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Aula 05 Legislação Especial p/ PF - Agente - 2014 Professor: Paulo Guimarães 06109505684 - Diego

Aula 5 lei 10826-2003

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Aula 5 lei 10826-2003

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  • Aula 05

    Legislao Especial p/ PF - Agente - 2014

    Professor: Paulo Guimares

    06109505684 - Diego

  • Legislao Especial p/ PF (Agente de Polcia)

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Paulo Guimares - Aula 05

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    AULA 05: Lei n 10.826/2003: Estatuto do

    Desarmamento.

    Observao importante: este curso protegido por direitos

    autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,

    atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d

    outras providncias.

    Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e

    prejudicam os professores que elaboram o cursos. Valorize o

    trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente

    atravs do site Estratgia Concursos ;-)

    SUMRIO PGINA

    1. Lei n 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento. 2 2. Resumo do concurseiro 25 3. Questes comentadas 34 4. Lista das questes apresentadas 47

    Ol, amigo concurseiro! Nossa misso hoje estudar o

    Estatuto do Desarmamento. Esta uma das leis mais pedidos em

    concursos policiais, e forte candidata a aparecer pelo menos em uma ou

    duas questes da sua prova.

    Fora! Bons estudos!

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    1. LEI N 10.826/2003: ESTATUTO DO DESARMAMENTO

    O Estatuto do Desarmamento regulamenta o registro, a

    posse, o porte e a comercializao de armas de fogo e munio no Brasil.

    Com o Estatuto, o Pas passou a ter critrios mais rigorosos para o

    controle das armas.

    Essa lei tornou mais difcil para o cidado ter acesso ao porte

    de arma e estimulou a populao a se desarmar. Foi o Estatuto que

    instituiu a realizao das campanhas de desarmamento, prevendo o

    pagamento de indenizao para quem entregasse espontaneamente suas

    armas, a qualquer momento, Polcia Federal.

    O Estatuto tambm aperfeioou a legislao para punir mais

    efetivamente o comrcio ilegal e o trfico internacional de armas de fogo.

    Tais crimes, antes enquadrados como contrabando e descaminho,

    passaram a ser expressamente previstos em lei especifica.

    No sei se voc vai lembrar disso, mas em 2005 foi convocado

    referendo acerca do teor de um dos dispositivos trazidos pelo Estatuto do

    Desarmamento.

    Art. 35. proibida a comercializao de arma de fogo e munio em

    todo o territrio nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o

    desta Lei.

    1o Este dispositivo, para entrar em vigor, depender de aprovao

    mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

    Esta norma terminou no sendo aprovada, e hoje continua

    permitida a comercializao de arma de fogo e munio no Brasil, sob as

    condies do Estatuto. O referendo no invalidou o Estatuto do

    Desarmamento, mas somente a proibio genrica do comrcio de arma

    de fogo e munio.

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    1.1. Sistema Nacional de Armas (Sinarm)

    Art. 1o O Sistema Nacional de Armas Sinarm, institudo no

    Ministrio da Justia, no mbito da Polcia Federal, tem circunscrio

    em todo o territrio nacional.

    O Sinarm foi institudo pelo Estatuto do Desarmamento no

    mbito da Polcia Federal, com circunscrio em todo o territrio

    nacional. Imagino que voc j deve saber isso, mas o Departamento de

    Polcia Federal subordinado ao Ministrio da Justia.

    O Sistema Nacional de Armas Sinarm foi institudo pelo

    Estatuto do Desarmamento no mbito da Polcia Federal, com

    circunscrio em todo o territrio nacional.

    Art. 2o Ao Sinarm compete:

    I identificar as caractersticas e a propriedade de armas de fogo,

    mediante cadastro;

    II cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e

    vendidas no Pas;

    III cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as

    renovaes expedidas pela Polcia Federal;

    IV cadastrar as transferncias de propriedade, extravio, furto,

    roubo e outras ocorrncias suscetveis de alterar os dados cadastrais,

    inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurana

    privada e de transporte de valores;

    V identificar as modificaes que alterem as caractersticas ou o

    funcionamento de arma de fogo;

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    VI integrar no cadastro os acervos policiais j existentes;

    VII cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as

    vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;

    VIII cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como

    conceder licena para exercer a atividade;

    IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,

    varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de

    fogo, acessrios e munies;

    X cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas

    das impresses de raiamento e de microestriamento de projtil

    disparado, conforme marcao e testes obrigatoriamente realizados pelo

    fabricante;

    XI informar s Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do

    Distrito Federal os registros e autorizaes de porte de armas de fogo nos

    respectivos territrios, bem como manter o cadastro atualizado para

    consulta.

    Perceba que as atribuies do Sinarm esto

    predominantemente relacionadas ao registro e controle de informaes

    acerca das armas de fogo presentes no pas. Abaixo apresento as

    atribuies de uma forma um pouco mais palatvel, com os meus

    comentrios.

    COMPETNCIA DO SINARM

    DISPOSITIVO COMENTRIOS

    Identificar

    as caractersticas e a

    propriedade de armas de fogo,

    mediante cadastro;

    Geralmente as alteraes nas

    caractersticas das armas de fogo so

    feitas para dificultar sua identificao e

    rastreamento. Algumas vezes os

    criminosos operam verdadeiros

    desmanches, que permitem que as

    armas sejam montadas a partir de

    peas extradas de outras.

    as modificaes que alterem as

    caractersticas ou o

    funcionamento de arma de fogo;

    Informar s Secretarias de Segurana

    Pblica dos Estados e do

    As polcias dos Estados no tm

    competncia para emitir autorizaes

    de porte e registar armas de fogo, mas

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    Distrito Federal os registros e

    autorizaes de porte de armas

    de fogo nos respectivos

    territrios, bem como manter o

    cadastro atualizado para

    consulta;

    a Polcia Federal deve sempre informar

    aos rgos estaduais de segurana

    acerca dos registros e autorizaes

    emitidos. Algumas vezes essas

    secretarias tm outros nomes, ok? Em

    Pernambuco, por exemplo, existe a

    Secretaria de Defesa Social.

    Cadastrar

    as armas de fogo produzidas,

    importadas e vendidas no Pas;

    Tanto as armas fabricadas no Brasil

    quanto as importadas devem ser

    cadastradas no Sinarm. A atividade de

    cadastramento atribuda Polcia

    Federal.

    as autorizaes de porte de

    arma de fogo e as renovaes

    expedidas pela Polcia Federal;

    O Sinarm dispe das informaes no

    s acerca das armas que existem no

    pas, mas tambm de seus

    proprietrios e pessoas que detenham

    autorizao para porte.

    as transferncias de

    propriedade, extravio, furto,

    roubo e outras ocorrncias

    suscetveis de alterar os dados

    cadastrais, inclusive as

    decorrentes de fechamento de

    empresas de segurana privada e

    de transporte de valores;

    Sempre que uma arma for da posse de

    uma pessoa para outra, mesmo de

    forma ilegtima, a autoridade policial

    deve ser imediatamente comunicada.

    As empresas de segurana privada e

    transporte de valores que encerrem

    suas atividades no podem manter em

    seu poder as armas utilizadas.

    as apreenses de armas de

    fogo, inclusive as vinculadas a

    procedimentos policiais e

    judiciais;

    As delegacias e os rgos do Poder

    Judicirio devem informar o Sinarm

    acerca de apreenses.

    os armeiros em atividade no

    Pas, bem como conceder licena

    para exercer a atividade;

    Armeiro o profissional responsvel

    pela manuteno de armas de fogo. O

    exerccio dessa atividade depende de

    licenciamento da Polcia Federal. Se

    voc quiser, pode consultar o cadastro

    de armeiros de todo o pas no site da

    Polcia Federal.

    mediante registro os produtores,

    atacadistas, varejistas,

    exportadores e importadores

    autorizados de armas de fogo,

    O exerccio dessas atividades depende

    de alvar especfico expedido pela

    Polcia Federal.

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    acessrios e munies;

    a identificao do cano da arma,

    as caractersticas das impresses

    de raiamento e de

    microestriamento de projtil

    disparado, conforme marcao e

    testes obrigatoriamente

    realizados pelo fabricante;

    As informaes do cano da arma so

    importantes porque cada arma produz

    um padro de marcas na munio

    disparada. Essas marcas permitem ao

    perito saber se determinado projtil foi

    atirado por determinada arma.

    Integrar

    no cadastro os acervos policiais

    j existentes

    Esses acervos no dizem respeito s

    armas utilizadas pelas polcias, mas

    sim quelas apreendidas no curso da

    atividade policial.

    Pargrafo nico. As disposies deste artigo no alcanam as

    armas de fogo das Foras Armadas e Auxiliares, bem como as demais

    que constem dos seus registros prprios.

    As armas de fogo utilizadas pelas Foras Armadas e

    Auxiliares e pelas Foras Auxiliares so sujeitas a regramento prprio,

    relacionado ao Sistema de Gerenciamento Militar de Armas Sigma.

    Foras Auxiliares o nome pelo qual eram conhecidas as Polcias Militares

    e os Corpos de Bombeiros Militares. Hoje os integrantes dessas formas

    so considerados militares para todos os efeitos.

    O Sigma mencionado apenas no Decreto n 5.123/2004,

    que regulamentou o Estatuto do Desarmamento. No pretendo analisar o

    texto do Decreto, at porque ele no ser objeto da sua prova, mas ele

    determina que sejam cadastradas no Sigma as armas de fogo das Foras

    Armadas, das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, da

    Agncia Brasileira de Inteligncia e do Gabinete de Segurana

    Institucional da Presidncia da Repblica.

    No Sinarm, por outro lado, sero cadastradas as armas de

    fogo da Polcia Federal, Polcia Rodoviria Federal, Polcias Civis, rgos

    policiais da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, integrantes do

    quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, integrantes das escolas

    de presos, das Guardas Porturias, das Guardas Municipais e dos rgos

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    pblicos cujos servidores tenham autorizao legal para portar arma de

    fogo em servio.

    1.2. Do Registro

    Art. 3o obrigatrio o registro de arma de fogo no rgo

    competente.

    Pargrafo nico. As armas de fogo de uso restrito sero

    registradas no Comando do Exrcito, na forma do regulamento desta Lei.

    Fica fcil para voc lembrar em que rgos devem ser

    registradas as armas de fogo. A regra geral, aplicvel s armas de fogo

    de uso permitido, de que o registro seja feito no Sinarm, gerido pela

    Polcia Federal. As armas de uso restrito, por outro lado, so aquelas

    que somente podem ser utilizadas pelas Foras Armadas, instituies de

    segurana pblica e pessoas habilitadas, e por isso devem ser registradas

    no Comando do Exrcito, rgo responsvel pela gesto do Sigma.

    Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade

    em todo o territrio nacional, autoriza o seu proprietrio a manter a arma

    de fogo exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio, ou

    dependncia desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja

    ele o titular ou o responsvel legal pelo estabelecimento ou empresa.

    1o O certificado de registro de arma de fogo ser expedido pela

    Polcia Federal e ser precedido de autorizao do Sinarm.

    Ateno! O certificado de Registro no autoriza o proprietrio

    da arma a port-la no dia a dia. Ele apenas d legitimidade propriedade,

    mas limita o manuseio da arma residncia ou ao local de trabalho do

    proprietrio.

    Quero chamar sua ateno para a meno ao local de

    trabalho, que no constava da redao original do Estatuto do

    Desarmamento, tendo sido includo pela Lei n 10.884/2004. Voc sabe

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    que as bancas tem um carinho especial pelas alteraes legislativas, no

    mesmo?

    O rgo responsvel pela expedio do certificado de Registro

    a Polcia Federal, com autorizao do Sinarm.

    O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a

    propriedade da arma de fogo, mas autoriza o seu proprietrio a mant-la

    exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio ou no seu

    local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsvel legal

    pelo estabelecimento ou empresa. O rgo responsvel pela expedio do

    certificado de registro de arma de fogo Polcia Federal, com

    autorizao do Sinarm.

    Vejamos agora os procedimentos para aquisio de arma de

    fogo de uso permitido.

    Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado

    dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes

    requisitos:

    I - comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides

    negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal,

    Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial

    ou a processo criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos;

    II apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita

    e de residncia certa;

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    III comprovao de capacidade tcnica e de aptido

    psicolgica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma

    disposta no regulamento desta Lei.

    A pessoa que comprar uma arma de fogo precisa estar bem

    decidida, no mesmo? necessrio apresentar uma srie de

    documentos, para comprovar idoneidade, ocupao lcita, residncia

    certa, capacidade tcnica e aptido psicolgica.

    O Decreto n 5.123/2004 ampliou ainda mais essas

    exigncias, sendo agora necessrio que aquele que pretenda comprar

    arma de fogo de uso permitido tenha pelo menos 25 anos, apresente

    declarao de efetiva necessidade e cpia autenticada da carteira de

    identidade, alm dos documentos comprobatrios das condies

    previstas no Estatuto do Desarmamento.

    Apenas uma observao quanto ao requisito de idade: h

    excees para os membros das Foras Armadas, Polcias Federal,

    Rodoviria Federal, Ferroviria Federal, Civis, Polcias Militares, Corpos de

    Bombeiros Militares e Guardas Municipais das capitais e dos Municpios

    com mais de 500.000 habitantes.

    Atendidos os requisitos, o Sinarm expedir autorizao de

    compra de arma de fogo em nome do referente e para a arma

    indicada. Essa autorizao pessoal e intransfervel! A aquisio de

    munio tambm ser controlada, sendo permitida apenas a compra de

    munio adequada arma do proprietrio, com a apresentao do

    certificado de registro e documento de identificao.

    Realizada a venda, a empresa obrigada a comunicar o fato

    autoridade competente, bem como manter detalhado banco de dados

    acerca das caractersticas das armas vendidas e dos respectivos

    compradores.

    Da mesma forma, se uma pessoa fsica desejar vender

    sua arma a outra pessoa fsica, ser necessria autorizao do

    Sinarm.

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    1.3. Do Porte

    O porte de arma de fogo restrito, e este documento que

    permite que o proprietrio transporte a arma consigo fora de sua

    residncia e local de trabalho.

    A regra geral de que o porte de arma seja permitido apenas

    quando houver lei que trate do assunto. O prprio Estatuto do

    Desarmamento, contudo, autoriza o porte de arma de algumas pessoas

    em seu art. 6.

    Da lista abaixo, importante que voc saiba que os policiais

    e os militares (incluindo PMs e CBMs) no precisam cumprir os requisitos

    do art. 4 para adquirir arma de fogo.

    PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITRIO NACIONAL

    Integrantes das Foras Armadas; Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes de rgos referidos nos incisos

    do caput do art. 144 da constituio

    federal;

    Esses rgos so a Polcia

    Federal; a Polcia Rodoviria

    Federal; a Polcia Ferroviria

    Federal; as Polcias Civis; as

    Polcias Militares e Corpos de

    Bombeiros Militares.

    Podero portar, em mbito

    nacional, arma de fogo de

    propriedade particular ou fornecida

    pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes das guardas municipais das

    capitais dos Estados e dos Municpios

    com mais de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes;

    As condies do porte de arma dos

    integrantes das guardas municipais so

    estabelecidas pelo Decreto n 5.123/2004.

    Podero portar, apenas em mbito

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    local, arma de fogo de propriedade

    particular ou fornecida pela respectiva

    corporao ou instituio, mesmo fora de

    servio.

    Integrantes das guardas municipais dos

    Municpios com mais de 50.000 (cinquenta

    mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7),

    quando em servio.

    Agentes operacionais da Agncia

    Brasileira de Inteligncia e os agentes

    do Departamento de Segurana do

    Gabinete de Segurana Institucional

    da Presidncia da Repblica.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Integrantes dos rgos policiais

    referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII,

    da constituio federal

    Os rgos mencionados so a Polcia do

    Senado Federal e a Polcia da Cmara

    dos Deputados.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Integrantes do quadro efetivo dos

    agentes e guardas prisionais, os

    integrantes das escoltas de presos e as

    guardas porturias.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Empresas de segurana privada e de

    transporte de valores constitudas.

    As armas utilizadas por essas empresas

    so apenas para o servio, e devem

    pertencer exclusivamente s empresas. O

    extravio e a perda de arma devem ser

    comunicados pela diretoria ou gerncia da

    empresa Polcia Federal, que enviar as

    informaes ao Sinarm a fim de que sejam

    tomadas as providncias cabveis. A

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    omisso na comunicao acarretar

    responsabilidade penal.

    Integrantes das entidades de desporto

    legalmente constitudas, cujas atividades

    esportivas demandem o uso de armas de

    fogo, observando-se, no que couber, a

    legislao ambiental.

    o caso dos clubes de tiro.

    Integrantes das Carreiras de Auditoria da

    Receita Federal do Brasil e de Auditoria-

    Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-

    Fiscal e Analista Tributrio.

    Aqui esto includos os ocupantes dos

    cargos de Auditor-Fiscal da Receita

    Federal, Analista Tributrio da Receita

    Federal e Auditor-Fiscal do Trabalho.

    Essas carreiras alguma vezes exercem

    atividades fiscalizatrias potencialmente

    perigosas, e por isso podem precisar de

    proteo adicional.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Tribunais do Poder Judicirio descritos

    no art. 92 da Constituio Federal e os

    Ministrios Pblicos da Unio e dos

    Estados, para uso exclusivo de servidores

    de seus quadros pessoais que

    efetivamente estejam no exerccio de

    funes de segurana, na forma de

    regulamento a ser emitido pelo Conselho

    Nacional de Justia - CNJ e pelo Conselho

    Nacional do Ministrio Pblico - CNMP

    O Ministrio Pblico e o Poder

    Judicirio podem ter servidores de seu

    quadro efetivo que exeram funes de

    segurana, e nesse caso eles tambm

    podem portar arma de fogo, de acordo

    com regulamento prprio.

    As armas de fogo utilizadas pelos

    servidores sero de propriedade,

    responsabilidade e guarda das respectivas

    instituies, somente podendo ser

    utilizadas quando em servio, devendo

    estas observar as condies de uso e de

    armazenagem estabelecidas pelo rgo

    competente, sendo o certificado de

    registro e a autorizao de porte

    expedidos pela Polcia Federal em nome da

    instituio.

    A autorizao para o porte de arma de fogo de uso permitido,

    em todo o territrio nacional, de competncia da Polcia Federal e

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    somente ser concedida aps autorizao do Sinarm, nos termos a

    seguir:

    1o A autorizao prevista neste artigo poder ser concedida com

    eficcia temporria e territorial limitada, nos termos de atos

    regulamentares, e depender de o requerente:

    I demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividade

    profissional de risco ou de ameaa sua integridade fsica;

    II atender s exigncias previstas no art. 4o desta Lei;

    III apresentar documentao de propriedade de arma de fogo,

    bem como o seu devido registro no rgo competente.

    2o A autorizao de porte de arma de fogo, prevista neste artigo,

    perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou

    abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substncias

    qumicas ou alucingenas.

    Antes de passarmos ao prximo assunto, quero chamar sua

    ateno para o contedo do 3 do Estatuto, que diz respeito ao porte de

    arma por parte dos integrantes das guardas municipais.

    3o A autorizao para o porte de arma de fogo das guardas

    municipais est condicionada formao funcional de seus integrantes

    em estabelecimentos de ensino de atividade policial, existncia de

    mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies

    estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a superviso do

    Ministrio da Justia.

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    O porte de arma de integrantes de guardas municipais

    permitido nas seguintes condies:

    - O porte permitido nas capitais dos Estados e nos Municpios com

    mais de 500.000 habitantes;

    - Nos Municpios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de

    500.000 (quinhentos mil) habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7), apenas quando estiverem em

    servio;

    - Deve haver formao funcional de seus integrantes em

    estabelecimentos de ensino de atividade policial;

    - Devem existir mecanismos de controle interno, observada a

    superviso do Ministrio da Justia.

    5o Aos residentes em reas rurais, maiores de 25 (vinte e

    cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo

    para prover sua subsistncia alimentar familiar ser concedido pela Polcia

    Federal o porte de arma de fogo, na categoria caador para

    subsistncia, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1

    (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16

    (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em

    requerimento ao qual devero ser anexados os seguintes documentos:

    I - documento de identificao pessoal;

    II - comprovante de residncia em rea rural; e

    III - atestado de bons antecedentes.

    6o O caador para subsistncia que der outro uso sua arma de

    fogo, independentemente de outras tipificaes penais, responder,

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    conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso

    permitido.

    Este o famoso caso do caador de subsistncia. Esta

    pessoa aquela que mora em rea rural, tem pelo menos 25 anos e

    depende da caa para sobreviver. Perceba que no estamos falando

    aqui do caador esportivo, mas sim daquele que caa para alimentar-se e

    sua famlia.

    Esta autorizao de porte restrita utilizao de certo tipo

    de arma, descrito na prpria norma, alm da necessidade de

    comprovao da necessidade de caa para subsistncia.

    O caador de subsistncia tambm depende de registro e de

    licena expedida pelo IBAMA para que possa desempenhar a atividade.

    Art. 9o Compete ao Ministrio da Justia a autorizao do porte de

    arma para os responsveis pela segurana de cidados estrangeiros em

    visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exrcito, nos termos do

    regulamento desta Lei, o registro e a concesso de porte de trnsito de

    arma de fogo para colecionadores, atiradores e caadores e de

    representantes estrangeiros em competio internacional oficial de tiro

    realizada no territrio nacional.

    1.4. Dos Crimes e das Penas

    POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

    Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,

    acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou

    dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que

    seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa:

    Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa.

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    Esse crime cometido por quem possui ou mantm arma

    de uso permitido em sua residncia ou local de trabalho de forma

    irregular.

    O STF j decidiu que a mera divergncia quanto origem da

    fabricao da arma no seria suficiente para caracterizar o crime em

    questo.

    OMISSO DE CAUTELA

    Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessrias para impedir

    que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de

    deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua

    posse ou que seja de sua propriedade:

    Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou

    diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que

    deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal

    perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,

    acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24

    (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

    Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do

    manejo de arma de fogo por menor de idade ou pessoa com deficincia

    mental.

    um crime culposo (negligncia ou imprudncia). Observe

    que crime se consuma com o manejo da arma pelo menor ou deficiente.

    Caso o acidente efetivamente ocorra, poder haver outros crimes.

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    PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

    Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito,

    transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,

    empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou

    munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    O agente deste crime aquele que manipula a arma de fogo

    ilegalmente. No confunda este crime com o de posse irregular, pois

    naquele caso o agente apenas tem a posse ou guarda da arma em sua

    residncia ou local de trabalho, enquanto neste crime o agente manipula

    a arma, praticando uma das condutas previstas.

    Mas e se a arma no estiver carregada? E se estiver

    danificada, de forma que no seja possvel disparar? O STF mudou seu

    posicionamento sobre a questo, e agora entende que para que o crime

    de porte de arma de fogo se consume, no necessrio que a arma

    esteja municiada e nem apresentando regular funcionamento.

    Hoje o STF entende que o crime de porte de arma de fogo se

    consuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando

    regular funcionamento.

    O art. 14 contm ainda um pargrafo nico, que foi declarado

    inconstitucional pelo STF. Cuidado! Este dispositivo j foi cobrado em

    prova!

    Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel, salvo

    quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.

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    Para esclarecer um pouco mais a questo, transcrevo abaixo

    parte da deciso da ADIN 3112.

    ADIN 3112 Informativo 465 do STF

    Relativamente aos pargrafos nicos dos artigos 14 e 15 da Lei

    10.826/2003, que probem o estabelecimento de fiana, respectivamente,

    para os crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de

    disparo de arma de fogo, considerou-se desarrazoada a vedao, ao

    fundamento de que tais delitos no poderiam ser equiparados a

    terrorismo, prtica de tortura, trfico ilcito de entorpecentes ou crimes

    hediondos (CF, art. 5, XLIII). Asseverou-se, ademais, cuidar-se, na

    verdade, de crimes de mera conduta que, embora impliquem reduo no

    nvel de segurana coletiva, no podem ser igualados aos crimes que

    acarretam leso ou ameaa de leso vida ou propriedade.

    DISPARO DE ARMA DE FOGO

    Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar

    habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela,

    desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro

    crime:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel.

    Aplica-se ao pargrafo nico deste artigo o mesmo julgado

    explicitado na anlise do artigo anterior.

    Este tipo penal tem o condo de proteger a integridade fsica

    das pessoas que estejam no local onde o disparo efetuado. O crime se

    consuma com o disparo, e somente punvel se a conduta no se referia

    a outro crime. Caso essa tipificao no fosse considerada subsidiria, o

    crime em estudo seria praticado junto com outros crimes, em vrias

    ocasies.

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    POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO

    RESTRITO

    Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter

    em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

    emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar

    arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito,

    sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar:

    Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem:

    I suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de

    identificao de arma de fogo ou artefato;

    II modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a

    torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para

    fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial,

    perito ou juiz;

    III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo

    ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao

    legal ou regulamentar;

    IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de

    fogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de identificao

    raspado, suprimido ou adulterado;

    V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma

    de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou adolescente; e

    VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou

    adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo.

    Este crime mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso

    perfeitamente compreensvel, pois as armas de fogo de uso restrito

    em geral tm um poder destrutivo muito maior que as de uso permitido.

    A conduta do inciso I praticada no s por aquele que raspa

    a numerao da arma, mas tambm por quem dificulta sua identificao

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    de qualquer outra forma (raspando o emblema do fabricante, por

    exemplo).

    O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro

    que utiliza seus conhecimentos tcnicos para operar modificao na arma,

    de forma a tornar a arma de uso permitido to potente quanto a de uso

    restrito, ou, ainda, daquele que a modifica para enganar o policial, perito

    ou juiz.

    O artefato explosivo ou incendirio mencionado pelo inciso III

    precisa ser algo de considervel poder destrutivo. No h problema em

    transportar rojes para soltar nas festas juninas, ok?

    COMRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO

    Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,

    ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar,

    vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito

    prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial,

    arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo

    com determinao legal ou regulamentar:

    Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

    Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ou

    industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de

    servios, fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o

    exercido em residncia.

    Este crime prprio, pois somente pode ser cometido por

    quem pratica atividade comercial ou industrial. Perceba que o pargrafo

    nico equipara algumas atividades atividade comercial ou industrial

    para essas finalidades. O armeiro que exerce a atividade irregularmente,

    por exemplo, incorre neste crime.

    Para este crime, assim como para o TRFICO INTERNACIONAL

    DE ARMA DE FOGO, haver aumento de pena da metade se se a arma

    de fogo, acessrio, ou munio for de uso proibido ou restrito.

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    TRFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO

    Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do

    territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou

    munio, sem autorizao da autoridade competente:

    Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

    O Estatuto do Desarmamento agravou a pena para este crime,

    mas, considerando que o trfico internacional a atividade responsvel

    por colocar armamento pesado nas mos de bandidos perigosos, a pena

    ainda parece branda, no verdade?

    Para este crime, assim como para o COMRCIO ILEGAL DE

    ARMA DE FOGO, haver aumento de pena da metade se se a arma de

    fogo, acessrio, ou munio for de uso proibido ou restrito.

    Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena

    aumentada da metade se forem praticados por integrante dos rgos e

    empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.

    Estes crimes so o PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO,

    DISPARTO DE ARMA DE FOGO, POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE

    FOGO DE USO RESTRITO, COMRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO e

    TRFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO.

    As empresas mencionadas so aquelas que desenvolvem as

    atividades de segurana privada e transporte de valores.

    Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 so insuscetveis

    de liberdade provisria.

    Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por

    meio da ADIN 3.112-1.

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    1.5. Disposies Gerais

    Os primeiros dispositivos desta parte dizem respeito a

    algumas obrigaes em termos de fiscalizao e de fabricao e comrcio

    de armas, mas quero chamar sua ateno especialmente para as

    atribuies que so conferidas ao Comando do Exrcito.

    Art. 23. A classificao legal, tcnica e geral bem como a definio

    das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos,

    restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histrico sero disciplinadas

    em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do

    Comando do Exrcito.

    1o Todas as munies comercializadas no Pas devero estar

    acondicionadas em embalagens com sistema de cdigo de barras,

    gravado na caixa, visando possibilitar a identificao do fabricante e do

    adquirente, entre outras informaes definidas pelo regulamento desta

    Lei.

    2o Para os rgos referidos no art. 6o, somente sero expedidas

    autorizaes de compra de munio com identificao do lote e do

    adquirente no culote dos projteis, na forma do regulamento desta Lei.

    3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de

    publicao desta Lei contero dispositivo intrnseco de segurana e

    de identificao, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento

    desta Lei, exclusive para os rgos previstos no art. 6o.

    4o As instituies de ensino policial e as guardas municipais

    referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e no seu 7o

    podero adquirir insumos e mquinas de recarga de munio para o

    fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorizao

    concedida nos termos definidos em regulamento.

    Art. 24. Excetuadas as atribuies a que se refere o art. 2 desta

    Lei, compete ao Comando do Exrcito autorizar e fiscalizar a produo,

    exportao, importao, desembarao alfandegrio e o comrcio de

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    armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o

    porte de trnsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e

    caadores.

    CABE AO COMANDO DO EXRCITO

    Propor ao Presidente da Repblica a edio de ato normativo acerca

    da classificao legal, tcnica e geral bem como da definio das armas

    de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos,

    permitidos ou obsoletos e de valor histrico.

    Autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao,

    desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais

    produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma

    de fogo de colecionadores, atiradores e caadores, com exceo das

    atribuies conferidas ao Sinarm pelo art. 2.

    Estabelecer condies para a utilizao de rplicas e simulacros de

    armas, destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de usurio

    autorizado.

    Autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso

    restrito. Os Comandos Militares, em geral, no esto sujeitos a essa

    autorizao.

    Art. 26. So vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a

    importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo,

    que com estas se possam confundir.

    Pargrafo nico. Excetuam-se da proibio as rplicas e os

    simulacros destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de

    usurio autorizado, nas condies fixadas pelo Comando do Exrcito.

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    Perceba que a fabricao, venda, comercializao e

    importao de armas de brinquedo , em regra, proibida, mas o caput

    determina expressamente que a proibio alcana apenas os brinquedos

    que possam ser confundidos com armas de verdade. Penso logo

    naquelas armas de gua em formatos estranhos e muito coloridas que as

    crianas (e alguns adultos, por que no?) usam para brincar. A proibio

    no alcana esses brinquedos e nem as pistolas de cola quente, ok?

    Mesmo as rplicas de armas de verdade podem ser

    manuseadas para adestramento, instruo, ou para coleo. Nesse caso,

    devem ser observadas as regras expedidas pelo Comando do Exrcito.

    Art. 31. Os possuidores e proprietrios de armas de fogo adquiridas

    regularmente podero, a qualquer tempo, entreg-las Polcia Federal,

    mediante recibo e indenizao, nos termos do regulamento desta Lei.

    Art. 32. Os possuidores e proprietrios de arma de fogo podero

    entreg-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-

    f, sero indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a

    punibilidade de eventual posse irregular da referida arma.

    O art. 31 trata de quem possui arma regularmente registrada,

    mas ainda assim deseja entrega-la.

    O art. 32, por outro lado, trata de qualquer pessoa que

    desejar entregar a arma que possui, independentemente desta estar

    registrada. Neste caso, para que a entrega seja efetuada, necessrio

    que a Polcia Federal expea um documento chamado guia de trnsito.

    Esta guia hoje pode ser requerida at pela internet, nos termos do

    Decreto n 5.123/2004.

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    2. RESUMO DO CONCURSEIRO

    O Sistema Nacional de Armas Sinarm foi institudo pelo

    Estatuto do Desarmamento no mbito da Polcia Federal, com

    circunscrio em todo o territrio nacional.

    !

    COMPETNCIA DO SINARM

    DISPOSITIVO COMENTRIOS

    Identificar

    as caractersticas e a

    propriedade de armas de fogo,

    mediante cadastro;

    Geralmente as alteraes nas

    caractersticas das armas de fogo so

    feitas para dificultar sua identificao e

    rastreamento. Algumas vezes os

    criminosos operam verdadeiros

    desmanches, que permitem que as

    armas sejam montadas a partir de

    peas extradas de outras.

    as modificaes que alterem as

    caractersticas ou o

    funcionamento de arma de fogo;

    Informar

    s Secretarias de Segurana

    Pblica dos Estados e do

    Distrito Federal os registros e

    autorizaes de porte de armas

    de fogo nos respectivos

    territrios, bem como manter o

    cadastro atualizado para

    consulta;

    As polcias dos Estados no tm

    competncia para emitir autorizaes

    de porte e registar armas de fogo, mas

    a Polcia Federal deve sempre informar

    aos rgos estaduais de segurana

    acerca dos registros e autorizaes

    emitidos. Algumas vezes essas

    secretarias tm outros nomes, ok? Em

    Pernambuco, por exemplo, existe a

    Secretaria de Defesa Social.

    Cadastrar

    as armas de fogo produzidas,

    importadas e vendidas no Pas;

    Tanto as armas fabricadas no Brasil

    quanto as importadas devem ser

    cadastradas no Sinarm. A atividade de

    cadastramento atribuda Polcia

    Federal.

    as autorizaes de porte de

    arma de fogo e as renovaes

    expedidas pela Polcia Federal;

    O Sinarm dispe das informaes no

    s acerca das armas que existem no

    pas, mas tambm de seus

    proprietrios e pessoas que detenham

    autorizao para porte.

    as transferncias de

    propriedade, extravio, furto,

    roubo e outras ocorrncias

    Sempre que uma arma for da posse de

    uma pessoa para outra, mesmo de

    forma ilegtima, a autoridade policial

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    suscetveis de alterar os dados

    cadastrais, inclusive as

    decorrentes de fechamento de

    empresas de segurana privada e

    de transporte de valores;

    deve ser imediatamente comunicada.

    As empresas de segurana privada e

    transporte de valores que encerrem

    suas atividades no podem manter em

    seu poder as armas utilizadas.

    as apreenses de armas de

    fogo, inclusive as vinculadas a

    procedimentos policiais e

    judiciais;

    As delegacias e os rgos do Poder

    Judicirio devem informar o Sinarm

    acerca de apreenses.

    os armeiros em atividade no

    Pas, bem como conceder licena

    para exercer a atividade;

    Armeiro o profissional responsvel

    pela manuteno de armas de fogo. O

    exerccio dessa atividade depende de

    licenciamento da Polcia Federal. Se

    voc quiser, pode consultar o cadastro

    de armeiros de todo o pas no site da

    Polcia Federal.

    mediante registro os produtores,

    atacadistas, varejistas,

    exportadores e importadores

    autorizados de armas de fogo,

    acessrios e munies;

    O exerccio dessas atividades depende

    de alvar especfico expedido pela

    Polcia Federal.

    a identificao do cano da arma,

    as caractersticas das impresses

    de raiamento e de

    microestriamento de projtil

    disparado, conforme marcao e

    testes obrigatoriamente

    realizados pelo fabricante;

    As informaes do cano da arma so

    importantes porque cada arma produz

    um padro de marcas na munio

    disparada. Essas marcas permitem ao

    perito saber se determinado projtil foi

    atirado por determinada arma.

    Integrar

    no cadastro os acervos policiais

    j existentes

    Esses acervos no dizem respeito s

    armas utilizadas pelas polcias, mas

    sim quelas apreendidas no curso da

    atividade policial.

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    O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a

    propriedade da arma de fogo, mas autoriza o seu proprietrio a mant-la

    exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio ou no seu

    local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsvel legal

    pelo estabelecimento ou empresa. O rgo responsvel pela expedio do

    certificado de registro de arma de fogo Polcia Federal, com

    autorizao do Sinarm.

    !

    PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITRIO NACIONAL

    Integrantes das Foras Armadas; Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes de rgos referidos nos incisos

    do caput do art. 144 da constituio

    federal;

    Esses rgos so a Polcia Federal; a

    Polcia Rodoviria Federal; a Polcia

    Ferroviria Federal; as Polcias Civis;

    as Polcias Militares e Corpos de

    Bombeiros Militares.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes das guardas municipais das

    capitais dos Estados e dos Municpios

    com mais de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes;

    As condies do porte de arma dos

    integrantes das guardas municipais so

    estabelecidas pelo Decreto n 5.123/2004.

    Podero portar, apenas em mbito

    local, arma de fogo de propriedade

    particular ou fornecida pela respectiva

    corporao ou instituio, mesmo fora de

    servio.

    Integrantes das guardas municipais dos

    Municpios com mais de 50.000 (cinquenta

    mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7),

    quando em servio.

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    Agentes operacionais da Agncia

    Brasileira de Inteligncia e os agentes

    do Departamento de Segurana do

    Gabinete de Segurana Institucional

    da Presidncia da Repblica.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Integrantes dos rgos policiais

    referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII,

    da constituio federal

    Os rgos mencionados so a Polcia do

    Senado Federal e a Polcia da Cmara

    dos Deputados.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Integrantes do quadro efetivo dos

    agentes e guardas prisionais, os

    integrantes das escoltas de presos e as

    guardas porturias.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Empresas de segurana privada e de

    transporte de valores constitudas.

    As armas utilizadas por essas empresas

    so apenas para o servio, e devem

    pertencer exclusivamente s empresas. O

    extravio e a perda de arma devem ser

    comunicados pela diretoria ou gerncia da

    empresa Polcia Federal, que enviar as

    informaes ao Sinarm a fim de que sejam

    tomadas as providncias cabveis. A

    omisso na comunicao acarretar

    responsabilidade penal.

    Integrantes das entidades de desporto

    legalmente constitudas, cujas atividades

    esportivas demandem o uso de armas de

    fogo, observando-se, no que couber, a

    legislao ambiental.

    o caso dos clubes de tiro.

    Integrantes das Carreiras de Auditoria da

    Receita Federal do Brasil e de Auditoria-

    Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-

    Aqui esto includos os ocupantes dos

    cargos de Auditor-Fiscal da Receita

    Federal, Analista Tributrio da Receita

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    Fiscal e Analista Tributrio. Federal e Auditor-Fiscal do Trabalho.

    Essas carreiras alguma vezes exercem

    atividades fiscalizatrias potencialmente

    perigosas, e por isso podem precisar de

    proteo adicional.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptido psicolgica.

    Tribunais do Poder Judicirio descritos

    no art. 92 da Constituio Federal e os

    Ministrios Pblicos da Unio e dos

    Estados, para uso exclusivo de servidores

    de seus quadros pessoais que

    efetivamente estejam no exerccio de

    funes de segurana, na forma de

    regulamento a ser emitido pelo Conselho

    Nacional de Justia - CNJ e pelo Conselho

    Nacional do Ministrio Pblico - CNMP

    O Ministrio Pblico e o Poder

    Judicirio podem ter servidores de seu

    quadro efetivo que exeram funes de

    segurana, e nesse caso eles tambm

    podem portar arma de fogo, de acordo

    com regulamento prprio.

    As armas de fogo utilizadas pelos

    servidores sero de propriedade,

    responsabilidade e guarda das respectivas

    instituies, somente podendo ser

    utilizadas quando em servio, devendo

    estas observar as condies de uso e de

    armazenagem estabelecidas pelo rgo

    competente, sendo o certificado de

    registro e a autorizao de porte

    expedidos pela Polcia Federal em nome da

    instituio.

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    1o A autorizao prevista neste artigo poder ser concedida com

    eficcia temporria e territorial limitada, nos termos de atos

    regulamentares, e depender de o requerente:

    I demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividade

    profissional de risco ou de ameaa sua integridade fsica;

    II atender s exigncias previstas no art. 4o desta Lei;

    III apresentar documentao de propriedade de arma de fogo,

    bem como o seu devido registro no rgo competente.

    2o A autorizao de porte de arma de fogo, prevista neste artigo,

    perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou

    abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substncias

    qumicas ou alucingenas.

    !

    O porte de arma de integrantes de guardas municipais

    permitido nas seguintes condies:

    - O porte permitido nas capitais dos Estados e nos Municpios com

    mais de 500.000 habitantes;

    - Nos Municpios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de

    500.000 (quinhentos mil) habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7), apenas quando estiverem em

    servio;

    - Deve haver formao funcional de seus integrantes em

    estabelecimentos de ensino de atividade policial;

    - Devem existir mecanismos de controle interno, observada a

    superviso do Ministrio da Justia.

    !

    CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

    POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO

    DE USO PERMITIDO

    Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda

    arma de fogo, acessrio ou munio, de uso

    permitido, em desacordo com determinao

    legal ou regulamentar, no interior de sua

    POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE

    FOGO DE USO RESTRITO

    Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir,

    fornecer, receber, ter em depsito,

    transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

    emprestar, remeter, empregar, manter sob

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    residncia ou dependncia desta, ou, ainda

    no seu local de trabalho, desde que seja o

    titular ou o responsvel legal do

    estabelecimento ou empresa:

    Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos,

    e multa.

    sua guarda ou ocultar arma de fogo,

    acessrio ou munio de uso proibido ou

    restrito, sem autorizao e em desacordo

    com determinao legal ou regulamentar:

    Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos,

    e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas

    incorre quem:

    I suprimir ou alterar marca, numerao ou

    qualquer sinal de identificao de arma de

    fogo ou artefato;

    II modificar as caractersticas de arma de

    fogo, de forma a torn-la equivalente a arma

    de fogo de uso proibido ou restrito ou para

    fins de dificultar ou de qualquer modo

    induzir a erro autoridade policial, perito ou

    juiz;

    III possuir, detiver, fabricar ou empregar

    artefato explosivo ou incendirio, sem

    autorizao ou em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar;

    IV portar, possuir, adquirir, transportar ou

    fornecer arma de fogo com numerao,

    marca ou qualquer outro sinal de

    identificao raspado, suprimido ou

    adulterado;

    V vender, entregar ou fornecer, ainda que

    gratuitamente, arma de fogo, acessrio,

    munio ou explosivo a criana ou

    adolescente; e

    VI produzir, recarregar ou reciclar, sem

    autorizao legal, ou adulterar, de qualquer

    forma, munio ou explosivo.

    OMISSO DE CAUTELA

    Art. 13. Deixar de observar as cautelas

    necessrias para impedir que menor de 18

    (dezoito) anos ou pessoa portadora de

    deficincia mental se apodere de arma de

    fogo que esteja sob sua posse ou que seja

    de sua propriedade:

    Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos,

    e multa.

    COMRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO

    Art. 17. Adquirir, alugar, receber,

    transportar, conduzir, ocultar, ter em

    depsito, desmontar, montar, remontar,

    adulterar, vender, expor venda, ou de

    qualquer forma utilizar, em proveito prprio

    ou alheio, no exerccio de atividade

    comercial ou industrial, arma de fogo,

    acessrio ou munio, sem autorizao ou

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    Pargrafo nico. Nas mesmas penas

    incorrem o proprietrio ou diretor

    responsvel de empresa de segurana e

    transporte de valores que deixarem de

    registrar ocorrncia policial e de comunicar

    Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras

    formas de extravio de arma de fogo,

    acessrio ou munio que estejam sob sua

    guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)

    horas depois de ocorrido o fato.

    em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar:

    Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito)

    anos, e multa.

    Pargrafo nico. Equipara-se atividade

    comercial ou industrial, para efeito deste

    artigo, qualquer forma de prestao de

    servios, fabricao ou comrcio irregular ou

    clandestino, inclusive o exercido em

    residncia.

    PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE

    USO PERMITIDO

    Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer,

    receber, ter em depsito, transportar, ceder,

    ainda que gratuitamente, emprestar,

    remeter, empregar, manter sob guarda ou

    ocultar arma de fogo, acessrio ou munio,

    de uso permitido, sem autorizao e em

    desacordo com determinao legal ou

    regulamentar:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro)

    anos, e multa.

    TRFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE

    FOGO

    Art. 18. Importar, exportar, favorecer a

    entrada ou sada do territrio nacional, a

    qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio

    ou munio, sem autorizao da autoridade

    competente:

    Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito)

    anos, e multa.

    DISPARO DE ARMA DE FOGO

    Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar

    munio em lugar habitado ou em suas

    adjacncias, em via pblica ou em direo a

    ela, desde que essa conduta no tenha como

    finalidade a prtica de outro crime:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro)

    anos, e multa.

    !

    Hoje o STF entende que o crime de porte de arma de fogo se

    consuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando

    regular funcionamento.

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    CABE AO COMANDO DO EXRCITO

    Propor ao Presidente da Repblica a edio de ato normativo acerca

    da classificao legal, tcnica e geral bem como da definio das armas

    de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos,

    permitidos ou obsoletos e de valor histrico.

    Autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao,

    desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais

    produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma

    de fogo de colecionadores, atiradores e caadores, com exceo das

    atribuies conferidas ao Sinarm pelo art. 2.

    Estabelecer condies para a utilizao de rplicas e simulacros de

    armas, destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de usurio

    autorizado.

    Autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso

    restrito. Os Comandos Militares, em geral, no esto sujeitos a essa

    autorizao.

    !

    !

    A seguir esto questes de concursos anteriores que tratam

    dos assuntos que estudamos hoje. Ao final, inclu a lista das questes

    sem os comentrios. Estou disponvel no frum e no e-mail, ok?

    Grande abrao!

    Paulo Guimares

    [email protected]

    www.facebook.com/pauloguimaraesfilho

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    3. QUESTES COMENTADAS

    1. MPE-AC Promotor de Justia 2014 Cespe (adaptada).

    Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da

    arma um dado dispensvel para a tipificao do delito de porte ilegal

    de arma de fogo, pois o objeto jurdico tutelado no a incolumidade

    fsica, mas a segurana pblica e a paz social, colocados em risco com a

    posse ou o porte de armas.

    COMENTRIOS: Uma questo que j deve ter ficado clara para ns a

    dispensabilidade da comprovao do potencial lesivo da arma para que

    se configure o crime de porte ilegal. No importa se a arma est com

    munio, ou se efetivamente pode disparar. O crime se consuma da

    mesma forma, segundo posicionamento do STJ.

    GABARITO: C

    2. MPE-AC Promotor de Justia 2014 Cespe (adaptada).

    Responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo o responsvel legal

    de empresa que mantenha sob sua guarda, sem autorizao, no interior

    de seu local de trabalho, arma de fogo de uso permitido.

    COMENTRIOS: Este crime na realidade o de posse irregular de arma

    de fogo de uso permitido, tipificado pelo art. 12.

    GABARITO: E

    3. MPE-AC Promotor de Justia 2014 Cespe (adaptada). Se

    for possvel, mediante o uso de processos fsico-qumicos, recuperar

    numerao de arma de fogo que tenha sido raspada, estar

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    desconfigurado o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito,

    devendo a conduta ser classificada como porte ilegal de arma de fogo de

    uso permitido.

    COMENTRIOS: O crime se consuma com a supresso da marca, nos

    termos do art. 16, pargrafo nico, I.

    GABARITO: E

    4. MPE-AC Promotor de Justia 2014 Cespe (adaptada).

    Segundo entendimento do STJ, o porte de arma de fogo desmuniciada

    configura delito previsto no Estatuto do Desamamento por ser crime de

    perigo abstrato, entretanto o porte de munio desacompanhada da

    respectiva arma fato atpico, visto que no gera perigo incolumidade

    pblica.

    COMENTRIOS: O porte irregular de munio tambm conduta

    tpica.

    GABARITO: E

    5. MPE-AC Promotor de Justia 2014 Cespe (adaptada). Os

    crimes de porte de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma

    de fogo so delitos inafianveis, segundo entendimento do STF.

    COMENTRIOS: Aprendemos na aula de hoje que o STF considerou a

    classificao desses crimes como inafianveis desarrazoada e, portanto,

    inconstitucional, j que so crimes de mera conduta.

    GABARITO: E

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    6. DEPEN Agente Penitencirio 2013 Cespe. Compete Polcia

    Federal, por intermdio do Sistema Nacional de Armas, destruir armas de

    fogo e munies que forem apreendidas e encaminhadas pelo juiz

    competente, quando no mais interessarem persecuo penal.

    COMENTRIOS: Tal competncia conferida pelo art. 25 ao Comando

    do Exrcito, e no Polcia Federal.

    GABARITO: E

    7. DEPEN Agente Penitencirio 2013 Cespe. Considere que

    Joo, residente em rea rural, dependa do emprego de arma de fogo para

    prover sua subsistncia alimentar familiar. Nos termos do disposto na Lei

    n. 10.826/2003, a Joo no pode ser concedido porte de arma de fogo

    por expor a perigo sua integridade fsica, uma vez que Joo pode se

    alimentar de outros produtos alm da caa.

    COMENTRIOS: O art. 27 assegura a concesso de porte de arma de

    fogo ao caador de subsistncia.

    GABARITO: E

    8. DPRF Agente 2013 Cespe. Supondo que determinado cidado

    seja responsvel pela segurana de estrangeiros em visita ao Brasil e

    necessite de porte de arma, a concesso da respectiva autorizao ser

    de competncia do ministro da Justia.

    COMENTRIOS: Essa questo foi maldosa. Vejamos o que diz o Estatuto

    do Desarmamento sobre o porte de arma para responsveis pela

    segurana de cidados estrangeiros em visita ao Brasil.

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    Art. 9o Compete ao Ministrio da Justia a autorizao do porte de

    arma para os responsveis pela segurana de cidados estrangeiros em

    visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exrcito, nos termos do

    regulamento desta Lei, o registro e a concesso de porte de trnsito de

    arma de fogo para colecionadores, atiradores e caadores e de

    representantes estrangeiros em competio internacional oficial de tiro

    realizada no territrio nacional.

    Perceba que o dispositivo confere competncia ao Ministrio da Justia

    (no necessariamente ao Ministro). Pois bem, outras normas estabelecem

    a responsabilidade da prpria Policia Federal (rgo componente do

    Ministrio da Justia) para autorizar o porte nesses casos. O Cespe pegou

    pesado aqui, no foi mesmo?

    GABARITO: E

    9. TJDFT Analista Judicirio 2013 Cespe. De acordo com o

    Estatuto do Desarmamento, constitui circunstncia qualificadora do crime

    de posse ou porte de arma de fogo ou munio o fato de ser o agente

    reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

    COMENTRIOS: A reincidncia uma agravante genrica, aplicvel a

    qualquer crime (art. 61 do Cdigo Penal). O Estatuto do Desarmamento

    no traz qualquer meno reincidncia como qualificadora ou causa de

    aumento de pena, at porque isso no faria sentido...

    GABARITO: E

    10. DPF Escrivo 2004 Cespe. Assustado com o aumento do

    nmero de roubos em sua regio, Haroldo, que vive em uma fazenda

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    situada no interior do estado do Amazonas, decidiu adquirir de seu

    vizinho Moacyr uma arma de fogo de uso permitido. A arma de Moacyr

    devidamente registrada e Haroldo pretende mant-la no interior de sua

    casa, com finalidade de proteger-se contra eventuais agressores. Nessa

    situao, a compra da referida arma efetuada por Haroldo precisa ser

    previamente autorizada pelo Sistema Nacional de Armas (SINARM).

    COMENTRIOS: A autorizao do Sinarm necessria para a aquisio

    de arma de fogo por pessoa fsica, mesmo que a arma esteja sendo

    vendida por outra pessoa fsica. Esse o teor do art. 4, 5 da Lei n

    10.826/2003.

    GABARITO: C

    11. DPE-ES Defensor Pblico 2012 Cespe. Suponha que Tobias,

    maior, capaz, tenha sido abordado por policiais militares quando

    trafegava em sua moto, tendo sido encontradas com ele duas armas de

    uso restrito e munies, e atestada, em exame pericial, a impossibilidade

    de as armas efetuarem disparos. Nessa situao hipottica, resta

    caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito, devendo Tobias

    responder por crime nico.

    COMENTRIOS: O posicionamento mais recente do STF no sentido de

    que a o crime de porte de arma de fogo se consuma independentemente

    de a arma estar municiada ou apresentando regular funcionamento. Por

    outro lado, Tobias tambm portava munies, o que j seria suficiente

    para tipificar o crime.

    GABARITO: C

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    12. PC-BA Delegado de Polcia 2013 Cespe. Servidor pblico

    alfandegrio que, em servio de fiscalizao fronteiria, permitir a

    determinado indivduo penalmente imputvel adentrar o territrio

    nacional trazendo consigo, sem autorizao do rgo competente e sem o

    devido desembarao, pistola de calibre 380 de fabricao estrangeira

    dever responder pela prtica do crime de facilitao de contrabando,

    com infrao do dever funcional excluda a hiptese de aplicao do

    Estatuto do Desarmamento.

    COMENTRIOS: O crime de trfico internacional de armas de fogo prev

    tambm a conduta de facilitar a entrada ou sada das armas de fogo do

    territrio nacional sem autorizao.

    GABARITO: E

    13. MPU Tcnico 2010 Cespe. As armas de fogo de uso restrito

    devem ser registradas no Comando do Exrcito.

    COMENTRIOS: Este exatamente o teor do pargrafo nico do art. 3

    do Estatuto do Desarmamento.

    Art. 3o obrigatrio o registro de arma de fogo no rgo

    competente.

    Pargrafo nico. As armas de fogo de uso restrito sero registradas

    no Comando do Exrcito, na forma do regulamento desta Lei.

    GABARITO: C

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    14. MPU Tcnico 2010 Cespe. Compete exclusivamente ao

    Comando do Exrcito a identificao das alteraes feitas nas

    caractersticas ou no funcionamento de armas de fogo.

    COMENTRIOS: Na realidade, esta uma das atribuies do Sinarm, e

    no do Comando do Exrcito.

    GABARITO: E

    15. MPU Tcnico 2010 Cespe. O interessado em adquirir arma de

    fogo de uso permitido deve, alm de declarar a efetiva necessidade de

    adquiri-la, atender a alguns requisitos, entre os quais se incluem as

    comprovaes de idoneidade, mediante a apresentao de certides

    negativas de antecedentes criminais fornecidas pela justia federal,

    estadual, militar e eleitoral, e de no estar respondendo a inqurito

    policial ou a processo criminal.

    COMENTRIOS: Estes so alguns dos requisitos do art. 4 da Lei n

    10.826/2003.

    Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado

    dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes

    requisitos:

    I - comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides

    negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal,

    Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial

    ou a processo criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos;

    II apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita

    e de residncia certa;

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    III comprovao de capacidade tcnica e de aptido

    psicolgica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma

    disposta no regulamento desta Lei.

    GABARITO: C

    16. PC-AL Escrivo 2012 Cespe. O agente encontrado portando

    arma de uso permitido com numerao, marca ou qualquer outro sinal de

    identificao raspado, suprimido ou adulterado estar sujeito sano

    prevista para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso

    restrito.

    COMENTRIOS: O porte de qualquer arma de fogo com numerao,

    marca ou qualquer outro sinal de identificao raspado, suprimido ou

    adulterado conduta tipificada no art. 16, pargrafo nico, V. Apesar de a

    conduta do caput do art. 16 tratar apenas das armas de uso proibido ou

    restrito, o pargrafo nico nada menciona acerca do tipo de arma, sendo

    perfeitamente aplicvel, portanto, a conduta do inciso V ao porte de arma

    de uso permitido. Essa foi difcil hein?

    GABARITO: C

    17. PC-AL Escrivo 2012 Cespe. A posse de arma de brinquedo

    ou a utilizao de qualquer outro instrumento simulador de arma de fogo

    configura, segundo expressamente previsto na norma de regncia, crime

    de porte de arma.

    COMENTRIOS: O Estatuto do Desarmamento veda a fabricao, a

    venda, a comercializao e a importao de brinquedos, rplicas e

    simulacros de armas de fogo, que com estas possam se confundir.

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    Entretanto, no h tipificao penal de tais de condutas e, alm disso, a

    assertiva fala na posse de arma de brinquedo.

    GABARITO: E

    18. TJ-AC Tcnico Judicirio 2012 Cespe. Considere que

    Marcos, penalmente capaz, em comemorao vitria de seu time de

    futebol, tenha disparado vrios tiros para o alto, com arma de fogo de uso

    permitido, em uma praa pblica de intensa movimentao e que,

    identificado e preso em flagrante pela conduta, tenha apresentado o porte

    e o registro da arma. Nessa situao, Marcos dever responder pelo crime

    de expor a perigo a vida ou a sade de outrem.

    COMENTRIOS: O Estatuto do Desarmamento tipifica especificamente a

    conduta do agente que dispara tiros para o alto em via pblica.

    DISPARO DE ARMA DE FOGO

    Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar

    habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela,

    desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro

    crime:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    GABARITO: E

    19. TJ-AC Tcnico Judicirio 2012 Cespe. Considere a seguinte

    situao hipottica.

    Antnio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o

    flagraram portando trs cartuchos intactos de munio de calibre 40, de

    uso restrito das foras policiais. Indagado a respeito de sua conduta,

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    Antnio informou no possuir autorizao para portar as munies,

    alegando, no entanto, no possuir arma de fogo de qualquer calibre.

    Nessa situao, a conduta de Antnio atpica, pois a munio, por si s,

    no oferece qualquer potencial lesivo.

    COMENTRIOS: O porte de munio apenado da mesma forma que o

    porte da arma de fogo em si. No caso trazido pela assertiva, estamos

    diante do crime previsto no art. 16: POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA

    DE FOGO DE USO RESTRITO.

    GABARITO: E

    20. TJ-RR Analista 2012 Cespe. Jonas, policial militar em servio

    velado no interior de uma viatura descaracterizada em estacionamento

    pblico prximo a uma casa de eventos, onde ocorria grande espetculo

    de msica, percebeu a presena de Mauro, com vinte e quatro anos de

    idade, que j ostentava condenao transitada em julgado por crime de

    receptao. Na oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno

    canivete para abrir um automvel e neste ingressou rapidamente. Fbio,

    com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou pela

    porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou o mesmo

    canivete para dar partida na ignio do motor e se evadir do local na

    conduo do veculo. Jonas informou sobre o fato a outros agentes em

    viaturas policiais, os quais, em diligncias, localizaram o veculo

    conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois da

    abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro,

    foi apreendida arma de fogo que se encontrava