Aula0 Portugues TE ISS CUIABA 78742

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Aula 0 – Demonstrativa - curso de teoria e exercícios de Língua Portuguesa, queestá baseado no conteúdo programático constante no EDITAL N° 01, DE 02DE OUTUBRO DE 2014, e traz aquilo que de mais relevante vem aparecendonas provas elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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    Prezado amigo concurseiro,

    Voc j leu o edital do novo concurso para Auditor-Fiscal

    Tributrio da Receita Municipal de Cuiab, no mesmo? So 20 vagas

    para preenchimento imediato. Tambm j deve ter visto a atraente

    remunerao inicial. No vou nem mencionar a estabilidade e os benefcios da

    carreira. Portanto acho que voc no precisa de mais incentivos para comear

    a estudar, certo?

    Para ajud-lo a superar a concorrncia, a equipe do Ponto e eu

    preparamos este curso de teoria e exerccios de Lngua Portuguesa, que

    est baseado no contedo programtico constante no EDITAL N 01, DE 02

    DE OUTUBRO DE 2014, e traz aquilo que de mais relevante vem aparecendo

    nas provas elaboradas pela Fundao Getlio Vargas (FGV).

    Convm lembrar a voc que esta disciplina a mais importante

    do grupo Prova I, o qual ter 12 questes de portugus.

    Saiba o que iremos estudar juntos neste curso:

    Aula Contedo

    0 Apresentao. Pronomes: emprego, formas de tratamento e

    colocao.

    1

    Verbos: emprego de tempos e modos, flexes de gnero

    nmero e voz; correlao, classificao e conjugaes

    importantes. Advrbios: classificao e emprego.

    2 Morfossintaxe dos termos da orao.

    3 Oraes coordenadas e subordinadas. Emprego de conjunes.

    4 Pontuao. Regncia verbal e nominal. Ocorrncias de crase.

    5 Concordncia (casos de flexo verbal e nominal).

    6 Ortografia oficial. Acentuao grfica.

    7 Compreenso e interpretao de textos:

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    Significao contextual de palavras e expresses;

    Leitura e anlise de textos;

    Articulao do texto: processos de coeso e coerncia;

    Variao lingustica;

    Equivalncia e transformao de estruturas.

    8 Tipologia textual.

    Agora que voc j tomou conhecimento das informaes

    preliminares sobre o que mais lhe interessa, permita-me uma breve

    apresentao.

    Sou o professor Albert Iglsia, formado em Letras

    (Portugus/Literatura) pela Universidade de Braslia (UnB) e ps-graduado em

    Lngua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exrcito

    Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. H treze anos

    ministro aulas de Lngua Portuguesa voltadas para concursos pblicos. Iniciei

    minhas atividades docentes no Rio de Janeiro meu estado de origem.

    Atualmente moro em Braslia, onde dou aulas de gramtica, interpretao de

    texto e redao oficial em cursos preparatrios e colgios. Durante quase seis

    anos trabalhei na Casa Civil da Presidncia da Repblica, onde atuei no setor

    de capacitao de servidores e ministrei cursos de atualizao gramatical e

    redao oficial. J integrei o quadro de instrutores da Esaf e de outras

    instituies particulares. No Ponto dos Concursos, j participei de vrios

    trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ, ICMS-SP, CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCU

    TCM-CE, MinC, MPOG, DPU, MPU, Seplag-RJ, Tribunais (FCC), TJSP, Abin,

    Senado Federal, Cmara dos Deputados, Ministrio do Turismo, INSS, Inmetro,

    TRT-21 Regio, TRT-12 Regio, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, STF,

    Bacen, CEF, Banco do Brasil... A lista extensa. Tambm integro a equipe de

    Apresentao do Professor

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    professores que assessoram os candidatos na elaborao de recursos (Ponto

    Recursos) e nas aulas de discursivas (Ponto Discursivas).

    Meu endereo eletrnico [email protected].

    Sempre que precisar, faa contato comigo. Mas lembre-se de que dvidas,

    crticas, sugestes e elogios (muitos, por favor!!!) sobre este curso devem ser

    direcionados ao frum de cada aula.

    Para voc refletir: O pessimista v dificuldade em cada

    oportunidade; o otimista v oportunidade em cada dificuldade

    (Winston Churchill).

    Agora que voc j sabe com quem estudar e o que o espera pela

    frente, que tal falarmos um pouco mais sobre o curso que estou lhe

    propondo?

    Ele composto por nove aulas (incluindo esta, que a

    demonstrativa). Elas sero ministradas com base no contedo descrito no

    edital. Tero, aproximadamente, 50 pginas e 30 exerccios

    comentados, todos extrados de provas de concursos. Prioritariamente,

    trabalharei com questes da prpria banca examinadora, mas poderei

    inserir exerccios de outras instituies para corroborar sua

    aprendizagem.

    Ao finalizarmos este curso, teremos resolvido cerca de 270

    questes. Multiplique esse nmero pela quantidade de alternativas e veja

    quantos itens teremos analisados neste curso. Tenha certeza de que faremos

    um trabalho focado nos aspectos mais importantes de cada assunto do

    programa.

    Reproduzirei os textos e os itens (ser respeitada a grafia original

    dos enunciados e das alternativas). Ocorrendo a abordagem de assuntos

    diversos em uma mesma questo, as alternativas sero tratadas

    separadamente conforme cada caso especfico (poder haver ligeiras

    O Curso que Proponho

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    adaptaes). Assim, poderei utilizar um mesmo texto (ou fragmento dele)

    para apresentar as diversas assertivas. Portanto no estranhe se isso

    acontecer. O procedimento puramente didtico.

    Outro esclarecimento que preciso fazer desde j sobre a forma

    como conduziremos nossos estudos. Este no um curso s de resoluo

    de exerccios. Significa dizer que tambm nos ocuparemos com os

    aspectos tericos sobre os itens do programa, sem prejuzo das

    resolues das questes de provas anteriores.

    Logo a seguir, falarei sobre os pronomes (emprego, formas de

    tratamento e colocao). Acredito que voc obter uma noo de como as

    informaes sero transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da

    linguagem que usarei em nossos prximos encontros.

    Na parte final do material, os exerccios resolvidos durante a

    aula encontram-se listados sem os respectivos comentrios, para

    proporcionar a voc a reviso do contedo estudado comigo. Na sequncia,

    h o gabarito deles. Ser assim em cada aula.

    Espero que aproveite cada questo e cada comentrio da melhor

    forma possvel. Peo que interaja comigo por meio de mensagens eletrnicas

    no frum de discusso. A sua participao fundamental para a eficcia do

    curso.

    Agora, vamos ao que mais interessa, pois a prova j tem data

    marcada (13 e 14 de dezembro) e existe muita gente estudando enquanto

    ns estamos aqui conversando.

    Estude tudo com bastante empenho, pois nesta aula h um

    simulado para voc avaliar o que foi capaz de reter depois da leitura das

    minhas explicaes iniciais.

    Eis uma breve exposio sobre a classificao deles.

    Pronomes (Emprego, Formas de Tratamento e Colocao)

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    Pronome

    Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o

    acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu

    significado. Existem seis classes de pronomes:

    pessoal

    Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no

    plural): 1 pessoa: quem fala; 2 pessoa: com quem se fala;

    3 pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, ns, vs, eles, elas (do

    caso reto). Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as (do caso

    oblquo tono). Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco

    (do caso oblquo tnico). Tambm so pessoais os pronomes de

    tratamento: voc, senhor, senhora, vossa senhoria, vossa

    excelncia, etc.

    possessivo

    Refere-se s pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de

    algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos,

    nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas,

    seu, sua, seus, suas.

    demonstrativo

    Indica a posio dos seres em relao s pessoas do discurso,

    situando-os no tempo e no espao.

    1. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.

    2. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.

    3. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

    relativo

    aquele que, em uma orao, se refere a um termo constante

    em orao anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avio

    que chegou estava danificado. So pronomes relativos: que,

    quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual,

    os quais, as quais.

    indefinido

    Refere-se terceira pessoa do discurso num sentido vago ou

    exprimindo quantidade indeterminada. Exemplos: Quem

    espera sempre alcana. Alguns podem flexionar-se em gnero e

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    nmero. So pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum,

    nenhuns, qualquer, quaisquer, ningum, todo, tudo, nada,

    algo etc.

    interrogativo aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta:

    que, quem, qual, quanto.

    1. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) Atinge toda a

    regio e a si mesmo, pois o Equador credor no mbito do CCR, e a

    efetiva realizao da ameaa de no honrar compromisso assumido o

    impedir de receber aquilo que lhe devido.

    No trecho acima h:

    (A) oito pronomes.

    (B) sete pronomes.

    (C) seis pronomes.

    (D) cinco pronomes.

    (E) quatro pronomes.

    Comentrio Vamos identificar cada pronome:

    1 - toda: pronome indefinido;

    2 si: pronome pessoal do caso oblquo tnico;

    3 o: pronome pessoal do caso oblquo tono;

    4 aquilo: pronome demonstrativo;

    5 que: pronome relativo;

    6 lhe: pronome pessoal do caso oblquo tono.

    Resposta C

    2. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIRIO adaptada) Voto consciente

    aquele em que o cidado pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas

    histrias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais so

    coerentes com as prticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81)

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    A respeito do perodo acima, analise a afirmativa a seguir:

    H dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.

    Comentrio A afirmativa est correta. Os pronomes substantivos, que

    substituem o substantivo (numa linguagem mais clara: que no vm ao lado

    do substantivo), so: aquele (demonstrativo) e que (relativo). Os

    pronomes adjetivos, que vm ao lado do substantivo, so: suas (possessivo;

    ao lado do substantivo histrias) e seus (possessivo; ao lado do

    substantivo partidos).

    Resposta Item certo.

    EMPREGO DE PRONOMES

    Diferenas quanto ao emprego dos pronomes pessoais do caso reto e do

    caso oblquo:

    a) Ele virou ela. Na funo de sujeito e de predicativo, o pronome

    pessoal utilizado ser, via de regra, do caso reto.

    b) Quero falar com ele.

    Sou til a ele.

    Vi-o na rua.

    Sero empregados os do caso oblquo nas demais funes sintticas

    (complemento verbal, complemento nominal etc.).

    Atente para o fato de que esses pronomes so frequentemente utilizados

    para promover a coeso e a coerncia textual.

    c) Eu contei a ti o que acontecera.

    Voc ter de viajar com ns dois.

    Voc ter de viajar conosco. (= com + ns)

    Os pronomes oblquos tnicos so precedidos de preposio. Usa-se com

    ns ou com vs quando tais expresses vm acompanhadas de elementos de

    realce, numeral, pronome ou orao adjetiva.

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    CUIDADO! No v sem eu saber. / Todos saram, exceto eu (sa).

    Mesmo diante de preposio, o pronome pessoal do caso reto ser empregado

    quando for sujeito de verbo, ainda que este esteja elptico.

    d) Maria fez aniversrio. Pedro deu-lhe um presente. (deu = VTDI; um

    presente = OD)

    Maria fez aniversrio. Pedro a presenteou. (presenteou = VTD)

    Como complementos verbais, O(S) e A(S) desempenham funo de

    objeto direto; LHE(S), de objeto indireto.

    ATENO! O pronome oblquo LHE pode equivaler-se a um possessivo, caso

    em que transmitir noo de posse: Pediu-lhe os brinquedos emprestados. /

    Pediu os seus brinquedos emprestados / Pediu os brinquedos dele

    emprestados.

    e) Mandei-o sair da sala.

    Fiz-lhes ver que estavam errados.

    Em construes cujo verbo principal causativo (mandar, deixar, fazer)

    ou sensitivos (ver, ouvir, sentir), O(S) e A(S) desempenham funo de sujeito

    do verbo (infinitivo) da orao subordinada.

    CUIDADO! LHE(S) s poder ser sujeito de verbo infinitivo transitivo direto.

    Mandei-lhe sair da sala seria uma construo errada, j que sair tem

    regncia intransitiva.

    3. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Analise o fragmento a

    seguir.

    Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos

    norte-americanos causa admirao e espanto aos brasileiros,

    acostumados a violar e a ver violadas as prprias instituies.

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    Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituio dos

    trechos sublinhados nas quais se preserva a correo estabelecida pela

    norma gramatical.

    (A) Causa-lhe admirao e espanto / a v-la violadas.

    (B) Causa-os admirao e espanto / a ver-lhes violadas.

    (C) Causa-los admirao e espanto / a ver-lhe violadas.

    (D) Causa-os admirao e espanto / a v-as violadas.

    (E) Causa-lhes admirao e espanto / a v-las violadas.

    Comentrio O verbo causar possui dois complementos: admirao e

    espanto (objeto direto) e aos brasileiros (objeto indireto). O primeiro pode

    ser substitudo pelo pronome oblquo tono os (a forma los s se justifica

    diante de verbos terminados por R, S ou Z: causar + os = caus-los); o

    segundo, por lhes. O examinador optou por repetir o primeiro complemento

    (objeto direto) e substituir o segundo (objeto indireto): Causa-lhes admirao

    e espanto.

    Em seguida, temos que analisar o regime do verbo ver. Ele

    transitivo direto, exige complemento sem preposio (objeto direto), que foi

    representado pela expresso as prprias instituies. Esse complemento

    pode ser substitudo pelo pronome oblquo tono as, que assume a forma las

    porque o verbo termina em R: ver + as = v-las.

    Resposta E

    Pronomes possessivos

    Referem-se s pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de

    algo. Concordam em gnero e nmero com a coisa possuda.

    Ex.: Eu trouxe meu caderno.

    Tu trouxeste tuas canetas.

    Primeira pessoa Meu(s), minha(s), nosso(s),

    nossa(s)

    Segunda pessoa Teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s)

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    Terceira pessoa Seu(s), sua(s)

    Pronomes demonstrativos

    Indicam a posio dos seres em relao s pessoas do discurso,

    situando-os no tempo e no espao.

    Pronomes Tempo Espao

    Este (s), esta (s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala

    Esse (s), essa (s), isso Passado prximo Perto da pessoa com

    quem se fala

    Aquele (s), aquela (s),

    aquilo Passado longnquo

    Longe de quem fala e da

    pessoa com quem se fala

    Ex.: Nestas ltimas horas tenho aprendido muito.

    Este rapaz ao meu lado meu amigo.

    Essas horas que passamos na praia foram muito agradveis.

    O que isso a do teu lado?

    Naquela poca, a vida era melhor.

    O que aquilo atrs do carro?

    4. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) Assinale a alternativa em

    que o pronome demonstrativo sublinhado foi empregado por referir-se a

    um momento distante no tempo.

    (A) "E, para alm da nostalgia de uma infncia em meio aos livros e cultura

    dentro da Franco Giglio, aquela biblioteca, assim como imagino que outras

    pela cidade, marcaram infncias, proporcionaram outras leituras do

    mundo..."

    (B) "...a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa paixo pelos

    livros a muitas outras crianas! "

    (C) "Nessa rua brincvamos com os vizinhos, corramos e apertvamos

    campainhas"

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    (D) "Mas a vocao de encontro e de lazer desses espaos pblicos jamais

    deve ser perdida"

    Comentrio difcil errar uma questo como essa depois de ter estudado

    com ateno a tabela acima. O examinador quer uma indicao de momento

    distante no tempo (grifo meu). Vai me dizer que voc confundiu passado

    prximo com passado longnquo (= distante)?

    Resposta A

    A GRATIDO

    Desta vez, trago-vos algumas histrias e fico grato pelo

    tempo que possa ser dispensado sua leitura. Falam-nos de

    gratido e podero fazer-nos pensar no quanto a gratido far,

    ou no, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis

    extrair a moral da histria.

    [...]

    (Jos Pacheco, Dicionrio de valores)

    5. (FGV/2014/Funarte/Assistente Administrativo) A primeira frase do texto

    emprega a expresso Desta vez; a forma esta do pronome

    demonstrativo se justifica porque:

    a) se refere a um local prximo ao enunciador;

    b) se liga a um termo referido anteriormente;

    c) se prende ao ltimo termo de uma enumerao;

    d) alude a um momento presente;

    e) antecipa um termo do futuro do texto.

    Comentrio O enunciador alude a um momento atual em relao sua fala.

    Resposta D

    Casos Especiais (empregados como elementos de coeso)

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    a) Meu argumento este: no h democracia sem justia. (Este e isto:

    empregados quando ainda vai ser feita a referncia; promove a coeso

    textual conhecida como catafrica.).

    No h democracia sem justia. Esse meu argumento. (Esse e isso:

    empregado quando j foi feita a referncia; promove a coeso textual

    conhecida como anafrica).

    A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de So Paulo.

    S este ano, j foram registrados cerca de 15 mil casos da doena,

    segundo dados da Prefeitura.

    As subprefeituras e a Vigilncia Sanitria dizem que existe um

    protocolo para identificar os focos de reproduo do mosquito

    transmissor, depois que uma pessoa infectada. Mas quando algum

    fica doente e avisa as autoridades, no bem isso que acontece.

    (Sade Uol)

    6. (FGV/2014/Prefeitura de Osasco-SP adaptada) O texto emprega a forma

    do demonstrativo este em S este ano... com finalidade semelhante

    em

    a) Estas vacinas so eficientes.

    b) Este casaco que visto protege do frio.

    c) Joo e Maria vieram, mas esta chegou de txi.

    d) Este o resultado a que cheguei.

    e) Este momento me traz preocupaes.

    Comentrio importante perceber que a finalidade do emprego do

    demonstrativo este em S este ano... marcar o perodo atual de tempo,

    concomitante ao discurso do enunciador. Isso s ocorre na ltima alternativa.

    Nas demais, o pronome foi empregado por motivos diferentes. Em A, B e D,

    faz-se aluso a seres do discurso em relao posio do enunciador. No tem

    nada a ver com a sugesto de tempo atual. Em C, o pronome foi usado como

    elemento anafrico (retoma Maria) para distinguir quem chegou de txi.

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    Resposta E

    b) Comprei uma moto e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmo;

    aquela, para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar

    elementos j citados e desfazer possveis ambiguidades quanto

    compreenso do enunciado. Este diz respeito ao ltimo termo; aquele,

    ao primeiro.)

    7. (FGV/2014/BNB/Analista Bancrio) Na frase Foi melanclico o 1 de Maio

    deste ano, o emprego do demonstrativo este se justifica pela mesma

    razo que na seguinte frase:

    a) Joo e Mrio partiram, mas s este foi de nibus;

    b) No me venha com este pedido de novo;

    c) Passo por este momento com muita revolta;

    d) Este o meu e esse o seu!

    e) Este livro no me pertence.

    Comentrio Pode parecer incrvel, mas isto mesmo: as questes acabam

    se repetindo. Mesmo com outros elementos, a essncia a mesma! Compare

    com a questo anterior. Aqui, o pronome este tambm foi usado para marcar

    o perodo atual de tempo, concomitante ao discurso do enunciador. Isso s

    repete na terceira alternativa.

    Resposta C

    c) O que ele disse era verdade.

    Passar a que for mais capacitada. a(s) e o(s) diante de que (pronome

    relativo) e de preposio sero pronomes demonstrativos,

    equivalendo-se a aquela(s), aquele(s), aquilo)

    Cunha e Cintra (Nova gramtica do portugus

    contemporneo, 2008, pgs. 354-5) ensinam que o demonstrativo O (e suas

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    variaes) pode ser empregado diante de uma orao ou, mais raramente, por

    uma expresso adjetiva, e do o seguinte exemplo:

    Ingrata para os da terra,

    boa para os que no so.

    (C. Pena Filho)

    8. (FGV/POTIGAS/CONTADOR/2006) A diplomacia exatamente isto: a arte

    de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender

    interesses e estabelecer limites, construir respeito recproco e negociar

    parcerias.

    O pronome destacado no trecho acima exerce funo:

    (A) anafrica.

    (B) ditica.

    (C) epanafrica.

    (D) catafrica.

    (E) dctica.

    Comentrio Como o pronome isto antecipa o que ser dito, sua funo

    catafrica.

    Funo ditica (ou dctica, tanto faz) aquela que faz

    referncia exofrica1 (traz algo de fora para dentro do texto), sendo

    responsvel por situar algo no tempo ou no espao. Exemplo: Esse rapaz

    meu amigo. Eu estou falando de que rapaz? Do que est prximo a mim ou de

    outra pessoa, ou do que est em outro lugar? Alm disso, h diferenas no

    emprego de esse, este e aquele. Repare:

    - Esta minha me. (ela est proximo a mim)

    - Essa minha me. (ela est prxima pessoa com quem

    falo)

    - Aquela minha me. (agora ela est distante de ns dois)

    1 Ao contrrio, a funo endofrica faz referncia a termos que esto dentro do prprio texto.

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    Como voc pode notar, a referncia espacial indicada pelos

    pronomes em cada uma das frases diferente.

    Outro exemplo comum ocorre com o uso de advrbios:

    Hoje estou escrevendo esta aula.

    Voc precisa agora saber em que dia o locutor

    pronunciou/escreveu essa frase para situar no tempo a correta referncia do

    advrbio Hoje.

    E o que funo epanafrica? Na verdade no temos uma

    funo propriamente dita, mas sim uma figura de linguagem que se constitui

    na repetio de palavras, semelhante anfora. Esse tipo de figura pode

    surgir com outros nomes: epanadiplose, epanalepse, epanastrofe, epnodo (

    mole ou quer mais?!) Todas so tipos de repetio de palavras, quer no incio,

    quer no fim das frases.

    Resposta D

    9. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2008) No trecho O avano deste no

    acarreta necessariamente impacto positivo daquela, os pronomes

    demonstrativos exercem, respectivamente, funo:

    (A) anafrica e catafrica.

    (B) catafrica e catafrica.

    (C) anafrica e anafrica.

    (D) catafrica e anafrica.

    (E) ditica e ditica.

    Comentrio Bem, depois da explicao anterior, ficou fcil assinalar a

    alternativa correta, no mesmo? Os pronomes este e aquele retomam o

    que foi dito anteriormente. O demonstrativo este se refere ao que foi

    mencionado primeiro; aquele retoma o que foi dito por ltimo. Portanto os

    dois cumprem funes anafricas.

    Resposta C

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    10. (FGV/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2008) Mas a co-relao de foras no

    lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos

    bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em

    que o desenvolvimento do comrcio seja articulado ao equilbrio social e

    ambiental.

    Os pronomes grifados no trecho acima tm, respectivamente, valor:

    (A) catafrico e catafrico.

    (B) anafrico e anafrico.

    (C) ditico e ditico.

    (D) anafrico e catafrico.

    (E) catafrico e anafrico.

    Comentrio De novo! O demonstrativo essa faz referncia a ideia de

    estagnao declarada no segmento anterior. Semelhantemente, o pronome

    isso tambm retoma uma ideia anterior: o retorno dos acordos bilaterais ou

    regionais. Ambos, portanto, tm valor anafrico.

    Resposta B

    11. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) A energia nuclear pode ser

    empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela investigada,

    apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. No vale

    por si mesma, do ponto de vista tico. Pode valer pela sua eventual

    utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado

    bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.

    Considerando as estratgias de referenciao no trecho acima, assinale a

    alternativa cujo pronome no se refere expresso energia nuclear:

    (A) ela.

    (B) lhe.

    (C) si.

    (D) sua.

    (E) que.

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    Comentrio De fato, o pronome relativo que o nico que no retoma a

    expresso energia nuclear. Ele substitui a expresso fins humanos, seu

    antecedente.

    Resposta E

    12. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIRIO/2011 adaptada) Essa uma forma

    de contribuir para aumentar a conscincia poltica e a qualidade do voto

    dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

    (L.54-57)

    A respeito do perodo acima e sua relao com o texto, analise a

    afirmativa a seguir:

    O pronome Essa tem valor anafrico.

    Comentrio Para responder corretamente questo, basta voc ler tambm

    o perodo anterior ao que foi apresentado pela banca examinadora:

    importante desmistificar a ideia de que poltica uma sujeira

    s e sem utilidade. Essa uma forma de contribuir para

    aumentar a conscincia poltica e a qualidade do voto dentro de

    toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

    Pronto, assim ficou melhor, no mesmo? Notoriamente, o

    pronome Essa retoma a ideia contida no perodo importante desmistificar

    a ideia de que poltica uma sujeira s e sem utilidade, configurando mais

    um caso de coeso anafrica.

    Resposta Item certo.

    13. (FGV/TRE-PA/TCNICO JUDICIRIO/2011 adaptada) O Fundo Partidrio

    ser, em 2011, de R$ 301 milhes. Isso porque foi aprovado a nove dias

    do fim do ano o reforo de R$ 100 milhes. Desse valor, R$ 265 milhes

    so oriundos do Oramento da Unio e R$ 36 milhes referentes

    arrecadao de multas previstas na legislao eleitoral. Mas, afinal, qual a

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    razo para se aumentar de forma to extraordinria a dotao dos

    partidos? Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dvidas de

    campanha. (L.1-10)

    A respeito do trecho acima, analise a afirmativa a seguir:

    No segundo perodo, o pronome Isso tem valor anafrico.

    Comentrio Eu imagino que este tipo de questo j est manjado, no

    verdade? Mas toda esta repetio serve para ressaltar o quanto frequente

    nas provas da FGV a explorao dos pronomes demonstrativos como

    elementos de coeso, sobretudo os processos anafricos e catafricos.

    O pronome Isso, no segundo perodo do texto, de fato

    retoma a ideia contida no primeiro perodo.

    Resposta Item certo.

    Pronomes indefinidos

    So os que tm sentido vago, impreciso, indeterminado.

    Casos Particulares

    Pronomes relativos

    a) Eis os velhos amigos de que lhe falhei.

    Eis o instrumento de que lhe falei.

    O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para substituir

    coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposies com duas ou mais

    slabas e dispensa sem e sob.

    Lembre-se de que para ser conjuno integrante, esse vocbulo

    deve unir uma orao subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto

    indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) sua principal.

    Considere este fragmento: ...eles explicam que tipo de rodovia cada uma .,

    em que a orao sublinhada objeto direto da forma verbal explicam e o

    que no pronome relativo.

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    b) A casa onde morei era muito antiga. (certo)

    A reunio onde estvamos acabou tarde. (errado)

    ONDE usado restritivamente em referncia a lugar.

    A escola onde estudo foi fechada.

    A escola aonde vais muito longe.

    A escola donde vens muito longe.

    ONDE pronome relativo quando substitui um termo antecedente,

    como no primeiro exemplo (onde = escola). No deve ser confundido com

    onde = advrbio interrogativo: Onde voc estuda?. Observe que agora o

    vocbulo onde no substitui nenhum termo anterior, apenas introduz uma

    pergunta que exprime a ideia de lugar.

    Usaremos aonde (contrao de a + onde) quando o verbo que

    surgir aps esse pronome relativo exprimir ideia de movimento e exigir a

    preposio a. Se o verbo indicativo de movimento reger preposio de,

    usaremos donde (contrao de de + onde).

    Ressalto que o verbo seguinte deve indicar movimento e no

    permanncia (como no primeiro exemplo). Com verbos estticos, que

    exprimem permanncia, a preposio empregada ser em. Na Lngua

    Portuguesa no existe nonde, isto , a suposta contrao de em + onde.

    14. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) Assinale a alternativa em

    que o pronome relativo sublinhado tem seu antecedente corretamente

    indicado.

    (A) "Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros

    cada vez mais vorazes de velocidade, ...". / velocidade.

    (B) "Primeiro veio a grande noticia, uma praa, onde era a caixa d'gua do

    Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de Reservatrio Batel". / praa.

    (C) "E a grande novidade se alastrou pela rua... onde ficvamos sabendo de

    todas as noticias do bairro, Inaugurou uma biblioteca! ! ! " /bairro.

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    (D) Foram tantas as referncias, no s literrias, que me acompanharam a

    vida toda! " / literrias.

    Comentrio O pronome relativo se refere a um termo (substantivo)

    antecedente, portanto despreze imediatamente as opes A e C. Nelas, as

    referncias dizem respeito a termos posteriores aos pronomes sublinhados.

    Na alternativa D, o pronome relativo que retoma o

    substantivo referncias. A ideia que elas acompanharam o enunciador a

    vida toda. Repare que o termo literrias um adjetivo.

    Resposta B

    c) Ele participou da reunio, a qual deu origem ao atual grupo de trabalho.

    O relativo o qual (e variaes) til para desfazer ambiguidades.

    Perceba que, se fosse empregado o relativo QUE, haveria margem para a

    seguinte dvida: a reunio ou ele deu origem ao atual grupo de trabalho?

    d) uma pessoa com cujas opinies no podemos concordar.

    O pronome relativo CUJO(S)/CUJA(S) estabelece uma relao de

    posse/dependncia entre os termos antecedente e consequente. Concorda em

    gnero e nmero com a coisa possuda.

    Muito cuidado quando a banca lhe propuser a substituio dele por

    outro relativo (que, a/o qual, quem), a pretexto de que sero mantidas a

    correo gramatical e a coerncia argumentativa. ISSO NO VERDADE.

    NO POSSVEL FAZER TAL SUBSTITUIO. No confunda o caso

    anterior (correspondncia entre que e o/a qual) com este.

    Observe esta construo: O professor cujo o filho nasceu est feliz.

    O que acha? Certa ou errada? ERRADA. A norma gramatical no abona o

    emprego de artigo antes (...o cujo...) ou depois (...cujo o...) do relativo CUJO,

    da o motivo de no se empregar o acento indicativo de crase diante dele.

    e) Esta a pessoa a quem prezo como amigo.

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    O pronome relativo QUEM utilizado em referncia a pessoas e se

    faz acompanhar de preposio. Eu disse PREPOSIO e no artigo. Portanto,

    se perguntarem a voc qual a classe gramatical daquele a em negrito, NADA

    DE DIZER ARTIGO.

    f) Esqueci tudo quanto foi dito.

    Podemos confiar em todos quantos esto presentes.

    Podemos confiar em todas quantas esto presentes.

    QUANTO (e variaes) ser pronome relativo quando estiver

    acompanhado de tudo (e variaes).

    g) Essa a hora quando as garas levantam vo.

    No entendi a maneira como ela se dirigiu a mim.

    QUANDO e COMO sero pronomes relativos sempre que se

    referirem a um termo antecedente (hora e maneira, nessa ordem). O

    primeiro tem valor semntico de tempo; o segundo, de modo.

    15. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DO ICMS/2010) De acordo com a norma padro,

    o pronome relativo est corretamente empregado na seguinte alternativa:

    (A) Esses so alguns autores sem cujas ideias ele jamais teria escrito o artigo.

    (B) As caractersticas que um povo se identifica devem ser preservadas.

    (C) Esse o projeto cuja a meta principal a reflexo sobre civismo no Brasil.

    (D) Eis os melhores poemas nacionalistas os quais se tem conhecimento.

    (E) Aqueles so os escritores cujos foram lanados os romances traduzidos.

    Comentrio Devo chamar a sua ateno o uso de preposio para reger o

    pronome relativo. Ela ser usada de acordo com a regncia do verbo (ou

    nome) que surge aps o relativo.

    Alternativa A: ele jamais teria escrito o artigo sem o qu?

    Sem as ideias de alguns autores. O pronome relativo cujas estabelece a

    relao de dependncia entre alguns autores (termo antecedente) e ideias

    (termo conseqente).

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    Alternativa B: um povo se identifica com o qu? Com as

    caractersticas. Eis, ento, a construo correta: As caractersticas com que

    um povo se identifica devem ser preservadas;

    Alternativa C: o erro aqui no tem a ver com a ausncia da

    preposio, mas sim com o emprego do artigo a aps o relativo cuja. Como

    j foi explicado, isso proibido!

    Alternativa D: quem tem conhecimento tem conhecimento de

    algo. Onde foi parar a preposio de exigida pelo nome conhecimento? Eis a

    correo: Eis os melhores poemas nacionalistas dos quais se tem

    conhecimento.

    Alternativa E: alm da m ordenao dos termos, que

    prejudica a coerncia da frase, o enunciado tem um o a mais. Note a

    diferena: Aqueles so os escritores cujos romances traduzidos foram

    lanados.

    Resposta A

    Formas de Tratamento

    Tratamento Abreviatura Uso

    Senhor, Senhora Sr., Sr tratamento formal

    Voc V. tratamento informal

    Vossa Alteza V. A. prncipes e duques

    Vossa Eminncia V. Em Cardeais

    Vossa Excelncia V. Ex altas autoridades e

    oficiais-generais

    Vossa Magnificncia V. Mag reitores de universidades

    Vossa Majestade V. M. reis e imperadores

    Vossa Reverendssima V. Rev.ma sacerdotes em geral

    Vossa Santidade V. S. Papa

    Vossa Senhoria V. S tratamento formal para

    pessoas graduadas.

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    As formas de tratamento designam indiretamente 2 pessoa do

    discurso (aquela com quem se fala), mas conduzem a concordncia nominal e

    verbal da frase para a terceira pessoa do singular ou do plural, conforme o

    caso.

    Particularidades

    a) Vossa Excelncia fez um belo discurso. (para dirigir-se pessoa, ainda

    que por meio de correspondncias)

    Sua Excelncia fez um belo discurso. (para falar da pessoa)

    b) Vossa Excelncia apresentar seus projetos? (note que o verbo e o

    pronome possessivo correspondem terceira pessoa e o adjetivo tende a

    concordar com o gnero da pessoa referida concordncia ideolgica)

    c) Se voc chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado)

    Se voc chegar cedo, eu vou ajud-lo (voc). (certo)

    (muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os

    outros pronomes para a terceira pessoa)

    16. (FGV/2014/BNB/Analista Bancrio) A nica soluo para tantos

    infortnios seria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial,

    desde que Sua Santidade no roube...; se, em lugar de o papa

    Francisco estivesse o rei da Espanha, a forma Sua Santidade deveria

    ser substituda adequadamente por:

    a) Vossa Excelncia;

    b) Vossa Majestade;

    c) Vossa Senhoria;

    d) Sua Excelncia;

    e) Sua Majestade.

    Comentrio O tratamento correspondente a rei majestade. Como se est

    falando do rei (e no com o rei), a forma adequada a que consta na ltima

    alternativa.

    Resposta E

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    Colocao dos Pronomes Oblquos tonos

    Antes de apresentar os casos de colocao pronominal, cabe

    lembrar que prclise a ocorrncia do pronome antes do verbo (Fingiu que

    no o reconheceu.). Quando acontece o inverso, ou seja, o pronome surge

    aps o verbo, temos um caso de nclise, que na escrita marcada pela

    presena do hfen (D-me sua ajuda.). A mesclise, que s ocorre com

    verbos no futuro do presente e no futuro do pretrito, o emprego do

    pronome no meio do verbo, entre a forma infinitiva e a desinncia

    modo-temporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.).

    Casos de Prclise

    a) Palavras de sentido

    negativo

    Nada me far desistir.

    Ningum me far desistir.

    b) Advrbios sem pausa Aqui se fazem chaves.

    Talvez se cumprimentassem.

    c) Conjunes

    subordinativas e pronomes

    relativos

    Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito.

    O livro que me deste muito interessante.

    d) Conjunes

    coordenativas alternativas

    Ora se atribulava, ora se aquietava.

    Das duas uma: ou as faz ela, ou as fao eu.

    e) Pronomes e advrbios

    interrogativos

    Quem lhe contou a verdade?

    Por que te afliges tanto?

    f) Pronomes indefinidos Tudo me foi dado.

    Algum te contou a verdade?

    g) Frases exclamativas e

    optativas

    Como te atreves!

    Deus o abenoe, meu filho!

    h) Preposio em +

    verbo no gerndio

    Em se tratando desse assunto, nada mudar.

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    Casos de Mesclise

    a) Verbo no futuro do

    presente ou do pretrito,

    sem palavra atrativa

    Amar-te-ei a vida inteira. (No te amarei a vida

    inteira.)

    Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.)

    Casos de nclise

    a) Antes de tentar decorar

    qualquer outra regra,

    fundamental saber que a

    tendncia da lngua

    portuguesa recai sobre

    o uso da nclise.

    Portanto, se no ocorrer

    qualquer um dos casos

    mencionados

    anteriormente, usaremos a

    nclise.

    Levante-se e lute.

    Tratando-se desse assunto, nada mudar.

    Vend-lo era o que mais importava.

    Aqui, fazem-se chaves.

    Alguns pontos precisam ser ressaltados neste momento:

    1 O particpio no admite nclise.

    Dada-me a resposta, calei-me. (errado)

    Dada a mim a resposta, calei-me. (certo)

    2 O futuro do presente e o futuro do pretrito tambm no admitem nclise.

    Direi-te a verdade. (errado)

    Dir-te-ei a verdade (certo)

    3 O numeral ambos, quando sujeito, tambm atrai o pronome oblquo tono.

    Ambos se casaro amanh.

    4 licita a prclise ou a nclise quando o infinitivo estiver precedido de

    preposio ou palavra negativa.

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    Estou aqui para te servir (ou servir-te).

    Meu desejo era no o incomodar (ou incomod-lo).

    5 Quando o infinitivo vier precedido pela preposio a, a prclise no ser

    possvel se o pronome for o ou a.

    Estamos a contempl-la.

    Se soubesse, no continuaria a l-lo.

    Comeou a lhe ensinar portugus (ou ensinar-lhe).

    At agora, a posio do pronome oblquo tono levou em conta a

    existncia de apenas um verbo. Veja a seguir como empreg-los em relao a

    uma locuo verbal (verbo auxiliar + verbo principal).

    a) Verbo auxiliar + infinitivo

    Ex.: Eu devo-lhe fazer um favor. (nclise do verbo auxiliar)

    Eu devo fazer-lhe um favor. (nclise do verbo principal)

    Eu no lhe devo fazer um favor. (prclise do verbo auxiliar; a palavra

    atrativa impede a nclise)

    Eu no devo fazer-lhe um favor. (nclise do verbo principal; o advrbio

    no insuficiente para impedi-la)

    b) Verbo auxiliar + preposio + infinitivo

    Ex.: Os jovens deixaram de se falar. (prclise do principal)

    Os jovens deixaram de falar-se. (nclise do principal)

    c) Verbo auxiliar + gerndio

    Ex.: Estou-lhe obedecendo. (nclise do auxiliar)

    Estou obedecendo-lhe. (nclise do principal)

    No lhe estou obedecendo. (prclise do auxiliar, em virtude da palavra

    atrativa, que impede a nclise)

    No estou obedecendo-lhe. (nclise do principal; distante, o advrbio

    perde sua fora atrativa)

    d) Verbo auxiliar + particpio

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    Ex.: Havia-me levado ao cinema. (nclise do auxiliar; no possvel a nclise

    do verbo principal por estar ele no particpio)

    No me havia levado ao cinema. (prclise do auxiliar, em virtude do

    advrbio de negao)

    Devo esclarecer ainda que, na fala brasileira (diferentemente do

    que ocorre na tradio lusitana), os pronomes oblquos tonos tendem a ficar

    solto entre o verbo auxiliar e o principal, formando a prclise deste, como

    atestam os exemplos abaixo, extrados de excelentes escritores modernos.

    a) Mas agora j sabemos nos defender (Guimares Rosa)

    b) Meus olhos iam se enchendo de gua. (Raquel de Queirs)

    c) A conversa na mesa teria lhe dado suficiente prestgio para isso? (Jorge

    Amado)

    17. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Em exauri-los e poder-se-

    , construiu-se corretamente a juno do pronome forma verbal

    Assinale a alternativa em que isso no ocorreu.

    (A) cancelaramos + as = cancel-las-amos

    (B) permitireis + os = permiti-los-eis

    (C) fizestes + lhes = fizeste-lhes

    (D) encontraram + os = encontraram-nos

    (E) aprenders + as = aprend-las-s

    Comentrio Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblquos

    tonos a verbos?

    me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos:

    a) associados a verbos terminados em r, s ou z e palavra

    eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas

    lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes: Mandaram

    prend-lo. / Ajudemo-la. / F-los entrar. / Ei-lo aqui!

    b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am,

    -em; -o, -e), os ditos pronomes tomam as forma no, na,

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    nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Do-nos de graa.

    / Pe-no aqui.

    c) associados a verbos conjugados no futuro do presente do

    indicativo ou no futuro do pretrito do indicativo, os

    pronomes dividem o verbo, sendo empregados logo aps

    o infinitivo e antes da desinncia, respeitando as regras

    anteriores: cantar + o + ei = cant-lo-ei; dar + lhe + ei =

    dar-lhe-ei.

    Conclui-se, assim, que a forma correta fizestes-lhes (sem a

    necessidade de eliminar o S final do verbo).

    Resposta C

    18. (FGV/2014/BNB/Analista Bancrio) Se colocarmos o pronome oblquo o

    aps a forma do verbo empobrecem, a forma correta da frase seria:

    a) empobrecem-o;

    b) empobrecem-no;

    c) empobrecem-lo;

    d) empobrece-no;

    e) empobrece-lo.

    Comentrio A forma verbal empobrecem termina em ditongo nasal (-em).

    Conforme j foi explicado, o pronome oblquo o assume a forma no.

    Resposta B

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    19. (FGV/SAD-AP/DELEGADO DE POLCIA/2010) A alternativa que contraria

    a colocao pronominal exigida pelo padro escrito culto :

    (A) os rgos aos quais se destinam as verbas desenvolvem projetos de

    segurana pblica.

    (B) dever-se-ia refletir sobre a construo histrica da violncia.

    (C) no pe-se em prtica uma adequada poltica de preveno ao crime.

    (D) o jovem prefeito foi-se afirmando no cenrio poltico.

    (E) o secretrio vai enviar-lhe os resultados da pesquisa no incio da semana.

    Comentrio Alternativa A: correta, pois o pronome relativo os quais atrai

    o pronome oblquo se. um caso de prclise obrigatria.

    Alternativa B: correta, pois com verbos no futuro do presente

    ou futuro do pretrito, o pronome deve figurar no meio deles. um caso de

    mesclise.

    Alternativa C: o advrbio no atrai o pronome se (prclise

    obrigatria), que no pode se empregado depois do verbo (nclise).

    Alternativa D: no meio de uma locuo, o pronome pode surgir

    depois do auxiliar com ou sem hfen, ou depois do principal com hfen

    (nclise).

    Alternativa E: aqui, preferiu-se a nclise do verbo principal da

    locuo vai enviar e colocou-se o pronome lhe depois dele.

    Resposta C

    Fique agora com alguns exerccios de outra banca examinadora

    que o ajudaro a entender o assunto estudado hoje.

    20. (FCC/TRT 16 REGIO/ANALISTA JUDICIRIO/2009) Verifica-se correta

    transposio de uma para outra voz verbal no seguinte caso:

    I. os livros continuam em minha biblioteca (3 pargrafo) = os livros tm

    continuado em minha biblioteca.

    II. podemos acessar os mesmos contedos = os mesmos contedos podem

    ser acessados.

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    III. dedicou-se questo (1 pargrafo) = a ela foi dedicada.

    IV. se realizam estudos (1 pargrafo) = estudos sejam realizados.

    V. Gravei [...] obras primas (3 pargrafo) = tinham sido gravadas obras

    primas.

    Comentrio Alternativa A: no houve mudana de voz, mas sim de tempo

    verbal: do presente do indicativo para o pretrito perfeito composto do

    indicativo.

    Alternativa B: aqui est o gabarito. O objeto direto os

    mesmos contedos assumiu a funo de sujeito-paciente. A locuo verbal

    podemos acessar abrigou o verbo auxiliar ser por causa da formao da

    voz passiva analtica ou verbal. Note que ele assume a forma do verbo

    principal da voz ativa (acessar, infinitivo).

    Alternativa C: a passagem alude ao segmento Um congresso

    recente, em Veneza, dedicou-se questo. Em outras palavras, Um

    congresso recente, em Veneza, foi dedicado questo. Nas duas formas, o

    verbo est na voz passiva (sinttica e analtica, respectivamente). Na

    transformao posposta pela banca examinadora, continua a voz passiva,

    agora com as seguintes mudanas: de questo para a ela; de dedicado

    para dedicada.

    Alternativa D: note que a voz passiva continua, apenas deixou

    de ser sinttica ou pronominal para ser verbal ou analtica.

    Alternativa E: apesar de constituir uma voz passiva, a segunda

    sentena no respeita o tempo verbal de Gravei (pretrito perfeito do

    indicativo). A conjugao corresponde ao pretrito mais-que-perfeito

    composto.

    Resposta B

    21. (FCC/TRT 7 REGIO/ANALISTA JUDICIRIO/2009) Transpondo para a

    voz passiva a construo Darcy Ribeiro [...] no admitiria a alternativa, a

    forma verbal resultante ser

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    (A) teria sido admitida.

    (B) seria admitida.

    (C) teria admitido.

    (D) fora admitida.

    (E) haveria de admitir.

    Comentrio Em que tempo e modo est o verbo na voz ativa? Futuro do

    pretrito simples do indicativo. Ento, na voz passiva (verbal ou analtica),

    ele ficar no particpio; seu auxiliar (ser, estar, ficar) assumir o tempo e o

    modo dele. Na alternativa A, o verbo ser est conjugado no futuro do pretrito

    composto do indicativo. Na alternativa B, no futuro do pretrito simples do

    indicativo. Na alternativa C, o verbo admitir continua na voz ativa; apenas foi

    conjugado no futuro do pretrito composto do indicativo. Na alternativa D, o

    verbo auxiliar est no pretrito mais-que-perfeito simples do indicativo. Na

    alternativa E, a locuo verbal caracteriza voz ativa (note que o verbo

    principal, admitir, no est no particpio, mas sim no infinitivo).

    Resposta B

    22. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIRIO/2010) A frase que admite

    transposio para a voz passiva :

    (A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

    (B) A Concordata poder incluir o retorno do ensino religioso.

    (C) H estatsticas controvertidas sobre esse poder eclesistico.

    (D) No so incomuns atos religiosos com finalidade poltica.

    (E) O Brasil um pas estratgico para a Igreja Catlica.

    Comentrio A voz passiva formada, a rigor, a partir de um verbo

    transitivo direto. na segunda alternativa que encontramos essa condio, ao

    nos depararmos com o verbo incluir (verbo principal da locuo verbal

    poder incluir). Veja a transformao: O retorno do ensino religioso poder

    ser includo pela Concordata.

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    Nas letras A, D e E, os verbos so de ligao, o que impede a

    transposio para a voz passiva.

    E o que dizer da opo C? O verbo haver, no sentido de existir,

    no possui sujeito e transitivo direto. O termo estatsticas controvertidas

    sobre esse poder eclesistico seu objeto direto. Considerando que o objeto

    direto torna-se sujeito do verbo na transposio de voz ativa para voz passiva

    e que o verbo haver no tem sujeito ( impessoal), impossvel se torna a

    transposio requerida pela banca examinadora.

    Resposta B

    23. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIRIO/2010) Est correta a flexo de todas

    as formas verbais da frase:

    (A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondncia com o plano

    simblico e espiritual.

    (B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto busca de

    um sereno estabelecimento de acordos.

    (C) Ao longo da Histria, naes e igrejas muitas vezes se absteram de buscar

    a convergncia de seus interesses.

    (D) A pergunta de Stalin proveu de sua convico quanto ao que torna de fato

    competitivo um pas beligerante.

    (E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador no se conteve e interveio

    na Histria com a famosa frase.

    Comentrio Alternativa A: o verbo advir deriva do verbo vir e deve ser

    conjugado como ele. Para que seja mantida a correlao verbal com a forma

    tem, preciso que o primeiro verbo seja conjugado na terceira pessoa do

    singular do presente do indicativo: Tudo o que advm [...] tem....

    Alternativa B: est em cena agora o verbo convir, que

    tambm conjugado como o verbo vir. Na terceira pessoa do plural do

    pretrito perfeito do indicativo, deve ser assim conjugado: O poder civil e a

    esfera religiosa [eles] nem sempre convieram....

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    Alternativa C: o verbo abster (como manter, deter, conter

    etc.) deriva do verbo ter e segue o modelo dele. Na terceira pessoa do plural

    do pretrito perfeito do indicativo, dever ser conjugado da seguinte forma:

    ...naes e igrejas [elas] se abstiveram...

    Alternativa D: como o sentido aqui originar-se, o verbo

    adequado o provir, que tambm conjugado conforme o verbo vir. Na

    terceira pessoa do singular do pretrito perfeito do indicativo, a forma correta

    : A pergunta de Stalin [ela] proveio....

    Alternativa E: atente para o fato de que o verbo conter (que

    foi conjugado no pretrito perfeito do indicativo) deriva de ter, conforme est

    dito no comentrio da letra C.

    Resposta E

    24. (FCC/TRT 7 REGIO/ANALISTA JUDICIRIO/2009) Quanto ao emprego

    das formas verbais e ao tratamento pessoal, est plenamente correta a

    frase:

    (A) Vai, junta-te quele grupo de manifestantes e depois dize-me o que

    achaste.

    (B) Ide, juntem-se quele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que

    achastes.

    (C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis quele grupo de

    manifestantes e depois digai-nos o que acharam.

    (D) Queremos que Suas Excelncias juntai-vos quele grupo de manifestantes

    e depois dizei-nos o que achsseis.

    (E) Senhores, vo juntar-se quele grupo de manifestantes e depois dizei-nos

    o que acharam.

    Comentrio A tabela abaixo muito til. Ela serve como uma reviso da

    formao do imperativo.

    Presente do Indicativo

    Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

    eu cant-o eu cant-e

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    tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s no cant-e-s tu

    ele cant-a cant-e voc ele cant-e no cant-e voc

    ns cant-a-mos cant-e-mos ns ns cant-e-mos no cant-e-mos ns

    vs cant-a-is (- s) cant-a-i vs vs cant-e-is no cant-e-is vs

    eles cant-a-m cant-e-m vocs eles cant-e-m no cant-e-m vocs

    Alternativa B: Ide = segunda pessoa do plural (vs) do

    imperativo afirmativo do verbo ir; juntem = terceira pessoa do plural

    (eles/vocs) do imperativo afirmativo do verbo jantar; dize = segunda

    pessoa do plural (vs) do imperativo afirmativo do verbo dizer; achastes =

    segunda pessoa do plural (vs) do pretrito perfeito do verbo achar. No foi

    respeitada a uniformidade de tratamento entre as pessoas gramaticais. Eis a

    correo: Ide, juntai-vos quele grupo de manifestantes e depois me dizei o

    que achastes.

    Alternativa C: pronome de tratamento leva o verbo e o

    pronome que se relacionam com ele para a terceira pessoa. Eis a correo:

    Queremos que Vossas Senhorias se juntem quele grupo de manifestantes e

    depois nos digam o que acharam.

    Alternativa D: novamente, o fio condutor ser o pronome de

    tratamento: Queremos que Suas Excelncias juntem-se quele grupo de

    manifestantes e depois nos digam o que acharam.

    Alternativa E: Senhores, vo juntar-se quele grupo de

    manifestantes e depois nos digam o que acharam.

    Resposta A

    25. (FCC/TRE-PE/TCNICO JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA/2011)

    ...nem por isso deixa de cultuar Delacroix...

    Czanne admira a maestria plstica de Rubens...

    ...j encontramos a chave do enigma czanneano.

    A substituio dos elementos grifados nas frases acima pelos pronomes

    correspondentes, com os necessrios ajustes, ter como resultado,

    respectivamente:

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    (A) nem por isso deixa de cultuar-lhe / Czanne a admira / j a encontramos.

    (B) nem por isso deixa de cultu-lo / Czanne lhe admira / j lhe

    encontramos.

    (C) nem por isso deixa de lhe cultuar / Czanne a admira / j

    encontramos-na.

    (D) nem por isso deixa de a cultuar / Czanne lhe admira / j lhe

    encontramos.

    (E) nem por isso deixa de cultu-lo / Czanne a admira / j a encontramos.

    Comentrio O verbo cultuar transitivo direto, o que significa que o

    pronome oblquo lhe no pode ser o complemento dele (lhe funciona como

    objeto indireto). Esto fora as letras A e C.

    Semelhantemente, o verbo admira tambm transitivo

    direto e no admite o pronome lhe. Esto fora as letras B e D.

    Correta est a ltima opo. Lembre-se de que os verbo

    terminados em R, S e Z perdem essas letras e os pronomes oblquos O e A

    recebem a letra L: cultu-lo. O verbo encontramos tambm transitivo

    direto, por isso o pronome oblquo a est bem empregado. O detalhe que o

    advrbio de tempo j atrai o pronome, fazendo-o figurar em posio

    procltica.

    Resposta E

    26. (FCC/TRT 16 REGIO/ANALISTA JUDICIRIO/2009) Quanto ao emprego

    das formas de tratamento, est correta a seguinte construo:

    (A) Sempre contaremos com os prstimos com que Vossa Senhoria nos tem

    honrado, razo pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso

    profundo reconhecimento.

    (B) Vimos comunicar a Vossa Excelncia que j se encontra vossa

    disposio o relatrio que nos incumbiste de providenciar h cerca de uma

    semana.

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    (C) Diga a Vossa Senhoria que estamos espera de suas providncias, das

    quais no nos cabe tratar com seu adjunto grande, embora, seja a

    considerao, meu caro senhor, que lhe dispensamos.

    (D) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos

    reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa ateno.

    (E) Se preferires, adiaremos o simpsio para que no nos privemos de sua

    coordenao, Excelncia, bem como das sugestes que certamente tereis

    a nos oferecer.

    Comentrio Alternativa B: pronome de tratamento leva o verbo e os demais

    pronomes a ele relacionados para a terceira pessoa. Em vez de incumbiste

    (segunda pessoa do singular), use incumbiu; no lugar de vossa disposio,

    use sua disposio.

    Alternativa C: ao falar da pessoa, e no com a pessoa, use a

    forma Sua Senhoria, e no Vossa Senhoria.

    Alternativa D: em vez de sejais (segunda pessoa do plural),

    escreva seja. Altere vossa ateno para sua ateno.

    Alternativa E: preferires corresponde segunda pessoa do

    singular. O correto preferir. No lugar de tereis (segunda pessoa do plural),

    utilize ter.

    Resposta A

    Ainda no acabou. Na pgina seguinte, h um simulado

    esperando por voc. Tente resolv-lo sem qualquer tipo de consulta. Depois,

    confira o gabarito.

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    Lista das Questes Comentadas

    1. Leia este aviso, comum em vrios lugares pblicos, e julgue a proposio

    seguinte:

    Criou-se, recentemente, a palavra gerundismo, para designar o uso

    abusivo do gerndio. Verifica-se que esse tipo de desvio ocorre no aviso

    acima.

    A literatura em perigo

    A anlise das obras feita na escola no deveria mais ter por objetivo

    ilustrar os conceitos recm-introduzidos por este ou aquele linguista, este ou

    aquele terico da literatura, quando, ento, os textos so apresentados como

    uma aplicao da lngua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer

    ter acesso ao sentido dessas obras pois postulamos que esse sentido, por

    sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano, o qual importa a todos.

    Como j o disse, essa ideia no estranha a uma boa parte do prprio mundo

    do ensino; mas necessrio passar das ideias ao. Num relatrio

    estabelecido pela Associao dos Professores de Letras, podemos ler: O

    estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relao consigo mesmo e

    com o mundo, e sua relao com os outros. Mais exatamente, o estudo da

    obra remete a crculos concntricos cada vez mais amplos: o dos outros

    escritos do mesmo autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas

    seu contexto final, o mais importante de todos, nos efetivamente dado pela

    prpria existncia humana. Todas as grandes obras, qualquer que seja sua

    origem, demandam uma reflexo dessa dimenso.

    O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma obra e revelar o

    pensamento do artista? Todos os mtodos so bons, desde que continuem a

    ser meios, em vez de se tornarem fins em si mesmos. [...]

    Simulado

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    [...] Sendo o objeto da literatura a prpria condio humana, aquele que

    a l e a compreende se tornar no um especialista em anlise literria, mas

    um conhecedor do ser humano. Que melhor introduo compreenso das

    paixes e dos comportamentos humanos do que uma imerso na obra ,dos

    grandes escritores que se dedicam a essa tarefa h milnios? E, de imediato:

    que melhor preparao pode haver para todas as profisses baseadas nas

    relaes humanas? Se entendermos assim a literatura e orientarmos dessa

    maneira o seu ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro

    estudante de direito ou de cincias polticas, o futuro assistente social ou

    psicoterapeuta, o historiador ou o socilogo? Ter como professores

    Shakespeare e Sfocles, Dostoievski e Proust no tirar proveito de um ensino

    excepcional? E no se v que mesmo um futuro mdico, para exercer o seu

    ofcio, teria mais a aprender com esses mesmos professores do que com os

    manuais preparatrios para concurso que hoje determinam o seu destino?

    Assim, os estudos literrios encontrariam o seu lugar no corao das

    humanidades, ao lado da histria dos eventos e das ideias, todas essas

    disciplinas fazendo progredir o pensamento e se alimentando tanto de obras

    quanto de doutrinas, tanto de aes polticas quanto de mutaes sociais,

    tanto da vida dos povos quanto da de seus indivduos.

    Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literrio, o qual no serviria

    mais unicamente reproduo dos professores de Letras, podemos facilmente

    chegar a um acordo sobre o esprito que o deve conduzir: necessrio incluir

    as obras no grande dilogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

    tempos e do qual cada um de ns, por mais nfimo que seja, ainda participa.

    nessa comunicao inesgotvel, vitoriosa do espao e do tempo, que se

    afirma o alcance universal da literatura, escrevia Paul Bnichou. A ns,

    adultos, nos cabe transmitir s novas geraes essa herana frgil, essas

    palavras que ajudam a viver melhor.

    (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

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    2. Considerando que o pronome o usado na sequncia que o deve conduzir

    tem valor anafrico, isto , faz referncia a um termo j enunciado no

    ltimo pargrafo, identifique esse termo.

    a) Ensino literrio.

    b) Professores de Letras.

    c) Acordo.

    d) Esprito.

    e) Grande dilogo.

    No interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus

    ao continente americano, em 1492, como descoberta, encontro ou o que seja:

    questo, no geral, mais esterilizante que produtiva. O fato que, naquele ano,

    os europeus se deram conta da existncia de uma poro vasta de terra 1at

    ento desconhecida e habitada por homens diferentes dos da Europa. O

    navegador Cristvo Colombo (1451-1506), responsvel por viabilizar tal

    encontro, achou que estava chegando no Oriente: com base nas medidas

    adotadas pelo astrnomo rabe do sculo 9, Abu al-Farghani, calculou mal o

    tamanho do grau, unidade na qual se dividia a esfera terrestre, e ainda errou

    ao converter a milha rabe para a milha italiana.

    O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam

    servido melhor, mas se calculasse bem, o genovs no teria chegado onde

    chegou. Mesmo porque a imaginao, encharcada de relatos sobre terras

    fantsticas e da obsesso por monstros, o guiava tanto ou mais que o

    conhecimento cientfico. Encontrar tais monstros era fundamental, com a

    tradio rezando que sua presena augurava riquezas. Foi grande o

    desapontamento de Colombo quando os naturais das ilhas do Caribe lhe

    disseram que nunca tinham visto 2tais seres. Conforme a realidade contradizia

    o que 3lhe ia pela cabea, o navegador substitua elementos: na falta dos

    sditos do Grande C, levou para a Espanha os ndios de Hispaniola; em vez

    das sedas e dos brocados, exibiu aos reis catlicos as mscaras estranhas e

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    cintos feitos de osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicrnios,

    ostentou papagaios verdes. [...]

    Ao longo do sculo 16, Colombo j morto, cresceu na Europa a

    conscincia da magnitude das transformaes provocadas por aquelas terras

    novas, ignoradas pelos autores antigos e capazes de mostrar quanta coisa

    escapara a 4sua sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda flutuava, cada vez

    mais sendo identificado ao de outro navegador, o florentino Amrico Vespcio

    (1454-1512). Ao lxico faltava capacidade para exprimir tanta coisa nova e

    estranha, da recorrer-se primeiro ao que era familiar e conhecido. As palavras

    no bastavam para um desesperanado Gonzalo de Oviedo descrever a

    plumagem brilhante dos pssaros americanos, nem para Jean de Lry

    contrastar o semblante dos tupinambs da costa braslica, to diferentes dos

    europeus: quem quisesse desfrutar do prazer de 5os conhecer, afirmou este,

    teria de visit-los no seu pas. Ao dedicar sua Historia General de Las Indias

    ao imperador Carlos V, em 1553, Francisco Gmara escreveu

    bombasticamente: O maior acontecimento desde a criao do mundo

    (excluindo a encarnao e a morte dAquele que o criou) foi a descoberta da

    ndia.

    (SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a Amrica e o Conhecimento. Cincia Hoje, julho 2011, p. 83.)

    3. Assinale a alternativa que no relaciona de forma adequada a expresso

    grifada com a informao que essa expresso retoma.

    a) at ento (ref.1) = ano de 1492.

    b) sua sabedoria (ref.4) = de Colombo.

    c) tais seres (ref.2) = monstros.

    d) lhe ia pela cabea (ref.3) = Cristvo Colombo.

    e) os conhecer (ref.5) = seres da costa braslica.

    4. Se as formas verbais (no Presente do Indicativo) dos verbos ser, custar,

    vir e demorar exprimissem ordem, na mesma pessoa, teramos,

    respectivamente:

    a) s, custa, vem, no te demores.

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    b) seja, custa, vem, no se demore.

    c) sede, custai, vinde, no vos demoreis.

    d) s, custa, venha, no te demoras.

    e) s, custe, vem, no te demore.

    5. Leia o texto a seguir.

    Por que se demorou tanto na casa de banho?

    Demorei, eu? Despachei-me enquanto o diabo esfregava o olho!

    Esteve a cortar a unhas, eu bem escutei. [...]

    Diga-se de paisagem, Constana: eu estava me bonitando para si.

    Para mim?

    (COUTO, Mia. O outro p da sereia. So Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 229.)

    O trecho em negrito revela

    a) incio da ao, uma vez que aponta para o estado da personagem,

    expresso pelo verbo estava.

    b) continuidade da ao, pois apresenta um evento prolongado, expresso

    pela palavra bonitando.

    c) momento da ao, j que ela posterior ao momento da fala, revelado

    pelo discurso direto.

    d) simultaneidade de aes, pois, enquanto fala com Constana, a

    personagem vai se bonitando.

    e) anterioridade de aes, visto que a personagem se dirige a Constana

    antes de se bonitar.

    A questo a seguir toma por base uma passagem do romance regionalista

    Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

    Contas

    Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a tera dos

    cabritos. Mas como no tinha roa e apenas se limitava a semear na vazante

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    uns punhados de feijo e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, no

    chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.

    Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabea.

    Forjara planos. Tolice, quem do cho no se trepa. Consumidos os legumes,

    rodas as espigas de milho, recorria gaveta do amo, cedia por preo baixo o

    produto das sortes.

    Resmungava, rezingava, numa aflio, tentando espichar os recursos

    minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, no seria

    roubado to descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-

    se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juzo.

    Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoo inchando. De repende estourava:

    Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ningum pode viver sem comer.

    Quem do cho no se trepa.

    Pouco a pouco o ferro do proprietrio queimava os bichos de Fabiano. E

    quando no tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao

    chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma

    ninharia.

    Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-

    se, enfim deixou a transao meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha

    Vitria mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-

    se, distribuiu no cho sementes de vrias espcies, realizou somas e

    diminuies. No dia seguinte Fabiano voltou cidade, mas ao fechar o negcio

    notou que as operaes de Sinha Vitria, como de costume, diferiam das do

    patro. Reclamou e obteve a explicao habitual: a diferena era proveniente

    de juros.

    No se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se

    perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um

    erro no papel do branco. No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os

    estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de

    mo beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar

    carta de alforria!

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    O patro zangou-se, repeliu a insolncia, achou bom que, o vaqueiro

    fosse procurar servio noutra fazenda.

    A Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem.

    No era preciso barulho no. Se havia dito palavra toa, pedia desculpa. Era

    bruto, no fora ensinado. Atrevimento no tinha, conhecia o seu lugar. Um

    cabra. Ia l puxar questo com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia

    respeitar os homens. Devia ser ignorncia da mulher, provavelmente devia ser

    ignorncia da mulher. At estranhara as contas dela. Enfim, como no sabia

    ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e

    jurava no cair noutra.

    (Graciliano Ramos. Vidas secas. So Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)

    6. No fragmento apresentado de Vidas secas, as formas verbais mais

    frequentes se enquadram em dois tempos do modo indicativo. Marque a

    alternativa que indica, pela ordem, o tempo verbal predominante no

    segundo pargrafo e o que predomina no quinto pargrafo.

    a) pretrito perfeito pretrito imperfeito.

    b) presente pretrito imperfeito.

    c) presente pretrito perfeito.

    d) futuro do pretrito presente.

    e) pretrito imperfeito pretrito perfeito.

    Todo o barbeiro tagarela, e principalmente quando tem pouco que

    fazer; comeou portanto a puxar conversa com o fregus. Foi a sua salvao e

    fortuna.

    O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no

    comrcio de negros; era um dos combis que traziam fornecimento para o

    Valongo, e estava pronto a largar.

    mestre! disse o marujo no meio da conversa, voc tambm no

    sangrador?

    Sim, eu tambm sangro...

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    Pois olhe, voc estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar

    1a gente a bordo; morre-se ali que uma praga.

    2Homem, eu da cirurgia no entendo 3muito...

    Pois j no disse que sabe tambm sangrar?

    Sim...

    Ento j sabe at demais.

    No dia seguinte 4saiu o nosso homem pela barra fora: a 6fortuna tinha-

    lhe dado o meio, cumpria sab-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um

    salto mortal a mdico de navio negreiro; restava unicamente saber fazer

    render a nova posio. Isso ficou por sua conta.

    Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois

    marinheiros; chamou-se o mdico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os

    doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos. Com isto ganhou imensa

    reputao, e comeou a ser estimado.

    Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu

    carregamento de gente, e voltaram para o Rio. Graas 5lanceta do nosso

    homem, nem um s negro morreu, o que muito contribuiu para aumentar-lhe

    a slida reputao de entendedor do riscado.

    Manuel Antnio de Almeida, Memrias de um sargento de milcias.

    7. Para expressar um fato que seria consequncia certa de outro, pode-se

    usar o pretrito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretrito,

    como ocorre na seguinte frase:

    a) era um dos combis que traziam fornecimento para o Valongo.

    b) voc estava bem bom, se quisesse ir conosco.

    c) Pois j no disse que sabe tambm sangrar?.

    d) de oficial de barbeiro dava um salto mortal a mdico de navio negreiro.

    e) logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros.

    [...] As primeiras vezes as aulas foram difceis. Eles pouco entendiam e eu

    ficava irritada: Vocs tm mesmo certeza de que nasceram no Brasil? Ia,

    ia Wol. Isso me enfurecia. Parecia mesmo 5que o meu alemo melhorava,

    2enquanto 3o portugus deles ia para trs. Senti isso numa tarde em 6que

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    olhava o rio Itaja-Au, numa cheia. 7Era impetuoso, arrastava 4tudo, os

    troncos, as tbuas, os toros de madeira. Precisava de muita fibra, para conter

    essa 1fora de um contingente lingustico, com to pouca gente falando a

    lngua da ptria. Por isso 8lutava ainda. Eu representava aqui uma clula, um

    tomo que teria de se desenvolver a qualquer custo, para, num milagre,

    realizar o quase impossvel.

    LAUS, Lausimar. O guarda-roupa alemo. 4. ed. Florianpolis: Ed. da UFSC, 2006. p. 35.

    8. Considerando o texto acima, assinale a(s) proposio(es) correta(s).

    I) Em o portugus deles (ref.3), a palavra deles uma contrao da

    preposio de com o pronome pessoal eles, sendo empregada como

    pronome possessivo correspondente terceira pessoa do discurso.

    II) Nas referncias 5 e 6, o vocbulo que funciona como pronome relativo,

    pois retoma um termo antecedente e, ao mesmo tempo, liga oraes.

    III) As formas verbais era (ref.7) e lutava (ref.8) se encontram no mesmo

    tempo verbal e expressam, respectivamente, estado e ao que se

    prolongam no tempo.

    a) Apenas I.

    b) Apenas I e II.

    c) Apenas II.

    d) Apenas II e III

    e) Apenas I e III

    9. Leia atentamente os versos a seguir e, depois, faa o que pedido.

    Eu sei que vou te amar

    Eu sei que vou te amar

    Por toda a minha vida eu vou te amar

    Em cada despedida, eu vou te amar

    Desesperadamente, eu sei que vou te amar

    E cada verso meu ser

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    Pra te dizer

    Que eu sei que vou te amar

    Por toda a minha vida

    Eu sei que vou chorar

    A cada ausncia tua, eu vou chorar

    Mas cada volta tua h de apagar

    O que esta tua ausncia me causou

    Eu sei que vou sofrer

    A eterna desventura de viver

    espera de viver ao lado teu

    Por toda a minha vida

    Vincius de Morais e Tom Jobim

    No texto dessa letra de msica (MPB), observa-se a presena da

    linguagem coloquial quando o leitor verifica

    a) o uso da segunda pessoa do singular, em ocorrncias como a cada

    ausncia tua, forma de tratamento empregada em situaes

    comunicativas menos formais, sobretudo quando seu produtor utiliza no

    texto grias e jarges.

    b) o emprego da expresso h de apagar, uma vez que, nesse caso

    especfico, o verbo haver, por no ser sinnimo de existir, refere-se a uma

    forma tpica do portugus falado espontaneamente.

    c) a ocorrncia da expresso eu sei que vou te amar, porquanto, na

    linguagem coloquial, a tendncia no empregar o pronome oblquo

    posposto locuo verbal; desse modo, na modalidade padro, a forma a

    ser empregada seria: eu sei que vou amar-te.

    d) a inverso sinttica no verso A cada ausncia tua, eu vou chorar, pois,

    como a linguagem coloquial ocorre principalmente em situaes

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    comunicativas menos tensas e formais, natural o uso de inverses

    lingusticas, como a que se observa no verso citado.

    No comeo de seu Mercury; Ou: O Mensageiro Secreto e Rpido

    (1641), John Wilkins conta a seguinte histria:

    O quanto 1essa Arte de escrever pareceu estranha quando da sua

    Inveno primeira algo que podemos imaginar pelos Americanos recm-

    descobertos, que ficaram espantados ao ver Homens conversarem com Livros,

    e no conseguiam acreditar que um Papel pudesse falar...

    H um relato excelente a esse Propsito, referente a um Escravo ndio;

    que, ao ser mandado por seu Senhor com uma Cesta de Figos e uma Carta,

    comeu durante o Percurso uma grande Parte de seu Carregamento,

    entregando o Restante Pessoa a quem se destinava; que, ao ler a Carta e

    no encontrando a Quantidade de Figos correspondente ao que se tinha dito,

    acusa o Escravo de com-los, dizendo que a Carta afirmava aquilo contra ele.

    Mas o ndio (apesar dessa Prova) negou o Fato, acusando o Papel de ser uma

    Testemunha falsa e mentirosa.

    Depois disso, sendo mandado de novo com um Carregamento

    semelhante e uma Carta expressando o Nmero exato de Figos que deviam ser

    entregues, ele, mais uma vez, de acordo com sua Prtica anterior, devorou

    uma grande Parte deles durante o Percurso; mas, antes de comer o primeiro

    (para evitar as Acusaes que se seguiriam), pegou a Carta e a escondeu sob

    uma grande Pedra, assegurando-se de que, se ela no o visse comer os Figos,

    nunca poderia acus-lo; mas, sendo agora acusado com muito mais rigor do

    que antes, confessou a Falta, admirando a Divindade do Papel e, para o futuro,

    promete realmente toda a sua Fidelidade em cada Tarefa.

    Poder-se-ia dizer que um texto, depois de separado de seu autor (assim

    como da inteno do autor) e das circunstncias concretas de sua criao (e,

    consequentemente de seu referente intencionado), flutua (por assim dizer) no

    vcuo de um leque potencialmente infinito de interpretaes possveis. Wilkins

    poderia ter objetado que, no seu relato, o senhor tinha certeza de que a cesta

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    mencionada na carta era a mesma levada pelo escravo, que o escravo que a

    levara era exatamente o mesmo a quem seu amigo dera a cesta, e que havia

    uma relao entre a expresso 30 escrita na carta e o nmero de figos

    contidos na cesta. Naturalmente, bastaria imaginar que, ao longo do caminho,

    o escravo original fora assassinado e outra pessoa o substitura, que os trinta

    figos originais tinham sido substitudos por outros figos, que a cesta foi levada

    a um destinatrio diferente, que o novo destinatrio no sabia de nenhum

    amigo ansioso por lhe mandar figos. Mesmo assim seria possvel concluir o que

    a carta estava dizendo? Entretanto, temos o direito de supor que a reao do

    novo destinatrio seria algo do tipo: Algum, e Deus sabe quem, mandou-me

    uma quantidade de figos menor do que o nmero mencionado na carta que os

    acompanha. Vamos supor agora que no apenas o mensageiro tivesse sido

    morto, como tambm que seus assassinos tivessem comido todos os figos,

    destrudo a cesta, colocado a carta numa garrafa e a tivessem jogado no

    oceano, de modo que fosse encontrada setenta anos depois por Robinson

    Cruso. No havia cesta, nem escravo, nem figos, s uma carta. Apesar disso,

    aposto que a primeira reao de Robinson Cruso teria sido: Onde esto os

    figos?

    [Adaptado de ECO, Umberto. Interpretao e superinterpretao.

    So Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 47-49]

    10. O verbo ser tem o mesmo comportamento sinttico em todas as frases

    abaixo, exceto em uma delas. Indique-a.

    a) Talvez a carta fosse encontrada setenta anos depois por Robinson Cruso.

    b) A carta expressava o nmero exato de Figos que deviam ser entregues.

    c) Vamos supor que o mensageiro tivesse sido morto.

    d) O escravo afirmou que o papel era uma testemunha falsa e mentirosa.

    e) O escravo foi mandado quele destino com uma Cesta de Figos e uma

    carta.

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    Lista das Questes Comentadas

    1

    Comentrio O gerundismo consiste no emprego do gerndio em casos

    que poderiam ser utilizadas formas verbais como o presente do indicativo,

    futuro do presente, futuro do pretrito, infinitivo etc. Veja dois exemplos:

    I) Senhor, eu vou estar enviando o documento na segunda-

    feira. (enviarei)

    II) Vocs podem estar assinando os documentos agora.

    (podem assinar).

    O uso do gerndio na orao voc est sendo filmado

    pertinente, pois expressa uma ao prolongada que se desenvolve no

    momento em que expressa.

    Resposta Item errado.

    2

    Comentrio No perodo Se aceitarmos essa finalidade para o ensino

    literrio, o qual no serviria mais unicamente reproduo dos professores de

    Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre o esprito que o deve

    conduzir, o pronome o remete a ensino literrio.

    Resposta A

    3

    Comentrio Todas as opes so corretas exceto B, pois o pronome sua

    estabelece remisso anafrica com autores antigos.

    Resposta B

    4

    Comentrio O modo imperativo dos verbos ser, custar e vir apresenta, na

    sua forma afirmativa da segunda pessoa do singular, as flexes s, custa e

    G