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EMBALAGEM DEFINIÇÃO: DEFINIÇÃO: Invólucro destinado a proteger os Invólucro destinado a proteger os produtos alimentícios durante o produtos alimentícios durante o manuseio e a estocagem, manuseio e a estocagem, preservando os para posterior preservando os para posterior consumo durante a entressafra, consumo durante a entressafra, além de protegê - los contra danos além de protegê - los contra danos mecânicos e perda de qualidade. mecânicos e perda de qualidade.

Aula Embalagem

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  • EMBALAGEM

    DEFINIO:

    Invlucro destinado a proteger os produtos alimentcios durante o manuseio e a estocagem, preservando os para posterior consumo durante a entressafra, alm de proteg - los contra danos mecnicos e perda de qualidade.

  • CATEGORIAS Embalagens primrias: so as que entram em contato direto com o alimento. Ex: latas, sacos plsticos e garrafas.

    Embalagens secundrias: so as que protegem as embalagens Primrias. Ex: caixas de papelo, "over wrapps" e rtulos.

  • Embalagens de transporte: empregadas para acondicionar e proteger as embalagens primrias e secundrias durante o transporte, estocagem e distribuio dos produtos alimentcios. Ex: engradado, caixas de papelo e contentores.

  • REQUISITOS DE USOa) Manter condies de segurana contra agentes microbianos e enzimticos, fsicos, qumicos e ambientais;

    b) Ser isenta de toxicidade;

    c) No causar incompatibilidade com o produto;

    d) Ser adequada forma, tamanho e peso do produto;

  • e) Por sua aparncia e poder visual, propiciar a venda do produto;

    f) Possuir qualidades funcionais:-fcil transporte e armazenamento do produto;-desembarao em seus sistemas de fechamento e abertura;- dispositivos de observao de seu contedo;

    g) Fora dos casos excepcionais, ser de baixo custo;

  • h) Educar o consumidor para a compra e uso do produto;

    i) Indicar a origem do produto, fabricante e padro de qualidade;

    j) Contribuir o menos possvel para o problema da poluio.

  • ORIGEM DAS MATRIASPRIMAS

    a) Animal: bexiga, cera animal, estmago, pele de porco, tripa.

    b) Vegetal: bambu, borracha, cera vegetal, cip, fibras prensadas (eucatex), folhas verdes, madeira, papel e derivados, palha.

    c) Mineral: barro cozido, certos metais, folha de flandres, folha de alumnio, loua, materiais de revestimento, mrmore, parafina, plsticos, vidro.

    d) Sinttica: plsticos.

  • REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARAEMBALAGENS DE PRODUTOS ALIMENTCIOSa) Conter o produto:

    - A embalagem deve ser facilmente moldada e alimentada na mquina de enchimento;

    - Deve permitir um enchimento adequado, dentro das tolerncias legais e econmicas;

    - Ser fechada satisfatoriamente;

  • - Embalagens de transporte: devem apresentar dimenses exatas depois de cheias e seladas para facilidade de encaixotamento;

    - Resistncia compatvel com as presses interna e externa, principalmente em produtos enlatados submetidos a processamento trmico.

    b) Proteger o produto: - Altas umidades relativas podem diminuir a resistncia das caixas de papelo utilizadas para acondicionar frutas in natura;

    - Presso excessiva no empilhamento;

  • - Temperaturas elevadas causam alteraes nas propriedades fsicas dos materiais, provocando deformaes, rupturas, etc.

    - Impactos e quedas durante o carregamento e transporte;

    - Falta de cuidado ou proteo adequada nos depsitos;

    - Barreira contra insetos, germes e mofo, e contra a ao da luz, s vezes prejudicial para determinados produtos;

    - Antocianinas enfraquecem a estrutura de embalagem pela corroso.

  • SELEO DA MATRIA PRIMACondies da matria prima que influem na seleo da embalagem: a)Estado fsico do produto: slido, lquido, cremoso ou em p. b) Penetrao de umidade, de gases e de luz: a penetrao desses agentes poder torn-lo imprprio para o consumo. c) Causas de modificaes nutritivas e organolticas: ex. alimentos cidos causam corroses nas latas.

  • d) Interaes entre a embalagem e o produto: por dissoluo do estanho (influncia da embalagem, do produto ou do processamento) por presena de N03 e S02, etc.

    e) O produto a ser vendido deve conter:- descrio concisa do produto;- valorizao da marca, logotipo e nome do fabricante;- contedo lquido: peso, volume e nmero de unidades;- instrues de uso;- ilustrao do produto;- espao para o preo.

  • EMBALAGENS DE LATAS (FOLHA DE FLANDRES)

    A folha de flandres um produto resultante de lingote de ao, com reduzida frao de carbono (0,06 a 0,15%).

    Frao de carbono, finalidade: maleabilidade na lata para que esta possa se moldar durante a estampagem sem sofrer deformao.

  • Tipos de ao utilizados nas folhas de flandres:

    "L- pequeno contedo de P e metais residuais. Ex. aplicao: produtos sujeitos a elevada corroso: picles, cerejas, etc.

    "MS"- semelhante ao 'L", contendo maior teor de cobre - Ex. aplicao: chucrutes

    "MR"- maior teor de P que o ao "L" - Ex. aplicao: abacaxi, sucos ctrico, pra

    "MC"- submetido refosforizao, para dar maior rigidez s latas.

  • Condies essenciais da folha de flandres como material de embalagem:

    - Receber revestimentos protetores;- Ser resistente;- Conduzir calor; - Ter maleabilidade;- Permitir soldagem segura.

    Tipos de Revestimentos:- Estanho;- leo-resinosos;- Sintticos.

  • ALUMNIO

    Produto da hidrlise da alumina, a qual se origina da bauxita (constituda por xido de alumnio e ferro). Quanto mais pura, maior a resistncia corroso.Vantagens: - atxico, tem ao protetora contra o calor, leve, resistente corroso, impermevel aos gases e umidade e tem baixa densidade.Desvantagens: - atacado por alimentos cidos, ou salinos; - mais difcil de agrafagem, muito mole; - No tolera altas presses em autoclave.

  • VIDRO- Composto de areia, calcreo, carbonato de sdio e feldspatos.Vantagens: - Resistente s temperaturas de esterilizao (at 100C); - Perfeita impermeabilidade; - No transmite odor e sabor; - Prescinde de revestimentos; - Facilmente colorivel; - Reutilizado domesticamente.

  • Desvantagens:

    - Pouco resistente s temperaturas de esterilizao de mais de 100oC;

    - Dificuldade no fechamento hermtico;

    - Dificuldade no manuseio.

  • PLSTICO

    Embalagens semi rgidas:

    Cloreto de Polivinila (PVC)- Caractersticas: excelente transparncia, impermevel a substncias gordurosas;- Utilizao: gua mineral, vinagre, leos comestveis.

    Polipropileno (PP)- Caractersticas: pouco transparente;- Utilizao: leite em condies asspticas.

  • Polietileno (PE) - Caractersticas: grande permeabilidade aos gases e afinidade gordura. - Utilizao: vinagre, gua mineral, refrigerantes e refrescos de frutas.

    Poliestireno (PS) - Caractersticas: permevel ao vapor de gua; raramente utilizado para envasar alimentos, por transmitir odor a eles. - Utilizao: produtos de curto consumo: sucos concentrados, bebidas no alcolicas.

  • PLSTICOEmbalagens flexveis:Acetato de celulose- Caractersticas: plstico de origem celulsica, elaborado atravs do tratamento com cido anidrido actico.- Utilizao: em forma de chapa.

    Cloropolivinila (PVC)- Caractersticas: mais verstil de todos os plsticos, atravs de suas propriedades: solubilidade, resistncia qumica, fluidez, facilidade de elaborao.

  • - Vantagens: 6 vezes melhor como barreira ao O2 do que o polietileno e maior rigidez. - Desvantagens: 10 vezes menos resistente gua do que o polietileno. - Utilizao: aplicado em filmes encolhveis. Nylon- Caractersticas: barreira gua e ao oxignio, suporta calor at 140C. - Desvantagens: dificuldade de fechamento sozinho, e alto custo.

  • Poliester (tereftalato de poliestireno)- Vantagens: 80 vezes superior ao polietileno, como barreira de O2, 4 vezes mais resistente que o PE, boa faixa de temperatura de trabalho (at 1500C).- Desvantagens: menos resistente umidade que o PE.

    Polietileno- Caractersticas: versatilidade, compatibilidade com muitos alimentos, transparncia, resistncia, termossoldagem fcil, boa impermeabilidade gua, alta permeabilidade ao O2 e CO2.

  • Polipropileno (PP)- Caractersticas: transparncia e brilho, quando no orientados tornam-se quebradios, no congelador.- Utilizao: produtos de confeitaria.

    Cryovac- Caractersticas: baixssima permeabilidade ao O2, reduzida ao vapor de gua, tima resistncia mecnica, excelente transparncia, e brilho, fechamento por grampos ou soda.- Utilizao: produtos perecveis, principalmente carnes e seus derivados.

  • TETRA BRIK

    Caractersticas:

    - Polietileno: funo esttica;- Papel carto: estrutura ao laminado, resistncia trao e fcil impresso;- Polietileno: adesivo entre o papel e o alumnio- Alumnio: impermevel ao O2, umidade e luz.

  • EMBALAGENS PARA ALIMENTOSIRRADIADOS

    FDA (Food and Drugs Administration):

    O material usado nas embalagens no deve interferir nas qualidades do alimentos, assim como, no impor nenhum dano toxicolgico ou indesejvel, em decorrncia da irradiao no mesmo. O uso comercial de alimentos irradiados requer essencialmente uma embalagem ideal para esse tipo de produto.

  • OBJETIVO DAS PESQUISAS, COM O USO DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOS IRRADIADOS

    1. Determinar se realmente as embalagens comerciais so prprias para os alimentos irradiados, como a folha de flandres.

    2. Desenvolver embalagens flexveis, de baixo peso molecular, capazes do resistirem ao manuseio e reterem suas qualidades protetoras durante o processo do irradiao e armazenamento.

  • 3. Determinar os efeitos da irradiao sobre a performance funcional de papis e papeles usados como embalagem externa dos alimentos irradiados.

    4. Desenvolver informaes para mostrar que os metais e as embalagens flexveis so seguros para o uso aps a irradiao, de acordo com a FDA.

  • PRINCIPAIS CLASSES DE MATERIAIS USADOS EM ALIMENTOS IRRADIADOS

    A) CELULOSE- Polmero de alto peso molecular;- Embalagens compostas de celulose: papel, cartolina, papelo, madeira;- Derivados qumicos da celulose: celofane, rayon eo acetato de celulose;- A radiao gama e os eltrons acelerados causam alteraes fsicas e qumicas significativas na celulose;

  • - As propriedades (perfurao, rompimento, rasgadura e tenso) decrescem com o aumento da dose de radiao (10, 30 e 60 kGy) e com as baixssimas temperaturas durante o processo (-80, -30C).

    B) VIDRO

    - Os eltrons livres presentes nos vidros como resultado da irradiao, podem ser capturados e formarem centenas de cores; - Altas doses de radiao, causam um escurecimento, com a colorao marrom no vidro;

  • - Esse escurecimento quase permanente, embora, com o aquecimento do vidro, isto tende a desaparecer;- A adio de crio ao vidro previne o escurecimento induzido pela irradiao.

    C) METAIS

    - A irradiao aumenta a mobilidade dos eltrons dos metais. Esta energia degrada em calor, usualmente de negligvel quantidade;- No h outros efeitos da irradiao nos metais.

  • D) POLMEROS ORGNICOS

    - Os radicais livres podem ser formados nos polmeros e resultar em alteraes qumicas incluindo a quebra de cadeia e "cross-linking". Essa quebra, a qual encurta o comprimento da cadeia, pode resultar em um decrscimo na tenso e resistncia de flexo;

    - Cross-linking" pode ter um efeito reversivo, mas pode afetar no tamanho da cadeia, cristalinidade e solubilidade do polmero;

  • - Os polmeros usados nas embalagens dos alimentos, geralmente so componentes de lminas mltiplas. Os efeitos da irradiao em tais lminas dependem da natureza dos componentes individuais e dos adesivos usados nas ligaes das vrias camadas;

    - Estando os polmeros em contato direto com os alimentos, deve-se considerar os efeitos da irradiao sobre as alteraes nos polmeros e como podem afetar as caractersticas sensoriais e salubridade dos alimentos irradiados.

  • E) MATERIAIS COLORIDOS

    - As tintas e materiais coloridos, aplicados na superfcie dos filmes, papis, ou outros materiais, podem estar sujeitas a alteraes pela irradiao;

    - Desses materiais, os corantes orgnicos so os mais sensveis irradiao.

  • F) CERAS E ADESIVOS

    - Devem ser de alto peso molecular;

    - Devem ser resistentes despolimerizao pela irradiao;

    - Ex: poliester epoxi modificado e cido etileno acrlico, ambos usados em embalagens de radapertizao.

  • EMBALAGENS RGIDAS

    FOLHA DE FLANDRES

    - A folha de flandres, comumente usada para o processamento trmico dos alimentos, pode tambm ser usada para alimentos radapertizados.

  • Aspectos de embalagem que requerem algumas consideraes no processo de irradiao:

    - Composio do verniz interior, composio do selante final e a integridade da embalagem ao todo em relao irradiao e ao congelamento;

    - No uso de metais para os alimentos radapertizados, deve-se ter a precauo de deixar espao para os gases formados durante o processo de irradiao;

    - Nas embalagens vcuo, um vcuo de no mnimo 63 cm deve ser assegurado. Com esse vcuo, um valor final de aproximadamente 38 cm obtido aps a irradiao.

  • LATAS DE ALUMNIO

    - O alumnio tem menor densidade, em comparao com o ao da folha de flandres;- Menor alterao devido absoro da irradiao.

    EMBALAGENS FLEXVEIS

    - So compostas de materiais em mltiplas camadas;- Nenhum material flexvel sozinho tem todas as propriedades qumicas, fsicas e caractersticas protetoras necessrias para atingir os requerimentos necessrios para a embalagem de alimentos irradiados.

  • Requerimentos necessrios para as embalagens flexveis:

    1. Devem ser seladas quente; 2. Devem resistir irradiao em temperaturas abaixo de 40C sem romper, dilatar ou perder a resistncia;3. Devem resistir ao transporte;4. Devem proteger o alimento de contaminaes microbiolgicas e outras; 5. Devem impedir a entrada de oxignio e umidade.6. Devem ser inertes ao contedo.

  • Tipos de embalagens flexveis para fils haddock irradiados:

    - Nylon 11;

    - Cryovac;

    - Polietileno revestido de polister;

    - Papel laminado/alumnio polietileno.

  • Para peixe fresco radurizado, os seguintes filmes permeveis ao oxignio so recomendveis:

    - Cloropolivinila PVC;

    - Celofane;

    - Polietileno.

  • Entre os filmes permeveis ao oxignio para carnes radurizadas, incluem os seguintes:

    - Cryovac;Cloreto de polivinilideno/polister/polietileno.

    Para carnes radapertizadas:- Laminado de nylon-6 (externo)/alumnio (meio)/polister-polietileno (interno).

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