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Aula do curso exponencial concursos.
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Aula 03
Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ
Professor: Wangney Ilco
Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 03
Prof. Wangney Ilco 2 de 57
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Assunto Pgina
1- Sociedade Cooperativa 02
2- Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) 06
3- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) 12
4- Sociedade Limitada 14
5- Desconsiderao da personalidade jurdica 32
6- Questes comentadas 35
7- Lista de exerccios 49
8- Gabarito 57
Ol pessoal! Tudo beleza?
Vamos seguir com o nosso curso rumo SEFAZ-RJ?
Abraos e boa aula!
Na aula sobre a Teoria da Empresa estudamos as suas excees.
Naquela ocasio, apresentamos as sociedades cooperativas como uma das
excees. Lembram-se? Recordando: as cooperativas so SEMPRE
SIMPLES, independentemente de seu objeto social. Esta uma forma
objetiva de classificar a sociedade cooperativa, semelhante ao empregado pela
Teoria dos Atos de Comrcio, pela qual no importa a forma como a atividade
econmica exercida (art. 982, nico do CC).
(FCC/Procurador Jaboato dos Guararapes-PE/2006)
Independentemente de seu objeto considera-se:
a) simples a sociedade limitada e empresria a sociedade por aes.
b) simples a sociedade cooperativa e empresria a sociedade por aes.
1- Sociedade Cooperativa
Aula 03Sociedade Cooperativa. Microempresa e Empresa de
pequeno porte. EIRELI. Sociedade Limitada. Desconsiderao da
personalidade jurdica.
Nunca tarde demais para ser aquilo que
sempre se desejou ser
George Eliot
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c) personificada a sociedade em comum.
d) personificada a sociedade em conta de participao.
e) no personificada a sociedade simples.
Comentrios:
Questo simples para aquecermos. Percebam que os temas se repetem
nas questes! A alternativa correta a letra b:
Sociedade cooperativasempre simples;
Sociedade por aessempre empresria.
1.1 Legislao aplicvel s cooperativas
As sociedades cooperativas so regidas da seguinte maneira, iniciando-
se com sua lei especial:
1.2 Definio de sociedade cooperativa
Pois bem, vamos definir a sociedade cooperativa pelo esquema a seguir
(art. 3 e 4 da LCoop):
Observemos acima que num primeiro momento as cooperativas no
possuem o objetivo principal de lucro; o objetivo primeiro das
sociedades cooperativas a colaborao mtua entre os associados.
Porm, a distribuio das sobras lquidas ou dos resultados do exerccio
prevista na lei das cooperativas (art. 4, VII, da LCoop) e no Cdigo Civil (art.
1.094, VII). A distribuio desses lucros proporcional s operaes
Lei n 5.764/71 - Lei das Cooperativas (LCoop)
Arts. 1.093 - 1.096 do Cdigo Civil
Regras das sociedades simples
Sociedade cooperativa
Contribuio - bens ou servios
Atividade econmica - para proveito comum
Prestao de servios aos associados
No se sujeita falncia
Sociedade de pessoas
Natureza jurdica prpria - civil
SEM objetivo de lucros
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realizadas pelo associado/scio, salvo deliberao em contrrio da
Assembleia Geral, podendo ainda ser atribudo juro fixo ao capital realizado.
1.3 Caractersticas das cooperativas
Vejamos agora as principais caractersticas das sociedades cooperativas.
Obs: DIVERGNCIA Registro das cooperativas: Pessoal, tenham
ateno numa possvel questo quanto ao local de registro das sociedades
cooperativas: Junta Comercial ou RCPJ. Temos divergncias. A tendncia
que seja no RCPJ. Acho pouco provvel que a FCC toque neste assunto,
mesmo j tendo sido cobrado na prova do ICMS-RJ pela FGV:
(FGV / ICMS-RJ / 2009) Assinale a alternativa correta:
e) Cooperativa de Leite Vaquinha Ltda., com sede na cidade do Niteri, deve
ter os seus atos constitutivos e os demais atos societrios registrados no
Registro Pblico de Empresas Mercantis da cidade do Rio de Janeiro.
Comentrios
A afirmativa est incorreta. Como justificativa, foi considerado que por
ser uma sociedade simples o seu registro deve ser no RCPJ, conforme
determina os arts. 998 e 1.150 do CC. Outro ponto que a sua sede em
Niteri, logo o registro no poderia ser na cidade do Rio de Janeiro. Beleza?
Outras caractersticas das sociedades cooperativas podem ser vistas
abaixo e esto no CC (art. 1.094) e na LCoop (art. 4):
Nmero ilimitado de associados,
SALVO impossibilidade tcnica de
prestar servios
Deve ter o mnimo necessrio de
associados administrao. Adeso
voluntria.
Variabilidade ou dispensa do
capital social quotas-partes
Intransferibilidade das quotas a
terceiros, mesmo que por herana
Cooperativa
Estatuto Social (art. 21, LCoop)
Sede, prazo de durao, direitos e deveres, nmero mnimo de
associados
Modo de administrao e fiscalizao
Nome empresarial
Denominao - expresso "cooperativa"
No pode usar a expresso "Banco"
Registro
RCPJ - (art. 998 e 1.150, CC)
Junta Comercial (art. 18, 6, LCoop)
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(pois sociedade de pessoas).
Singularidade de votos cada scio
tem direito a um s voto
Indivisibilidade do fundo de reserva
Qurum para a assembleia funcionar fundado n de scios presentes
reunio e no no capital social.
1.4 Responsabilidade dos scios da cooperativa
A responsabilidade dos scios nas sociedades cooperativas pode ser:
Portanto, a responsabilidade do scio/associado vai definir se as
sociedades cooperativas sero de responsabilidade ilimitada ou limitada.
Ressalta-se, porm, que o scio/associado SOMENTE ir responder perante
terceiros depois de judicialmente exigido da cooperativa (art. 13, LCoop); ou
seja, observa-se o benefcio de ordem que tratamos na aula passada.
(FCC / Juiz de Direito Substituto-TJ-AP / 2009) Em
relao s sociedades, correto afirmar que:
b) na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos scios ser sempre
limitada.
Comentrios
Pelo nosso esquema acima, podemos concluir que esta afirmativa est
incorreta, pois a responsabilidade dos scios pode ser limitada ou ilimitada
(art. 1.095, CC).
1.5 rgos e administrao das sociedades cooperativas
Meus amigos, acredito que os pontos mais interessantes de serem
cobrados em prova j estudamos acima, ok? Se algo diferente for cobrado
pegar a todos de calas arreadas! A estratgia acerca do que
Responsabilidade dos scios - Cooperativas
LIMITADA
ao Valor das suas quotas
Pelo valor do prejuzo social e sua
participao nele
ILIMITADA
Pessoal, solidria e ilimitadamente pelas
obrigaes sociais
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estudar/descartar tambm importante para a aprovao. Afinal, no
queremos formar doutores em cooperativas, certo? O lance ser objetivo e
marcar o X na alternativa correta, beleza? Vambora ento!!! Deste modo, a
parte seguinte ser estudada de forma geral, conforme previsto na lei das
cooperativas, ok?
So rgos das cooperativas:
Assembleia Geral (art. 38) rgo supremo da cooperativa com poderes
para decidir os negcios e vinculam a todos os associados.
Diretoria e Conselho de Administrao responsvel pela administrao
das sociedades cooperativas (art. 47). Porm o estatuto poder criar outros
rgos de administrao. Os membros do Conselho de Administrao so
eleitos pela AG e possuem mandato no superior a 4 anos.
Conselho Fiscal fiscaliza a administrao da cooperativa.
No mais, ressalta-se que os administradores das cooperativas NO
respondem pessoalmente pelas obrigaes contradas em nome da
sociedade cooperativa, porm respondem com ela SOLIDARIAMENTE se
procederem com culpa ou dolo pelos prejuzos causados. Neste ltimo
caso, se a cooperativa ratificar esses atos ou deles lograr xito, passar a ser
responsvel (art. 49 da LCoop).
(FCC / OAB-ES / 2005) Na sociedade cooperativa:
a) cada scio tem direito a um s voto nas deliberaes, tendo ou no capital
a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participao.
b) cada scio ter direito a voto proporcionalmente sua participao no
capital da sociedade.
c) no dispensvel o capital social.
d) a responsabilidade dos scios no poder ser limitada.
Comentrios
A letra a) est conforme o art. 1.094, VI, sendo o nosso gabarito
singularidade de votos. Logo o voto no proporcional e a letra b) est
incorreta. J a c) est incorreta tendo em vista a variabilidade ou dispensa do
capital social nas sociedades cooperativas. E, por fim, a letra d) est incorreta
porque a responsabilidade dos scios poder ser limitada ou ilimitada.
Pessoal, a microempresa e a empresa de pequeno porte so mais
conhecidas pelo enquadramento da atividade econmica no chamado Simples
Nacional objetivando a obteno de vantagens no pagamento de impostos e
2- Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)
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contribuies. Porm, de forma mais abrangente oferecido um regime
tributrio diferenciado, simplificado e favorecido queles considerados
como ME e EPP previstos na Lei Complementar 123/2006. Ressalta-se o
carter opcional desse enquadramento.
2.1 Legislao aplicvel s ME e EPP
As regras e determinaes aplicveis s ME e EPP esto previstas em
lei complementar, nos termos permitidos pela Constituio Federal.
Desse modo, a LC 123/2006 prev o tratamento diferenciado e
favorecido s ME e EPP, simplificando obrigaes, especialmente no que se
refere:
Ento estes seriam exemplos do tratamento diferenciado e favorecido s
ME e EPP. Agora, pergunto: quem pode se enquadrar como ME e EPP e desta
forma obter tal tratamento? Vejamos:
2.2 Quem pode ser considerado ME e EPP?
Legislao ME e EPP
Constituio Federal
(arts. 146, 170 e 179)
Tratamento diferenciado e favorecido
Simplifica obrigaes administrativas, tributrias, previdncirias e creditcias
LC n 123/2006
Tambm chamado de Estatuto da ME e EPP
Estabelece Normas Gerais no mbito da Unio, Estados e
Municpios
Tratamento diferenciado e favorecido
Regime nico de arrecadao -impostos e
contribuies
SIMPLES NACIONAL
Obrigaes trabalhistas e
previdencirias
Acesso ao crdito e ao
mercado
Prefernciaaquisio
bens/servios pelos poderes pblicos
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
Sociedade Empresria
Sociedade Simples
EIRELIEmpresrio Individual
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Pois bem, obviamente que essas pessoas devem estar regularmente
inscritas no Registro Pblico das Empresas Mercantis (RPEM) ou no Registro
Civil das Pessoas Jurdicas (RCPJ), conforme o caso. Alm disso, tendo em
vista que exercem pequenas atividades econmicas, devem obedecer ao
seguinte critrio para o enquadramento como ME e EPP: RECEITA BRUTA
ANUAL.
Importa destacar que a definio de RECEITA BRUTA : o produto
da venda de bens e servios nas operaes de conta prpria, o preo dos
servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia,
EXCETO as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
No entanto, os limites de receita bruta anual para ME e EPP podem ser
proporcionais aos meses (ou sua frao) de efetiva atividade no ano-
calendrio, a fim de que seja enquadrada como tal. No mais, algumas
pessoas jurdicas, expressamente, esto excludas do regime
diferenciado da ME e EPP. Dentre elas (art. 3,4):
Que possua outra pessoa jurdica participante de seu capital social;
Cuja sede seja no exterior ou seja, ela filial, sucursal, agncia ou
representao;
Cooperativa, salvo as de consumo (estas no esto excludas);
Sociedades por aes;
Resultante de ciso ou outra forma de desmembramento;
Bancos e instituies financeiras.
Obs: Em razo do enquadramento ou desenquadramento do empresrio ou da
sociedade, os contratos anteriormente firmadosNO sofrem qualquer
alterao, denncia ou restrio. Logo, os contratos firmados no sofrem
influncia por conta do tratamento diferenciado obtido pelas ME e EPP.
MICROEMPRESARECEITA BRUTA ANUAL
at R$ 360 mil
EMPRESA DE PEQUENO PORTE
RECEITA BRUTA ANUAL entre
R$ 360 mil e R$ 3,6 milhes
R$ 360mil R$ 3,6 milhes
Receita Bruta Anual
ME EPP
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2.3 ME e EPP: Inscrio e Baixa
E como se daria a solicitao de enquadramento nesse regime
diferenciado?
Bem, em termos gerais, a LC 123/06 possibilita a desburocratizao, a
unicidade e a simplicidade no processo de registro e inscrio nos 3
mbitos de governo (Unio, Estados e Municpios). Assim, as ME e EPP
podero iniciar imediatamente, aps o ato de registro, suas atividades a
partir de um Alvar de Funcionamento Provisrio concedido pelo
Municpio, EXCETO no caso em que o grau de risco da atividade seja
considerado alto.
Ainda, destaca-se que o registro ocorre independente de
regularidade de obrigaes tributrias, previdencirias ou trabalhistas,
principais ou acessrias, alm de reduzidos a zero os valores das taxas,
emolumentos e demais custos para registro, inscrio, alvar, licena e
cadastro.
Com relao baixa nos registros dos rgos pblicos, o titular, o
scio ou o administrador da ME ou EPP que se encontre SEM movimento h
mais de 12 meses poder solicitar a baixa independente do
pagamento de dbitos tributrios, taxas ou multas devidas. Neste caso,
ficam RESPONSVEIS SOLIDRIOS os titulares, scios e administradores
do perodo de ocorrncia dos respectivos fatos geradores.
Por fim, relembrando o nome empresarial, as ME e EPP acrescentaro
sua firma ou denominao as expresses Microempresa ou Empresa de
Pequeno Porte, ou suas respectivas abreviaes, ME ou EPP, conforme o
caso, sendo facultativa a incluso do objeto da sociedade. Beleza?
(FCC / Analista de ControleTCE-PR / 2011) A
microempresa ou empresa de pequeno porte:
a) ter funcionamento autorizado por meio de alvar definitivo,
independentemente do grau de risco da atividade exercida.
b) s poder registrar seus atos constitutivos, suas alteraes e baixas com a
prova da regularidade de obrigaes tributrias, previdencirias ou
trabalhistas dos empresrios e pessoas jurdicas que a formem.
c) obtm sua receita bruta pelo produto da venda de bens e servios nas
operaes de conta prpria, no preo dos servios prestados e no resultado
das operaes em conta alheia, includas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos.
d) ter como implicao alterao, denncia ou restrio dos contratos
anteriormente firmados por ela, ao ser enquadrada como tal.
e) abrange a sociedade empresria, a sociedade simples e o empresrio,
assim definido no Cdigo Civil, devidamente registrados no Registro de
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Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, conforme o
caso e preenchidos os demais requisitos legais.
Comentrios
a) Incorreta. O funcionamento da ME e EPP ser autorizado pelo Municpio
atravs de Alvar de Funcionamento Provisrio (art. 7, da LC 123/06), e
no definitivo. As vistorias sero feitas depois, exceto quando a atividade for
de alto risco.
b) Incorreta. O registro dos atos constitutivos das ME e EPP ocorrer
independente da regularidade de obrigaes tributrias, previdencirias ou
trabalhistas (art. 9, LC 123/06).
c) Incorreta. As vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos
esto excludos do conceito de receita bruta, para os efeitos pretendidos pela
LC 123/06.
d) Incorreta. Em respeito ao princpio da conservao dos contratos, o
enquadramento e desenquadramento da condio de ME e EPP no implica a
alterao, denncia ou restrio do que foi firmado anteriormente em contrato
(art. 3, 3, da LC 123/06).
e) Correta. Conforme a nossa esquematizao, o empresrio, a sociedade
simples e a empresria podem ser enquadradas como ME e EPP (art. 3, LC
123/06).
Destaca-se, ainda, que as ME e EPP no atuam somente no mercado
interno nacional. Elas podem atuar tambm no mercado internacional
realizando negcios de compra e venda de bens por meio de sociedade de
propsito especfico, quando optante pelo Simples Nacional (art. 56, LC
123/06).
2.4 Microempreendedor Individual - MEI
O MEI tambm possui previso na LC 123 - o pequeno empresrio
que trabalha por conta prpria:
MEI -microempreendedor
individual
Empresrio individual
Receita Bruta at R$ 60 mil
Optante pelo Simples Nacional
No esteja impedido de ser MEI
Benefcio -opo de
recolhimento
de impostos e contribuies do Simples Nacional
em valores fixos mensais, independente da receita bruta
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Portanto, pelo exposto acima alguns esto impedidos e no podem se
valer da sistemtica do MEI. Esto impedidos de ser MEI:
Quem possui mais de um estabelecimento;
Quem participa de outra empresa, como titular, scio ou administrador;
Quem contrata empregado.
Porm, permitido que o MEI tenha um nico empregado que receba
salrio mnimo ou o piso salarial da categoria (art. 18-C, LC 123/06).
Obs: PEQUENO EMPRESRIO Arts. 970 e 1.179 do CC: em relao
inscrio dos atos constitutivos, estudados que a lei deve assegurar
tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresrio rural e ao
pequeno empresrio. Alm disso, vimos que o pequeno empresrio estaria
dispensado de manter um sistema de contabilidade e escriturao, bem como
de levantar anualmente balano patrimonial e de resultado econmico. A
definio do pequeno empresrio s veio com o art. 68 da LC 123/06
,equiparando o PEQUENO EMPRESRIO ao MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL. Logo, o pequeno empresrio mencionado no Cdigo Civil o
MEI. Beleza?
Bem, pessoal, esses so os aspectos gerais acerca da ME e EPP,
conforme a sua Lei Geral/Estatuto (LC 123/06). Acredito que no seja
necessrio nos aprofundarmos muito no assunto, mesmo porque as questes
cobradas at o momento pela nossa banca versam sobre os aspectos gerais
deste assunto. Outras bancas idem! Tranquilo? Ento, vamos ver uma questo
sobre o assunto e tambm para relembrarmos aulas anteriores.
(FCC / Juiz Substituto-TJ-GO / 2012) Em relao
atividade empresarial, INCORRETO afirmar:
a) Poder o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido,
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais
ou pelo autor da herana.
b) Independentemente de seu objeto, considera-se empresria a sociedade
por aes; e, simples, a cooperativa.
c) Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou servios, para o exerccio de atividade
econmica e subsequente partilha, entre si, dos resultados.
d) A pessoa legalmente impedida de exercer atividade prpria de empresrio,
se a exercer, responder pelas obrigaes contradas.
e) No impedimento do tratamento jurdico diferenciado s empresas de
pequeno porte ou microempresas que participem elas do capital de outra
pessoa jurdica ou que sejam constitudas sob a forma de cooperativas.
Comentrios
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a) Correta. Literal ao art. 974, CC. Representa exceo a regra da capacidade
civil para o exerccio da atividade empresarial.
b) Correta. Literal ao art. 982, nico, CC.
c) Correta. Literal ao caput, art. 981, CC. Representa o conceito de sociedade.
d) Correta. Literal ao art. 973, CC. O indivduo no pode dar uma bobinho e
usar a sua condio de impedido de exercer a atividade de empresrio para se
livrar das obrigaes assumidas.
e) Incorreta. Alternativa trata dos impedimentos para a obteno do
tratamento diferenciado conferido s ME e EPP pela LC 123/06. O 4 do art.
3 traz os impedidos.
Bem, pessoal, este um tema relativamente novo, portanto muito
propcio de cair em nossa prova, embora ainda no tenha sido cobrado por
nossa banca. Porm, j foi tema de outras bancas. Ok? Vamos l ento!
A empresa individual de responsabilidade limitada, EIRELI, foi criada
pela lei n 12.441/2011 como nova forma de organizao do empresrio
individual; no um novo tipo de sociedade, ok? Ela foi inserida no art. 980-
A do CC. Vejamos ento suas caractersticas de forma esquematizada:
*Obs: Divergncia no registro: o CC silencia e no pacfico o registro
onde a EIRELI deve ser registrada. O mais aceito que se for de natureza
empresria deve se registrar no RPEM; se de natureza simples, no RCPJ.
**Obs: Divergncia se pessoa jurdica pode constituir EIRELI: o CC
menciona apenas pessoa. O Departamento Nacional do Registro do Comrcio
considera que apenas pessoa natural poder constituir EIRELI. Acredito que a
banca no tocar nestes dois pontos, de qualquer forma bom levar esse
conhecimento para a prova.
EIRELI
Pessoa Jurdica de Direito Privado (art. 44,CC)
*Inscrio no registro competente: RPEM ou RCPJ
Constituda por nica pessoa
Titular de todo o capital social
**Pessoa Natural ou Jurdica
Capital social
Totalmente integralizado
No inferior a 100 salrios-mnimos vigente
Nome empresarialFirma ou Denominao +
"EIRELI"
3- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)
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O objetivo e a principal caracterstica da EIRELI esto relacionados
responsabilidade pelas dvidas sociais. Neste caso, a EIRELI responder
com o seu prprio patrimnio por suas dvidas, por conta da separao
patrimonial tal qual ocorre nas sociedades limitadas. Inclusive, as regras das
sociedades limitadas so aplicadas EIRELI no que couber. Portanto, a
responsabilidade na EIRELI limitada ao seu patrimnio, podendo ser
ainda ser aplicado o princpio da desconsiderao da personalidade jurdica.
Vejamos outras disposies acerca da EIRELI:
A constituio da EIRELI de forma derivada ocorre quando as quotas
de outro tipo de sociedade encontram-se concentradas nas mos de um nico
scio. Logo, temos uma sociedade unipessoal. Ento, em observncia ao
princpio da preservao da atividade econmica, a lei possibilita a
transformao da sociedade unipessoal em EIRELI (ou em empresrio
individual), j que a falta de pluralidade de scios alm do prazo de 180 dias
um caso de dissoluo da sociedade (art. 1.033, IV, CC). Ento, o art. 980-A,
3 combinado com o art. 1.033, nico possibilita a transformao da
sociedade unipessoal em EIRELI atravs de requerimento ao RPEM.
Por fim, relembra-se que a EIRELI tem a possibilidade de
enquadramento em ME e EPP, nos termos previstos no art. 3 da LC
123/06. Alm disso, destaca-se que um profissional da rea intelectual,
artstica ou cientfica, que seja detentor de direitos patrimoniais de sua obra
ou criao, poder constituir EIRELI para a prestao de servios e, assim,
explorar comercialmente e diretamente a sua obra ou, ainda, poder ceder
tais direitos patrimoniais EIRELI que preste esse tipo de servio (art. 980-A,
5).
(TRT 3 / Juiz do Trabalho / 2013) Relativamente
empresa individual de responsabilidade limitada, disciplinada pela Lei n
12.441, de 11 de julho de 2011, incorreto afirmar:
a) A empresa individual de responsabilidade limitada ser constituda por uma
nica pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente
integralizado, que no ser inferior a 50 (cinquenta) vezes o maior salrio-
mnimo vigente no Pas.
Pessoa natural - EIRELI
S pode figurar numa nica EIRELI
titular de todo o capital social
Constituio da EIRELI
Originria - J criada na forma de EIRELI
Derivada - transformao de outro tipo social em EIRELI
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b) O nome empresarial dever ser formado pela incluso da expresso
"EIRELI" aps a firma ou a denominao social da empresa individual de
responsabilidade limitada.
c) A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade
limitada somente poder figurar em uma nica empresa dessa modalidade.
d) A empresa individual de responsabilidade limitada tambm poder resultar
da concentrao das quotas de outra modalidade societria num nico
scio, independentemente das razes que motivaram tal concentrao.
e) Poder ser atribuda empresa individual de responsabilidade limitada
constituda para a prestao de servios de qualquer natureza a
remunerao decorrente da cesso de direitos patrimoniais de autor ou de
imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa
jurdica, vinculados atividade profissional.
Comentrios
De cara a nossa resposta a letra a) que est incorreta devido a
mencionar o valor de 50 vezes o maior salrio-mnimo, quando o correto
seria 100, conforme o caput do art. 980-A, CC. As demais esto de literais
aos pargrafos do mesmo artigo: 1, 2, 3 e 5.
Bem, pessoal, a sociedade limitada corresponde ao tipo societrio mais
utilizado no pas, justamente pelas suas caractersticas de responsabilidade
limitada dos scios e sua constituio por contrato social. A
esquematizao vai nos dar uma ideia geral do que seria uma sociedade
limitada e as regras aplicveis a ela:
Quanto responsabilidade dos scios, a regra que cada scio
responda at o valor de sua participao no capital social quando todo
integralizado. Caso no esteja todo integralizado, os scios respondem
solidariamente pela integralizao do capital subscrito ou prometido nos
termos do contrato social. Inclusive, os condminos (co-proprietrios) de
Sociedade Limitada
Responsabilidade dos scios
Restrita (limitada) ao valor das quotas
Todos so solidrios pelaintegralizao do capital social
Regras prprias
Art. 1.052 a 1.087
Sociedades simples -subsidiariamente
Sociedade annima - SE o contrato social prever
4- Sociedade Limitada
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quotas respondem solidariamente pelas prestaes necessrias sua
integralizao (art. 1.056, 2). Logo, esta responsabilidade solidria dos
scios pela integralizao do capital social e NO pelas dvidas da
sociedade.
RESPONSABILIDADE LIMITADA perante terceiros at o valor da quota;
RESPONSABILIDADE SOLIDRIA pela integralizao do capital social.
Obs: Notemos, ento, que limitada a responsabilidade dos scios e no da
sociedade. Alis, a sociedade limitada responde normalmente com seu
patrimnio pelas obrigaes sociais.
Obs: Porm, ILIMITADA a responsabilidade do scio pela deliberao
contrria (infringente) lei ou contrato (art. 1.080).
(FCC / Juiz Substituto-TJ-AP / 2009) Em relao s
sociedades, correto afirmar que:
d) na sociedade limitada a responsabilidade de cada scio solidria em
relao ao total das dvidas sociais.
Comentrios
Como vimos, a responsabilidade solidria dos scios na sociedade
limitada em relao integralizao do capital social e no pelas dvidas
sociais, ou seja, qualquer scio poder ser chamado para compor o capital
social faltante, mesmo aquele que j integralizou a sua quota. Incorreta,
conforme o caput do art. 1.052, CC.
(ESAF / Procurador da Fazenda Nacional / 2006) Em
caso de omisso na regulamentao sociedade limitada, aplicam-se os
dispositivos da sociedade simples, e apenas supletivamente os da sociedade
annima e desde que tal aplicao esteja prevista no contrato social, no
sendo possvel usar de dispositivos da lei de sociedade annima quando a
matria estiver regida por artigos do Cdigo Civil no captulo relativo
limitada.
Comentrios: Afirmao nos termos do art. 1.053, CC. Correta.
4.1 Constituio e contrato social
Recordando: na aula 01 vimos o registro da empresa, que se aplica
sociedade limitada. Assim, a sociedade limitada dever levar seu contrato
social para registro no orgo prprio: se tratar-se de empresria o registro
ser na Junta Comercial; se simples, ser no Registro Civil das Pessoas
Jurdicas (RCPJ). Esta ao de registro da sociedade dever ocorrer no prazo
de 30 (trinta) dias contados da constituio da sociedade. Caso a
apresentao dos atos constitutivos da sociedade ocorra aps esse prazo, o
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efeito do arquivamento (regularidade da sociedade) s ter eficcia a partir da
data do deferimento, no retroagindo a data de assinatura do contrato.
Com relao ao contrato, as disposies do art. 997 do CC que vimos na
aula anterior sobre sociedade simples devem ser inseridas no contrato no que
couber.Ento, as regras que vimos para as sociedades simples pura na aula
anterior tambm podem ser empregadas para as limitadas, beleza pessoal?
Ento vamos seguir!
4.2 Nome empresarial
O nome empresarial da sociedade limitada pode ser firma ou
denominao, sendo privativo dos administradores que tenham os
necessrios poderes. Vejamos:
4.3 Capital Social da sociedade limitada
As caractersticas do capital social da sociedade limitada so:
Nome empresarial sociedade limitada
Sempre com expresso "limitada" ou "Ltda"
Firma
Nome de um ou mais scios -
pessoas fsicas
Denominao
Deve designar o objeto da sociedade
Capital social
Contribuio em qualquer especie de bens
Scios so solidrios pelo valor exato dos bens, at 05 anos do registro da sociedade
Proibida a contribuio em servios
Dividido em quotas, iguais ou desiguais
Cada scio pode possuir uma ou mais quotas
A quota indivisvel em relao sociedade
A quota no pode ser fracionada
Mas pode ser partilhada quando transferida a terceiro
ou scio
Pode conter
Omisso da expresso responsabilidade SOLIDRIA e
ILIMITADA dos administradores que
assim omitirem
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Portanto, observa-se que a contribuio em servios por scio
admitida somente na sociedade simples pura e na cooperativa. Destaca-
se, ainda, que no caso das quotas partilhadas (co-propriedade, condomnio) os
direitos inerentes a ela somente podem ser exercidos pelo condmino
representante, ou pelo inventariante do esplio de scio falecido.
Com relao especificamente quota social, ela pode representar
direitos de natureza distinta:
4.2 Princpios do Capital Social
Vejamos os princpios mais importantes que norteiam o capital social
no somente das limitadas, mas das sociedades em geral:
Tais princpios so protees a terceiros que negociam com a sociedade.
Assim, os scios devem repor os lucros distribudos, mesmo autorizados no
contrato, quando significarem reduo do capital social (art. 1.059), bem
como devem responder solidariamente pelo prazo de at 5 anos do registro da
sociedade pela EXATA estimao dos bens conferidos ao capital social (art.
1.055, 1).
4.3 Cesso de quotas na sociedade limitada
Quota social
NATUREZA
Direito Patrimonial
Participao nos lucros
Partilha do ativo -dissoluo da sociedade
Direito Pessoal
Status de scio - exame de livros, fiscalizao, etc.
Princpios do capital social
Intangibilidade
No pode distribuir lucros com prejuzo do
capital
Realidade
O capital deve refletir o valor exato das
participaes
Unidade
No comporta divisesentre filiais, por
exemplo
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Bem, h a cesso de quotas por meio da transferncia de sua
titularidade para outro scio ou parta terceiros. A cesso das quotas, ainda,
poder ser de forma total ou parcial. Vejamos:
Pessoal, importante sabermos que a esquematizao acima somente
aplicada no caso de OMISSO DO CONTRATO SOCIAL, pois este poder
estabelecer regras para a cesso de quotas conforme a vontade dos scios,
ok? Assim, pelas regras do Cdigo Civil (art. 1.057), a sociedade limitada
possui natureza de sociedade de pessoas, visto que a entrada de
estranhos no quadro social depende da aprovao dos scios. Alm
disso, fortalecendo a natureza de sociedade de pessoas, no caso de
falecimento de scio deve-se adotar a regra da sociedade simples (art. 1.028),
pela qual a regra geral a liquidao da quota do falecido e apurao de
haveres. Vimos este assunto na Aula 02, item 6.1.8.
Por outro lado, o contrato social poder estipular a facilidade na entrada
de terceiros na sociedade limitada e adotar as normas das sociedades
annimas e, assim, ter a natureza de sociedade de capital.
4.4 Penhora de quotas
O scio da sociedade poder contrair dvidas pessoais e no ter
condies de san-las, restando apenas sua quota como um direito
patrimonial. O credor, ento, poder se satisfazer da penhora da quota?
Bem, pessoal, primeiramente a penhora ato judicial coercitivo em
processo de execuo que garante bens do devedor para o pagamento de
terceiros e que vista como um princpio de alienao. Como bem
patrimonial, no h proibio para a penhora da quota de sociedade,
ok? As decises judiciais so no sentido de permitir a penhora de quota,
mesmo em sociedade de pessoas. A grande discusso gira em torno da
entrada de pessoa estranha na sociedade por conta da penhora da quota do
scio devedor. Todavia, a penhora da quota no significa a entrada
imediata de terceiro na sociedade. Assim, o art. 1.026 do CC referente s
sociedades simples aplicado subsidiariamente s sociedades limitadas e
teremos o seguinite em relao penhora da quota na sociedade limitada, em
caso de dvidas do scio:
Cesso de quotas total ou parcial
Para scioNo depende de audincia
dos demais scios
Para terceirosSe no houver oposio de
1/4 do capital social
Deve ser averbada para
ter eficcia
At 2 anos - cedente e cessionrio so solidriospelas obrigaes anteriores
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Por fim, o credor particular do scio ainda poder requerer a liquidao
da quota como medida adicional, ensejando a possibilidade de EXCLUSO
DO SCIO DE PLENO DIREITO (art. 1.030, nico). Assim, a quota ser
apurada conforme vimos na Aula 02 (apurao dos haveres):
Obs: H a responsabilidade do scio pelas obrigaes sociais at DOIS ANOS
aps a averbao da resoluo da quota da sociedade na Junta Comercial.
(CESPE / Juiz Substituto-TJ-PB / 2011) A respeito da
disciplina aplicvel s sociedades limitadas, assinale a opo correta.
c)A penhora de quotas da sociedade limitada no permitida pelo
ordenamento jurdico, pois isso implicaria admitir, sem autorizao dos scios,
o ingresso de pessoas estranhas na sociedade.
Comentrios
Como vimos, permitida a penhora das quotas da sociedade limitada,
que ser liquidada para pagamento do credor do scio. Isto no significa o
ingresso de pessoas estranhas na sociedade, sem autorizao dos scios.
Incorreta (art. 1.026).
Busca de outros bens em nome do scio devedor
Ento, o credor PODER requerer a PENHORA DAS QUOTAS DO SCIO DEVEDOR - execuo
Bens insuficientes - executa-se os lucros que couber ao scio. Se dissolvida a sociedade -
executa-se a parte que couber ao scio na liquidao
Apurao dos haveres
Quota = Montante efetivamente realizado.
Regra geral: Quota ser liquidada
C/ Base na situao patrimonial na data da
resoluo
Em balano patrimonial especial
Paga em dinheiro em 90 dias da liquidao
SALVO estipulao contratual em contrrio
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4.5 Scio remisso na sociedade limitada
Pessoal, precisaremos revisar a parte que trata do scio remisso na Aula
02, item 6.1.2, ok? Adicionalmente quelas regras da sociedade simples,
temos o seguinte para a sociedade limitada em relao ao scio remisso e o
destino de suas quotas (art. 1.058), sendo opo dos demais scios:
Nestes casos, o scio remissoexcludo ter direito s entradas por ele
realizadas deduzindo as despesas/juros de mora, as prestaes estabelecidas
em contrato e demais despesas evitando o enriquecimento sem causa dos
demais.
(ESAF / Auditor Fiscal do Trabalho / 2010) Sobre as
quotas da sociedade limitada, assinale a opo correta.
a) Os scios podem realizar suas quotas mediante prestao de servios.
b) No integralizada a quota do scio remisso, os outros scios podem tom-
la para si ou transferi-la a terceiros, nos termos da lei.
c) O capital pode ser dividido somente em quotas iguais.
d) As quotas so consideradas divisveis em relao sociedade.
e) Pela exata estimao dos bens dados em realizao das quotas responde
apenas o respectivo scio.
Comentrios
a) vedada a contribuio em prestao de servios na sociedade limitada,
art. 1.055, 2. Incorreta.
b) o que acabamos de ver acerca do destino das quotas do scio remisso,
art. 1.058. Correta.
c) O capital social da sociedade limitada pode ser divido em quotas iguais ou
desiguais, art. 1.055. Incorreta.
d) As quotas so consideradas indivisveis em relao sociedade, como
regra, EXCETO no caso de transferncia, como j vimos (art. 1.056).
Incorreta.
Quotas do scio remisso
Tomar para siTransferir para
terceiros
Reduo do capital e excluso do remisso
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e) Como vimos em nossa esquematizao mais acima, os scios so solidrios
at o prazo de 5 anos pela exata estimao dos bens a serem integralizados
(art. 1.055, 1). Princpio da realidade do capital social.
4.5 Direito de retirada do scio
Como vimos na aula anterior na parte da sociedade simples, o direito de
retirada do scio um ato unilateral por vontade prpria do scio, que
decide sair da sociedade. Assim, remeto o caro leito ao tpico 6.1.8 da Aula 02
na parte que trato deste assunto nas sociedades simples (art. 1.029), pois
aplica-se sociedade limitada.
Adicionalmente a esses casos, ainda temos o direito de retirada para
o scio dissidente, por no concordar com a deliberao social. Portanto, o
scio dissidente da sociedade limitada poder retirar-se dela nos 30 dias
subsequentes reunio que deu causa sua deciso, conforme os casos
abaixo (art. 1.077 e art. 1.114):
Obviamente que o scio dissidente tem o direito de receber o valor de
suas quotas apurado conforme j vimos no caso da penhora mais acima.
Beleza?
4.6 Excluso do scio da sociedade limitada
Pessoal, mais uma vez solicito que leiam novamente a parte que trata
da excluso do scio e excluso de pleno direito nas sociedades simples. o
tpico 6.1.8 da Aula 02. Ento, basta relembrarmos essas duas
esquematizaes, ok?
Pois bem, alm desses casos de excluso do scio que se aplicam s
limitadas, temos os casos especficos previstos no art. 1.085 do CC que
veremos a seguir. Porm antes, ressalta-se que por conta da excluso do
scio dever ser efetuado o registro da alterao contratual, bem como a
apurao dos valores das quotas nos mesmos moldes da penhora de quota
e da retirada do scio que j estudamos.
Assim, abaixo segue a nossa esquematizao sobre os casos
especficos de excluso de scio da sociedade limitada:
Retirada do scio dissidente (vontade prpria)
Modificao do contrato
Operao de Fuso ou
Incorporao
Operao de Transformao, quando
prevista no contrato
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Devido necessidade de maioria dos scios que represente mais da
metade do capital social, a excluso do scio por justa causa retrata bem a
Resoluo da Sociedade em Relao a Scios Minoritrios.
4.7 Administrao da sociedade limitada
A administrao da sociedade limitada compete a um ou mais
administradores,scios ou no, que devem ser devidamente identificados no
contrato social, conforme o art. 997, VI, CC. Porm, o CC prev a nomeao
do administrador em momento posterior atravs de ato separado. Ato
separado? Bem, o ato separado (ou apartado) representa a nomeao do
administrador em documento diferente do contrato, como por exemplo, a ata
de assembleia dos scios, ok? Assim, exige-se aprovao dos scios para a
nomeao de administradores. Ento, temos que:
No caso de administrador no-scio, a sua nomeaodepende da
aprovao dos scios (quorum) conforme a integralizao do capital social
(art. 1.061):
Obs: O Cdigo Civil foi alterado em 2011 e desde ento no h mais a
necessidade do contrato social ter que permitir a designao de administrador
no-scio, ok?
No caso de nomeao por ato separado, seja scio ou no, deve ser
seguido o seguinte procedimento para efetivar a sua nomeao:
Excluso porJusta Causa
Desde que prevista no contrato social
Pela maioria dos scios = mais da metade do capital
Scio - pondo em risco a continuidade da empresa
Em reunio ou assembleia especfica -observncia do direito de defesa
Administrador scio
Nomeado em Ato separado
Mais da metade do Capital
Administrador no-scio
Unanimidadedos scios
Quando Capital no integralizado
2/3 do capital social
Quando Capital integralizado
Administrador nomeado ato
separado
Investidura: at 30dias para assinar termo de posse -
livro de atas
Dez dias seguintes: averbar nomeao
no registro competente
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Caso o termo de posse no seja assinado no prazo de 30 dias da
nomeao, esta no ter efeitos. Esta mesma regra aplicada aos membros
do Conselho Fiscal, que veremos em seguida (art. 1.067, nico).
Porm, o exerccio do cargo de administrador poder cessar a qualquer
tempo pela destituio ou quando encerrar-se o mandato e no houver a
reconduo. Para a destituio do administrador exigi-se a aprovao (ou
deliberao) dos scios conforme o instrumento que o nomeou:
Destaca-se que o contrato social poder dispor de forma diversa para o
caso de destituio de scio-administrador nomeado em contrato.
No mais, o contrato social poder atribuir a todos os scios a
administrao da sociedade, porm no se estende essa condio ao
scio que entrou posteriormente na sociedade; preciso deliberao dos
scios. Agora, no caso de omisso do contrato sobre os administradores, a
administrao da sociedade limitada caber separadamente a cada um dos
scios, por fora do art. 1.013 das sociedades simples (norma subsidirria).
(FCC / Analista Banco Central / 2006)Em uma
determinada sociedade limitada, X, o capital social est dividido entre duas
pessoas jurdicas, A e B, na proporo de 70% e 30%, respectivamente. O
contrato social dessa sociedade omisso em relao a quem exercer a sua
administrao e qual o diploma legal que lhe deve ser aplicado em carter
supletivo. A scia A, por sua vez, tambm apresenta em seu quadro societrio
apenas pessoas jurdicas. J a scia B tem como scio controlador e gerente
uma pessoa fsica. Nesse caso, enquanto no houver a designao do
administrador:
a) a administrao da sociedade X caber scia A, tendo em vista que ela
detm a maioria do seu capital social.
b) tanto a scia A, como a scia B, podero representar e obrigar a sociedade
X perante terceiros, tendo em vista que a administrao caber
separadamente a cada uma delas.
c) a sociedade X somente se obrigar perante terceiros por ato conjunto das
scias A e B, tendo em vista que a administrao da sociedade dever ser
exercida pelas duas scias at que haja a competente alterao do
contrato social.
Administrador DESTITUIO
Nomeado pelo Contrato Social
SCIO: 2/3 do Capital Social
Nomeado em Ato separado
Scio ou no: Mais da metade do Capital Social
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d) a administrao da sociedade X ser exercida exclusivamente pelo gerente
da scia B, tendo em vista que a administrao de uma sociedade limitada
no pode ser exercida por uma pessoa jurdica.
e) a sociedade X no poder contrair obrigaes perante terceiros, at que
seja regularizado o seu contrato social perante a junta comercial.
Comentrios
Como o contrato social omisso em relao aos administradores, a
administrao da sociedade limitada caber a cada um dos scios
separadamente (art. 1.013 c/c art. 1.053). Logo, a nica alternativa correta
a letra b). Porm, pessoal, esta questo serve para tocarmos no seguinte
ponto: a pessoa jurdica pode ser administradora da sociedade limitada? H
certa divergncia. Vimos que somente pessoa natural pode administrar
sociedade simples, certo? Ento, nos termos do art. 997, VI e do art. 1.062,
2, que fala em estado civil, alguns autores entendem que somente pessoa
fsica poder administrar a sociedade limitada. Alm disso, o DNRC veda a
pessoa jurdica como administradora. Porm, outros entendem que no h
vedao expressa no CC para a pessoa jurdica administrar a sociedade
limitada. Assim, nesta questo a nossa banca menciona na parte final da letra
d) que a administrao de uma sociedade limitada no pode ser exercida por
uma pessoa jurdica. A primeira parte da alternativa est evidentemente
incorreta. Agora, a parte final fica a dvida!!!Enfim, tenhamos ATENO,
beleza? Porm a tendncia que somente a pessoa fsica possa
administrar a sociedade limitada, pois no caso de scios pessoas jurdicas
da sociedade limitada, teremo a possibilidade de nomeao de administrador
no-scio. Portanto, pessoa fsica!!Beleza?
4.8 Administrao - Impedidos
Os impedidos de serem administradores da sociedade limitada so os
mesmos j vistos na sociedade simples, nos termos do art. 1.011, 1, CC.
Relembrando:
4.9- Responsabilidade dos administradores da sociedade limitada
Pessoal, as regras que vimos acerca da responsabilidade dos
administradores dasociedade simples no tpico 6.1.6 tambm se aplicam
sociedade limitada por fora do art. 1.053 que estabelece a subsidiariedade
das normas da sociedade simples. Portanto, vale a pena relembrarmos o que
vimos na aula passada sobre este assunto, ok
No podem administrar
Impedidos por lei especial
(serv. pblico, militar,..)
Condenados
(vedao a cargo pblico, crime falimentar, ...)
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Porm, ressalta-se que o contrato social poder tratar dos poderes e
atribuies dos administradores. Alm disso, poder prever a regncia
supletiva das regras das sociedades annimas.Bem, agora vejamos uma
questo sobre o assunto:
(OAB - DF / 2006) Segundo o Cdigo Civil, correta a
assertiva sobre as Sociedades Limitadas:
a) a teoria do ato ultra vires, que isenta a pessoa jurdica da responsabilidade
por atos praticados em seu nome, atinge as sociedades cujo contrato social
omisso quanto ao regime supletivo.
b) a responsabilidade de scios-gerentes das sociedades limitadas no poder
ser solidria com a sociedade.
Comentrios
a) Correta. Sendo o contrato da sociedade limitada omisso acerca das normas
que sero aplicadas a ela de forma supletiva, as regras da sociedade simples
devem ser aplicadas conforme dispe do art. 1.053. Deste modo, temos a
teoria ultra vires que vimos na aula passada (art. 1.015, nico, III), pela
qual o administrador fica responsvel pessoalmente pelos atos praticados
com excesso de poder e evidentemente estranhos ao objeto da
sociedade; esta ficar isenta de responsabilidade perante terceiros.
b) Incorreta. Mais uma vez temos que nos valer das regras da sociedade
simples. Assim, o art. 1.016 diz que a responsabilidade ser solidria e
ilimitada dos administradores perante a sociedade e os terceiros prejudicados
quando agirem com culpa no desempenho de suas funes.
4.10 Conselho Fiscal
Alm da administrao (diretoria), o conselho fiscal um outro rgo
previsto para atuar na sociedade limiatada. No entanto, a sua presena
facultativa. Vejamos!
Conselho Fiscal
rgo Facultativo
Depende de previso contratual
3 ou mais membros e suplentes
Scios ou no residentes no pas
Eleitos em assembleia anual de scios
Resp. solidria perante a
sociedade/terceiros por
culpa no desempenho
de suas funes.
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Um dos membrosdo Conselho Fiscal deve ser eleito pelos
sciosminoritrios que representarem pelo menos um quinto do capital
social. importante ainda destacar que algumas pessoas esto impedidas de
participar do Conselho Fiscal, conforme o seguinte esquema:
E quais seriam as ATRIBUIES do Conselho Fiscal????
EXAMINAR livros e papeis, ao menos trimestralmente, e LANAR no livro
de atas e pareceres;
APRESENTAR assembleia anual dos scios parecer dos negcios;
DENUNCIAR erros, fraudes ou crimes;
CONVOCARa assembleia dos sciosocorrendo motivos graves e
urgentes ou quando os administradores retardarem por mais de 30 dias;
Alm dos deveres acima, outros podem ser previstos por lei ou
contrato. Todas essas atribuies no podem ser outorgados a outro
rgo da sociedade.
4.11 Deliberaes dos scios
Bem, por meio de deliberaes em REUNIO ou ASSEMBLEIA que os
scios decidem o rumo dos negcios da sociedade. Ento cada scio tem o
poder de decidir atravs do seuDireito de Voto. Assim, nos termos do novo
Cdigo Civil, o voto significa a expresso individual da vontade do scio
quotista, ondeas deliberaes dos scios ocorrem segundo o valor de
suas quotas (art. 1.072 c/c art. 1.010).
Deste modo, a Fundao Getlio Vargas (FGV) cobrou o tema direito de
voto em uma de suas questes na segunda prova ICMS-RJ de 2008 e afirmou
o seguinte: no haveria mais no Cdigo Civil a possibilidade de criao
de cotas sem direito a voto de acordo com a aplicao do art. 1072
combinado com o caput do art.1010.Ok? No mais, aplica-se sociedade
limitada as disposies do art. 1.010 e que vimos no tpico 6.1.3 das
sociedades simples.
Pois bem, dada a devida importncia vontade dos scios, o art. 1.071
do CC elencou algumas matrias que devem ser objeto de deciso/deliberao
dos scios em assembleia ou reunio. Vejamos:
Conselho Fiscal -Proibidos
Os proibidos de administrar
Membros dos demais rgos da sociedade ou da controlada
Empregados da sociedade ou da controlada ou dos administradores
Cnjuge ou parente de administrador at 3 grau
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Obviamente que a lei ou contrato social podem indicar outros
assuntos dependentes de deliberao dos scios, como a remunerao dos
membros do Conselho Fiscal (art. 1.068). Dos temas acima, o pedido de
concordata (hoje recuperao judicial) poder ser requerido pelos
administradores sem deliberao dos scios, no caso de urgncia e
autorizao de mais da metade do capital social.
Desse modo, os administradores possuem o DEVER de convocar
ASSEMBLEIA ou REUNIO na forma prevista no contrato para deliberar
acerca daqueles assuntos. Porm, pergunto: quando a deliberao ser em
assembleia de scios E quando ser em reunio de scios? Respondo:
ASSEMBLEIANMERO DE SCIOSMAIORQUE10;
REUNIOAT10SCIOS.
Pois bem, a seguir veremos as regras previstas para a assembleia de
scios, conforme disposto no CC. J para a reunio de scios, se o contrato for
omisso, ela deve seguir as regras previstas para a assembleia, beleza? Ou
seja, o CC prev regras para a assembleia que so aplicadas s reunies de
scios, quando o contrato social no estabelece regras prprias para as
reunies! Show!!!
Vejamos, ento, as seguintes regras previstas para a assembleia:
Dependem da deliberao dos Scios em assembleia ou reunio:
Aprovao das contas dos administradores;
Designao e destituio dos administradores;
Modo de sua remunerao, quando o contrato no estabelecer;
Modificao do contrato;
Incorporao, fuso e dissoluo;
Cessao da liquidao, nomeao e destituio dos liquidantes;
Pedido de concordata.
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importante ressaltar que as deliberaes vinculam TODOS os
scios, mesmo aqueles ausentes da assembleia ou que foram votos vencidos
(dissidentes).
Com relao convocao da assembleia, vimos que um dever dos
administradores, no entanto, caso ocorra omisso da parte deles, a
assembleia poder ser convocada pelos scios ou pelo conselho fiscal (se
existir) conforme abaixo:
Com relao ao Conselho Fiscal, j vimos que est acima uma de suas
atribuies (art. 1.069, V).
Por fim, resta-nos saber o QUORUM de instalao da assembleia, ou
seja, qual seria a quantidade de scios presentes para que a assembleia
prossiga e tenha a validade necessria para as deliberaes?
Assembleia de scios
Convocao da assemb.
Mnimo de 3 convocaes
1 conv.: prazo de 8 dias para realizar a assembleia
Demais convocaes: prazo de 5 dias
Dispensa de convocao
TODOS os scios declaram por escrito cientes da realizao da assembleia
DISPENSADASE os scios decidirem por escrito sobre
o objeto da assembleia
Periodicidademnimo
uma vez ao ano
Realizada nos 4 primeiros meses aps o trmino do exerccio social
Para Tomar as contas dos administradorese design-los quando for o caso
Deliberar sobre o balano patrimonial e de resultado econmico e qualquer outro assunto que conste da ordem do dia.
Convocao Assembleia
Por scio
Administradores retardam por mais de 60 dias
Por scios = Mais de 1/5 do Capital Social
No atendimento em 8 dias do pedido de convocao
fundamentado
Pelo Conselho Fiscal
Adm. retardam por mais de 30 dias OU por motivos graves e
urgentes
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4.12 Qurum de deliberao
Bem, pessoal, agora que j vimos os procedemintos para se instalar
uma assembleia de scios e os assuntos que dependem de sua aprovao,
vamos tratar agora da forma como so aprovadas as deliberaes, conforme a
votao.Portanto, o quorum para aprovao depende do assunto a ser
discutido em assembleia ou reunio, conforme o CC, ok? Ento, abaixo segue
um quadro com os quoruns necessrios para cada assunto. No se assustem,
pois j tratamos de boa parte dos temas e respectivos quoruns, ok?
Quorum Assunto Dispositivo
no CC
UNANIMIDADE
do Capital Social
Nomeao de administrador no-
scio: Capital Social parcialmente
integralizado
Art. 1.061
Dissoluo da sociedade de prazo
determinado
Art. 1.033,II
Transformaoda sociedade Art. 1.114
Mnimo de 3/4
do Capital Social
Modificao do contrato Art.1.071,V
c/c 1.076, I
Nomeao administrador scio Art.1.071, V
c/c 1.076, I
Fuso, incorporao, dissoluo, ou
cessao do estado de liquidao.
Art.1.071,VI
c/c 1.076, I
Mnimo de
2/3do Cap.
Social
Destituio de administrador scio
nomeado por contrato
Art.1.063,1
Nomeao de administrador no-
scio: C.Social totalmente integralizado
Art.1061
Maioria
Absolutado
Nomeao de administrador scio
quando feita em ato separado
Art.1.071,II
c/c 1.076, II
Destituio de administrador scio ou Art.1.071,IIIc/
QUORUM de instalao
1 convocaoTitulares de no mn. 3/4 do
capital social
2 convocaoQualquer nmero de
scios presentes
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Capital Social
mais da
metade do
capital social
no quando em ato separado c 1.076, II
Remunerao dos administradores,
quando no estabelecido no contrato
Art.
1.071,IVc/c
1.076, II
Pedido de concordata (Recup. Judicial) Art. 1071,VIII
c/c 1076, II
Dissoluo da sociedade, quando de
prazo indeterminado
Art.1.033, III
Excluso por justa causa de scio Art. 1.085
Excluso do scio remisso Art. 1.004,
nico
Maioria
simplesdo
Capital Social
Aprovao das contas dos
administradores
Art. 1.071,I
Nomeao e destituio dos liquidantes e
julgamento de suas contas
Art. 1071,VII
c/c 1.076,III
Demais assuntos Art. 1.076,III
Ento, os assuntos com destaque em vermelho so aqueles que no
tratamos no decorrer da aula. Em azul, aqueles que j vimos o quorum de
deliberao dos scios. Beleza?
Por fim, destaca-se que o contrato social poder estabelecer um quorum
diferente do apresentado no quadro acima paradois assuntos:
Destituio de administrador scio quando nomeado por
contrato: pode ser maior ou menor que o quorum de 2/3;
Demais assuntos sujeitos maioria simples: o contrato pode
exigir maioria mais elevada.
4.13 Direito de preferncia
Bem, aps a total integralizao do capital social, os scios podem
deliberar por aument-lo. Neste caso, os scios tero o chamado direito de
preferncia na aquisio das quotas correspondentes ao aumento do
capital, o que mantm o affectio societatis.
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Aps o prazo para o exerccio do direito de preferncia, os scios
devem deliberar em reunio ou assembleia a aprovao da modificao do
contrato com a aquisio das quotas (por scios ou terceiros).
4.14 Reduo do capital social
Como j vimos anteriormente nesta aula, o capital social goza de alguns
princpios que so verdadeiras protees aos credores da sociedade.
Estudamos, ento, os princpios da intangibilidade, da realidade e da unidade
(ou unicidade). Em que pese tais princpios, o capital social poder ser
reduzido nas situaes abaixo com as correspondentes
consequncias:
Seja por perdas irreparveis, seja por excessividade, dever ocorrer a
REDUO DO VALOR NOMINAL DAS QUOTAS, ok? Porm, quando
excessivo em relao ao objeto social, a reduo somente ser eficazSE NO
for impugnada no prazo de 90 dias da publicao da ata da assembleia por
credor quirografrio OUse a sociedade provar o pagamento ou depsito
judicial do valor da dvida alegada pelo credor quirografrio. Ento, somente
depois desse prazo e verificadas tais circunstncias que ser averbada no
RPEM a ata da assembleia que aprovar a reduo.
Direito de preferncia
Para participar do aumento do capital social
Deve ser exercido at 30 dias aps a deliberao
Poder ser cedido parascio ou terceiro
P/ scio: NOdepende de audincia
dos demais scios
P/ terceiro: SE nohouver oposio de mais de 1/4 do capital
REDUO
do capital social
Perdas Irreparveis quando integralizado
Reduo do valor nominal das quotas
Efeitos a partir da averbao no RPEM da ata da assembleia
Quando excessivo em relao ao objeto social
Restituio aos scios de parte das quotas
OU dispensa das prestao ainda devidas
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Pessoal, este o nosso ltimo tema da aula de hoje. Ento, fora!!!
Vamos l!!!
Bem, j sabemos que a sociedade como pessoa jurdica possui
personalidade jurdica, podendo adquirir direitos e contrair obrigaes.
Portanto, temos a chamada separao patrimonial pela qual o patrimnio
da sociedade no se confunde com o patrimnio individual dos scios. Porm,
no intuito de evitar o uso indevido da personalidade jurdica, em certas
circunstncias a regra poder ser afastada pela chamada Teoria da
Desconsiderao da Personalidade Jurdica.
Assim, a Teoria da Desconsiderao da Personalidade Jurdica implica o
afastamento temporrio da personalidade jurdica da sociedade, com a
finalidade de alcanar e responsabilizar diretamente o scio pelas obrigaes
sociais e satisfazer os credores, nas situaes que veremos a seguir.
Esta situao acima est prevista no art. 50 do Cdigo Civil e
chamada de Teoria Maior da Desconsiderao da Personalidade Jurdica.
Observemos que por ela o juiz NO poder decidir de ofcio, somente a
requerimento da parte ou do Ministrio Pblico, quando lhe competir intervir.
(FCC / Promotor de Justia-MPE-PE / 2008)A
desconsiderao da pessoa jurdica:
a) ser configurada apenas com a insolvncia do ente coletivo, sem outras
consideraes.
b) no ocorre no direito brasileiro, dada a separao patrimonial entre
pessoas fsicas e jurdicas.
c) restringe-se s relaes consumeristas.
d) implicar responsabilizao pessoal, direta, do scio por obrigao original
da empresa, em caso de fraude ou abuso, caracterizando desvio de
finalidade ou confuso patrimonial.
e) prescinde de fraude para sua caracterizao, bastando a impossibilidade de
a pessoa jurdica adimplir as obrigaes assumidas.
Desconsiderao da personalidade jurdica - CDIGO
CIVIL
Abuso da personalidade
Desvio de Finalidade
Confuso Patrimonial
Deciso Judicial
Requerimento de parte ou do MP
Obrigaes estendidas aos scios ou administradores
5- Desconsiderao da personalidade jurdica
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Comentrios
a) Incorreta. A mera insolvncia da pessoa jurdica quanto s suas obrigaes
no justifica a aplicao da desconsiderao da personalidade jurdica.
Conforme o nosso esquema acima se faz necessrio configurar o abuso da
personalidade atravs do desvio de finalidade (concepo subjetiva) ou
confuso patrimonial (concepo objetiva).
b) Incorreta. Foi positivada no direito brasileiro, tanto que a estamos
estudando...rs. No mais, a teoria da desconsiderao procura afastar o
princpio da separao patrimonial.
c) Incorreta. A teoria da desconsiderao pode ser aplicada nas relaes civis
e empresariais (Cdigo Civil), no mbito do Direito do Consumidor (Cdigo de
Defesa do Consumidor-CDC), no mbito do Direito Ambiental e no Sistema
Brasileiro de Defesa da Concorrncia (SBDC Lei n 12.529/2011).O dois
primeiros nos interessa no momento. Mais adiante veremos a desconsiderao
nas relaes consumeristas, ok?
d) Correta. Conforme o que j estudamos.
e) Incorreta. Conforme comentrios da letra a).
Vale mencionar que a teoria da desconsiderao da personalidade
jurdica medida de exceo, a ser utilizada apenas nas hipteses especficas,
isto , ela deve ser aplicada nos casos onde os scios se valeram da
autonomia patrimonial da sociedade para a prtica de atos com abuso
de poder ou fraude.
Agora vejamos os casos quando em detrimento do consumidor:
Estas situaes que ensejam a aplicao da teoria da desconsiderao
esto previstas no art. 28 do CDC e chamada de Teoria Menor da
desconsiderao da personalidade jurdica. Elas representam situaes mais
amplas quando comparadas ao Cdigo Civil, principalmente em razo do 5
do art. 28 que enfatiza que a desconsiderao ser aplicada sempre que a
personalidade for, de alguma forma, obstculo ao ressarcimento de prejuzos
causados aos consumidores.
Desconsiderao da personalidade jurdica - CDC
Abuso de Direito
Excesso de poder
Infrao da lei
Fato ou ato ilcito
Violao do estatuto ou contrato
Falncia ou estado de insolvncia
Encerramento ou inatividade
A deciso judicial
pode ser de ofcio
M administrao
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Por fim, ainda no intuito de proteo ao consumidor, os pargrafos do
art. 28 preconizam as seguintes situaes de responsabilidade quando
ocorrer os casos acima vistos em detrimento do consumidor:
Subsidiria: sociedades controladas e grupos societrios;
Solidria: entre as sociedades consorciadas;
Por culpa: da sociedade coligada.
(FCC / Analista de Regulao-ARCE / 2012) Acerca do
instituto da Desconsiderao da Personalidade Jurdica, previsto no Cdigo de
Defesa do Consumidor, considere:
I. Pode ser decretada pelo juiz nos casos em que ficar demonstrada a
ocorrncia de abuso de direito ou infrao lei por parte da sociedade
empresarial, em prejuzo do consumidor.
II. Nos casos em que a m administrao ocasionar a falncia da empresa,
poder o juiz determinar que os prejuzos do consumidor sejam arcados pelo
patrimnio pessoal dos scios.
III. Na hiptese da personalidade jurdica representar obstculo ao
ressarcimento de prejuzos causados a consumidores, tambm poder ser
determinada pelo juiz a desconsiderao da personalidade jurdica.
Est correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
Comentrios
I e II - Corretas. Art. 28, caput do CDC.
III - Correta. Art. 28, 5 do CDC.
Todos os itens corretos. Gabarito: E.
Ento, esta foi a nossa aula de hoje. Vamos treinar o que estudamos!
At a prxima aula! Forte abrao e bons estudos.
Wangney Ilco
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1. (FCC/ JUIZ SUBSTUTUTO-TJ-GO/2012) Em relao atividade
empresarial, INCORRETO afirmar:
a) Poder o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido,
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais
ou pelo autor da herana.
b) Independentemente de seu objeto, considera-se empresria a sociedade
por aes; e, simples, a cooperativa.
c) Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou servios, para o exerccio de atividade
econmica e subsequente partilha, entre si, dos resultados.
d) A pessoa legalmente impedida de exercer atividade prpria de empresrio,
se a exercer, responder pelas obrigaes contradas.
e) No impedimento do tratamento jurdico diferenciado s empresas de
pequeno porte ou microempresas que participem elas do capital de outra
pessoa jurdica ou que sejam constitudas sob a forma de cooperativas.
Comentrios
a), b), c) e d) Corretas, conforme respectivamente o caput do art. 974, o
nico do art. 982, o art. 981 e o art. 973 do CC.
e) Incorreta. Vimos quando estudamos a ME e EPP que algumas pessoas esto
impedidas do seu tratamento diferenciado. Entre os impedidos esto as
pessoas mencionadas na alternativa conforme o 4 do art. 3 da LC 123/06.
Percebamos que a banca baseia-se no CC nas demais alternativas. Gabarito:
E.
2. (FCC / OAB-SP / 2005) O capital social de uma sociedade cooperativa:
a) obrigatrio.
b) confere ao scio o direito a voto nas deliberaes, proporcionalmente s
quotas de capital subscritas e integralizadas.
c) no implica o direito de voto nas deliberaes, pois o quorum para a
assemblia geral funcionar e deliberar fundado no nmero de scios nela
presentes.
d) ser considerado para a distribuio dos resultados, proporcionalmente s
quotas subscritas e integralizadas pelo scio.
Comentrios
a) Incorreta, conforme o art. 1.094, I, do CC, o capital social das cooperativas
pode ser varivel ou dispensado, logo no obrigatrio.
6- Questes Comentadas
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b) Incorreta, conforme vimos cada scio tem direito a um s voto nas
deliberaes independente de sua participao (art. 1.094, VI).
c) Correta, pois o direito de voto no depende do capital social, que pode nem
existir na cooperativa, e qurum, para a assembleia geral funcionar e
deliberar, fundado no nmero de scios presentes reunio, e no no
capital social representado, conforme o art. 1.094, V.
d) Incorreta, pois a distribuio dos resultados na cooperativa proporcional
s operaes do scio com a sociedade cooperativa, e no nas quotas
subscritas e integralizadas (art. 1.094, VII). Gabarito: C
3. (FCC / Juiz-TJ-PE / 2013) Em relao s microempresas e s empresas
de pequeno porte, analise os enunciados abaixo.
I. Enquadram-se como microempresas ou como empresas de pequeno porte,
preenchidos os requisitos legais, a sociedade empresria, a sociedade simples,
a empresa individual de responsabilidade limitada, as cooperativas e as
sociedades por aes, desde que de capital fechado s Bolsas de Valores.
II. As microempresas ou as empresas de pequeno porte, optantes ou no pelo
Simples Nacional, podero realizar negcios de compra e venda de bens, para
os mercados nacional e internacional, por meio de sociedade de propsito
especfico, que ter seus atos arquivados no Registro Civil de Pessoas
Jurdicas.
Comentrios
I. Incorreta. A sociedade por aes est fora do regime das ME e EPP,
conforme o inciso X do 4, do art. 3 da LC 123/06. As pessoas que podem
esto previstas no caput do art. 3.
II. Incorreta, pois deve ser optante do Simples Nacional e arquivar seus atos
no RPEM, conforme o art. 56 da LC 123/06.
4. (CESPE / Juiz Substituto-TJ-RN / 2013) Mediante a Lei n.
12.441/2011, introduziu-se no Cdigo Civil o conceito de Empresa Individual
de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Acerca dessa espcie de empresa,
assinale a opo correta.
a) Por ter regramento especfico, no se aplicam EIRELI as regras previstas
para as sociedades limitadas.
b) A EIRELI deve ter um titular, pessoa fsica com nacionalidade brasileira, e
capital mnimo de cem vezes o maior salrio mnimo do pas - totalmente
integralizado -, sendo a responsabilidade do titular limitada ao valor do
capital.
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c) O nome empresarial dever ser formado pela incluso da sigla EIRELI aps
a firma ou a denominao social da empresa individual de responsabilidade
limitada.
d) A empresa individual de responsabilidade limitada no poder resultar da
concentrao das quotas de outra modalidade societria em um nico
scio, independentemente das razes que motivaram essa concentrao.
e) permitido pessoa natural que constituir EIRELI figurar em vrias
empresas dessa modalidade.
Comentrios
a), d) e e) Incorretas, conforme os respectivos dispositivos: art. 980-A, 6,
1, 3 e 2.
b) Incorreta, pois no tem a exigncia de nacionalidade brasileira para a
EIRELI.
c) Correta. Conforme 1 do art. 980-A.Gabarito: C
5. (UFPA / Procurador-PGE-PA / 2012) Analise as proposies a seguir:
I-A empresa individual de responsabilidade limitada constitui pessoa jurdica
de direito privado, de maneira que sua instituio representa possibilidade de
limitao da responsabilidade do empreendedor individual sobre as obrigaes
decorrentes de sua atividade empresarial.
II-Face inexistncia de vedao legal, bem ainda ao princpio da autonomia
privada, a empresa individual de responsabilidade limitada pode instituir nova
EIRELI para execuo de atividades subsidirias ou correlatas.
III-A EIRELI pode ser instituda de maneira originria, quando criada
diretamente por seu fundador, ou derivada quando decorrente de
aproveitamento de ente anterior, a exemplo da concentrao das quotas de
modalidade societria em um nico scio.
IV-A existncia da EIRELI depende do registro e/ou arquivamento de seus atos
constitutivos, formalizados a partir de acordo de vontades, perante a Junta
Comercial do Estado em que a empresa ter sua sede.
De acordo com as proposies apresentadas, assinale a alternativa CORRETA:
a) todas esto corretas.
b) II e III esto corretas.
c) somente a II est correta.
d) I e III esto corretas.
e) todas esto incorretas.
Comentrios
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I. Correta. exatamente este o conceito de EIRELI conforme o art. 980-A do
CC.
II. Incorreta. No pode constituir outra EIRELI (art. 980-A, 2).
III. Correta. Exatamente como vimos na aula de hoje. A EIRELI j pode ser
constituda como tal, ou resultar de outro tipo societrio.
IV. Incorreta em virtude do acordo de vontades. A EIRELI exercida por
uma nica pessoa natural. Gabarito: D
6. (FCC / AUDITOR-TCE-PB / 2006) Alberto, Bernardo e Camilo so scios
da sociedade denominada "Alberto e Bernardo Comrcio de Tecidos Ltda.". O
fato de o nome de Camilo no constar do nome empresarial:
a) constitui ilcito, uma vez que a firma da sociedade limitada deve conter o
nome de todos os scios, sob pena de a sociedade se reputar irregular.
b) compatvel com o regime aplicvel sociedade limitada, em que a firma
pode ser composta pelo nome de um ou mais scios.
c) irrelevante para efeito da fixao da responsabilidade pessoal dos scios,
porque todos os scios so solidariamente responsveis pelas dvidas
sociais.
d) Tem conseqncias relativamente responsabilidade pessoal dos scios,
pois apenas os scios cujos nomes constem da firma respondem pelas
dvidas sociais.
e) implicar a impossibilidade de Camilo exercer cargo de administrador da
sociedade.
Comentrios
a) e b) A firma ou razo social da sociedade limitada PODE ser formada pelo
nome de um ou mais scios, DESDE que pessoas fsicas e de modo
indicativo da relao social, nos termos do art. 1158, 1. Portanto, no
constitui qualquer ilcito o nome de um dos scios no figurar no nome
empresarial. Assim, a alternativa a) est incorreta e a b) correta.
c) e d) Conforme o art. 1.052, vimos que a solidariedade dos scios da
limitada pela integralizao do capital e no pelas dvidas sociais. Alm
disso, o nome do scio que conste no nome da sociedade no implica assumir
as dvidas sociais. Incorreta.
e) O uso da firma ou denominao privativo dos administradores que
tenham os necessrios poderes (art. 1.064). Ou seja, no precisa constar no
nome da sociedade para administr-la. Mesmo porque a limitada pode ter
administrador no-scio. Incorreta. Gabarito: B
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7. (CESPE / OAB-SP / 2008) Joaquim dos Santos e Torquato Arajo
pretendem constituir uma sociedade limitada cujo objeto ser atuar no
mercado de varejo de roupas masculinas. Joaquim concorrer com 80% do
capital e, Torquato, com os restantes 20%. A parte de Joaquim ser
integralizada com a transferncia de um estabelecimento que ele explora
como empresrio individual, no mesmo ramo de atividade da sociedade a se
constituir. No que se refere ao capital da sociedade a ser constituda por
Joaquim e Torquato, bem como a sua diviso em quotas, assinale a opo
correta.
a) O contrato social poder admitir que Torquato realize suas quotas com
prestao de servios.
b) Caso um dos scios se torne remisso, ao outro caber, apenas, cobrar em
juzo o valor faltante para a integralizao da participao inadimplida.
c) O capital poder ser dividido em duas quotas de valores desiguais.
d) O capital da limitada no se orienta pelo princpio da intangibilidade.
Comentrios
a) Incorreta. Na sociedade limitada no permitida a contribuio em
prestao de servios (art. 1.055, 2).
b) Incorreta. Conforme o art. 1.058 e 1.004, ao scio remisso da sociedade
limitada por ser aplicado: indenizao, excluso, reduo de sua quota ao
montante j realizado e transferncia de sua quota (para scios ou terceiros).
c) Correta. Art. 1.055, CC.
d) Incorreta. A intangibilidade um dos princpios que regem o capital social.
Gabarito: C
8. (ESAF / ProcuradorTCE-GO / 2007) Um scio de uma sociedade
limitada no poder ceder suas quotas a outro scio, se no houver previso
expressa no contrato de constituio da sociedade.
Comentrios:
Vimos pelo art. 1057 que a cesso de quotas a quem seja scio
possvel e sem obstculos, ou consentimento dos demais scios, caso o
contrato seja omisso. Logo, a proibio de transferncia de quotas deve vir
expressa no contrato social. Gabarito: Incorreta
9. (FCC / Advogado Trainee-METR / 2010) Na sociedade limitada,
compete ao Conselho Fiscal:
a) denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo
providncias teis sociedade.
b) aprovar as contas da administrao.
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c) destituir os administradores.
d) formular pedido de concordata.
e) modificar o contrato social.
Comentrios
As atribuies do conselho fiscal esto previstos no art. 1069 do CC.
Das alternativas apresentadas na questo, a nica tida como atribuio do
conselho fiscal a letra a, conforme o inciso IV. As demais alternativas
representam assuntos que devem ser tratados em deliberaes dos scios em
assembleia ou reunio. Gabarito: A.
10. (ESAF / Fiscal do Trabalho / 2003) No novo modelo da sociedade
limitada:
a) continua sendo exigido que os administradores sejam necessariamente
scios.
b) todas as deliberaes que envolverem compra, alienao ou onerao dos
bens do ativo permanente dependero de prvia autorizao por
assembleia geral de scios.
c) qualquer scio poder ser excludo da sociedade, por voto da maioria dos
demais, quando sua atuao estiver pondo em risco a continuidade da
empresa.
d) o contrato social poder prever a regncia supletiva pela lei das sociedades
por aes. No o fazendo, aplicar-se-o sempre as regras da sociedade
simples.
e) no silncio do contrato social, o scio poder ceder sua quota a no-scios,
desde que no haja oposio de mais de um quarto do capital social.
Comentrios
a) Incorreta. Conforme o Art. 1.061 do CC, o contrato social pode permitir
administradores no scios na sociedade limitada.
b) Incorreta. Esta no uma deliberao prevista para os scios.
c)Incorreta. A expresso qualquer torna a alternativa incorreta, pois
conforme o art. 1.085 do CC, para a excluso de scio que estiver ponto em
risco a continuidade da empresa necessrio o consentimento da maioria dos
scios que representem MAIS DA METADE do capital social, logo esta
disposio aplica-se somente aos scios minoritrios.
d) Incorreta. A primeira parte desta alternativa est correta, porm antes das
normas das sociedades simples, deve-se aplicar as normas prprias da
limitada (art. 1.053).
e) Correta. Conforme o art. 1057. Gabarito: E
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11. (FCC / ICMS-SP / 2009) Nas sociedades limitadas, quando a maioria
dos scios, representativa de mais da metade do capital social, entender que
um ou mais scios esto pondo em risco a continuidade da empresa, por atos
de gravidade inegvel:
a) poder exclu-los da sociedade, mediante alterao do contrato social,
desde que prevista neste a excluso por justa causa.
b) dever promover a dissoluo total da sociedade, independentemente de
ao judicial, para excluso dos scios.
c) ter de propor, necessariamente, ao de dissoluo parcial da sociedade,
sob pena de responder solidariamente pelos prejuzos sofridos por
terceiros.
d) dever exclu-los da sociedade, independentemente de previso contratual,
pagando ao excludo o valor nominal de suas cotas.
e) poder depositar judicialmente os crditos dos scios faltosos, afastando-
os da administrao da sociedade, mas no poder exclu-los do quadro
societrio, por ferir o direito de propriedade.
Comentrios
Questo que trata da excluso do scio da sociedade limitada. No caso
previsto no enunciado, a nica alternativa correta a letra a, que representa
disposio literal do Art. 1085 do CC. Gabarito: A
12. (FCC / Juiz Substituto-TJ-RR / 2008) Na omisso do contrato social
de uma sociedade limitada, os scios podem:
a) alienar suas quotas e ced-las a terceiros, independentemente do
consentimento dos outros scios.
b) transferir suas quotas entre si, livremente, e ced-las a terceiros se houver
o consentimento de mais de 1/4 (um quarto) do capital social.
c) transferir suas quotas entre si, livremente, e ced-las a terceiros se no
houver oposio de mais de 1/4 (um quarto) do capital social.
d) transferir suas quotas entre si e ced-las a terceiros se