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Metodologias da Pesquisa Científica, do Desenvolvimento Tecnológico e da Inovação

Aula 10 - Apresentação Aula Teórica 10

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Metodologias da Pesquisa Científica, do

Desenvolvimento Tecnológico e da

Inovação

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Aula 10 - Método e Pesquisa

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Os métodos científicos nas

concepções atuais

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Qualquer que seja o método científico, a investigação deve cumprir algumas

etapas:

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a. descobrimento do problema ou lacuna em um conjunto de conhecimentos;

b. colocação precisa do problema ou ainda recolocação de um velho problema à luz de novos conhecimentos;

c. procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes do problema (dados empíricos, teorias, aparelhos de medição, técnica de medição etc).

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d) tentativa de uma solução exata ou aproximada do problema (com auxílio de instrumento conceitual ou empírico disponível)e) investigação da consequência da solução obtidaf) prova (comprovação da solução, isto é, confronto da solução com a totalidade das teorias e das informações empíricas pertinentes

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g) correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta.

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Os processos dos métodos científicos

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Os processos dos métodos científicos

Observação

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Observar é aplicar atentamente os sentidos a um objeto para dele adquirir

conhecimento claro e preciso. A observação deve ser exata, completa,

sucessiva e metódica.

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O bom observador é aquele que possui paciência e coragem para resistir às ânsias

materiais de precipitação que todo ser humano tem em relação a conclusões

rápidas. A imparcialidade também é um elemento necessário na observação dos

fenômenos.

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Quando podemos classificar a observação como ‘científica’, uma vez que a observação

científica surge para complementar e enriquecer a observação comum ou vulgar?

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Os processos dos métodos científicos

ObservaçãoFormas de classificação da observação

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A observação científica pode ser classificada segundo critérios de estruturação,

participação do observador, número de observadores e local de realização da

técnica.

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Quanto à estruturação, temos:a. Observação assistemática - também

denominada ‘observação não estruturada’, sem controle anteriormente elaborado e sem instrumental apropriado. Nas ciências humanas constitui-se, muitas vezes, na única oportunidade de estudar determinados fenômenos.

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b) Observação sistemática - também chamada ‘observação planejada’ ou controlada. Caracteriza-se por ser estruturada e realizada em condições controladas, tendo em vista objetivos e propósitos predefinidos. Utiliza normalmente um instrumento adequado para sua efetivação, além de indicar e delimitar a área a ser observada, requerendo um planejamento prévio para seu desenvolvimento.

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Em qualquer processo de observação sistemática, devem-se considerar os

seguintes aspectos ou elementos:a. Por que observar?b. Para que observar?c. Como observar?d. O que observar?e. Quem observar?

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Segundo o critérios de participação do observador, temos os seguintes tipos de

observação:a. Observação não participante - tipo de

observação em que o observadorpermanece fora da realidade a estudar. A observação é feita sem que haja interferência ou envolvimento do observador na situação. O observador tem o papel de espectador.

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b) Observação participante - o pesquisador participa da situação estudada, sem que os demais elementos envolvidos percebam sua posição de participante. O observador se incorpora natural ou artificialmente ao grupo ou comunidade pesquisados - natural, quando já é elemento do grupo investigado.

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A observação participante é as vezes criticada quando utilizada nas investigações científicas, por se considerar muito difícil assegurar a objetividade da observação.

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Quando a observação é realizada por um só pesquisador, temos a chamada ‘observação individual’, quando por vários ‘observação em equipe’.

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A observação pode ser feita sobre os fenômenos encontrados na realidade social, no local de ocorrência do evento. Ou, então, as situações problemas podem ser artificialmente criadas em laboratórios para que se observe a situação da variável experimental. No primeiro caso, temos a observação em campo, no segundo, a observação em laboratório.

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Os processos dos métodos científicos

Indução

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A indução e a dedução são formas de raciocínio ou de argumentação, isto é, formas de reflexão. O raciocínio é algo ordenado, coerente, lógico e pode ser dedutivo ou indutivo.

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‘Indução’ é um processo mental, por intermédio do qual, partindo de dados particulares suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal não contida nas partes examinadas.

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Tanto o argumento indutivo como o dedutivo fundamentam-se em premissas. O propósito básico desses argumentos é obter conclusões verdadeiras a partir de premissas verdadeiras. Assim, quando as premissas são verdadeiras, o melhor que se pode dizer é que a sua conclusão é provavelmente verdadeira.

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Por exemplo:O professor 1 é competente.O professor 2 é competente.O professor 3 é competente.O professor N é competente.Logo, TODO professor é competente.

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Para que as conclusões indutivas sejam verdadeiras o mais frequentemente possível e tenham, consequentemente, maior grau de sustentação, pode-se realizar acréscimo de evidências adicionais ao argumento sob a forma de novas premissas.

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A indução e a dedução são processos que se complementam.

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Devemos considerar três elementos para toda indução:a. Observação dos fenômenos - pesquisa de

suas causas.b. Descoberta da relação entre eles -

aproximação dos fatos relacionados.c. Generalização da relação - elaboração de leis

ou funções.

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Os processos dos métodos científicos

InduçãoFormas de indução

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a. Indução formal ou completa (de Aritóteles)

b. Indução incompleta ou científica (criada por Galileu a melhorada por Bacon)

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a. Indução formal ou completa (de Aritóteles) - seria o inverso da dedução. Ela não induz de alguns casos, mas de todos os casos de uma espécie ou de um gênero.

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a. Indução formal ou completa (de Aritóteles) - Nesse tipo de indução, há uma simples substituição de uma coleção de termos particulares por um equivalente.

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a. Indução formal ou completa (de Aritóteles)

Por exemplo:Os corpos A, B, C e D se aquecemOs corpos A, B, C e D são todos metaisLogo, os metais se aquecem

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b. Indução incompleta ou científica (criada por Galileu a melhorada por Bacon) - fundamenta-se na causa ou na lei que rege o fato ou fenômeno, constatada em um número significativo de casos, mas não de todos.

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b. Indução incompleta ou científica (criada por Galileu a melhorada por Bacon) - Esta indução é a alma das ciências experimentais.

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b. Indução incompleta ou científica (criada por Galileu a melhorada por Bacon) - Este tipo de indução não deriva de seus elementos inferiores ou provados pela experiência, mas permite induzir de algum caso adequadamente observado em circunstâncias diferentes da que se pode dizer dos restantes dos elementos da mesma categoria.

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Os processos dos métodos científicos

InduçãoRegras de indução imcompleta

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a. Os casos particulares devem ser provados e experimentados, na quantidade suficiente, para que possam afirmar ou negar tudo o que será legitimamente afirmado sobre a espécie, o gênero, categoria, etc.

b. Com a finalidade de poder afirmar com certeza que a própria natureza da coisa (fato ou fenômeno) é que provoca a sua propriedade (ou ação), além de grande quantidade de observações e experiências, é também necessário analisar (e descobrir) a possibilidade de variações provocadas por circunstâncias acidentais.

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Os processos dos métodos científicos

Dedução

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A dedução consiste em um recurso metodológico em que a racionalização ou a combinação de ideias em sentido interpretativo vale mais que a experimentação de caso por caso.

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Em termos mais simples, pode-se dizer que é o raciocínio que caminha do geral para o particular.

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Cracterísticas básicas que distinguem os argumentos dedutivos dos indutivos são:

Dedutivos:● Se todas as premissas são

verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira.

● Toda a informação do conteúdo factual da conclusão já estava pelo menos implicitamente nas premissas.

Indutivos:● Se todas as premissas são

verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira.

● A conclusão encerra informações que não estavam implicitamente nas premissas.

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Os dois tipos de argumento têm finalidades específicas. O dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas; o indutivo tem a finalidade de ampliar o alcance dos conhecimentos.

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Para a metodologia, é importante entender que no modelo dedutivo a necessidade de explicação não reside nas premissas, mas na relação entre as premissas e a conclusão.

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O processo dedutivo é de alcance limitado, pois a conclusão não pode assumir conteúdos que excedam o das premissas. Não se pode, porém, desprezar esse tipo de processo em consideração a essa crítica.

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Para desfazer tal impressão, é necessário analisar o procedimento matemático. Os seus argumentos são, na maior parte das vezes, dedutivos. Os teoremas são demonstrados a partir de axiomas e postulados (premissas).

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Exemplo dedutivo:

Todo mamífero tem coração.Todos os cães são mamíferos.Logo, todos oa cães têm coração.

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Outra crítica que encontramos ao método dedutivo é que a dedução não é condição suficiente de explicação, como também não é condição necessária, pois muitas são as explicações que não têm nenhuma lei como premissa.

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A descrição dos fatos ou fenômenos pode ser feita externamente de um ponto de vista especial, sendo que essa descrição serve de explicação sem necessariamente se processar dedução alguma.

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Os processos dos métodos científicos

Experimentação

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A experimentação pode ser definida como um conjunto de procedimentos estabelecidos para a verificação de hipóteses. Ela sempre é realizada em situação de laboratório, isto é, com o controle de circunstâncias e variáveis que possam interferir na relação de acusa e efeito que está sendo estudada.

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As hipóteses comumente enunciam uma relação de antecedência (variável independente) e consequência (variável dependente) entre os dois fenômenos. Na experimentação busca-se descobrir se a relação existe e qual é a proporção de variação encontrada nessa relação.

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Bacon pode ser considerado um dos primeiros cientistas a sistematizar o desenvolvimento da experimentação ao elaborar o método das coincidências constantes.

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Stuart Mill mais tarde, indica um certo número de combinações que podem nos conduzir à causa determinante de surgimento dos fenômenos. Elabora, então, os métodos de exclusão que se baseiam em regras fundamentais: quando se buscam os antecedentes comuns diante da causa do fenômeno - método de concordância - e quando se procura observar os antecedentes comuns nas situações em que o fenômeno se produz e nas situações em que ele não se produz.

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Os processos dos métodos científicos

Método da diferença

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O método das variações concomitantes consiste em fazer variar a intensidade da causa para verificar as variações do fenômeno.

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É o método dos resíduos, ou seja, separando-se de um fenômeno o fator que é o efeito conhecido, o resíduo do fenômeno pode ser considerado efeito dos antecedentes que restaram.

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Dentro do contexto da pesquisa experimental, há necessidade de utilizar dois ou mais grupos. O grupo em que se aplica ou se retira a variável experimental, ou variável independente, denomina-se ‘grupo experimental’. O outro grupo constitui o ‘grupo de controle’. Neste grupo, não se aplica o fator experimental e, sob condições de controle, relacionam-se os resultados comparando-os com os do grupo experimental.

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Em ciências sociais, existe muita restrição quanto a aplicabilidade desse tipo de procedimento. Muitos cientistas sociais afirmam que os experimentos intencionalmente programados podem trazer muitos desvios em seus resultados.Outros acreditam que precisam ainda desenvolver procedimentos e técnicas apuradas para controle e observação dos experimentos.