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 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA AUXILIAR DE TESOURARIA

Auxiliar de Tesouraria

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Manual em pdf prático de Tesouraria.

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  • FORMAO INICIAL E CONTINUADA

    AUXILIAR DE TESOURARIA

  • Cleber Gomes Caldana

    AUXILIAR DE TESOURARIA

    Verso 1

    Ano 2012

  • Os textos que compem estes cursos, no podem ser reproduzidos sem autorizao dos editores

    Copyright by 2012 - Editora IFPR

    IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARAN

    Reitor

    Prof. Irineu Mario Colombo

    Pr-Reitor de Extenso, Pesquisa e Inovao

    Silvestre Labiak Junior

    Organizao

    Marcos Jos Barros

    Cristiane Ribeiro da Silva

    Projeto Grfico e Diagramao

    Leonardo Bettinelli

  • Introduo

    Este material didtico tem como finalidade abordar conceitos tericos e disponibilizar

    atividades prticas para o curso de Auxiliar de Tesouraria. O referido curso, segundo o Guia

    Pronatec (2011), visa formar um profissional que: Atua diretamente na emisso de notas fiscais

    (manual e/ou eletrnica), efetua a classificao fiscal e contbil, auxilia na apurao e

    preenchimento das guias de recolhimento dos impostos e organiza (guarda) arquivos de

    documentos, com base na legislao tributria, para registro da movimentao fiscal e

    atendimento ao Fisco.

    Cleber Gomes Caldana

    Docente IFPR Campus Londrina (Coordenao de Informtica)

  • Anotaes

  • Sumrio

    Unidade 1

    MUNDO DO TRABALHO ....................................................................................................7

    1. TICA..............................................................................................................................7

    ATIVIDADE 1 TICA NA VIDA PESSOAL .......................................................................8

    2. MARKETING PESSOAL ................................................................................................9

    ATIVIDADE 2 - MARKETING PESSOAL ............................................................................9

    3. EMPREENDEDORISMO...............................................................................................11

    ATIVIDADE 3 - PERFIL EMPREENDEDOR .....................................................................13

    ATIVIDADE 4 - CAPACIDADE DE PENSAR DIFERENTE ...............................................14

    Unidade 2

    CONTEDO PROGRAMTICO .......................................................................................15

    4. GESTO FINANCEIRA: ORGANIZACAO....................................................................15

    ATIVIDADE 5 ORGANIZAO DA GESTO FINANCEIRA .........................................19

    5. ROTINAS DA TESOURARIA ........................................................................................19

    ATIVIDADE 6 ROTINAS DA TESOURARIA ..................................................................25

    ATIVIDADE 7 ROTINAS DA TESOURARIA 2................................................................34

    Unidade 3

    AUTO AVALIAO............................................................................................................37

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................38

  • Anotaes

  • Unidade 1

    MUNDO DO TRABALHO

    1. TICA

    A tica pode ser considerada uma rea do conhecimento que trata do bom ou mau /

    certo ou errado. Em relao a origem da palavra, a tica vem do grego "ethos", e tem seu

    correlato no latim "morale", com o mesmo significado. "A tica daquelas coisas que todo

    mundo sabe o que so, mas que no so fceis de explicar, quando algum pergunta. (VALLS,

    1993, p7)

    Rosas (2011) destaca que alguns autores diferenciam tica e moral de vrios modos:

    tica princpio, moral so aspectos de condutas especficas;

    tica permanente, moral temporal;

    tica universal, moral cultural;

    tica regra, moral conduta da regra;

    tica teoria, moral prtica.

    A todo o momento nos deparamos com questes ticas como por exemplo:

    Direitos desiguais em funo de religio, raa, sexo e direitos especiais e minorias;

    O aborto;

    A explorao do prximo, (enriquecimento ilcito por meio de mal uso da poltica, prostituio,

    guerras e embargos...);

    A violncia (individual, social, institucional);

    Perpetuao da ignorncia como instrumento de poder e manipulao;

    A misria.

    E se faz necessrio ter clareza que, conforme o conjunto de valores e crenas de cada

    individuo, o mesmo assumira determinadas posturas frente aos exemplos apresentados

    anteriormente.

    Tais aspectos ticos tambm so apresentados no cotidiano das organizaes, ou seja,

    tem-se o conceito de tica Empresarial, que de acordo com Moreira (2001)

    7

  • Unidade 1 em essncia, a determinao das pessoas que fazem parte de uma sociedade, empresa,

    fundao ou associao de primarem pelas aes enraizadas nos valores de honestidade,

    verdade e justia, em quaisquer atividade nas quais representam essas sociedades: (compra,

    venda, concorrncia, relaes trabalhistas, relaes sociais diretas com a comunidade local,

    relaes sociais com a macro sociedade, relaes com o governo, relaes com os rgos

    financeiros,transparncia, qualidade do produto oferecido, eficincia do servio prestado,

    respeito ao consumidor, etc. MOREIRA (2001, p.5)

    Assim, tem-se que a tica, busca compreender o ncleo da conduta humana, ela no

    relativa, no sentido de ser uma aqui e outra ali, ela Objetiva e Universal, Transcede s

    Pessoas. VASQUEZ (1998)

    ATIVIDADE 1 TICA NA VIDA PESSOAL

    Discuta e reflita com os alunos a seguinte situao:

    Seu irmo sofre de diabetes.

    Em uma de suas crises, a insulina estava em falta nas farmcias, e ele corria risco de vida.

    A legislao probe que se compre insulina de atravessadores.

    O que voc faria?

    8

  • 2. MARKETING PESSOAL

    As organizaes esto cada vez mais na busca dos melhores colaboradores. Para

    tanto s experincia profissional no basta, e necessrio ser um profissional tico, que possua

    boa capacidade de comunicao, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua

    volta. Tais caractersticas fazem parte do perfil buscado pelas organizaes para ser seus

    futuros colaboradores.

    Aspectos que merecem ateno especial:

    Acreditar na prpria capacidade de realizao e de superao de dificuldades;

    Estar pronto para as mudanas, pois elas sempre acontecero;

    Possuir atitude positiva na resoluo de problemas;

    Ter clareza dos objetivos que se quer atingir;

    Manter-se motivado;

    Ser gentil e atencioso com as pessoas, fazendo com que esta caracterstica o diferencie dos

    demais;

    A apresentao pessoal e muito importante para o desenvolvimento profissional;

    Utilize-se de linguagem formal no ambiente das organizaes.

    ATIVIDADE 2 - MARKETING PESSOAL

    Etapa 1: Cada aluno devera Elaborar seu Currculo Vitae (ver modelo abaixo). Leve-os ao

    laboratrio de informtica para que o mesmo possa elabor-lo. Imprima-o.

    Etapa 2: Faa uma simulao de entrevista de emprego com alguns alunos sorteados. Aps as

    entrevistas discuta os pontos positivos e negativos em sala.

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  • CURRICULUM VITAE - MODELO

    NOME

    1 DADOS PESSOAIS

    Nome:

    Data de Nascimento:

    Estado civil:

    Endereo residencial:

    Londrina/PR -Brasil - CEP:

    Fone: (43) /

    E-mail:

    2 FORMAO ACADMICA

    1990 Segundo Grau Completo.

    Colgio Estadual XXXXX, Londrina, Paran, Brasil.

    3 FORMAO COMPLEMENTAR

    Microinformtica - HTML. (Carga horria: 6h).

    Microway, Brasil.

    Ma tem t i ca F inance i ra Com Uso da Hp 12c . (Ca rga ho r r i a : 15h ) .

    SESC Londrina, Brasil.

    4 ATUAO PROFISSIONAL

    Empresa:

    Perodo:

    Enquadramento funcional:

    Atividades Desenvolvidas:

    5 IDIOMAS

    Compreende: Espanhol (Razoavelmente), Ingls (Razoavelmente), Portugus (Bem).

    Fala: Espanhol (Pouco), Ingls (Pouco), Portugus (Bem).

    L: Espanhol (Razoavelmente), Ingls (Bem), Portugus (Bem).

    Escreve: Espanhol (Pouco), Ingls (Pouco), Portugus (Bem).

    6 DADOS COMPLEMENTARES

    6.1 PARTICIPAO EM EVENTOS

    II Congresso Anual de Tecnologia da Informao (CATI FGV/So Paulo). 2005.

    10

    Unidade 1

  • 3. EMPREENDEDORISMO

    A definio de empreendedor evoluiu com o decorrer do tempo, medida que a

    estrutura econmica mundial mudava e tornava-se mais complexa. De acordo com Hisrich e

    Peters (2004, p.26), o termo empreendedor vem do francs entrepreneur e seu sentido literal

    inicial aquele que est entre ou intermedirio. De acordo com o autor, um dos primeiros

    intermedirios foi Marco Plo que tentou estabelecer rota comercial com o oriente. Ele como

    comerciante buscava financiamento com a pessoa que possua bens e pagava uma quantia

    pelo emprstimo e aps a viagem dividia os lucros com o financiador.

    Dornelas (2005) descreve que na idade mdia, o empreendedor era o individuo que

    gerenciava grandes projetos, mas no corria muitos riscos, geralmente eram membros dos

    governos. Um tpico empreendedor desta fase o clrigo que era encarregado de obras como

    castelos e fortificaes. O Autor afirma que no sculo XVII o empreendedor era a pessoas que

    fazia algum acordo com o governo para desempenhar um servio ou fornecer um produto, como

    o valor do contrato era fixo, os lucros e prejuzos eram totalmente do empreendedor.

    Cantillon apud Hisrich e Peters (2004,p.29) desenvolveu umas das primeiras teorias do

    empreender pois observando que os comerciantes e outros proprietrios compram a um preo

    certo e vendem a um preo incerto, portanto operam com risco, ou seja para ele o empreende-

    dor aquele que trabalha com e assume os riscos.

    J o termo empreendedorismo pode ser considerado algo relativamente novo, que tem

    sido muito explorado neste sculo. No h, porm, um consenso entre os autores sobre a

    definio deste, uma vez que, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2004, p. 30), existem

    empreendedores em todas as reas e, desta forma, cada um v empreendedorismo sob seu

    prisma.

    Para Hisrich, Peters e Shepherd (2004),

    empreendedorismo o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforo

    necessrios, assumindo os riscos financeiros, psquicos e sociais correspondentes e

    recebendo as conseqentes recompensas da satisfao e da independncia financeira e

    pessoal. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2004, p. 30)

    Outro conceito complementar de empreendedorismo apresentado por Dornelas

    (2003, p.35), o qual afirma que o mesmo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situao

    atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negcio, tendo como foco a

    inovao e a criao de valor. Essa criao de valor ocorre pelos empreendedores, geralmen-

    te, criarem algo novo, onde no havia nada antes; valor esse que criado dentro das empresas

    e do mercado. (MORRIS E KURATKO (2002) apud DORNELAS, 2004)

    11

  • O Empreendedor: Conceito e Caractersticas

    Dolabela (1999) afirma que duas correntes principais tendem a conter elementos

    comuns a maioria das definies existentes. So as dos economistas que associaram o

    empreendedor a inovao e a tolerncia a riscos e os comportamentalistas que enfatizam

    aspectos atitudinais como a criatividade e a intuio.

    Dolabela (1999) define que o empreendedor uma pessoa que compra uma empresa e

    introduz inovaes, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir

    seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos e/ou servios, agregando novos valores.

    Para Filion (1999) um empreendedor uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza vises,

    alm de ser uma pessoa criativa marcada pela capacidade de planejar e alcanar metas,

    mantendo a mente sempre atenta, dessa forma continua sempre a aprender a respeito de novas

    oportunidades de negcio. Degen (1989) ressalta ser raro os traos de personalidade e

    comportamento que impulsionam a concretizao de novas idias, no entanto afirma que as

    pessoas que tem vontade de criar, realizar, se destacam independente da rea de atuao

    fazendo com que as coisas realmente aconteam.

    As caractersticas empreendedoras podem ser adquiridas e desenvolvidas. O empre-

    endedor deve identificar as caractersticas que exigir seu trabalho e se adequar a elas.

    Dolabela (1999) ressalta que o empreendedor no fruto de herana gentica e por isso

    possvel que as pessoas aprendam a ser empreendedora, no em um sistema tradicional, mas

    sim em um sistema de aprendizagem especfico e singular.

    Caractersticas dos empreendedores

    As mudanas pessoais no desenvolvimento do empreendedor devem ocorrer em

    quatro esferas: Comportamental; Gerencial; Tcnica; Cultural. Os empreendedores normal-

    mente apresentam as seguintes caractersticas: Energia; Autoconfiana; Objetivos de longo

    prazo; Tenacidade; Fixao de metas; Assumir riscos moderados; Atitude positiva diante do

    fracasso; Utilizao do feedback sobre o seu comportamento; Iniciativa; Saber buscar e utilizar

    recursos; No aceitar padres impostos; Tolerncia ambigidade e incerteza.

    De acordo com Dornelas (2001) o empreendedores possuem ainda habilidades:

    Tcnicas: saber escrever, capaz de ouvir as pessoas e captar informaes, bom orador, saber

    liderar e trabalhar em equipe. Ter experincia na rea de atuao; Gerenciais: Administrao de

    marketing, finanas, produo, estratgia, tomada de deciso, negociao; Pessoais: discipli-

    na, persistncia, assumir riscos, inovador, orientado para mudanas, visionrio.

    12

    Unidade 1

  • ATIVIDADE 3 - PERFIL EMPREENDEDOR

    13

  • ATIVIDADE 4 - CAPACIDADE DE PENSAR DIFERENTE

    Desenhe no mais que 4 linhas retas (sem tirar o lpis do papel) de modo que todos os

    pontos sejam cruzados por pelo menos uma linha.

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    Unidade 1

  • Unidade 2

    CONTEDO PROGRAMTICO

    4. GESTO FINANCEIRA: ORGANIZACAO

    A pergunta inicial a ser respondida : O que so finanas? Gitman (2010) descreve que

    em nvel macro, as finanas so o campo de estudo de instituies financeiras e mercados

    financeiros e como funcionam dentro do sistema financeiro..., j no nvel micro, as finanas so

    o estudo do planejamento financeiro, da gesto de ativos e da captao de fundos por

    empresas e instituies financeiras.

    Dessa forma a administrao financeira se preocupa com as tarefas do administrador

    financeiro de uma empresa. Este, tem como obrigao gerir ativamente a rea financeira de

    qualquer tipo de organizao, seja ela pblica ou privada, grande ou pequena, com ou sem fins

    lucrativos.

    Quanto as modalidades bsicas de organizao de empresas Gitmam (2010) elenca:

    Tabela 1- Pontos fortes e fracos das modalidades jurdicas mais comuns nas empresas

    Fonte: Gitman (2010)

    15

  • Quanto a estrutura de uma sociedade por aes tem-se o seguinte organograma:

    Figura 1- Exemplo de Organograma de uma Sociedade Annima

    Fonte: Gitman (2010)

    A estrutura da rea financeira conta com o Vice-Presidente de finanas, o Tesoureiro e o

    Controller. O primeiro tem como funo planejar, dirigir e controlar as atividades do setor,

    definindo suas estratgias de atuao. J o Controller, como o prprio nome sugere,

    responsvel pela superviso dos assuntos contbeis da organizao a saber: assuntos fiscais,

    contabilidade de custos, contabilidade gerencial e financeira.

    O Tesoureiro realiza a gesto cotidiana do caixa da empresa, do credito, planejamento

    financeiro bem como eventuais operaes de cambio. A tesouraria fica incumbida de controlar,

    diariamente no Movimento de Caixa, todos os pagamentos (sadas de recursos) e/ou

    recebimentos (entrada de recursos) realizados pela organizao. A tabela abaixo lista as

    possveis oportunidades de carreira na rea financeira:

    16

    Unidade 2

  • Tabela 2 - Oportunidade de carreira na administrao financeira

    Fonte: Gitman (2010)

    A funo de administrao financeira pode variar conforme o porte da empresa. Em

    micro e pequenas empresas a funo fica a cargo do Proprietrio e/ou Contador. A medida que a

    organizao se desenvolve a funo financeira se transforma em um departamento separado,

    diretamente ligado ao presidente da empresa, com a superviso do diretor financeiro.

    Atividades bsicas do administrador financeiro

    O Gestor Financeiro tem duas atividades bsicas: tomas decises de investimento

    (Ativos da Organizao) e decidir sobre as fontes de financiamento (Passivos da Organizao).

    A Tesouraria tem como sendo suas atribuies:

    Realizar e controlar os pagamentos e recebimentos, bem como as suas respectivas

    contabilizaes.

    Elaborar e controlar a emisso de documentos comprobatrios de pagamentos e

    recebimentos.

    Controlar as disponibilidades financeiras em caixa e em bancos.

    Registrar, controlar e acompanhar os cheques devolvidos por irregularidades, interagindo

    com as entidades legais, para registro de ocorrncia e respectiva cobrana, caso necessrio.

    Manter, organizadamente, a guarda dos documentos de pagamentos e recebimentos, bem

    17

  • como promover a sua efetiva recuperao, quando necessria.

    Diariamente devem ser realizadas atividades como:

    Lanamento e conciliao de Extrato bancrio, pois este processo se faz necessrio para as

    baixas de duplicatas e apropriao de valores nos diversos departamentos;

    Identificao de Dbitos e Crditos pendentes Classificar;

    Conferencia e Fechamento do caixa, verificando se os valores recebidos (Dinheiro, Cheques

    e Cartes) esto corretos;

    Enviar contabilidade todos os movimentos dos caixas com os seus respectivos

    documentos, os quais serviro de base para conferencia da contabilizao financeira;

    Conferencia dos Saldos de Banco diariamente, os quais serviro de base para montagem do

    fluxo financeiro;

    Efetuar os depsitos bancrios em dinheiro e cheques dos mesmos e sua posterior

    liberao;

    Controlar os recebimentos das Administradoras de cartes de crdito, efetuando o

    lanamento dos crditos bancrios ou baixando os crditos bancrios pendentes no dia

    previsto de pagamento da administradora de cartes de crdito;

    Emisso diria de cheques recebidos e extrato de movimentao da tesouraria.

    Fluxos de caixa e planejamento financeiro

    Para Gitman (2010) o fluxo de caixa a preocupao principal do administrador

    financeiro. Do ponto de vista financeiro, as empresas se preocupam freqentemente tanto com

    o fluxo de caixa operacional, utilizado na tomada de decises, quanto com o fluxo de caixa livre,

    acompanhado atentamente no mercado de capitais.

    O Processo de planejamento financeiro envolve a orientao, a coordenao e o

    controle das atividades da empresa, de modo a lev-la a atingir seus objetivos, sendo gerados a

    partir deste processo dois produtos: o planejamento de caixa e o planejamento de resultados. O

    primeiro envolve a elaborao do oramento de caixa da empresa, j o segundo consiste na

    elaborao tanto de oramentos de caixa quanto de demonstraes financeiras projetadas.

    GITMAN (2010)

    18

    Unidade 2

  • ATIVIDADE 5 ORGANIZAO DA GESTO FINANCEIRA

    1. O que so finanas?

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    2. Quais as modalidades jurdicas mais comuns das organizaes?

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    3. Explique as atividades desenvolvidas pelo Tesoureiro e pelo Controller.

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    4. Quais so as atividades dirias realizadas pela Tesouraria?

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    5. ROTINAS DA TESOURARIA

    Para iniciarmos as rotinas da tesouraria, se faz necessrio inicialmente descrever os

    documentos bsicos que o auxiliar de tesouraria ir manusear. Lago (2011) utiliza-se do

    minidicionrio Aurlio, que explica que um documento qualquer escrito utilizvel para

    19

  • consulta, estudo, prova, documento. O autor complementa dizendo que em uma empresa os

    documentos constituem os dados e informaes. Estes podem ser contbeis, fiscais, legais,

    trabalhistas, previdencirios, entre outros. Assim se torna de suma importncia guardar os

    documentos bem como recuper-los rapidamente quando necessrio.

    Os documentos de uma organizao, para fins de arquivamento, podem ser

    classificados em: contbeis e legais. Lago (2011) assim os descreve:

    Documentos contbeis - so os documentos que servem para provar a regularidade,

    legalidade de todas as operaes da empresa. Exemplo:

    Cpias de cheques;

    Ordens de pagamento;

    Notas fiscais;

    Extratos bancrios.

    Documentos legais - so os documentos que correspondem ao cumprimento de leis,

    normas, resolues, memorandos, entre outros. Alguns documentos legais que devem estar

    disposio dos rgos fiscalizadores:

    Contrato Social, Ata de fundao ou Estatuto Social;

    Declarao Cadastral-Secretaria da Fazenda (se a empresa for da rea do comrcio);

    Carto do CNPJ;

    Carto de Inscrio na Prefeitura Municipal;

    Alvars de funcionamento (ex.: Vigilncia Sanitria; Corpo de Bombeiros, Conselhos

    Nacionais/Regionais).

    Documentos normalmente manuseados nas organizaes

    Nota Fiscal - um documento fiscal, emitido por pessoa jurdica que demonstra e registra a

    venda de mercadorias ou a prestao de servio. O intuito da Nota fiscal e documentar, para fins

    fiscais, uma operao de circulao de mercadorias ou uma prestao de servios, ocorrida

    entre as partes. Destina-se ao recolhimento de impostos e sua no-utilizao e emisso desta,

    caracteriza sonegao fiscal. Desde 2005, a legislao brasileira aceita a Nota Fiscal

    Eletrnica. Exemplo:

    20

    Unidade 2

  • Figura 3 - Exemplo de Nota Fiscal

    Fonte: www.sitecontabil.com.br

    Fatura - o documento usado apenas para operaes de venda a prazo. Para que seja

    preenchida, precisa da emisso de uma nota fiscal. Na fatura devem constar informaes da

    mercadoria, como: preo, quantidade, dados do comprador e do vendedor, data de em so,

    forma de pagamento e tambm os dados da nota fiscal que originou a venda a prazo. A fatura

    deve ser assinada pelo comprador no ato da entrega, assim respalda o vendedor em caso de

    21

  • no-pagamento. LAGO (2011)

    Figura 4 - Exemplo de Fatura

    Fonte: www.dicaslegais.net

    Duplicata um ttulo financeiro que o vendedor pode optar mesmo no sendo

    obrigatrio. A diferena em relao a fatura e que a duplicata pode ser protestada.

    22

    Unidade 2

  • Figura 5 - Exemplo de Duplicata

    Fonte: www.protestosbc.com.br

    Nota Promissria So ttulos de emisso de sociedades por aes abertas,

    representativos de dvida de curto prazo (mnimo de 30 e mximo de 360 dias). Em geral, so

    emitidos com desgio e no prevem pagamento de cupom. PINHEIRO (2007)

    Figura 6 - Exemplo de Nota Promissria

    Fonte: www.protestopatrocinio.com.br

    23

  • Recibo - documento Impresso com um valor recebido de determinada empresa ou pessoa,

    relatando a natureza do servio ou produto pelo qual se est pagando. Nele devem conter ainda

    o nome do pagante, de quem est recebendo, data, local e assinatura de quem recebeu o valor

    pago. LAGO (2011)

    Figura 7 - Exemplo de Recibo

    Guia de recolhimento de imposto ou de contribuio formulrio preenchido pelas

    organizaes para o recolhimento das obrigaes fiscais que devem ser devidamente

    guardados.

    Figura 8 - Exemplo de Guia de Recolhimento

    24

    Unidade 2

  • Livros fiscais - so documentos oficiais, nos quais a empresa anota as vendas e servios

    prestados, notas fiscais de entrada e sada, e toda a movimentao de dbito e crdito de ICMS

    e IPI. Cada estabelecimento responsvel por manter seu livro fiscal atualizado. E mesmo que

    a empresa tenha filiais ou vrios escritrios, cada estabelecimento deve ter seu livro fiscal.

    LAGO (2011)

    As organizaes podem valer-se de diferentes mecanismos / mtodos de trabalho para

    melhorar sua comunicao, padronizao dentre outros motivos. Assim podem adotar a

    utilizao de documentos como: memorandos, atas e relatrios de reunies e gerenciais,

    documentos trabalhistas, requisies de compra dentre outros.

    ATIVIDADE 6 ROTINAS DA TESOURARIA

    Com o auxilio do professor, preencha cada um dos seguintes formulrios listados

    abaioxo:

    Obs: os formulrios: Recibo e Nota Promissria os alunos devem faz-lo eletronicamente no

    computador utilizando-se do editor de texto.

    Nota Promissria

    25

  • Nota Fiscal

    26

    Unidade 2

  • 27

  • Duplicata

    Recibo

    28

    Unidade 2

  • Guia de recolhimento de imposto ou de contribuio

    A Tesouraria possui diversas rotinas sendo que Junior (2011) lista as seguintes:

    CONTROLE DE CONTAS A PAGAR permite aos gestores visualizar os compromissos

    assumidos pela organizao, acompanhar os pagamentos a serem efetuados em

    determinado perodo, e avaliar oportunidades de assumir compromissos, de maneira a no

    centralizar muitos pagamentos em determinadas datas. Tal organizao deve ser feita ms-

    a-ms.

    CONTROLE DE CONTAS A RECEBER - exige que as vendas a prazo do dia e os

    recebimentos sejam oportunamente informados aos responsveis pelo seu preenchimento.

    Os lanamentos das vendas a prazo devem ser realizados conforme o ms de vencimento, e

    as baixas, de acordo com os recebimentos.

    REGISTRO DIRIO DE CAIXA composto pelos lanamentos referentes aos

    desembolsos e recebimentos efetuados durante um determinado perodo.

    CONTROLE DE ESTOQUES necessrio para gerenciar o volume financeiro investido

    neste ativo, considerando que o mesmo possui custos de manuteno e oportunidade, que

    eventualmente podem comprometer a rentabilidade da organizao.

    CONTROLE DA MOVIMENTAO BANCRIA - proporciona ao gestor condies de

    acompanhar e efetuar conciliaes entre constas bancrias, verificando se as entradas e

    sadas so pertencentes empresa. Observe que o controle bancrio individual.

    29

  • DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA A demonstrao de fluxo de caixa uma

    ferramenta que permite ao gestor visualizar como estar o caixa da empresa em um perodo

    futuro melhorando o processo de tomada de deciso. Trata-se da compilao das

    informaes de contas a pagar e receber.

    Tabela 3 - Exemplo de um fluxo de Caixa

    Fonte: Junior (2011)

    Para sintetizar esta seo, ser utilizado os procedimentos preconizados por Junior

    (2011), na seo Planejamento e Controles Financeiros Em 7 Passos, os quais ser feito uma

    simplificao dos mesmos:

    Passo 1 Plano de contas

    O plano de contas constitui-se de uma lista de contas contbeis que sero utilizadas

    para a consolidao das transaes financeiras da sua empresa. Por exemplo:

    Tabela 4 - Plano de Contas

    Fonte: Junior (2011)

    O autor destaca que os contadores tm, normalmente, vrios planos de contas padro

    j montados, e, antes de iniciar as operaes da empresa escolhem o plano que mais se

    assemelha com os negcios desta nova empresa. Recomenda-se alguns cuidados:

    30

    Unidade 2

  • 1. Revise, junto com seu contador, o seu plano de contas. Ningum conhece sua empresa e

    seus negcios melhor do que voc. Talvez voc tenha que criar novas contas para poder

    gerenciar melhor a empresa.

    2. Procure deixar uma cpia do plano de contas sempre mo.

    3. Cada vez que voc for enviar uma nota de despesa, cpia de cheque, ou qualquer outro

    documento para contabilizao, procure anotar no documento a conta na qual dever ser

    contabilizada a transao. Tenho alguns clientes que juntam um monte de notas fiscais e

    mandam para o contador, que tenta adivinhar a natureza do gasto, e, com alguma freqncia

    aloca a despesa em uma conta incorreta por falta de informaes adequadas. (JUNIOR,

    2011)

    Recomenda-se que as organizaes utilizem um plano de contas que possa auxili-la

    tanto nas questes contbeis quanto gerenciais. Outra sugesto de que em empresas com

    porte maior pode-se implementar o conceito de centro de custo, ou seja, o departamento ou

    grupo que originou a transao (receita ou despesa) financeira. Desta forma posso tirar

    relatrios consolidados pela conta (do plano de contas) e pelo centro de custo. JUNIOR (2011)

    Passo 2 Histrico financeiro

    Vamos comear a analisar os dados financeiros da sua empresa. Se sua empresa

    utiliza um software de gesto empresarial voc poder extrair vrios relatrios para anlise.

    Junior (2011) recomenda que pequenas empresas utilizem uma planilha ou relatrio da

    seguinte forma:

    1. Crie 14 colunas.

    2. Na primeira coluna coloque as principais contas do seu plano de contas, por exemplo:

    Receitas:

    Venda de produtos;

    Venda de servios;

    Locao.

    Despesas:

    Aluguel;

    Conta de luz;

    Conta de telefone;

    Acesso Internet;

    Salrios;

    Impostos.

    31

  • 3. Nas colunas 2 a 13 coloque os meses de Janeiro a Dezembro consolidando as receitas e

    gastos ms-a-ms.

    4. Na coluna 14 coloque o total, ou seja, a somatrio dos meses.

    Importante: alguns clientes criam uma linha de outros para consolidar receitas ou gastos de

    menor valor. Contudo, algumas vezes estes outros acabam virando grandes buracos negros

    escondendo uma srie de ineficincias operacionais ou problemas de gesto financeira.

    Certifique-se de que voc sabe o que est sendo consolidado em outros.

    A anlise do histrico financeiro vai permitir que voc:

    1. Verifique se as contas do plano de contas esto com um nvel de detalhes suficientes para

    voc gerenciar sua empresa.

    2. Identifique a sazonalidade das receitas e despesas, que ser importantssimo para fazer as

    projees e o planejamento para o prximo perodo fiscal. Por exemplo, voc poderia

    identificar que, no seu ramo de atuao, os meses de Janeiro e Fevereiro representam muito

    pouca receita, e que o ms de Dezembro tem, sempre, um valor alto de despesas com

    salrios.

    3. Identifique quais foram as maiores fontes de receitas, e, as maiores despesas. Desta forma

    voc poder atuar em minimizar os custos e maximizar os ganhos. JUNIOR, 2011

    A partir dos dados coletados a empresa poder tomar suas decises com base nos

    dados, que se trabalhados se tornaro informaes valiosas.

    Passo 3 Fluxo de caixa

    O Fluxo de Caixa pode ser considerado uma das principais ferramentas dos gestores

    financeiros. Nele possvel registrar todos os compromissos que os clientes da empresa

    assumiram com ela, bem como os compromissos financeiros da prpria empresa. Para tanto se

    faz necessrio que o controle de contas-a-pagar e contas-a-receber estejam sendo registrados

    adequadamente. Uma planilha muito parecida com a que utilizamos no Passo 2 Histrico

    Financeiro com a diferena de que nas colunas deve-se colocar os valores semana-a-semana

    e no ms-a-ms. Desta forma possvel gerenciar melhor os fluxos de recursos da empresa,

    visualizando se a empresa ter falta ou sobra de caixa e em que semana isto acontecer.

    32

    Unidade 2

  • Passo 4 Impostos e encargos

    Aps o desenvolvimento da planilha do Passo 2, voc deve ter verificado que os

    impostos e encargos possuem uma grande representatividade do se faturamento e voc dever

    estar, constantemente, atento para as mudanas de lei que impactaro sua carga tributria.

    Junior (2011) elabora as seguintes dicas:

    Dica 1 Seguindo a lei

    As leis tributrias e fiscais so complexas e cheias de detalhes o seu contador poder orient-

    lo para que sua empresa otimize a carga de impostos e encargos totalmente dentro da lei.

    Antigamente os empresrios no queriam perder tempo entendendo as leis, e, preferiam

    descumpri-las com artifcios como caixa2, contratao no-CLT, no emisso de nota fiscal, e

    outras prticas que criavam um grande risco para a empresa. As multas aplicadas pelo no

    cumprimento da lei podero falir o seu negcio.

    Se voc pretende submeter sua empresa para receber investimentos (Venture Capital) esteja

    certo de que no existe qualquer tipo de passivo trabalhista, tributrio ou fiscal, ou seja, que

    sua empresa est trabalhando de maneira totalmente regularizada.

    Dica 2 Regime de apurao

    O governo brasileiro permite dois tipos de regime de apurao de imposto de renda: Lucro

    Presumido e Lucro Real. Normalmente o seu contador falar para voc optar por Lucro

    Presumido. Cuidado, pea para que ele faa uma simulao com os dados da sua empresa

    (previso). A opo de Lucro Real poder ser bem mais vantajosa para sua empresa, embora,

    d muito mais trabalho para seu contador. Entretanto se sua empresa for prestadora de

    servio, veja as vantagens do lucro presumido em relao a taxao de outros impostos que

    impactaro sobre seu faturamento.

    Dica 3 Impostos por perodo

    Alguns impostos so calculados sobre o faturamento de um determinado perodo, por

    exemplo, o imposto de renda para Lucro Presumido calculado a cada trimestre. Ento, s

    vezes, ser bem mais vantajoso para sua empresa negociar com o cliente para a entrega dos

    produtos e nota fiscal no primeiro dia do prximo trimestre. Desta forma voc conseguir diluir e

    gerenciar a carga de impostos que voc pagar no trimestre com conseqente otimizao.

    Dica 4 Impostos por faixa de contribuio

    Vou utilizar o mesmo raciocnio da dica anterior. Alguns impostos so calculados com base em

    alquotas que variam por faixa de faturamento em especial se sua empresa est no

    SIMPLES. Ento, se estamos em Dezembro, s vezes pode ser vantajoso negociar com o

    33

  • cliente para a entrega de produtos e faturamento em Janeiro. JUNIOR (2011)

    As atividades descritas anteriormente podem auxiliar a organizao financeira de sua

    empresa. Aps o processo de implementao o gestor verificar que as mesmas se tornaro

    rotinas da organizao.

    Operaes que afetam o caixa das organizaes

    Gitman (2010) e Braga (1995) destacam que diferentes operaes afetam o caixa das

    organizaes, sendo que as mesmas podem ser organizadas em:

    Aumento do caixa disponvel.

    Integralizao do capital pelos Scios ou Acionistas refere-se aos recursos que os scios

    e/ou acionistas disponibilizam para a organizao.

    Emprstimos Bancrios so recursos financeiros captados no mercado financeiro para

    financiar as atividades da organizao.

    Venda de Itens do Ativo No Circulante maquinas, equipamentos dentre outros.

    Vendas a Vista e Recebimentos de Duplicatas a Receber.

    Outras Entradas - juros recebidos, dividendos recebidos de outras empresas, indenizaes

    de seguros recebidas etc.

    Diminuio do caixa disponvel.

    Pagamentos de Dividendos aos Acionistas.

    Pagamentos de Juros, Correo Monetria da Dvida e Amortizao da Dvida.

    Aquisio de itens do Ativo No Circulante.

    Compras a vista e Pagamentos de Fornecedores.

    Pagamentos de Despesa/Custo, Contas a Pagar e Outros.

    ATIVIDADE 7 ROTINAS DA TESOURARIA 2

    Com o auxilio do professor, preencha cada um dos seguintes formulrios listados a

    seguir:

    34

    Unidade 2

  • Etapa 1 controle de contas a pagar

    Etapa 2 controle de contas a receber

    35

  • Etapa 3 movimento

    bancrio

    Etapa 4 desenvolva um fluxo

    de caixa

    36

    Unidade 2

  • Unidade 3

    AUTO AVALIAO

    Ao trmino do treinamento faa uma reflexo e anlise sobre seu aproveitamento deste

    contedo e responda o questionrio abaixo. A sua avaliao franca e honesta muito

    importante para que possveis melhorias sejam feitas. Marque um X nas perguntas e ao

    trmino destaque esta folha e entregue ao instrutor.

    Aluno(a):_______________________________________________Data: ___/____/_____

    QuestesConcordo

    plenamente

    Concordo

    parcialmente

    Discordo

    parcialmente

    Discordo

    plenamente

    Mostrei interesse e motivao pelo contedo

    Utilizei a apostila para atividades em sala de aula

    Fui disciplinado e bem comportado

    Fui cordial e educado com o instrutor e os

    colegas de sala

    Consegui acompanhar e assimilar o contedo

    Consegui resolver os exerccios propostos

    Participei das aulas interagindo com o instrutor e

    colegas da sala

    Fui Pontual e Compareci em todas as aulas

    Tive cuidado e organizao com o material,

    carteira e cadeira

    Sempre que tive dvidas perguntei ao instrutor

    Quais foram os aspectos positivos da sua participao neste contedo?

    Quais foram os aspectos negativos da sua participao neste contedo?

    Gostaria de registrar algum comentrio ou sugesto?

    Estudei a apostila extra sala de aula

    37

  • BIBLIOGRAFIA

    BRAGA, R. Fundamentos e Tcnicas de Administrao Financeira. So Paulo: Atlas, 1

    ed. 1995.

    DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. 6 ed. So Paulo: Cultura, 1999.

    ______. O Segredo de Lusa. 2 ed. So Paulo: Editora de Cultura, 2006.

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando idias em negcios. Rio de

    Janeiro: Elsevier, 2005.

    ______. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar

    em organizaes estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

    ______. Empreendedorismo Corporativo: conceitos e aplicaes. Revista de negcios.

    Blumenau, v.9. n.2. p.81-90, Abril/Junho, 2004.Disponvel em:

    Acesso em 18 Abr.2011.

    GITMAN, L. J. Princpios de Administrao Financeira. So Paulo: Harbra, 7 ed. 2010.

    Guia Pronatec de Cursos FIC 2011. Governo Federal. Braslia DF. 2011

    FILION, L. J.; DOLABELA, F. Boa idia! E agora? Plano de Negcio, o caminho seguro

    para criar e gerenciar sua empresa. So Paulo: Cultura Editores Associados, 2000.

    HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. 7 ed. Porto

    Alegre: Bookman, 2004.

    JNIOR, I. L. C. Apostila Rotinas de Operaes em Tesouraria. Disponvel em:

    . .Acessado em: 21/12/11

    LAGO, C. F. Rotinas Financeiras. Disponvel em:

    . Acessado em: 26/12/11.

    MOREIRA, J. M. tica Empresarial no Brasil. So Paulo, Ed. Pioneira.

    PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais: fundamentos e tcnicas. 4 ed. So Paulo: Atlas,

    2007.

    ROSAS, V. B. Afinal, o que tica? Disponvel em:

    . Acesso:

    28/12/11.

    SUA PESQUISA. Conceito de tica. Disponvel em:

    . Acessado em 20/12/11.

    VAZQUEZ, A. S. tica. Rio de janeiro, Ed. Civilizao Brasileira, 1998.

    VALLS, . L. M. O que tica. 7 edio Ed. Brasiliense, 1993.

    38

    Unidade 3

  • Sites Pesquisados Acervo de Figuras:

    ;

    ;

    ;

    .

    39

  • FORMAO INICIAL E CONTINUADA

    EMPREENDEDORISMO

  • EMPREENDEDORISMO

    rica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais

  • Os textos que compem estes cursos, no podem ser reproduzidos sem autorizao dos editores

    Copyright by 2012 - Editora IFPR

    IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARAN

    Reitor

    Prof. Irineu Mario Colombo

    Pr-Reitor de Extenso, Pesquisa e Inovao

    Silvestre Labiak Junior

    Organizao

    Marcos Jos Barros

    Cristiane Ribeiro da Silva

    Projeto Grfico e Diagramao

    Leonardo Bettinelli

  • Introduo

    Certamente voc j ouviu falar sobre empreendedorismo, mas ser que voc sabe

    exatamente o que significa essa palavra, ser que voc possui as caractersticas necessrias

    para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a

    respeito desse tema que pode fazer a diferena na sua vida!

    No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei n 11.892 que cria a Rede Federal de

    Cincia e Tecnologia. Uma das instituies que compe essa rede o Instituto Federal do

    Paran, criado a partir da escola tcnica da Universidade Federal do Paran. Voc deve estar

    se perguntando O que isso tem a ver com o empreendedorismo?, no mesmo? Pois tem

    uma relao intrnseca: uma das finalidades desses instituies federais de ensino estimular o

    empreendedorismo e o cooperativismo.

    E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a

    promoo e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade,

    ou seja, esse um trabalho que no pode estagnar nunca. Uma das nossas aes, por

    exemplo, a insero da disciplina de empreendedorismo no currculo dos cursos tcnicos

    integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos bsicos

    sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessrios para dar incio a um

    empreendimento na rea pessoal, social ou no mercado privado.

    Neste material, que servir como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para

    cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didtica e

    divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da famlia Bonfim, uma famlia como qualquer outra

    que j conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com caractersticas muito diversas

    entre si, os membros dessa famlia possuem algo em comum: todos esto prestes a iniciar um

    empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dvidas, dificuldades e

    anseios na estruturao de seus projetos e atravs deles buscaremos salientar questes

    bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo.

    As dvidas desta famlia podem ser suas dvidas tambm, temos certeza que voc vai se

  • Anotaes

    identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais

    sobre a famlia Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida

    dos brasileiros!

  • Sumrio

    HISTRIA DO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7

    TRAANDO O PERFIL EMPREENDEDOR.....................................................................................................8

    PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12

    ANLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14

    PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15

    PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17

    PLANO FINANCEIRO....................................................................................................................................18

    EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITRIO .................................................................................21

    INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23

    REFERNCIAS .............................................................................................................................................25

  • Anotaes

  • HISTRIA DO EMPREENDEDORISMO

    Antes de apresent-los a famlia Bonfim, vamos conhecer um pouco da histria do

    empreendedorismo?

    Voc deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar

    muitas dificuldades conseguiu alcanar um objetivo. Quando estudamos a histria do Brasil e

    do mundo frequentemente nos deparamos com histrias de superao humana e tecnolgica.

    Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas no eram definidas com esse termo.

    Os primeiros registros da utilizao da palavra empreendedor datam dos sculos XVII e

    XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como caracterstica a ousadia e a

    capacidade de realizar movimentos financeiros com o propsito de estimular o crescimento

    econmico por intermdio de atitudes criativas.

    Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do sculo XX, define o

    empreendedor como uma pessoas verstil, que possui as habilidades tcnicas para produzir e

    a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operaes internas e

    realizar vendas.

    notvel que o desenvolvimento econmico e social de uma pas se d atravs de

    empreendedores. So os empreendedores os indivduos capazes de identificar e criar oportuni-

    dades e transformar ideias criativas em negcios lucrativos e solues e projetos inovadores

    para questes sociais e comunitrias.

    O movimento empreendedor comeou a ganhar fora no Brasil durante a abertura de

    mercado que transcorreu na dcada de 90. A importao de uma variedade cada vez maior de

    produtos provocou uma significativa mudana na economia e as empresas brasileiras precisa-

    ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma srie de reformas do Estado, a

    expanso das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen-

    dimentos e trazendo luz questo da formao do empreendedor.ngua e linguagem e sua

    importncia na leitura e produo de textos do nosso cotidiano.

    Perfil dos integrantes da famlia Bonfim

    Felisberto Bonfim: O pai da famlia, tem 40 anos de idade. Trabalha h 20 anos na mesma

    empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo prprio.

    Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de tcnico em informtica no IFPR.

    Altamente integrado s novas tecnologias, no consegue imaginar uma vida desconectada.

    Clara Bonfim: A primognita da famlia tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de

    7

  • Unidade 1seu bairro que trabalha com crianas em risco social. Determinada, no acredita em projetos

    impossveis.

    Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus ltimos anos aos cuidados da casa e

    da famlia. Hoje com 38 anos e com os filhos j crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que

    ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade.

    Benvinda Bonfim: A vov da famlia tem 60 anos de idade e famosa por cozinhar muito bem e

    por sua hospitalidade.

    Todos moram juntos em uma cidade na regio metropolitana de Curitiba.

    TRAANDO O PERFIL EMPREENDEDOR

    Muitas pessoas acreditam que

    preciso nascer com caractersticas

    especficas para ser um empreen-

    dedor, mas isso no verdade,

    essas caractersticas podem ser

    estimuladas e desenvolvidas.

    O sr. Felisberto Bonfim uma

    pessoa dedicada ao trabalho e a

    famlia e que embora esteja satis-

    feito com a vida que leva nunca

    deixou para trs o sonho de abrir o prprio negcio. H 20 anos atuando em uma nica empre-

    sa, h quem considere no haver mais tempo para dar um novo rumo vida. Ele no pensa

    assim, ele acredita que possvel sim comear algo novo, ainda que tenha receio de no possu-

    ir as caractersticas necessrias para empreender. Voc concorda com ele, voc acha que

    ainda h tempo para ele comear?

    Responda as questes abaixo. Elas serviro como um instrumento de autoanlise e a

    partir das questes procure notar se voc tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles

    esto bem delineados? O que voc considera que est faltando para alcanar seus objetivos?

    Preste ateno nas suas respostas e procure tambm identificar quais caractersticas pessoais

    voc possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser

    aprimoradas:

    a) Como voc se imagina daqui h 10 anos?

    _______________________________________________________________________

    8

  • _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    b) Em que condies voc gostaria de estar daqui h 10 anos?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    c) Quais pontos fortes voc acredita que tem?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que voc tem? Voc concorda com

    eles?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    e) Para voc, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    f) Na sua opinio, voc poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    9

  • g) Voc acha que est tomando as atitudes necessrias para atingir seus objetivos?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    h) O que voc acha imprescindvel para ter sucesso nos seus objetivos?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    A ousadia uma caracterstica extremamente importante para quem pretende iniciar

    um projeto empreendedor - necessrio estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati-

    vas, mesmo se outras pessoas disserem que no vai dar certo (o que provavelmente sempre

    ocorrer em algum momento da trajetria). Isso nos leva a uma outra caracterstica muito

    importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi-

    tar em si e no se deixar abalar pelos comentrios negativos. Um empreendedor precisa ser

    criativo e inovador, precisa estar antenado ao que est acontecendo no mundo e estar atento s

    necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus

    objetivos.

    Voc j ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em So Mateus

    do Sul-PR, casado e tem 1 filho. Durante a adolescncia trabalhou como boia fria. Mora em

    Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao pblico em lanchonete

    e bancas de jornal. Parece uma histria corriqueira, mas o que Valdir tem de to especial? Valdir

    conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas

    decidiu que no seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem

    uma srie de atitudes que o diferenciam dos demais. Alm de ser extremamente cuidadoso

    com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente tambm, oferecendo

    lcool gel 70% para que o cliente higienize suas mo antes de comer a pipoca e junto com a

    pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele

    tambm possui um carto fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri-

    nho ganha outro de graa. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, alm de

    possuir uma clientela fiel, faz uma srie de palestras por todo o pas, sendo reconhecido como

    um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferena,

    as pessoas gostam de receber um tratamento especial.

    10

  • Conhea mais sobre o pipoqueiro Valdir em:

    .

    H quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente muito insignificante, mas

    no verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importn-

    cia! Falando em criatividade, vamos estimul-la um pouco?

    1)J pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense

    em algum material que voc utiliza em seu trabalho ou em casa e em como voc poderia

    utiliz-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo-

    mos de todos os instrumentos necessrios para realizar uma determinada atividade. Nesses

    momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptaes

    necessrias para alcanar o xito em nossas aes!

    2)Agora vamos fazer ao contrrio, pense em uma atividade do seu dia que voc no gosta ou

    tem dificuldade de fazer. Pensou? Ento imagine uma alternativa para torn-la fcil e rpida,

    pode ser mesmo uma nova inveno!

    E a? Viu como a imaginao pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas

    coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com

    pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina so formas de estimular o crebro a encon-

    trar solues criativas. Como vimos, a inovao e a criatividade extremamente importante

    para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu crebro! Leia bastante, faa

    pesquisas na rea que voc pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um

    olhar diferenciado!

    Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu prprio negcio, o pai da famlia

    procurou em primeiro lugar realizar uma autoanlise. Consciente de seus pontos fortes e fracos,

    ele agora se sente mais seguro para dar o prximo passo: planeja. Antes de tomar alguma

    deciso importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto!

    11

  • PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES

    Planejar palavra de ordem em

    todos os aspectos de nossa vida,

    voc concorda? Quando quere-

    mos fazer uma viagem, comprar

    uma casa ou um carro, se no

    realizarmos um planejamento

    adequado certamente corremos o

    risco de perder tempo e dinheiro

    ou, ainda pior, sequer poderemos

    alcanar nosso objetivo.

    Para comear um empreendimento no diferente, necessrio definir claramente

    nossos objetivos e traar os passos necessrios para alcan-los. Para operacionalizar a etapa

    de planejamento, o Plano de Negcios uma ferramenta obrigatria.

    O plano de negcios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva

    averiguar a viabilidade de implantao de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende-

    dor ser capaz de dimensionar a viabilidade ou no do investimento. O plano de negcios

    instrumento fundamental para quem tem inteno de comear um novo empreendimento, ele

    que vai conter todas as informaes importantes relativas a todos os aspectos do empreendi-

    mento.

    Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compem um Plano de

    Negcios.

    Elaborao de um Plano de Negcio

    1. Sumrio executivo

    um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negcio, no deve ser

    extenso e muito embora aparea como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por ltimo.

    Nele voc deve colocar informaes como:

    Definio do negcio

    O que o negcio, seus principais produtos e servios, pblico-alvo, previso de

    faturamento, localizao da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a

    12

  • viabilidade do negcio.

    Dados do empreendedor e do empreendimento

    Aqui voc deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere-

    o, contatos. Tambm dever constar sua experincia profissional e suas caractersticas

    pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negcios, como um gerente de banco para o

    qual voc pediu emprstimo, por exemplo, possa avaliar se voc ter condies de encaminhar

    seu negcio de maneira eficiente.

    Misso da empresa

    A misso deve ser definida em uma ou no mximo duas frases e deve definir o papel

    desempenhado pela sua empresa.

    Setor em que a empresa atuar

    Voc dever definir em qual setor de produo sua empresa atuar: indstria, comr-

    cio, prestao de servios, agroindstria etc..

    Forma Jurdica

    Voc deve explicitar a forma como sua empresa ir se constituir formalmente. Uma

    microempresa, por exemplo, uma forma jurdica diversa de uma empresa de pequeno porte.

    Enquadramento tributrio

    necessrio realizar um estudo para descobrir qual a melhor opo para o recolhimen-

    to dos impostos nos mbitos Municipal, Estadual e Federal.

    Capital Social

    O capital social constitudo pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo-

    nibilizados pelos scios para constituio da empresa. importante tambm descrever qual a

    fonte de recursos

    13

  • DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus scios, essencial que eles tenham os

    mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que voc para se dedicar ao negcio, se vocs

    no estiverem bastante afinados h um risco muito grande de enfrentarem srios problemas

    na consecuo do empreendimento.

    Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou servio, ou seja, por qual razo os

    consumidores iro escolher voc ao invs de outro produto ou servio.

    ANLISE DE MERCADO

    Clientes

    Esse aspecto do seu Plano de Negcio extremamente importantes, afinal nele que

    ser definindo quais so os seus clientes e como eles sero atrados. Comece identificando-os:

    Quem so?

    Idade?

    Homens, mulheres, famlias, crianas?

    Nvel de instruo?

    Ou ainda, se forem pessoas jurdicas:

    Em que ramo atuam?

    Porte?

    H quanto tempo atuam no mercado?

    importante que voc identifique os hbitos, preferncias e necessidades de seus

    clientes a fim de estar pronto para atend-los plenamente e para que eles possam t-lo como

    primeira opo na hora de procurar o produto/servio que voc oferece. Faa um levantamento

    sobre quais aspectos seus possveis clientes valorizam na hora de escolher um produ-

    to/servio, isso vai ser importante para voc fazer as escolhas corretas no mbito do seu empre-

    endimento. Saber onde eles esto tambm importante, estar prximo a seus clientes vai

    facilitar muitos aspectos.

    14

  • Concorrentes

    Conhecer seus concorrentes, isto , as empresas que atuam no mesmo ramo que a

    sua, muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como

    encaminhar seu negcio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as

    facilidades de pagamento e garantias oferecidas, iro ajud-lo a responder algumas perguntas

    importantes: Voc tem condies de competir com tudo o que oferecido pelos seus concorren-

    tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para

    comprar no seu estabelecimento? Por qu? Em caso negativo, por que no?

    Mas no esquea de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto

    como fator favorvel, afinal eles serviro como parmetro para sua atividade e podem at

    mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos servios e produtos oferta-

    dos.

    Fornecedores

    Liste todos os insumos que voc utilizar em seu negcio e busque fornecedores. Para

    cada tipo de produto, pesquise pelo menos trs empresas diferentes. Faa pesquisas na inter-

    net, telefonemas e, se possvel, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que

    cada fornecedor ser capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que voc precisa,

    analise as formas de pagamento e veja se elas sero interessantes para voc. Mesmo aps a

    escolha um fornecedor importante ter uma segunda opo, um fornecedor com o qual voc

    manter contato e comprar ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com

    seu principal fornecedor, voc poder contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus

    fornecedores tambm so seus parceiros, manter uma relao de confiana e respeito com

    eles muito importante. Evite intermedirios sempre que possvel, o ideal comprar direto do

    produtor ou da indstria, isso facilita, acelera e barateia o processo.

    PLANO DE MARKETING

    Descrio

    Aqui voc deve descrever seus produto/servio. Especifique tamanhos, cores, sabo-

    res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faa uma apresentao de seu

    produto/servio de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se h exign-

    cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/servio e certifique-se que

    15

  • segue todas as orientaes corretamente.

    Preo

    Para determinar o preo do seu produto/servio voc precisa considerar o custo TOTAL

    para produzi-lo e ainda o seu lucro. preciso saber quanto o cliente est disposto a pagar pelo

    seu produto/servio verificando quanto ele est pagando em outros lugares e se ele estaria

    disposto a pagar a mais pelo seu diferencial.

    Divulgao

    essencial que voc seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde voc

    est e o que est fazendo, por isso invista em mdias de divulgao. Considere catlogos,

    panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rdio e

    TV, analise e veja qual veculo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos

    financeiros.

    Estrutura de comercializao

    Como seus produtos chegaro at seus clientes? Qual a forma de envio? No se

    esquea de indicar os canais de distribuio e alcance dos seus produtos/servios. Voc pode

    considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de

    sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru-

    mentos como o telemarketing e vendas pela internet tambm devem ser considerados e podem

    se mostrar bastante eficientes.

    Localizao

    A localizao do seu negcio est diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido

    para atuar. O local deve ser de fcil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja

    necessria. importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os

    aspectos das instalaes, se de fcil acesso e se trar algum tipo de impeditivo para o desen-

    volvimento da sua atividade.

    Caso j possua um local disponvel, verifique se a atividade escolhida adequada para

    ele, no corra o risco de iniciar um negcio em um local inapropriado apenas porque ele est

    disponvel. Se for alugar o espao, certifique-se de possvel desenvolver sua atividade nesse

    16

  • local e fique atento a todas as clusulas do contrato de aluguel.

    PLANO OPERACIONAL

    Layout

    A distribuio dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai

    permitir que voc tenha maior rentabilidade e menor desperdcio. A disposio dos elementos

    vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja

    necessrio voc pode contratar um especialista para ajud-lo nessa tarefa, mas se no for

    possvel, por conta prpria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos

    dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentaes oficiais

    sobre layout, preocupe-se com segurana e com a acessibilidade a portadores de deficincia.

    Capacidade Produtiva

    importante estimar qual sua capacidade de produo para no correr o risco de

    assumir compromissos que no possa cumprir - lembre-se que necessrio estabelecer uma

    relao de confiana entre voc e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ-

    o tenha certeza que isso no afetar a qualidade do seu produto/servio.

    Processos Operacionais

    Registre detalhadamente todas as etapas de produo desde a chegada do pedido do

    cliente at a entrega do produto/servio. importante saber o que necessrio em cada uma

    delas, quem ser o responsvel e qual a etapa seguinte.

    Necessidade de Pessoal

    Faa uma projeo do pessoal necessrio para execuo do seu trabalho, quais sero

    as formas de contratao e os aspectos trabalhistas envolvidos. importante estar atento

    qualificao dos profissionais, por isso verifique se ser necessrio investir em cursos de

    capacitao.

    17

  • PLANO FINANCEIRO

    Investimento total

    Aqui voc determinar o valor total de recurso a ser investido. O investimento total ser

    formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pr-operacionais.

    Agora que voc tem uma noo bsica de como compor um plano de negcios acesse

    a pgina e encontre mais informaes sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu

    Plano de Negcio, alm de outras informaes importantes. L voc encontrar exemplos de

    todas as etapas de um Plano de Negcio.

    Faa pesquisas em outros endereos eletrnicos e se preciso, busque o apoio de

    consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto ir depender do seu empenho em buscar

    novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolv-lo.

    Pesquise tambm por fontes de financiamento em instituies financeiras, buscando

    sempre a alternativa que melhor se adequar as suas necessidades. No tenha pressa, estude

    bastante antes de concluir seu plano de negcio. importante conhecer todos os aspectos do

    ramo de atividade que voc escolher, valorize sua experincia e suas caractersticas pessoais

    positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que voc ter

    condies de manter o negcio at que ele d o retorno planejado. Separe despesas pessoais

    de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla-

    tas sua rea de atuao.

    Planejar para clarear!

    Aps buscar auxlio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano

    de negcios. A partir dele pde visualizar com clareza que tem em mos um projeto vivel e at

    conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen-

    to investir na estrutura de seu empreendimento que ser lanado em breve.

    MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

    Que bolo maravilhoso! Voc uma tima

    anfitri. Eu quero a receita desse quindim! A

    senhora j pensou em vender seus quitutes?

    Eu? No, imagine, eu no

    tenho capacidade para isso!

    18

  • Ser mesmo que a dona Benvinda no tem capacidade para empreender?

    Vamos analisar a situao: a vov muito conhecida no seu bairro e admirada pela sua

    simpatia. Seus quitutes so conhecidos por todos e no a primeira vez que algum sugere que

    ela comece a vend-los. primeira vista, o cenrio parece ser favorvel para que ela inicie seu

    empreendimento: ela tem uma provvel clientela interessada e que confia e anseia por seus

    servios.

    Ao conversar com a famlia, incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a

    vov vai atrs de informaes e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada

    como microempreendedora individual.

    Voc conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual?

    A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual MEI,

    com vigncia a partir de 01.07.2009. uma possibilidade de profissionais que atuam por conta

    prpria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresrios.

    Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual

    do empreendimento deve ser de at 60 mil reais. No permitida a inscrio como MEI de

    pessoa que possua participao como scio ou titular de alguma empresa.

    O MEI possui algumas condies especficas que favorecem a sua legalizao. A

    formalizao pode ser feita de forma gratuita no prprio Portal do Empreendedor. O cadastro

    como MEI possibilita a obteno imediata do CNPJ e do nmero de inscrio na Junta

    Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas

    empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional esto habilitadas a realizar tambm

    a formalizao.

    Custos

    H alguns custos aps a formalizao. O pagamento dos custos especificados abaixo

    feito atravs do Documento de Arrecadao do Simples Nacional, que pode ser gerado online :

    5% de salrio mnimo vigente para a Previdncia.

    Se a atividade for comrcio ou indstria, R$ 1,00 fixo por ms para o Estado.

    Se a atividade for prestao de servios, R$ 5,00 fixos por ms para o Municpio.

    19

  • Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI:

    A dona Benvinda se registrou como doceira. So diversas as atividades profissionais

    aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas so: Arteso,

    azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site

    .

    Todos podem empreender!

    Hoje a vov est registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua

    clientela est crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e j est

    com planos de expandir seus servios nos prximos meses, talvez ela precise at mesmo

    contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que no param de aumentar.

    O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionrio que receba exclusivamente

    um salrio mnimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertena.

    Atividade Formativa

    Acesse o contedo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e

    discuta com seus colegas sobre o tema.

    Pense em algum que exera uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens

    voc apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como

    Microempreendedor Individual?

    Pesquise sobre linhas de crdito e incentivo especficas para microempreendedores

    individuais no Brasil.

    Muitas pessoas acreditam que caractersticas empreendedoras j vem de bero: ou se

    nasce com elas ou no h nada a ser feito. Pois saiba que possvel atravs de uma educao

    voltada para o empreendedorismo desenvolver caractersticas necessrias para o incio de um

    empreendimento. Esse empreendimento no precisa ser necessariamente um negcio com

    Em

    pree

    nder

    20

  • fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer rea da sua vida.

    A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educao tradicional

    a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos caractersticas importantes no

    decorrer de nossa trajetria, levando muitas pessoas a crer que no so capazes de empreen-

    der. Sua proposta de educao busca romper com esse pensamento e inserir no sistema

    educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiana para que quando estas

    crianas atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negcio como

    uma alternativa vivel.

    No podemos esquecer que empreendedor, em qualquer rea, algum que tenha

    sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir

    um negcio, fazer um curso, aprender uma lngua ou mudar a realidade social em que vive.

    inegvel que para realizar qualquer um desse itens essencial estar comprometido com o

    trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios.

    O empreendedorismo pode ser aprendido e est relacionado mais a fatores culturais do

    que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende-

    doras.

    O Pedro est tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e

    eles e seus amigos j esto cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos

    na disciplina e escrever um projeto para dar incio a uma empresa jnior na rea de informtica.

    Inspire-se

    Certamente voc j deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas voc conhece a histria

    dessa marca? Voc sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta

    em porta em um fusca? No? Ento leia mais em:

    e inspire-se!

    EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITRIO

    Educao empreendedora

    O empreendedor

    aquele que tem como objetivo

    maior o lucro financeiro a partir

    Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para l!

    21

  • de um empreendimento, correto? No necessariamente! O objetivo maior do empreendedor

    social ou comunitrio pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira

    luta pela preservao de uma reserva ambiental.

    Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescncia ela atua em uma organizao

    no-governamental que lida com crianas carentes, dando nfase na emancipao social

    dessas crianas atravs da arte, de esportes e da educao. O projeto, que comeou com uma

    pequena dimenso, hoje atende no apenas seu bairro, como trs outros prximos. impor-

    tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro-

    meteram com a causa e, com criatividade e competncia foram capazes de expandir o projeto.

    Agora com o apoio da Clara e com o esprito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade

    ser atendida pelo projeto e novas crianas sero beneficiadas!

    Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitrios?

    Empreendedorismo Social

    O empreendedorismo social ultrapassa a noo de mera filantropia - h espao aqui

    para metas, inovao e planejamento. Muitas organizaes no governamentais tem uma

    estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos.

    A Pastoral da Criana um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua

    fundadora, a Dr Zilda Arns, aliou sua experincia profissional como mdica pediatra e sanitaris-

    ta e sua prpria sensibilidade para identificar um mtodo simples e eficaz para combater a

    mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criana?

    Foi confiar s comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli-

    cadores do saber e de disseminadores da solidariedade.

    Empreendedorismo Comunitrio

    O empreendedorismo comunitrio consiste no movimento de organizao de grupos e

    pessoas com o propsito de alcanar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se

    realizada individualmente, no seria capaz de alcanar a projeo adequada no mercado. No

    Brasil, a economia solidria ascendeu no final do sculo XX, em reao excluso social

    sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de servio que no tinham condies de

    concorrer com grandes organizaes.

    Imagine um pequeno produtor de leite em uma regio onde atua um grande produtor de

    leite. Sozinho, ele no tem condies de concorrer com o grande produtor no mercado ou

    22

  • receber financiamentos para expandir sua produo, por exemplo. Ao se aliar com outros

    pequenos produtores, o negcio adquire uma nova dimenso, onde so favorecidos no ape-

    nas os produtores, que agora tem condies de levar seu produto ao mercado com segurana e

    em nvel de igualdade com o outro produtor, mas tambm todo o arranjo produtivo daquela

    regio.

    Em 2003 foi criada pelo Governo Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidria,

    que tem a finalidade de fortalecer e divulgar as aes de economia solidria no pas, favorecen-

    do a gerao de trabalho, renda e incluso social.

    Atividade Formativa

    D um exemplo de uma organizao no-governamental. Que trabalho essa organizao

    realiza? Voc acredita que os gestores dessa ONG so empreendedores? Por qu?

    Identifique em seu bairro ou cidade uma carncia que no foi suprida pelo setor pblico ou

    um trabalho exercido informalmente por algumas pessoas que possa ser fortalecido atravs

    da formao de uma estrutura de cooperativismo. Proponha uma ao que voc acredita que

    possa transformar a realidade desse grupo.

    Voc j ouviu falar em sustentabilidade? D um exemplo de uma ao sustentvel que voc

    j adota ou que possa ser adotada no seu dia a dia e como essa ao pode afetar positiva-

    mente o meio em que voc vive.

    INTRAEMPREENDEDORISMO

    A sr Serena Bonfim h muito tempo mantm o sonho de fazer uma faculdade. Depois

    de tantos anos dedicados famlia, ela est certa que est na hora de investir mais em si mes-

    ma. Alm disso, com seu marido prestes a abrir uma empresa, ela est disposta a usar os

    conhecimentos adquiridos na graduao para trabalhar diretamente no novo empreendimento

    e contribuir com seu desenvolvimento.

    Voc pode estar pensando: E se eu no quiser abrir um negcio, e se eu no quiser ser

    23

  • um empresrio?. Abrir uma empresa apenas uma alternativa, caso voc no tenha inteno

    de ter seu prprio negcio voc ainda pode ser um empreendedor.

    O intraempreendedorismo quando o empreendedorismo acontece no interior de uma

    organizao, quando algum mesmo no sendo dono ou scio do negcio mantm uma

    postura empreendedora dando sugestes e tendo atitudes que ajudam a empresa a encontrar

    solues inteligentes. Intra empreendedores so profissionais que possuem uma capacidade

    diferenciada de analisar cenrios, criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para as

    empresas e assim ajudam a movimentar a criao de ideias dentro das organizaes, mesmo

    que de maneira indireta. So profissionais dispostos a se desenvolver em prol da qualidade do

    seu trabalho.

    A cada dia as empresa preocupam-se mais em contratar colaboradores dispostos a

    oferecer um diferencial, pessoas dedicadas que realmente estejam comprometidas com o bom

    andamento da empresa. Esse comportamento no traz vantagens somente para a empresa,

    mas os funcionrios tambm se beneficiam, na participao dos lucros, por exemplo, vanta-

    gens adicionais que as empresas oferecem a fim de manter o funcionrio e, principalmente, na

    perspectiva de construo de uma carreira slida e produtiva.

    A capacitao contnua, o desenvolvimento da criatividade e da ousadia so caracters-

    ticas presentes na vida de um intraempreendedor.

    Vamos analisar se voc tem caractersticas de um intraempreendedor?

    Voc gosta do seu trabalho e do ambiente em que trabalha?

    Voc est sempre atento s novas ideias?

    Voc gosta de correr riscos e ousar novas ideias?

    Voc procura solues em locais incomuns?

    Voc persistente e dedicado?

    Voc mantm aes proativas?

    Voc busca fazer novas capacitaes regularmente?

    Caso voc no tenha ficado suficientemente satisfeito com as respostas a estas per-

    guntas, utilize o espao abaixo para listar atitudes que podem ajud-lo a ser um funcionrio

    intraempreendedor.

    O que fazer? Como fazer? Quando fazer?

    24

  • Concluso

    Muitos acreditam que para ser empreendedor necessrio possuir um tipo de vocao

    que se manifesta somente para alguns predestinados, mas ao acompanhar a trajetria da

    famlia Bonfim, podemos notar que o sonho de empreender est ao alcance de todos ns. Como

    qualquer sonho, esse tambm exige planejamento e dedicao para que seja concretizado com

    sucesso.

    Agora que voc aprendeu os princpios bsicos do empreendedorismo, que tal fazer

    como os membros da famlia Bonfim e investir nos seus sonhos?

    REFERNCIAS

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Transformando ideias em negcios. Rio de Janeiro:

    Elselvier, 2008. 3 edio revista e atualizada.

    ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negcio. Rio de Janeiro: Sebrae, 2007.

    DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    25

  • Anotaes

  • Anotaes

  • FORMAO INICIAL E CONTINUADA

    PLANO DE AO PROFISSIONAL

  • Os textos que compem estes cursos, no podem ser reproduzidos sem autorizao dos editores

    Copyright by 2012 - Editora IFPR

    IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARAN

    Reitor

    Irineu Mario Colombo

    Pr-Reitor de Extenso, Pesquisa e Inovao

    Silvestre Labiak Junior

    Organizao

    Jeyza da Piedade de Campos Pinheiro

    Marcos Jos Barros

    Reviso Ortogrfica

    Rodrigo Sobrinho

    Projeto Grfico e Diagramao

    Leonardo Bettinelli

  • 3

  • Caro (a) estudante,

    O Plano de Ao Individual PAI ser elaborado por voc durante sua qualificao profissional nos cursos FIC (Formao Inicial e

    Continuada) do PRONATEC IFPR. O destino desta viagem apresentado por meio de um roteiro que o ajudar a lembrar e a organizar

    informaes sobre suas experincias de trabalho e de seus familiares e a planejar a continuidade de seus estudos, incluindo sua formao

    escolar e seus planos profissionais.

    O PAI um instrumento que integra os contedos dos cursos FIC, devendo ser alimentado com suas ideias, pesquisas,

    experincias de trabalho e escolhas pessoais, com o objetivo de orientar e organizar sua trajetria acadmica.

    No decorrer do curso voc desenvolver atividades coletivas e individuais com a orientao do professor em sala de aula, e far o

    registro destas informaes, resultados de pesquisas e reflexes do seu cotidiano de forma sistematizada nas fichas que compem o Plano.

    Toda a equipe pedaggica e administrativa contribuir com voc, orientando-o e ajudando-o a sistematizar estes dados. O preenchimento

    deste instrumento por voc, ser um referencial na sua formao e na construo do seu conhecimento, no processo de ensino-

    aprendizagem.

    Bom estudo!

  • Anotaes

    5

  • Anotaes

  • 7

  • Sumrio

    Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formao Inicial e continuada FIC (IFPR/PRONATEC) .........................................10

    Ficha 2: Quem sou? ..............................................................................................................................................................................11

    Ficha 3: O que eu j sei? .......................................................................................................................................................................12

    Ficha 4: Minha trajetria profissional......................................................................................................................................................13

    Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?...........................................................................................................................................14

    Ficha 6: Resgate histrico da vida profissional da minha famlia...........................................................................................................15

    Ficha 7: Comparando as geraes. .......................................................................................................................................................16

    Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.......................................................................................................................17

    Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupaes do Eixo Tecnolgico do curso que estou matriculado no IFPR/PRONATEC. .............18

    Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenrio profissional. .....................................................................................19

    Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................20

    Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associao de classe. .......................................................................................................