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16/09/2017 1 rodrigomenezes.com.br DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR RODRIGO MENEZES TRE-RJ – AULÃO – 16/09/2017 @profrodrigomenezes /professorrodrigo @profrodrigomenezes @profrodrigomenezes rodrigomenezes.com.br QUESTÕES DA CONSULPLAN QUESTÕES DA CONSULPLAN 2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO 01. “Iliel e Anel travaram intenso debate a respeito da relevância da distinção, para a República Federativa do Brasil, do conceito de nacionalidade, em especial sob o prisma da fruição de direitos e garantias individuais. Para Iliel, os direitos e garantias individuais são privativos dos brasileiros, natos ou naturalizados. Anel, por sua vez, acresceu que somente quem tem direitos políticos possui direitos e garantias individuais.” À luz do disposto na Constituição da República, é correto afirmar que a) somente a afirmação de Iliel está incorreta. b) as afirmações de Iliel e Anel estão totalmente incorretas. c) somente a afirmação de Anel está incorreta. d) as afirmações de Iliel e Anel estão totalmente corretas.

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DIREITO CONSTITUCIONALPROFESSOR RODRIGO MENEZES

TRE-RJ – AULÃO – 16/09/2017

@profrodrigomenezes/professorrodrigo

@profrodrigomenezes@profrodrigomenezes

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO01. “Iliel e Anel travaram intenso debate a respeito da relevância da distinção, paraa República Federativa do Brasil, do conceito de nacionalidade, em especial sob oprisma da fruição de direitos e garantias individuais. Para Iliel, os direitos egarantias individuais são privativos dos brasileiros, natos ou naturalizados. Anel,por sua vez, acresceu que somente quem tem direitos políticos possui direitos egarantias individuais.” À luz do disposto na Constituição da República, é corretoafirmar quea) somente a afirmação de Iliel está incorreta.b) as afirmações de Iliel e Anel estão totalmente incorretas.c) somente a afirmação de Anel está incorreta.d) as afirmações de Iliel e Anel estão totalmente corretas.

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O Art. 5º garante a inviolabilidade dos direitos a: “VILISEPRO”VIdaLiberdadeIgualdadeSEgurança (jurídica)PROpriedade

Destinatários:

Brasileiros

&

Estrangeiros residentesno Brasil

Art. 5º, caputArt. 5º, caput

Pessoas físicas (naturais)

Pessoas jurídicas

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTADORIA02. “Élia, estudante de direito, observou que muitos direitos fundamentais, como aliberdade de expressão e a honra, seriam potencialmente colidentes entre si, o quea deixou com muitas dúvidas. Em razão desse estado de coisas, procurou o seuprofessor de direito constitucional e apresentou três proposições:(I) o intérprete deve sempre buscar a concordância prática entre os direitosfundamentais;(II) na hipótese de conflito irá prevalecer o direito fundamental considerado maisimportante pela sociedade, independentemente das circunstâncias do casoconcreto; e,(III) o conflito entre direitos fundamentais somente pode ser resolvido pela lei.”

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTADORIAConsiderando a doutrina majoritária e o entendimento prevalecente no âmbito doSupremo Tribunal Federal, é correto afirmar que está(ão) correta(s) a(s)proposição(ões)a) I, II e III.b) I, apenas.c) III, apenas.d) I e II, apenas.

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Não há hierarquia entre os direitos fundamentais, logo, havendo conflitosdeve-se buscar uma harmonização, uma concordância prática, de forma acoordenar e combinar os bens em conflito, evitando o sacrifício de uns emprol do outros. E se não for possível a harmonização?Solução:

O juiz ou o legislador deverá decidir qual direito irá prevalecer, levando emconsideração a regra da máxima observância dos direitos fundamentaisenvolvidos, conjugando-a com a sua mínima restrição.Na ponderação, restringe-se um direito em prol de outro que se lhe opõe. Estarestrição, entretanto, deve se dar de forma razoável, proporcional, respeitando onúcleo essencial do direito.

ponderação de interesses

COLISÃO (CONFLITO) ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA03. “Edson, após estudar longos anos, logrou aprovação no concurso públicodestinado ao provimento do cargo que sempre sonhou ocupar, não só em razão daremuneração e das vantagens pecuniárias oferecidas como em virtude dosbenefícios previstos no regime jurídico da categoria. Para sua surpresa, poucosmeses após a posse, foi promulgada a Lei X, cuja primeira parte suprimiu todas asvantagens pecuniárias, incorporando o valor até então recebido à remuneraçãodos servidores. Além disso, a maioria dos benefícios estatutários foi suprimidapela segunda parte do referido diploma normativo, preservando-se, apenas, osdireitos dos servidores que já tinham preenchido os requisitos exigidos ou que jáfruíam os benefícios.” À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que aLei X está em:

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - INFORMÁTICAa) Total harmonia com a Constituição da República.b) Em total dissonância da Constituição da República.c) Parcial harmonia com a Constituição da República, na parte em que suprimiu asvantagens.d) Parcial harmonia com a Constituição da República, na parte em que suprimiu osbenefícios.

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XXXVI - A lei superveniente (lei que vem depois) não pode prejudicar:a) o Direito Adquirido – é o que resulta da reunião de todos os seus elementosaquisitivos. Já está apto a ser exercido, ainda que não esteja sendo exercido;* Não se pode confundir com a expectativa de direito, que é a esperançaresultante de fato aquisitivo incompleto.b) o Ato Jurídico Perfeito – é o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempoem que se efetuou;c) a Coisa Julgada – é a decisão judicial de que já não caiba recurso, decisão judicialcom trânsito em julgado.

Princípio da Segurança JurídicaConjunto de condições que tornam possível às pessoas o conhecimento antecipado e reflexivo das conseqüências diretas de seus atos e de seus fatos à luz da liberdade reconhecida. Jorge Reinaldo Vanossi

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Princípio da Segurança Jurídica JURISPRUDÊNCIAS

Não há direito adquirido relativo a regime jurídico ou à formade cálculo dos rendimentos de servidor, desde que preservadoo montante global da sua remuneração. (AO 1546 ED, em24/02/2015)

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ENFERMAGEM04. “Edson era investigado pela prática de um crime e estava com receio de serjulgado por um Juiz Federal que considerava seu desafeto. Ao conversar com seuamigo Pedro, estudante de direito, foi informado que a Constituição da Repúblicadispõe, em seu Art. 5º, XXXVII, que ‘não haverá juízo ou tribunal de exceção’.” Àluz da sistemática constitucional, o comentário de Pedro indica que:a) A causa de Edson será julgada pelo Juiz Federal que a escolher.b) Os critérios de escolha do Juiz Federal devem anteceder a prática do crime.c) As regras gerais de competência não admitem exceção, aplicando-se a todos.d) A competência de todos os Juízes deve ser detalhada na Constituição, semexceção.

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Devem ser respeitadas, rigorosamente, as regras de competência definidas naConstituição e nas leis;

São vedados os juízos ou tribunais de exceção (aqueles criados ou designadospara julgar a causa ex post facto – juízos ou tribunais ad hoc);

Visa garantir a independência e a imparcialidade do órgão julgador.

Princípio do Juiz Natural - Art. 5º, LIII e XXXVII

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pelaautoridade competente;XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA05. “Ednaldo, servidor público federal, respondia a diversos processos no âmbitoadministrativo, penal e cível (por ato de improbidade administrativa) em razão deirregularidades praticadas no exercício funcional. Certo dia foi informado por seuadvogado do risco de ter os direitos políticos suspensos, o que frustraria o seuobjetivo de se candidatar a um mandato eletivo.” À luz das informações fornecidase da sistemática constitucional, assinale a alternativa correta.a) A suspensão dos direitos políticos restringe de forma menos intensa a cidadaniaque a inelegibilidade.b) A suspensão dos direitos políticos pode decorrer de decisões proferidas emtodos os processos a que responde Ednaldo.

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIAc) A condenação por ato de improbidade administrativa somente acarretará ainelegibilidade, não a suspensão dos direitos políticos.d) Na hipótese de condenação criminal transitada em julgado, Ednaldo terá osdireitos políticos suspensos enquanto durarem seus efeitos.

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PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS – ART. 15Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda oususpensão só se dará nos casos de:

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou (e) prestação alternativa; (parte da doutrina; Lei 8.239/91, art. 4º, § 2º; CPP, art.

438; Resolução do TSE nº 21.538, art. 53, II, “b”).

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou (e) prestação

alternativa; (para parte da doutrina e CF 1967, Art. 144, II, “b”)

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

II - incapacidade civil absoluta;I - cancelamento da naturalização por

sentença transitada em julgado;

SUSPENSÃOPERDA

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA06. “Um grupo de vinte e cinco senadores apresentou proposta de emendaconstitucional, buscando alterar as regras do regime previdenciário dos servidoresque se encontram na ativa e, ainda, não preencheram os requisitos para aaposentadoria, de modo a ampliar a idade mínima e o tempo de contribuição. Aproposta, que foi apresentada no momento em que a região nordeste do País eraatingida por calamidade de grandes proporções na natureza, foi aprovada pelasduas Casas do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dosvotos dos respectivos membros, sendo, ao final, promulgada.” À luz da sistemáticaestabelecida pela Constituição da República, é correto afirmar que a EmendaConstitucional que foi promulgada é:a) Formalmente inconstitucional, em razão do vício de iniciativa.

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLANb) Materialmente inconstitucional, por afronta aos limites materiais de reforma.c) Formalmente inconstitucional, por afronta aos limites circunstanciais dereforma.d) Formalmente inconstitucional, por inobservância do número mínimo de votospara aprovação.

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Emendas à Constituição – art. 60

aprovouaprovou SF ou CDCD ou SFIniciativa (PEC)

IIPROMULGAÇÃO

pelas Mesas da CD e do SF

PUBLICAÇÃO no Diário Oficial

Pres. da República

1/3 da CD ou do SF

+ ½ das Ass. Leg. por maioria simples dos seus membros

2 turnos3/5 dos membros

se a PEC for rejeitada ou prejudicada

Arquivamento

2 turnos3/5 dos membros

A matéria não poderá ser objeto de nova PEC na mesma Sessão Legislativa (irrepetibilidade absoluta)

PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS

“O início da tramitação da proposta de emenda no Senado Federal está em harmoniacom o disposto no art. 60, I, da CF, que confere poder de iniciativa a ambas as CasasLegislativas.” (ADI 2.031)

emendou

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§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência deintervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas daCâmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivonúmero de ordem.

Emendas à Constituição – art. 60

PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS

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Emendas à Constituição – art. 60

C) PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS

“as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, § 4º, daLei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectivadisciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencialdos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege”. (ADI 2.024)

Limitações Materiais Expressas (Cláusulas Pétreas expressas):

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADE07.De acordo com o Art. 71, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil,“o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio doTribunal de Contas da União (...)”. À luz da interpretação do referido preceitoconstitucional e das normas que lhe são correlatas, assinale a afirmativa correta.a) O Tribunal de Contas da União, como órgão do Poder Judiciário, não estásubordinado ao Congresso Nacional.b) Como o Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional, asdecisões que profira podem ser revistas por este último.c) O Tribunal de Contas da União não exerce diretamente o controle externo, sob oprisma financeiro e orçamentário, dos entes da administração direta e indireta.d) O Tribunal de Contas da União possui competências próprias, que exerce demodo autônomo, sem subordinação ao Congresso Nacional.

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Art. 70. A fiscalização (...) da União e das entidades da administração direta eindireta (...) será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelosistema de controle interno de cada Poder.Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com oauxílio do Tribunal de Contas da União (...).Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,sistema de controle interno (...).

FISCALIZAÇÃO C.F.O.O.P. – arts. 70 a 75

controle interno

Poder Executivo

Poder Judiciário

controle externo

com auxílio do

IICONGRESSO NACIONAL

UNIÃO(Adm. direta e indireta)

controle interno

1. Introdução

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“os Tribunais de Contas ostentam posição eminente na estrutura constitucionalbrasileira, não se achando subordinados, por qualquer vínculo de ordemhierárquica, ao Poder Legislativo, de que não são órgãos delegatários nemorganismos de mero assessoramento técnico. A competência institucional dosTribunais de Contas não deriva, por isso mesmo, de delegação dos órgãos doPoder Legislativo, mas traduz emanação que resulta, primariamente, da própriaConstituição da República” (ADI 4.190, j. 10.03.2010).

“Apesar de órgão auxiliar do Poder Legislativo, o Tribunal de Contas não o integrae não é subordinado a ele. Possui a natureza de instituição constitucionalautônoma que não pertence a nenhum dos três poderes, a exemplo do que ocorrecom o Ministério Público.” (STF – ADI (REF-MC) 4.190, rel. Min. Celso de Mello, j.10.03.2010, DJE 11.06.2010).

FISCALIZAÇÃO C.F.O.O.P. – arts. 70 a 751. Introdução

O TCU INTEGRA O PODER LEGISLATIVO?

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADE07.De acordo com o Art. 71, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil,“o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio doTribunal de Contas da União (...)”. À luz da interpretação do referido preceitoconstitucional e das normas que lhe são correlatas, assinale a afirmativa correta.a) O Tribunal de Contas da União, como órgão do Poder Judiciário, não estásubordinado ao Congresso Nacional.b) Como o Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar do Congresso Nacional, asdecisões que profira podem ser revistas por este último.c) O Tribunal de Contas da União não exerce diretamente o controle externo, sob oprisma financeiro e orçamentário, dos entes da administração direta e indireta.d) O Tribunal de Contas da União possui competências próprias, que exerce demodo autônomo, sem subordinação ao Congresso Nacional.

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADE08. “Após proferir sentença desfavorável aos interesses de Alfa, influentepolítico da localidade, determinado Juiz Federal recebeu a ‘ameaça’ de quesofreria uma representação, na qual seria solicitada a sua remoção compulsóriapara outra Seção Judiciária. Nesta representação, seriam narrados supostos ilícitospraticados pelo magistrado.” À luz da sistemática constitucional, é correto afirmarque o Juiz Federal, caso viesse a sofrer a representação noticiada por Alfa e fosseconfirmada a conduta inadequada,a) por força da garantia da inamovibilidade, não poderia ser removidocompulsoriamente.b) somente poderia ser removido compulsoriamente por decisão unânime dosmembros do CNJ, assegurada ampla defesa.

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADEc) somente poderia ser removido por força de decisão proferida em processojudicial, assegurado o contraditório e a ampla defesa.d) poderia ser removido compulsoriamente pelo voto da maioria absoluta dorespectivo tribunal, assegurada ampla defesa.

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no 1º grau: o juiz adquire a vitaliciedade após 2 anos de efetivo exercício (processo de vitaliciamento);

nos tribunais: o juiz adquire a vitaliciedade com a posse.

do juiz não-vitalício: depende de decisão (administrativa) do tribunal aque o juiz estiver vinculado;do juiz vitalício: depende de sentença judicial definitiva.

Exceções: arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

GARANTIAS DE INDEPENDÊNCIAVITALICIEDADE:

AQUISIÇÃO

PERDADO

CARGO

INAMOVIBILIDADE: os membros do judiciário não poderão ser removidoscompulsoriamente salvo por interesse público, em decisão por voto da maioriaabsoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.

IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS (do valor nominal, não do valor real).

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTADORIA09. “Ílio, por intermédio de seu advogado, impetrou mandado de segurançacontra ato de Juiz Federal perante o Tribunal Regional Federal ao qual o magistradoestava vinculado. Para sua surpresa, a ordem foi denegada, tendo prevalecidointerpretação nitidamente contrária à Constituição da República.” À luz danarrativa anterior e da sistemática constitucional, é possível a interposição de qualrecurso contra o acórdão do Tribunal Regional Federal?a) Reclamação endereçada ao Supremo Tribunal Federal.b) Recurso especial endereçado ao Superior Tribunal de Justiça.c) Recurso ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça.d) Recurso extraordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal.

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As competências do STF dividem-se em originárias e recursais:

Originárias: aquelas em que a causa será examinada em primeira instância, ou seja,o processo terá início diretamente no STF (art. 102, I)

Recursais: aquelas nas quais o STF reexaminará matéria já analisada por outro juízoou tribunal. Dividem-se em ordinária (art. 102, II) e extraordinária (art. 102, III).

As competências do STJ dividem-se em originárias e recursais:

Originárias: aquelas em que o STJ analisará a causa em primeira instância (art. 105, I).

Recursais: aquelas nas quais o STJ reapreciará matéria já examinada por outrojuízo ou tribunal. Dividem-se em ordinária (art. 105, II) e especial (art. 105, III).

Cuidado para não confundir o RE, que só cabe ao STF julgar (como guardião da CF), com o REsp, que só cabe ao STJ julgar (como guardião do direito federal).

STFOriginárias – 102, I

Recurso Ordinário (ROC) – 102, II

Recurso Extraordinário (RE) – 102, IIISTJ

Originárias – 105, I

Recurso Ordinário (ROC) – 105, II

Recurso Especial (REsp) – 105, III

PODER JUDICIÁRIO - COMPETÊNCIAS

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a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

a) os "habeas-corpus" decididos em únicaou última instância pelos TRFs ou pelos TJs, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos TRFs ou pelos TJs, quando denegatória a decisão;

c) ***

PODER JUDICIÁRIO - COMPETÊNCIAS

II - julgar, em recurso ordinário:II - julgar, em recurso ordinário:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

Art. 102. Compete ao STF, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

b) o crime político; (*a competência originária é do juiz federal - art.109, IV)

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADE10. “Ednaldo, estudante de direito, informou ao seu colega Pedro que tinharealizado amplos estudos a respeito das competências do Conselho Nacional deJustiça (CNJ). Por fim, alcançou três conclusões:(1) todos os órgãos do Poder Judiciário estão sujeitos ao controle do CNJ;(2) o CNJ realiza o controle dos atos administrativos, financeiros e jurisdicionaispraticados pelos órgãos do Poder Judiciário; e,(3) o CNJ, no exercício de sua competência constitucional, pode expedirrecomendações.”À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADEa) somente a conclusão 2 está incorreta.b) todas as conclusões estão corretas.c) somente a conclusão 3 está correta.d) todas as conclusões estão incorretas.

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CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – Art. 103-B

do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes

NATUREZA: órgão de natureza exclusivamente administrativa, sem função jurisdicional, de controle interno do Poder Judiciário.

CONTROLEda atuação

administrativa e financeira

do Poder Judiciário

COMPETÊNCIA:(art. 103-B, § 4º)

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CNJ – COMPETÊNCIAS – Art. 103-B, § 4ºArt. 103-B, § 4º Compete ao Conselho o controle da atuaçãoadministrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dosdeveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuiçõesque lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

O STF E SEUS MINISTROS ESTÃO SUJEITOS AO CONTROLE DO CNJ?“CNJ. Órgão de natureza exclusivamente administrativa.Atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e

disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízessituados, hierarquicamente, abaixo do STF. Preeminência deste, como órgãomáximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estãosujeitos a seu controle jurisdicional. Inteligência dos art. 102, caput, inc. I, letra"r", e § 4º, da CF. O CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seusministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a queaquele está sujeito” (ADI 3.367)

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Art. 103-B, § 4º Compete ao Conselho o controle da atuaçãoadministrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dosdeveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuiçõesque lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto daMagistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de suacompetência, ou recomendar providências;

CNJ – COMPETÊNCIAS – Art. 103-B, § 4º

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QUESTÕES DA CONSULPLANQUESTÕES DA CONSULPLAN2017 - CONSULPLAN - TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - SEM ESPECIALIDADE11. Os Procuradores Regionais da República deverão ser processados ejulgados nos crimes comuns pelo:a) Tribunal de Justiça.b) Tribunal Regional Federal.c) Superior Tribunal de Justiça.d) Supremo Tribunal Federal.

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Art. 96, III

Art. 108, I, “a”

crime comum ou responsab.

Membros do Ministério Público – quem processa e julga?

PGR

Membro do

MPU (MPF, MPT,

MPM e MPDFT)

Membro do

MPE

PODER JUDICIÁRIO - COMPETÊNCIAS

crime comum

crime de responsabilidade

STF

Senado Federal

que oficie perante tribunais STJ

TRFcrime comum ou responsab.

demais membros

TJcrime comum ou responsab.

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OBRIGADO!