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Acesse www.baixarveloz.net Legislação Especial p/ Polícia Federal Teoria e exercícios Prof Fernando Barletta – Aula 06 Prof. Fernano Barletta www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 23 SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 01 2. Cronograma 02 3. Lei 10.446/2002 03 4. Lei 8.072/1990 09 APRESENTAÇÃO Olá caro Aluno, Saiu nosso esperado edital!!! É uma grande satisfação poder ministrar para vocês o curso de Legislação especial – Lei nº 10.446/02 e 8.072/90, novas Legislações que foram incluídas no edital de 2012 para o concurso da Polícia Federal. Antes de tudo, gostaria de me apresentar. Sou Fernando Barletta, formado pela Escola Naval, tendo permanecido nas fileiras militares até o posto de Capitão-Tenente durante 14 anos. Hoje, sou Policial Federal, e desde então um admirador do Direito Penal, Processual e de Legislação Especial, atuando em outros cursos como, por exemplo, o Mestre dos concursos. Nossa corrida pelo melhor resultado não só dependerá de mim mais também de você, meu Aluno. E inserido nesse contexto de profunda relação acadêmica, lutaremos juntos para atingirmos o fim maior: SUA APROVAÇÃO!!! O último concurso foi realizado em 2009, para agente e escrivão. O concurso recebeu 114.738 inscrições. O cargo de agente recebeu 63.294 inscrições para 200 vagas (316,47 por vaga); e o de escrivão, 51.444 para 400 vagas (128,61 por vaga). Bom, trabalharei como se estivesse ministrando uma aula presencial para vocês, sem muita formalidade e longe dos exageros formais do Direito. Aqui serei bem claro, direto e objetivo. Nosso curso conterá exercícios, focando logicamente a banca CESPE. AULA 06: Lei nº 10.446/02 e 8.072/90

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 01

2. Cronograma 02

3. Lei 10.446/2002 03

4. Lei 8.072/1990 09

APRESENTAÇÃO

Olá caro Aluno,

Saiu nosso esperado edital!!! É uma grande satisfação poder

ministrar para vocês o curso de Legislação especial – Lei nº

10.446/02 e 8.072/90, novas Legislações que foram incluídas no

edital de 2012 para o concurso da Polícia Federal.

Antes de tudo, gostaria de me apresentar. Sou Fernando Barletta,

formado pela Escola Naval, tendo permanecido nas fileiras militares até o

posto de Capitão-Tenente durante 14 anos. Hoje, sou Policial Federal, e

desde então um admirador do Direito Penal, Processual e de Legislação

Especial, atuando em outros cursos como, por exemplo, o Mestre dos concursos.

Nossa corrida pelo melhor resultado não só dependerá de mim mais

também de você, meu Aluno. E inserido nesse contexto de profunda relação acadêmica, lutaremos juntos para atingirmos o fim maior: SUA

APROVAÇÃO!!!

O último concurso foi realizado em 2009, para agente e escrivão. O concurso recebeu 114.738 inscrições. O cargo de agente recebeu 63.294

inscrições para 200 vagas (316,47 por vaga); e o de escrivão, 51.444

para 400 vagas (128,61 por vaga).

Bom, trabalharei como se estivesse ministrando uma aula presencial para vocês, sem muita formalidade e longe dos exageros

formais do Direito. Aqui serei bem claro, direto e objetivo.

Nosso curso conterá exercícios, focando logicamente a banca CESPE.

AULA 06: Lei nº 10.446/02 e 8.072/90

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CRONOGRAMA

Nosso cronograma já está pronto e será o seguinte:

Aula Demonstrativa – Já disponível

Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes (Lei nº

11.343/06).

Aula 01 - Já disponível

O direito de representação e o processo de responsabilidade

administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (Lei nº 4.898/1965).

Aula 02 - Já disponível

Definição dos crimes de tortura (Lei nº 9.455/1965).

Aula 03 - Já disponível

Estatuto do Desarmamento (Lei nº10.826/2003).

Aula 04 - Já disponível

Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

Aula 05 - Já disponível

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1970).

Aula 06 – 20/03/2012

Lei nº 8.072/1990: Lei dos Crimes Hediondos.

Lei nº 10.446/2002: infrações penais de repercussão interestadual

ou internacional que exigem repressão uniforme.

Aula 07 – 30/03/2012

Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos

financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento

das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências.

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Aula 08 – 13/04/2012

Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização

sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes,

psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e

dá outras providências.

Aula 09 – 22/04/2012

Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no

Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração.

Lei nº 10.446/2002

Antes de iniciarmos o estudo da Lei que dispõe sobre infrações

penais de repercussão interestadual ou internacional que esigem repressão uniforme, para os fins do disposto no inciso I do § 1º do art.

144 da CF – Lei 10.446/02, temos que ter em mente alguns conceitos

para o bom entendimento.

O artigo da Constituição Federal evidenciado acima diz respeito as

atribuições da Polícia Federal da seguinte maneira...

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

Percebe que ao final do inciso em referência, aparece a expressão

“segundo se dispuser em lei”. Tal tratamento legal diz respeito ao

objetivo da Lei que ora iniciaremos o estudo, na qual regulamenta as

infrações penais que necessitam de uma repressão uniforme em um

contexto geográfico grande – interestadual e internacional.

Interestadual - Que se realiza de estado para estado, ou entre os estados da República.

Internacional - adj. Que se realiza, que se passa entre nações: comércio internacional. Que se situa entre duas ou mais nações: ponte

internacional.Fonte: dicionário português

Aproveitando o contexto de interestadual e internacional, convém dizer que o delito atinge agentes de vários estados, podendo atingir até

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um Estado estrangeiro, como por exemplo, no crime de tráfico

internacional de entorpecentes.

Falando de crimes, cuja repressão cabe à Polícia Federal, não

devemos citar o art. 109 da Constituição Federal que normatiza as

atribuições dos Juízes Federais...

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

OBS: Não cabe ao Juizado Federal processar e julgar contravenções

penais, tal como exposto no inciso IV acima.

Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou internacional que exija

repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do

Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de

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segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em

especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à

investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais. (grifo nosso)

I – seqüestro, cárcere privado e extorsão mediante seqüestro (arts.

148 e 159 do Código Penal), se o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida

pela vítima; (grifo nosso)

Seqüestro e cárcere privado

Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:

I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)

anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)

II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;

III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.

IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)

V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)

§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Extorsão mediante seqüestro

Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou

maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação

do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)

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Entendendo o inciso I...

O que devemos saber é que a simples prática de sequestro e cárcere

privado ou extorsão mediante seqüestro enveredado por um motivo

político, não quer dizer que o crime será político. Não bastará então

somente a causa ser política, deverá o crime ter como objetivo uma razão política com vistas a lesionar os bens jurídicos do listados no art. 1º da

Lei 7.170/83 – Segurança Nacional.

Art. 1º - Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:

I - a integridade territorial e a soberania nacional;

Il - o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito;

Ill - a pessoa dos chefes dos Poderes da União.

Assim, serão casos a serem investigados pela Polícia Federal e

julgados pela Justiça Federal.

A segunda parte é um pouco mais fácil e o entendimento será o

seguinte...

...havendo seqüestro, cárcere privado ou extorsão mediante seqüestro contra pessoa que exerça uma função pública, somado ao fato

em que o agente saiba da condição da vítima, poderá a Polícia Federal

atuar nas investigações.

De acordo com a súmula 147 do STJ, se o servidor for federal, caberá

somente à Justiça Federal a condução da ação.

STJ Súmula nº 147 - 07/12/1995 - DJ 18.12.1995

Competência - Crimes Contra Funcionário Público Federal - Exercício da Função -

Processo e Julgamento

Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público

federal, quando relacionados com o exercício da função.

II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4o da Lei no

8.137, de 27 de dezembro de 1990); e

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CAPÍTULO II Dos crimes Contra a Economia e as Relações de Consumo

Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica:

I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante: (Vide Lei nº 12.529, de 2011)

a) ajuste ou acordo de empresas;

II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, visando:

a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas;

b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas;

c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores.

III - discriminar preços de bens ou de prestação de serviços por ajustes ou acordo de grupo econômico, com o fim de estabelecer monopólio, ou de eliminar, total ou parcialmente, a concorrência;

VII - elevar sem justa causa o preço de bem ou serviço, valendo-se de posição dominante no mercado. (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa

Em relação à formação de cartéis, a infração praticada por agente(s)

vier a englobar mais de um estado nacional, tendo que o poder público

reprimir uniformemente visando alcançar os interesses da União , caberá

tão somente à Polícia Federal investigar e a Justiça Federal processar e

julgar.

Não entendi professor...

E se no mesmo caso ao invés de ter uma repercussão interestadual,

se limitar somente em um único estado da federação?

...a competência será de quem,no processo e julgamento?

Boa pergunta aluno, se isso ocorrer, não aplicaremos o previsto no

art. 1º II, ocorrendo tal atividade em um único estado, a competência

será da Justiça Estadual.

III – relativas à violação a direitos humanos, que a República

Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de

tratados internacionais de que seja parte; e

Em nossa Constituição Federal, prevê em relação a competência dos

Juízes Federais...

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Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

A grave violação aos direitos humanos, com o deslocamento de

competência para a Justiça Federal, dá-se quando incidir em uma grave

ou gravíssima violação aos diretos humanos abrangendo um caráter mais

que pessoal, ou seja, várias pessoas; sendo que também atinja uma

repercussão internacional.

Ex: uma matança de inúmeras pessoas em plena luz do dia numa praça pública, na qual a notícia seja divulgada em vários jornais

internacionais.

Então chegamos novamente a mesma regra...

...ocorrendo um grave delito, incidindo sobre os direitos humanos, que tenha uma repercussão interestadual ou internacional, que necessitar de

uma repressão uniforme, caberá à Polícia Federal tal investigação. E por

fim, o processo e julgamento, de acordo com o previsto no § 5º do

art.109 da CF, § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o

Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento

de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº

45, de 2004), dependerá da autorização do STJ para o deslocamento à Justiça Federal.

IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores,

transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da

Federação.

São delitos comuns...

Furto;

Roubo;

Receptação de cargas.

Esses, como regra, devem ser investigados pela Polícia de cada

Estado onde o delito aconteça.

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Agora, se houver repercussão interestadual ou internacional, devendo

ter uma repressão uniforme, havendo indícios de atuação de quadrilha ou

bando em mais de um Estado, a investigação será da Polícia Federal.

Professor, e a competência do processo e julgamento?

De regra, está a cargo da Justiça Estadual, a não ser que esteja

incurso em alguma das condições do art. 109 da CF.

Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o

Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de

Estado da Justiça.

Esse entendimento é fácil...

O Ministro da Justiça é o cara competente para ordenar que a Polícia

Federal entre nas investigações de qualquer caso que não seja os

previstos nos incisos do § 1º. Para que isso aconteça, deverá estar

previsto os seguintes requisitos:

Repercussão interestadual ou internacional; e

Repressão uniforme.

Lei nº 8.072/1990

Dando continuidade a Aula_06_LegEspecial, iniciaremos nossa

conversa com o conceito superficial do que seria “crimes hediondos”.

Inúmeros doutrinadores adjetivam tais crimes de uma maneira

diferente entre eles, acho que o mais fácil seria o seguinte conceito: são crimes eivados de atos bárbaros, que a sociedade não tolera, sendo

assim, necessitam de um tratamento mais rigoroso.

É lógico, e você já deve está se perguntando, a Constituição fala

sobre os crimes hediondos?

A resposta, meu aluno, é...AFIRMATIVO.

O art. 5º da CF em seu inciso XLIII prevê o seguinte...

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes:

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XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (grifo nosso)

É notório percebemos que além dos crimes hediondos ter esse tratamento repugnante dado pelo legislador, são assemelhados a ele a

prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o

terrorismo.

E assim, como a Carta Magma prevê “e os crimes definidos como

hediondos”, necessitou-se de uma previsão legal, regulamentando o

previsto na CF.

O legislador procurou dar ao acusado pelo crime hediondo o não favorecimento da liberdade e nem poder que sua pena seja comutada ou

até perdoada. Nesse contexto,a legislação em questão tem por objetivo

primordial a majoração das penas e não permitindo que benefícios sejam

dados aos autores.

Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos

tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de

1994) (grifo nosso)

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de

grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio

qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº

8.930, de 1994)

Homicídio simples

Art 121. Matar alguem:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo futil;

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

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Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

O homicídio simples será considerado hediondo quando praticado em

atividade típica de grupo de extermínio mesmo que seja cometido por um

único agente.

Quanto ao homicídio qualificado privilegiado, o STJ se colocou da

seguinte maneira...

“STJ - HC 43043 / MG - HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. HOMICÍDIO

QUALIFICADO-PRIVILEGIADO. PROGRESSÃO DE REGIME. POSSIBILIDADE.

1. O homicídio qualificado-privilegiado não é crime hediondo, não se

lhe aplicando norma que estabelece o regime fechado para o integral

cumprimento da pena privativa de liberdade (Lei nº 8.072/90, artigos 1º

e 2º, parágrafo 1º).

2. Ordem concedida.

“STJ - HC 36317 / RJ - PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 121, §§ 1º E 2º,

INCISOS III E IV, DO CÓDIGO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME. CRIME

HEDIONDO. Por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão

legal, o homicídio qualificado-privilegiado não integra o rol dos

denominados crimes hediondos (Precedentes). Writ concedido”

II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº

8.930, de 1994)

Roubo

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

In fine – quer dizer a parte final do §3º do art.157 CP.

Caracteriza-se pelo roubo praticado com violência física resultando

morte da vítima, não importando se a atitude do agente foi dolosa ou

culposa.

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É importante dizer que quando o agente pratica o latrocínio, seu

“animus” é roubar, porém surge a vontade de matar ou até assume o

risco durante a execução.

III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído

pela Lei nº 8.930, de 1994)

Extorsão

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:

§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior

É fácil o entendimento...

...quando o agente ao praticar a extorsão se utiliza da violência e

mata a vítima.

IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159,

caput, e §§ lo, 2o e 3o);

Extorsão mediante seqüestro

Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate

§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito)

ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos

A vítima e sua família são abaladas imensamente pela conduta da

extorsão mediante sequestro, que na maioria das vezes o agente usa de

violência e outros meios cruéis.

V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);

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Estupro

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18

(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

A hediondez dos estupros...

Vamos perceber com o desenrolar da legislação que os crimes de l do estupro simples (art. 213 e §§) e do estupro de vulnerável (art. 217-A e

§§), agora crimes considerados crimes hediondos, os agentes causadores

destas condutas estão sujeitos:

A impossibilidade de liberdade provisória;

O início do cumprimento da pena será em regime fechado;

O agente necessita agora de um cumprimento de frações maiores da pena para ter o benefício do livramento condicional

e da progressão de regime prisional.

É fato que o estupro também poderá aparecer em sua forma tentada

tal como previsto no caput do art. 1º desta lei.

A hediondez persiste ainda que na forma tentada, como, aliás, flui expressamente do caput do artigo 1° da Lei n. 8.072/90. Já vinha sendo este o entendimento antes mesmo da vigência da Lei n. 12.019/05, conforme se verifica: O art. 1º da Lei 8.072/90 traz o elenco dos crimes que o legislador considera hediondos, entre eles o de estupro, tanto o simples como também o qualificado pelo resultado decorrente da violência, na forma tentada ou consumada (TJSP, Ap. 313.979-3/5, 1ª Câm. Extraordinária, rel. Des. Oliveira Passos, j. 21-2-2001, RT 790/589).

É importante destacar um entendimento quanto a liberdade

provisória, na qual ficou assim decidido que não se impede a concessão

de liberdade provisória, pois há ausência dos requisitos para a decretação da prisão preventiva. (TJSP, Ap. 313.979-3/5, 1ª Câm. Extraordinária, rel. Des. Oliveira Passos, j. 21-2-2001, RT 790/589).

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

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Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por

enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de

2009)

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído

pela Lei nº 8.930, de 1994)

Nesse a conduta restringe-se ao art. 267 § 1º...ou seja, se o

resultado for a morte da vítima, deixando o legislador de considerar como

hediondo sua forma simples.

Epidemia

Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:

Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto

destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A

e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).

(Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)

Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou

medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

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§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; ((Incluído pela Lei nº 9.677, de

2.7.1998)

V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)

Com o avanço dos fármacos e das tecnologias farmacêuticas atuais,

surgiram inúmeras ocorrências e denúncias de falsificação de remédios

em todo o Brasil. Assim, foi instituído a figura do artigo 273. Tal

ocorrência fez somente elevar a pena do crime.

Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio

previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956,

tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)

Está previsto nos art. 1, 2 e 3º da lei 2.889/1956...

Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:

a) matar membros do grupo;

b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;

d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;

Será punido:

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Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a;

Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b;

Com as penas do art. 270, no caso da letra c;

Com as penas do art. 125, no caso da letra d;

Com as penas do art. 148, no caso da letra e;

Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo anterior:

Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos.

Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:

Pena: Metade das penas ali cominadas.

§ 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar.

§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa.

Tal delito acima preserva o interesse humanitário na defesa das vidas

de uma maneira global, não importando os traços, características étnicas,

pensamentos religiosos, etc.

O tratamento dado pelo ordenamento jurídico no Código Penal é...

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

Concorrente com o art. 1º da lei 2889/56...

Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:

a) matar membros do grupo;

b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;

d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;

Na própria lei 2889/56 os outros artigos preveem condutas

equiparadas ao genocídio tal como no “box” acima.

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Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:

Esta lei anteriormente determinava que as pessoas que praticassem

as condutas previstas nesta lei eram punidas com o cumprimento da

pena em regime integralmente fechado e a progressão do regime estava

proibida.

É importante destacar que o STF em julgado proferido por esta corte,

julgou que a progressão de regime prisional não poderia ser vedada pelo

legislador ordinário, em função do que é previsto no princípio da individualização da pena. (HC 82.959-7/SP, rel. Min. Marco Aurelio, j. 23.02.2006).

Com a entrada da lei 11.464/07, deverá o autor de crimes hediondos

e equiparados cumprir a pena inicialmente em regime fechado de acordo

com o art. 2º §1º.

Para que o condenado nesses crimes tenham progressão do regime

prisional, deberá cumprir 2/5 da pena se for primário e 3/5 se

reincidente.

I - anistia, graça e indulto;

Estão previstos no Código Penal em seu art. 107 como uma causa de

extinção de punibilidade...

Extinção da punibilidade

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - pela anistia, graça ou indulto;

Anistia – Determinados acontecimentos podem se tornar não puníveis

através de um perdão do estado por meio de uma lei federal.

Graça – é o perdão do estado realizado pela figura do Presidente da

República. Porém é importante observar que nas atribuições do Presidente da República, naão encontram oco termo “conceder graça”,

mas sim “conceder indulto”. Então, conclui-se que se o perdão é

direcionado somente a uma pessoa, é chamado de “graça”. Agora, se o

perdão for para um grupo de pessoas é assim chamado de “indulto”.

II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

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Como sabemos, fiança é oferecida, mediante pagamento ao estado,

para que a pessoa possa responder em liberdade um procedimento

criminal.

Com o surgimento da lei 11464/07 foi extinta a proibição para a

concessão de liberdade provisória.

E quanto a progressão não tem a retroatividade.

§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida

inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de

2007)

Agora o legislador, com o advento da Lei 11464/07, colocou em

prática o princípio da individualização da pena e a orientação do STF. E

como é uma norma que está beneficiando os réus, ele retroagirá.

§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes

previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos)

da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se

reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

Para que o condenado nesses crimes tenham progressão do regime

prisional, deberá cumprir 2/5 da pena se for primário e 3/5 se

reincidente.

§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá

fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada

pela Lei nº 11.464, de 2007)

O seguinte...como é um critério subjetivo do juiz, tendo em vista sua

capacidade em decidir se o réu, após sua condenação, poderá apelar em liberdade. A lei diz somente isso...o juiz tem a faculdade de decidir sobre

sua liberdade enquanto o réu aguarda a decisão final.

§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21

de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de

30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e

comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)

O Juiz que será o responsável pela aplicabilidade deste prazo e a

sua prorrogação. A majoração de 5 dias para 30 dias deve ser dosada

pelo juiz. É isso mesmo...quando o juiz prorrogar deverá ser dosado até

30 dias...

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Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de

alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em

risco a ordem ou incolumidade pública.

São os famosos presídios Federais de Segurança Máxima, na qual o Brasil conta hoje com 4 deles: Mossoró, Porto Velho, Catanduvas e

Campo Grande, estes destinados aos infratores de alta periculosidade.

Está previsto também esse assunto na famosa LEP – Lei de Execução

Penal em seu art. 86, § 1º...

Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da União.

§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante da condenação

para recolher os condenados, quando a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio condenado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)

Art. 4º (Vetado).

A seguir algumas alterações no Código Penal...

Art. 5º . Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:

O condenado terá que cumprir um período maior para ser

beneficiado pelo livramento condicional.

Art. 83. ...

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por

crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e

drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em

crimes dessa natureza."

Art. 6º . Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, todos

do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:

Fez o legislador em majorar as penas previstas nos artigos abaixo

referentes ao Código Penal.

Art. 157. ...

§ 3º . Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão,

de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de

vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

Art. 159. ...

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Pena - reclusão, de oito a quinze anos.

§ 1º ...

Pena - reclusão, de doze a vinte anos.

§ 2º ...

Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.

§ 3º ...

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.

Art. 213. ...

Pena - reclusão, de seis a dez anos.

Art. 214. ....

Pena - reclusão, de seis a dez anos.

Art. 223. ...

Pena - reclusão, de oito a doze anos.

Parágrafo único. ...

Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.

Art. 267. ...

Pena - reclusão, de dez a quinze anos.

Art. 270. ...

Pena - reclusão, de dez a quinze anos.

Art. 7º . Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:

Esse tratamento é a famosa “delação premiada”, concedida ao

coautor que denunciar.

Art. 159. ...

§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que

denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua

pena reduzida de um a dois terços."

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Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288

do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da

tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.

Diz o art. 288 CP...

Quadrilha ou bando

Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:

Pena - reclusão, de um a três anos. (Vide Lei 8.072, de 25.7.1990)

Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado.

Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à

autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento,

terá a pena reduzida de um a dois terços.

Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts.

157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua

combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código

Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta

anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas

no art. 224 também do Código Penal.

HC 122381 / SC Voto do relator:

.... "A novidade é que o art. 224 do CP, que definia as hipóteses de

violência presumida ou imprópria, foi revogado expressamente pela Lei 12.015/09,

e, com a sua revogação, nos parece evidente que o art. 9ª da Lei 8.072/90 perdeu a

sua eficácia, pois o art. 217-A do CP, com a redação que lhe foi conferida pela

aludida novel legislação, já prevê punição mais rigorosa para aquele que o infringir.

Ora, para os menores de 14 anos, o caput do art. 217-A do CP veio

para substituir a alínea a do revogado art. 224 do CP, enquanto que o § 1º substituiu

as alíneas b e c daquele mesmo art. 224, no tocante aos crimes contra a dignidade

sexual, não se podendo mais elevar as penas em razão do contido no art. 9º da Lei

dos Crimes Hediondos, pois a incidência de tal causa de especial aumento da

reprimenda estava vinculada à hipótese de a vítima estar em quaisquer das

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situações referidas no art. 224 do CP, atualmente revogado, aplicando-se

igualmente o entendimento aos delitos dos arts. 157, 158 e 159 do CP, que também

estão previstos no art. 9º da Lei 8.072/90, já que também exigia para a incidência do

referido aumento especial que a vítima estivesse nas situações de presunção de

violência antes disciplinadas no revogado art. 224 do CP.

O artigo nono refere-se ao aumento de pena (...“são acrescidas de

metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a

vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do

Código Penal”).

Tal artigo é direcionado para duas vertentes:

A pena será aumentada, pela metade, caso das hipóteses do

art.224; 1. vitima com idade igual ou inferior a 14 anos;

2. vitima alienada ou débil mental, sabedor o agente de tal

condição;

3. vitima impossibilitada, por qualquer razão, de oferecer

resistência.

Terá um limite máximo da pena, ou seja, não poderá ultrapassar 30 anos – onde o juiz não poderá efetivar a condenação por mais de

30 anos, aplicando na sentença...

O STF diz que quando a vitima está inserida nas hipóteses do art. 224,

pode-se presumir a violência ou servir para aumento da pena em função

do aumentativo que se refere o art. 9º.

Agora, existe também um entendimento do STJ, DIFERENTE destes

que diz que a majorante será aplicada somente em caso de lesão grave

ou morte.

Então, nosso entendimento, tendo em vista aos diversos que existem, quando nos referimos a causa de aumento de pena do art. 9.º da Lei

8.072/90, esta será aplicada somente se da violência sexual resultar para

a vitima lesões corporais graves ou morte; e quanto ao cumprimento da

pena o juiz poderá condenar o réu por qualquer tempo, mas só poderá

cumprir trinta anos de pena.

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O previsto no art. 10 desta lei na qual preferi não inserir, tratava-se

da Lei 6368 – Entorpecentes – que não mais existe.

Exercícios

1 - ( Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia / Direito Processual Penal / Lei dos Crimes Hediondos; Da liberdade provisória,

com ou sem fiança; )

Considere a seguinte situação hipotética.

Em 28/7/2007, Maria foi presa e autuada em flagrante delito pela prática

de um crime hediondo. Concluído o inquérito policial e remetidos os autos ao Poder Judiciário, foi deferido pelo juízo pedido de liberdade provisória

requerido pela defesa da ré.

Nessa situação, procedeu em erro a autoridade judiciária, pois os crimes

hediondos são insuscetíveis de liberdade provisória.

( ) Certo ( ) Errado

Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:

I - anistia, graça e indulto;

II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)

Errado

2 - ( Prova: CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil / Legislação

Federal / Lei nº 8.072, de 25 de Julho de 1990 ; ) adaptada

Em relação aos crimes hediondos (Lei n.º 8.072/1990) julgue:

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2.1 - Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e

insuscetíveis de anistia, graça, indulto ou fiança

() certo () errado

Errado - são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, graça, indulto e

fiança.

2.2 - A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em

regime integralmente fechado.

()certo ()errado

Errado - § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida

inicialmente em regime fechado

2.3 - O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime hediondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará

isento de pena.

() certo ()errado

Errado - Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à

autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento,

terá a pena reduzida de um a dois terços.

Bom Estudo!!!