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Autores:
TR. Alexandra Santos
TR. Cláudia Marra
TR. Joana Coimbra
TR. Luís Pinto
TR. Manuel Valentim
TR. Pedro Coelho
TR. Rui Esteves
TR. Sónia Roios
O tromboembolismo pulmonar é uma doença frequente, mas
pouco diagnosticada.
Este facto é justificado:
1. Por ser uma doença que apresenta sinais e sintomas pouco
específicos, o que causa atrasos na suspeita clínica;
2. Apesar de haver vários exames complementares, que podem
auxiliar no seu diagnóstico, muitos não estão disponíveis na
maioria dos serviços.
Assim, este trabalho tem como principal objectivo efectuar uma
revisão da literatura visando alertar, estimular e orientar o
tratamento e a importância do diagnóstico precoce.
Tromboembolismo Pulmonar
(TEP) :
Obstrução aguda da circulação arterial
pulmonar pela instalação de êmbolos
(coágulos sanguíneos, bolhas de gás ou
gordura, etc.), geralmente, oriundos da
circulação venosa sistémica, com redução
ou cessação do fluxo sanguíneo pulmonar
para a área afectada.
Principal Causa -
Trombose Venosa Profunda
(TVP)
Os trombos estão localizados,
principalmente, no sistema
venoso profundo (81%), sendo
que as veias proximais dos
membros inferiores (ilíacas e
femorais) estão relacionadas com
maior risco de TEP.
•Materiais mais comuns: coágulos sanguíneos.
•Materiais menos comuns: células neoplásicas, gotículas de gordura,
bolhas de ar, líquido amniótico e partículas exógenas.
Incidência anual de 60-70 casos por 100.000 habitantes.
É uma das principais causas directas de óbito em indivíduos
hospitalizados (entre 6% e 15%), além de ser a mais frequente
complicação pulmonar aguda nesse grupo de pacientes (2,5%).
Estima-se que aproximadamente 75 a 90% destas mortes
ocorram nas primeiras horas, não havendo tempo para que o
diagnóstico seja feito e a terapêutica instituída.
Para aqueles que sobrevivem após a primeira hora, o
prognóstico está intimamente relacionado com a realização do
diagnóstico correcto e inicio do tratamento precoce.
Pacientes curados a mortalidade é de cerca de 8%, enquanto
naqueles em que o diagnóstico não foi feito é de 30%.
Genéticos
Trombofilia
Deficiênciade proteína
C e S.
Mutação no gene do fator V
de Leiden, Resistência a
proteína C
Aumento dos níveis de
protrombinapor mutação
Aumento daconcentraçãono plasma do
fator VIII
Adquiridos
Gravidez
Contraceptivooral
Terapia de reposiçãohormonal
Neoplasiasque alteremo estado de coagulação
Doenças auto-imunes: Ac-anti-fosfolípide e Ac-anti-cardiolipina
Ambientais
Imobilização prolongada: cirurgias,
viagens, repouso
Lesão endotelial
Varizes do M.I.
20 % dos pacientes apresentam a Tríade clássica:
Dispneia Dor torácica e Hemoptise
ACHADO FÍSICO PRINCIPAL: Perna com edema, dolorosa e
quente.
Combinação de sinais clínicos e factores de risco permite a
classificação dos pacientes em três categorias de probabilidade
pré-teste >>>> fundamental importância na análise adequada dos
métodos diagnósticos.
Alta Probabilidade Clínica (70-80%)
Média Probabilidade Clínica (20-70%)
Baixa Probabilidade Clínica (5-20%)
Cor pulmunale aguda Sibilância
Cianose Hemoptise
Pernas edemaciada, dolorosa
e quente
Dilatação das veias do
pescoço
Aumento de tamanho de fígado
e baço
Dificuldade de respiração
Dor torácica na inspiração Broncoespasmo
Taquicardia Febre baixa
Dispneia súbita Hipotensão
Tosse Choque
Imediatas
aumento do espaço morto do compartimento
alveolar
efeito shunt, broncoconstrição e pneumoconstrição
associadas
distúrbio disfuncional
hipoxémia
hipo ou hipercapnia
taquipneia.
Tardias
redução da produção do surfactante, com tendência ao colapso alveolar e edema
pulmonar
aumento da resistência de vias áreas e diminuição da complacência pulmonar
distúrbio funcional,
hipoxémia
taquipneia
Consequências Respiratórias:
Consequências Hemodinânicas:
redução do leito arterial pulmonar
aumento da resistência vascular
aumento na pressão da artéria pulmonar
aumento da pós-carga e do trabalho do ventrículo direito,
queda do volume circulatório
taquicardia
diminuição da perfusão coronariana
isquémia miocárdica
prejuízo de enchimento do ventrículo esquerdo com sua
posterior disfunção e até choque circulatório
choque cardiogénico
Obter o d-dímero se a ponderação clínica é
baixa ou intermédia.
AngioTC é recomendada como o primeiro
exame de imagem.
Em caso de gravidez ou em pacientes em
idade fértil, a cintigrafia deverá ser o exame
de eleição.
Anticoagulantes como
heparina e warfina
Trombolise com medicação
Cirurgia com trombectomia
pulmonar
A redução da mortalidade do TEP só é possível através da prevenção,
uma vez que não há tempo para medidas diagnósticas e terapêuticas de
sucesso.
É muito baixo o número de pacientes internados que recebem
abordagem terapêutica profiláctica adequada. Provavelmente pelo
receio de sangramentos, desconhecimento e a falsa sensação de
segurança no dia-a-dia da clínica.
Em pacientes de risco por cirurgia ortopédica, neurocirurgia, cirurgia
geral, internamento ou imobilização prolongada, deve-se administrar a
heparina subcutânea de baixo peso molecular e usar a compressão
pneumática.
A mortalidade no TEP por um evento agudo ocorre,
predominantemente, nas primeiras horas de instalação dos sintomas.
O atraso, no diagnóstico, tem repercussões muito sérias, culminando
no aumento da mortalidade de pessoas com tromboembolismo
pulmonar.
Dessa forma, é fundamental empenhar todo o esforço na instalação
de um protocolo a nível hospitalar para o diagnóstico e no tratamento
precoce dessa doença, pois é uma das principais causas de morte em
doentes hospitalizados.
1.Wikipédia; Embolia Pulmonar; fonte:
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=20188706; (s/d).
2.Aula Patologias Respiratórias (continuação); disponível em
http://www.ff.ul.pt/paginas/mcmarques/Microsoft%20PowerPoint%20-
%20AulaINSUFICI%C3%8ANCIArespirat%C3%B3riaaula-II2008.pdf; Lisboa, 2008.
3.Alvares, F.; Pádua, A.; Filho, J.; Tromboembolismo Pulmonar: Diagnóstico e
Tratamento; Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto – USP, Divisão de Pneumologia; São Paulo, Abr/Dez, 2003; 36: 214-
240.
4.Neville, I.; Tromboembolismo Pulmonar e Trombose Venosa Profunda; LAEME –
Liga Académica de Emergências Médicas;
www.laeme.ufba.br/.../pulmonar/TROMBOEMBOLISMO_iuri.ppt; Salvador, Junho
2005.
5.Kawabata, V.; Protocolo para Abordagem do Tromboembolismo Pulmonar (TEP) e
Profilaxia da Trombose Venosa Profunda (TVP); Directrizes Assistenciais do Hospital
Sírio-Libanês; www.hsl.org.br; Fevereiro, 2003.
Autores:
TR. Alexandra Santos
TR. Cláudia Marra
TR. Joana Coimbra
TR. Luís Pinto
TR. Manuel Valentim
TR. Pedro Coelho
TR. Rui Esteves
TR. Sónia Roios