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Como Elaborar um PGR Plano de Gerenciamento de Resíduos da Faculdade de Farmácia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Farmácia
Comissão de Saúde e Ambiente de Trabalho - COSAT
Curso de Extensão em Saúde e Segurança no Ambiente de Trabalho
Junho, 2014.
O que é resíduo de serviço de saúde
São todos aqueles resultantes de atividades exercidas nas atividades médico-assistenciais, hospitalares e similares e nas inerentes à indústria, ao ensino e à pesquisa na área de saúde humana ou da veterinária que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final.
Objetivos do gerenciamento de resíduos de saúde:
Considerando que os serviços de saúde são os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os resíduos por eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a sua destinação final, os objetivos do gerenciamento de resíduos de saúde são:
Efetuar a segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente;
Preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente considerando os princípios da biossegurança;
Empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente;
Disponibilizar informações técnicas aos estabelecimentos de saúde, assim como aos órgãos de vigilância sanitária, sobre as técnicas adequadas de manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização.
Fonte: Resolução RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004
Elaboração do PGR
Diagnóstico da situação
Verificar a existência de política de gestão ambiental na Universidade (UFRGS - Assessoria de Gestão Ambiental);
Verificar a existência de gestão de riscos ambientais;
Verificar a existência de Sistema de Gestão Ambiental – SGA;
Verificar a necessidade de adequação do espaço físico do estabelecimento para atender normas, legislações e facilitar o correto gerenciamento dos resíduos;
O plano deve contemplar o gerenciamento contínuo dos serviços.
Aspectos fundamentais na elaboração e implantação do PGR
Abrange o reconhecimento do problema e o apoio administrativo do Diretor/Coordenador da Unidade para início do processo.
Conhecimento, por todos os funcionários, da importância de se gerenciar os resíduos e do que é o PGR;
Envolvimento de todos os segmentos da instituição (funcionários, professores, bolsistas, alunos) ou empresa na execução, implantação e manutenção do PGR.
O que fazer
Hierarquizar os problemas diagnosticados:
gravidade ou urgência;
os custos de sua resolução (financeiros, humanos e materiais);
o prazo e o esforço necessários para isso;
a facilidade de envolvimento da instituição no processo de mudança;
Verificar a efetividade dos programas de prevenção ambiental e promoção da saúde existentes;
Seguir um roteiro para a construção do plano de acordo com as legislações sanitárias e ambientais (Resoluções RDC ANVISA Nº 306/04 e CONAMA Nº 358/05).
Fluxograma da fase intra-estabelecimento de saúde
Armazenamento final
Coleta e transporte internos
Tratamento prévio
Armazenamento Intermediário
Minimização: Redução, reutilização,
reciclagem
Acondicionamento
Segregação
Geração
Classificação
Dados sobre o Estabelecimento
Informar os dados gerais do estabelecimento;
Informar os componentes da equipe que elabora e implementa o PGR, com identificação e números de registro dos conselhos de classe, quando for o caso;
Informar a caracterização do estabelecimento e grau de risco NR-4 SESMT(Quadro I);
Informar quais são as atividades e serviços predominantes no estabelecimento.
Tipos, quantidades, segregação e acondicionamento de resíduos
Identificar e quantificar os tipos de resíduos gerados ou a serem gerados na unidade em cada setor, bem como, o tipo de acondicionamento dos mesmos;
Determinar as formas de segregação e acondicionamento que serão adotadas
para os grupos A, B, C, D e E, incluindo os recicláveis, considerando os tipos de contenedores, sacos plásticos, bombonas, salas de resíduos, abrigo e suas identificações em função do tipo de resíduos nas áreas internas e externas da unidade;
Informar quais os EPIs e EPCs a serem utilizados; Informar as cores e símbolos padronizados para cada tipo de resíduos (VER
legislação NBR 10.004 ABNT cores resíduos).
Atividades em andamento
Implantação da coleta seletiva do resíduo comum gerado;
Coletores da área externa Coletores da área interna
Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Químicos Descartados Líquidos
Descrição % Descrição % Litros L/semestre
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
Responsável Legal:
N° de
Embalagem
Responsável Gerador:
FONTE GERADORA DO RESÍDUO QUÍMICO LÍQUIDO
Passível
Purificação
Sim ou Não
Unidade:
Departamento:
Laboratório:
Prédio: Sala: Ramal Lab:
pH
Final
Responsável Técnico:
Solvente SolutoItem
Inventário dos Resíduos Químicos Líquidos
COMPOSIÇÃOQuantidade PRODUÇÃO Embalagem
Utilizada
Identificação dos tipos de resíduos
RESÍDUO INFECTANTE OU BIOLÓGICO
CONTENDO MATERIAL INFECTANTE
OU BIOLÓGICO
PERFUROCORTANTE
Resíduo químico
Coleta e Transporte Interno dos resíduos: Coleta interna
Informar o método de coleta e transporte em função dos grupos de resíduos, bem como, tipos de recipientes, carros de coleta, equipe, frequência e roteiros adotados;
Informar se a coleta adotará o armazenamento temporário (Ex. Fac. Farmácia - almoxarifado de solventes);
Determinar a rotina e frequência de coleta para unidade ou setor;
Informar os EPIs e EPCs utilizados para realizar a coleta do resíduo;
Informar como será a limpeza e higienização dos carros coletores, produtos utilizados e frequência.
Armazenamento temporário dos resíduos: Almoxarifado da COSAT/FAR
Identificar a localização, tipos de resíduos a serem armazenados
(Grupos A, B,C,D, E) e frequência de coleta.
Informar os tipos e quantidades de coletores para a guarda temporária de resíduos e as sinalizações para identificação dessas áreas.
Fluxograma da fase extra-estabelecimento de saúde
Coleta e transporte Externos
Disposição Final
Tratamento
Transbordo
Resíduos tratados
Armazenamento para a coleta externa dos resíduos
Informar a rotina do armazenamento externo da unidade:
Resíduos comuns (Grupo D): não reciclável (DMLU) Reciclável (ATUT);
Resíduos químicos (Grupo B): Almoxarifado COSAT/Far;
Resíduos biológicos (Grupo C): área de armazenamento temporário de
resíduos biológicos.
Descrever a rotina de recepção dos Resíduos das coletas internas (envio de
planilhas para COSAT).
Informar os EPIs e EPCs a serem utilizados.
Coleta e transporte externo dos Resíduos.
Informar se a coleta externa é realizada pelo setor público ou empresa contratada ou sob concessão (Biológicos: Aborgama do Brasil, químicos: CGTRQ/IQ/UFRGS).
Informar o tipo de veículo utilizado para o transporte.
Informar a rotina e freqüência de coleta externa do estabelecimento para os diferentes tipos de resíduos gerados.
Informar o destino dos resíduos coletados, por tipo.
Anexar os documentos comprobatórios (licenças, alvarás e outros) das empresas coletoras, dos transbordos, quando houver.
Tratamento dos Resíduos
Descrever o tratamento interno para cada tipo de resíduo (se houver);
Descrever os tipos de tratamento externo adotados para cada grupo de resíduos e quais os equipamentos e instalações de apoio, incluindo os seguintes aspectos: tecnologias de tratamento adotadas; nome da empresa responsável pela operação do sistema; localização das unidades de tratamento, endereço e telefone; responsável técnico pelo sistema de tratamento, nome, RG, profissão e registro profissional;
Informar os EPIs e EPCs necessários;
Anexar os documentos comprobatórios (licenças, alvarás, documentos de monitoramento definidos pelo órgão ambiental) dos sistemas e tecnologias adotados.
Disposição final dos resíduos
Informar as formas de disposição final dos resíduos, especificando por tipo de resíduos;
Informar quais as empresas que executam a disposição final dos resíduos;
Anexar os documentos comprobatórios (licença ambiental,documentos de monitoramento, definidos pelo órgão ambiental) de que a empresa está apta a realizar o serviço;
Indicar a localização das unidades de disposição final adotadas para cada grupo de resíduos e seus respectivos responsáveis técnicos (nome, RG, profissão, registro profissional, empresa ou instituição responsável e telefone).
Outras avaliações de riscos
Informar o mapa de risco do estabelecimento, se houver;
Serviços especializados e programas: Informar se o estabelecimento
possui.UFRGS: DJM, COSAT, PPRA e PCMSO;
Recursos humanos, DST, COSAT, DJM e Comissão de Biossegurança;
Abordar as inter-relações entre as diversas estruturas existentes no
estabelecimento (DJM, COSAT etc.);
Fazer um resumo das responsabilidades e qualificações de cada um.
Medidas Adicionais
Capacitações:
descrever programas a serem realizados, nas formas inicial e de educação continuada (palestras, cursos, treinamentos) ;
Controle de insetos e roedores:
Informar e descrever as medidas preventivas e corretivas do programa de controle de insetos e roedores;
Situações de emergência e de acidentes:
Descrever as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes.
Exemplo: procedimento adotado em caso de derramamento, greve de funcionários etc.
Prevenção à Saúde do Trabalhador e Treinamento
Todos os envolvidos devem ser capacitados e mantidos sob treinamento periódico para as atividades de manejo de resíduos.
Todos que atuam no estabelecimento, mesmo que em caráter temporário ou que não estejam diretamente envolvidos nas atividades do PGR devem conhecer o sistema adotado para o gerenciamento de resíduos, a prática de identificação e segregação destes, reconhecimento de símbolos, expressões e padrões de cores adotados e localização de abrigos de resíduos.
Prevenção à Saúde do Trabalhador e Treinamento
Programa de capacitação e educação continuada - COSAT:
Conhecimento da legislação ambiental e do PGR da unidade; Conhecimento das responsabilidades e tarefas do gerador e potencial de risco
dos resíduos; Redução da geração de resíduos e reutilização de materiais; Conscientização e treinamento para implantação da coleta seletiva; Orientações quanto ao uso de EPI e EPC; Providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações
emergenciais; Orientações quanto à higiene dos ambientes de trabalho;
Cronograma de Ação
7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6
1. Identificação do
resíduo geradox COSAT 31/jul
2. Elaboração do PGR x x x COSAT 15/out
3. Revisão do PGR x x DST/GIGA
4. Elaboração de
material educativox COSAT
5. Aquisição e
colocação de sinalizaçãox COSAT
6. Aquisição de
recipientes coletoresx COSAT
7. Elaboração de POPS x COSAT
8. Treinamento x x x xCOSAT/
DST
9. Implantação do PGR x COSAT
10. Gerenciamento dos
resíduosx x x x x x x x x x x x COSAT
11. Avaliação do PGR xCOSAT/
DST/GIGA
Dat
a
de
Con
cl
Ações do Plano
2006/2007
Meses Execução
Indicadores de execução e avaliação
Especificar o que se quer avaliar, quais as mudanças propostas e mensuráveis, levando em conta o objetivo ou resultado fixado;
Informar quais os indicadores para acompanhar a execução/ implementação do PGR e medição do impacto do plano que contém os indicadores mencionados na RDC ANVISA no 306/04);
Especificar a fonte de informação ou o meio de coleta da informação necessária para a avaliação.
Implementação do PGR
Elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Faculdade de Farmácia;
Baseado na RDC 306 da Anvisa e Resolução 358 do CONAMA visa atender os preceitos básicos e necessários para a identificação, segregação, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamentos externos e descarte seguro de resíduos gerados nas atividades de ensino, pesquisa, prestação de serviço e extensão desenvolvidas na unidade.
Estabelecimento das ações, procedimentos e rotinas concebidos no PGRSS, os prioritários e indispensáveis ao início da operação.
Estabelecer um plano de contingência até que todas as ações necessárias para implantar o plano estejam prontas.
Executar as obras planejadas.
Fazer o acompanhamento estratégico e operacional das ações.
Implementação do PGR
Atividades em andamento relacionadas ao PGR
Programa contínuo de cursos e palestras;
Treinamento para coleta e rotulagem dos resíduos químicos gerados;
Elaboração de mapas de riscos ambientais para todos os setores;
Recolhimento mensal dos resíduos químicos e vidrarias nos laboratórios;
Participação na campanha para o descarte correto de medicamentos;
Curso de extensão em saúde e segurança no ambiente de trabalho.
Avaliação do PGR
O que fazer
Verificar se os resultados esperados foram ou serão atingidos e, se existirem
diferenças, quais as razões.
Verificar se outros indicadores, com melhor desempenho e mais pertinentes que os estabelecidos, podem ser utilizados na continuidade do plano.
Elaborar um quadro de acompanhamento apontando o resultado da avaliação.
Propor adaptações ao PGR, onde for necessário, considerando a avaliação feita e outras auditorias internas e externas.
Discutir com a equipe e o setor responsável pelas adaptações propostas e considerá-las no orçamento.
OBS. Este passo será efetuado após a implantação do PGR.
Validação
Após a redação de todo o plano, obter a validação deste pelo gestor da Unidade;
PGR elaborado;
Forma de avaliação definida;
Documento contendo relatório validado pelo gestor;
Abrange as ações para a implementação do PGRSS, com base no documento contendo o plano validado pelo gestor da Unidade.
Fontes
BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução RDC N°306 de 07 de dezembro de 2004.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. CONAMA Resolução nº. 358/2005 de 29 de abril de 2005.
PGR da UNICAMP;
Manual de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde/ANVISA/2006.