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Aula – 15 A – Noções sobre coleta e disposição de resíduo sólido NOÇÕES SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS 15.1- Caracterização 15.1.1- Introdução Segundo a NBR-10004, resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Consideram-se também resíduos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. Uma definição mais específica cita resíduos sólidos urbanos – lixo, como todo o material resultante da atividade humana. O lixo, além de apresentar uma composição heterogênea, é variável em função do clima, estações do ano, hábitos da população, etc. (ROCHA, A. A., 1980). Torna-se necessário então estudar individualmente, para cada cidade, o tipo de resíduo produzido. Assim, entendemos ser a caracterização dos resíduos sólidos o primeiro passo para o projeto eficiente e seguro sanitariamente. De posse dos componentes do lixo, encontra-se a melhor solução para a sua destinação final. 15.1.2- Classificação dos resíduos sólidos Segundo a origem dos resíduos sólidos: 1- Residencial: chamado lixo domiciliar, é constituído de restos de alimentação, invólucros diversos, varredura, folhagem, ciscos e outros. 2- Comercial: proveniente de diversos estabelecimentos comerciais, como escritórios, lojas, hotéis, restaurantes, supermercados, quitandas e outros. O lixo comercial é constituído principalmente de papel, papelão, plásticos, caixas, restos de lavagem, etc. 3- Industrial: proveniente de diferentes áreas da indústria, e portanto, de constituição muito variada 65

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Sumidouros

Aula 15 A Noes sobre coleta e disposio de resduo slido

NOES SOBRE RESDUOS SLIDOS

15.1- Caracterizao

15.1.1- Introduo

Segundo a NBR-10004, resduos slidos so resduos nos estados slidos e semi-slidos, que resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio. Consideram-se tambm resduos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpo dgua, ou exijam para isso solues tcnicas e economicamente inviveis em face melhor tecnologia disponvel.

Uma definio mais especfica cita resduos slidos urbanos lixo, como todo o material resultante da atividade humana. O lixo, alm de apresentar uma composio heterognea, varivel em funo do clima, estaes do ano, hbitos da populao, etc. (ROCHA, A. A., 1980). Torna-se necessrio ento estudar individualmente, para cada cidade, o tipo de resduo produzido. Assim, entendemos ser a caracterizao dos resduos slidos o primeiro passo para o projeto eficiente e seguro sanitariamente. De posse dos componentes do lixo, encontra-se a melhor soluo para a sua destinao final.

15.1.2- Classificao dos resduos slidos

Segundo a origem dos resduos slidos:

1- Residencial: chamado lixo domiciliar, constitudo de restos de alimentao, invlucros diversos, varredura, folhagem, ciscos e outros.

2- Comercial: proveniente de diversos estabelecimentos comerciais, como escritrios, lojas, hotis, restaurantes, supermercados, quitandas e outros. O lixo comercial constitudo principalmente de papel, papelo, plsticos, caixas, restos de lavagem, etc.

3- Industrial: proveniente de diferentes reas da indstria, e portanto, de constituio muito variada

4- Hospitalar: constitudo de resduos das mais diferentes reas do estabelecimento: refeitrio e cozinha, rea de patognicos, administrao, limpeza e outros.

5- Feira, varrio e outros: provenientes da varrio regular de ruas, conservao da limpeza de ncleos comerciais, limpeza de feiras, constituindo-se de papis, cigarros, invlucros, restos de capinao, areia, ciscos e folhas.

Segundo o grau de biodegradabilidade dos resduos:

1- F.D : facilmente degradveis: matria orgnica.

2- M.D: moderadamente degradveis: papel, papelo e outros produtos celulsicos.

3- D.D: Dificilmente degradveis: trapo, couro, borracha e madeira.

4- N.D: No-degradveis: vidro, metal, plstico, pedras, terra e outros.

15.1.3- Caracterstica dos resduos slidos

O setor de limpeza pblica possui diversas atividades. Para organizar e planejar cada um delas, o encarregado desta tarefa deve, antes de tudo, conhecer a produo e as caractersticas dos resduos em questo.

Estas caractersticas so: volume, peso especfico, ndice de compactao, componentes principais, composio qumica, umidade e poder calorfico.

Sabendo-se o volume de lixo produzido pode-se prever o nmero de veculos coletores necessrio, sua capacidade e caracterstica, pessoal e servios de coleta de forma geral.

O peso especfico fundamental para o dimensionamento da frota de coleta, das estaes de transbordo e dos incineradores. Este parmetro varia inversamente com o padro de vida da populao. Uma populao de alta renda produz um lixo com alto teor de papis e plsticos e pouca matria orgnica. Este tipo de lixo possui um baixo peso especfico.

Com a composio qumica dimensionam-se os incineradores. Isto porque obtendo-se o teor de hidrognio, oxignio, carbono e enxofre, tem-se a quantidade terica de ar necessrio ao aquecimento e os detalhes das cmaras, dutos, pr-aquecimento e outros componentes.

E finalmente as composies fsicas, qualitativa e quantitativa ponto de partida para:

- Estudos do aproveitamento dos componentes principais do lixo: papel, sucata, vidro e trapos.

- A transformao em compostos ou utilizao da matria orgnica para raes de animais.

A Tabela 15.1 mostra as composies fsicas dos resduos slidos urbanos da cidade de So Carlos SP.

Estao sazonal IIIIVVVVMdia

final

Zona 12341234

Data 9

Ago.14

Jul.22

Jun.19

Mai.25

Nov.28

Out.10

Dez.1

Out.

Peso

Compon.%%%%%%%%%

Matria

orgnica52.256.055.761.760.751.756.059.756.7

Papel

28.724.216.314.522.526.322.415.521.3

Vidro

1.50.71.02.10. 51.20.81.31.4

Metal

4.74.75.84.74.16.45.17.35.4

Plstico

7.57.66.06.87.811.111.010.08.5

Trapo

1.94.35.54.72.22.52.73.33.4

Madeira,Couro e borracha 0.92.56.33.50.90.82.01.82.3

Inertes

2.6-3.42.01.3--1.11.3

TOTAL 100100100100100100100100100

Fonte: GOMES, L.P (1989).

15.1.4 Amostragem

O primeiro passo consiste em um estudo detalhado sobre o sistema de coleta de lixo da cidade em questo, a cidade por reas afins, levando-se em conta o nvel scio-econmico da populao e critrios de origem e produo de lixo.

Obtm-se como dados iniciais a freqncia e os horrios de coleta para cada um dos setores.

Outro parmetro importante na caracterizao dos resduos slidos so as variaes sazonais que ocorrem na regio.

A amostragem inicia pela escolha, aleatria, de um caminho de coleta de um determinado setor (os passos a seguir devem ser efetuados para cada setor).

O caminho descarrega o seu contedo em 4 montes aproximadamente iguais. Manualmente estes montes so resolvidos e misturados individualmente para posteriormente retirar-se, de cada um, 1 saco de resduos, com 100 kg.

Os sacos so despejados, em montes, sobre uma lona plstica. O contedo de cada monte misturado manualmente e separadamente. Depois estes so juntados dois a dois, aleatoriamente. Com isto temos, agora, dois montes aproximadamente 200 kg de lixo, cada. Fazemos o primeiro quarteamento e desprezamos duas quartas-partes de cada monte. Novamente cada monte misturado (cada um possui 100 kg de lixo) e o prximo passo realizarmos o segundo quarteamento dos mesmos. Outra vez sero desprezadas 2 quartas-partes, de cada monte, resultando 50 kg de material por monte.

A amostra de trabalho est neste mtodo de composio fsica e consistir na soma destes dois montes finais.

15.2- Aspectos epidemiolgicos

15.1- Introduo

O homem pode ser atingido pelos efeitos indesejveis do lixo como, Por exemplo, contaminao por agentes patognicos, intoxicao com resduos industriais, aspecto antiesttico, seja por contato direto ou indireto. No contato direto, existe constante intimidade do indivduo com o resduo slido devido, por exemplo, presena de animais, contaminao atmosfrica ou da gua, alimento, fatores scio-econmicos e populaes que vivem resolvendo os chamados lixes.

Quanto simples ameaa sade, o lixo parece no merecer destaque e, tem sido considerado apenas com maior nfase, os problemas estticos por ele causados. Os seres patognicos no sobrevivem, de um modo geral, no meio exterior e, particularmente no lixo, devido s altas temperaturas, decorrentes da decomposio biolgica, e ainda, ocorrncia de saprfitas, no constitui substrato favorvel ao seu desenvolvimento. Os trabalhadores da rea de coleta e processamento de lixo, no tem apresentado sintomatologia especial e, as perturbaes notadas so, em geral, devidas a esforos contnuos e posies viciosas. Portanto, o comprometimento da sade humana, decorrente, em maior grau, presena de organismos que vivem ou so atrados aos lixes.

Alguns compostos qumicos, eventualmente existentes no lixo, que foram utilizados pelo homem superfcie do solo e subsolo, como fertilizantes, adubos, defensivos agrcolas e outros, podem atingir guas superficiais usadas para recreao e abastecimento e chegar at o homem. Por outro lado, tambm a incinerao poder contaminar o ar e, conseqentemente, afetar a sade humana. H registro de crianas que morreram intoxicadas ao brincar em monturos de lixo, que continham recipientes de defensivos agrcolas.

Do exposto, verifica-se que grande nfase deve ser dada s doenas transmissveis pois, sendo o lixo constitudo de grande parcela de resduos de natureza biolgica como as fezes humanas e de outros animais, alm daqueles de origem vegetal, podem existir agentes responsveis por infeces, eventualmente transmitidas ao homem e a outros animais, que so os chamados vetores biolgicos, conforme mostra a Figura 15.2 a.

Figura 15.2 (a) Vias de acesso de agentes patognicos para o homem, propiciados pelo lixo.

O lixo, pode constituir ambiente ecolgico favorvel, a certos animais que se tornam veiculadores ou reservatrios de molstias. Dentre esses, podemos citar os ratos (roedores), as moscas, as baratas, os ces, os sunos e as aves.

15.3- Manejo de resduos

15.3.1- Varrio

Entende-se por varrio a atividade pela qual coleta-se, manual ou mecanicamente, o lixo disperso em logradouros pblicos.

A limpeza de ruas e logradouros pblicos a segunda atribuio dentro das atividades de limpeza pblica. Corresponde a 20% das despesas do setor por ela responsvel, ou seja, na maioria das vezes, ao setor de servios pblicos do Municpio.

So duas as atividades de manuteno de limpeza das ruas e logradouros pblicos: a varrio regular e a conservao de limpeza. Geralmente, as duas so realizadas conjuntamente.

Varrio regular

Existem dois tipos de varrio: a manual e a mecanizada. Para a grande maioria das cidades brasileiras o mtodo empregado a varrio manual.

A varrio manual apresenta as vantagens de varrer qualquer tipo de pavimentao e, ainda, poder trabalhar sobre os passeios. Possui um baixo investimento inicial e um pequeno custo de manuteno mecnica. A mo-de-obra empregada no tem necessidade de grande qualificao. Esta pode ser ainda, aproveitada para servios ocasionais como, limpeza de escolas, estdios ou logradouros e reas que serviram para festejos e aglomeraes populares.

As desvantagens so quase todas de origem social. Existe um constante encarecimento da mo-de-obra sobrecarregada pelos encargos sociais. Este servio apresenta uma elevada taxa de acidentes de trabalho e tambm um alto nmero de faltas e licenas por motivos de doenas. Ocorre uma alta rotatividade de mo-de-obra, o que dificulta os servios de escritrio.

Existem, ainda, problemas de ordem tcnica, como por exemplo, a dificuldade para uma remoo regular de terra, lama, areia, materiais estes que ficam aderidos s sarjetas. Este tipo de varrio possui um custo operacional maior que o mecanizado, j que engloba a varrio propriamente dita e os gastos com os caminhes de coleta que recolhem o material varrido. E, caso no ocorra uma constante fiscalizao, so muitos os gastos com os instrumentos de trabalho.

A varrio mecanizada apresenta tambm, vantagens e desvantagens. Como caso positivo encontramos uma maior eficincia na remoo de terra, lama e areia. A operao realizada em um perodo bem menor. mais econmica do ponto de vista de mo-de-obra, porque s necessita dos operadores das mquinas e dos operadores de manuteno.

Contudo este tipo de equipamento s opera com real eficincia em vias de pavimentao asfltica ou similar, em bom estado de conservao e em ruas em nvel ou de pequeno declive. A varrio mecanizada perturba mais o trfego que os carrinhos-de-mo. Ela no recolhe os materiais sobre os passeios. Outro problema que o setor a ser varrido deve possuir pontos para abastecimento de gua (gua para abater a poeira). E existe, ainda, a desvantagem quanto reposio de peas, onerosa assistncia tcnica e necessidade de mo-de-obra especializada para operar o equipamento.

Varrio mecanizada

A varrio mecanizada a varrio feita com o emprego de equipamentos mecnicos denominados varredeiras. So classificados segundo chassi em:

- Triciclo

- Normal (4 rodas)

As varredeiras com chassi triciclo so mais maleveis, trabalham em pequenas reas e conseguem limpar local de difcil acesso.

Outra classificao dada pelo sistema de recolhimento:

- Mecnicas

- Aspiradoras

O primeiro mais simples e de manuteno mais barata. Contudo, as varredeiras aspiradoras recolhem poeira e gua (desde que este material esteja sob o duto do aspirador) melhor que as mecnicas. Quando acompanhadas de um mangote, tem a possibilidade de aspirar detritos sobre o passeio e em bocas de lobo.

Varrio manual

Os parmetros que influem nesta atividade so vrios, entre eles podemos citar: a freqncia de servio, o estado da pavimentao, as caractersticas da rua (comercial ou residencial), o trfego de veculos e pedestres, a pavimentao das ruas transversais re o nmero de terrenos baldios.

Em funo destas variaes, calcula-se que um operrio varre, por hora, de 0,3 a 1,0 km.

Como este tipo de atividade envolve diversos equipamentos e um nmero considervel de pessoal, torna-se interessante e necessrio, a execuo de um projeto adequado.

Projeto de varrio

1- Levantamento de dados

- Delimitao da rea .

- Topografia local.

- Caractersticas das sarjetas, da pavimentao dos logradouros e dos passeios.

- Extenso das ruas.

- Existncia de canteiros centrais, escadarias, rampas e viadutos.

- Nmero e espcie de rvores.

- Sistema de iluminao.

- Urbanizao local (comercial, residencial, industrial).

- Existncia de vendedores ambulantes.

- Trfego de veculos e de pedestres.

- Eventuais caractersticas de estacionamento.

- Caractersticas sociais da populao (residente e circulante).

- Populao existente.

- Tendncias de crescimento populacional e das edificaes.

Um exemplo da coleta de dados apresentado na planilha 1.

Dimensionamento

Dados a serem obtidos:

- Medio da extenso total das ruas a serem varridas (em km).

- Medio das superfcies a serem varridas (km2).

- Determinao da concentrao de lixo ( o volume mdio de lixo varrido por unidade de comprimento de sarjeta, em L/m).

- Obteno da velocidade de varrio por determinao no campo ou graficamente (velocidade de varrio, m/h, versus concentrao de resduos, L/m)

Conservao da limpeza

Complementao do servio de varrio, destinado basicamente ao recolhimento de todos os detritos que no foram coletados durante a varrio.

Quando a varrio manual, a conservao realizada pelos prprios varredores. Ocorre apenas uma distino entre o equipamento de trabalho: vassouro na varrio e a vassourinha e pasinha na conservao.

O recipiente de coleta o mesmo carrinho de varrio, chamado Lutocar. Possui uma capacidade de aproximadamente 100 litros e geralmente forrado com saco plstico. Estes sacos so depositados em locais previamente determinados e posteriormente so recolhidos pelo caminho coletor.

PLANILHA 1

PLANILHA DE COLETA DE DADOS VARRIO

DATA______/_______/________ DIA DA SEMANA:____________________

PROJETO_____________________ RESPONSVEL_______________________

DADOS FSICOS

Logradouro:

Quadra observada:

X X

Calada Pedra portuguesa 1Estado da pavimentao

Boa5

Cimento2Poucos buracos6

Ladrilhos 3Muitos buracos7

Terra 4

Nmero de recuos por quadra9Largura da calada 10

Asfalto11Estado da pavimentaoBoa15

Paraleleppedo12Poucos buracos16

Cimento13Muitos buracos17

Pr-moldado14

Caixa da rua Corre gua na sarjeta SIM18NO19

Asfalto20Estado da pavimentaoBoa

Poucos buracos

Muitos buracos23

24

25

Paraleleppedo 21

Cimento22

Arborizao Nunguba 26Nmero de rvores34

Flamboyant27

Olitria28

Ip29

Cssia30Existncia :

Canteiros centrais

Escadarias

Rampas

Viadutos SIMNO

Sibiriruna313536

Oiti323738

____________333940

4142

Iluminao Boa ( ) 43 Regular ( ) 44 M ( ) 45

DADOS URBANSTICOS

Nmero de edifcios residenciais 46Tipo de comrcio

Nmero de casas residenciais 4752

Nmero estabelecimentos comerciais4853

Nmero de escolas 4954

Nmero de indstrias 50Tipo de indstria

Nmero de instituies pblicas 5155

56

57

DADOS LOCAIS

Nmero de vendedores ambulantes 58Nmero de coletores 59

Nmero de pedestres: num dado instante em quadra 60

Movimento de veculos na quadra/hora

Mdia 1. Med.Nmero de pistas 62

2. Med.Num. de faixas de rolamento / pista63

3. Med. Num. Veculos estacionados / quadra 64

61

Tipo de estacionamento 65

H movimento intenso de nibus SIM66NO 67

Existem falhas? SIM 68

NO 69Pavimentadas 70

Com rvores 71

Em terra 72

Continuao da planilha 1

DADOS SCIO-ECONMICOS

X X

Densidade populacional aproximada por quarteiro 73

Tipo de zona Residencial alta 74Tipo de

Populao circulante Residencial 80

Residencial mdia 75Comercial 81

Residencial baixa76Industrial 82

Comercial 77Obras 83

Industrial 78

Parque 79

Densidade de

Construo Alta 84EstadoAntigo87

Mdia 85Novo88

Baixa 86Em construo 89

PLANILHA 2

PLANILHA DE CLCULO DO TEMPO DE VARRIO

E VOLUME DE LIXO COLETADO

Projeto: Responsvel:

Rua QuadraCV/CC/TTV

Total:

C extenso da quadra (m) ...................C/T - velocidade de varrio (m/h)

T tempo (h)..........................................V/C - concentrao de resduos (L/m)

V volume de lixo (L)

PLANILHA 3

PLANILHA DE ROTEIROS

Projeto: Responsvel:

Roteiro: Folha: de:

TrechoExtenso Tempo (h)Volume (L)

TOTAIS:

Nmero de sacos de plsticos =

PLANILHA 4

PLANILHA DE DADOS OPERACIONAIS

Projeto: Responsvel:

Extenso Varrio

RoteiroHorrioFreqn-ciaNo. Tra-balhadorNo. de

LutocarNormalRepas. C/T V

TOTAL:

Servios complementares Abrangem as seguintes atividades:

- Lavagem de vias pblicas, locais de feiras, escadarias, etc.

- Capinao (manual ou qumica).

- Raspagem de material proveniente de alagamentos.

- Limpeza do sistema de captao de guas pluviais.

- Limpeza de monumentos, tneis, abrigo e outros.

A lavagem de vias pblicas vem sendo abandonada e substituda pela varrio mecnica. O primeiro mtodo apenas remove o material de um local e deposita em outro (boca de lobo, passeio, etc.). Outra razo o custo da gua. Assim a lavagem deve restringir-se a limpeza de escadarias, monumentos e outros.

Quando da limpeza de feiras, a lavagem deve ser complementada com a aplicao de desodorantes, principalmente nos locais de venda de frutos-do-mar.

- Preenchimento da planilha de clculos do tempo de varrio e volume de lixo coletado (Planilha 2).

- Estabelecimento de roteiros.

- Definio da freqncia de varrio.

- Dimensionamento das equipes.

- Especificao e dimensionamento de ferramentas e equipamentos.

- Preenchimento da planilha de roteiros (Planilha 3).

- Preenchimento da planilha de dados operacionais (Planilha 4).

- Clculo do consumo dirio de sacos plsticos.

Custos

- Determinao do custo dos sacos plsticos (CSP).

- Determinao dos custos diretos com pessoal (CDP).

- Determinao dos custos indiretos com pessoal (CIP).

- Determinao dos custos de materiais para manuteno (CMM).

- Determinao dos custos administrativos (CA).

- Determinao dos custos totais mensais (CTM).

CTM = CSP + CDP + CIP + CMM + CA

- Determinao do custo unitrio (C):

C = CTM / [(Extenso da via/ 2) x 26] ............(Cr$/km)

Obs: Considera-se que o ms tenha 26 dias de trabalho.

Outra funo complementar a de desinfeco, ou seja, livrar as vias pblicas de insetos, moscas e mosquitos. As galerias de guas pluviais so um excelente local para a procriao destes seres, sendo que o combate aos mesmos de grande simplicidade: uma colher de leo de lubrificante suficiente para formar uma pelcula numa rea de 10 m2 de gua parada, impedindo assim que as larvas respirem.

Como as ruas caladas com paraleleppedos esto sendo gradativamente substitudas por pavimentao asfltica, a capinao uma funo que se encontra em fase de extino. Atualmente ela ainda necessria em margens de canais, ptios e outros. executada com a aplicao de herbicidas especficas.

A limpeza de bocas de lobo tambm uma atividade de limpeza pblica. Esta deve fazer parte da rotina de trabalho deste rgo. Em zonas baixas, sujeitas a alagamentos, a limpeza deve ocorrer antes e depois da cada chuva, ou seja, a freqncia de trabalho deve ser mais intensa possvel. J em zonas altas, sem o problema de alagamentos, com pavimentao e pouco trnsito, os detritos so poucos, podendo ser realizada a limpeza duas vezes por ano, uma antes e a outra depois do perodo das chuvas.

15.3.2- Coleta

Introduo

A coleta a principal atribuio dentre as atividades de limpeza pblica. Esta atividade consome 50% das despesas de todo o setor.

Atravs de um projeto de coleta bem feito e com um bom gerenciamento eliminamos problemas de ordem social e sanitrio.

A falta de coleta de lixo implicar no descontentamento da populao e sanitariamente poder estar causando certos danos, como a transmisso de doenas. Outro fator importante, do ponto de vista social, o aspecto esttico e de conforto.

Tipos de coleta

So trs as formas de se coletar lixo urbano:

- Coleta regular: realizada pela municipalidade e corresponde remoo de lixo domiciliar, comercial e indstrias de pequeno porte.

- Coletas especiais: mediante escala ou a pedido, este tipo de coleta recolhe todo o resto de lixo produzido pela populao e que no foi removido na coleta regular. So resduos de varredura pblica, resduos hospitalares, restos de cemitrios, animais mortos, folhagens, mveis, entulhos e outros.

- Coleta realizada pelo prprio produtor: indstrias, obras de engenharia, parques e outros, produzem um volume excessivo de lixo. Estes devem responsabiliza-se pela sua remoo e disposio em local indicado pela prefeitura.

- Mtodos de coleta

Para escolher-se o mtodo de coleta devemos considerar trs fatores:

- Freqncia de coleta: funo da fermentao e putrefao dos resduos domiciliares. O intervalo entre coletas deve ser tal que no permite o desenvolvimento de odores e o aparecimento de moscas. Existem dois tipos de freqncia de coleta mais utilizados: a coleta diria e a coleta em dias alternados. Com o primeiro mtodo a coleta realizada nos dias teis da semana, folgando nos domingos e feriados. Deve-se ento prever um caminho com capacidade maior para as segundas-feiras, ou ento, aumento do nmero de viagens. A coleta em dias alternados implica em uma economia no transporte e mo-de-obra. Geralmente adota-se o sistema dirio nas zonas centrais e comerciais e outro no restante da cidade.

- Horrio de coleta: a coleta realizada tanto no turno diurno como no noturno. Deve-se apenas ter cuidado de informar-se a populao sobre os mesmos. Nas zonas de maior movimento interessante adotar-se a coleta noturna.

- Ponto de coleta: existem sistemas de coleta em que o recipiente colocado na calada para ser recolhido. o mais barato e de execuo mais simples e rpida. Outro mtodo o de troca dos recipientes cheios por outros vazios. Aqui deve se tomar providncias para a padronizao destes recipientes.

15.3.3- Acondicionamento de resduos

Para que os diferentes tipos de lixo possam ser coletados necessrio que se coloque este material em locais e recipientes adequados.

A forma de acondicionamento de resduos pode variar em funo de alguns fatores:

- caractersticas dos resduos.

- quantidade.

- localizao do domiclio.

- horrio e freqncia de coleta.

Existem quatro tipos de acondicionamento possveis de serem empregados para lixo urbano:

- vasilhame padro: para lixo proveniente de domiclio e de pequenos estabelecimentos comerciais. padronizado pela ABNT-PEB-558.

Especificaes tcnicas:

- Formato.

- Capacidade volumtrica.

- Peso.

- Estanqueidade.

- Tampa obrigatria.

- Alas.

- Material.

- recipiente hermtico: caracteriza-se pelo modo como a tampa se acopla e pelo sistema de basculamento a que se presta. Evita o desprendimento de poeira e o derramamento de lquidos. A sua utilizao aumenta o rendimento na coleta e facilita os trabalhos dos servidores.

- sacos descartveis: apesar do maior custo, este tipo de acondicionamento o mais empregado. Ele traz diversas vantagens para a dona-de-casa.

A norma brasileira da ABNT, NBR-9190, de dezembro de 1985, classifica os sacos plsticos para acondicionamento de lixo. Quanto capacidade e classificao para comercializao, a norma diz:

-Lixo tipo I (lixo domiciliar)

1- Lixo solto, exceto de restaurantes:

Classe Dimenses planasClassificao para comercializao

Largura (m) Altura (m)

A0.390.58Pequeno

B0.590.62Mdio

C0.630.80Gigante

D0.751.05Gigante 1

E0.920.90Gigante 2

2- Lixo compacto e lixo solto de restaurantes:

Classe Dimenses planasClassificao para comercializao

Largura (m) Altura (m)

F0.651.00COMPACTADO

E

RESTAURANTE

G0.801.00

H0.920.90

I1.151.15

J0.70(A)

L0.75(A)

M0.85(A)

(A): Comercializado em bobinas.

- Lixo tipo II (lixo especial):

1- Lixo solto

Classe Dimenses planasClassificao para comercializao

Largura (m) Altura (m)

A0.390.58COLETA

ESPECIAL

B0.590.62

C0.630.80

D0.751.05

E0.920.90

Existem dois pontos importantes a serem pensados no que se refere utilizao de sacos plsticos. O primeiro sobre a sua incinerao. A norma da ABNT exige somente o uso de polietileno. Este formado por carbono, hidrognio e oxignio e, ao ser incinerado, d origem apenas a gs carbnico e gua.

Se o saco de PVC, cloreto de polivinil, este contm cloro, que, na hiptese de uma combusto incompleta, com a possibilidade de uma umidade considervel no ar, poder originar cido clordrico.

O segundo ponto o grau de biodegradabilidade dos sacos plsticos. Realmente este material no biodegradvel, mas importante lembrar que isto no um ponto crucial no processo, j que o lixo no ser espalhado em solos para culturas, mas sim, ser confinado em aterros, incinerados ou reciclados.

O vidro e os metais tambm no so biodegradveis e assim mesmo estes componentes no so de todo inconvenientes nos processos de destinao final. Outro aspecto a salientar que o polietileno em contato com a luz solar acaba partindo-se, quebrando-se e reduzindo-se a partculas.

- Containers: o lixo acondicionado por dispositivos compactadores, podendo ser descarregados sobre chassis e basculados nos pontos de destino final por equipamento hidrulico ou pneumtico. Tem uma grande capacidade de resduos. Este tipo de acondicionador simplifica o servio, diminuindo o tempo de coleta. Tambm tem a vantagem de poupar a guarnio, evita o derramamento de resduos e reduz o custo operacional.

- Containers basculveis: obrigatrio para todo o estabelecimento que produza mais o que um metro cbico de resduos por dia de remoo. So os nicos vasilhames na coleta regular. O containers adaptado ao caminho coletor pelo dispositivo basculante; isto implica, ento em uma padronizao da frota com os tipos de containers.

- Containers intercambiveis: destinam-se ao acondicionamento e coleta de lixo gerado por grandes produtores, isto , 5 m3/dia ou mais.

Coleta regular

- Tipo de caamba coletora

1- Simples (ou convencional, ou ba, ou gaveta):

- Capacidade mxima: 15 m3.

- Altura limite: 1,70 m.

2- Compactadoras (ou especiais):

Encontra-se em trs modelos, no Brasil: Colecon, Kuka e Load-Packer (Garwood) ou Sita 6 000 (PPT). O primeiro tipo o mais barato, mas o que apresenta a menor eficincia. Existem problemas de segurana para os empregados, j que a coleta efetuada pelas laterais e, assim sendo, o pessoal trabalha na via pblica. Outro problema que a abertura para carregamento do veculo muito alta, estando a 1,60 m do solo.

A caamba Kuka mais cara, mas esta apresenta um grande rendimento na coleta. Seu sistema consiste em compactar o lixo atravs da rotao da prpria caamba em torno do seu eixo. O carregamento dos resduos feito pela parte traseira do veculo. A altura desta abertura de 1,00 a 1,20 m.

O ltimo tipo de caamba tambm possui carregamento traseiro e com abertura de 1,00 m a 1,20 m do solo. O material gradativamente empurrado para o fundo do compartimento, de modo que a compactao contnua.

- Caractersticas aconselhveis

- Altura da abertura: aproximadamente 1,0 m.

- Abertura de carregamento: ampla.

- Carregamento: traseiro.

- Carregamento e compactao: contnuos.

- Local adequado para transporte dos operrios em trajetos longos.

- Guarnio: 3 ajudantes por caamba especial.

4 ajudantes por caamba simples.

Projeto de coleta de lixo domiciliar

- Levantamento de dados.

- Volume de lixo dirio (em funo de amostragem prvia).

- Distncia e tempo dispendido na coleta (em funo de amostragem prvia).

- Anlise da topografia local.

- Anlise do sistema virio existente.

- Peso especfico aparente do lixo domiciliar.

- Tipo de zonas de ocupao (residencial, comercial, industrial e mista).

- Caracterizao qualitativa do lixo produzido.

- Locais de destinao final e/ou estaes de transbordo do lixo.

- Velocidade de coleta (km/h, kg/h ou m3/h).

- Localizao dos grandes centros produtores de lixo.

- Determinao da capacidade das caambas coletoras por setores de coleta de lixo.

- Dimensionamento.

- Dividir o municpio em setores, de forma que cada um fornea a carga de material suficiente para complementar a viagem do caminho coletor.

- Determinar os roteiros de viagens para cada setor.

Alguns pontos a considerar:

- Dimensionar em funo de 8 horas de trabalho para dias normais.

- Manter 5% da frota para casos de emergncia.

- Considerar que 10% da frota estar sofrendo servios de manuteno preventiva e de reparos.

- Na elaborao dos roteiros de viagens, procurar:

1) Duplicar a passagens nas ruas de trnsito intenso para evitar que os operrios as cruzem.

2) Concluir o percurso nos pontos prximos ao local de destino final, para assim diminuir o trfego com o caminho cheio.

3) Realizar a coleta no sentido descendente das vias ngremes para poupar o veculo e diminuir o esforo fsico dos operrios.

Homem

Via direta

Vias indiretas

LIXO

AR

SOLO

GUA

MOSCAS

MOSQUITOS

BARATAS

ROEDORES

SUNOS

AVES

CES

FONTES PRIMRIAS

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