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EXECUÇÃO FISCAL e COMPENSAÇÃO FISCAL Juliana Furtado Costa Araujo Doutora em Direito Tributário pela PUC/SP. Procuradora da Fazenda Nacional.

Aula 24 08 - juliana furtado costa

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EXECUÇÃO FISCAL e COMPENSAÇÃO FISCAL

Juliana Furtado Costa AraujoDoutora em Direito Tributário pela PUC/SP.Procuradora da Fazenda Nacional.

Juliana Furtado Costa AraujoDoutora em Direito Tributário pela PUC/SP.Procuradora da Fazenda Nacional.

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Processo de positivação

RMIT

Norma individual e concreta

CRÉDITO X DÉBITO

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Processo de positivação

Linguagem competente para constituição da relação jurídica tributária (Obrigação – crédito x débito):

Lançamento de ofício

Lançamento por homologação

Lançamento por declaração.

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Processo de positivação

Lançamento de ofício: possibilidade do sujeito passivo instaurar um conflito com a impugnação do lançamento (insere o conflito na processualidade) .

Lançamento por homologação: possibilidade da autoridade administrativa emitir norma individual e concreta supletiva ou substitutiva da norma produzida pelo sujeito passivo.

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Processo de positivação

Inexistência de pagamento por parte do sujeito passivo – continuação do processo de positivação:

Inscrição em dívida ativa e ajuizamento da execução fiscal (ação exacional).

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EXECUÇÃO FISCAL

• Legislação aplicável: Lei 6.830/80 e aplicação subsidiária do CPC.

• Objetivo: Regular a execução judicial para a cobrança da dívida ativa da União, Estados, DF, Municípios e suas autarquias.

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EXECUÇÃO FISCAL

• Requisitos para aplicação da Lei 6.830/80:

a) Objeto da execução: cobrança judicial da dívida ativa.

b) Sujeito ativo da execução: pessoa política e suas autarquias (inclui-se as autarquias fundacionais).

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DÍVIDA ATIVA

• Totalidade dos créditos públicos de natureza tributária e não tributária não recolhidos aos cofres públicos e passíveis de exigência.

Créditos vencidos e inadimplidos.

Necessidade de inscrição desses créditos em registro próprio.

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DÍVIDA ATIVA

• Dívida ativa tributária – art. 201 do CTN ( tributos, juros e multas).

• Dívida ativa não tributária – qualquer outro crédito.

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DÍVIDA ATIVA

• Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

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DÍVIDA ATIVA

• Dívida ativa: engloba o crédito principal, multa, juros, correção e demais encargos. (art. 2º, § 2 da lei 6.830/80).

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INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

• Art. 2°, § 3º da lei 6.830/80.

Ato administrativo vinculado por meio do qual se faz o assentamento do débito para com a Fazenda Pública.

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INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

Finalidade: Produzir documento jurídico (título executivo

extrajudicial) que demonstre a existência do crédito tributário;

Viabilizar a cobrança executiva; Registrar devedores em cadastros informativos de

créditos; Controle de legalidade (art. 2°, §3° da Lei n° 6.830/80). Suspensão por 180 dias da prescrição ou até a

distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer anteriormente (AFASTADO PELO STJ).

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INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

• Efeitos:

• Confere presunção relativa de certeza e liquidez ao crédito (art. 3º e parágrafo único da Lei 6.830/80).

• Do ato de inscrição resulta a certidão de dívida ativa, documento indispensável a propositura da execução fiscal.

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CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA

Requisitos (art. 202 CTN): I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-

responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;

II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;

III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;

IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de

que se originar o crédito.

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NULIDADE E POSSIBILIDADE DE

RETIFICAÇÃO DA CDA CTN Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos

previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

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NULIDADE E POSSIBILIDADE DE

RETIFICAÇÃO DA CDA Lei n° 6.830/80

Art. 2° - (...)

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos.

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NULIDADE E POSSIBILIDADE DE

RETIFICAÇÃO DA CDAOmissões e erros que ensejam a

nulidade:

Necessitam macular aspectos substanciais do título executivo.

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NULIDADE E POSSIBILIDADE DE

RETIFICAÇÃO DA CDA Posição do STJ AgRg no Ag 485548/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA

TURMA, julgado em 06/05/2003, DJ 19/05/2003 p. 145

“3. A pena de nulidade da inscrição e da respectiva CDA, prevista no art. 203 do CTN, deve ser interpretada cum granu salis. Isto porque o insignificante defeito formal que não compromete a essência do título executivo não deve reclamar por parte do exequente um novo processo com base em um novo lançamento tributário para apuração do tributo devido, posto conspirar contra o princípio da efetividade aplicável ao processo executivo extrajudicial.

4. Destarte, a nulidade da CDA não deve ser declarada por eventuais falhas que não geram prejuízos para o executado promover a sua a defesa.”

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NULIDADE E POSSIBILIDADE DE

RETIFICAÇÃO DA CDA Limites processuais à retificação da CDA:

Até decisão em primeira instância;

Necessidade de reabertura de prazo para o exercício do direito de defesa do executado.

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NULIDADE E POSSIBILIDADE DE

RETIFICAÇÃO DA CDA Limites materiais à retificação da CDA:

Vícios materiais e formais da certidão e não do processo administrativo que constituiu o crédito tributário.

• Impossibilidade de alteração do relato do fato jurídico tributário.

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POSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO DA CDA E SUJEITO PASSIVO

STJ

Súmula n° 392, de 07.10.2009:

“A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.

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POSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO DA CDA E SUJEITO PASSIVO

Desnecessidade de substituição da CDA em caso de responsabilidade de terceiro comprovada no curso do processo executivo.

Redirecionamento do feito executivo

Solução processual

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PROPOSITURA DA EXECUÇÃO FISCAL •Contra quem pode ser proposta: Art. 4º da Lei 6.830/80: I – o devedor;        II - o fiador;III - o espólio;IV - a massa;V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; eVI - os sucessores a qualquer título.

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Redirecionamento do feito executivo

CPC

Art. 568. São sujeitos passivos na execução

I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;

(…)

V - o responsável tributário, assim definido na legislação própria.

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PROPOSITURA DA EXECUÇÃO FISCAL

• Onde é proposta a execução:

Regra: foro do domicílio do executado (art. 578 do CPC).

Possibilidade da ação executiva ser proposta no local onde se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem a dívida ou no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se originar ( art. 578, parágrafo único do CPC).

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PROPOSITURA DA EXECUÇÃO FISCAL

• Súmula 58 do STJ:

“Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicilio do executado não desloca a competência já fixada”.

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CITAÇÃO NO PROCESSO EXECUTIVO

• Preferencialmente pelo correio – Art. 8°, I da Lei 6830/80.

• Possibilidade de citação por Oficial de Justiça e por edital. Art. 8º, III da Lei 6830/80.

• Prazo de 5 dias para pagar o débito ou garantir a execução.

• Garantias passíveis de oferecimento pelo executado: depósito em dinheiro; fiança bancária; bens de sua própria propriedade ou de terceiros;

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CITAÇÃO NO PROCESSO EXECUTIVO

• Art. 8º, § 2: Despacho do Juiz interrompe a prescrição.

• Posição do STJ antes da alteração da LC 118/05: aplica-se o art. 174, parágrafo único, I do CTN – Prescrição interrompida com a efetiva citação.

• Despacho do juiz: interrompe prazo prescricional, após LC 118/05.

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• REsp 1120295/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/05/2010, DJe 21/05/2010.

• Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008.

• “13. Outrossim, o exercício do direito de ação pelo Fisco, por intermédio de ajuizamento da execução fiscal, conjura a alegação de inação do credor, revelando-se incoerente a interpretação segundo a qual o fluxo do prazo prescricional continua a escoar-se, desde a constituição definitiva do crédito tributário, até a data em que se der o despacho ordenador da citação do devedor (ou até a data em que se der a citação válida do devedor, consoante a anterior redação do inciso I, do parágrafo único, do artigo 174, do CTN).

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• 14. O Codex Processual, no § 1º, do artigo 219, estabelece que a interrupção da prescrição, pela citação, retroage à data da propositura da ação, o que, na seara tributária, após as alterações promovidas pela Lei Complementar 118/2005, conduz ao entendimento de que o marco interruptivo atinente à prolação do despacho que ordena a citação do executado retroage à data do ajuizamento do feito executivo, a qual deve ser empreendida no prazo prescricional”.

• 16. Destarte, a propositura da ação constitui o dies ad quem do prazo prescricional e, simultaneamente, o termo inicial para sua recontagem sujeita às causas interruptivas previstas no artigo 174, parágrafo único, do CTN.

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PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

• Evolução jurisprudencial: possibilidade de alegação da prescrição no curso do processo executivo.

• Art. 40 há de ser interpretado de conformidade com o art. 174 do CTN.

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PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

• Introdução do § 4º no art. 40 da LEF pela Lei 11051/04

        § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

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PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

•SÚMULA N. 314-STJ:

“Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,

suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o

prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente”.

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PENHORA NA EXECUÇÃO FISCAL

• Após a citação, para fins de garantia do juízo, o executado poderá (art. 9º da Lei 6830/80:

Oferecer bens a penhora;

Efetuar depósito em dinheiro;

Oferecer fiança;

Indicar a penhora bens oferecidos por terceiros.

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PENHORA NA EXECUÇÃO FISCAL

“Penhora on line” – art. 185 A O juiz determinará a indisponibilidade dos bens

do sujeito passivo, comunicando ao registro público de imóveis e autoridades do mercado bancário, caso o devedor não pague nem apresente bens à penhora.

Condições: citação do executado e inexistência de outros bens penhoráveis.

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CPC ( alterado pela Lei 11382/06)Art. 655.  A penhora observará, preferencialmente, a

seguinte ordem: I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em

instituição financeira; Art. 655-A.  Para possibilitar a penhora de dinheiro em

depósito ou aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução.

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• PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – PENHORA ON LINE – SISTEMA BACEN-JUD – REQUERIMENTO FEITO NO REGIME ANTERIOR AO ART. 655, I, DO CPC (REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.382/2006) 1. A jurisprudência atual desta Corte firmou-se no sentido de que, após a vigência da Lei 11.382/2006, o bloqueio de ativos financeiros por meio de penhora on line não requer mais o esgotamento de diligências para localização de outros bens do devedor passíveis de penhora, sendo admitida hoje a constrição por meio eletrônico sem essa providência.

2. Recurso especial provido.

(REsp 1194067/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 22/06/2010, DJe 01/07/2010)

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MEIOS DE DEFESA NO PROCESSO EXECUTIVO

1. Embargos a execução

2. Exceção de pre-executividade.

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Embargos Embargos a execução : art. 16 da Lei 6830/80.

“Art. 16. (...) § 1º. Não são admissíveis embargos do executado antes de

garantida a execução.” Ação autônoma em que se garante o direito de defesa ao

sujeito passivo. Garantia do juízo. CPC – art. 736 - inaplicabilidade: prevê a possibilidade de

oferecimento de embargos à execução independentemente de penhora, depósito ou caução – art. 16, § 1º, LEF:

Alegar toda matéria útil à defesa. Prazo: 30 dias – do depósito, da prova da fiança ou da intimação

da penhora. Suspende o feito executivo?

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Embargos

CPC

Art. 739-A.  Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.

§ 1o  O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.

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Embargos

Requisitos para concessão do efeito suspensivo:

1.Pedido da parte interessada;

2.Relevância da fundamentação;

3.Risco de grave dano ou de difícil reparação;

4.Garantia suficiente do débito.

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Embargos

• 3. O acórdão recorrido do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concluiu, com amparo na jurisprudência mais recente do STJ, que o artigo 739-A, § 1º, do CPC, acrescentado pelo art. 739-A do CPC, é aplicável à execução fiscal diante da ausência de norma específica na Lei 6.830/80, não havendo, por conseguinte, como se outorgar suspensividade aos embargos quando o executado deixar de garantir a execução e de demonstrar relevantes fundamentos fáticos e jurídicos em seu favor. A conclusão do Tribunal de origem, portanto, está longe de ser teratológica.

• (RCDESP na MC 15.208/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/03/2009, DJe 16/04/2009)

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Embargos

• Podem ser alienados os bens penhorados, ainda que pendente decisão em embargos?

• Depósito pode ser convertido?

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Embargos• Efeito da sentença: ação

constitutiva

Rejeição dos embargos Acatamento dos embargos

Presunção absoluta da CDA

Presunção da CDA é neutralizada

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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Meio de defesa apresentado pelo executado com a finalidade de desconstituir título executivo, sem a necessidade da prévia garantia do juízo.

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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Criação DoutrináriaPressupostos de sua criação: Admissão da presença do elemento

cognitivo no processo executivo, que, em um primeiro momento, era mitigado (contraditório diferido aos embargos).

Interpretação mais flexível ao art. 16, parágrafo 1º da Lei nº 6830/80.

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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Natureza jurídica:

Incidente processual – criação de um momento novo no processo, com a inserção de atos nele não previstos.

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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

O que pode ser alegado em exceção?

1.Matéria ligada a admissibilidade da execução, conhecidas ex officio. (pressupostos processuais e condições da ação);

2. Impossibilidade de dilação probatória – há a perceptibilidade do vício apontado.

3.Matéria de mérito, que não enseje dilação probatória (tendência atual).

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• Qual o recurso cabível?

• Se não extinguir a execução: agravo

• Se extinguir: apelação.

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COMPENSAÇÃO

• Esfera Federal – Lei 8383/91 e 9430/96, com suas alterações.

• Iniciativa da compensação – sujeito passivo (contribuinte).

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COMPENSACÃO

• Extinção do crédito tributário

• Secundariamente – extinção da relação de indébito do fisco.

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Compensação com precatórios Art. 100 da CF/88

• § 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.

• § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos

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Regulamentação

RESOLUÇÃO CNJ Nº 115 E 123/2010

RESOLUÇÃO CJF N 122/2010

LEI Nº 12.431/2011.

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Lei 12.431/11• Quais débitos podem ser compensados? Débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida

ativa da União. Incluem-se débitos parcelados. Débitos oriundos da mesma pessoa jurídica devedora do

precatório. Excluem-se débitos com exigibilidade suspensa,

ressalvado o parcelamento, ou cuja execução esteja suspensa em virtude do recebimento de embargos do devedor com efeito suspensivo, ou em virtude de outra espécie de contestação judicial que confira efeito suspensivo à execução.

Exclui-se RPV.

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Jurisprudência

ADINS 4357, 4425, 4372 E 4400 Principais argumentos:• Impossibilidade de discussão do débito

tributário a ser compensado.• Compensação entre créditos com

naturezas distintas.• Ausência do devido processo legal.• Feri a isonomia

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Obrigada!