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Corrida •São formas rápidas de escoamentos, de caráter hidrodinâmico, ocasionadas pela perda de atrito interno, em presença de excesso de água. É caracterizada pela elevada fluidez e alto poder destrutivo. Está associada à ocorrência de grande número de escorregamentos simultâneos, que descem pelas encostas até um fundo de vale. PROCESSOS GEODINÄMICOS - CAUSAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Aula 3B

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Page 1: Aula 3B

Corrida

• São formas rápidas de escoamentos, de caráter hidrodinâmico,

ocasionadas pela perda de atrito interno, em presença de excesso

de água. É caracterizada pela elevada fluidez e alto poder

destrutivo. Está associada à ocorrência de grande número de

escorregamentos simultâneos, que descem pelas encostas até um

fundo de vale.

PROCESSOS GEODINÄMICOS - CAUSAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES

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MUITAS SUPERFÍCIES DE DESLOCAMENTO

MOVIMENTO SEMELHANTE AO DE UM LÍQUIDO VISCOSO

DESENVOLVIMENTO AO LONGO DAS DRENAGENS

VELOCIDADES MÉDIAS A ALTAS

MOBILIZAÇÃO DE SOLO, ROCHA, DETRITOS E ÁGUA

GRANDES VOLUMES DE MATERIAL

EXTENSO RAIO DE ALCANCE, MESMO EM ÁREAS PLANAS

CORRIDAS – DINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIALCORRIDAS – DINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIAL

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PROCESSOS GEODINÄMICOS - CAUSAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA DINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIALDINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIAL

•MUITAS SUPERFÍCIES DE DESLOCAMENTO

•MOVIMENTO SEMELHANTE AO DE UM LÍQUIDO VISCOSO

•DESENVOLVIMENTO AO LONGO DAS DRENAGENS

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA DINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIALDINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIAL

•VELOCIDADES MÉDIAS A ALTAS

•MOBILIZAÇÃO DE SOLO, ROCHA, DETRITOS E ÁGUA

•GRANDES VOLUMES DE MATERIAL

•EXTENSO RAIO DE ALCANCE, MESMO EM ÁREAS PLANAS

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ETAPA 1: ESCORREGAMENTOS GENERALIZADOSETAPA 1: ESCORREGAMENTOS GENERALIZADOS

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ETAPA 1: ESCORREGAMENTOS GENERALIZADOS E RETRABALHAMENTOETAPA 1: ESCORREGAMENTOS GENERALIZADOS E RETRABALHAMENTO

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ETAPA 2: MASSA VISCOSA AO LONGO DAS DRENAGENS

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ETAPA 2: MASSA VISCOSA AO LONGO DAS DRENAGENS

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ETAPA 3: TRANSFORMAÇÃO EM ENCHENTE “SUJA”ETAPA 3: TRANSFORMAÇÃO EM ENCHENTE “SUJA”

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ETAPA 3: TRANSFORMAÇÃO EM ENCHENTE “SUJA”ETAPA 3: TRANSFORMAÇÃO EM ENCHENTE “SUJA”

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

ENORME PODER DE TRANSPORTE E ALTO POTENCIAL DE IMPACTOENORME PODER DE TRANSPORTE E ALTO POTENCIAL DE IMPACTO

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA

GERADAS A PARTIR DE UM ESCORREGAMENTO GERADAS A PARTIR DE UM ESCORREGAMENTO DE GRANDE PORTEDE GRANDE PORTE

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”

O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS

Aterro existenteAmpliação no momentoda ruptura

VILA BARRAGINHAMuro Galpão daHércules

Estaqueamento

Aterro remanescente

Porções do aterro

Entulho dasmoradias destruídas

LEGENDA

Aterro

Argila orgânica, muito mole esaturada

Solo residual

Escala Aprox.

10 20 30 40m

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

2 - PERFIL PÓS CORRIDA

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS

Aterro existenteAmpliação no momentoda ruptura

VILA BARRAGINHAMuro Galpão daHércules

Estaqueamento

Aterro remanescente

Porções do aterro

Entulho dasmoradias destruídas

LEGENDA

Aterro

Argila orgânica, muito mole esaturada

Solo residual

Escala Aprox.

10 20 30 40m

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

2 - PERFIL PÓS CORRIDA

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”

O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS

Aterro existenteAmpliação no momentoda ruptura

VILA BARRAGINHAMuro Galpão daHércules

Estaqueamento

Aterro remanescente

Porções do aterro

Entulho dasmoradias destruídas

LEGENDA

Aterro

Argila orgânica, muito mole esaturada

Solo residual

Escala Aprox.

10 20 30 40m

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

2 - PERFIL PÓS CORRIDA

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”

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CORRIDAS DE MASSACORRIDAS DE MASSA ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”

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ErosãoErosão• Define-se por erosão o processo de

desagregação e remoção de partículas do solo ou de fragmentos e partículas de rochas, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo e organismos. Ex erosão hídrica, erosão eólica, erosão glacial, erosão biológica, etc...

• Em geral distinguem-se duas formas de abordagem para os processo erosivos: erosão natural ou geológica, erosão que se desenvolve em condições de equilíbrio com a formação do solo, e erosão acelerada ou antrópica, cuja intensidade é superior à da formação do solo, não permitindo a sua recuperação natural.

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Fatores condicionantes da erosão:

• Erosividade - chuvas/clima• Erodibilidade – solos (textura, estrutura, espessura,

permeabilidade)• Substrato rochoso (grau de alteração,

descontinuidades)• Vegetação (proteção natural)• Topografia (altura, comprimento da rampa, forma)• Atividades antrópicas (desmatamento, uso e ocupação)

Erosão Hídrica (laminar, linear, interna)

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Propriedades dos solos

As propriedades do solo têm grande importância nos estudos de erosão, porque, juntamente com outros fatores, determinam a maior ou menor susceptibilidade à erosão. Erodibilidade é a resistência do solo em ser removido e transportado. Solos arenosos e siltosos apresentam os maiores índices de erodibilidade. Solos argilosos, se por um lado podem dificultar a infiltração das águas, por outro são mais difíceis de serem removidos, especialmente quando se apresentam em agregados.

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Cobertura vegetal

A cobertura vegetal é um dos fatores mais importantes de defesa natural do solo contra a erosão (DAEE/IPT, 1989).

A cobertura vegetal, natural ou determinada pelo tipo de cultura agrícola, propicia uma certa proteção aos terrenos (Ximenes & Iwasa, 1995):-Proteção contra o impacto direto das gotas de chuva;-Dispersão e quebra da energia das águas de escoamento superficial;-Aumento da infiltração pela produção de poros no solo por ação das raízes;-Aumento da capacidade de retenção de água pela estruturação do solo por efeito da produção e incorporação de matéria orgânica

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Topografia (Relevo)

A topografia também é um fator natural que determina a velocidade dos processos erosivos. Maiores velocidades de erosão podem ser mais esperadas em relevos acidentados, como morros, do que em relevos suaves, como colinas amplas, pois declividades mais acentuadas favorecem a concentração e maiores velocidades de escoamento das águas, aumentando sua capacidade erosiva. A declividade tem tanto maior importância quanto maior for trecho percorrido pela água que escoa, ou seja, quanto maior for a amplitude da encosta.

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Tipos de erosão• dois tipos de erosão: erosão laminar, ou em lençol, causada

pelo escoamento difuso das águas das chuvas, resultando na remoção progressiva e uniforme dos horizontes superficiais do solo

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Erosão linear ou concentradaErosão linear ou concentrada• Causada pela concentração das linhas de fluxo das águas de

escoamento superficial, resultando em pequenas incisões na superfície do terreno, em forma de sulcos, que pode evoluir, por aprofundamento, para ravinas e voçorocas.

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Voçorocas....• Caso a erosão se desenvolva por influência não somente das

águas superficiais, mas também dos fluxos d’água subsuperficiais, a forma se torna gigantesca, larga e profunda.

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SOLAPAMENTO DE MARGENSSOLAPAMENTO DE MARGENS

são processos que podem afetar áreas adjacentes aos cursos d’água (rios e córregos). Estão associados à erosão das margens ou do talude de um canal fluvial, comumente acarretando a instabilização da margem do curso d’água. Com a evolução do processo erosivo pode ocorrer o desbarrancamento, ou seja, a queda de uma porção do talude do canal da drenagem.

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SOLAPAMENTO DE MARGENSSOLAPAMENTO DE MARGENS

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SOLAPAMENTO DE MARGENSSOLAPAMENTO DE MARGENS

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SOLAPAMENTO DE MARGENSSOLAPAMENTO DE MARGENS

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SOLAPAMENTO DE MARGENSSOLAPAMENTO DE MARGENS

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SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS

Causas - dissolução de rochas (carstificação)- acomodação de camadas do substrato pelo peso - pequenas movimentações em falhas- ação do homem (bombeamentos, peso de estruturas, colapso de antigas minas subterrâneas)

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Vila Barraginha - 1992Vila Barraginha - 1992

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CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”

O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS

Aterro existenteAmpliação no momentoda ruptura

VILA BARRAGINHAMuro Galpão daHércules

Estaqueamento

Aterro remanescente

Porções do aterro

Entulho dasmoradias destruídas

LEGENDA

Aterro

Argila orgânica, muito mole esaturada

Solo residual

Escala Aprox.

10 20 30 40m

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

2 - PERFIL PÓS CORRIDA

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS

Aterro existenteAmpliação no momentoda ruptura

VILA BARRAGINHAMuro Galpão daHércules

Estaqueamento

Aterro remanescente

Porções do aterro

Entulho dasmoradias destruídas

LEGENDA

Aterro

Argila orgânica, muito mole esaturada

Solo residual

Escala Aprox.

10 20 30 40m

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

2 - PERFIL PÓS CORRIDA

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS

Aterro existenteAmpliação no momentoda ruptura

VILA BARRAGINHAMuro Galpão daHércules

Estaqueamento

Aterro remanescente

Porções do aterro

Entulho dasmoradias destruídas

LEGENDA

Aterro

Argila orgânica, muito mole esaturada

Solo residual

Escala Aprox.

10 20 30 40m

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

2 - PERFIL PÓS CORRIDA

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CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”

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Ladainha

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SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS

Deformação ou deslocamento de direção essencialmente vertical

descendente, causando afundamentos nos terrenos.

Causas

- dissolução de rochas (carstificação)

- acomodação de camadas do substrato pelo peso

- pequenas movimentações em falhas

- ação do homem

bombeamentos,

peso de estruturas

colapso de antigas minas subterrâneas

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Subsidência (solos compressíveis - recalque)Subsidência (solos compressíveis - recalque)

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Santos

Page 50: Aula 3B

Subsidência na cidade Subsidência na cidade de Santos, SPde Santos, SP

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Atualmente...Vejam o prédio de trás!

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CARSTIFICAÇÃO, SUBSIDÊNCIA E COLAPSO

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Dolina preenchida por água – Lagoa Santa, MG

Dolina em rocha, Lagoa Santa, MG

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Colapso de terreno em Sete Lagoas , MG em 1988

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Colapso e subsidência de origem Colapso e subsidência de origem cárstica na área urbana de Cajamar cárstica na área urbana de Cajamar - SP- SP

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-Em 12/08 de 1986 três casas foram foram tragadas, enquanto recalques e trincas afetaram dezenas de outros imóveis;

- indícios precursores do fenômeno foram notados: ruídos estrondosos, deformações de pisos, trincas, rupturas de redes de distribuição de água, etc...

-Fenômeno: desabamento de teto de caverna e migração de solo para o interior das cavidades cársticas.

-Foram efetuados levantamentos: geologia, geomorfologia, geofísica, hidrogeologia, monitoramento de movimentação de solos e colapsos. Identificação das áreas de risco, evacuação da população e desapropriações, monitoramentos e reurbanizações.

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R = P x C

Que conseqüências podem ser causadas pelo acidente previsto?