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GESTÃO E FINANCIAMENTO SUS

Aula 6 SUS Gestão e Financiamento

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GESTÃO E

FINANCIAMENTO

SUS

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A gestão do SUS

Quem são os gestores do SUS?

Representantes de cada esfera de governo com funções do Poder Executivo na saúde:

No âmbito nacional, o Ministro da Saúde; No estadual, o Secretário de Estado da Saúde; e No municipal, o Secretário Municipal de Saúde.

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A gestão do SUS

Não há hierarquia entre União, estados e municípios, mas há competências para cada um desses três gestores do SUS.

A Lei Orgânica da Saúde estabelece em seu artigo 15 as atribuições comuns das três esferas de governo, de forma bastante genérica e abrangendo vários campos de atuação como por ex:

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A gestão do SUS

definir as instâncias e os mecanismos de controle, de avaliação e de fiscalização das ações e dos serviços de saúde;

administrar os recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;

elaborar normas técnicas e estabelecer padrões de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a Assistência à Saúde;

participar na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico e colaborar na proteção e na recuperação do meio ambiente

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A gestão do SUS

No âmbito municipal, as políticas são aprovadas pelo CMS – Conselho Municipal de Saúde;

no âmbito estadual, são negociadas e pactuadas pela CIB – Comissão Intergestores Bipartite e deliberadas pelo CES – Conselho Estadual de Saúde (composto por vários segmentos da sociedade: gestores, usuários, profissionais, entidades de classe, etc.);

e, por fim, no âmbito federal, as políticas do SUS são negociadas e pactuadas na CIT – Comissão Intergestores Tripartite.

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A gestão do SUS

A gestão federal

realizada por meio do Ministério da Saúde.

O governo federal é o principal financiador da rede pública de saúde.

O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, empresas, etc.).

Também tem a função de planejar, criar normas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS.

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A gestão do SUS

Ex de funções da gestão federal:

formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;

coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;

estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano;

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A gestão do SUS

controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;

prestar cooperação técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos

municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;

promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os municípios dos serviços e das ações de saúde, respectivamente de abrangência estadual e municipal;

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A gestão do SUS

A gestão estadual Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde.

O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União.

Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de saúde.

Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal.

Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento à saúde em seu território.

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A gestão do SUS

Ex de funções da gestão estadual:

prestar apoio técnico e financeiro aos municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde

coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de: vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, alimentação e nutrição e saúde do trabalhador;

coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administrativa;

estabelecer normas, em caráter suplementar para o controle e a avaliação das ações e dos serviços de saúde;

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A gestão do SUS

A gestão municipal

A estratégia adotada no país reconhece o município como o principal responsável pela saúde de sua população.

A partir do Pacto pela Saúde, de 2006, o gestor municipal assina um termo de compromisso para assumir integralmente as ações e serviços de seu território.

Os municípios possuem secretarias específicas para a gestão de saúde.

O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado.

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A gestão do SUS

O município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde.

Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a normatização federal e o planejamento estadual.

Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer.

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A gestão do SUS

Ex de funções da gestão municipal:

planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

participar do planejamento, da programação e da organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde, em articulação com sua direção estadual;

celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

executar serviços de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, alimentação e nutrição, saneamento básico e saúde do trabalhador;

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A gestão do SUS

A atuação do gestor do SUS se efetiva por meio do exercício das funções gestoras na saúde.

Podem-se identificar quatro grandes grupos de funções gestoras na saúde:

formulação de políticas/planejamento; financiamento; coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes

e dos prestadores públicos ou privados); e prestação direta de serviços de saúde.

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A gestão do SUS

Na função de formulação de políticas/planejamento, estão incluídas as atividades de:

diagnóstico da necessidade de saúde, a identificação das prioridades e a programação de ações.

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Na função de coordenação, regulação, controle e avaliação podemos identificar o empenho continuo em planejar, monitorar e avaliar as ações e serviços de saúde.

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A gestão do SUS

Planejamento

Ato de decidir com antecedência o que será feito.

Dar direção ao processo de consolidação do SUS

É requisito para fins de repasse de recursos e de controle e auditoria.

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A gestão do SUS

Alguns instrumentos de Planejamento no âmbito da saúde:

Planos Plurianuais (PPA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Lei Orçamentária Anual (LOA) Planos Nacional, Estadual e Municipal de Saúde Programação Anual de Saúde Relatório Anual de Gestão.

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A gestão do SUS

Avaliação

A avaliação é um conjunto de ações que permite emitir um juízo de valor sobre algo que está acontecendo a partir de um paradigma, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão.

Deve produzir informação e conhecimento que servirão como fator orientador de decisão dos gestores do SUS

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A gestão do SUS

A avaliação pode ser:

Direta, por meio da observação, coletando-se dados primários ou

Indireta, por meio da análise de indicadores.

O olhar direto é realizado sistematicamente:

pelas equipes de vigilância sanitária, pelo controle de ações de serviços de saúde, pela auditoria do SUS, pelo controle social e, pelas áreas técnicas especializadas.

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A gestão do SUS

Controle

Conjunto de ações e processos que buscam a conformidade da estrutura e prestação de serviços de saúde com as normas estabelecidas.

inter-relaciona com várias funções: Planejamento, Contratualização/contratação, Regulação do acesso e Avaliação de serviços e sistemas de saúde.

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A gestão do SUS

Instrumentos de Controle:

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

Programação Física e Orçamentária por Estabelecimento

Autorização para Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade (APAC).

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Auditoria

Conjunto de técnicas que visa verificar estruturas, processos e resultados e a aplicação de recursos financeiros,

confrontação entre uma situação encontrada e determinados critérios técnicos, operacionais ou legais,

exame de controle na busca da melhor aplicação de recursos, visando evitar ou corrigir desperdícios, irregularidades,

negligências e omissões.

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A gestão do SUS

Regulação Regulação na saúde pode ser definida como:

criar ou definir normas técnicas e políticas p. ex.: as portarias publicadas pelo Gabinete do Ministro ou dos

Secretários, as resoluções do colegiado da ANVISA.

Regula:

o sistema de saúde a produção direta de ações de saúde nos diversos níveis de

complexidade sobre o acesso dos usuários à assistência nestes níveis a contratação dos serviços da rede privada ou filantrópica.

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Participação da comunidade

Controle Social no SUS participação popular na saúde pública:

Controle social e gestão participativaConselhos de SaúdeConferências de SaúdeOuvidorias

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Participação da comunidade

Controle social e gestão participativa

Ferramenta para controlar as decisões dos gestores, de acordo com as necessidades e vontade da sociedade.

A participação popular garante a execução do controle social.

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Participação da comunidade

Controle social e gestão participativa

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Participação da comunidade

Conselhos de Saúde Espaços públicos de articulação entre

governo e sociedade Criação deve ser feita em forma de lei ou

decreto; Reuniões são mensais; Composição:

Usuários Governo (excluídos os do legislativo e do Judiciário) Prestadores de serviço Trabalhadores de Saúde

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Participação da comunidade

Não confundir CONSELHEIRO X GESTOR

Gestor - responsável pela execução da política de saúde.

Conselho - aprova as diretrizes dessa política, acompanha as ações e fiscaliza a utilização dos recursos.

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Participação da comunidade

Conferências de Saúde ocorrem nas três esferas de gestão Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de

1990

São convocadas pelo Poder Executivo e, extraordinariamente, pelos Conselhos de Saúde das respectivas esferas.

E como ocorrem as Conferências?

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Participação da comunidade

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Participação da comunidade

Ouvidorias

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Participação da comunidade

OuvidoriasIdeal:

Estruturada e articulada com os Conselhos de Saúde e

com os gestores das três esferas

Consegue:Inserir o usuário no processo da

administração das ações de saúde.

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Financiamento do SUS

Até meados da déc 90: centralização do sist.de saúde e do seu financiamento

na esfera federal.

13/09/00- Emenda Constitucional 29 Estabelece % mínimos das receitas da União,dos

estados, do Distrito Federal e dos municípios, a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde

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Financiamento do SUS

artigo 35 da Lei Orgânica: Critérios para distribuição de recursos: perfil demográfico da região; perfil epidemiológico da população a ser coberta; características quantitativas e qualitativas da rede de saúde

na área; desempenhos técnico, econômico e financeiro no período

anterior; níveis de participação do setor saúde nos orçamentos

estaduais e municipais;

previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede e ressarcimento do atendimento a serviços prestados para

outras esferas de governo.

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Financiamento do SUS

Com o Pacto pela Saúde (2006), os estados e municípios poderão receber os recursos federais por meio de cinco blocos de financiamento:

1 – Atenção Básica; 2 – Atenção de Média e Alta Complexidade; 3 – Vigilância em Saúde; 4 – Assistência Farmacêutica; e 5 – Gestão do SUS.

Antes do pacto, havia mais de 100 formas de repasses de recursos financeiros, o que trazia algumas dificuldades para sua aplicação.

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Financiamento do SUS

Pacto pela saúde:

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Financiamento do SUS

I. Bloco da Atenção Básica (AB);

Bloco integrado por dois componentes

PAB-Fixo: recursos mensais regulares e automática ( Fundo a Fundo)

PAB-Variável: custeio de estratégias específicas desenvolvidas na Atenção Básica em Saúde

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Financiamento do SUS

II. Bloco da Atenção de Média e Alta Complexidades; a) Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade

financiamento de procedimentos e de incentivos permanentes, transferidos, mensalmente

b) Fundo de Ações Estratégicas e Compensação custeio de procedimentos: regulados pela Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade

– CNRAC; transplantes; ações Estratégicas Emergenciais, com prazo pré-

definido; Novos procedimentos

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Financiamento do SUS

III. Bloco da Vigilância em Saúde; transferido em parcelas mensais

a) Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde

prevenção e controle de doenças (ações de rotina) Fortalecimento da Gestão da

Vigilância em Saúde em Estados e Municípios

Campanhas de Vacinação; Incentivo do Programa DST/AIDS.

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Financiamento do SUS

b) Vigilância Sanitária em Saúde constituído do Termo de Ajuste e Metas (TAM) e do

Piso da Atenção Básica em Vigilância Sanitária (PAB-VISA).

União assegurará, se necessário, recurso para compor o Piso Estadual de Vigilância Sanitária (PEVISA).

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Financiamento do SUS

IV. Bloco da assistência farmacêutica: será financiada pelos três gestores do SUS

Deve agregar : aquisição de medicamentos e insumos, e organização das ações de assistência farmacêutica

necessáriasformado pelo:

a) Componente Básico, b) Componente Estratégico e c) Componente Medicamentos de Dispensação

Excepcional Básico

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Financiamento do SUS

a) Componente Básico, Parte Fixa: valor com base per capita para

ações de assistência farmacêutica para a Atenção Básica

Parte Variável: base per capita para ações de Programas de Hipertensão e Diabetes, exceto

insulina; Asma e Rinite; Saúde Mental; Saúde da Mulher; Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo

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Financiamento do SUS

b) Componente Estratégico:

Progr Estratégicos são responsabilidade do MS:

Controle de Endemias: Tuberculose, Hanseníase, etc Programa de DST/AIDS (anti-retrovirais); Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados; Imunobiológicos; Insulina.

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Financiamento do SUS

c) Componente Medicamentos de Dispensação Excepcional Básico

patologias que compõem o Grupo 36

Medicamentos da Tabela Descritiva do SIA/SUS. financiamento e aquisição (MS +Estados) Dispensação responsabilidade do Estado

http://sna.saude.gov.br/legisla/legisla/tab_sia/

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Financiamento do SUS

V. Bloco de Financiamento para Gestão do SUS.

iniciativas de fortalecimento da gestão, buscando: Regulação, controle, avaliação e auditoria; Planejamento e Orçamento; Programação; Regionalização; Participação e Controle Social; Gestão do Trabalho; Educação em Saúde; Incentivo à Implementação de políticas específicas