podendo fazer divulgação de outros dados pessoais como endereço
residencial, CPF e RG de cada um13.
49. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade dosigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade e à
vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da
a) igualdade.
b) eficiência.
c) impessoalidade.
d) exclusividade.
e) reserva legal.
Comentário:
O princípio que rege a intimidade e a privacidade é notadamente o “princípio da exclusividade”. Ou seja, a pessoa em questão deve ter
garantido o seu direito ao acesso de seus dados e da sua vida de forma exclusiva, sem que tenha ingerências externas ou tenha essa
sua exclusividade devassada.
Gabarito: Letra D.
13 Informativo – 630 - SS 3902 Segundo AgR/SP, rel. Min. Ayres Britto, 9.6.2011.
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50. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem
das pessoas é certo que:
a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por
danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem.
b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade,não responde cumulativamente por danos morais e materiais.
c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida deimagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.
d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes públicos no exercício de suas funções.
e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm
direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.
Comentários:
Letra A - Errado. As dores sofridas em aspectos não patrimoniais, causadas por outrem, são indenizáveis por danos morais.
Letra B - Errado. Nada impede a cumulação de indenizações, caso seja comprovado o dano. A cumulação é admitida
constitucionalmente.
Letra C - Errado. A imagem é dissociada da honra, logo,
independentemente de haver dano à honra, é indenizável a exposição indevida ou reprovável da imagem.
Letra D - Correto. A conduta do agente público é imputável ao Estado, se este está agindo no exercício de suas funções, já que o
agente é o responsável por manifestar a vontade estatal.
Letra E - Errado. Pessoas Jurídicas podem sofrer danos morais (STJ,
súmula 227), bem como materiais e à imagem.
Gabarito: Letra D.
51. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) A CF assegura aliberdade de manifestação de pensamento, sem excluir a
responsabilidade pelos danos materiais e morais decorrentes do seu exercício e sem afastar o direito de resposta para rebater qualquer
tipo de ofensa, e não apenas aquelas configuradoras de ilícitos penais.
Comentários:
Correto, conforme disposto no art. 5º, V da CF, que prevê direito de
resposta no caso de violação dos direitos patrimoniais e da
personalidade.
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Gabarito: Correto.
Sigilo bancário e fiscal:
Segundo o STF, o art. 5º, X, que vimos anteriormente, também é o
respaldo constitucional para o sigilo bancário e fiscal das pessoas. Pois a intimidade e a vida privada são regidas “princípio da
exclusividade”. A pessoa deve ter o direito exclusivo ao acesso de seus dados e a sua vida particular.
Estes sigilos só podem ser relativizados, com a devida fundamentação, por:
decisão judicial;
CPI - somente pelo voto da maioria da comissão e por decisão
fundamentada, não pode estar apoiada em fatos genéricos;
Ministério Público - muito excepcionalmente. Somentequando estiver tratando de aplicação das verbas públicas
devido ao princípio da publicidade.
Obs.:
A LC 105/01 fornece respaldo para que a quebra do sigilo bancário seja feita por autoridade fiscal. Porém, embora exista essa previsão
legal, ela é alvo de muitas críticas, inclusive a posição atual do STF14 indica que seria inconstitucional, já que o sigilo possui um pilar na
própria Constituição Federal, não podendo ser relativizado por leis infraconstitucionais - sejam elas ordinárias ou complementares -.
Assim, somente as autoridades judiciais - e a CPI, que possui os mesmo poderes investigativos daquelas (CF, art. 58 §3º) - é que
poderiam relativizar estes sigilos.
No entanto, até o momento, ainda não houve decisão do STF neste
sentido que se revista de caráter vinculante, já que a decisão do STF
se deu em sede de recurso extraordinário e não em uma ação direta.
Lembramos ainda que a quebra por parte do Ministério Público é
muito excepcional, somente podendo ser feita no caso citado anteriormente. Assim, a quebra de sigilos, em regra, só pode ser
feita por Juiz e CPI.
52. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O TCU, no exercício desua missão constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no
controle externo, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.
14 RE 389.808/PR - 15-12-2010
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Comentários:
Nas palavras do Supremo, O TCU não possui poderes para determinar
a quebra do sigilo bancário de dados. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário, ao Poder Legislativo Federal, bem como
às Comissões Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal
ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.
Gabarito: Errado.
53. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podemdeterminar a quebra de sigilo bancário de administrador público
investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no
âmbito do controle externo realizado.
Comentários:
Os tribunais de contas não tem competência para quebra de sigilos.
Gabarito: Correto.
Liberdade de crença religiosa e filosófica
O Brasil é um país laico, não possui uma religião oficial, embora proteja a liberdade de crença como uma das faces da não
discriminação.
Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias; (Entenda-se por liturgias: celebrações, rituais...)
Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
54. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É vedada a assistência religiosa
nas entidades militares de internação coletiva, salvo nas civis.
Comentários:
A assistência religiosa é assegurada nas entidades de internação coletiva, sejam elas civis ou militares (CF, art. 5º, VII).
Gabarito: Errado.
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55. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Ao assegurar a liberdadede consciência e crença, a CF reafirmou ser o Brasil um país laico,
apesar de admitir a prestação de assistência religiosa nas entidades civis de internação coletiva.
Comentários:
Exatamente, sabemos que o Brasil é um país laico, ou leigo, que é
aquele país que não possui religião oficial, não impõe nenhuma religião. Porém, o Brasil adota a proteção às religiões, seus cultos e
liturgias, como uma de suas bases, de forma a impedir a não discriminação e favorecendo uma pluralidade de opiniões e etc..
A Constituição prevê como uma das faces dessa “proteção religiosa” a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva (CF, art. 5º, VII).
Gabarito: Correto.
Imperativo de Consciência
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
O imperativo de consciência pode ser alegado, por exemplo, em tempo de paz, no caso do serviço militar obrigatório, mas não poderá
a pessoa recusar-se a cumprir a prestação alternativa imposta, conforme dispõe o art. 143, § 1º.
Art.15, IV → No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos
imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos políticos do cidadão.
56. (FCC/TCE-SP/2011) Por força de previsão expressa no
Código de Processo Penal (CPP), o serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos maiores de 18 anos de
notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos
políticos, enquanto não prestar o serviço imposto". A previsão contida
no artigo 438 do CPP é
a) compatível com a Constituição da República.
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b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no quese refere à possibilidade de exercício de objeção de consciência, que
somente se admite por motivo de convicção filosófica ou política.
c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri
um órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço.
d) incompatível com a Constituição da República, que não admite asuspensão de direitos políticos nessa hipótese.
e) incompatível com a Constituição da República, que não admite apossibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos
imposta.
Comentário:
É perfeitamente compatível coma Constituição, pois conjuga dois
dispositivos presentes no seu texto:
CF, Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
CF, Art.15, IV - No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a
todos imposta ou prestação alternativa, ensejará a suspensão dos direitos políticos do cidadão.
Gabarito: Letra A.
57. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) A objeção de consciência é
protegida constitucionalmente, podendo o cidadão invocá-la para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e para se recusar a
cumprir prestação alternativa fixada em lei.
Comentários:
A Constituição em seu art. 5º, inciso VIII, prevê que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei, veja que a Constituição respeita os imperativos de consciência, no entanto, não se utilizada
com o fim de permitir que alguém se exima de obrigação e nem admite a recusa de prestação alternativa.
Gabarito: Errado.
58. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Pessoa que se exima de
obrigação legal a todos imposta por motivo de crença religiosa deve
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sofrer as consequências legais por seu ato, já que o Brasil é um país laico.
Comentários:
O Brasil é um país laico, ou leigo, que é aquele país que não possui
religião oficial, não impõe nenhuma religião. Porém, o Brasil adota a proteção às religiões, seus cultos e liturgias, como uma de suas
bases, de forma a impedir a não discriminação e favorecendo uma pluralidade de opiniões e etc.
Assim, o Brasil admite (expressamente na CF, art. 5º, VIII) que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei.
Ou seja, ela pode invocar a sua crença para eximir-se de obrigação, e ainda assim não sofrerá consequências. Essa punição só ocorrerá
caso haja uma prestação alternativa fixada em lei que também seja objeto de recusa por parte da pessoa.
Gabarito: Errado
Liberdade de pensamento e a censura
Art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 220 →A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto na CF.
Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituirembaraço à plena liberdade de informação jornalística em
qualquer veículo de comunicação social.
É vedada toda e qualquer censura de natureza política,
ideológica e artística.
A publicação de veículo impresso de comunicação
independe de licença de autoridade.
59. (FCC/Técnico-TRT 16ª/2009) A expressão da atividade
científica depende de censura ou licença.
Comentários:
Errado. No Brasil, temos a liberdade de expressão, independente de censura ou licença (CF, art. 5º, IX). E ainda é reforçada pelo art.
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220: é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Gabarito: Errado.
60. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade deexpressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por
meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.
Comentários:
Nenhuma lei poderá restringir a liberdade de expressão, esta deve observar apenas as restrições de ordem constitucional.
Professor, mas que doidera! Quer dizer então a liberdade de expressão está acima da proteção à Juventude? De forma alguma!
Aí que entra saber fazer concurso. Veja o que a questão afirma:
"apesar de possibilitar, expressamente...".
A Constituição faz isso expressamente? Não.
A liberdade de expressão deve estar contida pelos outros direitos e interesses individuais e coletivos, porém, esta avaliação é feita no
caso concreto.
Gabarito: Errado.
61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento
do STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa
jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima.
Comentários:
O STF decidiu em 2009, através do julgamento de uma ADPF que a
lei de imprensa não estaria recepcionada pelo atual ordenamento
jurídico, estando revogada.
Gabarito: Errado.
Inviolabilidade de domicílio:
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
Esquematizando este inciso, vemos que, o domicílio não possui uma inviolabilidade absoluta, poderá alguém adentrar no recinto se:
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Tiver o consentimento do morador;
Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo
for:
Flagrante delito;
Desastre;
Prestar Socorro;
Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.
Expressão "durante o dia":
Baseado na doutrina constitucionalista, entendemos que a expressão "durante o dia" significa o lapso temporal que vai da aurora ao
crepúsculo, sem determinação de horário fixo, devido às peculiaridades do Brasil (horário de verão e etc.), ou seja, "durante o
dia" é o período em que a terra está sendo iluminada pelo sol.
Algumas questões de concurso insistem em "fixar horários", quando
isso acontecer, o candidato deverá utilizar o período das 6h às 18h como o período referente ao dia, embora não achemos que seja o
correto.
Termo "casa":
“Casa”, segundo o STF, tem sentido amplo, aplica-se ao escritório, consultório etc. (qualquer recinto privado não aberto ao público).
Porém, nenhum direito fundamental é absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de
escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de
escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando atividades ilícitas em seu interior. Assim, a inviolabilidade profissional
do advogado, bem como do seu escritório, serve para resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o
investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição
não fornece guarida para a prática de crimes no interior de recinto15.
15 Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-08, Plenário, Informativo 529.
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A prisão de traficante, em sua residência, durante o período noturno, não constitui prova ilícita, já que se trata de crime permanente16
62. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Entre as possibilidades de
violação de domicílio, inclui-se a realizada em horário noturno e autorizada por ordem judicial.
Comentário:
A violação autorizada por ordem judicial só pode correr durante o dia.
Já que segundo a CF, art. 5º, XI, só se pode entrar na casa de alguém, se:
Tiver o consentimento do morador;
Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo
for:
Flagrante delito;
Desastre;
Prestar Socorro;
Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.
Gabarito: Errado.
63. (CESPE/Analista-EBC/2011) Uma comissão parlamentar deinquérito pode determinar a violação de, por exemplo, domicílio para
a realização da busca e apreensão de computador que possua dados a respeito da matéria investigada.
Comentários:
Embora a Comissão Parlamentar de Inquérito possua poderes de
"investigação" próprios de autoridades judiciais, o STF entende que não poderá tal comissão determinar a violação de domicílio para a
realização da busca e apreensão, já que a Constituição atribuiu tal
poder somente às autoridades judiciais, expressamente, e, vale lembrar, somente durante o período diurno ( CF, art. 5º, XI).
Gabarito: Errado.
64. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender com
sua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais,
considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa
16 HC 84.772, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19-10-04, 2ª Turma, DJ de 12-11-04.
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desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo.
Comentários:
Como se trata de flagrante delito, não necessita de exigência de ser
apenas durante o dia.
Gabarito: Correto.
65. (CESPE/PGE-AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo de
casa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela
inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja
utilizado como reduto para a prática de crimes.
Comentários:
Esse é o entendimento do STF, o conceito amplo do termo "casa" e a
possibilidade da instalação da escuta no caso de prática de crimes.
Gabarito: Correto.
66. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O cumprimento de mandado de
busca e apreensão, expedido pela autoridade judicial competente, poderá ocorrer a qualquer horário do dia, inclusive durante o período
noturno, mesmo que não haja o consentimento do morador, tendo em vista que a CF estabelece algumas exceções ao princípio da
inviolabilidade domiciliar, as quais se incluem as determinações do Poder Judiciário.
Comentários:
Segundo a Constituição em seu art. 5º, XI, a casa do indivíduo
(sentido amplo: moradia, escritório, consultório e etc.) é asilo
inviolável e ninguém pode entrar na mesma, a não ser que:
Tenha o consentimento do morador; ou
Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou
Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar
durante o dia.
Gabarito: Errado.
67. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha
que, por determinação judicial, tenha sido instalada escuta ambiental no escritório de advocacia de Pedro, para apurar a sua participação
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em fatos criminosos apontados em ação penal. Nessa situação hipotética, se essa escuta foi instalada no turno da noite, quando
vazio estava o escritório em tela, eventual prova obtida nessa diligência será ilícita, por violação ao domicílio, ainda que preenchidos
todos os demais requisitos legais.
Comentários:
Embora “casa” tenha sentido amplo, segundo o STF, em se tratando de escritório, consultório e etc., não se pode invocar a inviolabilidade
para se proteger de ilícitos praticados em seu interior, assim, em decisão não pacífica, porém definitiva, o STF decidiu pela
possibilidade da instalação de escuta ambiental em um escritório de advogados, afirmando não se sujeitar aos mesmos limites da busca
domiciliar, podendo por ordem judicial ser instalada inclusive durante
a noite.
Gabarito: Errado.
O texto a seguir deverá ser utilizado para as próximas 5
questões.
Antônio, governador de determinado estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública,
determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador do comício. Além disso, o governador Antônio
baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador
fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização
para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito a
um advogado e a um telefonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos
e garantias fundamentais previstos na CF.
68. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João, em tese, foi legal,visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade
competente.
Comentários:
A prisão feriu diversos princípios constitucionais, principalmente o art. 5º LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.
Gabarito: Errado.
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69. (CESPE/TCE-AC/2009) João poderá impetrar, por meio deseu advogado, mandado de segurança visando questionar a
legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir.
Comentários:
Neste caso o remédio a ser usado seria o habeas corpus, excluindo-se assim a possibilidade de se impetrar mandado de segurança, já que
este não pode ser utilizado quando for cabível habeas corpus ou habeas data.
Gabarito: Errado.
70. (CESPE/TCE-AC/2009) João deveria ter solicitado autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente
o simples aviso prévio à autoridade competente.
Comentários:
Não precisa pedir autorização, basta simples aviso, nos termos da CF
em seu art. 5º XVI.
Gabarito: Errado.
71. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João e o local onde foi
recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz competente e a sua família.
Comentários:
O art. 5º LXII da Constituição ordena que a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre deverão ser comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada;
Gabarito: Correto.
72. (CESPE/TCE-AC/2009) João só poderia ter sido preso em suaresidência, no período da noite, por decisão judicial.
Comentários:
Para ser preso à noite, só em caso de flagrante delito. Se por ordem
judicial, a prisão só pode ocorrer durante o dia, nos termos do art. 5º XI.
Gabarito: Errado.
73. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocaciaseja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar
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escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida
será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.
Comentários:
Nenhum direito fundamental e absoluto, desta forma, o STF decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de
escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando
atividades ilícitas em seu interior. Desta forma, a inviolabilidade profissional do advogado, bem como do seu escritório, serve para
resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa,mas, se o investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a
inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição
não fornece guarida para a pratica de crimes no interior de recinto.
Gabarito: Errado.
74. (ESAF/ATRFB/2012) Ressalvadas as situações excepcionais
taxativamente previstas no texto constitucional, nenhum agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado,
poderá, contra a vontade de quem de direito, ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em espaço privado não aberto ao público,
onde alguém exerce sua atividade profissional, sob pena de a prova resultante da diligência de busca e apreensão assim executada
reputar-se inadmissível.
Comentários:
Correto. Trata-se do conceito amplo do termo “casa” para fins da proteção prevista na Constituição Federal. Qualquer espaço privado
não aberto ao público só poderá ser violado contra a vontade da
pessoa nos casos de flagrante delito, desastre, para prestar socorro, ou durante o dia por ordem judicial. A Jurisprudência do STF não
admite a possibilidade de violação por nenhum outro agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado, fora destes
casos.
75. (ESAF/ATRFB/2012) O sigilo profissional constitucionalmentedeterminado exclui a possibilidade de cumprimento de mandado de
busca e apreensão em escritório de advocacia.
Comentários:
Errado. Nenhum direito fundamental é absoluto. Os escritórios de advocacia, embora sejam realmente protegidos pela inviolabilidade
de domicílio prevista na Constituição, podem ser violados para
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cumprimento de mandados judiciais, desde que durante o dia. Além disso, em caso de suspeita de ilícitos, o Supremo já decidiu até que
seria possível a instalação de escutas ambientais durante à noite (Inq. 2.424, rel Min. César Peluso).
76. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa
do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável durante a noite mediante ordem judicial
Comentários:
O erro está em afirmar que mediante ordem judicial é possível invadir
o domicílio do cidadão à noite. Segundo o art. 5º, XI, por ordemjudicial somente autoriza a violação do domicílio no período diurno
Gabarito: Errado
77. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa
do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável, porém somente durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre.
Comentários:
A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro a qualquer hora do dia ou
da noite. Lembre-se que mediante ordem judicial, somente de dia.
Gabarito: Errado.
Inviolabilidades de comunicações:
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
A literalidade deste dispositivo deve ser muito bem observada, pois
nos traz 2 coisas muito cobradas em concursos:
1º - Dos três sigilos ali previstos (correspondência e comunicações
telegráficas, sigilo de dados e comunicações telefônicas) só o último deles é que permite relativização por ordem judicial: o sigilo
telefônico.
2º - Ainda que permitida a quebra do sigilo telefônico por ordem
judicial, isso não é ilimitado, deve atender a dois requisitos:
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- ser feita na forma que a lei estabelecer;
- ter como finalidade investigação criminal ou instrução processual
penal.
Assim, não será permitida a quebra para instaurações de processos
cíveis sem consequências criminais.
Jurisprudência:
É relevante observar que é necessária a edição de lei pararegulamentar a interceptação telefônica. Esta lei foi criada
somente em 1996 (Lei nº 9.296/96), antes disso o STFentendia que nem por ordem judicial poderia se afastar este
sigilo, já que estava pendente de regulamentação.
Embora a literalidade da Constituição refira-se expressamente à
possibilidade de relativização apenas das comunicações
telefônicas, o STF já decidiu que as outras inviolabilidades(correspondência, dados e telegráficas) também poderão ser
afastadas, já que nenhum direito fundamental é absoluto e nãopode ser invocado para acobertar ilícitos. Destarte, estas
inviolabilidades poderão ser quebradas quando se abordar outrointeresse de igual ou maior relevância. Por exemplo: É
perfeitamente lícito que uma carta enviada a um presidiárioseja aberta para coibir a prática de certas condutas, já que a
disciplina prisional e a segurança são interesses mais fortes doque a privacidade da comunicação do preso. Essas hipóteses já
foram cobradas em concurso do CESPE e ESAF.
78. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008 - adaptada) É inviolável osigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados
e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Certo ou
Errado).
Comentários:
Os tipos de comunicação previstos no enunciado são comunicações onde há um destinatário específico, ou seja, só este destinatário está
autorizado pelo emissor da mensagem a tomar conhecimento do conteúdo da mensagem. O único caso em que a Constituição permite
a relativização, é no caso das comunicações telefônicas, quando poderá o juiz permitir o acesso ao conteúdo da mensagem, mas
somente:
Na forma da lei; e
o Para fins de investigação criminal;
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o Para fins de instrução processual penal.
Gabarito: Correto.
79. (CESPE/Analista-EBC/2011) É permitida a violação decorrespondência de presidiário em face de suspeita de rebelião.
Comentários:
Segundo o STF nenhum direito fundamental pode ser respaldo para a
prática de atos ilícitos, assim, ainda que aparentemente absolutos, eles poderão ser relativizados diante do caso concreto. Desta forma,
é aceito a quebra de sigilo de correspondências, por exemplo, no caso de disciplina prisional, onde a autoridade fica licitamente autorizada a
devassar o sigilo da comunicação feita ao preso para fins de manutenção da ordem e de interesses coletivos.
Gabarito: Correto.
80. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas, por decisão judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou
administrativa.
Comentários:
Segundo a Constituição (CF, art. 5º, XII), a interceptação só poderá ocorrer, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (Lei
9.296/1996), e com o objetivo de:
investigação criminal; ou
instrução processual penal.
Gabarito: Errado.
81. (ESAF/ATRFB/2012) Os dados obtidos em interceptação de
comunicações telefônicas, judicialmente autorizadas para produção
de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, não podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar
instaurado contra a mesma pessoa investigada, haja vista que prevalece no texto constitucional o regime da independência das
instâncias.
Comentários:
A licitude ou ilicitude das provas obtidas em interceptação telefônica deve ser apurada no momento da obtenção da prova. Se a prova foi
obtida de forma regular, com autorização judicial, trata-se de prova válida, seja em processo criminal, ou em um decorrente processo
administrativo.
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Gabarito: Errado.
82. (ESAF/MDIC - Analista de Comércio Exterior/2012) ainterceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a
violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou
nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.
Comentários:
Contraria o art. 5º, XII que não prevê extensão das hipóteses por lei
complementar. Observe o teor do art. 5º, XII “é inviolável o sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal”.
Gabarito: Errado.
Provas ilícitas
Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Daqui, decorre o princípio dos “frutos da árvore envenenada” (fruits of the poisoned tree), o qual diz que a admissão no processo de uma
prova ilícita, irá contaminar, tornando igualmente nulo, todos os atos processuais que decorrerem dela.
Vamos fazer uma relação do inciso XII da Constituição (inviolabilidade das comunicações) com as provas ilícitas:
Quando alguém se manifesta através de um telefone, suas palavras tem destinatário certo: o outro interlocutor, não podendo ser, sem a
sua autorização, interceptadas e usadas contra ele. Estamos diante
de uma conversa telefônica, privada, protegida pelos princípios constitucionais da intimidade, privacidade e etc.
A gravação de conversa telefônica pode
ocorrer de 3 diferentes modos:
1- Interceptação telefônica:
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Alguém vai “interceptar” essa conversa, obtendo os dados de forma que nenhum deles saiba:
A interceptação é ilícita, não pode ser aproveitada em processo, a
não ser que aconteça com respeito à Constituição (CF, art. 5º, XII), ou seja:
Seja nos termos da lei (lei 9.296/96);
Seja autorizada por uma autoridade judicial
Seja usada para investigação criminal ou instrução de
processos penais (não pode ser investigação ou processoscíveis e administrativos)
2- Escuta telefônica:
Alguém vai “escutar” essa conversa, mas um dos interlocutores sabe que tem alguém na escuta, vamos supor que o interlocutor “A” seja
quem saiba.
3- Gravação telefônica (gravação clandestina):
Neste caso não há uma terceira pessoa. Um dos interlocutores é que
grava a conversa sem o outro saber.
Interlocutor
B
Conversa Telefônica
Interlocutor
A
Interlocutor
B
Conversa Telefônica
Interlocutor
A
Interlocutor
B
Conversa Telefônica
Interlocutor
A
“Gravador”
"
“Interceptador” – sem
consentimento de A e B
“Escutador”
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O inciso XII da Constituição, que fornece a inviolabilidade das comunicações está protegendo a conversa telefônica de ser
interceptada, não está falando da “escuta” nem da “gravação clandestina”, assim, somente a interceptação é que precisa seguir os
requisitos constitucionais para ser considerada válida. O STF já decidiu a respeito, veja:
Para o STF, é lícita a gravação de conversa telefônica feita porum dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do
outro, quando há investida criminosa deste último17 (não háinterceptação telefônica quando a conversa é gravada por um
dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um repórter18).
Também é lícita a utilização de conversa telefônica feita por
terceiros com autorização de um dos interlocutores sem o
conhecimento do outro, quando há, para essa utilização,excludente da antijuridicidade19 (no caso, legitima defesa).
Observação: Se uma conversa foi gravada com a devida autorização judicial ou nos outros casos acima (escuta ou gravação clandestina),
a sua interceptação é lícita, válida no processo, e o seu conteúdo pode ser usado para fins penais. Assim, ainda que acidentalmente
se descubra outra informação ou outro crime cometido, diverso daquele que tentava se descobrir, continua sendo
lícito o uso deste conteúdo, pois a interceptação (quebra do direito de intimidade da pessoa) foi feita regularmente.
Esses termos “escuta”, “gravação”,
“interceptação” são muitas vezes trocados em concursos. Ao resolver
uma questão, fique atento não nessas formalidades de nomenclatura, mas sim no fundamento da questão:
Exemplo: Ministério público pode determinar “escuta” telefônica? Não! Isso será, na verdade, uma interceptação ilícita, pois só o Juiz
pode determinar que se faça uma gravação que independa da ciência dos interlocutores.
83. (CESPE/ Analista- Câm. Deputados/ 2014) Interceptações
telefônicas — comumente chamadas de grampos — e gravações
ambientais realizadas por autoridade policial, sem autorização
17 HC 75.338, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 11-3-98, Plenário, DJ de 25-9-98. 18 RE 453.562-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-9-08. 19 HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-6-97, 1ª Turma, DJ de 15-8-97.
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judicial, ainda que em situações emergenciais, constituem violações aos princípios estruturantes do estado democrático de direito e da
dignidade da pessoa humana.
Comentários:
Correto, interceptação e escuta ambiental somente mediante autorização judicial.
Gabarito: Certo.
84. (ESAF/ATRFB/2012) A gravação de conversa telefônica feitapor um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, é considerada
prova ilícita.
Comentários:
O Supremo já tem o entendimento consolidado da licitude acerca de
gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida
criminosa deste último.
Gabarito: Errado.
Liberdade profissional:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
Este inciso é muito cobrado, não pelo seu conteúdo em si, mas, por
ser um bom exemplo de “norma de eficácia contida”.
Jurisprudência:
O Supremo decidiu pela inconstitucionalidade da exigência dodiploma de jornalismo e da obrigatoriedade de registro
profissional para exercer a profissão de jornalista20.
O STF também entendeu pela inconstitucionalidade daexigência legal de inscrição na ordem dos músicos do Brasil e
de pagamento de anuidade, para efeito de atuação profissionaldo músico, e a fundamentação foi a de que a música é uma
forma de manifestação artística, estando protegida pelagarantia da liberdade de expressão21.
20 (RE) 511961 21 RE 635023 ED / DF - DISTRITO FEDERAL
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85. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) é livre oexercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Comentários:
Expõe a literalidade prevista no art. 5º, XIII da Constituição, que prever ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Gabarito: Correto.
86. (ESAF/ATRFB/2012) O Supremo Tribunal Federal reconheceu
a necessidade do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
Comentários:
O Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961, discutiu a constitucionalidade da exigência do diploma de jornalismo
e a obrigatoriedade de registro profissional para exercer a profissão de jornalista. Por maioria votou pela inconstitucionalidade do
dispositivo do DL 972.
Gabarito: Errado.
87. (ESAF/ATRFB/2012) A atividade de músico deve ser
condicionada ao cumprimento de condições legais para o seu exercício, não sendo cabível a alegação de que, por ser manifestação
artística, estaria protegida pela garantia da liberdade de expressão.
Comentários:
O Supremo, no julgamento do RE 635023 ED / DF - DISTRITO FEDERAL, entendeu pela inconstitucionalidade da exigência legal de
inscrição na ordem dos músicos do brasil e de pagamento de
anuidade, para efeito de atuação profissional do músico, e a fundamentação foi justamente esta apresentada no item, ou seja, a
música é uma forma de manifestação artística, estando protegida pela garantia da liberdade de expressão.
Gabarito: Errado.
Informação e publicidade:
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
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Este princípio não vai de encontro à vedação do anonimato visto anteriormente, apenas se resguarda a origem e a forma que tal
pessoa, não anônima, conseguiu a informação.
No inciso XXXIII percebe-se que em órgãos públicos também se
assegura a todos informações de interesse particular, coletivo ou geral, a não ser que essas informações sejam de sigilo imprescindível
à preservação da segurança da sociedade e do estado.
CF, art. 37, § 1º → A publicidade de atos, programas, obras, serviços
e campanhas dos órgãos públicos, terão caráter educativo,
informativo ou de orientação social, não podendo constar nomes, símbolos, ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores.
CF, art. 93, IX → Todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e todas as decisões serão fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público
à informação.
No inciso LX vemos outra face desse direito e sua relativização → Os
atos processuais também são públicos, mas caso seja necessário preservar a intimidade ou interesse social, a lei poderá restringir sua
publicidade.
88. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) É assegurado, em qualquer
hipótese, o acesso à informação e a sua fonte.
Comentários:
Segundo o art. 5º, XIV da Constituição, embora seja assegurado a todos o acesso à informação, é resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
Gabarito: Errado.
89. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e
garantias fundamentais, a CF dispõe expressamente que é
assegurado a todos o acesso à informação, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.
Comentários:
A Constituição é clara ao estabelecer em seu art. 5º, XIV que é
assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
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Gabarito: Errado.
Direito de ir e vir
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
A não observância desse direito enseja a ação de Habeas Corpus (remédio constitucional que será visto à frente), e note que este
direito protege não só as pessoas, mas também seus bens, desde que se cumpram as exigências da lei e estejamos em tempo de paz.
CF, art. 49, II e 84, XXII → Forças estrangeiras não estão amparadas
por este direito, somente podendo transitar no território nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo
Presidente da República, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.
90. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) A
inviolabilidade do direito à liberdade abrange a livre locomoção no território nacional em tempo de paz e constitui direito fundamental
previsto na Constituição Federal integrante do grupo de direitos:
a) políticos.
b) sociais.
c) solidários.
d) individuais.
e) à nacionalidade.
Comentários:
Questão simples. Para resolvê-la bastasva que o candidato soubesse que tal direito encontra-se no art. 5º da Constituição, artigo este que
dispõe sobre os direitos e deveres individuais e coletivos.
A não observância desse direito enseja a ação de Habeas Corpus, e
protege não só as pessoas, mas também seus bens, desde que se cumpram as exigências da lei e estejamos em tempo de paz.
CF, art. 49, II e 84, XXII → Forças estrangeiras não estão amparadas
por este direito, somente podendo transitar no território nacional ou nele permanecer, ainda que temporariamente, se permitido pelo
Presidente da República, nos casos previstos em LC, ou fora destes casos, se autorizado pelo CN.
Gabarito: Letra D.
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Direito de reunião:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Inciso muito cobrado em provas. Deve-se atentar aos seguintes requisitos:
seja pacificamente;
sem armas;
não frustre outra reunião anteriormente convocada para olocal;
avise a autoridade competente.
Veja que dispensa autorização, basta simples aviso;
Doutrinariamente, entende-se que este direito também tutela o
direito individual de não ser obrigado a reunir-se contra a própria vontade.
91. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Comentários:
Trata-se da literalidade do direito de reunião, expresso no art. 5º,
XVI da Constituição. Perceba que dispensa autorização, basta simples aviso. Importante salientar também que doutrinariamente, entende-
se que esse direito também tutela o direito individual de não ser
obrigado a reunir-se contra a própria vontade.
Gabarito: Correto.
92. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em qualquer local, independentemente de
autorização ou de prévio aviso à autoridade competente.
Comentários:
Trata-se do direito de reunião, expresso no art. 5º, XVI da Constituição. Perceba que dispensa autorização, porém não dispensa
o prévio aviso, daí estar errada.
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Gabarito: Errado.
93. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante
prévia autorização do Poder Público.
Comentários:
Novamente a banca cobrou do direito de reunião, expresso no art. 5º,
XVI da Constituição. Para o exercício deste direito dispensa-se autorização, basta o prévio aviso, daí estar errada.
Gabarito: Errado.
94. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdadede reunião, é certo que:
a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por
ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus.
b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não
está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias excepcionais como no estado de defesa.
c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local.
d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiverportando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião
pelo Poder Público.
e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedade
para decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião.
Comentários:
Letra A - Errado. Habeas corpus é remédio que garante a liberdade de locomoção. Ou seja, usa-se habeas corpus quando alguém está
sendo privado de seu direito de "ir e vir". O direito de reunião não se confunde com direito de "ir e vir". Trata-se de um direito que a
pessoa possui de se concentrar em local determinado, juntamente com outras pessoas. Caso sejam cumpridas as exigências
constitucionais, a ofensa a este direito deverá ser tutelada por meio de Mandado de Segurança e não habeas corpus.
Letra B - Errado. A Constutição admite a restrição destas liberdades
em se tratando de Estado de Sítio ou Estado de Defesa (CF, art. 136 e 139).
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Letra C - Errado. Precisa-se avisar a autoridade, para que esta garanta as condições de segurança e manutenção da ordem pública,
necessárias ao evento.
Letra D - Correto. Para que a coletividade de pessoas possam se
reunir, deve-se observar os seguintes requisitos constitucionais:
- seja pacificamente;
- sem armas;
- não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;
- avise a autoridade competente.
O uso isolado de arma por uma única pessoa, com desconhecimento
da coletividade, não pode ser motivo para a dissolução da reunião. Caberá às autoridades tomar as providências cabíveis contra ela, sem
que o direito coletivo fique prejudicado pela infração individual.
Letra E - Errado. A autoridade deve receber apenas o aviso que ocorrerá uma reunião em certo local. Não cabe a ela autorizar ou
desautorizar o exercício deste direito. O exercício do direito de reunião só poderá ser legalmente frustrado caso não sejam
observadas as exigências constitucionais.
Gabarito: Letra D.
95. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/ 2013) havendo
prévio aviso à autoridade competente e desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, todos podem
reunir-se pacificamente em locais abertos, sem armas, independentemente de autorização.
Comentários:
Trata-se da previsão do direito constitucional de reunião previsto no
5º, XVI da Constituição Federal.
Gabarito: Correto.
96. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) o direitode reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da
autoridade pública de trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via pública de
circulação automobilística.
Comentários:
O texto constitucional não traz tal restrição, é possível a reunião em qualquer espaço público, desde que previamente comunicada às
autoridades competentes.
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Gabarito: Errado.
Direito de associação:
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Temos que gravar que:
1. É livre a associação somente para fins LÍCITOS, sendo vedada aparamilitar;
2. É vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nemmesmo precisa-se de autorização para criá-las;
3. Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecerassociado;
4. Paralisação compulsória (independente da vontade dos sócios)das atividades:
Para que tenham suas atividades SUSPENSAS Só por decisãojudicial ("simples")
Para serem DISSOLVIDAS Só por decisão judicial
TRANSITADA EM JULGADO
5. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus
associados:
Judicialmente; ou
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Extrajudicialmente.
Caráter paramilitar:
Organizações paramilitares são agrupamentos ilícitos de pessoas. São
entidades que se “espelham” em princípios das forças armadas para atuarem em fins distintos do interesse público. Exemplos dessas
associações são as milícias, as “FARC” colombianas, entre outros.
A Constituição, tanto no art. 42 ao dispor sobre os “militares do
Estado” (polícia militar e corpo de bombeiros), quanto no art. 142 ao falar das “forças armadas”, dispõe que os miliares são organizados
pelos princípios da hierarquia e disciplina.
Assim, podemos concluir que seria caracterizada como paramilitar
qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que,
organizada sob os princípios da hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses próprios.
97. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1ª/2011) João, Carlos, Tício,
Libero e Tibério se uniram e fundaram uma associação de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegação que não
treinavam com finalidade bélica. Porém, para se afastar de forma absoluta o caráter paramilitar dessa associação não poderão estar
presentes os seguintes requisitos:
a) Tempo e princípio da impessoalidade.
b) Tempo e lugar.
c) Pluralidade de participantes e lugar.
d) Lugar e princípio da eficiência.
e) Organização hierárquica e princípio da obediência.
Comentário:
Seria caracterizada como paramilitar qualquer aquela não fosse constituída pelo Poder Público e que, organizada sob os princípios da
hierarquia e disciplina, fizesse uso de armas para o alcance de interesses próprios.
Gabarito: Letra E.
98. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos deverão ser compelidos aassociar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigência do
contrato de trabalho.
Comentários:
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Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado.
Gabarito: Errado.
99. (FCC/AJAJ-TRT-23ª/2011) As associações
a) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisãoadministrativa de autoridade competente, desde que tenha sido
exercido o direito de defesa.
b) não poderão ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma
hipótese tratando-se de garantia constitucional indisponível.
c) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial
que haja transitado em julgado.
d) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial
não sendo o trânsito em julgado requisito indispensável para a sua
dissolução.
e) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão
administrativa desde que proferida em segunda instância por órgão colegiado.
Comentário:
Temos que fixar:
Para que tenham suas atividades SUSPENSAS Só pordecisão judicial ("simples")
Para serem DISSOLVIDAS Só por decisão judicial
TRANSITADA EM JULGADO
Gabarito: Letra C.
100. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Considere que determinada
associação seja ré em ação judicial que pleiteie a suspensão de suas atividades. Nessa situação hipotética, caso o juiz competente julgue
procedente o pleito, será necessário aguardar o trânsito em julgado da decisão judicial para que a referida associação tenha suas
atividades suspensas.
Comentários:
O item erra ao afirmar que a suspensão das atividades de uma associação é necessário o trânsito em julgado da decisão, o que
contraria o disposto no art. 5º, XIX- “as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em
julgado”. Veja que somente para a dissolução a sentença precisa transitar em julgado.
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Gabarito: Errado.
101. (ESAF/ATRFB/2012) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão do Ministro da Justiça.
Comentários:
Errado. Contraria o disposto no Art. 5º, XIX, que assim dispõe: as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado. Ministro da Justiça não profere decisão
judicial.
Gabarito: Errado.
102. (ESAF/ATRFB/2012) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, salvo quando houver
previsão específica em lei.
Comentários:
Errado. Segundo a Constituição, em seu art. 5º, XX, ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.
Gabarito: Errado.
103. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão final em processo administrativo no qual tenham sido garantidos o contraditório e a ampla defesa.
Comentários:
Errado. Decisão em processo administrativo não pode nem suspender
o funcionamento nem dissolver associação, já que segundo o art. 5º,
XIX da Constituição, as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
Gabarito: Errado.
Regime Constitucional do Direito de Propriedade
Garantia e relativização:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
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Veja que estamos diante de uma norma de eficácia contida. Garante-se o direito de propriedade e logo abaixo se cria uma condição, o
atendimento da função social. Mas o que é isso?
Segundo a própria constituição (CF, art. 182 e 186), a função social é
cumprida, em se tratando de:
propriedade urbana: quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no planodiretor. (Plano Diretor é o instrumento aprovado pela
Câmara Municipal que serve para nortear o desenvolvimentoe a expansão urbana, e é obrigatório se o município tiver
mais de 20 mil habitantes)
propriedade rural: quando atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos:
aproveitamento racional e adequado;
utilização adequada dos recursos naturais disponíveise preservação do meio ambiente;
observância das disposições que regulam as relaçõesde trabalho;
exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Desapropriação Ordinária de Imóvel Urbano:
Art. 5º, XIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
Requisição administrativa da propriedade:
Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior,
se houver dano;
A indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à
propriedade.
Não se trata de forma de desapropriação, pois diferentemente do que
ocorre nesta, na requisição, o dono da propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente
para que use temporariamente o imóvel no caso de perigo público iminente.
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Pequena propriedade rural:
Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida
em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Esquema sobre a pequena propriedade rural:
Se trabalhada pela família → Não pode ser objeto de
penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva
Se o proprietário não possuir outra:
CF, art. 153, § 4º → Será imune ao Imposto
Territorial Rural (ITR);
CF, art. 185, I → Não poderá ser desapropriada para
fins de reforma agrária (extensível à médiapropriedade).
Note que é errado falar, simplesmente, que "a pequena e a média propriedade rural não podem ser objeto de desapropriação para fim
de reforma agrária", pois isso só será efetivamente garantido caso o proprietário não possua outra.
1– CF, art. 5º, XXIV
Se houver: necessidade ou utilidade → pública; ou
interesse → social.
Necessita ainda de uma lei para estabelecer o procedimento
de desapropriação.
Indenização:
justa;
prévia; e
em dinheiro.
Essa é a desapropriação ordinária.
O Poder competente será o Executivo de qualquer esfera depoder.
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É bom prestar atenção na literalidade: por "interesse social"e lembrar-se que a indenização precisa conter esses três
requisitos: ser justa, prévia e em dinheiro, senão padeceráde vício de inconstitucionalidade.
Desapropriação por interesse social: ocorre para trazermelhorias às classes mais pobres, como dar assentamento a
pessoas.
Necessidade pública: A desapropriação é imprescindível para
alcançar o interesse público.
Utilidade pública: Não é imprescindível, mas, será vantajosa
para se alcançar o interesse público.
Imissão provisória na posse ou imissão prévia na posse: O
ente expropriante toma antecipadamente a posse do bem,
com a condição de que haja urgência (que não poderá serrenovada) e pagamento de quantia arbitrada pelo juiz. Essa
quantia refere-se a um depósito apenas provisório, nãoimportando no pagamento definitivo e justo visto acima,
conforme jurisprudência do STF.
2– CF, art. 182, § 4
No caso de solo urbano não edificado ou subutilizado.
Competente: poder municipal.
Precisa de lei específica municipal nos termos de lei federal.
A área deve estar incluída no Plano Diretor.
A desapropriação é o último remédio após o Município
promover:
parcelamento ou edificação compulsórios do terreno;
IPTU progressivo no tempo até alcançar certo limite
estabelecido na lei.
Indenização:
mediante títulos da divida pública com prazo de resgatede até 10 anos.
a emissão dos títulos deve ser previamente aprovadapelo Senado Federal;
as parcelas devem ser anuais, iguais e sucessivas.
Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel urbano.
A regra acima é apenas para o imóvel não edificado ousubutilizado, regra geral: As desapropriações de imóveis
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urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
3– CF, art. 184
Para fins de reforma agrária:
competente: União;
também é por interesse social;
somente se aplica ao imóvel que não estiver cumprindo
sua função social.
Indenização:
justa;
prévia;
em títulos da dívida agrária resgatáveis em até 20
anos;
se houver benfeitorias úteis ou necessárias, estas
devem ser indenizadas em dinheiro;
o resgate dos títulos é a partir do segundo ano de sua
emissão.
Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel rural.
As operações de transferência de imóveis que sãodesapropriados para fins de reforma agrária são imunes a
quaisquer impostos (não abrange todos os tributos, apenasos impostos, que são uma das espécies do gênero tributo),
sejam eles federais, estaduais ou municipais – trata-se deuma imunidade constitucional – CF, art. 184, § 5º.
4– CF, art. 243
A Emenda Constitucional nº 81, de 2014 acrescentou uma nova hipótese de expropriação, agora, além da cultura de psicotrópicas, a exploração de trabalho escravo também é
hipótese de perda da propriedade. Confira a nova redação do art. 243:
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Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de
habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Se houver cultivo ilegal de plantas psicotrópicas, ou exploração de
trabalho escravo, haverá expropriação imediata sem direito a qualquer indenização;
Finalidade: As “glebas” serão especificadamente destinadas ao assentamento de colonos para que cultivem produtos
alimentícios ou medicamentosos.
Essa desapropriação é chamada por alguns de confisco e
é regulada pela Lei nº 8.257/91.
Para que ocorra a expropriação, o cultivo deve ser ilegal,
ou seja, não estar autorizado pelo órgão competente doMinistério da Saúde, e não atendendo exclusivamente a
finalidades terapêuticas e científicas.
Art. 243, parágrafo único → Qualquer bem de valor
econômico que seja apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins serárevertido para tratamento e recuperação de viciados e
para custeio das atividades de fiscalização, controle,prevenção e repressão ao tráfico.
Segundo o STF, toda a gleba deverá ser expropriada enão apenas a parte que era usada para o plantio22.
Observações Gerais:
Vimos que tanto na desapropriação ordinária quanto na extraordinária precisamos de lei que regulamente a execução. A
competência para legislar sobre desapropriação é privativa da
União. Somente uma lei federal poderá regulamentar o procedimento de desapropriação ordinária ou servir de base para a
22 RE 543974/MG - 2009
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lei específica municipal na desapropriação extraordinária de imóvel urbano.
Dica:
Não confunda essa competência privativa para legislar sobre
desapropriação com a competência para promover a desapropriação. Para promovê-la, como visto acima poderá
caber:
à União, Estado/DF ou Mun. → na desapropriação
ordinária;
ao Município → na desapropriação extraordinária de imóvel
urbano;
à União → na desapropriação extraordinária de imóvel
rural.
104. (FCC/AJAA-TRE-AP/2011) Ulisses foi obrigado a desocupar sua residência porque o Corpo de Bombeiros a requisitou para
acessar e apagar um incêndio no imóvel dos fundos que se alastrava com rapidez e tomava enormes proporções, e que poderia queimar o
referido imóvel, aniquilar todo o restante do quarteirão, causar a morte de um grupo indeterminado de pessoas e danos à comunidade.
Porém, os bombeiros no manuseio das mangueiras de água danificaram todos os móveis e eletrodomésticos que se encontravam
no interior do imóvel. Segundo a Constituição Federal, ao Ulisses
a) está assegurada indenização ulterior de todos os danos causados
pelo Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio.
b) não está assegurada indenização ulterior em hipótese alguma,posto que o caso se tratava de iminente perigo público.
c) está assegurada indenização dos danos, limitada de até vintesalários mínimos.
d) está assegurada indenização dos danos, limitada de até quarentasalários mínimos.
e) não está assegurada indenização, posto que o caso se tratava deforça maior, salvo se Ulisses provar que a requisição de sua casa era
dispensável ao combate do incêndio.
Comentário:
A questão facilita a vida do candidato, veja que ela usa a expressão: "o Corpo de Bombeiros a requisitou". Lembraram? Ahhhh... trata-se
da requisição administrativa.
CF, art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
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assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Veja então que a indenização será ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade.
Como sabemos, não se trata de forma de desapropriação, pois diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da
propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a mesma à autoridade competente para que use temporariamente o
imóvel no caso de perigo público iminente.
Gabarito: Letra A.
105. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso de
iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, vedada ao proprietário indenização ulterior na ocorrência de dano.
Comentários:
Trata-se do instituto da requisição administrativa. Essa requisição é
feita por autoridades públicas em caso de iminente perigo público e se houver dano à propriedade, haverá ulterior indenização. A questão
erra ao dizer que não haverá indenização (CF, art. 5º, XXV).
Gabarito: Errado.
106. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequena
propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
Comentários:
Teor do art. 5º, XXVI: Como vimos, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o
seu desenvolvimento;
Gabarito: Correto.
107. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/2012) Apesar de a
propriedade ser protegida pela CF, admite-se o uso pela administração pública de propriedade particular em caso de iminente
perigo público.
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Comentários:
A questão é bem simples e cobrou do candidato apenas saber que a
Constituição permite a “requisição administrativa” da propriedade, a qual poderá acontecer em caso de iminente perigo público, e só
haverá indenização posteriormente, caso haja dano à propriedade requisitada.
Gabarito: Correto.
108. (CESPE/AJEP-TJES/2011) A requisição, como forma de intervenção pública no direito de propriedade que se dá em razão de
iminente perigo público, não configura forma de autoexecução administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder
Judiciário.
Comentários:
A requisição administrativa ocorre nos termos do art. 5º, XXV,
quando a Constituição autoriza que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competente use a propriedade particular,
assegurando ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
Ora, estamos diante de um iminente perigo público, e a autoridade
administrativa terá que pedir autorização ao Judiciário??? Não há lógica nenhuma nisso. A autoridade possui esse poder de forma
autoexecutável.
Gabarito: Errado.
109. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A propriedade poderá ser
desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
Comentários:
A questão erra pelo fato de que a Constituição prevê outros modos de indenização para a desapropriação por interesse social. Embora
quando ocorra necessidade ou utilidade pública, ou interesse social, em regra o proprietário seja indenizado de forma prévia e em
dinheiro, a Constituição estabelece no seu art. 184 a desapropriação para reforma agrária, que também se caracteriza como "interesse
social" e a sua indenização se dá mediante títulos da dívida agrária.
Gabarito: Errado.
110. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) De
acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produção e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
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trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de débito adquirido.
Comentários:
Ela não está imune de penhora a qualquer tipo de débito. Apenas os
débitos decorrentes da sua atividade produtiva (CF, art. 5º, XXVI).
Gabarito: Errado.
111. (CESPE/Analista-EBC/2011) Será garantida indenização por
benfeitorias necessárias nos casos de desapropriação de fazenda que sedie cultura de plantas psicotrópicas.
Comentários:
Segundo o art. 243 da Constituição, se houver cultivo ilegal de
plantas psicotrópicas, haverá expropriação imediata sem direito a
qualquer indenização.
Gabarito: Errado.
112. (ESAF/ Procurador PGFN/2012) Sobre o regime
constitucional da propriedade, é incorreto afirmar:
a) que, no bojo dos direitos fundamentais contemplados na
Constituição Federal de 1988, é, concomitantemente, garantido o direito de propriedade e exigido que a propriedade atenda à sua
função social.
b) que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
utilidade pública, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou bens da União.
c) que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competentepoderá usar de propriedade privada independentemente de prévia
disciplina legal ou ato de desapropriação, assegurado ao proprietário
apenas indenização ulterior se houver dano.
d) que no contexto da política de desenvolvimento urbano, o poder
público municipal pode, nos termos de lei específica local e observados os termos de lei federal, exigir do proprietário de área
incluída no plano diretor que promova o seu adequado aproveitamento sob pena, como medida derradeira, de sua
desapropriação mediante justa e prévia indenização com pagamento em títulos da dívida pública.
e) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde quetrabalhada pela família, é insusceptível tanto de penhora para o
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva quanto, desde que seu proprietário não possua outra, de desapropriação para
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fins de reforma agrária.
Comentários:
a) Correto, por várias vezes a Constituição vincula o direito deliberdade a sua função social, desdobrando o art. 5º, XXIII, que
dispõe que a propriedade atenderá a sua função social.
b) O erro está em afirmar que a indenização decorrente de
desapropriação por utilidade pública poderá ser paga por meio de bens da União, considerando que só há previsão para pagamento
em dinheiro.
c) É o que está previsto no art. 5º, XXV. Item correto.
d) Correto, é o disposto no art. 182, §4º.
e) É o previsto no Art. 5, XXVI da CF-88
Gabarito: Letra B
Direito autoral:
Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
É um privilégio vitalício e ainda vai poder ser transmitido aos
herdeiros, mas só pelo tempo que a lei fixar. Após esse tempo cairá
no domínio público.
113. (FCC/TJAA-TRE-PE/2011) No tocante aos Direitos e Garantias Fundamentais, ao autor
a) compete o exercício solidário do direito de utilização de sua obracom a sociedade face o interesse público que se sobrepõe ao privado,
independentemente de prazo.
b) compete o exercício solidário do direito de publicação de sua obra
com a sociedade face o interesse público, independentemente de prazo.
c) pertence o direito exclusivo de publicação de sua obra,intransmissível aos herdeiros.
d) pertence o direito exclusivo de utilização de sua obra,intransmissível aos herdeiros.
e) pertence o direito exclusivo de reprodução de sua obra,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
Comentários:
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A questão se limitou a cobrar a literalidade do art. 5º, XXVII da Constituição: aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
Gabarito: Letra E.
114. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
Comentários:
Teor do art. 5º, XXIX - veja que o direito de propriedade industrial é temporário, enquanto o direito autoral é vitalício e ainda pode ser
transferido aos herdeiros pelo tempo em que a lei fixar.
Gabarito: Correto.
Direito de imagem e de fiscalização:
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas
e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores,
aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
Propriedade Industrial
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais
privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
e econômico do País;
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Perceba que, diferentemente do direito autoral, a propriedade industrial é um privilégio temporário:
Direito autoral - Privilégio vitalício e ainda transmissível aosherdeiros;
X
Direito de propriedade industrial - Privilégio temporário.
115. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais
privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.
Comentários:
A propriedade industrial, diferentemente do “direito autoral”, é um
privilégio temporário, e não um privilégio permanente.
A propriedade industrial, as famosas “patentes”, possuem um prazo
definido em lei (9279/96) para serem utilizadas (15 ou 20 anos, caso a caso).
Gabarito: Errado.
116. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) A lei assegurará
aos autores de invento industriais privilégio permanente para sua utilização.
Comentários:
O erro está em afirma que o privilégio será permanente, haja vista
que este será temporário, reveja o que diz a Constituição: Art. 5º,
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Gabarito: Errado.
Herança
XXX - é garantido o direito de herança;
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XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
Facilitando: "de cujus" é o falecido. Assim, quando algum estrangeiro falecer deixando bens situados no Brasil, esta sucessão de bens
(recebimento da herança) será regulada pela lei brasileira de forma a beneficiar o cônjuge ou seus filhos brasileiros, a não ser que a lei do
país do falecido seja ainda mais favorável a estes.
117. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Comentários:
Teor do art. 5º, XXXI: "a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"
Gabarito: Correto.
Defesa do consumidor
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor;
ADCT, art. 48 → A CF ordenou que o congresso elaborasse o Código
de Defesa do Consumidor dentro de 120 dias após a promulgação da
Constituição.
Além do CDC, outras leis se enquadram na defesa ao consumidor,
como, por exemplo, o Estatuto do Torcedor e lei de infrações à ordem econômica.
Uffaaa...
Terminamos... por hoje... na aula que vem temos mais direitos e deveres individuais e coletivos.
Um abraço e bons estudos.
Vítor Cruz e Rodrigo Duarte.
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LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:
1. (FCC/ Analista Judiciário- TRE-RR/ 2015) São consideradas
garantias fundamentais, dentre outras,
(A) os direitos à igualdade, à fraternidade e a dignidade da pessoa
humana.
(B) a vedação da pena de morte, o direito de petição e à liberdade.
(C) os direitos à vida, à saúde e à segurança.
(D) a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e o
mandado de segurança.
(E) a ação popular, o direito à crítica e a vedação de retrocesso.
2. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Considerandoque os direitos sejam bens e vantagens prescritos no texto
constitucional e as garantias sejam os instrumentos que asseguram o
exercício de tais direitos, a garantia do contraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais de natureza criminal de forma
exclusiva.
3. (CESPE/Contador-AGU/2010) Embora se saliente, nas
garantias fundamentais, o caráter instrumental de proteção a direitos, tais garantias também são direitos, pois se revelam na
faculdade dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção de outros direitos, ou no reconhecimento dos meios processuais
adequados a essa finalidade.
4. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TRT-17/ 2013) As
normas definidoras dos direitos individuais são especificamente determinadas em números fechados e não admitem interpretação
extensiva ou ampliativa. 5. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal
compreende os direitos fundamentais como sendo os direitos
individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.
6. (CESPE/TJAA-STM/2011) Os direitos e as garantias expressosna Constituição Federal de 1988 (CF) excluem outros de caráter
constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF é
taxativa.
7. (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais
são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no seu exercício.
8. (ESAF/ATRFB/2012) Os direitos fundamentais se revestem
de caráter absoluto, não se admitindo, portanto, qualquer restrição.
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9. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitosfundamentais não têm caráter absoluto e, por isso, não podem ser
utilizados para justificar atividades ilícitas ou afastar as penalidades delas decorrentes.
10. (ESAF/ATRFB/2012) O estatuto constitucional das liberdadespúblicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas,
permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social
e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da
ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros.
11. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010 - Adaptada) As pessoas
jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.
12. (CESPE/ Superior- TCE-ES/ 2013) A jurisprudência doSupremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que os direitos e
garantias fundamentais se aplicam apenas às relações entre o particular e o Poder Público, e são inaplicáveis às relações privadas.
13. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) A eficáciahorizontal dos direitos fundamentais pressupõe plena incidência
desses direitos nas relações entre particulares.
14. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentais
classificados como de segunda geração
a) os direitos econômicos e culturais.
b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos.
c) as liberdades públicas.
d) os direitos e garantias individuais clássicos.
e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado.
15. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados, respectivamente, com os direitos humanos de primeira,
segunda e terceira gerações.
16. (FCC/Procurador-PGE-SP/200 - Adaptada) O direito à paz
inclui-se entre os direitos humanos de segunda geração.
17. (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitos
humanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como liberdades negativas; os de segunda geração
exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade
positiva e com a igualdade.
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18. (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) Os direitos republicanostêm surgido na doutrina como uma nova categoria onde o cidadão
passa a pensar no interesse público explicitamente para fazer frente à ofensa à coisa pública, como o nepotismo, a corrupção, bem como às
políticas de Estado que, a pretexto de se caracterizarem como públicas, na verdade podem atender a interesses particulares
indefensáveis.
19. (CESPE/AJAA-TJAL/2012) São direitos de quarta geração o
direito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo.
20. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/2013) Os direitos
fundamentais de primeira geração são titularizados pelos indivíduos em oposição ao Estado, sendo eles, entre outros, o direito à vida, à
liberdade e à propriedade.
21. (FCC/Técnico-TRE-PI/2009) As normas definidoras dosdireitos e garantias fundamentais não têm aplicação imediata,
submetendo- se à regulamentação legislativa.
22. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
23. (CESPE/PM-DF/2010) Segundo a CF, as normas
constitucionais que prescrevem direitos e garantias fundamentais têm eficácia contida e dependem de regulamentação.
24. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Ostratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.
25. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Sobre a relação entre
direitos expressos na Constituição de 1988 e tratados internacionais,
especialmente à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é incorreto afirmar que:
a) as normas de direitos humanos contidas em convenções
internacionais pactuadas no âmbito da Organização das Nações
Unidas, mesmo que a República Federativa do Brasil delas não seja
parte, se incorporam ao direito pátrio de forma equivalente às
emendas constitucionais.
b) os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem
outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
c) da disposição contida no § 2o do art. 5o da Constituição não
resulta que os direitos e garantias decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte
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ostentem o nível hierárquico de norma constitucional.
d) da disposição contida no § 3o do art. 5o da Constituição,
decorrente da Emenda Constitucional n. 45 de 2004, resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais
de que a República Federativa do Brasil seja parte, quando aprovadas pelo Congresso Nacional na forma ali disposta, sejam formalmente
equivalentes àquelas decorrentes de emendas constitucionais.
e) especialmente da disposição contida no § 2o do art. 5o da
Constituição resulta que as normas de direitos humanos contidas em convenções internacionais de que a República Federativa do Brasil
seja parte, mesmo quando não aprovadas pelo Congresso Nacional na forma disposta no § 3o do mesmo dispositivo, tenham status de
normas jurídicas supralegais.
26. (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete àjurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.
27. (CESPE/Técnico-TRT 17ª/2009) O Brasil se submeterá à
jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão.
28. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando
assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade, à segurança e à propriedade, adota o critério do
a) perigo subjetivo do direito assegurado.
b) objeto imediato do direito assegurado.
c) alcance relativo do direito assegurado.
d) plano mediato do direito assegurado.
e) alcance subjetivo do direito assegurado.
29. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito àvida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são
garantias previstas na Constituição Federal:
a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas.
b) aos brasileiros natos, apenas.
c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no
País.
d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.
e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
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30. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) O estrangeiro residente noBrasil, por não ser cidadão brasileiro, não possui o direito de votar e
de impetrar habeas corpus.
31. (ESAF/ATRFB/2012) O súdito estrangeiro, mesmo aquele
sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da liberdade e a observância, pelo
Poder Público, da cláusula constitucional do devido processo legal.
32. (ESAF/AFC-CGU/2012) A Constituição assegura aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, em igualdade de condições, os direitos e garantias individuais tais como: a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, mas aos estrangeiros não se estende os direitos
sociais destinados aos brasileiros.
33. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: Homens e
mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações.
34. (CESPE/Analista-EBC/2011) O Poder Judiciário não pode,
sob a alegação do direito a isonomia, estender a determinada
categoria de servidores públicos vantagens concedidas a outras por
lei.
35. (ESAF/ATRFB/2012) Segundo a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o foro especial para a mulher nas ações de separação judicial e de conversão da separação judicial em divórcio
ofende o princípio da isonomia entre homens e mulheres ou da igualdade entre os cônjuges.
36. (ESAF/ATRFB/2012) A jurisprudência do Supremo TribunalFederal firmou entendimento no sentido de que afronta o princípio da
isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica.
37. (ESAF/ATRFB/2012) O princípio da isonomia, que se reveste
de autoaplicabilidade, não é suscetível de regulamentação ou de complementação normativa. Esse princípio deve ser considerado sob
duplo aspecto: (i) o da igualdade na lei; e (ii) o da igualdade perante a lei.
38. (CESPE/TFCE-TCU/2012) Quando se afirma que a
regulamentação de determinadas matérias há de se fazer necessariamente
por lei formal, há referência expressa ao princípio da legalidade lato sensu.
39. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O princípio da dignidade da
pessoa humana possui um caráter absoluto, sendo um princípio primordial presente na Constituição Federal de 1988.
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40. (FCC/ Técnico Judiciário- CNMP/ 2015) É assegurada naConstituição Federal a seguinte garantia fundamental: É livre a
manifestação do pensamento, inclusive pelo anonimato.
41. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação do
pensamento, permitido o anonimato.
42. (CESPE/DPU - Agente Adm./2010) A CF prevê o direito à
livre manifestação de pensamento, preservando também o anonimato.
43. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Com fundamento no dispositivoconstitucional que assegura a liberdade de manifestação de
pensamento e veda o anonimato, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que os escritos anônimos não podem justificar, por si só,
desde que isoladamente considerados, a imediata instauração de
procedimento investigatório.
44. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) Se indícios da prática de ilícito
penal por determinada pessoa constarem de escritos anônimos, a peça apócrifa, por si só, em regra, não será suficiente para a
instauração de procedimento investigatório, haja vista a vedação ao anonimato prevista na CF.
45. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) É livre amanifestação de pensamento, permitindo-se inclusive o anonimato.
46. (ESAF/ATRFB/2012) É livre a manifestação do pensamento,sendo permitido o anonimato.
47. (ESAF/ATRFB/2012) A defesa da legalização das drogas emespaços públicos não constitui exercício legítimo do direito à livre
manifestação do pensamento, sendo, portanto, vedada pelo ordenamento jurídico pátrio.
48. (ESAF/ATRFB/2012) O exercício concreto da liberdade de
expressão assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico,
irônico ou irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. No entanto, deve responder penal e civilmente
pelos abusos que cometer, e sujeitar-se ao direito de resposta previsto no texto constitucional.
49. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade dosigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade e à
vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da
a) igualdade.
b) eficiência.
c) impessoalidade.
d) exclusividade.
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e) reserva legal.
50. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas é certo que:
a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável pordanos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra
e à imagem.
b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade,
não responde cumulativamente por danos morais e materiais.
c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida de
imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.
d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados
pelos agentes públicos no exercício de suas funções.
e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têmdireito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais.
51. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) A CF assegura aliberdade de manifestação de pensamento, sem excluir a
responsabilidade pelos danos materiais e morais decorrentes do seu exercício e sem afastar o direito de resposta para rebater qualquer
tipo de ofensa, e não apenas aquelas configuradoras de ilícitos penais.
52. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O TCU, no exercício desua missão constitucional de auxiliar o Congresso Nacional no
controle externo, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário dos responsáveis por dinheiros e bens públicos.
53. (CESPE/TCE-AC/2009) Os tribunais de contas não podemdeterminar a quebra de sigilo bancário de administrador público
investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no
âmbito do controle externo realizado.
54. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É vedada a assistência religiosa
nas entidades militares de internação coletiva, salvo nas civis.
55. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Ao assegurar a liberdade
de consciência e crença, a CF reafirmou ser o Brasil um país laico, apesar de admitir a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis de internação coletiva.
56. (FCC/TCE-SP/2011) Por força de previsão expressa no
Código de Processo Penal (CPP), o serviço do júri é obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os cidadãos maiores de 18 anos de
notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo diploma legal, a seu turno, estabelece que "a recusa ao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever de
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prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto". A previsão contida
no artigo 438 do CPP é
a) compatível com a Constituição da República.
b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no quese refere à possibilidade de exercício de objeção de consciência, que
somente se admite por motivo de convicção filosófica ou política.
c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri
um órgão que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço.
d) incompatível com a Constituição da República, que não admite asuspensão de direitos políticos nessa hipótese.
e) incompatível com a Constituição da República, que não admite a
possibilidade de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta.
57. (CESPE/AJAJ-TRE-MS/2013) A objeção de consciência éprotegida constitucionalmente, podendo o cidadão invocá-la para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e para se recusar a cumprir prestação alternativa fixada em lei.
58. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Pessoa que se exima deobrigação legal a todos imposta por motivo de crença religiosa deve
sofrer as consequências legais por seu ato, já que o Brasil é um país laico.
59. (FCC/Técnico-TRT 16ª/2009) A expressão da atividadecientífica depende de censura ou licença.
60. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF assegura a liberdade deexpressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por
meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.
61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimentodo STF, a atual CF recepcionou o dispositivo da Lei de Imprensa que
estabelece limitação quanto à indenização devida pela empresa jornalística, a título de dano moral, na hipótese de publicação de
notícia inverídica, ofensiva à boa fama da vítima.
62. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Entre as possibilidades de
violação de domicílio, inclui-se a realizada em horário noturno e autorizada por ordem judicial.
63. (CESPE/Analista-EBC/2011) Uma comissão parlamentar deinquérito pode determinar a violação de, por exemplo, domicílio para
a realização da busca e apreensão de computador que possua dados a respeito da matéria investigada.
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64. (CESPE/MMA/2009) Se um indivíduo, ao se desentender comsua mulher, desferir contra ela inúmeros golpes, agredindo-a
fisicamente, causando lesões graves, as autoridades policiais, considerando tratar-se de flagrante delito, poderão penetrar na casa
desse indivíduo, ainda que à noite e sem determinação judicial, e prendê-lo.
65. (CESPE/PGE-AL/2009 - Adaptada) O conceito normativo decasa é abrangente; assim, qualquer compartimento privado onde
alguém exerce profissão ou atividade está protegido pela inviolabilidade do domicílio. Apesar disso, há a possibilidade de se
instalar escuta ambiental em escritório de advocacia que seja utilizado como reduto para a prática de crimes.
66. (CESPE/Auditor-TCU/2009) O cumprimento de mandado de
busca e apreensão, expedido pela autoridade judicial competente, poderá ocorrer a qualquer horário do dia, inclusive durante o período
noturno, mesmo que não haja o consentimento do morador, tendo em vista que a CF estabelece algumas exceções ao princípio da
inviolabilidade domiciliar, as quais se incluem as determinações do Poder Judiciário.
67. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponhaque, por determinação judicial, tenha sido instalada escuta ambiental
no escritório de advocacia de Pedro, para apurar a sua participação em fatos criminosos apontados em ação penal. Nessa situação
hipotética, se essa escuta foi instalada no turno da noite, quando vazio estava o escritório em tela, eventual prova obtida nessa
diligência será ilícita, por violação ao domicílio, ainda que preenchidos todos os demais requisitos legais.
68. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João, em tese, foi legal,
visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade competente.
69. (CESPE/TCE-AC/2009) João poderá impetrar, por meio deseu advogado, mandado de segurança visando questionar a
legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir.
70. (CESPE/TCE-AC/2009) João deveria ter solicitado
autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente o simples aviso prévio à autoridade competente.
71. (CESPE/TCE-AC/2009) A prisão de João e o local onde foirecolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz
competente e a sua família.
72. (CESPE/TCE-AC/2009) João só poderia ter sido preso em sua
residência, no período da noite, por decisão judicial.
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73. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocaciaseja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar
escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida
será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia.
74. (ESAF/ATRFB/2012) Ressalvadas as situações excepcionais
taxativamente previstas no texto constitucional, nenhum agente público, ainda que vinculado à administração tributária do Estado,
poderá, contra a vontade de quem de direito, ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em espaço privado não aberto ao público,
onde alguém exerce sua atividade profissional, sob pena de a prova resultante da diligência de busca e apreensão assim executada
reputar-se inadmissível.
75. (ESAF/ATRFB/2012) O sigilo profissional constitucionalmentedeterminado exclui a possibilidade de cumprimento de mandado de
busca e apreensão em escritório de advocacia.
76. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casa
do indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável durante a noite mediante ordem judicial
77. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) a casado indivíduo, enquanto seu domicílio, é violável, porém somente
durante o dia, em caso de flagrante delito ou desastre.
78. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008 - adaptada) É inviolável o
sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Certo ou
Errado).
79. (CESPE/Analista-EBC/2011) É permitida a violação decorrespondência de presidiário em face de suspeita de rebelião.
80. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Admite-se a quebra do sigilodas comunicações telefônicas, por decisão judicial, nas hipóteses e na
forma que a lei estabelecer, para fins de investigação criminal ou administrativa.
81. (ESAF/ATRFB/2012) Os dados obtidos em interceptação decomunicações telefônicas, judicialmente autorizadas para produção
de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, não podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar
instaurado contra a mesma pessoa investigada, haja vista que prevalece no texto constitucional o regime da independência das
instâncias.
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82. (ESAF/MDIC - Analista de Comércio Exterior/2012) ainterceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a
violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou
nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.
83. (CESPE/ Analista- Câm. Deputados/ 2014) Interceptações
telefônicas — comumente chamadas de grampos — e gravações ambientais realizadas por autoridade policial, sem autorização
judicial, ainda que em situações emergenciais, constituem violações aos princípios estruturantes do estado democrático de direito e da
dignidade da pessoa humana.
84. (ESAF/ATRFB/2012) A gravação de conversa telefônica feita
por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, é considerada
prova ilícita.
85. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) é livre o
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
86. (ESAF/ATRFB/2012) O Supremo Tribunal Federal reconheceua necessidade do diploma de curso superior para o exercício da
profissão de jornalista.
87. (ESAF/ATRFB/2012) A atividade de músico deve ser
condicionada ao cumprimento de condições legais para o seu exercício, não sendo cabível a alegação de que, por ser manifestação
artística, estaria protegida pela garantia da liberdade de expressão.
88. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) É assegurado, em qualquer
hipótese, o acesso à informação e a sua fonte.
89. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Ao tratar dos direitos e
garantias fundamentais, a CF dispõe expressamente que é
assegurado a todos o acesso à informação, vedado o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.
90. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) Ainviolabilidade do direito à liberdade abrange a livre locomoção no
território nacional em tempo de paz e constitui direito fundamental previsto na Constituição Federal integrante do grupo de direitos:
a) políticos.
b) sociais.
c) solidários.
d) individuais.
e) à nacionalidade.
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91. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente.
92. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em qualquer local, independentemente de autorização ou de prévio aviso à autoridade competente.
93. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante
prévia autorização do Poder Público.
94. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdade
de reunião, é certo que:
a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por
ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus.
b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não
está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias excepcionais como no estado de defesa.
c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local.
d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver
portando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião pelo Poder Público.
e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedadepara decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião.
95. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/ 2013) havendo
prévio aviso à autoridade competente e desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, todos podem
reunir-se pacificamente em locais abertos, sem armas, independentemente de autorização.
96. (ESAF/ Ministério da Integração Nacional/2012) o direitode reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da
autoridade pública de trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via pública de
circulação automobilística.
97. (FCC/AJ Arquivologia - TRT 1ª/2011) João, Carlos, Tício,
Libero e Tibério se uniram e fundaram uma associação de vigilantes de bairro, todos armados e uniformizados, sob a alegação que não
treinavam com finalidade bélica. Porém, para se afastar de forma
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absoluta o caráter paramilitar dessa associação não poderão estar presentes os seguintes requisitos:
a) Tempo e princípio da impessoalidade.
b) Tempo e lugar.
c) Pluralidade de participantes e lugar.
d) Lugar e princípio da eficiência.
e) Organização hierárquica e princípio da obediência.
98. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Todos deverão ser compelidos a
associar-se ou a permanecer associado a sindicato na vigência do contrato de trabalho.
99. (FCC/AJAJ-TRT-23ª/2011) As associações
a) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão
administrativa de autoridade competente, desde que tenha sido
exercido o direito de defesa.
b) não poderão ser compulsoriamente dissolvidas em nenhuma
hipótese tratando-se de garantia constitucional indisponível.
c) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial
que haja transitado em julgado.
d) só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial
não sendo o trânsito em julgado requisito indispensável para a sua dissolução.
e) poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisãoadministrativa desde que proferida em segunda instância por órgão
colegiado.
100. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Considere que determinada
associação seja ré em ação judicial que pleiteie a suspensão de suas atividades. Nessa situação hipotética, caso o juiz competente julgue
procedente o pleito, será necessário aguardar o trânsito em julgado
da decisão judicial para que a referida associação tenha suas atividades suspensas.
101. (ESAF/ATRFB/2012) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão do Ministro da Justiça.
102. (ESAF/ATRFB/2012) Ninguém poderá ser compelido a
associar-se ou a permanecer associado, salvo quando houver previsão específica em lei.
103. (ESAF/Técnico Administrativo-DNIT/2013) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
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suspensas por decisão final em processo administrativo no qual tenham sido garantidos o contraditório e a ampla defesa.
104. (FCC/AJAA-TRE-AP/2011) Ulisses foi obrigado a desocupar sua residência porque o Corpo de Bombeiros a requisitou para
acessar e apagar um incêndio no imóvel dos fundos que se alastrava com rapidez e tomava enormes proporções, e que poderia queimar o
referido imóvel, aniquilar todo o restante do quarteirão, causar a morte de um grupo indeterminado de pessoas e danos à comunidade.
Porém, os bombeiros no manuseio das mangueiras de água danificaram todos os móveis e eletrodomésticos que se encontravam
no interior do imóvel. Segundo a Constituição Federal, ao Ulisses
a) está assegurada indenização ulterior de todos os danos causados
pelo Corpo de Bombeiros no combate ao incêndio.
b) não está assegurada indenização ulterior em hipótese alguma,posto que o caso se tratava de iminente perigo público.
c) está assegurada indenização dos danos, limitada de até vintesalários mínimos.
d) está assegurada indenização dos danos, limitada de até quarentasalários mínimos.
e) não está assegurada indenização, posto que o caso se tratava deforça maior, salvo se Ulisses provar que a requisição de sua casa era
dispensável ao combate do incêndio.
105. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No caso de
iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, vedada ao proprietário indenização ulterior na
ocorrência de dano.
106. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a pequena
propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios
de financiar o seu desenvolvimento.
107. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/2012) Apesar de a
propriedade ser protegida pela CF, admite-se o uso pela administração pública de propriedade particular em caso de iminente
perigo público.
108. (CESPE/AJEP-TJES/2011) A requisição, como forma de
intervenção pública no direito de propriedade que se dá em razão de iminente perigo público, não configura forma de autoexecução
administrativa na medida em que pressupõe autorização do Poder Judiciário.
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109. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A propriedade poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse
social, mas sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
110. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) De
acordo com a CF, com o objetivo de fomentar a produção e a renda, a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de qualquer tipo de débito adquirido.
111. (CESPE/Analista-EBC/2011) Será garantida indenização por benfeitorias necessárias nos casos de desapropriação de fazenda que
sedie cultura de plantas psicotrópicas.
112. (ESAF/ Procurador PGFN/2012) Sobre o regime
constitucional da propriedade, é incorreto afirmar:
a) que, no bojo dos direitos fundamentais contemplados naConstituição Federal de 1988, é, concomitantemente, garantido o
direito de propriedade e exigido que a propriedade atenda à sua função social.
b) que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação porutilidade pública, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou
bens da União.
c) que, no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade privada independentemente de prévia disciplina legal ou ato de desapropriação, assegurado ao proprietário
apenas indenização ulterior se houver dano.
d) que no contexto da política de desenvolvimento urbano, o poder
público municipal pode, nos termos de lei específica local e observados os termos de lei federal, exigir do proprietário de área
incluída no plano diretor que promova o seu adequado
aproveitamento sob pena, como medida derradeira, de sua desapropriação mediante justa e prévia indenização com pagamento
em títulos da dívida pública.
e) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, é insusceptível tanto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva quanto,
desde que seu proprietário não possua outra, de desapropriação para fins de reforma agrária.
113. (FCC/TJAA-TRE-PE/2011) No tocante aos Direitos e Garantias Fundamentais, ao autor
a) compete o exercício solidário do direito de utilização de sua obracom a sociedade face o interesse público que se sobrepõe ao privado,
independentemente de prazo.
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b) compete o exercício solidário do direito de publicação de sua obracom a sociedade face o interesse público, independentemente de
prazo.
c) pertence o direito exclusivo de publicação de sua obra,
intransmissível aos herdeiros.
d) pertence o direito exclusivo de utilização de sua obra,
intransmissível aos herdeiros.
e) pertence o direito exclusivo de reprodução de sua obra,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
114. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a lei
assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
115. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) A CF garante o direito de propriedade intelectual e assegura aos autores de inventos industriais
privilégio permanente para a sua utilização, além de proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e outros signos distintivos, considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil.
116. (ESAF/ Analista de Finanças- STN/ 2013) A lei assegurará aos autores de invento industriais privilégio permanente para sua
utilização. 117. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) a sucessão de
bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
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GABARITO:
1 D 25 A 49 D 73 Errado 97 E
2 Errado 26 Correto 50 D 74 Correto 98 Errado
3 Correto 27 Correto 51 Correto 75 Errado 99 C
4 Errado 28 B 52 Errado 76 Errado 100 Errado
5 Errado 29 E 53 Correto 77 Errado 101 Errado
6 Errado 30 Errado 54 Errado 78 Correto 102 Errado
7 Errado 31 Correto 55 Correto 79 Correto 103 Errado
8 Errado 32 Errado 56 A 80 Errado 104 A
9 Correto 33 Errado 57 Errado 81 Errado 105 Errado
10 Correto 34 Correto 58 Errado 82 Errado 106 Correto
11 Errado 35 Errado 59 Errado 83 Certo 107 Correto
12 Errado 36 Errado 60 Errado 84 Errado 108 Errado
13 Correto 37 Correto 61 Errado 85 Correto 109 Errado
14 A 38 Errado 62 Errado 86 Errado 110 Errado
15 Correto 39 Errado 63 Errado 87 Errado 111 Errado
16 Errado 40 Errado 64 Correto 88 Errado 112 B
17 Correto 41 Errado 65 Correto 89 Errado 113 E
18 Correto 42 Errado 66 Errado 90 D 114 Correto
19 Correto 43 Correto 67 Errado 91 Correto 115 Errado
20 Correto 44 Correto 68 Errado 92 Errado 116 Errado
21 Errado 45 Errado 69 Errado 93 Errado 117 Correto
22 Correto 46 Errado 70 Errado 94 D
23 Errado 47 Errado 71 Correto 95 Correto
24 Errado 48 Correto 72 Errado 96 Errado