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ANALISTA INFRAESTR.-RECURSOS HÍDRICOS/SANEAMENTO-MP/2012 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Chegamos à nossa aula final, mas não ao final do nosso esforço. Ainda temos alguns dias de estudo e as dúvidas podem aparecer no fórum que serão rapidamente respondidas. Gostaria de agradecer a confiança depositada e que soubessem que esse material é fruto de um esforço concentrado no sentido de realmente auxiliá-los no caminho rumo à aprovação. Tentei manter a proposta inicial, de prepará-los com objetividade, contemplando o conteúdo mais relevante para a prova, com base na análise das provas anteriores do CESPE. Espero que tenham gostando do curso e que daqui a alguns dias eu receba um convite para a confraternização dos aprovados. Mas voltando à nossa aula, a proposta é cobrir os seguintes itens do edital: 7 Planejamento de obras: programação e controle. 7.1 Viabilidade, planejamento e controle de obras de saneamento e hidráulica: técnico, físico-financeiro e econômico. 7.2 Engenharia de custos, orçamento e composição de custos unitários, parciais e totais. 7.3 Planejamento e cronograma físico-financeiro. 8 Projeto e execução de obras civis de saneamento. 11 Gestão de riscos e resposta a desastres. 12 Estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA). 13 Estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e social. 14 Planejamento de obras: programação, orçamentação e controle. Percebam que o item 7 do edital é mais afeito à disciplina de edificações e inclui assuntos muito extensos, cobrindo boa parte do conteúdo proposta para a área I do nosso concurso. Mas como estão no nosso edital, serão adequadamente cobertas. Pretendo enviar um material extra na próxima semana sobre o item 12 - Estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA), pois acredito ser o mais importante para a nossa área. Então vamos às questões desta aula. 7 Planejamento de obras: programação e controle. 7.1 Viabilidade, planejamento e controle de obras de saneamento e hidráulica: técnico, físico-financeiro e econômico. 7.2 Engenharia de custos, orçamento e composição de custos unitários, parciais e totais. 7.3 Planejamento e cronograma físico-financeiro. 8 Projeto e execução de obras civis de saneamento. 11 Gestão de riscos e resposta a desastres. 12 Estudo e

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Olá pessoal! Chegamos à nossa aula final, mas não ao final do nosso esforço. Ainda temos alguns dias de estudo e as dúvidas podem aparecer no fórum que serão rapidamente respondidas. Gostaria de agradecer a confiança depositada e que soubessem que esse material é fruto de um esforço concentrado no sentido de realmente auxiliá-los no caminho rumo à aprovação. Tentei manter a proposta inicial, de prepará-los com objetividade, contemplando o conteúdo mais relevante para a prova, com base na análise das provas anteriores do CESPE. Espero que tenham gostando do curso e que daqui a alguns dias eu receba um convite para a confraternização dos aprovados. Mas voltando à nossa aula, a proposta é cobrir os seguintes itens do edital: 7 Planejamento de obras: programação e controle. 7.1 Viabilidade, planejamento e controle de obras de saneamento e hidráulica: técnico, físico-financeiro e econômico. 7.2 Engenharia de custos, orçamento e composição de custos unitários, parciais e totais. 7.3 Planejamento e cronograma físico-financeiro. 8 Projeto e execução de obras civis de saneamento. 11 Gestão de riscos e resposta a desastres. 12 Estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA). 13 Estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e social. 14 Planejamento de obras: programação, orçamentação e controle. Percebam que o item 7 do edital é mais afeito à disciplina de edificações e inclui assuntos muito extensos, cobrindo boa parte do conteúdo proposta para a área I do nosso concurso. Mas como estão no nosso edital, serão adequadamente cobertas. Pretendo enviar um material extra na próxima semana sobre o item 12 - Estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA), pois acredito ser o mais importante para a nossa área. Então vamos às questões desta aula. 7 Planejamento de obras: programação e controle. 7.1 Viabilidade, planejamento e controle de obras de saneamento e hidráulica: técnico, físico-financeiro e econômico. 7.2 Engenharia de custos, orçamento e composição de custos unitários, parciais e totais. 7.3 Planejamento e cronograma físico-financeiro. 8 Projeto e execução de obras civis de saneamento. 11 Gestão de riscos e resposta a desastres. 12 Estudo e

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relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA). 13 Estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e social. 14 Planejamento de obras: programação, orçamentação e controle. (MP/2010) Acerca da programação e planejamento de obras, julgue os itens abaixo. 1. (MP/2010) Uma sequência lógica de atividades para elaborar a rede de planejamento de determinado empreendimento inclui as seguintes ações: listar atividades, determinar a duração das atividades, determinar os eventos iniciais e finais, determinar as atividades que podem ser executadas em paralelo e calcular as datas dos eventos iniciais e finais de cada atividade. Entre as diversas técnicas de planejamento e controle de obras existente, podemos citar: Gráfico de GANTT; Método do Caminho Crítico – CPM; e Técnica PERT – Avaliação e Revisão de Programas. As técnicas PERT e CPM são frequentemente utilizadas em conjunto, sendo abrigadas sob a denominação: PERT/CPM. A diferença entre os dois métodos está adstrita à determinação do atributo tempo de cada atividade. No método do PERT, a duração das atividades é determinada de forma probabilística. E, no CPM, de forma determinística. O diagrama PERT/CPM sistematicamente é um método de análise de tarefas, sobretudo do tempo necessário para cumpri-las. O objetivo é minimizar o tempo, ou seja, encontrar o tempo para concluir cada uma das tarefas e identificar um “caminho”, um tempo mínimo total necessário para concluir o projeto. O PERT/CPM, então, é uma metodologia recomendada para ser aplicada no processo de gestão de projetos, dada a facilidade em integrar e correlacionar, adequadamente, as atividades de planejamento, coordenação e controle. O método do PERT/CPM foi desenvolvido com os seguintes objetivos: - Minimizar problemas localizados de projetos, tais como: atrasos, estrangulamentos da produção e interrupções de serviços; - Conhecer, antecipadamente, atividades criticas cujo cumprimento possa influenciar a duração total do programa; - Manter a administração informada quanto ao desenvolvimento, favorável ou desfavorável, de cada etapa ou atividade do projeto, permitindo a constatação,

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antecipada, de qualquer fator crítico que possa prejudicar o desempenho e permitir uma adequada e corretiva tomada de decisão; - Estabelecer o momento em que cada envolvido deverá iniciar ou concluir suas atribuições. - Ser um forte instrumento de planejamento, coordenação e controle. O caminho crítico, conceito importante para o método PERT/COM, e pode ser definido como a sequência de atividades compreendidas entre o início e o fim da rede que apresentam folga zero. Ou seja, são as atividades que devem ter controle prioritário para que o projeto possa ser concluído dentro do prazo final. Se o prazo final for excedido, é porque no mínimo uma das atividades do caminho crítico não foi concluída na data programada. As atividades que integram o caminho crítico são chamadas de atividades críticas. A partir do entendimento do que significa o caminho crítico, vislumbra-se que em uma rede pode haver mais de uma sequência de atividades cujas folgas, caso ultrapassadas, farão com que o projeto não seja concluído no tempo planejado, fazendo com que possa existir mais de um caminho crítico. Quando há mais de um caminho crítico, ele é conhecido como caminho crítico alternativo. Voltando à questão, demos que a sequência apresentada corresponde à necessária para a elaboração de uma rede de planejamento para um empreendimento. Resposta: C 2. (MP/2010) Para se traçar um histograma referenciado a um par de eixos cartesianos, a unidade do intervalo de tempo é marcada no eixo das coordenadas e na vertical é desenhada uma barra de comprimento igual à moda dos valores correspondentes ao início e ao fim do período considerado. Histograma é um gráfico composto por duas linhas perpendiculares onde a altura representa o valor de frequência, dispostas na linha horizontal, como na figura abaixo.

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Assim com o Gráfico Pareto, o histograma também é uma das 7 ferramentas da qualidade e um excelente método de controle. Geralmente utilizado pelo planejamento para demonstrar a mão de obra aplicada o histograma é uma das ferramentas essências para um bom planejamento, através de sua utilização é possível verificar a correta utilização e otimização dos recursos. Assim, a questão está errada, pois o tempo é representado no eixo horizontal. Resposta: E 3. (MPU/2010) O caminho crítico de um projeto é a sequência das atividades que determinam o prazo total do projeto, ou seja, representa o menor caminho entre o início e o fim do projeto. Como vimos acima, o caminho crítico determina o menor tempo no qual um projeto pode ser concluído. Como, em regra, não há razão para se prolongar um projeto além do necessário, sendo do interesse de todos os envolvidos que o projeto seja concluído no menor prazo possível, o menor tempo possível costuma ser entendido como prazo total do projeto. Afirmar que o caminho crítico determina o menor tempo no qual um projeto pode ser concluído é o mesmo que dizer que ele determina o caminho mais longo do projeto. Ou seja, o caminho MAIS longo determina o MENOR tempo do projeto.

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Assim, a assertiva está errada, porque o caminho crítico representa o maior caminho entre o início e o fim do projeto e não o menor, como afirmado no enunciado. Resposta: E (MPOG/2008) Para se atingir padrões mais elevados para as edificações, cuidados especiais devem ser tomados nas etapas de projeto e execução. O conjunto dessas especificações compõe uma coletânea de informações sobre boas práticas na tarefa de construir, baseada em fundamentos técnicos e experiências bem sucedidas. Essa coletânea vai desde o início da obra, na fase de terraplenagem e locação, até etapas mais ao final, como, por exemplo, a das instalações prediais. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir. 4. (MPOG/2008) A execução dos gabaritos de madeira para locação das obras, localizados nos perímetros das futuras edificações, exige que as tábuas sejam niveladas e resistam à tensão dos fios de demarcação. Utilizaremos esta questão para apresentar alguns conceitos relacionados ao assunto: Conforme o memorial descritivo de obras de prefeitura do estado de São Paulo, a locação da obra no terreno será realizada a partir das referências de nível e dos vértices de coordenadas implantados ou utilizados para a execução do levantamento topográfico. Sempre que possível, a locação da obra será feita com equipamentos compatíveis com os utilizados para o levantamento topográfico. Os eixos de referência e as referências de nível serão materializados através de estacas de madeira cravadas na posição vertical ou marcos topográficos previamente implantados em placas metálicas fixadas em concreto. A locação deverá ser global, sobre quadros de madeira que envolvam todo o perímetro da obra. Os quadros, em tábuas ou sarrafos, serão perfeitamente nivelados e fixados de modo a resistirem aos esforços dos fios de marcação, sem oscilação e possibilidades de fuga da posição correta. A locação será feita sempre pelos eixos dos elementos construtivos, com marcação nas tábuas ou sarrafos dos quadros, por meio de cortes na madeira e pregos. A locação de sistemas viários internos e de trechos de vias de acesso será realizada pelos

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processos convencionais utilizados em estradas e vias urbanas, com base nos pontos de coordenadas definidos no levantamento topográfico. A locação tem como parâmetro o projeto de localização ou de implantação do edifício. No projeto de implantação, o edifício sempre está referenciado a partir de um ponto conhecido e previamente definido. A partir deste ponto, passa-se a posicionar (locar) no solo a projeção do edifício desenhado no papel. É comum ter-se como referência os seguintes pontos: • O alinhamento da rua; • Um poste no alinhamento do passeio; • Um ponto deixado pelo topógrafo quando da realização do controle do movimento de terra; ou • Uma lateral do terreno. Para ilustrar estes referenciais, suponha a necessidade de implantação de uma casa térrea de área 10x15m², em um terreno de 20x40m² de área. Neste caso, no projeto de implantação, deverá existir um referencial fixo a partir do qual seja possível definir o perímetro da casa e os seus recuos com relação aos limites do terreno. Este referencial poderá ser o próprio alinhamento do terreno, caso ele esteja corretamente definido, ou mesmo o alinhamento do passeio. Nos casos em que o movimento de terra tenha sido feito, deve-se iniciar a locação pelos elementos da fundação, tais como as estacas, os tubulões, as sapatas isoladas ou corridas, entre outros. Caso contrário, a locação deverá ser iniciada pelo próprio movimento de terra. Uma vez locadas e executadas as fundações, pode ser necessária a locação das estruturas intermediárias, tais como blocos e baldrames. Os elementos são comumente demarcados pelo eixo, definindo-se posteriormente as faces, nos casos em que seja necessário, como ocorre, por exemplo, com as sapatas corridas, baldrames e alvenarias. Os cuidados com a locação dos elementos de fundação de maneira precisa e correta são fundamentais para a qualidade final do edifício, pois a execução de todo o restante do edifício estará dependendo deste posicionamento, já que ele é a referência para a execução da estrutura, que passa a ser referência para as alvenarias e estas, por sua vez, são referências para os revestimentos. Portanto, o tempo empreendido para a correta locação dos eixos iniciais do edifício favorece uma economia geral de tempo e custo da obra. A demarcação dos pontos que irão definir o edifício no terreno é feita a partir do referencial previamente definido, considerando-se três coordenadas, sendo duas planimétricas e uma altimétrica, as quais possibilitam definir o centro ou

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eixo central do elemento que se vai demarcar (fundação, parede, etc). A medição das distâncias é feita com uma trena, que pode ser de aço ou de plástico armada com fibra de vidro. Existem também as trenas de pano que, no entanto, devem ser evitadas, pois, deformam-se sensivelmente, causando diferenças significativas nas medidas. A coordenada altimétrica é dada pela transferência de nível de um ponto origem (referência) para o outro que se deseja demarcar. Esta operação pode ser realizada com auxílio de um aparelho de nível, com um nível de mangueira associado ao fio de prumo, régua de referência (guia de madeira ou metálica) e trena. Pode-se utilizar um teodolito para definir precisamente dois alinhamentos mestres, ortogonais entre si, sendo as demais medidas feitas com a trena. A demarcação poderá ser realizada totalmente com o auxílio de aparelhos topográficos (teodolito e nível), com o auxílio de nível de mangueira, régua, fio de prumo e trena, ou ainda, um misto entre os dois, como citado anteriormente. A definição por uma ou outra técnica dependerá do porte do edifício e das condições topográficas do terreno. O processo topográfico é utilizado principalmente em obras de grande extensão ou em obras executadas com estrutura pré-fabricada (de concreto ou aço), pois neste caso, qualquer erro pode comprometer seriamente o processo construtivo. Nos casos de edifícios de pequena extensão, construídos pelo processo tradicional, é comum o emprego dos procedimentos "manuais". Em quaisquer dos casos, porém, a materialização da demarcação exigirá um elemento auxiliar que poderá ser constituído por simples piquetes, por cavaletes ou pela tabeira (também denominada tapume, tábua corrida ou gabarito). Conforme acabamos de estudar, as informações trazidas pela questão estão corretas, pois os gabaritos são localizados nos perímetros das futuras edificações e são geralmente feitos de madeira. Para permitir a transposição dos pontos para o terreno, o gabarito deve obrigatoriamente estar nivelado e resistir à tensão dos fios utilizados na demarcação. Resposta: C 5. (MPOG/2008) Viga de equilíbrio (ou alavanca) é aquela que recebe as cargas das lajes e as descarrega nos pilares.

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Utilizaremos a questão acima para uma revisão teórica sobre projeto de fundações e outros obras em geral, que normalmente divide-se nas seguintes etapas: Estudo Preliminar Consiste na concepção das Fundações, comparando as diversas soluções alternativas. Os parâmetros e critérios de comparação devem ter por objetivo selecionar a melhor solução para o Contratante, considerando os aspectos de economia, facilidades de execução, recursos disponíveis, segurança e outros fatores específicos. Nesta etapa serão delineadas todos os serviços necessários à execução das Fundações, em atendimento às normas e ao Caderno de Encargos. Deverão ser apresentados os seguintes produtos gráficos: • Planta, em escala adequada, apresentando a solução a ser adotada, com indicação das características principais das fundações; • Relatório justificativo, conforme Prática Geral de Projeto, onde deverá ser apresentado o estudo comparativo das opções estruturais, incluindo o eventual programa de investigações geotécnicas adicionais. O Estudo Preliminar deverá estar harmonizado com os projetos de estrutura, arquitetura, terraplenagem e demais projetos. Projeto Básico Consiste no dimensionamento da solução aprovada no Estudo Preliminar, baseada nos estudos e pesquisas programadas na etapa anterior, de forma a permitir a previsão dos custos de execução com o grau de precisão acordado com o Contratante. O Projeto Básico conterá os itens descritos da Lei de Licitações e Contratos, com especial atenção para o fornecimento do orçamento detalhado da execução da fundação, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos perfeitamente especificados, e as indicações necessárias à fixação dos prazos de execução. Deverão ser apresentados os seguintes produtos gráficos: • Plantas de locação e formas das fundações; • Especificações técnicas de materiais e serviços; • Orçamento detalhado das fundações, baseado em quantitativos de materiais e fornecimentos;

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• Relatório técnico, conforme Prática Geral de Projeto, onde deverão ser apresentados: descrição das soluções, justificativas técnicas dos dimensionamentos, tensões e cargas admissíveis, cálculo estimativo dos recalques totais, diferenciais e distorções angulares e comparação com os valores admissíveis, considerações sobre o comportamento das fundações ao longo do tempo e eventuais riscos de danos em edificações vizinhas, metodologia executiva sucinta, características e disponibilidade dos equipamentos a serem utilizados. Os desenhos do projeto de Fundações usualmente são apresentados pelo autor do projeto estrutural. O Projeto Básico deverá estar harmonizado com os projetos de Estrutura, Arquitetura, Terraplenagem e demais projetos. Projeto Executivo Consiste no detalhamento completo das Fundações, concebida e dimensionada nas etapas anteriores. Deverá conter de forma clara e precisa todos os detalhes construtivos necessários à perfeita execução das fundações. Deverão ser apresentados os seguintes produtos gráficos: • Plantas de locação dos pilares e respectivas cargas; • Planta de locação das estacas, tubulões ou sapatas, com os detalhes construtivos e armações específicas; • Formas das fundações, em escala adequada; • Formas e armação, em escala adequada, das vigas de fundação, travamento, rigidez; • Formas e armação, em escala adequada, dos blocos ou sapatas; • Relatório técnico, conforme Prática Geral de Projeto, onde deverão ser apresentados: descrição detalhada das soluções, características das soluções e critérios de orientação do projeto estrutural, e detalhamento das definições do Projeto Básico. Com exceção de casos muito complexos, os desenhos do projeto de Fundações normalmente são apresentados pelo autor do projeto estrutural. Todos os detalhes que interfiram com outros sistemas deverão ser elaborados em conjunto, de forma a estarem perfeitamente harmonizados entre si. Voltando à questão, seu enunciado traz o conceito de viga estrutural, não de viga alavanca, o que torna a questão errada. Resposta: E

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(MPOG/2008) A licitação e a execução de obras públicas de grande porte são realizadas com base em diversos documentos, entre os quais se destacam os projetos básico e executivo. Acerca desses projetos, julgue os seguintes itens. 6. (MPOG/2008) O projeto básico é confeccionado com base em estudos técnicos definitivos, que asseguram a viabilidade técnica e ambiental da obra. Aproveitaremos esta questão para uma revisão teórica sobre o assunto. Segundo o “Manual de apresentação de Estudos de Viabilidade de Projetos de Grande Vulto” do MPOG, o roteiro de apresentação dos estudos de viabilidade dos projetos de grande vulto tem oito seções: 1. Sumário executivo; 2. Dados cadastrais; 3. Análise fundamental; 4. Aspectos técnicos; 5. Análise financeira; 6. Análise ambiental; 7. Análise socioeconômica; e 8. Análise gerencial. O sumário executivo apresenta de forma sucinta o projeto. Os dados cadastrais funcionam como uma introdução ao projeto, fornecendo as informações básicas sobre ele. Essas informações servirão para incluir o projeto no Cadastro de Programas e Ações, se o projeto for aprovado. Na análise fundamental, consta a forma como se chegou até o projeto. Os aspectos técnicos descrevem os detalhes físicos do projeto. A análise financeira trata das despesas do projeto e de suas eventuais receitas. Na análise ambiental, calculam-se os possíveis danos ambientais derivados do projeto, descontadas as devidas mitigações. A partir das análises financeira e ambiental, elabora-se a análise socioeconômica. Por fim, chegamos à análise gerencial, na qual se trata da conjuntura em que serão administrados o projeto e o empreendimento dele derivado. O roteiro aqui exposto é um modelo básico para os estudos de viabilidade. Aos órgãos setoriais é facultado acrescentar itens específicos que julgarem relevantes para seus projetos de grande vulto. 1. Sumário executivo.

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Este item deve descrever sucintamente o projeto, definindo em poucas linhas o escopo e as características principais do projeto, os objetivos físicos a serem alcançados pela obra e o bem ou serviço que resulta de sua execução. Deve-se incluir também o prazo de execução e custo total previsto. 2. Dados cadastrais. Caso o projeto já conste do Plano Plurianual, as informações desta seção devem ser simplesmente importadas do Cadastro de Programas e Ações. - Título: Indica a forma pela qual o projeto será identificado pela sociedade e será apresentado, no PPA, nas LDOs e nas LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto do projeto. - Programa: Informa código e título do programa ao qual o projeto se vincula. - Órgão/Unidade orçamentária responsável: Especifica órgão e unidade orçamentária responsáveis pelo projeto. - Unidade administrativa responsável: Indica a entidade, seja unidade administrativa federal, empresa estatal ou parceiro (estado, Distrito Federal, município ou setor privado) responsável pela implantação do projeto. - Finalidade: Expressa concisamente o objetivo a ser alcançado pelo projeto. - Descrição: Expressa, de forma sucinta, o que é efetivamente feito no âmbito do projeto, seu escopo e delimitações. - Produto: Informa o bem ou serviço que resulta do projeto, destinado ao público-alvo. - Unidade de medida: Indica o padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço. - Especificação do produto: Expressa as características do produto acabado, visando à sua melhor identificação. - Forma de implementação: Indica a forma de implementação do projeto, descrevendo todas as etapas do processo, inclusive as desenvolvidas por parceiros, até que o projeto esteja pronto para operação.

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- Tipo de orçamento: Indica se o projeto pertencerá ao orçamento fiscal, da seguridade social ou de investimento das estatais. - Base legal: Especifica os instrumentos normativos que dão respaldo ao projeto. - Duração da implantação: Informa o tempo de implantação do projeto em anos e meses. - Valor total estimado: Indica o valor de referência do projeto, a preços de mercado constantes, desde o seu início até a sua conclusão, ou seja o custo total de implantação do projeto. No caso de haver contrapartida, expressar este valor. - Previsão Físico-Orçamentária: Indica os valores dos desembolsos orçamentários anuais previstos para a realização do projeto, desde seu início até a sua conclusão. 3. Análise fundamental - Diagnóstico: Descreve por que o projeto é desenvolvido. Se o programa ao qual o projeto pertence está relacionado a um problema, o projeto deve tentar solucionar (pelo menos) uma causa desse problema. Se o programa estiver ligado a uma oportunidade, o projeto deve dar condições para o aproveitamento de tal oportunidade. - Alternativas possíveis de alcance da finalidade: A partir do diagnóstico, pode ser exarada a prescrição. Entretanto, é provável que mais de uma prescrição tenha sido feita – ou seja, que tenham sido propostas mais de uma solução para a causa de um problema, ou mais de uma forma de se proverem as condições de aproveitamento de uma oportunidade. Portanto, neste item, devem ser apresentadas essas diferentes formas de se realizar a finalidade do projeto. - Alternativa selecionada: Indica qual das alternativas do item anterior foi escolhida. Explica as razões da escolha, inclusive no que concerne aos aspectos ambientais e aos aspectos territoriais (necessidades específicas do território de localização do projeto). - Concorrência com outros projetos e empreendimentos: Identifica a existência de outros projetos e empreendimentos, privados ou públicos – inclusive de

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estados e municípios –, que concorram para o mesmo objetivo do projeto pleiteante (e que não componham agrupamento de projetos). - Sinergia e antagonismo com outros projetos e empreendimentos Identifica a existência de outros projetos e empreendimentos, privados ou públicos – inclusive de estados e municípios –, cujos custos possam ser reduzidos (ou aumentados) e cujos benefícios possam ser potencializados (ou deprimidos) com a implantação do projeto em tela. - Oferta e demanda: Calcula a oferta e a demanda relacionadas ao bem ou serviço, tanto no momento atual quanto numa projeção de futuro. O horizonte temporal a ser considerado para a projeção deve ser, no mínimo, igual a dez anos e, no máximo, igual à vida útil estimada para o empreendimento. - Descrição da Zona ou Área afetada: Em alguns casos, é facilmente identificável a localização da população afetada, por exemplo, quando o projeto vem a atender um problema em um determinado município: Necessidade de serviços de saúde em um município X. Por outro lado, há situações em que esta localização não é tão clara, por exemplo, quando os beneficiários são em número demasiado ou estão bastante dispersos no território. Encontram-se nesta situação, entre outros, alguns projetos de transporte, projetos que atendem comunidades indígenas em um grande território, entre outros. Assim, para facilitar o entendimento do problema / oportunidade, é necessário que a informação referente ao alcance e localização geográfica da população afetada seja detalhada, por exemplo, indicando-se os bairros / comunidades afetadas diretamente (principalmente projetos da área social). Para projetos de transportes, considerar resultados de pesquisa origemdestino. No caso de estarem dispersos no território, incluir mapas ilustrativos. 4. Aspectos técnicos - Características técnicas: Expõe as características técnicas do projeto, compreendendo:

a) Alternativas técnicas avaliadas para a implantação do projeto10 (inclusive a fim de reduzir custos e minimizar os impactos ambientais);

b) Descrição técnica do projeto; e c) Vida útil estimada para o empreendimento.

- Cronograma de execução física: Estipula um cronograma anual de execução física do projeto, com discriminação por etapa e por categoria de gastos.

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5. Análise financeira A análise financeira deve ser conduzida de forma a demonstrar as despesas e receitas financeiras derivadas do projeto e que afetam o setor público. Entende-se que este último deve ser considerado em seu conjunto quando do envolvimento de entidades públicas distintas no mesmo projeto. Em toda esta seção, o horizonte temporal a ser considerado deve ser, no mínimo, igual a dez anos (somados os períodos de implantação e operação) e, no máximo, igual à vida útil estimada para o empreendimento. - Gastos com implantação: Informa os gastos anuais do projeto, a preços de mercado constantes. A referência é o Valor total estimado, seção Dados cadastrais. Neste item, os gastos devem estar discriminados em categorias e por etapa do projeto. Devem-se mencionar também os parâmetros referenciais de eficiência considerados. Por exemplo, para um projeto de restauração rodoviária, pode-se indicar o gasto incorrido numa restauração semelhante em outra localidade. - Financiamento externo: Discrimina, se houver, a parcela das despesas de implantação que será financiada com recursos externos. - Gastos com operação: Informa os gastos operacionais anuais do empreendimento, a preços de mercado constantes. Os gastos devem estar discriminados em categorias. Da mesma forma que em relação aos Gastos com implantação, devem-se mencionar os parâmetros referenciais de eficiência considerados. Por exemplo, para um projeto de implantação de laboratório de nanotecnologia, pode-se indicar, na operação, o gasto com energia elétrica em uma instalação similar. - Receita: Indica, se houver, a receita anual que se espera obter com o fornecimento do bem ou serviço, a preços de mercado constantes. Os dados devem ser produzidos a partir da demanda futura, informada na seção Análise fundamental. Devem constar os critérios de determinação do preço do produto, bem como a base legal para isso. Os outros cinco itens desta seção – Fluxo de caixa financeiro, Valor presente líquido financeiro, Relação benefício/custo financeiro, Taxa interna de retorno financeiro e Tempo de recuperação dos custos financeiros – são necessários apenas para projetos e empreendimentos geradores de receita.

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6. Análise ambiental - Danos ambientais: Descreve os malefícios ambientais causados pela implantação do projeto e pela operação do empreendimento, inclusive nas áreas de amortecimento. - Mitigações ambientais: Descreve as iniciativas que serão tomadas a fim de mitigar os danos ambientais, mencionados no item anterior. Dentre essas iniciativas, encontram-se: reflorestamento com plantas nativas da região; restauração da disponibilidade hídrica da bacia, considerada a vazão, os usos múltiplos atuais e a demanda reprimida; recuperação e manejo sustentável de microbacias na área de influência do projeto; saneamento ambiental adequado, com acondicionamento, tratamento e destinação de esgoto e resíduos sólidos produzidos pela operação do investimento. Os custos associados com a mitigação ambiental devem estar contidos nos itens gastos com implantação e/ou gastos com operação. 7. Análise socioeconômica Em toda esta seção, o horizonte temporal a ser considerado deve ser, no mínimo, igual a dez anos (somados os períodos de implantação e operação) e, no máximo, igual à vida útil estimada para o empreendimento (informada no subitem c, item Características técnicas, seção Aspectos técnicos). - Fatores de Conversão: Devem ser apresentados os critérios adotados para a conversão dos valores de mercado em custos de fatores e, principalmente, as fontes de referência. Os índices devem ser desagregados por item de gasto com implantação e de gasto com operação. - Gastos com implantação a custos de fatores: Informa os gastos anuais do projeto, a custos de fatores constantes. Os gastos devem estar discriminados em categorias e por etapa do projeto. Usar como referência os dados informados no item Gastos com implantação, seção Análise financeira. Devem ser apresentados os critérios adotados para a conversão dos valores de mercado em custos de fatores. - Gastos com operação a custos de fatores: Informa os gastos operacionais anuais do empreendimento, a custos de fatores constantes. Os gastos devem estar discriminados em categorias. Usar como referência os dados informados no item Gastos com operação, seção Análise financeira. Devem ser

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apresentados os critérios adotados para a conversão dos valores de mercado em custos de fatores. - Benefícios Socioeconômicos Associados: Demonstram, em valores monetários anuais, as diversas melhorias advindas da implantação do projeto e da operação do empreendimento. Estas podem ser diretas (no próprio setor da intervenção) ou indiretas (em setores diferentes daquele da intervenção). No caso dos benefícios indiretos, deve-se detalhar melhor as premissas e parâmetros usados e tomar cuidado para não incorrer em dupla contagem. Ao longo da implantação do projeto e – de modo mais acentuado – a partir do início da operação do empreendimento, espera-se que haja (i) geração de ganhos diretos, (ii) incremento de externalidades positivas e (iii) diminuição de externalidades negativas. Dentre as melhorias decorrentes do projeto, podem ser destacadas a geração de renda adicional, redução de custos logísticos e a redução dos gastos do cidadão. - Malefícios associados: Demonstram, em valores monetários anuais, os possíveis malefícios advindos da implantação do projeto e da operação do empreendimento. Apesar de ser precipuamente desenhado a fim de melhorar a situação atual, o projeto pode também provocar pioras indesejadas. De forma contrária às melhorias, os malefícios associados são derivados (i) de perdas diretas, (ii) da redução de externalidades positivas e (iii) do aumento de externalidades negativas. - Fluxo de caixa socioeconômico: Dispõe em um fluxo de caixa anual os diversos custos e benefícios socioeconômicos apresentados na seção Análise ambiental e nesta seção. Os custos socioeconômicos do projeto são iguais à soma dos Gastos com implantação a custos de fatores, dos Gastos com operação a custos de fatores, dos Malefícios associados e do Passivo ambiental líquido, no horizonte temporal definido. Os benefícios socioeconômicos do projeto são iguais à soma da Receita a custos de fatores e das Melhorias associadas, no mesmo horizonte temporal. - Valor presente líquido socioeconômico: Calcula o valor presente líquido socioeconômico do projeto, ou seja, o valor presente dos benefícios socioeconômicos subtraído o valor presente dos custos socioeconômicos. Os cálculos devem ser feitos a partir do fluxo de caixa socioeconômico, apresentado nesta seção. A taxa de desconto a ser considerada – que vem a ser o custo de oportunidade do capital – deve ser a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente quando da elaboração do projeto.

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- Relação benefício/custo socioeconômico: Calcula a relação benefício/custo socioeconômico do projeto, ou seja, a razão entre o valor presente dos benefícios socioeconômicos e o valor presente dos custos socioeconômicos. Os cálculos devem ser feitos a partir do fluxo de caixa socioeconômico, apresentado nesta seção. A taxa de desconto a ser considerada – que vem a ser o custo de oportunidade do capital – deve ser a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente quando da elaboração do projeto. - Taxa interna de retorno socioeconômico: Apresenta a taxa de desconto que igualaria o total dos benefícios socioeconômicos e o total dos custos socioeconômicos, em valores presentes. Portanto, a taxa interna de retorno socioeconômico é aquela que faz o valor presente líquido socioeconômico ser igual a zero, e a relação benefício/custo socioeconômico ser igual a um. - Tempo de recuperação dos custos socioeconômicos: Calcula o payback socioeconômico do projeto, ou seja, em quanto tempo os benefícios socioeconômicos até então gerados igualarão os custos socioeconômicos até então incorridos, todos em valores presentes. Os cálculos devem ser feitos a partir do fluxo de caixa socioeconômico, apresentado nesta seção. A taxa de desconto a ser considerada – que vem a ser o custo de oportunidade do capital – deve ser a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente quando da elaboração do projeto. 8. Análise gerencial - Sensibilidade do projeto: Apresenta (i) o valor presente líquido socioeconômico; (ii) a relação benefício/custo socioeconômico; e (iii) a taxa interna de retorno socioeconômico; que seriam obtidos em caso de aumento dos custos socioeconômicos e/ou em caso de redução dos benefícios socioeconômicos. - Riscos do projeto: Discorre sobre os possíveis pontos críticos do projeto, tais como a necessidade de criação de novos diplomas legais, ou a presença de elementos que estejam além da governabilidade dos executores do projeto (por exemplo, variação cambial, para os projetos que possuem financiamento externo ou que exigem grandes importações de máquinas, equipamentos e insumos). - Monitoramento e avaliação: Descreve os instrumentos previstos para o monitoramento e a avaliação da implantação do projeto e da operação do empreendimento. Dentre tais instrumentos, incluem-se os mecanismos de participação da sociedade civil na tomada de decisões referentes ao projeto, no

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acompanhamento da execução e na verificação dos resultados. Preferencialmente, devem ser também apontados indicadores dos benefícios esperados. Após essa completa revisão sobre estudos de viabilidade, voltemos à questão, que pode ser resolvida pela simples análise do texto do Art. 6° da Lei 8.666/93: “IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução...”. Assim, o projeto básico é elaborado com base em estudos técnicos preliminares, não definitivos. Resposta: E (MPOG/2008) O ciclo de implantação de uma usina hidrelétrica compreende basicamente cinco etapas: estimativa do potencial hidrelétrico; inventário hidrelétrico, estudo de viabilidade, projeto básico e projeto executivo. Acerca dessas etapas, julgue os itens abaixo. 7. (MPOG/2008) A etapa de viabilidade resume-se à realização de estudos mais detalhados com a finalidade exclusiva de determinar a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. Conforme a resposta da questão acima, a etapa de viabilidade é a etapa em que se define a concepção global de um dado aproveitamento hidrelétrico, da divisão de queda selecionada na etapa anterior (inventário), visando sua otimização técnico-econômica, ambiental e social. Essa concepção compreende o dimensionamento do aproveitamento, as obras de infraestrutura necessárias à sua implantação, o reservatório, a área de influência, os outros usos da água e as ações sócio-ambientais correspondentes. Assim, o termo “finalidade exclusiva” da assertiva da questão a torna errada. Resposta: E

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Acerca das fases de planejamento de pré-viabilidade e de viabilidade no planejamento dos projetos de irrigação, julgue os itens: 8. (MPOG/2008) Na fase de pré-viabilidade, as estimativas econômicas e de engenharia, que não necessitam ser precisas, têm o objetivo de encontrar a melhor alternativa, e não de verificar se as alternativa são viáveis. Apenas é possível verificar se as alternativas são realmente viáveis na fase seguinte, a de viabilidade, e não nessa fase de “pré-viabilidade”, cujo objetivo é uma “pré-seleção” de uma diversidade de opções. Resposta: C Nos estudos de inventários de obras de saneamento, são estimados os custos socioambientais que serão efetivamente incorporados no custo de implantação das obras e nos índices de custo/benefício. A respeito dos diversos custos socioambientais que podem ser considerados nesses estudos, julgue os próximos itens. 9. (MPOG/2008) Os custos institucionais são aqueles relativos à elaboração dos estudos socioambientais para as diferentes etapas da obra, à elaboração dos estudos requeridos pelos órgãos ambientais — EIA/RIMA — e à obtenção das licenças ambientais. Para responder a esta questão, faremos uma breve revisão teórica sobre o assunto. O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras são instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, nos termos do art. 9o, inciso IV, da Lei no 6.938/81. Em seu artigo 11, a Lei no 6.938 traz o seguinte texto: “compete a SEMA propor ao CONAMA normas e padrões para implantação, acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no artigo anterior, alem das que forem oriundas do próprio CONAMA”. O CONAMA, por meio da Resolução no 1/1986, criou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Definiu no que consiste cada um deles e estabeleceu a relação de atividades para as quais sua exigência e obrigatória.

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A resolução CONAMA no 237, de 19 de dezembro de 1997, considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente, que traz algumas definições relacionadas a essa questão: I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados a localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsidio para a analise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnostico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e analise preliminar de risco. Em seu art. 3o, a resolução CONAMA no 237 aborda o EIA/RIMA: a licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependera de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências publicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. Não e toda obra que necessita de EIA/RIMA, nos termos do parágrafo único do art. 3o: o órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não e potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definira os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

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Voltando à questão, temos que o conceito apresentado está realmente correto. Resposta: C (CEF/2010 - adaptada) O controle de projeto requer um sistema que seja adequado às suas peculiaridades. Esse controle recai sobre as atividades desenvolvidas em obra, que podem ser de duas formas, qualitativas e quantitativas. Acerca desse assunto, julgue o item: 10. (CEF/2010 - adaptada) A classificação ABC é feita com base no princípio de Pareto e pode ser utilizada para controle de estoque de materiais nos processos de produção da construção. Esta questão será utilizada para apresentar um importante conceito para o assunto da nossa aula: curva ABC e o princípio de pareto. O controle de projeto requer um sistema que seja adequado a suas peculiaridades. Este deve: ser relacionado com as demais funções do projeto; ser econômico, para justificar seu custo operacional; antecipar e permitir que a gerência seja informada em prazo oportuno sobre desvios, de modo que ações corretivas possam ser iniciadas; e ser acessível para se ajustar rapidamente às mudanças do ambiente organizacional. O controle deve ser feito por profissionais alocados no canteiro de obras, atuando diretamente nas frentes de serviços. Ele recai sobre as atividades desenvolvidas em obra, que podem ser de duas formas, qualitativas e quantitativas. As primeiras são aquelas voltadas ao controle de qualidade da obra, como: verificações e liberações, controle de lançamento de materiais, controle de instalações, controle de montagem, ensaios e testes, entre outros. As segundas envolvem a verificação ou elaboração das medições, exatidão de faturas, controle de quantitativos executados, etc. As informações de controle podem ser: atualização do cronograma físico-financeiro; mapas padrões, recursos humanos, equipamentos e materiais; alocação de custos unitários dos serviços; apuração de índices de produtividade da mão-de-obra, materiais e equipamentos; faturamento. Para determinar o que deve ser controlado pode-se utilizar o princípio de Pareto.

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A Lei de Pareto (também conhecida como princípio 80-20), afirma que para muitos fenômenos, 80% das consequências advém de 20% das causas. A classificação ABC é baseada neste princípio. Ela controla os estoques no processos de produção. A faixa A abrange cerca de 20% do total de todos os itens considerados e corresponde a 80% do valor total; a B, cerca de 30% e corresponde a 15% do valor total e a C 50% e corresponde a 5%. Os itens devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem um ponto e com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser representada de forma gráfica. Assim, a assertiva está correta. Resposta: C 11. (ABIN/2010) Uma forma aceita para se definir os custos diretos de uma obra é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. O regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessão nº 1.363, de 30.08.2004, que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações (composição do custo direto e do BDI/LDI), temos os seguintes conceitos: - Custo Direto: O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de mercado, multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infraestrutura necessária para a realização da obra. - Preço de Venda: O preço de venda é o resultado da aplicação da margem denominada BDI / LDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de orçamento. Os insumos que compõem o custo direto são: • Mão de Obra – são representados pelo consumo de horas ou fração de horas de trabalhadores qualificados e/ou não qualificados para a execução de uma determinada unidade de serviço multiplicados pelo custo horário de cada trabalhador. O custo horário é o salário/hora do trabalhador mais os encargos sociais.

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• Materiais – são representados pelo consumo de materiais a serem utilizados para a execução de uma determinada unidade de serviço, multiplicados pelo preço unitário de mercado. • Equipamentos – são representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento. Ainda, no âmbito da Administração Pública Federal, o padrão é a utilização das composições unitárias do SINAPI, conforme têm determinado as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias - LDO. BDI / LDI: É o resultado de uma operação matemática para indicar a “margem” que é cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e a sua remuneração pela realização de um determinado empreendimento. O BDI/LDI é indicado na forma de um percentual que é aplicado sobre o total do custo direto da obra. Assim, o custo direto é expresso mediante a relação (planilha) de todos os insumos aplicados na execução da obra, sendo que uma forma aceita para se definir os custos diretos é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. Resposta: C 12. (ABIN/2010) Na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço. A composição do custo unitário é feita a partir de coeficientes técnicos de consumo extraídos de publicações especializadas ou compilados por cada empresa, pelo processo de experiência e erro, em função do planejamento e do controle dos projetos por ela executados. As composições unitárias refletem a técnica utilizada pela empresa na execução dos serviços. Elas informam o quê (insumos) e quanto (coeficientes) uma empresa necessita para executar uma unidade de determinado serviço sob determinadas condições. Dessa forma, na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço, estando correta a questão.

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Abaixo segue o exemplo de uma composição do SINAPI.

Vale lembrar que há vários sistemas de referência diferentes. Além do SINAPI, podemos citar o SICRO, ORSE, EMOP, Revista Construção e Mercado (PINI) entre outros. Resposta: C Na elaboração do orçamento de uma obra de construção civil, um aspecto que merece especial atenção é o que diz respeito aos encargos sociais. A respeito desse aspecto, julgue os itens a seguir. 13. (TCU/2009) De acordo com a lei, o empregador é obrigado a cobrir as despesas de transporte do empregado relativas ao trajeto de casa ao local de trabalho e ao de volta para casa, considerando-se o montante excedente a 6% do salário do trabalhador, despesa que deve ser paga mensalmente. Encargos sociais sobre a mão de obra são encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis:

1. Encargos Básicos e obrigatórios;

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2. Encargos Incidentes e reincidentes;

3. Encargos Complementares.

O vale-transporte é considerado como um encargo social complementar.

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Além do pagamento, fazem também parte do salário do trabalhador: alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações que o empregador, por força do contrato ou de costume, forneça habitualmente ao trabalhador. Nestes casos, o empregador pode considerar estes benefícios como parte do salário do trabalhador. Mas, para isso, deve discriminar o valor, em moeda corrente (R$), dos benefícios nos recibos de pagamento e eles não devem ultrapassar 70% do salário total do trabalhador. Os limites legais máximos para cada um destes benefícios são: • Alimentação: até 25% do salário. • Moradia: até 20% do salário. Atenção: Nos em que morar no local de trabalho é condição determinante para a realização do trabalho, a moradia deve ser concedida de graça ao trabalhador e não pode ser incorporada como parte do salário. • Materiais para higiene pessoal: até 7% do salário mínimo; • Vestuário: até 22% do salário. Atenção: uniforme e outros acessórios concedidos pelo empregador e usados no local de trabalho não podem ser descontados; • Transporte: até 6% do salário, limitado ao valor total do número de vales-transportes recebidos pelo trabalhador. Os descontos de INSS incidirão também sobre o pagamento do 13º salário e férias. Também podem ocorrer descontos por adiantamentos em dinheiro (vales) e faltas injustificadas ao serviço. Os descontos das faltas deverão estar discriminados no recibo de pagamento. Descontos por prejuízos materiais causados pelo trabalhador devem, de preferência, estar previstos no contrato de trabalho. 13º salário Deve ser paga em duas parcelas: a primeira, considerada como "adiantamento do 13º salário", deve ser feita entre fevereiro e novembro. O valor desta parcela será de metade do valor correspondente ao salário do mês anterior e será descontada do pagamento restante do 13º salário, a ser pago em dezembro. A segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro e o valor desta parcela será a remuneração do mês de dezembro, dividido por doze e multiplicado pelo número de meses trabalhados durante o ano. Desse resultado, deve-se descontar o valor pago como "adiantamento do 13º salário". Sendo que mais de quinze dias trabalhados em um mês é considerado como um mês inteiro de trabalho para o cálculo do 13º salário.

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De acordo com o Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987, que regulamenta a Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985, que institui o Vale- Transporte, com a alteração da Lei n° 7.619, de 30 de setembro de 1987, temos o seguinte: Art. 1º - São beneficiários do Vale-Transporte, nos termos da Lei 7.418, de 16 de dezembro de 1985, alterada pela Lei 7.619, de 30 de setembro de 1987, os trabalhadores em geral e os servidores públicos federais. Art. 9º - O Vale-Transporte será custeado: I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; II - pelo empregador, no que exceder a parcela referida no item anterior. Parágrafo único. A concessão do Vale-Transporte autorizará o empregador a descontar, mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de que trata o item I deste artigo. Em resumo, o vale-transporte é um benefício em que o empregador antecipa o valor gasto com transporte para que o trabalhador se desloque de sua residência para o local de trabalho e vice-versa. Todos trabalhadores têm direito ao vale-transporte. Voltando à questão, vemos que a assertiva está correta. Resposta: C REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Baptista, Márcio. Notas de Aula: Trabalho de Integração Multidisciplinar I - Drenagem Urbana. UFMG, 2007. ALONSO, U. R. (1991). Previsão e controle das fundações. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1991. VARGAS, M. (1955). Fundações: Manual do Engenheiro. v. 4. Porto Alegre: Editora Globo, 1955. BASILIO, F. A. – Cimento Portland. Estudo Técnico. 5ª ed. São Paulo, ABCP, 1983.

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Castro, Nilza. Apostila de Irrigação. IPH – UFRGS. Porto Alegre, 2003. Souza, André Delgado de; Dias, Frederico; e Ribeiro, Marcelo Orlandi. Apostila do Curso de “Auditoria de Obras Hídricas”- Curso Cathedra (“Capítulo 10 – Irrigação e Drenagem”). Brasília, 2009. Tribunal de Contas da União - TCU e Universidade de Brasília – UnB. “Roteiro de Auditoria de Obras Públicas de Irrigação e Drenagem” (Monografia final do curso de pós-graduação latu sensu “Curso de Especialização em Auditoria de Obras Públicas”). Brasília. 2002. Nocoes de Terraplenagem. Hamifrancy Meneses. Cefet/CE. Manual de Obras Publicas – Edificacoes. Praticas da SEAP. Secretaria de Estado da Administracao e do Patrimonio. QUESTÕES COMENTADAS (MP/2010) Acerca da programação e planejamento de obras, julgue os itens de 71 a 75. 1. (MP/2010) Uma sequência lógica de atividades para elaborar a rede de planejamento de determinado empreendimento inclui as seguintes ações: listar atividades, determinar a duração das atividades, determinar os eventos iniciais e finais, determinar as atividades que podem ser executadas em paralelo e calcular as datas dos eventos iniciais e finais de cada atividade. 2. (MP/2010) Para se traçar um histograma referenciado a um par de eixos cartesianos, a unidade do intervalo de tempo é marcada no eixo das coordenadas e na vertical é desenhada uma barra de 3. (MPU/2010) O caminho crítico de um projeto é a sequência das atividades que determinam o prazo total do projeto, ou seja, representa o menor caminho entre o início e o fim do projeto. Para se atingir padrões mais elevados para as edificações, cuidados especiais devem ser tomados nas etapas de projeto e execução. O conjunto dessas especificações compõe uma coletânea de informações sobre boas práticas na tarefa de construir, baseada em fundamentos técnicos e experiências bem sucedidas. Essa coletânea vai desde o início da obra, na fase de terraplenagem e locação, até etapas mais ao

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final, como, por exemplo, a das instalações prediais. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir. 4. (MPOG/2008) A execução dos gabaritos de madeira para locação das obras, localizados nos perímetros das futuras edificações, exige que as tábuas sejam niveladas e resistam à tensão dos fios de demarcação. 5. (MPOG/2008) Viga de equilíbrio (ou alavanca) é aquela que recebe as cargas das lajes e as descarrega nos pilares. (MPOG/2008) A licitação e a execução de obras públicas de grande porte são realizadas com base em diversos documentos, entre os quais se destacam os projetos básico e executivo. Acerca desses projetos, julgue os seguintes itens. 6. (MPOG/2008) O projeto básico é confeccionado com base em estudos técnicos definitivos, que asseguram a viabilidade técnica e ambiental da obra. (MPOG/2008) O ciclo de implantação de uma usina hidrelétrica compreende basicamente cinco etapas: estimativa do potencial hidrelétrico; inventário hidrelétrico, estudo de viabilidade, projeto básico e projeto executivo. Acerca dessas etapas, julgue os itens abaixo. 7. (MPOG/2008) A etapa de viabilidade resume-se à realização de estudos mais detalhados com a finalidade exclusiva de determinar a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. (MPOG/2008) Acerca das fases de planejamento de pré-viabilidade e de viabilidade no planejamento dos projetos de irrigação, julgue os itens: 8. (MPOG/2008) Na fase de pré-viabilidade, as estimativas econômicas e de engenharia, que não necessitam ser precisas, têm o objetivo de encontrar a melhor alternativa, e não de verificar se as alternativa são viáveis. (MPOG/2008) Nos estudos de inventários de obras de saneamento, são estimados os custos socioambientais que serão efetivamente incorporados no custo de implantação das obras e nos índices de custo/benefício. A respeito dos diversos custos socioambientais que podem ser considerados nesses estudos, julgue os próximos itens. 9. (MPOG/2008) Os custos institucionais são aqueles relativos à elaboração dos estudos socioambientais para as diferentes etapas da

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obra, à elaboração dos estudos requeridos pelos órgãos ambientais — EIA/RIMA — e à obtenção das licenças ambientais. (CEF/2010 - adaptada) O controle de projeto requer um sistema que seja adequado às suas peculiaridades. Esse controle recai sobre as atividades desenvolvidas em obra, que podem ser de duas formas, qualitativas e quantitativas. Acerca desse assunto, julgue o item: 10. (CEF/2010 - adaptada) A classificação ABC é feita com base no princípio de Pareto e pode ser utilizada para controle de estoque de materiais nos processos de produção da construção. 11. (ABIN/2010) Uma forma aceita para se definir os custos diretos de uma obra é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. Resposta: C 12. (ABIN/2010) Na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço. (TCU/2009) Na elaboração do orçamento de uma obra de construção civil, um aspecto que merece especial atenção é o que diz respeito aos encargos sociais. A respeito desse aspecto, julgue os itens a seguir. 13. (TCU/2009) De acordo com a lei, o empregador é obrigado a cobrir as despesas de transporte do empregado relativas ao trajeto de casa ao local de trabalho e ao de volta para casa, considerando-se o montante excedente a 6% do salário do trabalhador, despesa que deve ser paga mensalmente. GABARITO DAS QUESTÕES 1. C 2. E 3. E 4. C 5. E 6. E 7. E 8. C 9. C 10. C 11. C 12. C

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