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CUIDADOS COM RESÍDUOS HOSPITALARES E MATERIAIS PERFURO CORTANTES Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado "LIXO HOSPITALAR", sempre constituiu-se um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros sanitários. A atividade hospitalar é por sí só uma fantástica geradora de resíduos, inerente a diversidade de atividades que desenvolvem-se dentro destas empresas. O grande volume de compras de materiais e insumos para fazer funcionar, segundo Peter Drucker, a mais complexa das organizações, faz-nos responsável pelo destino de, números como os de que um hospital com cerca de 800 leitos, gere um volume de lixo hospitalar igual ao coletado em todo o município de Nova Prata- RS, por exemplo. O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os resíduos, ou sejam ignorados, ou recebam um tratamento com excesso de zêlo, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições hospitalares. Não raro lhe são atribuídas a culpa por casos de infecção hospitalar e outras tantas mazelas dos nosocômios. A incineração total do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, sendo ainda neste caso, uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados. Em sua grande maioria, os hospitais pouco ou quase nenhuma providência tomam com relação as toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos limitam-se a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza

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CUIDADOS COM RESÍDUOS HOSPITALARES E MATERIAIS PERFURO CORTANTES

Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como é mais comumente denominado "LIXO HOSPITALAR", sempre constituiu-se um problema bastante sério para os Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações a seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes, familiares e principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e aos aterros sanitários.

 

A atividade hospitalar é por sí só uma fantástica geradora de resíduos, inerente a diversidade de atividades que desenvolvem-se dentro destas empresas. O grande volume de compras de materiais e insumos para fazer funcionar, segundo Peter Drucker, a mais complexa das organizações, faz-nos responsável pelo destino de, números como os de que um hospital com cerca de 800 leitos, gere um volume de lixo hospitalar igual ao coletado em todo o município de Nova Prata- RS, por exemplo.

 

O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os resíduos, ou sejam ignorados, ou recebam um tratamento com excesso de zêlo, onerando ainda mais os já combalidos recursos das instituições hospitalares. Não raro lhe são atribuídas a culpa por casos de infecção hospitalar e outras tantas mazelas dos nosocômios.

 

A incineração total do lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, sendo ainda neste caso, uma atitude politicamente incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais pesados.

 

Em sua grande maioria, os hospitais pouco ou quase nenhuma providência tomam com relação as toneladas de resíduos gerados diariamente nas mais diversas atividades desenvolvidas dentro de um hospital. Muitos limitam-se a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de coleta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais, quando estes existem, lançam diretamente em lixões ou simplesmente "incineram" a totalidade dos resíduos.

 

Importante também destacar, os muitos casos de acidentes com funcionários envolvendo perfurações com agulhas, lãminas de bisturí e outros materiais denominados perfuro-cortantes.

 

O desconhecimento faz com que este fantasma, chamado "LIXO HOSPITALAR", cresça e amedronte os colaboradores e clientes das instituições de saúde.

 

LIXO HOSPITALAR - AS SOLUÇÕES

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Os constantes problemas, o desconhecimento, o medo, mas principalmente o desejo de que o assunto fosse tratado de uma forma técnica, profissional, levou-nos a desenvolver um projeto que resolvesse definitivamente o problema "LIXO HOSPITALAR".

Objetivos do projeto:

 

- Elevar a qualidade da atenção dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos serviços de saúde";

- Permitir o conhecimento das fontes geradoras dos resíduos. A atividade Hospitalar gera uma grande variedade de tipos de resíduos distribuídos em dezenas de setores com atividades diversas;

- Estimular a decisão por métodos de coleta, embalagem, transporte e destino adequados;

- Reduzir ou se possível eliminar os riscos a saúde dos funcionários, clientes e comunidade;

- Eliminar o manuseio para fins de seleção dos resíduos, fora da fonte geradora;

- Permitir o reprocessamento de resíduos cujas matérias primas possam ser reutilizadas sem riscos à saúde de pacientes e funcionários;

- Reduzir o volume de resíduos para incineração e coleta especial;

- Colaborar para reduzir a poluição ambiental, gerando , incinerando e encaminhando aos órgão públicos a menor quantidade possível de resíduos.

 

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS HOSPITALARES

 

Etapas para Elaboração do Projeto

Reconhecer as fontes geradoras dos resíduos hospitalares;

Identificar e classificar todos os tipos de resíduos por fonte geradora ou setores e serviços envolvidos;

Rotinizar condutas para seleção, coleta e transporte dos resíduos hospitalares, classificando-os conforme as normas técnicas que foram estabelecidas e legislação vigente contemplando: periculosidade, volume e reciclagem;

Definir atribuições aos diversos serviços e setores envolvidos, com a operacionalização do programa em cada uma das suas diferentes etapas;

 

IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

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1. RESÍDUOS INFECCIOSOS - Material proveniente de isolamentos, sangue humano e derivados, material patológico, materiais perfurantes e cortantes, resíduos de diagnóstico e tratamento (gaze, drenos, sondas, absorventes e qualquer material sujo com resíduos e fluidos corpóreos) e peças anatômicas provenientes de amputações e biopsias. Passou a ser denominado de grupo 1.

2- RESÍDUOS ESPECIAIS - Material radioativo, farmacêutico e químicos. Passou a ser denominado de grupo 2.

3- RESÍDUOS GERAIS OU COMUNS - Materiais provenientes das áreas administrativas, resíduos alimentares da produção de alimentos, áreas externas e jardins, sucatas e embalagens reaproveitáveis. Passou a ser denominado de grupo 3.

 

ACONDICIONAMENTO E DESTINO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

 

GRUPO 1 - material perfuro cortante em caixas de papelão reaproveitadas e adaptadas para esta finalidade, demais resíduos em sacos plásticos brancos identificados com a simbologia de material infectante - destino: incineração ou aterro sanitário através de sistema de coleta especial;

GRUPO 2 - material radioativo conforme legislação própria do CNEN; material farmacêutico é devolvido aos fabricantes conforme acordo na compra do próprio material;

GRUPO 3 - vidros, plásticos, papel, papelão, metais e outros materiais recicláveis recebem embalagens próprias conforme o tipo de material - destino: reciclagem interna ou venda como sucatas diversas.

Toda a elaboração do projeto teve como premissa básica de que "a separação e embalagem deve ser feita no local de orígem e não deve ser admitida a separação posterior".

Na implantação do projeto, em um hospital de 200 leitos, verificou-se que apenas 5 % em peso do lixo hospitalar, classificava-se como sendo do grupo 1, ou seja, resíduos que realmente necessitavam de cuidados e atenção especial, os demais 95 % eram idênticos aos gerados nos ambientes domésticos.

 

LIXO

 

Muito se tem discutido sobre as melhores formas de tratar e eliminar o lixo -- industrial, comercial, doméstico, hospitalar, nuclear etc. -- gerado pelo estilo de vida da sociedade contemporânea. Todos concordam, no entanto, que o lixo é o espelho fiel da sociedade, sempre tão mais geradora de lixo quanto mais rica e consumista. Qualquer tentativa de reduzir a quantidade de lixo ou alterar sua composição pressupõe mudanças no comportamento social.

 

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A concentração demográfica nas grandes cidades e o grande aumento do consumo de bens geram uma enorme quantidade de resíduos de todo tipo, procedentes tanto das residências como das atividades públicas e dos processos industriais. Todos esses materiais recebem a denominação de lixo, e sua eliminação e possível reaproveitamento são um desafio ainda a ser vencido pelas sociedades modernas.

 

De acordo com sua origem, há quatro tipos de lixo: residencial, comercial, público e de fontes especiais. Entre os últimos se incluem, por exemplo, o lixo industrial, o hospitalar e o radioativo, que exigem cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Juntos, os tipos doméstico e comercial constituem o chamado lixo domiciliar que, com o lixo público -- resíduos da limpeza de ruas e praças, entulho de obras etc. -- representam a maior parte dos resíduos sólidos produzidos nas cidades.

 

DESTINAÇÂO DO LIXO URBANO E HOSPITALAR

 

A adequada condução do serviço de limpeza urbana é importante não só do ponto de vista sanitário, mas também econômico-financeiro, social, estético e de bem-estar. Apesar disso, um estudo conveniado da Organização Pan-Americana de Saúde, de 1990, que estimou em mais de oitenta mil toneladas a quantidade de resíduos sólidos gerados diariamente nas cidades brasileiras, constatou que apenas a metade era coletada. A outra metade acabava nas ruas, terrenos baldios, encostas de morros e cursos d'água. Da parte coletada, 34% iam para os lixões (depósitos a céu aberto) e 63% eram despejados pelos próprios serviços de coleta em beiras de rios, áreas alagadas ou manguezais, prática cada vez mais questionada por suas implicações ecológicas. Somente três por cento da parte coletada recebiam destinação adequada ou pelo menos controlada.

 

O lixo coletado pode ser processado, isto é, passar por algum tipo de beneficiamento a fim de reduzir custos de transporte e inconvenientes sanitários e ambientais. As opções de tratamento do lixo urbano, que podem ocorrer de forma associada, são: compactação, que reduz o volume inicial dos resíduos em até um terço, trituração e incineração. Boa opção do ponto de vista sanitário, a incineração, porém, é condenada por acarretar poluição atmosférica.

 

A disposição final do lixo pode ser feita em aterros sanitários e controlados ou visar à compostagem (aproveitamento do material orgânico para a fabricação de adubo) e a reciclagem. Esses dois últimos processos associados constituem a mais importante forma de recuperação energética. A reciclagem exige uma seleção prévia do material, a fim de aproveitar os resíduos dos quais ainda se pode obter algum benefício, como é o caso do vidro, do papel e de alguns metais.

 

A solução defendida por muitos especialistas, porém, envolve a redução do volume de lixo produzido. Isso exigiria tanto uma mudança nos padrões de produção e consumo, quanto a

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implantação de programas de coleta seletiva de lixo. Nesse caso, os diversos materiais recicláveis devem ser separados antes da coleta, com a colaboração da comunidade.

 

Os países industrializados são os que mais produzem lixo e também os que mais reciclam. O Japão reutiliza 50% de seu lixo sólido e promove, entre outros tipos de reciclagem, o reaproveitamento da água do chuveiro no vaso sanitário. Os Estados Unidos (EUA) recuperam 11% do lixo que produzem e a Europa Ocidental, 30%. A taxa de produção de lixo per capita dos norte-americanos, de 1,5 quilo por dia, é a mais alta do mundo. Equivale ao dobro da de outros países desenvolvidos. Nova York é a cidade que mais produz lixo, uma média diária de 13 mil toneladas. São Paulo produz 12 mil toneladas. Entre os líderes mundiais da reciclagem de latas de alumínio destacam-se Japão (70%), EUA (64%) e Brasil (61%), conforme dados de 1996 da Associação Brasileira de Alumínio.

 

POLUIÇÃO DO SOLO - As principais causas da poluição do solo são o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas. O material sólido do lixo demora muito tempo para desaparecer no ambiente. O vidro, por exemplo, leva cerca de 5 mil anos para se decompor, enquanto certos tipos de plástico nunca se desintegram, pois são impermeáveis ao processo de biodegradação promovido pelos microorganismos.

 

As soluções usadas para reduzir o acúmulo de lixo, como a incineração e a deposição em aterros, também têm efeito poluidor, pois emitem fumaça tóxica, no primeiro caso, ou produzem fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água. A melhor forma de amenizar o problema, na opinião de especialistas, é reduzir a quantidade de lixo produzida, por meio da reciclagem e do uso de materiais biodegradáveis ou não descartáveis.

 

MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO

 

O aterro sanitário é o modo mais barato de eliminar resíduos, mas depende da existência de locais adequados. Esse método consiste em armazenar os resíduos, dispostos em camadas, em locais escavados. Cada camada é prensada por máquinas, até alcançar uma altura de 3 metros. Em seguida, é coberta por uma camada de terra e volta a ser comprimida. É fundamental escolher o terreno adequado, para que não haja contaminação nem na superfície, nem nos lençóis subterrâneos. Além disso, o vazadouro deve ter boa ventilação.

 

Os incineradores convencionais são fornos, nos quais se queimam os resíduos. Além de calor, a incineração gera dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, dioxinas e outros contaminantes gasosos, cinzas voláteis e resíduos sólidos que não se queimam. É possível controlar a emissão de poluentes mediante processos adequados de limpeza dos gases.

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A fabricação de fertilizantes ou adubos, a partir de resíduos sólidos, consiste na degradação da matéria orgânica por microorganismos aeróbicos. O húmus resultante contém de 1% a 3% de nitrogênio, fósforo e potássio.

 

GERAÇÃO DE RECURSOS ENERGÉTICOS

 

É possível gerar energia a partir de alguns processos de eliminação de resíduos. Alguns incineradores aproveitam para gerar vapor e produzir eletricidade. A pirólise é um processo de decomposição química de resíduos sólidos por meio do calor em uma atmosfera com pouco oxigênio. Isto gera uma corrente de gás composta por hidrogênio, metano, monóxido de carbono (os três são combustíveis), dióxido de carbono, cinza inerte e outros gases.

 

RECICLAGEM

 

É muito antiga a prática de reciclagem de resíduos sólidos. Os utensílios metálicos são fundidos e remodelados desde os tempos pré-históricos. Os materiais recicláveis são recuperados de muitas maneiras, como o desfibramento, separação magnética de metais, separação de materiais leves e pesados, peneiração e lavagem.

 

Mais sobre Poluição do solo

 

A poluição pode afetar também o solo e dificultar seu cultivo. Nas grandes aglomerações urbanas, o principal foco de poluição do solo são os resíduos industriais e domésticos. O lixo das cidades brasileiras, por exemplo, contém de setenta e a oitenta por cento de matéria orgânica em decomposição e constitui uma permanente ameaça de surtos epidêmicos. O esgoto tem sido usado em alguns países para mineralizar a matéria orgânica e irrigar o solo, mas esse processo apresenta o inconveniente de veicular microrganismos patogênicos. Excrementos humanos podem provocar a contaminação de poços e mananciais de superfície. Os resíduos radioativos, juntamente com nutrientes, são absorvidos pelas plantas. Os fertilizantes e pesticidas sintéticos são suscetíveis de incorporar-se à cadeia alimentar.

 

Fator principal de poluição do solo é o desmatamento, causa de desequilíbrios hidrogeológicos, pois em conseqüência de tal prática a terra deixa de reter as águas pluviais. Calcula-se que no Brasil sejam abatidos anualmente trinta mil quilômetros quadrados de florestas, com o objetivo de obter madeira ou áreas para cultivo.

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Outra grande ameaça à agricultura é o fenômeno conhecido como chuva ácida. Trata-se de gases tóxicos em suspensão na atmosfera que são arrastados para a terra pelas precipitações. A chuva ácida afeta regiões com elevado índice de industrialização e exerce uma ação nefasta sobre as áreas cultivadas e os campos em geral.

O Lixo Hospitalar é um resíduo diferente dos demais por conter materiais perigosos à saúde, em sua maioria de teor infeccioso. Quem pensa que apenas os catadores de lixo estão suscetíveis a infecção, engana-se, afinal, o lixo, bactérias e vírus podem ser levados para dentro das casas por animais domésticos e insetos. Outro perigo é que nem todo material usado nos tratamentos de saúde pode ser reciclado por causa dos fluidos que carregam, e muitos catadores coletam esse tipo de lixo porque seu plástico é feito de um material mais caro.

Por causa de suas peculiaridades, o lixo hospitalar precisa de um tratamento específico e não pode ser despejado em aterros sanitários comuns, bem como não pode ser tratado da mesma maneira que os resíduos usuais, pois o processo de desinfecção difere dependendo do material. O tratamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – RSSS começa dentro do próprio hospital. Eles devem ser separados de acordo com o grau de infecção dos materiais. A Anvisa estabeleceu grupos para a divisão desses materiais que vão do A ao E. No grupo A, estão os materiais biológicos, com grande potencial de infecção; no grupo B, estão os materiais químicos; no grupo C, os materiais radioativos; no grupo D, os resíduos comuns e, no grupo E, estão os materiais perfurocortantes.

Alguns grupos do lixo hospitalar passam por um processo de incineração que difere da queimada. Eles precisam ser incinerados por máquinas especiais com temperaturas ideais. Isso porque a queima simples não destrói completamente os agentes infecciosos. Para os resíduos do Grupo A, o tratamento específico é a autoclavagem. Nesse processo, é feito um tratamento térmico de pressão em alta temperatura, no qual o lixo é colocado no vácuo e, depois, permanece em contato com vapor d’água o tempo suficiente para que os agentes infecciosos morram. Após isso, todo o material deve ser triturado e acondicionado em sacos plásticos ou recipientes impermeáveis, para que não vazem ou se rasguem, e devem ser sinalizados sobre o que contêm, antes de ir para as valas sépticas.

Os materiais perfurocortantes, como agulhas e seringas, devem ser acondicionados em recipientes que não permitam abertura ou perfuração. Dessa forma, evitam que o material se solte.

O que é lixo hospitalar doméstico?

Alguns materiais utilizados em casa também são considerados lixo hospitalar, pois podem possuir agentes infecciosos, portanto, são chamados de lixo hospitalar doméstico. Entre esses resíduos, estão: fraldas, ataduras, gazes, fitas, curativos, seringas, agulhas, lâminas de

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bisturi, restos e frascos de medicamentos e demais resíduos que podem ser considerados como hospitalares.  Assim como o lixo produzido nos hospitais, esses materiais precisam se um tratamento diferenciado e não podem ser descartados como lixo comum. O ideal é que esse material seja separado do lixo usual e levado a centros especializados.

Recomendações quanto aos cuidados locais após acidentes com pérfuro-cortantes

•  Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou cutânea.

•  Nas exposições de mucosas deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica.

•  Não há evidência de que o uso de anti-sépticos ou a expressão do local do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto o uso de anti-séptico não é contra-indicado.

•  Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes, injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.

Existe um protocolo de atendimento ao acidentado com material perfurocortante, preconizado pelo ministério da saúde.

O profissional tem ser atendido pelo médico, o qual vai avaliar o grau de risco do acidente e verificar a necessidade da medicação preventiva para HIV, que tem ser tomada até duas horas após o acidente.

Segundo a literatura, após as duas horas não é possível garantir a eficácia da medicação. 

O profissional tem que coletar no dia do acidente exames para HIV e Hepatite B e coletar os mesmos exames para o paciente-fonte, caso seja fonte desconhecida, só o profissional faz os exames. Tomar a medicação nas duas primeiras horas após o acidente e coletar os exames 30 dias após o acidente, o acompanhamento e monitoramento dos exames durante 12 meses.

Veja o que é e como deve ser armazenado o lixo infectante: Resíduos Biológicos e/ou Infectantes: materiais perfurantes e cortantes; bolsas de

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sangue; produtos de fecundação sem sinais vitais; todos os resíduos provenientes de pacientes em estado de isolamento; materiais descartáveis que tenham entrado em contato com quaisquer fluidos orgânicos. Armazenamento: Saco plástico resistente, impermeável, identificado com simbologia de resíduo infectante. Os perfurantes e cortantes devem ser descartados em recipientes vedados e rígidos, identificados com a inscrição "PERFURO-CORTANTE".

A importância de um ambiente exclusivo para o armazenamento de lixo contaminado e pérfuro-cortante, como forma de prevenir acidentes:

 

 

Define:

 

22.1          O gerenciamento dos resíduos gerados a partir dos programas de serviços extra-institucionais de saúde, é de responsabilidade dos dirigentes da agência, devendo ser elaborado um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde conforme a resolução ANVISA RDC no

33, de 25 de fevereiro de 2003;

22.2          A responsabilidade do gerenciamento de resíduos se aplica, única e exclusivamente aos resíduos decorrentes do atendimento propriamente dito. Resíduos gerados pelo paciente em função de prescrições médicas e/ou procedimentos terapêuticos não executados pela equipe que presta o atendimento em SEIS, não são de responsabilidade da empresa prestadora;

22.3          A EM-SEIS deve orientar os pacientes quanto ao correto manejo dos resíduos, principalmente em relação aos resíduos pérfuro-cortante e medicamentos que oferecem risco em seu manuseio, devendo inclusive disponibilizar os recipientes necessários para o acondicionamento dos mesmos, de acordo com a norma ANMT NBR no 13.853 – Coletores para resíduos de serviço de saúde perfurantes ou cortantes;

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22.4          A empresa deverá ter um ambiente com porta equipada com dispositivo de lacre;

22.5          A porta deverá ser devidamente marcada como “Lixo Hospitalar”;

22.6          O ambiente deverá contar com um sistema de ventilação adequado;

22.7          As paredes devem ser de alvenaria ou revestidas de material lavável;

22.8          O teto deve ser de alvenaria ou revestido de material lavável;

22.9          O piso deve ser de cerâmica;

22.10       O ambiente deverá contar com sistema de iluminação adequada, para evitar contato acidental com os materiais contaminados;

22.11       O ambiente deverá contar com um recipiente para lixo, com tampa plástica ou inox e equipado com sacos plásticos brancos claramente marcados com a expressão “Lixo Hospitalar”, para armazenar o lixo contaminado e pérfuro-cortante;

22.12       A empresa providenciará a coleta do lixo hospitalar, assim que o recipiente atingir sua capacidade média;

22.13       Os materiais pérfuro-cortantes deverão ser armazenados somente em recipientes aprovados pelo Ministério da Saúde;

22.14       Sangue e outros sucos orgânicos, em forma líquida, poderão ser despejados no toalete da residência;

22.15       Materiais médicos descartáveis, que tenham entrado em contato com sangue ou exudato, mas que, não estejam saturados, não são considerados lixo hospitalar e podem ser colocados dentro de um saco plástico transparente, amarrado seguramente e jogado com o lixo doméstico;

22.16       Materiais médicos descartáveis que tenham entrado em contato com sangue ou exudato e que estejam saturados, ou pingando, são considerados lixo hospitalar e deverão ser colocados dentro de um saco plástico branco, com a expressão “Lixo Hospitalar”, embalagem aprovada pelo Ministério da Saúde. O saco deverá ser amarrado seguramente, e temporariamente armazenado, para ser transportado para a empresa pelo profissional de saúde responsável;

22.17       Todo lixo contaminado e perigoso deverá ser armazenado em local inacessível a crianças e a pessoas mentalmente desfavorecidas;

22.18       O veículo da equipe que faz o atendimento, pode recolher também os resíduos gerados pelo atendimento para descarte em sua sede, não necessitando de qualquer licenciamento, seja de operação ou ambiental, para realizar o transporte dos resíduos do atendimento à sede da empresa. Devem ser atendidas as condições de transporte seguro previstas na Resolução ANVISA RDC no

33;

22.19       O lixo hospitalar do paciente em SEIS deverá ser transportado pelo auxiliar ou enfermeiro para a sede da empresa, onde será armazenado de forma adequada. Esta coleta deverá acontecer uma vez por semana ou com maior freqüência, se necessário;

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22.20       O transporte de lixo hospitalar não poderá ser feito via transporte público, tendo, assim, que ser feito pelo profissional que tenha seu próprio veículo ou veículo da empresa;

22.21       O lixo deverá ser transportado em recipiente plástico, com tampa e de alta resistência;

22.22       O recipiente deverá ter um sistema que garanta que não abrirá, caso sofra um impacto forte;

22.23       O recipiente deverá conter, em sua estrutura, um selo que indique a natureza de seu conteúdo;

22.24       O recipiente deverá conter um saco plástico branco, com a expressão “Lixo Hospitalar”;

22.25       O saco de lixo deverá sempre estar fechado dentro da caixa, durante o percurso;

22.26       O recipiente deverá ser esvaziado diariamente, não podendo permanecer no veículo por mais de 8 (oito) horas contínuas;

22.27       O recipiente deverá receber limpeza terminal uma vez por semana, ou com maior freqüência, se necessário;

22.28       A construção do ambiente de armazenamento do lixo hospitalar, deverá garantir sua impermeabilidade, impedindo, assim, que a água da chuva atinja os recipientes de lixo;

22.29       O setor deverá manter um registro de entrada e saída do lixo contaminado;

22.30       O ambiente de armazenamento do lixo hospitalar, deverá ser limpo pelo menos uma vez por semana ou, com maior freqüência, se necessário;

22.31       O lixo pérfuro-cortante deverá ser armazenado em recipientes apropriados para este fim;

22.32       A EP-SEIS deve proceder ao descarte dos resíduos gerados pelo atendimento, observando as necessidades específicas de cada tipo de resíduo, em conformidade com a Resolução ANVISA RDC no 33;

Resolução RDC n.º 33, de 25 de fevereiro de 2003D.O.U de 05/03/2003

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 11, inciso IV, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 24 de fevereiro de 2003

considerando as atribuições contidas nos Art 6º , Art. 7º, inciso III e Art. 8º da Lei 9782, de 26 de janeiro de 1999;

considerando a necessidade de prevenir e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente, por meio do correto gerenciamento dos resíduos gerados pelos serviços de saúde, também conhecidos por Resíduos de Serviços de Saúde – RSS ;

considerando os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes ao ser humano e ao meio ambiente;

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considerando a necessidade de desenvolver e estabelecer diretrizes para uma política nacional de RSS, consoante as tendências internacionais e que reflita o atual estágio do conhecimento técnico-científico estabelecido;

considerando que os serviços de saúde são responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os RSS por eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a sua destinação final;

considerando que a segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente;

considerando a necessidade de disponibilizar informações técnicas  aos estabelecimentos de saúde, assim como aos órgãos de vigilância sanitária, sobre as técnicas adequadas de manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização;

Adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -Diretrizes Gerais, constante do Anexo a esta Resolução.

Art. 2º Compete às Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, em conjunto com os Órgãos de Meio Ambiente e de Limpeza Urbana, e à Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, no que lhe for pertinente, divulgar, orientar e fiscalizar o cumprimento desta Resolução .

Art. 3º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, visando o cumprimento do Regulamento Técnico, poderão estabelecer normas de caráter supletivo ou complementar, a fim de adequá-lo às especificidades locais.

Art. 4º A inobservância do disposto nesta Resolução e seu Regulamento Técnico configura infração sanitária e sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.

Art 5º Todos os serviços em funcionamento, abrangidos pelo Regulamento Técnico em anexo, terão prazo máximo de 12 meses para se adequarem aos requisitos nele contidos. A partir da publicação do Regulamento Técnico, os novos serviços e aqueles que pretendam reiniciar suas atividades, deverão atender na íntegra as exigências nele contidas, previamente ao seu funcionamento.

Art. 6º Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.

GONZALO VECINA NETO

 

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – DIRETRIZES GERAIS

CAPÍTULO I – HISTÓRICO

O Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde foi elaborado a partir de trabalho conjunto de técnicos da ANVISA e profissionais de entidades de áreas representativas, que foram convidados para elaborar o documento inicial.

A proposta de Regulamento Técnico elaborada foi levada à Consulta Pública em julho de 2000.

As sugestões à Consulta Pública foram enviadas por entidades representativas tais como ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental; ANFARMAG - Associação Nacional de

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Farmacêuticos Magistrais; ABIMED -Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares; ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios; ABLP/SP – Associação Brasileira de Limpeza Pública; ABRELPE – Associação Brasileira de empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais; ASSOCIQUIM – Associação Brasileira do Comércio de Produtos Químicos; CAVO – Companhia Auxiliar de Viação e Obras; CETESB – Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do estado de São Paulo; CFF - Conselho Federal de Farmácia; COMLURB – Companhia Municipal de Limpeza Urbana; CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear; CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente; DMLU – Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre; FBH - Federação Brasileira de Hospitais; FEBRAFARMA – Federação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas;  FUNASA – Fundação Nacional de Saúde; Vigilância Sanitária dos Estados de Sergipe, São Paulo,Paraná e ainda técnicos e especialistas de diferentes áreas que contribuíram individualmente.

As sugestões enviadas foram consolidadas pelos técnicos da ANVISA, que contaram com consultoria específica sobre o tema, e que posteriormente foram discutidas em evento organizado pela ANVISA em dezembro de 2001, reunindo os representantes de instituições que as enviaram, representantes da área de controle de infecção em serviços de saúde (ABIH-Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, APECIH-Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar), além de outras entidades consideradas pela ANVISA como de participação necessária.

Em setembro de 2002 a ANVISA convocou representantes da:ABIH- Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, SBI-Sociedade Brasileira de Infectologia, da SBMic.-Sociedade Brasileira de Microbiologia, da SBPC-Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, da SBHH- Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, da SBAC-Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e da UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais, com o intuito de promover discussão específica dos resíduos com conteúdo biológico, tendo sido produzido documento final consensual sobre o assunto.

Após amplas discussões, as sugestões pertinentes foram incorporadas ao texto do Regulamento Técnico. O presente documento é o resultado das discussões que definiram os requisitos necessários ao gerenciamento seguro dos Resíduos de Serviços de Saúde.

CAPÍTULO II - ABRANGÊNCIA

Este Regulamento aplica-se a todos os geradores de Resíduos de Serviços de Saúde-RSS.

Para efeito deste Regulamento Técnico –RT, define-se como geradores de RSS todos os serviços que prestem  atendimento à saúde humana ou animal, incluindo os prestadores de serviço que promovam os programas de assistência domiciliar; serviços de apoio à preservação da vida,  indústrias e  serviços de pesquisa na área de saúde, hospitais e clínicas, serviços ambulatoriais de atendimento médico e odontológico, serviços de acupuntura, tatuagem, serviços  veterinários destinados ao tratamento da saúde animal, serviços de atendimento radiológico, de radioterapia e de medicina nuclear, serviços de tratamento quimioterápico, serviços de hemoterapia e unidades de produção de hemoderivados, laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica, necrotérios e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento e serviços de medicina legal, drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, unidades de controle de zoonoses, indústrias  farmacêuticas e bioquímicas, unidades móveis de atendimento à saúde,  e demais serviços relacionados ao atendimento à saúde que gerem resíduos perigosos.

CAPÍTULO III – GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

O gerenciamento deve abranger o planejamento de recursos físicos, recursos materiais e a capacitação de recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.

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Baseado nas características e no volume dos RSS gerados, deve ser elaborado um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS.

1 – MANEJO:

1.1 – SEGREGAÇÃO - Consiste na separação do resíduo no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, a sua espécie, estado físico e classificação.

1.2 – ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar corretamente os resíduos segregados, de acordo com as suas características, em sacos e/ou recipientes impermeáveis, resistentes à punctura, ruptura e vazamentos.

1.3 - IDENTIFICAÇÃO – conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.

A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos baseados na norma da ABNT, NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Materiais, além de outras exigências relacionadas à classificação e ao risco específico de cada grupo de resíduos.

1.4 – TRANSPORTE INTERNO - consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou à apresentação para a coleta externa.

O transporte interno de resíduos deve ser realizado em sentido único, com roteiro definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas.

O transporte interno de resíduos deve ser feito separadamente e em recipientes específicos a cada Grupo de resíduos.

Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos arredondados, e serem identificados de acordo com este Regulamento Técnico.

Os recipientes devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o  ruído.Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores.

1.5 – ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO – Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento, e otimizar o traslado entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso.

Caso o volume de resíduos gerados e a distância entre o ponto de geração e o armazenamento final justifiquem, o armazenamento temporário poderá ser dispensado.

1.6 TRATAMENTO - consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características biológicas ou a composição dos RSS, que leve à redução ou eliminação do risco de causar doença. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, por órgão do meio ambiente e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.

1.7 - ARMAZENAMENTO EXTERNO – Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.

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1.8 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS – A coleta e transporte externos consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou destinação final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação da integridade física do pessoal, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.

1.9 - DESTINAÇÃO FINAL - consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e licenciamento em órgão ambiental competente.

Capítulo IV – RESPONSABILIDADES

2.É de responsabilidade dos dirigentes dos estabelecimentos geradores de RSS:

2.1. A definição do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS referente ao estabelecimento sob sua responsabilidade, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental e outras orientações contidas neste Regulamento. Cópia do PGRSS deve estar disponível para consulta sob solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral.

2.2. A designação de profissional, devidamente habilitado, em função do tipo de resíduo a ser gerenciado, para exercer a função de Responsável pela elaboração e implantação do  PGRSS, obedecendo as seguintes características:

a) Para serviços que gerem exclusivamente resíduos potencialmente infectantes e comuns, profissional da área de saúde com treinamento no gerenciamento de resíduos de serviço de saúde;

b) Para serviços que gerem exclusivamente resíduos químicos e comuns, profissional de nível superior com habilitação na área de química (Engenheiro Químico, Químico, Farmacêutico, Biólogo), com treinamento em gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, independente do volume de resíduos gerados.

c) Para serviços que gerem rejeitos radioativos associados ou não a qualquer outro tipo de resíduo – profissional de nível superior devidamente registrado pela CNEN nas áreas de atuação correspondentes, conforme a Norma CNEN-NE 6.01 ou CNEN-NE 3.03.

d) Os estabelecimentos com geração de resíduos perigosos com volume médio semanal superior a 700 L ou volume médio diário igual ou superior a 150 L deverão possuir Comissão formada por profissionais de representação das áreas relacionadas ao risco do resíduo gerado. O coordenador da Comissão deverá ser o responsável pela elaboração e implantação PGRSS. Esta Comissão poderá ter suas funções desempenhadas por outra comissão técnica já constituída no estabelecimento, garantida a presença dos profissionais relacionados aos riscos envolvidos.

e) O Responsável Técnico dos estabelecimentos de atendimento individualizado poderá  ser o responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.

2.2.1 – Os resíduos perfurocortantes, por não serem gerados isoladamente, não são considerados para a finalidade de determinar a necessidade de profissional responsável específico.

2.2.2 - Os dirigentes e/ou responsáveis técnicos dos estabelecimentos de saúde poderão ser responsáveis pelo PGRSS, desde que atendam aos requisitos acima descritos.

2.3 – A Designação de responsável pela coordenação da execução do PGRSS.

2.4 - A capacitação, o treinamento e a manutenção de programa de educação continuada para o pessoal envolvido na gestão e manejo dos resíduos, objeto deste Regulamento.

2.5 – Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços referentes ao tema desta Resolução e seu Regulamento Técnico, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento dos funcionários das firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação que pretendam atuar nos estabelecimentos de saúde, bem como no transporte, tratamento e destinação final destes resíduos.

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2.6 – Requerer das empresas prestadoras de serviços terceirizados de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, a documentação definida no item 4 deste Regulamento Técnico.

2.7 – Requerer dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos, a documentação definida no item 5 deste Regulamento Técnico.

2.8 - Manter registro de operação de venda ou de doação dos resíduos destinados à reciclagem ou compostagem, obedecidos os itens 11.3.2 e 11.3.3 deste Regulamento Técnico

3– É de responsabilidade do fabricante e do importador de produto que gere resíduo classificado no Grupo B fornecer informação documentada referente ao risco inerente ao manejo e destinação final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar o produto até o gerador do resíduo.

3.1 – Os detentores de registro de medicamentos deverão encaminhar à Gerência Geral/GGMED, da ANVISA, no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias a partir da publicação deste Regulamento, listagem de seus produtos que se enquadram na classificação de resíduos B2 descrita no item 7.2, informando o nome comercial, o princípio ativo e a forma farmacêutica do produto.Essa listagem ficará disponível no endereço eletrônico da ANVISA, para consulta dos geradores de resíduos.

4 - É de responsabilidade das empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença ambiental para as operações de coleta, transporte ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, ou de licença de operação fornecida pelo órgão público responsável pela limpeza urbana para os casos de operação exclusiva de coleta.

5 - É de responsabilidade dos órgãos públicos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos, a apresentação de documento aos geradores de resíduos de serviços de saúde, certificando a responsabilidade pela coleta, transporte e destinação final dos resíduos de serviços de saúde, de acordo com as orientações dos órgãos de meio ambiente.

Capítulo V - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - PGRSS

6 - Todo gerador de RSS deverá elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS;

6.1. O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, bem como a proteção à saúde pública.

Deve observar ainda:

6.1.1. Se adotada a reciclagem de resíduos para os Grupos B e/ou D, a elaboração, o desenvolvimento e a implantação de práticas, de acordo com as normas dos órgãos ambientais e demais critérios estabelecidos neste Regulamento.

6.1.2. Caso possua Instalação Radiativa, o atendimento  às disposições contidas na norma CNEN-NE 6.05, de dezembro de 1985, de acordo com a especificidade do serviço.

461.3. As medidas preventivas e corretivas de controle integrado de pragas e de controle químico.

6.1.4. As rotinas e processos definidos pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar-CCIH  e pelo serviço de higienização e limpeza do estabelecimento.

6.1.5. O atendimento às orientações e regulamentações dos sistemas de coleta externa, municipal e/ou do Distrito Federal , no que diz respeito ao transporte e destinação final de resíduos de serviços de saúde.

6.1.6. As   ações a serem adotadas em situações de  emergência e acidentes.

6.1.7. As  ações voltadas para a prevenção de saúde ocupacional.

6.1.8. Para estabelecimentos com sistema próprio de tratamento de RSS, o registro das informações relativas ao monitoramento destes resíduos, de acordo com periodicidade definida  no licenciamento ambiental. Os resultados devem ser registrados em documento próprio e mantidos em local seguro durante cinco anos.

6.1.9 – O desenvolvimento e a implantação de programas de capacitação abrangendo todos os setores

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geradores de RSS, os setores de higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, os Serviços de Engenharia de Segurança e Medicina no Trabalho – SESMT, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, em consonância com o item 18 deste Regulamento e com as legislações de saúde, ambiental e de normas da CNEN, vigentes.

6.2 – As indústrias abrangidas pelo Capítulo II deste Regulamento Técnico que contenham em seus Manuais de Boas Práticas de Fabricação, capítulo específico referente ao gerenciamento de seus resíduos, poderão utilizá-lo como PGRSS, desde que atendidas as especificações contidas no item 6.1.

CAPÍTULO VI – CLASSIFICAÇÃO

A Classificação dos RSS objetiva destacar a composição desses resíduos segundo as suas características biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para o seu manejo seguro.

7 - A Classificação adotada é baseada na Resolução CONAMA nº 5, de agosto de 1993, Resolução CONAMA 283, de julho de 2001, na NBR - 10004 da ABNT – Resíduos Sólidos – Classificação, de setembro de 1987e na NBR –12808 da ABNT, de janeiro de 1993, e em outros estudos e documentos pertinentes à matéria, conforme referência bibliográfica (Apêndice VI)

7.1 - GRUPO A (POTENCIALMENTE INFECTANTES) - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

7.1.1 - Enquadram-se neste grupo:

A1 –- culturas e estoques de agentes infecciosos de laboratórios industriais e de pesquisa; resíduos de

fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microorganismos

vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura

de culturas; resíduos de laboratórios de engenharia genética.

A2. - bolsas contendo sangue ou hemocomponentes com volume residual superior a 50 ml; kits de

aférese

A3 - peças anatômicas (tecidos, membros e órgãos) do ser humano, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando não houver requisição prévia pelo paciente ou seus familiares; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham mais valor científico ou legal, e/ou quando não houver requisição prévia pela família;

A4 - carcaças, peças anatômicas e vísceras de animais provenientes de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, de universidades, de centros de experimentação, de unidades de controle de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais e suas forrações.  

A5 - todos os resíduos provenientes de paciente que contenham ou sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco IV, que apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação. (Apêndice I)

A6 - kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores, quando descartados. Filtros de ar e gases oriundos de áreas críticas, conforme,ANVISA. RDC 50/2002.

A7 - órgãos, tecidos e fluidos orgânicos com suspeita de contaminação com proteína priônica e resíduos sólidos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita de contaminação com proteína priônica (materiais e instrumentais descartáveis, indumentária que tiveram contato com os agentes acima identificados). O cadáver, com suspeita de contaminação com proteína priônica, não é considerado resíduo.

7.2 - GRUPO B (QUÍMICOS) - resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

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7.2.1 - Enquadram-se neste grupo:

B1 - Os resíduos dos medicamentos ou dos insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, apreendidos para descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para consumo, que oferecem risco. Incluem-se neste grupo :

- Produtos Hormonais de uso sistêmico;

- Produtos Hormonais de uso tópico, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos;

- Produtos Antibacterianos de uso sistêmico;

- Produtos Antibacterianos de uso tópico, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos;

- Medicamentos Citostáticos;

- Medicamentos Antineoplásicos;

- Medicamentos Digitálicos;

- Medicamentos Imunossupressores;

- Medicamentos Imunomoduladores;

- Medicamentos Anti-retrovirais;

B2 - Os resíduos dos medicamentos ou dos insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, apreendidos para descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para consumo, que, em função de seu princípio ativo e forma farmacêutica, não oferecem risco. Incluem-se neste grupo todos os medicamentos não classificados no Grupo B1 e os antibacterianos e hormônios para uso tópico, quando descartados individualmente pelo usuário domiciliar.;

B3 - Os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações;.

B4 – Saneantes, desinfetantes e desinfestantes;

B5 - Substâncias para revelação de filmes usados em Raios-X;

B6 - Resíduos contendo metais pesados

B7 – Reagentes para laboratório, isolados ou em conjunto.

B8 – Outros resíduos contaminados com substâncias químicas perigosas

7.3 - GRUPO C (REJEITOS RADIOATIVOS) – são considerados rejeitos radioativos quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na norma CNEN-NE-6.02 – “Licenciamento de Instalações Radiativas”, e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Para fins deste Regulamento, entende-se como “Atividades Humanas” os procedimentos executados pelos profissionais dos serviços referidos no Capítulo I.

7.3.1 - Enquadram-se neste grupo, todos os resíduos contaminados com radionuclídeos.

7.3.2 - As fontes seladas não podem ser descartadas, devendo a sua destinação final seguir orientações específicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

7.4 - GRUPO D (RESÍDUOS COMUNS) – são todos os resíduos gerados nos serviços abrangidos por esta resolução que, por suas características, não necessitam de processos diferenciados relacionados ao acondicionamento, identificação e tratamento,  devendo ser considerados  resíduos sólidos urbanos - RSU.

7.4.1 - Enquadram-se neste grupo:

- espécimes de laboratório de análises clínicas e patologia clínica, quando não enquadrados na classificação A5 e A7;

- gesso, luvas, esparadrapo, algodão, gazes, compressas, equipo de soro e outros similares, que tenham tido contato ou não com sangue, tecidos ou fluidos orgânicos, com exceção dos enquadrados na classificação A5 e A7;

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- bolsas transfundidas vazias ou contendo menos de 50 ml de produto residual (sangue ou hemocomponentes);

- sobras de alimentos não enquadrados na classificação A5 e A7;

- papéis de uso sanitário e fraldas, não enquadrados na classificação A5 e A7;

- resíduos provenientes das áreas administrativas dos EAS;

- resíduos de varrição, flores, podas e jardins;

- materiais passíveis de reciclagem;

- embalagens em geral;

- cadáveres de animais, assim como camas desses animais e suas forrações.

Obs: Os cadáveres de animais errantes ou domésticos, não são considerados RSS. A destinação final destes deve ser feita de acordo com as normas municipais ou do Distrito Federal.

7.5 – Grupo E – PERFUROCORTANTES – são os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar.

7.5.1- Enquadram-se neste grupo:

- lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas e outros assemelhados provenientes de serviços de saúde.

- bolsas de coleta incompleta, descartadas no local da coleta, quando acompanhadas de agulha,  independente do volume coletado.

CAPÍTULO VII – MANEJO DE RSS

Para fins de aplicabilidade deste Regulamento, o manejo dos RSS nas fases de Acondicionamento, Identificação, Armazenamento Temporário e Tratamento será tratado segundo a classificação dos resíduos constante do Capítulo VI.

8 - RESÍDUOS DO GRUPO A

8.1 – Classificação A1- Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio.

8.1.1. Os resíduos devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de descontaminação a ser utilizado.

8.1.2 –Devem ser submetidos a descontaminação, utilizando-se processo físico ou outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV).

8.1.3 – Após o processo de descontaminação, os resíduos devem ser acondicionados e identificados como resíduos do tipo D.

8.1.4 - Os resíduos resultantes de atividades de vacinação em massa, incluindo frascos de vacinas vazios com restos do produto, agulhas e seringas, quando não puderem ser submetidos ao tratamento em seu local de geração, devem ser recolhidos e devolvidos às Secretarias de Saúde responsáveis pela distribuição, em recipiente rígido, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa e devidamente identificado, de forma a garantir o transporte seguro até a unidade de tratamento.

8.1.5 - Se houver resíduo perfurocortante, este deve ser submetido às orientações específicas para este resíduo.

8.2 – Classificação A2

8.2.1 – Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR  9191/2000 da ABNT e substitutivas, respeitados os limites de peso de cada saco. O saco

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deve ser preenchido somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

8.2.2 - As bolsas contendo sangue ou hemocomponentes, vencidas, contaminadas ou com produto residual acima de 50 ml e os kits de aferese devem ser encaminhadas diretamente para os Aterros Sanitários.

8.2.3 - Caso não haja a disponibilidade do tipo de destino final acima mencionado, as bolsas devem ser submetidas a processo de descontaminação por autoclavação ou serem submetidas a tratamento com tecnologia que reduza ou elimine a sua carga microbiana em equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV) e que desestruture as suas características físicas, de modo a se tornarem irreconhecíveis. Neste caso, os resíduos resultantes do tratamento devem ser acondicionados e identificados como resíduos do tipo D.

8.2.4 - As bolsas de hemocomponentes contaminados poderão ter a sua utilização autorizada para finalidades específicas, tais como ensaios de proficiência e confecção de produtos para diagnóstico de uso in vitro, de acordo com Regulamento Técnico a ser elaborado pela ANVISA.

8.3 – Classificações A3 e A4

8.3.1 - Após o registro no local de geração, devem ser:

I - encaminhados para destinação final em Aterro Sanitário, devidamente licenciado em órgão ambiental competente, ou

II - encaminhados para enterramento em covas rasas em cemitério, desde que haja acordo com órgão competente do Estado, do Município ou do Distrito Federal, ou

III – encaminhados para tratamento em equipamento que destrua as suas características morfológicas, licenciado para este fim.

8.3.2 - Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR  9191/2000 da ABNT e substitutivas, respeitados os limites de peso de cada saco. O saco deve ser preenchido somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

8.4 – Classificação A5

8.4.1 - Devem ser submetidos obrigatoriamente a processo de descontaminação por autoclavação, dentro da unidade. Posteriormente devem ser encaminhados a sistema de incineração, não podendo ser descartados diretamente. em qualquer tipo de destino final

 

8.4.2 – Após o processo de descontaminação, devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR  9191/2000 da ABNT e substitutivas, respeitados os limites de peso de cada saco. O saco deve ser preenchido somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

8.4.3 - Todo manejo deste tipo de resíduo deve obedecer às normas de biossegurança para o nível Classe de Risco IV. (Apêndice II).

8.5 – Classificação A6

8.5.1 – Não necessitam de tratamento previamente à sua disposição final.

8.5.2 – Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR  9191/2000 da ABNT e substitutivas, respeitados os limites de peso de cada saco. O saco deve ser preenchido somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento

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8.5.3 - Devem ser encaminhados diretamente para os Aterros Sanitários.

8.6 – Classificação A7

8.6.1 – Devem sempre ser encaminhados a sistema de incineração, de acordo com o definido na RDC ANVISA nº 305/2002 ou a que vier a substituí-la.

8.6.2 - Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR  9191/2000 da ABNT e substitutivas, respeitados os limites de peso de cada saco. Devem ser utilizados dois sacos, com preenchimento somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

8.6.3 – Após incineração devem ser encaminhados para aterros sanitários, não sendo admitido qualquer outro tipo de disposição final.

8.7 – Os sacos devem estar contidos em recipiente de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistente ao tombamento.

8.8 – Caso o tratamento previsto no item 8.2.3 venha a ser realizado fora da unidade geradora, o acondicionamento para transporte das bolsas contendo sangue ou hemocomponentes deve ser em recipiente rígido, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa e devidamente identificado, de forma a garantir o transporte seguro até a unidade de tratamento.

8.9 - Os resíduos do GRUPO A, gerados pelos programas de assistência domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento Técnico, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.

8.10 - IDENTIFICAÇÃO

8.10.1 - O símbolo que representa o GRUPO A, é o símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT de março de 2000,  com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

8.10.2 -.Na identificação dos sacos, devem ser indicadas, ainda   as anotações descritas abaixo de acordo com o tipo de resíduos:

a) resíduos do tipo A3 - data e nome da unidade geradora, a inscrição de “PEÇAS ANATÔMICAS”

b) resíduos do tipo A4 - data e nome da unidade geradora, e a inscrição de “PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS”

c) – para os demais resíduos - data e nome da unidade geradora e a inscrição “RESÍDUO DE SERVIÇO DE SAÚDE”.

8.10.3 – Os recipientes de transporte interno devem estar identificados com símbolo correspondente aos resíduos do Grupo A.

8.10.4 – A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser feita através de adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes.

8.11 - ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO:

8.11.1 - O armazenamento temporário de resíduos do Grupo A deve ser feito em sala que servirá para o estacionamento e/ou guarda dos recipientes de transporte interno de resíduos, vazios ou cheios, devidamente tampados e identificados.

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8.11.2 - A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas e laváveis. O piso deve ser ainda resistente ao tráfego dos  recipientes coletores. Possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para posterior traslado até a  área de armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “SALA DE RESÍDUOS”.

8.11.3 - No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipientes ali estacionados.

8.11.4 – A sala para o armazenamento temporário pode ser compartilhada com a sala de utilidades. Neste caso, a sala deverá ser acrescida de no mínimo 2 m2,  área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para posterior traslado até a área de armazenamento externo.

8.11.5 - Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados em período superior a 24 horas, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível, deverão ser submetidos a outro método de conservação.

8.12 - A coleta e transporte externos dos resíduos do Grupo A deverá ser  realizada de acordo com a norma da ABNT NBR 12.810 – Coleta de resíduos de serviços de saúde, de janeiro de 1993.

9 – RESÍDUOS DO GRUPO B

9.1 – Classificação B1 – os fabricantes, importadores e distribuidores deverão providenciar informação ao consumidor quanto ao perigo durante o manuseio.

9.1.1 - Os resíduos sólidos do GRUPO B1 devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as suas características físico-químicas e seu estado físico, e identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.1.2 – Os resíduos líquidos do GRUPO B1 devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, sempre que possível de plástico, resistentes, rígidas e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Devem ser identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.1.3 - Os resíduos do GRUPO B1, gerados pelos programas de assistência domiciliar, devem ser acondicionados, identificados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento Técnico, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.

9.1.4 – As embalagens secundárias não contaminadas deverão ser descaracterizadas e acondicionadas como Resíduo Sólido Urbano, podendo ser encaminhadas para processo de reciclagem.

9.1.5 – As embalagens contaminadas devem ser tratadas como resíduo B1.

9.1.6 - As excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos devem ser eliminadas no esgoto com abundante quantidade de água, desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde se encontra a unidade. Caso não exista tratamento de esgoto, devem ser submetidas a tratamento prévio no próprio estabelecimento.

9.1.7 – Os resíduos do GRUPO B1 devem ser encaminhados ao Aterro Sanitário Industrial para Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim.

9.2 – Classificação B2 - os fabricantes, importadores e distribuidores deverão providenciar informação ao consumidor quanto ao perigo durante o manuseio.

9.2.1 – Para o usuário, gerador, domiciliar:

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9.2.1.1 – Os resíduos líquidos poderão ser descartados em esgoto sanitário com sistema de tratamento, As embalagens destes produtos deverão ser acondicionadas como resíduo sólido urbano.

9.2.1.2 – Os resíduos sólidos deste grupo, juntamente com suas embalagens, deverão ser acondicionados como resíduo sólido urbano.

9.2.2 – Para serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos:

9.2.2.1 – Os resíduos líquidos poderão ser descartados em esgoto sanitário com sistema de tratamento, desde que autorizado pelo órgão local de meio ambiente.

9.2.2.2 – Os resíduos sólidos do GRUPO B2 devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as suas características físico-químicas e seu estado físico, e identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.2.2.3 - Os resíduos líquidos do GRUPO B2, quando não autorizado o seu descarte em esgoto sanitário, devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, sempre que possível de plástico, resistentes, rígidas e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Devem ser identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.2.2.4 - Os resíduos do GRUPO B2, gerados pelos programas de assistência domiciliar, devem ser acondicionados, identificados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento Técnico, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.

9.2.2.5 – As embalagens secundárias deverão ser descaracterizadas e acondicionadas como Resíduo Sólido Urbano, podendo ser encaminhadas para processo de reciclagem.

9.3 – Classificação B3 - Os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações devem atender à legislação sanitária em vigor.

9.4 – Classificação B4 - os fabricantes, importadores e distribuidores devem providenciar a inclusão da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químico-FISPQ, conforme a norma da ABNT-NBR 14725 de julho de 2001.

9.4.1 – Os resíduos do GRUPO B4 devem ser acondicionados observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si (Apêndice III), assim como de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.

9.4.2 - Devem ser identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.4.3 - Os resíduos do GRUPO B3 devem ser encaminhados a Aterro Sanitário Industrial para Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão ambiental estadual, em instalações licenciadas para este fim.

9.5 – Classificação B5 –

9.5.1 – Os reveladores usados devem ser neutralizados (pH 7-9) e então descartados com grande quantidade de água no sistema de esgoto sanitário com sistema de tratamento.

9.5.2 – Os reveladores não utilizados e soluções concentradas devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si (Apêndice III). Também devem ser observadas as exigências de compatibilidade de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.

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9.5.3 – Os fixadores usados devem ser submetidos a processo de recuperação da prata ou então serem acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si (Apêndice III), assim como de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.

9.5.4 – Os reveladores não utilizados, as soluções concentradas e os fixadores não submetidos a processo de recuperação da prata devem ser identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.5.5 - Os resíduos do GRUPO B5 devem ser encaminhados a Aterro Sanitário Industrial para Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim.

9.6 – Classificação B6 - os fabricantes, importadores e distribuidores devem providenciar a inclusão da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos-FISPQ, conforme a norma da ABNT-NBR 14725, de julho de 2001.

9.6.1 – Os resíduos do Grupo B6 deverão ser acondicionados de acordo com as informações contidas na Ficha de informações de segurança de produtos químicos e serem identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.6.2 - Os resíduos do GRUPO B6 devem ser encaminhados a Aterro Sanitário Industrial para Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim.

9.7 – Classificação B7 – os fabricantes, importadores e distribuidores devem providenciar a inclusão da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos-FISPQ, conforme a norma da ABNT-NBR 14725, de julho de 2001.

9.7.1 - Os resíduos do GRUPO B7 devem ser acondicionados observadas as exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si (Apêndice III), assim como de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.

9.7.2 - Devem ser identificados de acordo com o item 9.9 deste Regulamento Técnico.

9.7.3 - Os resíduos do GRUPO B7 devem ser encaminhados a Aterro Sanitário Industrial para Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão, local de meio ambiente em instalações licenciadas para este fim.

9.8 – Classificação B8

9.8.1 – Os resíduos deste grupo devem seguir as orientações específicas relativas às substâncias químicas neles contidos, conforme classificação do item 9.1.

9.9 - IDENTIFICAÇÃO:

9.9.1 - O GRUPO B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco.

9.9.2 - Os recipientes coletores de transporte interno devem estar identificados conforme a NBR 7500.

9.10 –  ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO:

9.10.1 - O armazenamento temporário de resíduos do Grupo B deve ser realizado em local adequado ao volume gerado e freqüência de coleta, atendendo condições básicas de segurança.

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Caso o volume de resíduos e a distância entre o local de geração e o armazenamento final justifiquem, o armazenamento temporário poderá ser dispensado, devendo ser mantidos no local de geração, ou em outro local determinado no PGRSS, em condições básicas de segurança.

9.11 - Os resíduos do grupo B, quando destinados à reciclagem ou reaproveitamento, deverão ser acondicionados em recipientes individualizados, observadas as exigências de compatibilidade química do resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo.

9.12 – Os materiais perfurocortantes contaminados com substâncias químicas devem ser considerados como resíduos do Grupo E e seguir a orientação do item 12.

10 –  RESÍDUOS DO GRUPO C–REJEITOS RADIOATIVOS

10.1 –  Os rejeitos radioativos gerados devem ser segregados e, de acordo com a natureza física do material e do radionuclídeo presente, e acondicionados em recipientes adequados, etiquetados, datados e mantidos no local da instalação destinado ao armazenamento provisório de rejeitos radioativos para futura liberação, em conformidade com a norma CNEN – NE – 6.05 – “Gerência de Rejeitos em Instalações Radiativas”.

10.1.1 - Os rejeitos radioativos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, forrados internamente com saco plástico resistente e identificados conforme o item 10.2 deste Regulamento Técnico.

10.1.2 - Os rejeitos radioativos líquidos devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, sempre que possível de plástico, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada, vedante, acomodados em bandejas de material inquebrável e com profundidade suficiente para conter, com a devida margem de segurança, o volume total do rejeito, e identificados conforme o item 10.2 deste Regulamento Técnico.

10.1.3 - Os materiais perfurocortantes contaminados por rejeitos radioativos, devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipientes estanques, rígidos, com tampa, devidamente identificados, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.

10.2 – IDENTIFICAÇÃO:

10.2.1 - O GRUPO C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO, indicando o principal risco que apresenta aquele resíduo, além de informações sobre o conteúdo, nome do elemento radioativo, tempo de decaimento, data de geração, nome da unidade geradora, conforme norma da CNEN NE 6.05 e outras que a CNEN determinar.

10.2.2 - Os recipientes para os materiais perfurocortantes contaminados com rejeito radioativo devem receber a inscrição de “’PERFUROCORTANTE” e a inscrição REJEITO RADIOATIVO, e demais informações exigidas.

10.2.3 - Antes da liberação do rejeito para tratamento e/ou destinação final, garantido o decaimento do elemento radioativo aos níveis do limite de eliminação estabelecidos pela norma CNEN NE 6.05, o rótulo de REJEITO RADIOATIVO deve ser retirado e substituído pelo rótulo de “RESÍDUO INFECTANTE”, “RESÍDUO QUÍMICO”, ou “RESÍDUO COMUM”, de acordo com o grupo do resíduo em que se enquadrar.

10.2.4 - O recipiente com rodas de transporte interno de rejeitos radioativos, além das especificações contidas no item 1.5 deste RT, deve ser provido de recipiente com sistema de blindagem com tampa para acomodação de sacos de rejeitos radioativos, devendo ser monitorado a cada operação de transporte e ser submetido a  descontaminação, quando necessário. Independente de seu volume, não poderá possuir válvula de drenagem no fundo. Deve conter identificação com inscrição, símbolo e cor compatíveis com o resíduo do grupo C.

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10.3 – TRATAMENTO:

10.3.1 - O tratamento dispensado aos rejeitos do GRUPO C – Rejeitos Radioativos é o armazenamento, em condições adequadas, para o decaimento do elemento radioativo. O objetivo do armazenamento para decaimento é manter o rejeito radioativo sob controle até que sua atividade atinja níveis que permitam liberá-lo como resíduo não radioativo. Este armazenamento poderá ser realizado na própria sala de manipulação ou em sala específica, identificada como sala de decaimento. A escolha do local de armazenamento, considerando as meia-vidas, as atividades dos elementos radioativos e o volume de rejeito gerado, deverá estar definida no Plano de Radioproteção da Instalação, em conformidade com a norma CNEN – NE – 6.05 – “Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas”. Para serviços com atividade em Medicina Nuclear, observar ainda a norma CNEN – NE – 3.05 – “Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Medicina Nuclear”

10.3.2 - Os resíduos do Grupo A de fácil putrefação, contaminados com radioisótopos, depois de atendido os respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito radioativo, devem observar as condições de conservação mencionadas no item 8.11.5, durante o período de decaimento do elemento radioativo.

10.3.3 - O tratamento preliminar das excretas de humanos e de animais submetidos à terapia ou experimentos com radioisótopos deve ser feito de acordo com os procedimentos constantes no Plano de Radioproteção.

10.3.4 – As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos à terapia com Iodo 131, depois de atendidos os respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito radioativo, devem observar as condições de conservação mencionadas no item 8.11.5, durante o período de decaimento do elemento radioativo. Alternativamente, poderá ser adotada metodologia de trituração destes alimentos na sala de decaimento, com direcionamento para o sistema de esgotos, desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde se encontra a unidade.

10.3.5 – O tratamento para decaimento deverá prever mecanismo de blindagem de maneira a garantir que a exposição ocupacional esteja de acordo com os limites estabelecidos na norma CNEN – NE-3.01 - Diretrizes Básicas de Radioproteção. Quando o tratamento for realizado na área de manipulação, devem ser utilizados recipientes blindados individualizados. Quando feito em sala de decaimento, esta deverá possuir paredes blindadas, ou os rejeitos radioativos devem estar acondicionados em recipientes individualizados com blindagem.

10.3.6 – Para estabelecimentos que realizem atividades de Medicina Nuclear e possuam mais de 3 equipamentos de diagnóstico e/ou pelo menos 1 quarto terapêutico, o armazenamento para decaimento será feito em uma sala de decaimento de rejeitos radioativos com no mínimo 4 m², com os rejeitos acondicionados de acordo com o estabelecido no item 10.1 deste Regulamento Técnico.

10.3.7 - A sala de decaimento de rejeitos radioativos deve ter o seu acesso controlado. Deve estar sinalizada com o símbolo internacional de presença de radiação ionizante e de área de acesso restrito, dispondo de meios para garantir condições de segurança contra ação de eventos induzidos por fenômenos naturais e estar de acordo com o Plano de Radioproteção aprovado pela CNEN para a instalação.  

10.3.8 – O limite de eliminação para rejeitos radioativos sólidos é de 75 Bq/g, para qualquer radionuclídeo, conforme estabelecido na norma CNEN-NE 6.05.  Na impossibilidade de comprovar-se a obediência a este limite, recomenda-se aguardar o decaimento do radionuclídeo até níveis comparáveis à radiação de fundo.

10.3.9 - A eliminação de rejeitos radioativos líquidos no sistema de esgoto deve ser realizada em quantidades absolutas e concentrações inferiores às especificadas na norma CNEN-NE-6.05 "Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas", devendo esses valores ser parte integrante do plano de gerenciamento.

10.3.10 - A eliminação de rejeitos radioativos gasosos na atmosfera deve ser realizada em concentrações inferiores às especificadas na norma CNEN-NE-6.05 "Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas", mediante prévia autorização da CNEN.

10.3.11 - O transporte externo de rejeitos radioativos, quando necessário, deve seguir orientação prévia específica da Comissão Nacional de Energia Nuclear. –CNEN

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11 - RESÍDUOS DO GRUPO D

11.1 - ACONDICIONAMENTO

11.1.1 - Os resíduos do GRUPO D devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana, utilizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes e receber identificação conforme o item 11.2 deste Regulamento Técnico.

11.1.2 - Os cadáveres de animais podem ter acondicionamento e transporte diferenciados, de acordo com o porte do animal, desde que submetidos à aprovação pelos órgãos de limpeza urbana, responsáveis pela coleta, transporte e destino final deste tipo de resíduo.

11.1.3 - As sobras do material de amostra coletado podem ser lançadas no esgoto sanitário, respeitadas as normas ambientais estaduais, municipais ou do Distrito Federal.

11.2 – IDENTIFICAÇÃO :

11.2.1 - Para os resíduos do GRUPO D, destinados à reciclagem ou reutilização, a identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas correspondentes nomeações, baseadas na Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001, e símbolos de tipo de material reciclável :

I - azul - PAPÉIS

II- amarelo  - METAIS

III - verde  - VIDROS

IV - vermelho  - PLÁSTICOS

V -  marrom -  RESÍDUOS ORGÂNICOS

11.2.2 -  Para os demais resíduos do Grupo D deverá ser utilizada a cor cinza nos recipientes.

11.2.3 – Caso não seja procedida a reciclagem, poderá ser utilizada a cor preta.

11.3 – TRATAMENTO

11.3.1– Os resíduos líquidos provenientes de esgoto e de águas servidas de estabelecimento de saúde devem ser tratados antes do lançamento no corpo receptor ou na rede coletora de esgoto, sempre que não houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo a área onde está localizado o serviço, conforme definido na RDC ANVISA nº 50/2002.

11.3.2 - Os resíduos orgânicos, flores, resíduos de podas de árvore e jardinagem, sobras de alimento e de pré-preparo desses alimentos, restos alimentares de refeitórios e de outros que não tenham mantido contato com secreções, excreções ou outro fluido corpóreo, podem ser encaminhados ao processo de compostagem.

11.3.3 – Os restos e sobras de alimentos citados no item 11.3.2 só poderão ser utilizados para ração animal se forem submetidos ao processo de tratamento que garanta a inocuidade do composto, devidamente avaliado e comprovado por órgão competente da Agricultura e de Vigilância Sanitária do Município, Estado ou do Distrito Federal.

12 – RESÍDUOS DO GRUPO E

12.1 – ACONDICIONAMENTO:

12.1.1 - Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com

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tampa, devidamente identificados, baseados nas normas da ABNT NBR 13853/97 - Coletores para RSS perfurantes e cortantes e NBR 9259/97- Agulhas hipodérmicas estéreis e de uso único-, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente

12.1.2 - Quando o gerador de RSS produzir perfurocortantes do tipo A e B, poderá ser utilizado recipiente único de acondicionamento na unidade geradora.  Os materiais perfurocortantes contaminados com rejeitos radioativos deverão ser acondicionados separadamente, conforme item 10.1.4.

12.1.3 - Os resíduos do GRUPO E, gerados pelos programas de assistência domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento Técnico, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.

12.2 - IDENTIFICAÇÃO

12.2.1 - O símbolo que representa o GRUPO E, é o símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT de março de 2000,  com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos,  acrescido da  inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta aquele resíduo.

12.3 – TRATAMENTO 

12.3.1 -  Os resíduos do Grupo E devem ser encaminhados para destinação final em Aterro Sanitário, devidamente licenciado em órgão ambiental competente,

12.3.2  - Caso não haja a disponibilidade do tipo de destino final acima mencionado, devem ser submetidos a tratamento com tecnologia que reduza ou elimine a sua carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana(Apêndice IV),  e que desestruture as suas características físicas, de modo a se tornarem irreconhecíveis. Neste caso, os resíduos resultantes do tratamento devem ser acondicionados e identificados como resíduos do tipo D.

As etapas seguintes do manejo dos RSS serão abordadas por processo, por abrangerem mais de um tipo de resíduo em sua especificação, e devem estar em conformidade com a Resolução CONAMA nº 283 de 12 de julho de 2001 – Dispõe sobre o Tratamento e Destinação Final dos Resíduos dos Serviços de Saúde.

13 - ARMAZENAMENTO EXTERNO

13.1 – O armazenamento externo, denominado de  abrigo de resíduos,  deve ser construído em ambiente exclusivo, com acesso externo facilitado à coleta, possuindo, no mínimo, ambientes separados para atender o armazenamento de recipientes de resíduos do GRUPO A e do GRUPO D.  O abrigo deve ser identificado e restrito aos funcionários do gerenciamento de resíduos, de fácil acesso aos recipientes de transporte e aos veículos coletores . Os recipientes de transporte interno não podem transitar pela via pública externa à edificação para terem acesso ao abrigo de resíduos.

13.2 – O abrigo de resíduos do Grupo A e D deve ser dimensionado de acordo com o volume de resíduos gerados, com capacidade de armazenamento dimensionada de acordo com a periodicidade de coleta do sistema de limpeza urbana local. O piso deve ser revestido de material liso, impermeável, lavável e de fácil higienização. O fechamento deve ser constituído de alvenaria revestida de material liso, lavável e de fácil higienização, com aberturas para ventilação, de dimensão equivalente a, no mínimo, 1/20 (um vigésimo) da área do piso,  com tela de proteção contra insetos .

13.3– O abrigo referido no item 13.2 deste RT deve ter porta provida de tela  de proteção contra roedores e vetores, sentido de abertura para fora, de largura compatível com as dimensões dos recipientes de coleta externa, pontos de iluminação e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedação.

13.4- Os resíduos químicos - Grupo B – devem ser armazenados em local exclusivo com dimensionamento compatível com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados.

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13.5 - O abrigo de resíduos do Grupo B, quando necessário, deve ser projetado e construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas  para ventilação adequada, com tela de proteção contra insetos . Piso e paredes revestidos internamente de material resistente, impermeável e lavável, com acabamento liso. O piso deve ser inclinado, com caimento indicando para as canaletas. Deve possuir sistema de drenagem com ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedação. Possuir porta com abertura para fora, dotada de proteção inferior para impedir o acesso de vetores e roedores.

13.6 - O abrigo de resíduos do Grupo B deve estar identificado, em local de fácil visualização, com sinalização de segurança – RESÍDUOS QUÍMICOS, com símbolo baseado na norma ABNT- NBR 7500.

13.7 - O armazenamento de resíduos perigosos deve contemplar ainda as orientações contidas na norma NBR 12.235 da ABNT – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

13.8– O abrigo de resíduos deve possuir área específica de higienização para limpeza e desinfecção simultânea dos recipientes coletores e demais equipamentos utilizados no manejo de RSS. A área deve possuir cobertura, dimensões compatíveis com os equipamentos que serão submetidos à limpeza e higienização, piso e paredes lisos, impermeáveis, laváveis, providos de pontos de iluminação e tomada elétrica, ponto de água, preferencialmente quente e sob pressão, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgotos do estabelecimento e ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedação.

13.9 - O trajeto para o traslado de resíduos desde a geração até o armazenamento externo deve permitir livre acesso dos recipientes coletores de resíduos, possuir piso com revestimento resistente à abrasão, superfície plana, regular, antiderrapante e rampa, quando necessária, com inclinação de acordo com a RDC da ANVISA  N.º 50, de 21 de fevereiro de 2002, ou outra substitutiva.

13.10 – O estabelecimento gerador de RSS cuja produção semanal não exceda 700 L e cuja produção diária não exceda 150 L, pode optar pela instalação de um abrigo reduzido exclusivo, com as seguintes características:

- Ser construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas teladas para ventilação, restrita a duas aberturas de 10X20 cm cada uma delas, uma a 20 cm do piso e a outra a 20 cm do teto, abrindo para a área externa. A critério da autoridade sanitária, estas aberturas podem dar para áreas internas da edificação;

- Piso, paredes, porta e teto de material liso, impermeável e lavável. Caimento de piso para ao lado oposto ao da abertura com instalação de ralo sifonado ligado à instalação de esgoto sanitário do serviço.

- Identificação na porta com o símbolo de acordo com o tipo de resíduo armazenado, conforme NBR-7500 da ABNT.

- Ter localização tal que não abra diretamente para a área de permanência de pessoas, tais como salas de curativos, circulação de público ou outros procedimentos, dando-se preferência a locais de fácil acesso à coleta externa e próxima a áreas de guarda de material de limpeza ou expurgo.

CAPÍTULO VIII – SEGURANÇA OCUPACIONAL

14 – O pessoal envolvido diretamente com os processos de coleta, transporte, tratamento, higienização e armazenamento, deve ser submetido a exame médico admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional.

15 - Os exames a que se refere o item anterior devem ser realizados de acordo com a Norma Reguladora – NR-7, da Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.

16 – O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve ser capacitado na ocasião de sua  admissão e mantido sob treinamento  periódico para as atividades de manejo de resíduos, incluindo a sua responsabilidade com  higiene pessoal e dos materiais.

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16.1- A capacitação deve abordar a importância da utilização correta de equipamentos de proteção individual - uniforme, luvas, avental impermeável, máscara, botas e óculos de segurança específicos a cada atividade, bem como a necessidade de mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação.

17 - Todos os profissionais que trabalham no estabelecimento, mesmo os que atuam temporariamente ou não estejam diretamente envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, devem conhecer o sistema adotado para o gerenciamento de RSS, a prática de segregação de resíduos, reconhecimento de símbolos, expressões, padrões de cores adotados, localização de abrigos de resíduos, entre outros fatores indispensáveis à completa integração ao PGRSS.

18 - Os serviços geradores de RSS deverão manter um programa de treinamento periódico que deve contemplar dentre outros assuntos:

- Noções gerais sobre o ciclo da vida dos materiais;

- Conhecimento da legislação em vigor;

- Definições, tipo e classificação dos resíduos e potencial de risco do resíduo;

- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;

- Formas de reduzir a geração de resíduos;

- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas;

- Reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos;

- Conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;

- Orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs;

- Orientações sobre biossegurança e higiene pessoal;

- Orientações especiais e treinamento em proteção radiológica quando houver rejeitos radioativos.

- Providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações emergenciais

- Visão básica do gerenciamento dos resíduos sólidos no município.

- Noções básicas de controle de infecção.

APÊNDICE I

Classificação de Agentes Etiológicos Humanos e Animais – Instrução normativa CTNBio nº 7 de 06/06/1997

CLASSE DE RISCO IV

BACTÉRIAS Nenhuma

FUNGOS Nenhum

PARASITAS Nenhum

VÍRUS E Agentes da Febre Hemorrágica ( Criméia-Congo,

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MICOPLASMAS Lassa, Junin, Machupo, Sabiá, Guanarito e outros ainda não identificados)

 

Encefalites transmitidas por carrapatos (inclui o vírus da Encefalite primavera-verão Russa, Vírus da Doença de Kyasanur, Febre Hemorrágica de Omsk e vírus da Encefalite da Europa Central).

 

Herpesvírus simiae (Monkey B vírus)

 

Mycoplasma agalactiae (caprina)

 

Mycoplasma mycoides (pleuropneumonia contagiosa bovina)

 

Peste eqüina africana

 

Peste suína africana

 

Varíola caprina

 

Varíola de camelo

 

Vírus da dermatite nodular contagiosa

 

Vírus da doença de Nairobi (caprina)

 

Vírus da doença de Teschen

 

Vírus da doença de Wesselsbron

 

Vírus da doença hemorrágica de coelhos

 

Vírus da doença vesicular suína

 

Vírus da enterite viral do pato

 

Vírus da febre aftosa (todos os tipos)

 

Vírus da febre catarral maligna

 

Vírus da febre efêmera de bovinos

 

Vírus da febre infecciosa petequial bovina

 

Vírus da hepatite viral do pato

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Vírus da louping III

 

Vírus da lumpy skin

 

Vírus da peste aviária

 

Vírus da peste bovina

 

Viris da peste dos pequenos ruminantes

 

Vírus da peste suína clássica (amostra selvagem)

 

Vírus de Marburg

 

Vírus de Akabane

 

Vírus do exantema vesicular

 

Vírus Ebola

OBS : Os microorganismos emergentes que venham a ser identificados deverão ser classificados neste nível até que os estudos estejam concluídos.

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APÊNDICE II

Normas de Biossegurança para o Nível Classe de Risco IV -

AGENTES PRATICAS

EQUIP. SEGURANÇA

BARREIRAS PRIMÁRIAS

INSTALAÇÕES

BARREIRAS SECUNDÁRIAS

Agentes exóticos ou perigosos que impõem um alto

Práticas padrões de microbiologia

Acesso controlado

Todos os procedimentos conduzidos em Cabines de Classe III ou Classe I ou II,

Edifício separado ou área isolada

Porta de acesso dupla com

risco de doenças que ameaçam a vida, infecções

Avisos de risco biológico

Precauções com objetos perfurocortantes

juntamente com macacão de pressão positiva com suprimento de ar.

fechamento automática

Ar de exaustão não recirculante

Fluxo de ar negativo dentro do

laboratoriais transmitidas via aerossol ou

Manual de Biossegurança que defina qualquer descontaminação de dejetos

laboratório

Sistema de abastecimento e escape, a vácuo, e de

relacionadas a agentes com risco desconhecido de

ou normas de vigilância médica

Descontaminação de todo o

descontaminação.

transmissão.

resíduo

Descontaminação da roupa usada no laboratório antes de

ser lavada

Amostra sorológica

Mudança de roupa antes de

entrar

Banho de ducha na saída

Todo material

Page 34: Auxiliar Geral Parte 2

descontaminado

na saída das instalações

Fonte : Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia  - CDC-NIH 4ª edição-1999

APÊNDICE III

 Tabela de Incompatibilidade de Substâncias Químicas

Substância Incompatível com

Acetileno Cloro, bromo,flúor, cobre, prata, mercúrio

Ácido Acético  ácido crômico, ácido perclórico, , peróxidos, permanganatos, ácido nítrico, etilenoglicol

Acetona Misturas de ácidos sulfúrico e nítrico concentrados, peróxido de hidrogênio.

Ácido crômico Ácido acético, naftaleno, cânfora, glicerol, turpentine, álcool, outros líquidos inflamáveis

Ácido hidrociânico

Ácido nítrico, álcalis

Ácido fluorídrico anidro, fluoreto de hidrogênio

Amônia (aquosa ou anidra)

ÀcidoNítrico concentrado

Ácido cianídrico, anilinas, óxidos de cromo VI, sulfeto de hidrogênio, líquidos e gases combustíveis, ácido acético, ácido crômico.

Ácido Oxálico Prata e mercúrio

Ácido Perclórico Anidrido acético, álcoois, bismuto e suas ligas, papel, madeira

Ácido Sulfúrico Cloratos, percloratos, permanganatos e água

Alquil alumínio Água

Amônia anidra Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo,

Page 35: Auxiliar Geral Parte 2

ácido fluorídrico

Anidrido acético Compostos contendo hidroxil tais como etilenoglicol, ácido perclórico

Anilina Ácido nítrico, peróxido de hidrogênio

Azida sódica Chumbo, cobre e outros metais

Bromo e Cloro Benzeno, hidróxido de amônio, benzina de petróleo, hidrogênio, acetileno, etano, propano, butadienos, pós-metálicos.

Carvão ativo Dicromatos, permanganatos, ácido nítrico, ácido sulfúrico, hipoclorito de sódio

Cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, outros gases de petróleo, hidrogênio, carbeto de sódio, turpentine, benzeno, metais finamente divididos, benzinas e outras frações do petróleo.

Cianetos Ácidos e álcalis

Cloratos, percloratos, clorato de potássio

Sais de amônio, ácidos, metais em pó, matérias orgânicas particuladas, combustíveis

Cobre metálico Acetileno, peróxido de hidrogênio, azidas

Dióxido de cloro Amônia, metano, fósforo, sulfeto de hidrogênio

Flúor Isolado de tudo

Fósforo Enxofre, compostos oxigenados, cloratos, percloratos, nitratos, permanganatos

Halogênios Amoníaco, acetileno e hidrocarbonetos

Hidrazida Peróxido de hidrogênio, ácido nítrico e outros oxidantes

Hidrocarbonetos (butano, propano, tolueno)

Ácido crômico, flúor, cloro, bromo, peróxidos

Iodo Acetileno, hidróxido de amônio, hidrogênio

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Líquidos inflamáveis

Ácido nítrico, nitrato de amônio, óxido de cromo VI, peróxidos, flúor, cloro, bromo, hidrogênio

Mercúrio Acetileno, ácido fulmínico, amônia.

Metais alcalinos Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros hidrocarbonetos clorados

Nitrato de amônio Ácidos, pós-metálicos, líquidos inflamáveis, cloretos, enxofre, compostos orgânicos em pó.

Nitrato de sódio Nitrato de amônio e outros sais de amônio

Óxido de cálcio Água

Óxido de Cromo VI

Ácido acético, glicerina, benzina de petróleo, líquidos inflamáveis, naftaleno,

Oxigênio Óleos, graxas, hidrogênio, líquidos, sólidos e gases inflamáveis

Perclorato de potássio

Ácidos

Permanganato de potássio

Glicerina, etilenoglicol, ácido sulfúrico

Peróxido de Hidrogênio

Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias combustíveis

Peróxido de sódio Ácido acético, anidrido acético, benzaldeído, etanol, metanol, etilenoglicol, acetatos de metila e etila, furfural

Prata e sais de prata

Acetileno, ácido tartárico, ácido oxálico, compostos de amônio.

Sódio Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros hidrocarbonetos clorados

Sulfeto de hidrogênio

Ácido nítrico fumegante, gases oxidantes

Fonte: Manual de Biossegurança – Mario Hiroyuki Hirata;Jorge Mancini Filho

APÊNDICE IV –NÍVEIS DE INATIVAÇÃO MICROBIANA

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Nível I Inativação de bactérias vegetativas, fungos e vírus lipofílicos com redução igual ou maior que 6Log10

Nível II Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias com redução igual ou maior que 6Log10

Nível III Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias com redução igual ou maior que 6Log10, e inativação de

esporos do B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com redução igual ou maior que 4Log10.

Nível IV Inativação de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos, parasitas e micobactérias, e inativação de esporos do B. stearothermophilus com redução igual ou maior que 4Log10.

Fonte : Technical Assistance Manual: State Regulatory Oversight of Medical Waste Treatment Technologies – State and Territorial Association on Alternate Treatment Technologies – abril de 1994

APÊNDICE V

GLOSSÁRIO

AGENTE INFECCIOSO: qualquer microrganismo que tenha capacidade de causar doença.

ATERRO INDUSTRIAL – Técnica de destinação final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de engenharia para o confinamento destes.

ATERRO SANITÁRIO – Técnica de destinação final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais.

CARROS COLETORES – são os carros providos de rodas, destinados à coleta e transporte interno de resíduos de serviços de saúde .

CÉLULA ESPECIAL – área localizada no aterro sanitário, específica para o recebimento de resíduos de serviços de saúde.

CLASSE DE RISCO: de um agente infeccioso leva em conta o potencial patogênico do microrganismo (morbidade leve X alta mortalidade, doença aguda X crônica). Quanto mais grave potencialmente a doença adquirida, maior o risco.

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH  - Órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de coordenação das ações de controle de infecção hospitalar.

COMPOSTAGEM – processo de decomposição biológica de fração orgânica biodegradável de resíduos sólidos, efetuado por uma população diversificada de organismos em condições controladas de aerobiose e demais parâmetros, desenvolvido em duas etapas distintas: uma de degradação ativa e outra de maturação.

CADÁVERES DE ANIMAIS : são os animais mortos. Não oferecem risco à saúde humana, à saúde animal ou de impactos ambientais por estarem impedidos de disseminar agentes etiológicos de doenças.

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CARCAÇAS DE ANIMAIS : são produtos de retaliação de animais, provenientes de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, centros de experimentação, de Universidades e unidades de controle de zoonoses e outros similares

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI – dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional ou funcional.

FONTE SELADA - fonte radioativa encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada totalmente a material inativo envolvente, de forma que não possa haver dispersão de substância radioativa em condições normais e severas de uso.

HEMODERIVADOS – produtos farmacêuticos obtidos a partir do plasma humano, submetidos a processo de industrialização e normatização que lhes conferem qualidade, estabilidade e especificidade.

INFECÇÃO – é a penetração, proliferação e/ou desenvolvimento dos agentes infecciosos no organismo dos seus hospedeiros.

INSUMOS FARMACÊUTICOS - Qualquer produto químico, ou material (por exemplo: embalagem) utilizado no processo de fabricação de um medicamento, seja na sua formulação, envase ou acondicionamento.

INSTALAÇÕES RADIATIVAS – estabelecimento onde se produzem, processam, manuseiam, utilizam, transportam ou armazenam fontes de radiação, excetuado-se as Instalações Nucleares definidas na norma CNEN-NE-1.04 "Licenciamento de Instalações Nucleares" e os veículos transportadores de fontes de radiação.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL – atos administrativos pelos quais o órgão de meio ambiente aprova a viabilidade do local proposto para uma instalação de tratamento ou destinação final de resíduos, permitindo a sua construção e operação, após verificar a viabilidade técnica e o conceito de segurança do projeto.

LICENCIAMENTO DE INSTALAÇÕES RADIATIVAS – atos administrativos pelos quais a CNEN aprova a viabilidade do local proposto para uma instalação radiativa e permite a sua construção e operação, após verificar a viabilidade técnica e o conceito de segurança do projeto.

LIMITE DE ISENÇÃO – valores de atividade específica para substâncias radioativas, ou de atividade total, para um determinado radionuclídeo, estabelecidos na norma CNEN-NE-6.02 "Licenciamento de instalações radiativas", que isentam as instalações radioativas do processo de licenciamento se, em qualquer instante ou situação de operação, os mesmos não forem ultrapassados. 

LIMITE DE ELIMINAÇÃO - valores estabelecidos na norma CNEN-NE-6.05 "Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas" e expressos em termos de concentrações de atividade e/ou atividade total, em ou abaixo dos quais um determinado fluxo de rejeito pode ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos de proteção radiológica.

MATERIAIS PERFUROCORTANTES – materiais pontiagudos ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.

MEIA-VIDA FÍSICA – tempo que um radionuclídeo leva para ter a sua atividade inicial reduzida à metade.

PATOGENICIDADE – capacidade de um agente infeccioso causar doença em indivíduos normais suscetíveis.

PLANO DE RADIOPROTEÇAO – PR - Documento exigido para fins de Licenciamento de Instalações Radiativas, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, conforme competência atribuída pela Lei 6.189, de 16 de dezembro de 1974, que se aplica às atividades relacionadas com a localização, construção, operação e modificação de Instalações Radiativas, contemplando, entre outros, o Programa de Gerência de Rejeitos Radioativos – PGRR

PRODUTO PARA DIAGNÓSTICO DE USO IN VITRO: reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que contribuem para realizar uma

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determinação qualitativa, quantitativa ou semi-quantitativa de uma amostra biológica e que não estejam destinados a cumprir função anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e que são utilizados unicamente para provar informação sobre amostras obtidas do organismo humano. (Portaria n º 8/MS/SVS, de 23 de janeiro de 1996)

QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS – substâncias químicas que atuam a nível celular com potencial de produzirem genotoxicidade, citotoxicidade e teratogenicidade .

RECICLAGEM – processo de transformação dos resíduos que utiliza técnicas de beneficiamento para o reprocessamento, ou obtenção de matéria prima para fabricação de novos produtos.

RESÍUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS – resíduos sólidos dos estabelecimentos prestadores de serviço de saúde em estado sólido, semi-sólidos, resultantes destas atividades. São também considerados sólidos os líquidos produzidos nestes estabelecimentos, cujas particularidades tornem inviáveis o seu lançamento em rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso, soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.(Resolução CONAMA Nº 05/1993)

RESÍDUOS PERIGOSOS – RSS que apresentam risco adicional à saúde pública e/ou ao meio ambiente.

RESÍDUO POTENCIALMENTE INFECTANTE: resíduo com a possível presença de agente infeccioso com virulência e quantidade tais que a exposição a este, resulte em doença.

RESÍDUO RECICLÁVEL – resíduo que devido a sua natureza pode receber tratamento e/ou beneficiamento e ser reutilizado ou transformado em insumo para fabricação de novos produtos.

SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS – conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos e conduzem à minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente.

VEÍCULO COLETOR – veículo utilizado para a coleta externa e o transporte de resíduos de serviços de saúde.

VIRULÊNCIA: uma medida quantitativa da patogenicidade, ou seja, da probabilidade de causar doença.

RECOMENDAÇÕES FRENTE AO ACIDENTE DE TRABALHO15 V – Conceito, definições e caracterização do acidente do trabalho, prestações e procedimentos 1 – Conceito do acidente do trabalho e doença ocupacional. 1.1 – Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. 1.1.1 – É considerado como acidente do trabalho, nos termos deste item: a) a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97; b) a doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97. 1.1.2 – Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação constante do Anexo II resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona

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diretamente, a Previdência Social (INSS) deve equipará-la a acidente do trabalho. 1.2 – Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produz incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 16 1.3 – Equiparam-se também a acidente do trabalho: I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II – o acidente sofrido pelo segurado no local e horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior; III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV – o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra; d) independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho; f) no percurso da residência para o OGMO ou sindicato de classe e destes para aquela, tratando-se de trabalhador avulso. 17Nota: Não será considerado acidente do trabalho o ato de agressão relacionado a motivos pessoais. 1.3.1 – No período destinado à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado será considerado a serviço da empresa. 1.3.2 – Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou

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interrupção por motivo pessoal do percurso do segurado. Não havendo limite de prazo estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o meio de locomoção utilizado. 1.4 – Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade do Setor de Reabilitação Profissional. 1.5 – Não será considerado agravamento ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do acidente anterior. 1.6 – Quando expressamente constar do contrato de trabalho que o empregado deverá participar de atividades esportivas no decurso da jornada de trabalho, o infortúnio ocorrido durante estas atividades será considerado como acidente do trabalho. 1.7 – Será considerado como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia em que for realizado o diagnóstico, cabendo para esse efeito o que ocorrer primeiro. 2 – Campo de Aplicação 2.1 – As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas: a) ao empregado; b) ao trabalhador avulso; c) ao médico-residente (Lei nº 8.138, de 28/12/90); d) ao segurado especial. 2.2 – Não são devidas as prestações relativas ao acidente do trabalho: a) ao empregado doméstico; b) ao empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não empregado, membro de conselho de administração de sociedade anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição de empregado; c) ao autônomo e outros equiparados; d) ao facultativo. 2.3 – A partir de 11/11/97, o aposentado por tempo de serviço, especial ou idade pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS que permanecer ou retornar à atividade sujeita a este regime, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional. 3. Prestações por acidente do trabalho ou doença ocupacional 3.1 – Serviço: reabilitação profissional. 3.2 – Benefícios pecuniários:

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18 c) ao autônomo e outros equiparados; d) ao facultativo. 2.3 – A partir de 11/11/97, o aposentado por tempo de serviço, especial ou idade pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS que permanecer ou retornar à atividade sujeita a este regime, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional. 3. Prestações por acidente do trabalho ou doença ocupacional 3.1 – Serviço: reabilitação profissional. 3.2 – Benefícios pecuniários: BENEFÍCIOS BENEFICIÁ-RIOS CONDIÇÕES P/ CONCESSÃO DATA DE INÍCIO DATA DA CESSAÇÃO VA- LOR Auxílio-doença (esp.91) Acidentado do trabalho - afastamento do trabalho por incapacidade laborativa temporária por acidente do trabalho. - 16º dia de afastamento consecutivo para empregado; - data do afastamento demais segurados. - morte; - concessão de auxílio-acidente ou aposentadoria;

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-cessação da incapacidade; - alta médica; - volta ao trabalho. 91% do salário de benefício Aposentadoria por invalidez (esp.92) Acidentado do trabalho - afastamento do trabalho por invalidez acidentaria. - no dia em que o auxílio-doença teria início; ou - no dia seguinte à cessação do auxílio-doença. - morte; -cessação da invalidez; - volta ao trabalho. 100% do salário de benefício Auxílio Acidente (esp.94) Acidentado do trabalho -redução da capacidade laborativa por lesão acidentaria. - dia seguinte a cessação do auxílio-doença. -concessão de aposentadoria; - óbito. 50% do salário de benefício Pensão (esp.93) Dependentes do Acidentado do trabalho -morte por acidente do trabalho. - data do óbito; ou - data da entrada do requerimento quando requerida após 30 dias do óbito. -morte do dependente; -cessação da qualidade de dependente. 100% do salário de benefício Obs.: a) o valor da renda mensal da aposentadoria por invalidez será acrescida de 25% (vinte e cinco por cento) desse valor, quando comprovado através de avaliação médico pericial que o acidentado necessita de acompanhante; b) salário de benefício- o salário de benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários de contribuição relativos aos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data de entrada do requerimento,

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até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. 19 3.3 - Havendo agravamento da lesão acidentária será devida a reabertura do auxílio-doença acidentário, após a comprovação da incapacidade laborativa pela perícia médica do INSS. 3.3.1 - Para reabertura ocorrida após a cessação do auxílio-doença acidentário tendo o acidentado retornado ou não ao trabalho: a) o reinício será na data do novo afastamento; b) o valor será a renda mensal do auxílio-doença cessado, reajustada pelos mesmos índices de correção dos benefícios previdenciários em geral até o início da reabertura. 3.4- A prestação de assistência médica não é atribuição do INSS. 4 – Caracterização 4.1 – Os acidentes são classificados em três tipos: Cód.1 – acidente típico (o que ocorre a serviço da empresa); Cód.2 – doença profissional ou do trabalho; Cód.3 – acidente do trajeto(o que ocorre no percurso residência ou refeição para o local de trabalho e vice-versa). 4.1.1 – Esta informação constará no campo de responsabilidade do INSS, constante na CAT, após análise administrativa dos dados sobre o acidentado e das circunstâncias da ocorrência e o devido enquadramento nas situações previstas na legislação pertinente (Lei nº 8.213/91), quando o INSS responderá o quesito “É reconhecido o direito do segurado à habilitação ao benefício acidentário?”. 4.1.2 – O INSS informará na CAT, a data do recebimento, o código da unidade, o nº do registro aporá a matrícula e assinatura do servidor responsável pela recepção da comunicação 4.2- Para que o acidente ou doença seja considerado como acidente do trabalho é imprescindível que estejam em acordo com os conceitos previstos no Decreto nº 2.172/97, sendo que a caracterização técnica deverá ser efetuada pelo Setor de Perícia Médica do INSS, que fará o reconhecimento técnico do nexo causal entre: a) o acidente e a lesão; b) a doença e o trabalho; c) a “causa mortis” e o acidente. 4.2.1 - Após a habilitação o direito ao benefício dar-se-á posteriormente ao reconhecimento técnico do nexo causal entre o acidente e a lesão, a doença e o trabalho e definição do grau de incapacidade pela perícia médica do INSS na forma prevista no subitem 4.2, que ocorrerá a partir do primeiro dia de afastamento para o trabalhador avulso, segurado especial e médico residente e no caso de empregado a partir do 16º (décimo sexto) dia de afastamento do trabalho por acidente ou doença. Nos casos de morte a avaliação quanto ao nexo "causa mortis" e o acidente ou doença do trabalho ocorrerá após a comunicação do óbito ao INSS. 4.2.2 - Não é responsabilidade do INSS a caracterização do nexo técnico para fins de exame pré-admissional ou demissional da empresa. 5. Habilitação dos benefícios acidentários 5.1 - Comunicado o acidente ou doença do trabalho o segurado ou dependente deverá comparecer ao INSS, para habilitação ao benefício, munido da seguinte documentação: - Carteira do Trabalho e Previdência Social (CTPS); - Contrato de trabalho quando não constar na CTPS; - Declaração do OGMO ou Sindicato para o trabalhador avulso; - Comprovante de inscrição no INSS, carnês de recolhimento de contribuições e o contrato de residência médica, quando tratar-se de médico residente; - PIS/PASEP, CPF, Cédula de identidade; - Relação dos 36 últimos salários de contribuição apurados até 48 meses

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anteriores ao mês do afastamento; - Endereço completo com CEP atualizado; - Certidão de Nascimento dos dependentes e quando for o caso, Termo de Tutela/ Curatela; - Ocorrência policial (quando houver); - Documentos que comprovem o exercício da atividade rural na condição de segurado especial; - Certidão de óbito e laudo de exame cadavérico (se houver) no caso de morte; - Documentos dos dependentes para o caso de requerimento de pensão; - Outros que se fizerem necessários a cada caso. 5.2 O INSS poderá solicitar a apresentação de outros documentos e esclarecimentos, bem como emitir pesquisas e diligências, visando a elucidação e comprovação dos fatos, para fins de caracterização ou não do acidente ou doença como do trabalho, para concessão ou indeferimento do benefício acidentário.

OBRIGAÇÕES DA EMPRESA – ENVIO DE CAT

A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os responsáveis.

O pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros.

Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associações de classe, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, órgãos públicos e outros meios, serão promovidas regularmente instrução e formação com vistas a incrementar costumes e atitudes prevencionistas em matéria de acidentes, especialmente os acidentes de trabalho.

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Desta comunicação receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. Deverá ser comunicado os acidentes ocorridos com o segurado empregado (exceto o doméstico), o trabalhador avulso, o segurado especial e o médico-residente.

Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo de apenas um dia útil. Nesta hipótese, a empresa permanecerá responsável pela falta de cumprimento da legislação. Caberá ao setor de benefícios do INSS comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança da multa devida.

Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas para o descumprimento desta obrigatoriedade.

Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação

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compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA DO ACIDENTADO

O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção de auxílio-acidente.

155 RECOMENDAÇÕESConsideram-se casos de notificação compulsória, para fins deste Pro-tocolo:5.1 Acidente de trabalho fatalAcidente de trabalho fatal é aquele que leva a óbito imediatamente após sua ocorrência ou que venha a ocorrer posteriormente, a qual-quer momento, em ambiente hospitalar ou não, desde que a causa bá-sica, intermediária ou imediata da morte seja decorrente do acidente.5.2 Acidente de trabalho mutilante (grave)Para melhor compreensão e facilitação da consecução dos objetivos da Portaria n.º 777, utilizaremos a denominação “Acidente de Trabalho Grave” no lugar de “Acidente de Trabalho Mutilante”.Acidente de trabalho grave é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, e o que leva à lesão cuja natureza implique em comprome-timento extremamente sério, preocupante; que pode ter conseqüên-cias nefastas ou fatais.Para evitar interpretações subjetivas díspares, que podem comprome-ter a homogeneidade nacional dos sistema, considera-se, para fins des-te Protocolo, a necessidade da existência de pelo menos um dos se-guintes critérios objetivos, para a definição dos casos de acidente de trabalho grave:1) necessidade de tratamento em regime de internação hospitalar;2) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias;3) incapacidade permanente para o trabalho;4) enfermidade incurável; 5) debilidade permanente de membro, sentido ou função; 166) perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 7) deformidade permanente; 8) aceleração de parto;9) aborto;10) fraturas, amputações de tecido ósseo, luxações ou queimaduras graves;11) desmaio (perda de consciência) provocado por asfixia, choque elé-trico ou outra causa externa;12) qualquer outra lesão: levando à hipotermia, doença induzida pelo calor ou inconsciência; requerendo ressuscitação; ou requerendo hospitalização por mais de 24 horas;13) doenças agudas que requeiram tratamento médico em que exista razão para acreditar que resulte de exposição ao agente biológico, suas toxinas ou ao material infectado.5.3 Acidente de trabalho com crianças e adolescentesDe acordo com o artigo 2.º da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 (BRASIL, 1990), do Estatuto da Criança e do Adolescente, criança é toda pessoa com idade entre 0 e 12 anos incompletos, e adolescente é toda pessoa com idade entre 12 e 18 anos.Acidente de trabalho com crianças e adolescentes é aquele que acomete trabalhadores com menos de 18 anos de idade, na data de sua ocorrência.5.4 Casos sugestivosObjetivando diminuir as possibilidades de perdas, ou seja, de não-cap-tação desses acidentes nos serviços de saúde responsáveis pelo atendi-mento, deve-se considerar como caso todo acidente de trabalho – fa-tal, grave ou ocorrido com menor de 18 anos – em que existam evidên-cias sugestivas de acidente, mesmo na vigência de dúvidas.17As evidências sugestivas devem ser baseadas no conhecimento acer-ca das atividades de trabalho existentes no território. No âmbito desta norma, trata-se da identificação objetiva de sinais que permitem supor

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que a vítima estava trabalhando na ocasião em que sofreu o aciden-te ou a lesão. Por exemplo, a presença de restos de cimento, de tinta ou de outros materiais usados no trabalho, nas roupas ou no corpo da vítima; vítima usando uniforme de trabalho; vítima inconsciente des-crita como motociclista encontrado em horário de trabalho ao lado de moto com baú em seu bagageiro; vítima inconsciente encontrada em horário compatível com aquele de deslocamentos de ida e vinda para o trabalho, ao lado de bicicleta, em via conhecida como de larga utilização por trabalhadores em seus trajetos, etc. Naturezas de lesões já reconhecidas por sua elevada freqüência em determinados territó-rios também podem ser tomadas como evidências de acidente. Como exemplos podem-se citar lesões oculares decorrentes de atividades de soldas, lesões cortantes provocadas por ferramentas manuais ou mo-torizadas de uso típico na região de cobertura. Nesse sistema prioriza-se a sensibilidade, ainda que em detrimento da especificidade; em ou-tras palavras, prefere-se, deliberadamente, contar com a possibilidade da inclusão de falsos positivos do que o contrário.5.5 Critérios de inclusãoEste protocolo INCLUI, para fins de notificação:1) trabalhadores assalariados, independentemente da forma de remu-neração, com ou sem carteira de trabalho assinada;2) funcionários públicos estatutários, militares nos três níveis de governo;3) outros tipos de empregados na produção de bens e serviços;4) trabalhadores da produção de bens e serviços por conta própria, ou autônomos; 5) empregadores que exercem atividades ligadas à produção de bens e serviços;6) trabalhadores domésticos com e sem carteira assinada;7) trabalhadores não-remunerados que atuam em ajuda familiar (na produção de bens primários, por conta própria ou como emprega-18dor), ajuda a instituições religiosas ou cooperativas, ou como apren-dizes ou estagiários;8) trabalhadores na produção para consumo próprio ou construção para uso de sua família, ou de terceiros em regime de mutirão;9) trabalhadores rurais ou garimpeiros ligados à economia de subsis-tência;10) pessoas que trabalham em residências em atividades destinadas a fins econômicos com ou sem percepção de rendimento;11) pessoas ocupadas extraordinariamente para obter renda, tais como desempregados aposentados e outros;12) pessoas que estão em viagem a trabalho ou à disposição de empre-gadores em situação de plantão de urgência;13) presidiários com atividade remunerada;14) quaisquer outras formas de trabalho definidas pelo acidentado no caso de declaração de acidente de trabalho em situações de ocupa-ção não anteriormente descritas.5.6 Critérios de exclusãoOs acidentes domésticos, propriamente ditos, devem ser excluídos dessa definição, ou seja, aqueles em atividades domésticas realizadas por integrantes da família ou moradores da residência no preparo de alimentos, limpeza da casa, cuidados com as roupas e com os familia-res ou outras atividades assemelhadas.5.7 Serviços da Rede Sentinela de NotificaçãoA notificação dos casos previstos neste Protocolo é compulsória em to-dos os serviços integrantes da Rede Sentinela de Notificação Compulsó-ria de Acidentes e Doenças Relacionados ao Trabalho, constituída por:1) Centros de Referência em Saúde do Trabalhador;2) hospitais de referência para o atendimento de urgência e emer-gência e/ou atenção de média e alta complexidades, credenciados como sentinela; 193) serviços de atenção básica e de média complexidade credenciados como sentinelas, por critérios a serem definidos em instrumento próprio.A Rede Sentinela será organizada a partir da porta de entrada no siste-ma de saúde, estruturada com base nas ações de acolhimento, notifi-cação, atenção integral, envolvendo assistência e vigilância da saúde.O credenciamento dos serviços como Sentinela será feito de acordo com as diretrizes e orientações referentes à Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast).5.8 Vigilância dos acidentes

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5.8.1 Seleção e análise dos casosEste Protocolo respeita a idéia de organização de sistema de saúde se-gundo os princípios do SUS. Por isso mesmo propõe um leque de ativi-dades com graus de complexidade crescente em acordo com a idéia de hierarquização das ações preconizada para o SUS.Os serviços de vigilância em saúde do trabalhador, municipais ou re-gionais, deverão investigar, obrigatoriamente, de modo integrado as ações gerais de vigilância do SUS, os acidentes de trabalho fatais gra-ves, e os ocorridos com trabalhadores com menos de 16 anos de idade. No caso dos acidentes acometendo adolescentes com 16 anos ou mais, será obrigatória a investigação apenas dos fatais ou graves. Os demais acidentes podem e devem ser investigados de acordo com as priorida-des e os recursos locais e regionais.A investigação dos casos poderá ser feita em conjunto com outros ór-gãos públicos afins, como o Ministério do Trabalho, a Polícia Militar e Civil e o Ministério Público.No tocante às análises de acidentes, a diretriz de hierarquização nos leva a propor níveis de aprofundamento das análises a serem desenvol-20vidas pelas equipes de vigilância. O nível mais simples de análise con-siste na utilização de listas de verificação baseadas no cumprimento de aspectos previstos em normas legais relativas à atividade, por exemplo, normas regulamentadoras do MTE, normas de vigilância, etc. Em outras palavras, os serviços de saúde que não possuem equipes de Saúde do Trabalhador ou equipes de Vigilância em Saúde capacitadas para o desenvolvimento de análises aprofundadas devem conduzir pelo menos investigações preliminares. O tipo mais simples de levanta-mento de informações pode basear-se em questões formuladas a partir de itens de legislação de segurança já existentes ou publicações técnicas que tratem de avaliação de condições de segurança naquela atividade.Nos territórios em que está bem-identificado o tipo de acidente em atividade que não pode ser alvo de análise de segurança com base nes-se recurso, deve-se solicitar a ajuda de equipe de referência, seja para auxílio em análise de caso específico, seja para elaboração de roteiro de análise de casos assemelhados. Os instrumentos assim criados de-vem, sempre que possível, ser disponibilizados em páginas da internet, de fácil acesso, como a do Observatório Nacional de Saúde do Traba-lhador, e eventuais sugestões visando seu aprimoramento devem ser amplamente divulgadas, além de encaminhadas ao serviço responsá-vel pelo desenvolvimento da proposta original.Também é importante ressaltar que mesmo as equipes de serviço com menos recursos especializados em Saúde do Trabalhador devem saber identificar evidências de problemas de saúde inaceitáveis como, por exemplo, acidentes de aspectos assemelhados que se repetem no tem-po ou em que a única recomendação de prevenção apresentada é a de treinar ou recomendar mais atenção aos trabalhadores. Se a forma ha-bitual de realizar um determinado trabalho é tal que “uma bobeira” ou uma “pequena desatenção” do trabalhador possa levar a um acidente, do ponto de vista da segurança esse trabalho deve ser considerado ina-ceitável. Quando, diante desse tipo de situação, a equipe local encon-21trar dúvidas ou opiniões divergentes, deve-se solicitar o apoio de equi-pes de referência. Nos municípios em que já exista equipe de Centro de Referência em Saúde do Trabalhador ou integrantes de equipe de Vigilância em Saú-de treinados para a condução de análises mais aprofundadas, essas de-vem ser realizadas. Fica a critério das equipes locais a escolha das técni-cas de análises a serem adotadas em cada serviço. Neste Protocolo, re-comenda-se, como diretrizes de suporte a essa decisão, que seja dada preferência às técnicas: a) que entendem a empresa ou organização que desenvolve a atividade como sistema sociotécnico aberto;b) que adotam cuidados visando à sistematização da coleta, or-ganização, análise e avaliação de dados;c) que adotam princípios que auxiliem a condução estruturada de coleta de dados como, por exemplo, os princípios de análi-se de mudanças, análise de barreiras ou sua associação;d) criadas ou já utilizadas de modo proveitoso para análise de acidentes e cuja implementação seja conhecida por integran-tes da equipe;e) que se baseiam em arcabouço conceitual já utilizado em abordagens de acidentes;

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f) que adotam práticas participativas e de incentivo ao resga-te da percepção dos trabalhadores envolvidos no desenvolvi-mento da atividade em questão;g) que se baseiam em modelo psicorgacional de acidentes e ex-ploram aspectos dessas duas dimensões;h) que associam características acima citadas.O conjunto de critérios acima citados significa, entre outras coisas, que se recomenda rejeitar práticas de análise que se restringem à explora-ção de aspectos do acidente situados nas proximidades das lesões e dos fatores ou aspectos que explicam suas origens imediatas. Na lite-ratura de acidentes, esses aspectos têm recebido denominações como 22“atos inseguros”, “causas imediatas”, “causas proximais”, fatores “sharp end”, “erros ativos”, etc.No entanto, é importante que a experiência e o conhecimento prévios das equipes de cada serviço sejam aproveitados, evitando-se escolha obrigatória de uma só técnica ou proibindo que profissional com bom domínio de técnica que aparentemente não atende aos critérios aci-ma possa utilizá-la e demonstrar os resultados obtidos com vistas à sua comparação com aqueles obtidos com outros métodos. 5.8.2 Análise dos dados consolidadosNo que se refere à análise de bancos de dados, a hierarquização do sis-tema implica em que – na esfera gerencial de municípios em que não há serviços desenvolvendo ações de Saúde do Trabalhador definidas como competência de nível secundário e terciário –, as informações coletadas e consolidadas em bancos de dados serão analisadas, pelo menos com base na distribuição de freqüências simples de variáveis relacionadas à pessoa, ao tempo e ao lugar. Isso significa buscar análi-se que possibilite descrever atributos sociodemográficos (idade, sexo, ocupação, etc.) das vítimas, assim como a distribuição temporal e de aspectos do processo causal dos acidentes.As informações contidas na Ficha de Notificação de Acidentes do Tra-balho do Sistema Nacional de Agravos de Notificação deverão permi-tir desenhar o perfil de acidentados e acidentes de trabalho no territó-rio em questão: idade e sexo do acidentado, dias e horas do dia em que mais se acidentam, número médio de vítimas de acidentes por mês e ano, empresas ou ramos de atividade com maior número de vítimas ou com vítimas com lesões de maior gravidade, parte do corpo atingida, natureza da lesão sofrida, aspectos do processo causal, etc. Dois tipos de informações parecem particularmente importantes tendo em vista a prevenção e a atenção à saúde em caso de acidentes: aquelas relati-vas aos aspectos do processo causal e das lesões sofridas pelas vítimas distribuídas conforme citado e, sempre que necessário, de modo cru-23zado, por exemplo, distribuindo lesões identificadas segundo aspectos do processo causal ou local de ocorrência.Nos termos da Portaria n.º 3.098 (BRASIL, 1998), do Ministério da Saú-de, que aprova a Norma Operacional de Saúde do Trabalhador, com-pete a esses municípios o estabelecimento de rotina de sistematização e análise dos dados gerados no atendimento aos agravos à saúde rela-cionados ao trabalho, de modo a orientar as intervenções de vigilância, a organização dos serviços e das demais ações em Saúde do Trabalha-dor e a “utilização dos dados gerados nas atividades de atenção à Saúde do Trabalhador, com vistas a subsidiar a programação e avaliação das ações de saúde neste campo, e alimentar os bancos de dados de inte-resse nacional”. Isso significa que é importante que o serviço identifique, no mínimo, quais os tipos de lesões que acontecem com maior freqüência na sua população, que aspectos do processo causal aparecem associados com essas lesões e onde elas estão ocorrendo. Número elevado de lesões traumáticas de membros superiores em acidentes envolvendo máqui-nas pode exigir a organização de programa de prevenção com ênfase na proteção de partes móveis de máquinas; freqüências elevadas de le-sões provocadas por quedas em obras de construção civil podem exigir programa de prevenção específica para trabalhadores dessa categoria. Número elevado de acidentes de trajeto envolvendo bicicletas em vias mal iluminadas, mal conservadas, sem ciclovias pode exigir programa conjunto com autoridades responsáveis pela segurança no trânsito e na conservação de vias públicas. As informações colhidas também po-dem subsidiar recomendações específicas de aperfeiçoamento da for-mação profissional das equipes de saúde do território e de aquisição de recursos para os serviços que atendem urgências e emergências.

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Também de acordo com a Portaria Ministerial n.º 3.908 (BRASIL, 1998), de 30 de outubro de 1998, que aprovou a Norma Operacional de Saú-de do Trabalhador (Nost-SUS), os municípios em regime de gestão ple-na do sistema municipal de saúde ou em que já existe Centro de Refe-24rência em Saúde do Trabalhador habilitado na Renast devem realizar as mesmas ações que cabem aos municípios em regime de gestão plena da atenção básica e, em acréscimo:[...] c) realização sistemática de ações de vigilância nos am-bientes e processos de trabalho, compreendendo o levan-tamento e a análise de informações, a inspeção sanitária nos locais de trabalho, a identificação e avaliação das si-tuações de risco, a elaboração de relatórios, a aplicação de procedimentos administrativos e a investigação epidemio-lógica; d) instituição e manutenção de cadastro atualizado das empresas classificadas nas atividades econômicas de-senvolvidas no município, com indicação dos fatores de ris-co que possam ser agravados para o contingente popula-cional, direta ou indiretamente a eles expostos.Isso significa que os relatórios de análise elaborados nesses territórios já incorporam preocupação mais evidente com o monitoramento de indicadores de morbimortalidade relacionada ao trabalho. Além de in-dicadores clássicos como taxas de freqüência e de gravidade de aciden-tes, deve-se estimular a utilização de estimativas de risco baseadas em incidência acumulada e densidade de incidência. Os dados de mortali-dade devem ensejar cálculos de letalidade e estimativas de anos poten-ciais de vida perdidos, de modo a ensejar mais informações sobre o im-pacto de acidentes de trabalho na saúde da população do território.Também se recomenda a elaboração de bancos de dados relativos às análises de acidentes conduzidas no território priorizando-se a con-solidação e análise de informações obtidas sobre acidentes graves, fa-tais ou que acometam crianças e adolescentes com até 16 anos de ida-de cuja prevenção deve ser priorizada. 5.9 Avaliação do sistemaEntre os critérios de avaliação da implantação desse sistema, necessa-riamente deve estar o da verificação da utilização ou não de informa-ções obtidas com o SI para a identificação de problemas de saúde dos trabalhadores e definição de prioridades do sistema de saúde. As tare-fas relativas à notificação de eventos, criação de banco de dados, emis-são periódica de relatórios e análise desses relatórios devem ser enten-didas como suportes tanto para o aperfeiçoamento contínuo do SI, como para a fonte de subsídios ao processo de tomada de decisões es-tratégicas por parte dos gestores dos sistemas de saúde envolvidos.Os conselhos gestores do sistema de saúde e suas comissões assessoras devem receber cópias de relatórios dessas atividades e discuti-los em reuniões em que possam contar com a presença de convidados de sua confiança para melhor avaliar os trabalhos desenvolvidos e seus impac-tos. A periodicidade da entrega de relatórios e as respectivas discus-sões serão definidas pelos conselhos e pelas comissões assessoras, não devendo ser inferior a uma vez por semestre. Os relatórios em questão devem ser tratados como de livre acesso a todos os interessados sendo, sempre que possível, disponibilizados para leitura e download em pági-na eletrônica e encaminhados a todos os organismos de imprensa (jor-nais impressos e em formato eletrônico, emissoras de rádio e TV) locais e de maior abrangência.5.10 NotificaçãoTodo caso de acidente de trabalho fatal, mutilante ou envolvendo cri-anças e adolescentes menores de 18 anos, é passível de notificação compulsória pelo SUS, segundo parâmetro da Portaria MS/GM n.º 777, de 28 de abril de 2004. Da mesma forma, toda ocorrência deve ser co-municada à Previdência Social, por meio de abertura de comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS PARA LIMPEZA HOSPITALARES

A ASSEPSIA é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte isento de bactérias. A ANTI-SEPSIA refere-se à desinfecção de tecidos vivos com anti-sépticos.

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Desinfetantes da pele e das mucosas (antissépticos)A sua concentração não pode ser tóxica para as células. São exemplos o álcool etílico (70º), peróxido de hidrogênio (10 volumes), eosina (para Gram-positivos), permanganato de potássio, hipoclorito de sódio (0,48%) e iodopovidona (derivado do iodo, altamente eficaz, excepto no caso da hepatite B).Desinfetantes de instrumentosComo por exemplo os aldeídos, usados em estetoscópios e termómetros, o hipoclorito de sódio, usado só em material não oxidável, como as pinças e tesouras, ou o óxido de etileno, que em mistura com o Co² é usado em câmaras, esterilizando tudo o que seja sensível à temperatura (batas, toucas, material descartável,etc).Natureza químicaOs anti-sépticos e desinfectantes podem também ser agrupados de acordo com a sua natureza química:

1. Fenol e compostos fenólicos: (ex. hexaclorofeno) Eficaz contra Gram-positivos; Pouco activo contra Gram-negativos; Ineficaz na presença de sangue.2. Halogéneos: Derivados do cloro (hipoclorito de sódio) – actuam inibindo a actividade das proteínas celulares e a síntese de

DNA; Derivados do Iodo (iodopovidona, iodofor) – interagem com enzimas e proteínas inibindo-as por reacção de

oxidação de grupos –SH e por ligação do iodo ao grupo –NH dos aminoácidos.3. Sais metálicos: Compostos mercuriais (mertiolato): combinam-se com –SH de enzimas e inibem a sua actividade; Sais de prata (nitrato de prata); Compostos de zinco (matam fungos); Compostos de cobre (matam algas).4. Oxidantes (peróxido de hidrogénio, permanganato de potássio): Oxidam lípidos de membrana e DNA.5. Álcoois (etanol): Coagulam proteínas e lípidos de membrana.6. Compostos de amónia quaternária (Cetrimina a 1%, Benzalcónio) Inactivados pela presença de material orgânico.7. Clorexidina : Promove a desorganização estrutural e funcional da membrana citoplasmática.8. Óxido de etileno: Agente alquilante que inactiva enzimas e proteínas; Usado em mistura não explosiva com CO2 ou com hidrocarbonetos halogenados.9. Aldeídos (formaldeído (muito tóxico) e glutaraldeído): Inactivação de proteínas e ácidos nucleicos.10. Beta-propriolactona: Possui características cancerígenas, mas os seus vapores são usados na esterilização.

DESINFECÇÃODesinfecção descreve o método capaz de eliminar muitos ou todos os microorganismos patogênicos, com exceção dos esporos.  O processo de desinfecção pode ser afetado por diferentes fatores:a-  limpeza prévia do materialb- período de exposição ao germicidac- concentração da solução germicida d- temperatura e o PH do processo de desinfecção.A desinfecção pode ser classificada de acordo com a tabela abaixo.

DESINFECÇÃO: classificação MÉTODOS E SOLUÇÕES GERMICIDAS

Desinfecção de baixo nível: são destruídas as bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos. O Mycobacterium tuberculosis, os esporos bacterianos ,o vírus da Hepatite B (HBV) e os vírus lentos sobrevivem.  

Álcool etílico e isopropílico  Hipoclorito de Sódio (100ppm)  Fenólicos   Iodóforos*  Quaternário de amônia   obs.: tempo de exposição< ou= a 10 minutos.  

Desinfecção de médio nível: além dos microorganismos destruídos na desinfecção de baixo nível são atingidos o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o HBV)e a maioria dos fungos. Ainda sobrevivem os Mycobacterium intracelulare, os esporos bacterianos e os vírus lentos.  

Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%)  Fenólicos   Iodóforos*  Hipoclorito de Sódio (100ppm)  Pasteurização 75o C a 30 minutos.  Obs.: depende da concentração e/ou período de exposição. 

Desinfecção de alto nível: resistem apenas alguns tipos de esporos bacterianos mais resistentes e os vírus lentos.  

- Glutaraldeído   - Solução de Peróxido de Hidrogênio   - Hipoclorito de sódio (1000 ppm)  - Cloro e compostos clorados  - Ácido peracético.   

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-Orthophtalaldeído.  - Água super oxidada  - Pasteurização 75o C a 30 minutos.  Obs.: Tempo de exposição >ou= 20 minutos.  

Não definido: o nível de desinfecção dependerá das variáveis como temperatura e/ou concentração de germicidas adicionados no processo..  

-calor seco (passar a ferro)  -fervura em água em 30 min  - formaldeído, pastilhas  -termodesinfectadoras  -sanitizadoras  

* Disponível apenas como anti-séptico. Não disponível como desinfetante no mercado nacional.  Obs: algumas das soluções germicidas são classificadas de alto, médio ou de baixo nível dependendo do tempo de exposição.    

Limpeza e desinfecção combinadas 

-máquinas de lavar louça, roupa etc. com água quente 60 a 90 graus e/ou soluções germicidas  -máquinas de limpeza com jatos de vapor  

CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UM DESINFETANTE amplo espectro;  ação rápida;  não ser afetado por fatores ambientais (ex: luz);   deve ser ativo na presença de matéria orgânica;  ser compatível com sabões, detergentes e outros produtos químicos;  atóxico (não deve ser irritante para o usuário);  compatível com diversos tipos de materiais (não corrosivo em superfícies metálicas e não deve causar

deterioração de borrachas, plásticos e outros materiais);  efeito residual na superfície ;  fácil manuseio;  inodoro ou de odor agradável;  econômico;  solúvel em água;  estável em concentração original ou diluído;  não poluente. 

Ordem decrescente de resistência dos microorganismos aos métodos e soluções germicidas  PRIONS

Creutzefeld Jacob DiseaseESPOROS BACTERIANOS

Bacillus subtillisClostridium difficileMYCOBACTERIA  

Mycobactrium tuberculosisMycobacterias atípicas

VÍRUS NÃO LIPÍDICOSPoliovírusRinovírus  FUNGOS  

Candida sp  Criptococcus sp  

BACTERIAS VEGETATIVAS  Pseudomonas sp  

Salmonella sp  VIRUS LIPÍDICOS

HBV / HIV / Herpes vírusObservação: existem variações nesta suscetibilidade dependendo do germicida.   SOLUÇÕES E SUA TOXIDADE RELATIVA AO AMBIENTE

BAIXA ALTA

OXIDANTES (EX:ÁC peracético) COMPOSTOS DE QUATERNÁRIO DE AMÔNIA 

ÁLCOOL FENÓLICOS

ÁCIDOS ORGÂNICOS HIPOCLORITO DE SÓDIO

ALDEÍDOS BIGUANIDAS

DESINFETANTES1- GLUTARALDEÍDO

Aplicação e indicação: desinfetante de alto nível. Mais utilizado para tratamento de materiais termo sensíveis.  Ação germicida: alteração do RNA, DNA e síntese proteica. 

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Tempo: tempo de exposição conforme orientação do fabricante. Pode variar de poucos minutos, quando é ativo contra a maior parte dos vírus até 10 horas quando tem sua maior ação contra formas esporuladas. Sua ação contra mycobacterias requer no mínimo 20 minutos em concentração não inferior a 2%. 

Esterilização a frio: variação segura de no mínimo 8 horas a 10 horas conforme orientação do fabricante.   Apresentação: solução ácida e básica.   Concentração para compra: no mínimo 2%. Exigir laudo do Ministério da Saúde.   Especificidades do método de utilização para artigos específicos:   Limpeza de endoscópios e outros materiais longos com lume de difícil higienização: utilizar detergente

enzimático para auxiliar na efetiva remoção de sujidade .   Controle da utilização : Para instrumentos reutilizados e inseridos diretamente na árvore traqueobrônquica :

utilizar solução recém ativada ou utilizar fita teste para medir a concentração de Glutaraldeído e utilizar apenas se concentração estiver a 2% ou mais.  

Para outros materiais que não entram em contato com árvore respiratória: utilizar a solução básica por 14 dias e a ácida por 28 dias. Utilizar a fita teste para medir a concentração e aceitar quando estiver a 1,5 % ou mais. 

Quando há possibilidade de secagem efetiva dos materiais a freqüência dos testes pode ser determinada pela monitorização inicial diária. Repetir inicialmente os testes com a fita a fim de verificar o número de vezes em que determinado procedimento é realizado da mesma forma resultando em concentração semelhante. Desta forma a freqüência de testes através da fita pode ser estabelecido de acordo com cada instituição e tipos de procedimentos.

Nomes comerciais: Cidex ® (Jonhson & Jonhson), Glutacide ®(Ceras Jonhson), Glutalabor ®.  Nome comercial da fita teste disponível no mercado nacional: dois tipo de Steris Strip ®(Jonhson & Jonhson),

uma medindo a concentração de 1,5% e outra medindo a concentração de 2% de Glutaraldeído. As soluções germicidas para tratamento de materiais disponíveis no mercado nacional que possuam características de desinfetante ideal suficientes para utilização com segurança são escassas. A solução de Glutaraldeído é uma das que têm sido mais utilizadas nos últimos anos para tratamento de materiais termosensíveis. Ela tem sido escolhida, de forma geral pelo número de características que apresenta como sendo vantagem, em detrimento das suas desvantagens.  -          Como existem inúmeras publicações na área de controle de infecção hospitalar sobre esta solução os profissionais têm recomendado seu uso com segurança. Um dos maiores problemas de Controle de Infecções é relacionado a materiais críticos ou Semicríticos termosensíveis que necessitam sofrer descontaminação para que possa ser utilizado com segurança nos pacientes. Materiais de terapia respiratória e endoscopia, por exemplo, têm como uma das principais alternativas de tratamento, em nosso meio, o uso de Glutaraldeído.Esta solução apresenta a desvantagem da toxicidade para manipulação pelos profissionais de saúde. Por este motivo, como a maioria das soluções químicas, seu manuseio exige equipamentos de proteção individual. Os resíduos também permanecem nos materiais tratados quando não forem bem enxaguados. Apesar desta desvantagem a característica positiva mais evidente é o amplo espectro de ação que permite a utilização segura para os pacientes independentemente do tipo de patologia e tipo de microorganismo possivelmente associado à contaminação do material.  -          No que se refere a tempo, a exposição por períodos como 1 a 2 minutos em concentração de 1% é capaz de destruir o vírus HIV e HSV, sendo que com presença de proteína a concentração deve ser de 2%. O tempo de 5 minutos a 2% é suficiente para destruir o HBV mas o período deve ser aumentado para a destruição do vírus na presença de plasma seco, já que há interferência com a presença de proteínas nos materiais. O poliovírus apesar de ser considerado resistente é destruído em concentração de apenas 0,1% de Glutaraldeído. Dentro da classificação de níveis de desinfecção, o Glutaraldeído é considerado desinfetante de alto nível já que destrói também formas mais resistentes de microorganismos, como as mycobacterias inclusive as do grupo “MAIS”(intracelulares) conhecidas como atípicas. Para ter atividade contra mycobacterias a concentração necessária é maior, assim como contra esporos e na presença de matéria orgânica. É considerado esterilizante químico aumentando o tempo de exposição para 8 a 10 horas pois destrói também alguns tipos de esporos . Mesmo em concentrações abaixo de 2% é ativo contra diversos vírus e diversas bactérias em forma vegetativa. O tempo de 20 minutos após a limpeza meticulosa é considerada suficiente para posterior utilização segura de endoscópios em pacientes.  Para os chamados vírus lentos, e prions ainda não foi identificada atividade germicida quando expostos aos aldeídos.Na prática, um dos ponto fundamentais é a limpeza meticulosa prévia dos instrumentos, antes da desinfecção com Glutaraldeído. Os detergentes enzimáticos têm reconhecida ação sobre instrumentos com lumes e é recomendado pelas associações internacionais. Apesar da atividade na presença de proteína o Glutaraldeído agrega a matéria orgânica impedindo a ação uniforme nas superfícies do instrumental. No que se refere ao PH da solução, embora o PH ácido seja mais estável que o alcalino, o PH ao redor de 8 a 8,5 é mais ativo. A medida em que o PH aumenta aumentam os locais livres para ligação com os microorganismos, mas a molécula fica mais instável.À temperatura de 20 graus centígrados confere atividade ótima ao PH alcalino. No entanto à medida em que a temperatura for aumentando a estabilidade cai. Ao atingir 40 graus as atividades nos PH ácido e alcalino se tornam semelhantes. Na prática a solução é “ativada” ou alcalinizada para que possa ter eficácia.  Independentemente dos tipos de procedimentos e materiais os experts e as associações de profissionais reconhecidas recomendam a secagem prévia para permitir a completa imersão.   2- PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO Aplicação: desinfetante de alto nível, principalmente para materiais termo sensíveis.

Ação: agente oxidante. Desnaturação proteica, ruptura da permeabilidade da membrana celular. Tempo: a inativação de microorganismos é dependente de tempo, temperatura e concentração. Existem

inúmeros estudos na literatura onde forma demonstradas atividades de 10 a 60 minutos em concentrações variáveis de 0,6 a 7,5%. 

Apresentações: ainda não está disponível no mercado brasileiro uma solução com as características específicas para uso como desinfetante. Nos EUA e Europa a solução é comercializada de 6 a 7,5% para uso em materiais. Concentrações menores têm sido utilizadas para ambiente e auxílio na remoção de matéria orgânica

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aderida a materiais. Teste: como outras soluções químicas, a perda da atividade que pode ocorrer por diluição, por secagem

incompleta deve ser monitorada regularmente. Quando a concentração estiver abaixo de 6% deve ser desprezada. 

Compatibilidade com materiais: corrói zinco cobre e latão. OBS: está disponível no mercado nacional também como esterilizante através de máquina geradora de plasma

(STERRAD ®). Ir para Esterilização. 3-  ÁCIDO PERACÉTICO

Apresentação: líquida. Modo de uso: por submersão. Tempo de processamento 30 minutos a 50 a 56o.C ( em máquina apropriada- ainda não disponível no Brasil

STERIS SYSTEM ®) Aplicação: desinfetante de alto nível. Sua aplicação mais conhecida no país, até o momento é em hemodiálise.

Indicada fora do país para uso em endoscópios, instrumentos de diagnóstico e outros materiais submersíveis. Ação: agente oxidante. Desnaturação proteica, ruptura da permeabilidade da membrana celular. Espectro de ação: tem amplo espectro de ação conforme é requisito para ser desinfetante de alto nível, incluindo

Mycobacterias e esporos bacterianos. Sua principal vantagem na decomposição é a inexistência de resíduos. Tempo: a inativação de microorganismos é dependente de tempo, temperatura e concentração. Inativa

microorganismos mais sensíveis em 5 minutos a uma concentração de 100ppm. Para eliminação de esporos de 500 a 10000ppm em 15 segundos a 30 minutos.

Apresentações: 0,2% e 0,35%.  Máquinas: existem no mercado internacional para uso com soluções específicas (0,2%) para tratamento de

endoscópios ( Steris System 1), enquanto outras são recomendadas com diversos tipos de soluções e testadas também com ácido peracético. Outras são referenciadas como esterilizadoras Steris System ® (ver esterilização neste site).

Observações sobre máquinas: embora em estudo específico em laboratório os resultados com Steris System não tenham sido satisfatórios no que se refere à difusão do gás em lumes as condições criadas para estudo eram bem piores do que as encontradas na prática, não sendo necessariamente um estudo conclusivo que contra-indique o artefato.

Indicação: no âmbito nacional tem sido utilizado em combinação com o peróxido de hidrogênio para tratamento de hemodializadores. Tem sido mais estudado para outros usos em substituição ao Glutaraldeído para materiais termoresistentes.

Compatibilidade com materiais; pode corroer cobre, latão, bronze, ferro galvanizado e aço. Estes efeitos, no entanto, podem ser reduzidos por aditivos e modificações de PH.

Nomes comerciais: Nu Cidex ® (não disponível no país) e Proxitane® (não são apresentados como produtos similares); Sterilife ® e Cidex PA® (combinados com Peróxido de Hidrogênio, ver abaixo)

Obs: Sterilife ® liberado no Brasil como esterilizante. 4-   ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO

Aplicação: como desinfetante de alto nível. Compatibilidade com materiais: não deve ser utilizado em materiais com cobre ou bronze, boa compatibilidade

com plásticos. Características: odor menos forte que o de Glutaraldeído, mas pode causar irritação nos olhos e árvore

respiratória, devendo ser utilizado óculos e máscara para o manuseio, bem como avental e luvas como Equipamentos de Proteção Individual padrões,necessidade de menor tempo de contato do que os aldeídos.

Desvantagens: menor compatibilidade com os materiais, havendo necessidade de redução da corrosão por aditivos e modificações de pH.

Obs:Não há necessidade de ativação e pode ser medida sua concentração através de fitas teste. Apenas iniciando sua comercialização no Brasil.

Concentração: 0,2 e 0,35% de Ácido Peracético.   Nome comercial: Sterilife ®, Cidex PA ®. 

6 -  ÁLCOOL Ação: ruptura da membrana celular e rápida desnaturação das proteínas com subsequente interferência no

metabolismo e divisão celular.  Espectro de ação: rápido e amplo espectro de ação contra bactérias vegetativas, vírus e fungos, mas não é

esporicida.  Apresentação mais freqüente: álcool etílico e álcool isopropílico.  Concentração: entre 60 e 90%, sendo que abaixo de 50% sua atividade diminui bastante.  Compatibilidade com materiais: mais indicado para superfícies externas dos materiais e superfícies de vidro.

Embora utilizado como secante em instrumentos óticos, pode danificar o cimento das lentes. Resseca plásticos e borrachas quando utilizado repetidas vezes ao longo do tempo. Opacifica material acrílico. 

Características da ação: como evapora rapidamente sua ação é limitada, havendo necessidade de submersão de objetos para uma ação mais ampla. 

7- HIPOCLORITO DE SÓDIO   Aplicação: quanto maior a concentração e/ou o tempo maior o espectro de ação, podendo ser utilizado como

desinfetante de baixo a alto nível.   Espectro de ação: tem amplo espectro de ação, chegando a ter ação sobre esporos de B. subtillis. Atua a

concentrações tão baixas como 25 ppm para microorganismos mais sensíveis. Mais usualmente utilizada em concentração de 1000 ppm. 

Características: é o desinfetante mais amplamente utilizado. Apresenta ação rápida e baixo custo. Bastante instável e inativado por matéria orgânica.  

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É considerado como prejudicial ao ambiente.  Compatibilidade com materiais: é bastante corrosivo, principalmente de metais e tecidos de algodão e sintéticos.  Aplicação: dependerá da concentração. Basicamente utilizado em superfícies fixas. Embora possua algumas

recomendações para materiais de terapia respiratória os resíduos de cloro, principalmente com o uso prolongado se tornam impedimento. Altamente utilizado e recomendado para tratamento de tanques e tratamento de água. 

Ação do Hipoclorito de sódio:  - 0,15 a 0,25 ppm ( 0,000015%) elimina bactérias vegetativas em 30 segundos;  - 100 ppm ( 0,01 %) elimina fungos em menos de 1 hora;  - 200 ppm ( 0,02 %) elimina 25 tipos diferentes de vírus em menos de 10 minutos;  - 100 ppm ( 0,01 % ) elimina 107 de S. aureus e P. aeruginosa em menos de 10 minutos.  - 500 ppm (0,05%) elimina 106 de HBV, em 10 minutos, 20°C.  - 50 ppm (0,005%) elimina 105 de HIV, em 10 minutos, 25°C. 

  10ppm=1:5000; 50ppm=1:1000; 100ppm=1:500;  500ppm=1:100; 1000ppm=1:50; 5000ppm= 1:10  Uma alternativa ao Hipoclorito de Sódio é o Dicloroisocianureto de Sódio. A apresentação pode ser em flocos e é mais estável. A solução deste composto tem maior ação germicida que o Hipoclorito na mesma concentração.  8- FORMALDEÍDO 

Aplicação: desinfetante de alto nível, mas como é considerado carcinogênco, sua aplicação em hospitais hoje é limitada. Até hoje ainda é utilizado para tratamento de hemodializadores. No entanto está sendo substituído cada vez mais por Ácido Peracético para esta aplicação. 

Utilização para outros fins: conservação de peças anatômicas e tecidos e preparo de vacinas virais.  Espectro de ação: bactericida , fungicida, viruscida, tuberculicida.  Apresentação: em forma líquida e sólida, mais conhecida como formalina.  A formalina sólida é vaporizada através do calor na presença de umidade. Embora seja uma opção econômica

foi pouco estudada. Tem limitações na mensuração de parâmetros aceitáveis da liberação dos vapores em determinadas dimensões de materiais. Além disto, os resíduos são tóxicos e podem danificar alguns instrumentos.

9-  IODÓFOROS Um iodóforo é uma combinação de iodine com agente solubilizante ou carregador. Aplicação: mais comumente utilizado como anti-séptico. No entanto tem aplicação como desinfetante de

materiais também. Ação: possui maior ação em baixas concentrações, por disponibilizar desta forma maior quantidade de iodo livre.

No entanto em baixas concentrações é mais instável e de maior facilidade de contaminação.  Espectro de ação: bactericida, viruscida e micobactericida. No entanto requer tempo de contato bastante

prolongado para agir sobre formas de microorganismos mais resistentes aos germicidas Apresentações: iodóforos formulados como anti-sépticos não devem ser utilizados como desinfetantes uma vez

que os primeiros têm uma quantidade menor de iodo livre. 10-   FENÓLICOS

Sua maior importância deve-se ao fato de ter iniciado a história dos germicidas com a utilização por Lister em seu trabalho pioneiro sobre anti-sepsia cirúrgica (ácido carbólico).

Aplicação: foi muito utilizado na década passada no Brasil. Embora ainda seja bastante utilizado para tratamento de materiais não críticos e superfícies fixas de alguns hospitais esta prática está cada vez mais sendo questionada. Os resíduos em materiais porosos estão incluídos nos motivos de contra-indicação sua utilização em materiais Semicríticos.

Ação: destruição do protoplasma com ruptura da parede celular com precipitação proteica.  Espectro de ação: bactericida, viruscida, fungicida, tuberculicida. Apresentações: derivados do fenol como ortho-phenilphenol e ortho- benzyl- para- clhorophenol.

11-   COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA Aplicação: desinfetante de baixo nível Muito utilizado como desinfetante de superfícies, no passado e ainda

como anti- séptico.  Ação: desnaturação das proteínas celulares essenciais e ruptura da membrana celular.  Espectro de ação: fungicidas, bactericidas e viruscidas lipofílicos. Não são tuberculoscidas ou agem contra vírus

hidrofílicos. Hoje existem algumas resistências de seu uso por parte dos Serviços de Controle de Infecção pela publicação de

alguns artigos relatando a contaminação das soluções. Além disto, pela contra-indicação pelo Centers for Disease Control face a ocorrência de surtos relacionados a seu uso como anti-séptico. 

Inativados por tensoativos, resíduos aniônicos e proteínas. Algumas formulações são inativadas por água dura.  Baixo nível de toxicidade direta, mas poluente ambiental. 

NOVOS GERMICIDAS ORTHOPHTALALDEÍDO ÁGUA SUPER OXIDADA

12- ORTHOPHTALALDEÍDO(ainda não comercializado no Brasil)  Ação: semelhante à do Glutaraldeído, mas sua forma de ação específica com relação aos microorganismos foi

pouco estudada até agora.  Espectro de ação: amplo espectro, conforme ocorre com outros desinfetantes de alto nível. É ativo contra

mycobactérias (testado contra M.bovis, M.terrae, M.chelonae).  Vantagens:

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a solução não se polimeriza não decaindo a concentração apenas com o tempo.  é menos corrosivo que o Glutaraldeído  odor menos forte do que o do Glutaraldeído.  quando a matéria orgânica está presente a ação é pouco afetada. 

13-   ÁGUA SUPER OXIDADA Aplicação: esta é mais uma das alternativas de desinfetantes de alto nível, estudadas recentemente com o

objetivo de substituir soluções mais tóxicas e/ou corrosivas, principalmente para uso em instrumentos óticos.  Espectro de ação: conforme requerido para desinfetantes de alto nível, é ativo contra mycobacterias. Também é

ativo contra B subtillis van niger.  Compatibilidade com materiais: embora ainda necessite de maiores estudos a respeito de sua compatibilidade

com instrumentos óticos e outros, a solução é tida como menos corrosiva que outros clorados e peroxigenios que são utilizados em máquinas para tratamento de endoscópios. 

A solução apenas recentemente chamou a atenção em revista de Controle de Infecções Hospitalares, na Inglaterra. Embora não se trate de uma nova reação química, sua aplicação é uma novidade na área.  

Características: trata-se de água super oxidada por reação química obtida pela eletrólise (com titânio e corrente elétrica) da água com ação principal do ácido Hipocloroso e outros ácidos (não mencionados). A solução, portanto, deverá ser gerada no próprio local de uso, com aparato especial para gerar corrente elétrica etc.

  COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES TIPOS DE SOLUÇÕES GERMICIDAS DE ALTO NÍVEL DE DESINFECÇÃO

 Peróxido de Hidrogênio

Ácido peracético

Glutaraldeído

Peróxido de Hidrogênio+

Ácido Peracético

Orthophtalaldeído**

Desinf.alto nível 30’-20oC Não avaliado 20/90’-20/25oC 25’-20oC 10’-20o.C

Esterilizante 6h-20oC /20’-50oc

30’-50oC 10h-20/25oC 8h-20o C 10h-25o.C

Ativação Não Não Sim (alcalina) Não Não

Reuno    21 DIAS Uso único 14-30 DIAS 14 DIAS 21 DIAS

Estabilidade  2 ANOS 6MESES 2 ANOS 2 ANOS 2 ANOS

Restrição ao desprezo    Não NÃO SIM NÃO SIM

  BOA SATISFATÓRIA EXCELENTE SATISFATÓRIA EXCELENTE

Compatibilidade c/ materiais SIM (6%) NÃO SIM(1,5ou mais) SIM-500ppm AP SIM (0,3%)

Monitorização de concentração Segurança   

OLHOS OLHOS/PELE RESPIRATÓR OLHOS OLHOS/PELE

Processo MANUAL/ AUTO

AUTOM MANUAL/ AUTO MANUAL/ AUTO MANUAL/ AUTO

Resist.matéria Orgânica    SIM SIM SIM SIM SIM

Nome comerc.  SPOROX® ** STERIS 20®**,

CIDEX®, GLUTACIDE®, GLUTAREX®,

GLUTALABOR®

STERILIFE®, CIDEX PA®** CIDEX OPA®**

Limite expos.  1ppm NENHUMA 0,05 ppm 1ppm (PH) NENHUMA

Custo nos EUA em dólares   24,99/GAL

(0,40 Manual; 2,38 Autom)

(0,25 Manual; 1,49 Autom)

(0,45 Manual; 2,68 Autom)

Sem dados

CUIDADOS NA DILUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DETERGENTES E DESINFETANTES

MÉTODO ITécnica de Desinfecção- esfregar pano limpo embebido em solução desinfetante em todas as superfícies;- aguardar 10 minutos;- enxaguar, esfregando outro pano com água limpa;- secar com pano limpo;

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- promover o descarte dos panos utilizados na operação, acondicionando-os em sacos plásticos de cor branca.

MÉTODO IITécnica de Limpeza- esfregar pano e/ou escova embebido na solução preparada a partir do produto, sobre as superfícies retirando os resíduos;- secar com pano limpo;- promover o descarte dos panos utilizados na operação, acondicionando-os em sacos plásticos de cor branca.

MÉTODO IIITécnica de DescontaminaçãoEsta técnica visa atender as situações em que são constatadas contaminações por fezes, urina, vômitos ou outros fluidos orgânicos.- cobrir os locais atingidos com papel toalha;- colocar a solução desinfetante sobre o papel toalha;- deixar em contato por 30 minutos;- remover os papéis colocando-os em um saco plástico de cor branca;- recolocar a solução desinfetante na área afetada;- aguardar mais 10 minutos;- esfregar pano limpo embebido em solução desinfetante na área afetada;- promover o descarte dos panos utilizados na operação acima, acondicionando-os em sacos plásticos de cor branca;- rotular os sacos plásticos com a expressão "material contaminado";- utilizar método II - técnica de limpeza- esfregar pano e/ou escova, embebido na solução, sobre as superfícies retirando os resíduos;- secar com pano limpo;- promover o descarte dos panos utilizados na operação, acondicionando-os em sacos plásticos de cor branca.

ANEXO IIGRUPO DE MATERIAL DESINFETANTE

GRUPO IHIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo de solução (volume de 10 litros): colocar 100 ml de uma solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo de solução (volume de 10 litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

FENÓIS SINTÉTICOS- abrangência: produtos comerciais, contendo fenóis sintéticos (ex: ofenil fenol, o-benzil - p - cloror fenol + tensoativos aniônicos + antioxidantes + seqüestrantes);- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

QUATERNÁRIO DE AMÔNIO:- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio, cloreto de alquil dimetil etil benzil amônio);NOTA: é proibida a associação à fórmula da substância formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

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BIGUANIDA- abrangência: produtos comerciais contendo biguanidas (cloridrato de polihexametileno biguanida);- discrição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

GRUPO IIQUATERNÁRIO DE AMÔNIO- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio cloreto de alquil dimetil etil benzil amônio...).NOTA: é proibida associação à fórmula da substância formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

IODOFOROS- abrangência: produtos comerciais à base de iodo complexado + tensoativos;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

DETERGENTES ANFOTÉRICOS:- abrangência produtos comerciais à base de detergentes anfotéricos ex: dodecil di(amino etil) glicina com três átomos de sódio;- diluição de uso: conforme o indicado na rotulagem do produto- modo de aplicação: conforme o indicado na rotulagem do produto.

HIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 100 ml de uma solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com técnica de desinfecção (MÉTODO I).

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com técnica de desinfecção (MÉTODO I)

GRUPO IIIQUATERNÁRIO DE AMÔNIO- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio cloreto de alquil dimetil etilbenzil amônio...);NOTA: é proibida a associação à fórmula da substância formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

DETERGENTES ANFOTÉRICOS- abrangência: produtos comerciais à base de detergentes anfotéricos ex: dodecil di(amino etil) glicina com três átomos de sódio;- diluição de uso: conforme o indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: conforme o indicado na rotulagem do produto.

HIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/l) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 100 ml de uma solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração recomendada. 1.000 ppm (mg/l) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

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BIGUANIDA- abrangência: produtos comerciais contendo biguanidas (cloridrato de polihexametileno biguanida);- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo cone a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

GRUPO IVFENÓIS SINTÉTICOS- abrangência: produtos comerciais contendo fenóis sintéticos (ex: o-fenil fenol o-benzil-p-cloro fenol + tensoativos aniônios + antioxidantes + seqüestrantes);- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

QUATERNÁRIO DE AMÔNIO- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio; cloreto de alquil dimetil etibenzil amônio...);NOTA: é proibida a associação à fórmula da substância formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

FORMALDEÍDO- abrangência: produtos comerciais contendo formaldeído a 2% + quaternário de amônio + antioxidante + seqüestrantes;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

HIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração recomendada: 10.000 ppm (mgll) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 1 litro de solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

HIPOCLORITO DE CÁLCIO:- concentração recomendada: 10.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

GRUPO VQUATERNÁRIO DE AMÔNIO- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio: (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio cloreto de alquil dimetil etilbenzil amônio...);NOTA: é proibida a associação à fórmula da substancia formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

IODOFOROS- abrangência: produtos comerciais à base de iodo complexado + tensoativos;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

HIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração recomendada: 10.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 1 litro de solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração recomendada: 10.000 ppm (mg/l) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de lo litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

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GRUPO VIMÓDULO A - DESINFECÇÃOHIPOCLORITO DE CÁLCIOA.1 - Desinfecção- concentração recomendada: 50 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 100 litros): colocar 50 ml de uma solução de hipoclorito de sódio de 10% de cloro ativo (comercial) em um recipiente e completar com água para o volume indicado.

A.2 - Desinfecção- concentração recomendada: 50 ppm (mg/l) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 100 litros): pesar 7,6 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado.

MÓDULO B - LIMPEZAHIPOCLORITO DE CÁLCIOB.1- Limpeza (remoção de incrustações)- concentração recomendada: 200 ppm (mg/l) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 100 litros): pesar 31 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado.

B.2 - Limpeza ( remoção de incrustações)- concentração recomendada: 200 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 100 litros): colocar 200 ml de solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) em recipiente e completar com égua para o volume indicado.

GRUPO VIIFORMALDEÍDO- concentração indicada: formaldeído diluído a 5%;- preparo da solução (volume 100 litros de dejetos): colocar 6 litros de formaldeído a 37% para atender volume indicado.

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração indicada. 10.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 100 litros de dejetos): colocar l,5 kg de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) para atender volume indicado.

HIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração indicada: 10.000 ppm de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 100 litros de dejetos): colocar 10 litros de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) para atender volume indicado.

SODA CÁUSTICA- preparo da solução (volume de 100 litros de dejetos): colocar 5 kg de soda cáustica para atender volume indicado.

CAL VIRGEM- preparo da solução (volume de 100 litros de dejetos): colocar 2 kg de cal virgem para atender volume indicado.

GRUPO VIIIQUATERNÁRIO DE AMÔNIO- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio cloreto de alquil dimetil etilbenzil amônio...);NOTA: é proibida a associação à fórmula da substância formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

IODOFOROS- abrangência: produtos comerciais à base de iodo complexado + tensoativos;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

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DETERGENTES ANFOTÉRICOS- abrangência: produtos comerciais à base de detergentes anfotéricos ex: dodecil di(amino etil1 glicina com três átomos de sódio- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto- modo de aplicação: conforme indicado na rotulagem do produto.

GRUPO IXCRESÓIS- abrangência: produtos comerciais contendo cresóis (creolina);- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: conforme indicado na rotulagem do produto.

GRUPO XHIPOCLORITO DE SÓDIO- concentração recomendada: 10.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar I litro de solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) completar com água para o volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração recomendada: 10.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado;

FORMALDEÍDOA - abrangência: produtos comerciais contendo formaldeído a 0,2% + quaternário de amônio + antioxidante + seqüestrantes;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;B - abrangência: solução de formaldeído a 5% (p/v);- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 1.350 ml de formalina (formaldeído a 37%) em um recipiente e completar com água para volume indicado;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de desinfecção (MÉTODO I).

GRUPO XIDESINCRUSTANTES- abrangência: produtos comerciais com finalidade de uso de desincrustação de resíduos;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: conforme indicado na rotulagem do produto.

GRUPO XIIQUATERNÁRIO DE AMÔNIO- abrangência: produtos comerciais contendo quaternário de amônio (ex: cloreto de alquil dimetil benzil amônio cloreto de alquil dimetil etilbenzil amônio...);NOTA: é proibida a associação à fórmula da substância formaldeído.- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III)

FENÓIS SINTÉTICOS:- abrangência: produtos comerciais contendo fenóis sintéticos (ex: ofenil fenol o-benzil-p-cloro fenol + tensoativos aniônicos + antioxidantes + seqüestrantes);- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação; de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

FORMALDEÍDO- abrangência: produtos comerciais contendo formaldeído a 2% + quaternários de amônio + antioxidante + seqüestrantes;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto;- modo de aplicação: de acordo com a técnica de descontaminação (MÉTODO III).

GRUPO XIIIHIPOCLORITO DE SÓDIO

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- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 100 ml de uma solução de hipoclorito de sódio a 10% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado.

HIPOCLORITO DE CÁLCIO- concentração recomendada: 1.000 ppm (mg/1) de cloro ativo;- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 15,5 g de hipoclorito de cálcio a 65% de cloro ativo (comercial) e completar com água para o volume indicado.

FENÓIS SINTÉTICOS- abrangência: produtos comerciais contendo fenóis sintéticos (ex: o-fenil fenol o-benzil - p-cloro fenol + tensoativos aniônicos + antioxidantes + seqüestrantes);- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto.

FORMALDEÍDOA - abrangência: produtos comerciais contendo formaldeído a 2% + quaternários de amônio + antioxidante + seqüestrantes;- diluição de uso: conforme indicado na rotulagem do produto.B - abrangência: solução de formaldeído a 5% (p/v);- preparo da solução (volume de 10 litros): colocar 1.350 ml de formalina (formaldeído a 37%) em um recipiente e completar com água para o volume indicado.

ANEXO IIIRECOMENDAÇÕES BÁSICAS

1. Uso de EPIs em todas as etapas de operacionalização do PLD em conformidade com o anexo do Manual de Procedimentos/Aeroportos. Após o uso os operadores deverão promover a limpeza e desinfecção dos EPIs imergindo-os em solução de hipoclorito de sódio ou de cálcio com 1.000 ppm para os equipamentos que tolerem esse tipo de tratamento; para os demais proceder limpeza com água sabão e/ou detergente.2. A eleição dos produtos e matérias-primas a serem empregadas na operacionalização do PLD ficarão sob a responsabilidade das Empresas de Transportes Aéreos e Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Desinfecção.3. Os panos Estilizados nas técnicas de limpeza e desinfecção (MÉTODOS I e II) poderão a critério da empresa interessada após suas utilizações serem acondicionados em sacos plásticos e encaminhados para desinfecção e posterior utilização. Recomendamos como procedimentos de desinfecção para este caso:- uso de soluções desinfetantes indicadas no GRUPO XIII com as respectivas concentrações eficazes;- imersão do material na solução por 1 hora;- promover após operacionalização do processo de desinfecção a limpeza dos panos com água e sabão;- desprezar a solução desinfetante utilizada.4. Os equipamentos de limpeza (vassouras escovas rodes etc.) deverão sofrer desinfecção com soluções indicadas no GRUPO I no tempo de contato de lª hora após cada jornada de trabalho. Quando do uso de técnica da descontaminação desses equipamentos ao término dos procedimentos operacionais deverão sofrer desinfecção imediata.5. Os produtos utilizados nos processos de limpeza e desinfecção deverão possuir registro no órgão competente do Ministério da Saúde (DPROD/SVS). A validade de cada registro é de 5 anos; em caso de não renovação o produto terá sua proibição de comercialização em todo o território nacional.6. Os produtos utilizados na limpeza e desinfecção deverão estar com o prazo de validade em vigência;7. O acondicionamento e a embalagem de formulações à base de cloro deverão estar vedadas e protegidas de fontes de luz e calor.8. Que os procedimentos atividades complementares - PLD sejam empregados sempre que verificados em superfícies do interior da aeronave e área do parque aeroportuário as presenças de vômitos fezes urina ou casos suspeitos e do óbito por doenças de interesse da Saúde Pública.

MÉTODOS E PROCESSOS DE LIMPEZA HOSPITALAR

MÉTODOS FÍSICO- QUÍMICOS ( BAIXA TEMPERATURA)

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Óxido de etileno Plasma de Peróxido de Hidrogênio Ácido Peracético líquido Plasma de Ácido peracético Formaldeído e vapor de

De forma geral os métodos físico- químicos são processos que são realizados com baixas temperaturas. A esterilização a baixa temperatura é requerida para materiais termo sensíveis e/ou sensíveis à umidade. O método ideal não existe [ 5] e todas as tecnologias têm limitações.  Características de um esterilizante ideal para baixa temperaturaError: Reference source not found

Alta eficácia deve ser viruscida, bactericida, tuberculicida, fungida e esporicida 

Ação rápida esterilizar rápidamente

Grande penetração penetrar pacotes de materiais comuns e penetrar lumens 

Compatibilidade com materiais

as alterações devem ser imperceptíveis tanto na aparência quanto na função dos materiais, mesmo após repetidas esterilizações. 

Não tóxiconão devem apresentar riscos à saúde do operador, do paciente e não poluir o ambiente. 

Resistente à matéria orgânica

deve ter eficácia na presença de quantidade razoável de matéria orgânica. 

Adaptabilidadedeve ser adequada para grandes ou pequenos locais de instalação e ponto de uso. 

Capacidade de monitorização

deve ser monitorado de forma fácil e acurada com indicadores físicos, químicos e biológicos.  

Custo-efetivo deve ter custo razoável de instalação e de operação. 

O Óxido de Etileno tem sido o produto mais frequentemente utilizado como processo de baixa temperatura. Alguns estados americanos têm requerido redução da emissão de Óxido de Etileno de 90 a 99% pelos seus efeitos nocivos. O Óxido de Etileno é um produto altamente tóxico, na forma de gás. Apresenta riscos tóxicos ao operadores e pacientes por ser provavelmente carcinogênico e por ser inflamável. Os clorofluorocarbonados são usados como estabilizadores em combinação com o Óxido de Etileno e a Agência de Proteção Ambiental Americana baniu a produção dos clorofluorocarbonados. Foram então desenvolvidos alternativas como 100% de Óxido de Etileno com diferentes estabilizadores: dióxido de carbono, hydroclorofluorocarbonados, vapor de Peróxido de Hidrogênio, gás plasma, Ozônio, Ácido Peracético e Dióxido de Carbono.   ÓXIDO DE ETILENOO Óxido de Etileno é um gás inodoro, sem cor, inflamável e explosivo. A adição de estabilizantes , Dióxido de Cloro ou ou Clorofluorocarbonado reduz o risco de explosão e de fogo.No Brasil existe legislação específica sobre funcionamento de centrais de esterilização por Óxido de Etileno. No entanto as questões relacionadas aos ciclos, tipo de gás e aeração não estão contempladas, embora constem os limites máximos de resíduos aceitáveis para os diferentes tipos de materiais. Como foi dito os clorofluorocarbonados são usados como estabilizadores em combinação com o Óxido de Etileno e a Agência de Proteção Ambiental Americana baniu a produção dos clorofluorocarbonados. As alternativas menos prejudiciais ao ambiente são:  1. 8,5% de Óxido de Etileno e 91,% de Dóxido de Carbono  2. Mistura de Óxido de Etileno com hidroclorofluorocarbonados  3. 100% de Óxido de Etileno  

Ação: alquilação proteica, DNA e RNA prevenindo o metabolismo celular normal e a replicação microbiana.  Fatores a serem considerados: concentração, temperatura, umidade e tempo de exposição.  Limites operacionais: 450 a 1200mg/ L, 29o.C a 65o.C, 45% a 80% e 2 a 5 horas respectivamente. Dentro de

certas limitações o aumento da concentração do gás podem reduzir o tempo necessário para esterilizar os materiais. 

Indicador biológico: B. subtillis  Vantagens- podem ser esterilizados materiais sem danificá-los.  Desvantagens: alto custo, toxicidade, e tempo longo do ciclo.  Ciclo: 5 estágios, incluindo preparo e humidificação, introdução do gás, exposição, evacuação do gás e injeções

de ar, que requerem aproximadamente duas horas e meia excluindo o período de aeração.  Aeração mecânica: 8 a 12 horas a 50o.C a 60o.C.   Aeração ambiental:7 dias a 20o.C.  Monitoração: no mínimo semanal ou após manutenção;  Testes biológicos, no mínimo semanal, com Bacillus Subtillis, sempre na primeira carga e ao término de todas

manutenções preventivas e corretivas  Indicador químico: identificação dos pacotes por fitas com indicador químico. 

PLASMA DE PERÓXIDOIndicação: é um processo indicado para esterilização de superfícies.HIDROGÊNIO

Embalagem: devem ser utilizadas embalagens compatíveis com o processo do tipo polipropileno, poliolefina. Não deve ser utilizada embalagem de celulose pela alta absorção do peróxido por este tipo de material comprometento o término do ciclo.

Não recomendado para os seguintes materiais pois podem ficar quebradiços e terem problemas de absorção (a

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esterilização é eficaz mas o material degrada com o tempo): bisphenol e epoxy ou componentes feitos de polisulfonas ou poliuretano.  nylon e celulose.  Polymethyl-metacrylato, policarbonato e vinilacetato.  Contra indicação: celulose, pós e líquidos e materiais de fundo cego.  Indicação: pode ser utilizado para artigos termossensíveis principalmente, bem como outros materiais inclusive   Cateteres com no mínimo 1 mm de diâmetro interno até 2 metros. Artigos metálicos e de corte.  Equipamentos elétricos e de força( com motor)  Endoscópios Rígidos  Equipamentos Pneumáticos  Aparelhos endoscópicos: requerem maiores estudos, principalmente pela sua estrutura. Matéria orgânica: em estudo citado por KYI e colaboradoresError: Reference source not foundsobre a eficácia do

equipamento comparado à Óxido de Etileno , na presença de sangue de ovelha o gás plasma foi mais sensível que o Óxido de etileno. No entanto, em média não houve diferença entre os dois sistemas. No entanto, não apenas pelas regras básicas de esterilização, mas pelas características da aparelhagem devem ser seguidas as recomendações de uso.  Recomendações de uso: por se tratar de um aparelho extremamente sensível é fundamental seguir os seguintes passos para evitar abortamento do ciclo. 

- Limpeza com remoção completa de resíduos orgânicos - Secagem  - Embalagem e selagem adequadas 

Temperatura de funcionamento do equipamento: em torno de 45º.  Duração do ciclo de esterilização: aproximadamente 70 minutos.  Toxicidade: não requer aeração pois não deixa resíduos tóxicos. É seguro para o ambiente e profissionais.  Indicadores: químicos, mecânicos e biológicos.  O fabricante recomenda indicador químico em todas as embalagens em todas as esterilizações.  Fitas colantes químicas em todos os pacotes Indicador biológico: Bacillus subtillis.

Teste no mínimo uma vez por semana e em todas as manutenções preventivas e corretivas. Nome comercial: STERRAD ®

ÁCIDO PERACÉTIDO- LÍQUIDOObs: ver também este ítem em Desinfetantes 

Apresentação: líquida.  Modo de uso: por submersão.  Indicação: para uso em endoscópios, instrumentos de diagnóstico e outros materiais submersíveis. Concentração: 35%, estabilizada que será diluída ( a 0,2%) automaticamente em água estéril(máquina ainda não

disponível no país). Disponível também já diluído a 0,2% (STERILIFE) para uso através de imersão.  Tempo de processamento: 12 minutos a 50 a 56º.C ( em máquina apropriada- ainda não disponível no Brasil

STERIS SYSTEM 20 ®) ou 10 minutos para desinfecção e 20 para esterilização se o processo for imersão. Alternativa no país: 0,2% Sterilife ® (ver desinfetantes neste site) e CIDEX PA ® ( a ser lançado no país) com

tempo de contato aproximado de uma hora. ÁCIDO PERACÉTICO- PLASMA

Apresentação: são dois os agentes ativos. O primeiro é o Ácido peracético (5%) com Peróxido de Hidrogênio (22%) e o segundo é o ácido Peracético com uma mistura de gás argônio com O2 e H2 do qual irá ser formado o plasma. As fases de plasma são alternadas com fases de vapor. 

A partir de 35% de ácido peracético ocorre diluição em água filtrada para 2% Indicação: materiais termosensíveis. Temperatura: 50º.C Tempo do ciclo: 4 a 6 horas. Aeração: não é necessária. Limitações: não processa líquidos, limitado a uso de materiais de aço. Ainda não disponível no país. Embalagens: preferir polipropileno e poliolefinas. Não disponível no Brasil.

FORMALDEÍDO E VAPOR DE FORMALDEÍDO Formaldeído é um monoaldeído que existe como um gás solúvel em água. Embora tenha sido usado durante muitos anos, seu uso foi reduzido com o aparecimento do Glutaraldeído. Suas

desvantagens principais estavam relacionadas a menor rapidez de ação e carcinogenicidade. Embora tido como carcinogênico, isto foi demonstrado a altas doses de exposição.

Ação: ativo apenas na presença de umidade para formação do grupo metanol. Interage com proteína, DNA e RNA. No entanto é difícil especificar acuradamente seu modo de ação na inativação bacteriana. 

Espectro: amplo espectro de ação, inclusive contra esporos. Ativo na presença de proteínas mas em testes realizados a adição de 40% de proteína necessitou de concentração dobrada de formaldeído. 

Exposição máxima no ambiente: 0,1 a 0,5 ppm. Biodegradabilidade: 1 a dois dias. Tóxico.

VAPOR DE FORMALDEÍDO Gerado em máquina própria a partir de formaldeído a 2%. É mais utilizado na Inglaterra. Indicação: materiais termosensíveis. Embalagens: papel grau cirúrgico.

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Indicador biológico: B. stearothermophillus Temperatura: 50 a 60º.C conforme o ciclo é a temperatura em que é oferecido o aparelho atualmente no país. No

entanto, em outros locais as máquinas funcionam a 73+ ou- 2o.C.  Tempo do ciclo: 3 horas e meia. Exposição do pessoal: como existe uma fase, chamada fase líquida, em que o formaldeído é extraído não há

exposição. No entanto, devem ser seguidas as normas de segurança já que é tido como um produto que pertence a categoria de substâncias perigosas.

Observações: as informações na literatura são ainda escassas.     INDICADORESOs indicadores que demonstram a eficácia dos métodos de esterilização podem ser mecânicos, químicos e biológicos. São utilizados mais frequentemente para métodos automatizados. 

Indicadores mecânicos: monitores de tempo, temperatura, pressão, relatórios impressos computadorizados.  Indicadores químicos: existem diversos tipo de indicadores químicos que serão descritos abaixo de acordo com a

ISO 11.140-1: 1995.  Indicadores biológicos: indicam que a esterilização foi efetiva através da inativação de indicadores com

contagem prévia de esporos viáveis conhecida.  Classificação dos Indicadores Químicos

Classe 1 ou Indicadores de Processo :  Indicadores de Processo- indicados para uso em pacotes, "containers" etc. individuais para demonstrar que houve exposição ao processo de esterilização e distinguir unidades processadas das não-processadas.  

Classe 2 ou Indicadores para uso em testes específicos : Designados para uso em procedimentos de testes específicos como definido nos padrões para esterilizadores ou processos de esterilização. Ex: Bowie e Dick. 

Classe 3 ou Indicadores Monoparamétricos :  Um indicador de um único parâmetro pode ser designado para um dos parâmetros críticos e pode indicar exposição a um ciclo de esterilização a um valor específico do parâmetro escolhido.

Classe 4 ou Indicadores Multiparamétricos :  Um indicador multi-paramétrico pode ser designado para 2 ou mais dos parâmetros críticos e pode indicar exposição a um ciclo de esterilização aos valores especificados dos parâmetros escolhidos.

Classe 5 ou Indicadores Integradores :  Indicadores integradores são designados para reagir a todos os parâmetros críticos dentro de um intervalo específico de ciclos de esterilização. Os valores especificados são aqueles requeridos para atingir uma inativação especificada por um organismo teste específico com valores D especificado e, se aplicável, valores Z ( como descrito para indicadores biológicos para esterilização a vapor na ISO 11.138-3 ). 

Classe 6 ou Indicadores Emuladores ( indicadores de verificação de ciclos ) :  Indicadores emuladores são indicadores designados para reagir a todos os parâmetros críticos dentro de um intervalo específico de ciclos de esterilização, para os quais os valores especificados são baseados nos ajustes dos ciclos de esterilização selecionados. 

Controles químicos

Externos-indicam que o vapor entrou em contato

com a superfície exposta. Devem ser

colocadas em todos os pacotes em todos os

processos.

-  Fitas ou etiquetas adesivas- impregnadas com substância química termosensível específica ao vapor que ao ser retirada da autoclave deverá apresentar mudança de coloração. 

-  Impresso- tinta indicativa termosensível impressa diretamente na embalagem que ao ser retirada da autoclave deverá apresentar mudança de coloração. 

Interno- indicam que o vapor penetrou o interior

da embalagem.

-  Tiras de papel - impregnadas com tinta em concentração graduada com substância químicas termosensíveis específicas ao vapor. Ao ser retirada da autoclave deverá apresentar coloração de marrom a preto. 

-  Integrador químico- reagente químico liberado gradativamente a medida em que ocorre a combinação dos parâmetros de temperatura, umidade e tempo de exposição. Indicada a colocação em pacotes de difícil acesso do vapor. 

-  Bowie Dick - pode ser elaborado com diversas fitas teste sobrebostas cruzadas ou em forma de papel já industrializado,  permeável ao vapor com impressão de um desenho característico concentrico. Sua utilizade é detectar ar residual em autoclaves a vácuo ( não se aplica a autoclaves gravitacionais). Ver descrição abaixo 

Passos a serem seguidos para o teste de Bowie e Dick: 

1-  Montagem do pacote, com 25 a 36 campos de 90X60cm recentemente lavados mas não passados, uns sobre os outros a uma altura entre 25 a 28 centímetros. No centro da pilha colocar uma folha de papel poroso com diversas fitas teste coladas sob forma de asterisco". Empacotar a pilha em papel, caixa metálica ou apenas amarrá-la com fita de autoclave.  2-  O pacote com o teste deve ser colocado próximo ao dreno, diariamente, na primeira carga do dia, após o

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aquecimento da autoclave. 3-  Pré aquecer a câmara vazia removendo o ar e vapor condensado das linhas através de um ciclo de aproximadamente 2 a 3 minutos. Caso o uso da autoclave seja initerrupto não há necessidade de pré aquecer. 4-  A alteração uniforme da cor em todo o papel- teste indica teste satisfatório. CONTROLES BIOLÓGICOS 

São testes utilizados para monitorizar o processo de esterilização, consistindo em uma população padronizada de microorganismos viáveis (usualmente esporulados) conhecidos como resistentes ao modo de esterilização a ser monitorizado.

Podem ser:  Tiras de papel- envelopes contendo tiras de papel impregnada com esporos dos bacilos.  Autocontido ou completo ampolas contendo os bacilos e meio cultura líquido.  Frequência dos testes biológicos, as recomendações diferem de acordo com diferentes instituições ( APIC, AAMI, AORN etc) no que se refere à frequência. Pode ser diariamente, na primeira carga do dia, semanalmente ou com frequência testada e definida pela política da instituição.   É consenso sua utilização na validação e ao término de todas as manutenções realizadas , sejam elas preventivas ou corretivas. 

É aconselhável o uso sempre que houver na carga próteses ou materiais implantáveis.  Tipos de bacilos utilizados: os mais utilizados são os B. subtillis para esterilização a baixa temperatura e B.

stearothermophillus para esterilização a vapor.  QUAIS E QUANDO UTILIZAR OS DIFERENTES INDICADORES

Controle da carga

     Cada carga ou diário para "flash".  Cada carga para Óxido de Etileno, Plasma de Peróxido  Diariamente ou semanal para autoclaves a vapor com ciclos maiores (ou definido pela instituição se outros parâmentros estiverem controlados)

Indicador Biológico de Leitura Rápida ou Indicador Biológico Convencional (48h)

Controle do pacote

Cada pacote  Indicador químico multiparamétrico ou integradores químicos 

Controle do equipamento

Remoção do ar- no início do dia  Após grandes reparos  Validação do equipamento  Monitorização mecânica- cada carga 

Teste de Bowie e Dick  Registro dos indicadores mecânicos do equipamento 

Controle da exposição

Cada pacote  Fitas indicadoras de processos

Manutenção dos registros

Cada pacote  Livro registro que permita a rastreabilidade do pacote 

INSTALAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO1)Os testes de instalação devem ser realizados com a indústria e com os profissionais que irão ser os responsáveis pelo uso do equipamento.2) Realizar três testes consecutivos com a carga completa utilizando um indicador biológico em um pacote teste. Deixar fora da esterilizadora um indicador biológico- controle que será incubado juntamente com o teste ao final do ciclo.  PACOTE TESTE (não confundir com o teste de Bowie e Dick) - 16 campos recém lavados em bom estado de aproximadamente de 41 por 66 centímetros. Cada compressa será dobrada longitudinalmente em 3 e depois dobradas ao meio e empilhadas. Um indicador (opcionalmente acompanhado de indicadores químicos) será colocado no meio geométrico do pacote. Ao final amarrar com fita teste de modo a que fique com aproximadamente 15 centímetros de altura.  3) Repetir o teste com a câmara vazia.  4) Para autoclaves com pré-vácuo repetir três vezes o ciclo utilizando o teste Bowie Dick com a câmara cheia.  Obs: Embora de forma geral estas sejam as práticas para todos os tipos de equipamentos, existem especificações de testes desafios para Óxido de Etileno e outros pacotes podem ser utilizados desde que devidamente validado.VALIDAÇÃO DE UM EQUIPAMENTOOs equipamentos devem ser validados para cada novo ciclo e novo tipo de carga a ser esterilizado.  Para esta validação devem ser seguidos os seguintes passos:  1)  Escolher um pacote que contenha o tipo mais característico do tipo de carga. Este pacote deverá ser, de preferência o de maiores dimensões que se pretende esterilizar. Colocar o pacote no local do dreno. 2)  Completar a carga da autoclave. 3)  Os indicadores biológicos e químicos devem ser colocados nos locais onde haja maior dificuldade de penetração do agente esterilizante de acordo com a configuração do equipamento. 4)  Dar início ao ciclo de esterilização. 5)  Registrar os parâmetros dos indicadores mecânicos. 6)  Ao final do ciclo, observar e registrar o resultado dos indicadores químicos. 7)  Colocar os indicadores biológicos na incubadora e após ler os resultados e registrar. 8)  Arquivar os resultados de todos os testes realizado MANUTENÇÃO

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Manutenção preventiva: a indústria deve fornecer instruções por escrito para a manutenção preventiva da máquina.  

A manutenção deverá ser feita por pessoal qualificado.   Os registros de manutenção devem ser guardados.  Calibração: a indústria deve fornecer instruções por escrito dos instrumentos que necessitam calibração

( termômetros, manômetros, termopares etc)  Registros das cargas: cada carga deve ser registrada de acordo com os seguintes ítens:  conteúdo geral  duração e temperatura da fase de exposição  data e duração do ciclo total  nome do responsável pela carga  identificação do número da máquina 

LIMPEZA, DESINFECÇÃO E DESCONTAMINAÇÃODescontaminação é o ato de redução ou remoção dos microrganismos de objetos inanimados por métodos quimiomecânicos, tornando-os mais seguros de serem manuseados ou tocados. É o que se faz quando se lava estes objetos com água, sabão e escova.Descontaminação é um termo usado para descrever um processo ou tratamento que torna um material hospitalar, instrumento ou superfície, seguro para o manuseio e uso. Um processo de descontaminação não significa, necessariamente, que este material está seguro para sua utilização no paciente, uma vez que o procedimento de descontaminação pode variar desde um processo de esterilização ou desinfecção até a simples lavagem com água e sabão. Quando se emprega o termo descontaminação, o que usualmente vem à mente é apenas a primeira etapa de um processo de esterilização ou desinfecção, e como tal, denominado descontaminação prévia que além de tornar os materiais médico-cirúrgicos seguros para o manuseio, reduz consideravelmente seu bioburdem*****, tornando a desinfecção e esterilização mais fáceis, menos dispendiosas e com menor probabilidade de carrear material pirogênico.A descontaminação prévia conhecida usualmente como desinfecção prévia tem sido realizada pela imersão dos materiais médico-cirúrgicos com presença de matéria orgânica, microrganismos e outros resíduos decorrentes do uso, em uma solução desinfetante por um tempo de exposição que varia de 15 a 30 minutos, objetivando-se a eliminação ou redução dos microrganismos presentes, antes de submetê-los à limpeza mecânica com água e sabão, com vistas a minimizar os riscos ocupacionais.A limpeza mecânica com água e sabão, via de regra, realizada manualmente com auxílio de escova e com uso de equipamento de proteção individual (EPI), visa à remoção de todo material estranho como óleo, sangue, pus, fezes e outras secreções bem como a reduzir os microrganismos presentes nos materiais médico-cirúrgicos.A presença de matéria orgânica (sangue, secreções, pus ou fezes) pode interferir com a atividade antimicrobiana dos desinfetantes ou mesmo constituir-se numa barreira física de proteção aos microrganismos durante os processos de desinfecção e/ou esterilização por meios físicos ou químicos. A limpeza meticulosa dos materiais médico-cirúrgicos, antes de submetê-los à desinfecção e/ou esterilização é um procedimento unânime e universal; as controvérsias ocorrem em relação ao momento da realização da limpeza e até mesmo na conceituação e compreensão do que seja limpeza e descontaminação. Na prática clínica, há vários anos, tem-se usado este procedimento: após o uso, imerge-se o material em uma solução desinfetante por um tempo que varia de 15 a 30 minutos, depois procede-se à limpeza mecânica com água e sabão e destina-se o material à guarda, desinfecção ou esterilização, conforme a indicação de uso de cada um. Assim, promove-se a descontaminação prévia duas vezes, utilizando-se de métodos diferentes.Questiona-se esse procedimento pelo fato de a maioria dos desinfetantes ser inativada pela matéria orgânica, podendo estar gerando uma “falsa” segurança, e ainda pelo desperdício de tempo, do próprio desinfetante e do desgaste do material.A compreensão do que seja descontaminação, a diversidade e as controvérsias nos procedimentos técnicos, bem como a limitação dos desinfetantes utilizados para a imersão dos materiais antes da limpeza mecânica, evidenciam posicionamentos discordantes quanto à necessidade de uso de desinfetantes químicos na descontaminação prévia dos materiais médico-cirúrgicos, bem como, à atividade desses desinfetantes em presença de matéria orgânica.Profissionais que executam este procedimento estão sempre questionando se a descontaminação prévia com água, sabão e ação mecânica é suficiente? ou se torna necessária a imersão desses materiais em solução desinfetante antes de se proceder a limpeza?Na prática e na literatura existem defensores para os dois questionamentos, contudo, não se encontra na literatura, uma investigação na área microbiológica que garanta um cunho científico, na determinação desse procedimento.A inexistência de indicações detalhadas e seguras à respeito da descontaminação prévia, pode estar levando ao desperdício de desinfetantes e tempo, além do desgaste e/ou corrosão precoce dos materiais e, principalmente, riscos ocupacionais e poluição ambiental. O procedimento adequado para a descontaminação prévia dos materiais médico-cirúrgicos, bem como a determinação da interferência da matéria orgânica na atividade germicida dos desinfetantes químicos, são importantes na prevenção dos riscos ocupacionais, na garantia dos processos de desinfecção e esterilização e, principalmente, para oferecer um serviço de qualidade na assistência ao ser humano.

A descontaminação se refere às medidas adotadas para assegurar que a manipulação de um instrumento médico seja inócua, ao reduzir a contaminação por microorganismos. Este passo permite a inativação do vírus da hepatitis B e HIV.

A limpeza assegura a remoção do material biológico dos instrumentos. A destruição de todos os microorganismos, inclusive os esporos bacterianos em um instrumento é denominada

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de esterilização. Quando não se dispõe do equipamento de esterilização ou não se pode esterilizar o instrumento, usa-se a

desinfecção de alto nível (DAN). Exceto pelos esporos bacterianos, a DAN destrói todas as formas microbianas.

A execução rigorosa dos procedimentos anteriores de acordo com um manual é útil para garantir a qualidade da utilização segura dos instrumentos reutilizáveis.

Os passos básicos incluídos na utilização segura de instrumentos reutilizáveis para a colposcopia e para tratamento da neoplasia intraepitelial cervical (NIC) são resumidos neste capítulo. Um bom conhecimento e compreensão dos passos do processo de desinfecção de alto nível (DAN)/esterilização são essenciais, visto que assegura que os instrumentos usados não contenham agentes infecciosos. Qualquer falta de cumprimento deste processo pode levar à contaminação dos instrumentos esterilizados e prejuízo à paciente. O processo para reutilizar os instrumentos começa com descontaminação e prossegue com a limpeza, esterilização/DAN, armazenamento e manipulação. Um programa de garantia de qualidade ajuda a assegurar que os instrumentos sejam processados de modo adequado para que possam ser reutilizados. Há três passos básicos para a reutilização dos instrumentos usados em procedimentos clínicos e cirúrgicos: descontaminação, limpeza e esterilização/DAN. Estes são tratados brevemente e são descritos os métodos usados para esterilizar diferentes instrumentos. DescontaminaçãoA descontaminação consiste de uma série de passos para tornar inócua a manipulação de um instrumento ou dispositivo médico ao reduzir sua contaminação com microorganismos ou outras substâncias nocivas. Em geral, esses procedimentos são realizados pelo pessoal de enfermagem, técnico ou de limpeza, e a descontaminação protege esses profissionais da infecção inadvertida. Se esses procedimentos são realizados de modo adequado, a descontaminação dos instrumentos fica assegurada antes da manipulação para a limpeza. Este passo inativa a maioria dos microorganismos, como o vírus da hepatite B e HIV. Outro processamento é necessário para assegurar que o objeto esteja limpo e depois esterilizado. LimpezaA limpeza é um passo crucial dar tornar os instrumentos inócuos e descontaminados. A limpeza manual enérgica com água corrente e sabão líquido ou detergente elimina o material biológico como sangue, secreções orgânicas e resíduos teciduais. Os instrumentos devem ser limpos o quanto antes depois do uso. Quando se deixa material biológico, este pode atuar como um meio propício para proliferação de microorganismos residuais, protegendo-os dos efeitos da desinfecção e esterilização. Esterilização ou desinfecção de alto nível (DAN)A esterilização é definida como o processo de destruir todos os microorganismos em um instrumento mediante a exposição a agentes físicos ou químicos. Este processo elimina todas as formas de vida microbiana, inclusive os esporos bacterianos. Na prática, considera-se que a esterilidade foi obtida se a probabilidade de um microorganismo sobreviver é menor de um em um milhão. O processo de esterilização é fundamental para a reutilização inócua dos instrumentos usados na atenção clínica. Quando não existe equipamento de esterilização disponível, ou o instrumento não pode ser esterilizado, usa-se a DAN. A desinfecção implica na redução da carga microbiana de um instrumento, mas não na sua eliminação completa. O grau desta redução depende do processo de desinfecção usado e a resistência das formas microbianas presentes. Na prática, contudo, a DAN destrói todas as formas de vida microbiana exceto os esporos bacterianos. Método de descontaminaçãoImediatamente depois do uso, coloque os instrumentos e demais acessórios, como luvas, em um grande balde de plástico limpo com solução de cloro a 0,5% durante 10 minutos. A solução de cloro de 0,5% é preparada com a adição de uma parte de alvejante doméstico concentrado (solução de hipoclorito de sódio, com cloro a 5%) em nove partes de água. A fórmula geral para fazer uma solução diluída a partir de um preparado comercial de uma determinada concentração é a seguinte: partes totais de água = [% concentrado / % diluído] – 1. Por exemplo, para fazer uma solução diluída de cloro a 5%, a partir de alvejante doméstico líquido concentrado a 5% = [5,0% / 0,5%] –1 = 10 – 1 = 9 partes de água; portanto adicione uma parte de alvejante concentrado a nove partes de água. Se for usado cloro em pó seco, disponível comercialmente, use a seguinte fórmula para calcular a quantidade (em gramas) de pó seco necessário para fazer a solução de cloro a 0,5%: Gramas/litro = [% diluído / % concentrado] x 1.000. Por exemplo, para fazer uma solução de cloro diluído a 0,5% a partir de pó seco de hipoclorito de cálcio a 35% = [0,5 % / 35 %] x 1.000 = 14,2 g. Assim, adicione 14,2 g de pó seco a 1 litro de água ou 142 g a 10 litros de água. Os instrumentos não devem ser deixados no alvejante diluído por mais de 10 minutos e devem ser limpos em água fervida imediatamente depois da descontaminação para evitar a descoloração e a corrosão do metal. Método de limpezaA limpeza manual minuciosa dos instrumentos com água e detergente para eliminar todo o material orgânico, depois da descontaminação na solução de cloro a 0,5% durante 10 minutos é crítica antes da esterilização ou DAN. Deve-se usar uma escova para esfregar os instrumentos e remover a matéria orgânica. Os instrumentos devem ser limpos o quanto antes depois do uso, para que o material orgânico não seque e fique aderido aos instrumentos, criando um meio propício para proliferação de microorganismos. A pessoa que faz a limpeza deve usar luvas protetoras para lavar os instrumentos. Quem faz a limpeza deve usar óculos ou óculos protetores para proteger os olhos da água contaminada. Deve-se prestar atenção especial aos instrumentos com dentes (por exemplo, saca-bocados de biopsia), articulações e parafusos (por exemplo, espéculos vaginais), aos quais o material biológico pode se aderir. Depois da limpeza, enxágüe bem os instrumentos com água fervida para retirar os resíduos detergentes. Métodos de esterilizaçãoOs Instrumentos que são considerados “críticos” (instrumentos que são introduzidos nos tecidos corporais estéreis ou no sistema vascular –, ver quadro 14.1, por exemplo, saca-bocados de biopsia, instrumentos cirúrgicos, ponta do

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eletrocautério, espéculos vaginais) requerem esterilização antes de serem reutilizados.

(a) A esterilização a vapor saturado de alta pressãoA esterilização a vapor saturado de alta pressão com o uso de autoclaves é recomendada para a esterilização. Instrumentos a descoberto devem ser expostos durante 20 minutos a temperaturas entre 121 oC e 132 oC, a uma pressão de 106 kPa (15 lb/polegada2). Deve-se seguir as instruções do fabricante, visto que as pressões adequadas podem variar ligeiramente dependendo da marca da autoclave. Os pacotes pequenos com instrumentos embrulhados devem ser expostos durante 30 minutos. O material usado como envoltório deve ser poroso o suficiente para permitir que o vapor atravesse. Os instrumentos estéreis envoltos têm um período máximo de armazenamento de até 7 dias, caso sejam conservados secos e intatos. Uma vez abertos, os instrumentos devem ser colocados em um recipiente estéril. Autoclaves pequenas são ideais para o uso em consultórios. (b) esterilização químicaA esterilização química pela imersão em glutaraldeído a 2-4% por 8 a 10 horas ou em formaldeído a 8% por 24 horas é uma opção à esterilização a vapor. Ela requer a manipulação especial com luvas e, assim, os instrumentos esterilizados devem ser enxaguados com a água estéril antes do uso, já que esses produtos químicos deixam resíduos nos instrumentos. O glutaraldeído é muito caro, enquanto o formaldeído é mais irritante para a pele, pulmões e olhos. A esterilização a vapor é preferida à esterilização química. Métodos de desinfecção de alto nível (DAN)Dois métodos de DAN são aqui descritos: (a) A água corrente simples, fervente, em um recipiente limpo oferece uma forma barata e facilmente acessível de DAN. O tempo de contato para os instrumentos deve ser de, pelo menos, 20 minutos depois de iniciada a fervura. A água do recipiente deve ser trocada diariamente e o recipiente lavado todos os dias e mantido seco. (b) De modo alternativo, a DAN pode ser feita ao imergir os instrumentos em uma das seguintes soluções durante 20-30 minutos:Solução de cloro a 0,1%: Se for usada água fervida para fazer a solução, pode-se usar cloro a 0,1% para a DAN. Caso contrário, deve-se usar a solução a 0,5%. O tempo de contato necessário é de 20 minutos. A solução é muito corrosiva para o aço inoxidável. Depois da desinfecção, os instrumentos devem ser enxaguados bem com a água fervida e depois deixados secar ao ar livre ou secos com um pano estéril antes do uso. O período máximo de armazenamento da solução preparada é de uma semana. Solução de peróxido de hidrogênio a 6%: Pode-se preparar com a adição de uma parte de uma solução a 30% com quatro partes de água fervida; o tempo de contato é de 30 minutos. Depois da desinfecção, os instrumentos devem ser enxaguados bem com água fervida e depois deixados secar ao ar livre ou secos com um pano estéril antes do uso. No entanto, esta solução danifica as superfícies externas das borrachas e plásticos e corrói os instrumentos de cobre, zinco e bronze depois do uso prolongado. Glutaraldeído a 2%: Deve-se preparar de acordo com as instruções do fabricante; a solução ativada a 2% em um recipiente coberto tem um período máximo de armazenamento de duas semanas. O tempo de contato é de 20 minutos. Como o glutaraldeído forma resíduos nos instrumentos, que são tóxicos para tecidos, os instrumentos devem ser enxaguados bem com a água estéril e secos com um pano estéril antes do uso. Garantia da qualidadeA execução rigorosa da descontaminação, limpeza e esterilização ou DAN dos instrumentos, de acordo com o manual contribui para a garantia da qualidade dos procedimentos. O manual deve ser de fácil acesso no consultório para consulta rápida. O processo de garantia da qualidade consiste em auditorias regulares, análise, ajustes de sistemas e educação. As auditorias devem consistir da revisão dos métodos usados de esterilização, acessórios esterilizados, duração e temperatura de exposição, identificação do responsável pela esterilização e exame e inspeção periódicos do equipamento usado na esterilização. A freqüência de infecções pélvicas depois dos procedimentos clínicos neste contexto (ou seja, triagem, detecção precoce e tratamento da pré-neoplasia cervical) é um bom indicador da qualidade do processo de esterilização implantado. Classificação de Spaulding do instrumental médico (modificada)De acordo com o modo de uso, Spaulding classificou o instrumental médico como “crítico”, “semicrítico”, ou “não-crítico” (quadro 14.1). Esta classificação serve para guiar o processamento de reutilização. A desinfecção de nível intermédio acarreta a destruição do Mycobacterium tuberculosis, bactérias vegetativas, maioria dos vírus (HIV, vírus da hepatite B e vírus do herpes simples) e a maioria dos fungos (Candida, Aspergillus), mas não destrói esporos bacterianos. A desinfecção de baixo nível destrói a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas não o Mycobacterium tuberculosis ou esporos bacterianos. O álcool etílico ou isopropílico a 60-90% ou soluções à base de iodo, como iodo povidona a 10%, agem como desinfetantes de nível intermédio ou baixo. Diferentemente das soluções à base de iodo, o álcool não deixa resíduos nos instrumentos. Um guia para o processamento de instrumentos e materiais usados na triagem da neoplasia cervical, colposcopia e tratamento da NIC se encontra no quadro 14.2.

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Descontaminação de superfícies no consultório de triagemAs mesas de procedimentos, carrinhos, equipamento (colposcópio, equipamento de criocirurgia, gerador eletrocirúrgico, aspirador de vapor, lâmpada de halogênio etc.) no consultório de triagem podem ser contaminados com secreções orgânicas, como secreções vaginais, corrimentos purulentos, sangue etc. A mesa de procedimentos deve ser descontaminada depois de cada procedimento, mas as outras superfícies devem ser descontaminadas diariamente com a limpeza com solução de cloro a 0,5%, álcool etílico ou isopropílico a 60-90% ou outros desinfetantes químicos como soluções à base de iodo. O chão do consultório de triagem também deve ser descontaminado diariamente. ESTERILIZAÇÃOEsterilização é o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes : vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável nível de segurança. O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico- químico.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO Alternativas

Métodos físicosvapor saturado/autoclaves  calor seco Raios Gama/Cobalto 

Métodos químicos  Glutaraldeído  Formaldeído  Ácido peracético 

Métodos físico químicos

Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO)  Plasma de Peróxido de Hidrogênio  Plasma de gases (vapor de ácido peracético e peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e gás argonio)   Vapor de Formaldeído 

MÉTODOS FÍSICOS Autoclaves Estufa

A esterilização por métodos físicos pode ser realizada pelos seguintes processos em estabelecimentos de saúde.  ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO/ autoclaves 

gravitacional alto vácuo ciclo Flash

A esterilização a vapor é realizada em autoclaves, cujo processo possui fases de remoção do ar, penetração do vapor e secagem. A remoção do ar diferencia os tipos de autoclaves.  Os ciclos de esterilização são orientados de acordo com as especificações do fabricante.  Um ciclo de esterilização do tipo "Flash" pode ser realizado em autoclave com qualquer tipo de remoção do ar. As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo:  TIPOS    

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GRAVITACIONAL O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor.  Desvantagem: pode apresentar umidade ao final pela dificuldade de remoção do ar.  As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios.  Venturi - O ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor.  Desvantagem: pode apresentar umidade pelas próprias limitações do equipamento de remoção do ar.    

ALTO VÁCUO Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo.    

Vácuo único  O ar é removido de uma única vez em pequeno espaço de tempo.  Desvantagem: pode haver formação de bolsas de ar. 

Vácuo fracionado (por pulso ou escalonado)  remoção do ar em períodos intermitentes, com injeção simultânea de vapor. Também funciona por gravidade A formação de bolsas de ar é menos provável.

     

Exemplos de parâmetros para esterilização a vapor

Exemplos de tempos mais comuns de exposição

Tipo de autoclave

Temperatura Tempo de exposição Temperatura Tempo do ciclo

Gravitacional 121 a 123o.C 132 a 135o.C

depende da orientação do fabricante  

121 a 123o.C 132 a 135o.C

15 a 30 min   10 a 25 min  

Pré vácuo 132 a 135o.C 141 a 144o.C

depende da orientação do fabricante  

132 a 135o.C 3 a 4 min  

Vácuo fracionado

121 a 123o.C 132 a 135o.C 141 a 144o.C

depende da orientação do fabricante  

121 a 123o.C 132 a 135o.C 

20min   3 a 4 min 

Esterilização rápida (“Flash”)

O ciclo é pré programado para um tempo e temperatura específicos baseado no tipo de autoclave e no tipo de carga (para outros ciclos se assume que a carga contém materiais porosos). 

De forma geral o ciclo é dividido em duas fases: remoção do ar e esterilização. Embora possa ser programado uma fase de secagem esta fase não está incluída no ciclo "flash".  

Os materiais em geral são esterilizados sem invólucros a menos que as instruções do fabricante permitam. Se assume que sempre estarão úmidos após o processo de esterilização. Devem, portanto, ser utilizados imediatamente após o processamento, sem ser armazenados.  

Este ciclo não deve ser utilizado como primeira opção em hospitais. Indicadores químicos, físicos e biológicos (B. stearothermophillus). 

Exemplos de tempos mínimos de exposição em estrilização tipo "flash"

Tipo de autoclave Tipo de carga  Temperatura  Tempo do ciclo 

GRAVITACIONAL -Metais, ítens não porosos, sem lumes.  - Metais com lumes, ítens porosos (plásticos, borrachas) 

132o.C       132o.C 

3 min             10 min 

PRÉ VACUO -Metais, ítens não porosos, sem lumes. - Metais com lumes, itens porosos (plásticos, borrachas) 

132o.C    132o.C 

3 min    4 min 

VÁCUO FRACIONADO

-Metais, itens não porosos, sem lumes. - Metais com lumes, itens porosos (plásticos, borrachas) 

132o.C a 135o.C   141o.C a 144o.C* 

3 min    2min 

      *incomum no Brasil 

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COMO MONTAR UMA CARGA NA AUTOCLAVEA remoção do ar da câmara é absolutamente crítica para o completo processo de autoclavação.O ar pode ser removido ativa ou passivamente. Estes dois tipos de remoção do ar caracterizam os dois tipos básicos de esterilizadoras de vapor saturado:a) Remoção de ar por gravidade- neste tipo de equipamento a entrada do vapor "força" o ar para fora. Como o ar é mais pesado que o vapor e não se mistura bem com o vapor este último formará uma camada acima que à medida de sua entrada irá forçando o ar para fora. O tempo de remoção do ar dependerá do tipo e densidade da carga. É importante que a carga seja organizada de forma que o vapor penetre mais facilmente, com poucos obstáculos, a fim de que possa drenar para baixo encontrando o local de saída ("por gravidade") b)Remoção do ar dinâmica: pré-vácuo ou por pulso gravitacionalO ar é ativamente removido.No início do ciclo o vapor é introduzido na câmara, com a válvula do dreno aberta para deixar sair o ar. Após um período de tempo estabelecido a válvula é fechada. à medida em que o vapor vai entrando vai se misturando com ar ainda dentro da câmara criando uma mistura de vapor e ar não condensado iniciando a pressurizar. O dreno então é aberto expulsando a a mistura de ar e vapor pressurizado. Com este escape repentino de de gases forma-se uma pressão na linha que cai abaixo da pressão atmosférica criando o pré-vácuo. O ar não é todo removido, tornando então a ser introduzido o vapor e repetindo o processo. De forma geral os pulsos são em número de quatro para remoção do ar  e permitir a penetração do vapor na carga a ser esterilizada. A diferença do pré- vácuo e do pulso gravitacional é que o segundo tipo não utiliza ejetores ou "pumps" de vácuo para acelerar a remoção de ar/vapor no final de cada pulso. O pré vácuo é mais eficiente e rápido. No entanto o pulso gravitacional é mais eficiente do que o tipo puramente gravitacional.Preparando os artigos e carregando a autoclave 1) Materiais articulados e com dobradiças devem ser colocados em suportes apropriados de forma a permanecerem abertos.2) Materiais com lumens podem permanecer com ar dentro(por exemplo, endoscópios). Para evitar este problema devem ser umedecidos com água destilada imediatamente antes da esterilização. O resíduo de ar se transformará em vapor. 3) Materiais côncavos, como bacias devem ser posicionados de forma que qualquer condensado que se forme flua em direção ao dreno, por gravidade.4) Materiais encaixados um no outro (cubas, por exemplo) devem ser separados por material absorvente de forma a que o vapor possa passar entre eles. Lembrar que o encaixe sempre dificultará a passagem do vapor. Material cirúrgico não deve ser acondicionado encaixado ou empilhado.5) Caixas ("containers") de instrumentais devem ser colocados longitudinalmente na cesta da autoclave, sem empilhar. 6) Têxteis devem ser colocados de forma a que os ângulos estejam direcionados aos ângulos da cesta ou estante da autoclave para permitir melhor passagem do vapor.7) Os tipos de embalagens deverão ser escolhidos de acordo com a capacidade da autoclave. O período de validade de cada embalagem para cada tipo de material é definido por testes pela própria instituição. a) Alguns não tecidos assim como embalagens de algodão são absorventes e permitem que o condensado se espalhe por uma área maior para revaporização e secagem. b) Coberturas feitas de materiais não absorventes como polipropileno ou não tecidos de 100% de poliéster não espalham a umidade. Quando usados para bandejas ou bacias deve ser assegurado que a disposição do material na autoclave permitirá a drenagem do condensado. Se houver materiais pesados em bandejas, devem envoltos em material absorvente antes de serem colocados nas bandejas. c) Caixas ("containers") metálicas agem como retentores do calor auxiliando na secagem do material. No entanto produzem mais condensado quando não embalados apropriadamente e não auxiliam na revaporização final.d) Caixas ("containers")plásticos agem como isoladores e resfriam rapidamente. O contato com superfícies ou ambientes mais frios provoca condensado rapidamente.Obs: tanto caixas metálicas quanto plásticas não devem ser esterilizadas em autoclaves de gravidade. Deve ser preferido a esterilização por pré vácuo ou pulso gravitacional. O ar é difícil de ser removido destes "containers" e a adição de tempo de exposição não irá auxiliar na remoção do ar.e) Os artigos após a esterilização não devem ser tocados ou movidos após 30 a 60 minutos em temperatura ambiente. Durante este tempo eles devem ser deixados na máquina se não houver prateleira ou cesto removível ou no próprio cesto em local onde não haja correntes de ar. Se um material úmido ou morno for colocado em um lugar mais frio, como recipientes plásticos o vapor ainda existente poderá condensar em água e molhar o pacote. Obs: Não há benefício em fechar novamente a autoclave após a abertura para "secar" melhor. Isto apenas aumentará o tempo necessário para o resfriamento natural.f) Alguns "containers" rígidos e não tecidos secam melhor quando um papel absorvente é colocado na base para absorver a umidade. Antes de comprar embalagens, teste o material com ela.g) Pode ser necessária a colocação de um absorvente na prateleira da máquina.h) Esterilizar têxteis e materiais rígidos em cargas diferentes. Não sendo prático, coloque têxteis acima com materiais rígidos abaixo, não o contrário.i) Os materiais e embalagens não devem tocar as paredes da câmara para evitar condensação.j) Não preencha com carga mais do que 70% do interior da câmara.k) Sempre ter em mente ao preparar uma carga a necessidade de remoção do ar, da penetração do vapor e a saída do vapor e reevaporação da umidade do material. ESTUFA Existem dois tipos de estufas segundo a distribuição de calor:  1)      convexão por gravidade2)      convexão mecânica (mais eficiente por distribuiçào de calor mais uniforme) EXEMPLOS DE TEMPERATURA E TEMPO NECESSÁRIO DE EXPOSIÇÃO 

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Temperatura Tempo

171o.C 160o.C 149o.C 141o.C 121o.C 

 60 minutos120 minutos150 minutos 180 minutos 12horas 

 

  Calor seco Calor transferência rápida

Temperatura ·         160o.C ou 170o.C ·         190o.C

Tempo do ciclo1 a duas horas 12 minutos para pacotes

6 minutos para material não coberto

Tipo de material

Não deve ser isolante de calorDeve ser termo resistente a

temperatura utilizadaTubos de polifilme plástico

alguns tipos de papelFolhas de alumínio

Não deve ser isolante de calorDeve ser termo resistente a temperatura

utilizadaTubos de polifilme plástico

alguns tipos de papelFolhas de alumínio

Vantagens 

Seguro para metais e espelhos (ex.odontologia) 

Não danifica instrumentos de corte 

Não forma ferrugem 

Menor ciclo  Seguro para metais e espelhos

(ex.odontologia)  Não danifica instrumentos de corte  Não forma ferrugem 

Desvantagens

Ciclo longo, exceto se o ar é forçado 

Pequena penetração em materiais mais densos 

Não esteriliza líquidos  Destroi materiais sensíveis

ao calor

Instrumentos devem estar secos antes de serem empacotados 

Não esteriliza líquidos  Destrói materiais sensíveis ao calor  

Tempos de exposição e temperatura: variam conforme o tipo de material a ser esterilizado. O maior problema relacionado é o fato de que a penetração do calor é difícil, lenta e distribui-se de forma heterogênena. 

Embora durante muito tempo tenha sido utilizado como única alternativa para pós e óleos, estas substâncias, quando validadas podem ser esterilizadas por vapor. 

Vantagens: a maior vantagem que tem sido preconizada é de que material de corte perde mais lentamente o fio do que em vapor. No entanto, estes materiais também podem ser esterilizados em Plasma de Peróxido de H2. 

Problemas em áreas específicas: pequenas clínicas de oftalmologia que utilizam delicados materiais de corte têm utilizado esta alternativa pelos problemas descritos anteriormente. Outros métodos, como o plasma de Peróxido de hidrogênio, no momento seriam muito onerosos, sem custo-benefício para pequenas clínicas.

Odontologia: para material clínico (espelhos e similares), sem ranhuras e detalhes pode ser uma opção já que não são densos e haverá alta temperatura nas superfícies.

Formas de uso:conforme indicação do fabricante;  Manutenção preventiva: convencionada no mínimo, mensal ou conforme indicação do fabricante.  Monitorização:  Testes biológicos: embora não exista um teste ideal o Bacillus Subtillis é o mais indicado. 

Invólucros:  caixas de aço inox de paredes finas ou de alumínio;  papel laminado de alumínio. 

polímeros resistentes a altas temperaturas.    

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES

II. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES: Para facilitar o discernimento entre a necessidade de limpeza ou desinfecção, o ambiente hospitalar foi classificado de acordo com o risco de contaminação em áreas: Críticas, Semicríticas e Não-Críticas. 1. Áreas Críticas: São aquelas onde há maior reunião de pacientes graves (baixa resistência), maior número de procedimentos invasivos e, portanto, maior número de infecções:

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• Centro Cirúrgico; • Unidade de Tratamento Intensivo (UTI); • Quartos de isolamento; • Salas de pequenas cirurgias; • Unidade de Transplante; • Berçário; • Hemodiálise; • Laboratórios; • Banco de Sangue; • Lavanderia (área suja). 2. Áreas Semicríticas: São aquelas onde os pacientes se encontram internados, mas com risco de transmissão de infecção menor: • Enfermarias em geral; • Ambulatórios; • Pronto Atendimento; • Banheiros. 3. Áreas não Críticas: São todas as áreas hospitalares onde não há risco de transmissão de infecção, não ocupadas por pacientes, ou destinadas a exames clínicos: 7 • Almoxarifado; • Diretoria; • Coordenação de Ensino e Pesquisa; • Departamento Pessoal; • Recepções; • Salas de aula; • Serviços de apoio: Rx, CCIH, Comissão de Prontuário, etc; • Setores Administrativos em geral; 4. Freqüência da Limpeza: • Em áreas críticas, duas vezes ao dia (ao iniciar os plantões) e quando necessário; • Em áreas semicríticas uma vez ao dia e quando necessário; • Em áreas não-críticas uma vez ao dia e quando necessário;

TIPOS DE LIMPEZA HOSPITALAR

• Almoxarifado; • Diretoria; • Coordenação de Ensino e Pesquisa; • Departamento Pessoal; • Recepções; • Salas de aula; • Serviços de apoio: Rx, CCIH, Comissão de Prontuário, etc; • Setores Administrativos em geral; 4. Freqüência da Limpeza: • Em áreas críticas, duas vezes ao dia (ao iniciar os plantões) e quando necessário; • Em áreas semicríticas uma vez ao dia e quando necessário; • Em áreas não-críticas uma vez ao dia e quando necessário; III. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE AMBIENTE: Independente da área a ser higienizada, é fundamental que haja remoção mecânica da sujidade ou da matéria orgânica. É importante diferenciar os termos limpeza e desinfecção, para evitar confusões que possam comprometer o processo de desinfecção. • Limpeza/lavagem: é a remoção de sujidade do piso, de paredes, teto, mobiliário e equipamentos, utilizando-se água e detergente. Esse processo é fundamental para que a

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desinfecção se processe adequadamente. A limpeza mecânica com detergente elimina 80% dos microrganismos e os desinfetantes químicos eliminam cerca de 90% a 95% destes. • Desinfecção: é o processo de destruição de microrganismos patogênicos na forma vegetativa existente em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes químicos ou físicos. 1. Tipos de Limpeza: 8 • Limpeza Concorrente: é realizada diariamente, ou quando necessário, em todas as unidades, inclusive na presença de pacientes. • Limpeza Terminal: é realizada após alta, óbito ou transferência do paciente. Tem por finalidade a redução da contaminação do ambiente, bem como a preparação segura e adequada para receber um novo paciente. • Desinfecção Concorrente: é realizada após contaminação com material orgânico (fezes, urina, vomito, sangue, secreções). • Desinfecção Terminal: é realizada após limpeza terminal quando da alta, óbito ou transferência do paciente. 2. Procedimento da Limpeza A limpeza é feita apenas com água e sabão usando-se, inicialmente, o pano úmido (varredura úmida), para recolhimento de resíduos, seguindo de limpeza com água e sabão, retirando toda a sujidade, e enxágüe. Utilizar sempre dois baldes, de cores diferentes. 2.1. Regras Básicas: • Paredes: de cima para baixo; • Tetos: utilizar uma direção única, iniciando do fundo da sala para a saída; • Piso de enfermarias, quartos e salas: limpar em sentido único, evitando o vaivém, iniciando do fundo para a porta de saída; • Piso de corredores, escadas e hall: sinalizar a área, dividindo-a em 2 faixas, possibilitando o trânsito em uma delas; • Usar sempre dois baldes: um com água, outro com água e sabão líquido; • Ao proceder a limpeza evitar derramar água no chão; • Usar sempre panos limpos; • Usar sempre panos diferenciados para móveis, paredes, chão, pias e vasos sanitários; • Manter os equipamentos de limpeza limpos e secos; 9 • Comunicar a chefia imediata sempre que houver estragos nos móveis e equipamentos; • Zelar pela manutenção dos móveis e equipamentos; • Usar Equipamentos de Proteção Individual: luvas de borracha grossas e longas, botas de borracha, avental impermeável, quando necessário; • Nunca varrer superfícies a seco, evitando assim a dispersão de microorganismos e partículas de pó; • Utilizar luvas de borracha de cores diferenciadas para a limpeza, por exemplo, de pisos e banheiros / camas, berços e bancadas; • Usar panos de limpeza diferenciados para enfermarias e banheiros e de uma enfermaria para outra; • Não colocar panos e ou tapetes nas portas dos ambientes do hospital. 2.2. Técnicas de Limpeza com Água e Sabão Utilizando dois Baldes: A técnica de limpeza utilizando dois baldes tem por objetivo estender o tempo de vida útil do detergente, diminuindo o custo e a carga de trabalho. A. Limpeza com pano úmido Utilizado na limpeza de superfícies impermeabilizadas (mobiliário, pisos, vidros, paredes, tetos, luminárias, equipamentos). Procedimento • Preparar dois baldes, um com água e detergente e outro apenas com água; • Mergulhar o pano no balde com água e detergente, torcendo-o bem para retirar o máximo possível de água (substitui a operação de remover o pó seco, e ao mesmo tempo promover a limpeza);

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• Abrir o pano umedecido, dobrando-o em 2 ou 4; • Limpar as superfícies, desdobrando o pano para utilizar todas as dobras limpas; • Limpar em faixas paralelas, com movimentos ritmados, longos e retos; • Lavar o pano no balde que contém apenas a água, após utilizar todas as dobras; • Voltar a mergulhar o pano no balde com água e sabão, para se necessário, reiniciar o procedimento de limpeza; 10 • Repetir a operação quantas vezes necessárias para promover a limpeza; • Trocar a água dos baldes sempre que visivelmente sujas, quantas vezes forem necessárias; • Jogar a água suja no esgoto; • Limpar e guardar todo o material após o uso; • Lavar as mãos antes de seguir para outra tarefa. 2.3. Limpeza Concorrente É a limpeza feita nas dependências hospitalares enquanto ocupadas por pacientes, ao iniciar a jornada de trabalho, ao término de procedimentos. Deve ser seguida pela Limpeza de manutenção sempre que necessária. Procedimento • Recolher das mesas, bancadas, etc., todo material a ser desprezado; • Preparar dois baldes, um com água e sabão, outro apenas com água; • Limpar as mesas, bancadas, etc., umedecendo o pano com água e sabão detergente ou sapólio, utilizando a técnica do pano úmido; • Passar pano úmido embebido em água pura duas vezes ou mais se necessário para retirar todo o sabão; • Não misturar os panos de limpeza de bancadas com os de limpeza do chão; • Retirar as luvas de limpeza de bancadas e lavar as mãos; • Colocar as luvas destinadas à limpeza do chão; • Proceder à limpeza do chão com água e sabão usando a técnica do pano úmido; • Utilizar movimentos retos e paralelos, obedecendo ao sentido do interior para a porta de saída dos ambientes; • Lavar o pano no balde com água pura; • Passar o pano úmido com água pura para retirar todo o sabão quantas vezes for necessário. 2.4. Limpeza Terminal 11 É a limpeza feita após alta, óbito ou transferência do paciente, ou a cada 15 dias quando da internação prolongada. Procedimento • Proceder como indicada na Limpeza Concorrente acrescentando a limpeza do piso com máquina; • Incluir a limpeza criteriosa da unidade do paciente. A. Limpeza da Unidade do Paciente com Água e Sabão No que diz respeito à limpeza da unidade do paciente estão incluídos: a cama, o suporte de soro, a escadinha, a mesinha de cabeceira, a mesa de refeição, o cesto de lixo e demais mobiliários utilizados durante a assistência ao paciente. Procedimento • Preparar dois baldes, um com água e sabão e outro apenas com água; • Colocar o material sobre a mesinha ou cadeira; • Calçar luvas; • Embeber o pano em água e sabão e fazer a limpeza de toda a superfície do colchão, cabeceira, bordas, estrados e pés da cama, repetindo a operação tantas vezes quantas necessárias; • Utilizar um sentido único na limpeza, evitando o movimento de vaivém; • Dobrar o colchão fazendo a sua limpeza e da parte interna do estrado, procedendo da mesma forma com o outro lado da cama e do colchão; • Manter o colchão dobrado como indicação de que a unidade do paciente passou por limpeza terminal; • Elevar os pés e cabeceira da cama fazendo a limpeza da parte que fica sob o estrado; • Lavar o pano no balde com água limpa sempre que sujo; • Trocar a água dos baldes quantas vezes forem necessárias;

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• Incluir na limpeza os suportes de soro, mesa de cabeceira, cadeiras, escadinhas e mesas de alimentação; • Limpar criados e móveis permeáveis com pano úmido; 12 • Comunicar a Equipe de enfermagem ao termino da limpeza da unidade do paciente para que a mesma proceda a desinfecção com álcool a 70%. Observação: A enfermagem deverá desocupar o leito e solicitar a limpeza do mesmo nos casos de internação prolongada (15/15 dias), ou em menos tempo se achar necessário. B. Limpeza Semanal É a chamada “faxina”, que deve ser realizada criteriosamente 1 vez por semana, nas áreas críticas e semi-críticas. Procedimento • Proceder como indicada na Limpeza Terminal incluindo a limpeza criteriosa de: teto, paredes, canalização e tubulação exposta, portas, mesas, bancadas, chão, ralos, baldes de lixos, material permanente (geladeiras, carrinhos de anestesia, de curativos, etc.). 2.5. Desinfecção Concorrente: A desinfecção de superfície está indicada quando em presença de matéria orgânica (fezes, urina, sangue, vômitos e secreções), antecedendo a limpeza das superfícies. A. Soluções para Desinfecção de Superfície • Álcool etílico a 70%; • Hipoclorito de sódio a 1%; • Nipo Bac (Glutaraldeído + quarternário e amônia). Procedimento Álcool a 70% (Usado pela Equipe de Enfermagem). • O álcool a 70% é utilizado na Desinfecção Concorrente ou Terminal da unidade do paciente, devendo ser realizada pelo pessoal da enfermagem; • Na desinfecção terminal da unidade do paciente o álcool a 70% deverá ser usado após limpeza terminal realizada pelos funcionários do SHL; 13 • O álcool a 70% é utilizado para desinfecção de equipamentos, bancadas, macas, superfícies metálicas e etc; • Retirar o excesso da carga contaminante (matéria orgânica), se houver, com papéis absorventes ou panos velhos, sempre utilizando luvas; • Proceder à limpeza com água e sabão em toda superfície, usando as técnicas de pano úmido; • Embeber o pano no álcool e fazer 03 fricções locais por 30 segundos, deixando a superfície secar espontaneamente; • Manter o frasco rotulado com nome da solução, validade, data da abertura e assinatura; • O prazo máximo para uso da solução, após a abertura do frasco, é de 07 dias; Hipoclorito de sódio a 1% • É utilizado na desinfecção terminal e Concorrente de pisos, paredes e banheiros, não devendo ser utilizado em artigos metálicos; • É utilizado na desinfecção terminal após a limpeza terminal; • Retirar o excesso da carga contaminante (matéria orgânica) com papéis absorventes ou panos velhos, sempre utilizando luvas; • Desprezar o papel ou pano em saco plástico de lixo branco leitoso ou fazer desinfecção do pano em caso de necessidade de reutilizá-lo (neste caso encaminhar para a lavanderia); • Aplicar a solução desinfetante por 10 minutos; • Remover o desinfetante com pano úmido em água pura; • Proceder à limpeza com água e sabão em toda superfície, usando as técnicas do pano úmido; • Usar os EPIs necessários a este procedimento (avental impermeável, luvas de borracha com cano longo, botas, óculos e máscara); • Lavar as mãos após a tarefa; • Manter o frasco rotulado com nome da solução, validade, data da abertura e assinatura. • Deve-se atentar para o prazo de validade da solução, determinado pelo Serviço de Farmácia; • O Hipoclorito é utilizado na Desinfecção Concorrente ou Terminal das Áreas Críticas o Semicríticas, devendo ser realizada pelo pessoal do SHL após limpeza;

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14 Nipo Bac • Desinfetante Hospitalar concentrado para superfícies fixas a base de Glutaraldeído a 50% e Cloreto de Alquil Dimetil Benzil Amônio a 80%; • Dispensa o uso de detergentes e desinfetantes: faz em uma única operação a limpeza e desinfecção; • Diluições: 1:300 em áreas não críticas, 1:100 em áreas semicríticas, 1:40 em áreas não críticas. • Tem ação sobre a matéria orgânica, com eficiência bactericida comprovada para pseudomonas aeruginosas, salmonella choleraesuls, staphylococcus aureus; • Limpeza diária: usar técnica de dois baldes e pano úmido e no lugar do detergente utilizar o Nipo Bac nas diluições recomendadas para áreas críticas e semicríticas; • Nas áreas não críticas, onde não é necessário proceder a desinfecção utilizar detergente; • Limpeza e Desinfecção Terminal: com o uso do Nipo Bac estas duas etapas se resumem em uma só; • Proceder à limpeza terminal da enfermaria (individual ou coletiva) e da unidade do paciente conforme descrito, não sendo necessário a etapa de Desinfecção com álcool a 70% e /ou Hipoclorito a 1%; • O Nipo Bac poderá ser utilizado em qualquer tipo de superfície, metálica ou não; • Poderá ser usado na limpeza e desinfecção da unidade do paciente, em uma única etapa. 2.6. Desinfecção Terminal Será feita após a limpeza, em situações de altas, óbitos, transferência, suspensão de medidas de isolamento e semanalmente: Procedimento • Utilizar uniforme completo e EPI. • Usar a técnica de Desinfecção Concorrente, quando na presença de matéria orgânica, seguida de limpeza semanal; 15 • Passar pano úmido com solução desinfetante (hipoclorito de sódio à 1%), em paredes, pisos, tetos, portas, janelas, etc., após a limpeza; • Equipe de enfermagem: Passar pano úmido com solução desinfetante (álcool 70%), fricção por 03 vezes em mesas, bancadas, carrinhos de anestesia, unidade do pacientes, etc, após a limpeza terminal; • Lavar as mãos ao término da tarefa;

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

15 • Passar pano úmido com solução desinfetante (hipoclorito de sódio à 1%), em paredes, pisos, tetos, portas, janelas, etc., após a limpeza; • Equipe de enfermagem: Passar pano úmido com solução desinfetante (álcool 70%), fricção por 03 vezes em mesas, bancadas, carrinhos de anestesia, unidade do pacientes, etc, após a limpeza terminal; • Lavar as mãos ao término da tarefa; IV. ROTINAS DE TRABALHO DO SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA: 1. Materiais Utilizados na Limpeza 1.1. Espécie (Materiais de uso Exclusivo do Setor) • Baldes (de cores diferentes); • Carro: para transporte e guarda do material de limpeza; • Desentupidor de pia e ralos; • Escadas: diversos tamanhos; • Enceradeiras; • Latões de lixo (15, 35 e 100 litros);

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• Palha de aço; • Panos para limpeza (de mesa, pia, etc.); • Pá de lixo (cabo longo e curto); • Rodos de borracha (diversos tamanhos); • Saco de plástico (cor branco leitoso para resíduo infectante, saco azul para o resíduo comum e saco vermelho para resíduo infectante de hemoderivados); • Vassourinha (de piaçava para banheiros); • Vassoura de piaçava (diversos tamanhos). 1.2. Uso e Reconhecimento do Material de Limpeza • Baldes: De plástico, em cores diferentes. Ex: Azul para soluções detergente ou desinfetante e branco para água. 16 • Escadas: Do tipo doméstica, antiderrapante com degraus de borracha corrugado, com plataforma superior e dispositivo para colocar utensílios de limpeza. • Panos-Esfregões: Pequenos sem fiapos de tecido, resistentes para limpeza manual (pano de saco fechado). • Panos de Chão: De tecido forte e frouxo de tamanho suficiente para envolver o rodo ou a vassoura.

Agentes de Limpeza

16 • Escadas: Do tipo doméstica, antiderrapante com degraus de borracha corrugado, com plataforma superior e dispositivo para colocar utensílios de limpeza. • Panos-Esfregões: Pequenos sem fiapos de tecido, resistentes para limpeza manual (pano de saco fechado). • Panos de Chão: De tecido forte e frouxo de tamanho suficiente para envolver o rodo ou a vassoura. 1.3. Agentes de Limpeza • Água • Veja Multiuso • Lustra móvel • Detergentes • Desinfetantes • Sabão • Cera • Cera para móveis • Polidor de metais • Purificador de ar • Água Sanitária • Limpa Vidros • Removedor • Água: É utilizada para diluição do desinfetante e também para remover as sujeiras, resíduos de detergentes e sabões usados na limpeza. • Sabões: Sua capacidade de limpeza varia em função da matéria-prima usada para sua fabricação. Os mais indicados são os sabões que contêm cloro, por seu alto poder de limpeza e desinfecção e desodorização de áreas. Ex: sabão em pó. • Detergentes: Substâncias que facilitam a limpeza e eliminam as gorduras dos artigos e áreas. • Desinfetantes: São usados para limpeza e desinfecção das áreas e artigos críticos e semicríticos. Ex: hipoclorito de sódio à 1% e álcool etílico à 70%.

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• Cera: O hospital só poderá ser encerado com cera líquida e própria; O hospital ou qualquer setor deverá ser encerado para fazer o tratamento de piso (evitar desgaste do piso); O piso só poderá será encerado após fazer a limpeza adequada; Dar brilho após 30 minutos; Nunca encerar com o piso sujo, pois poderá impregnar sujidade, tornando mais difícil a retirada da sujidade. A cera em pasta só será liberada, em situações especiais, após avaliação da CCIH; • Removedor: Utilizado na limpeza terminal, para remoção de cera e sujidades impregnadas, diluído conforme orientação do fabricante. 17 2. Higiene Pessoal e Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s: • Uniforme: limpo e passado (Unisex oferecido pelo Hospital); • Bota de borracha: usar para todos os procedimentos e mantê-la sempre limpa e seca / guardar no armário; • Luvas de borracha grossa e longa (02 pares com cores diferenciadas): Mantê-la limpa, observar furos, lavar no final do plantão / não pegar na maçaneta, telefone ou qualquer objeto com luva; • Avental impermeável; • Gorros; • Óculos de acrílico; • Cuidado ao recolher lixo e em caso de acidente notificar a chefia imediata; • Manter vestiário (armário) sempre limpo; • Não trazer criança para o hospital (a mesma pode adquirir doenças). 3. Guarda de Material Depósito de Materiais e Limpeza – DML: Local para guarda e limpeza do material com: • Pia: para lavagem das mãos; • Tanque: para limpeza do material; • Dispositivo: para pendurar vassouras, rodos e pás; • Prateleiras: para baldes, bacias, pequenos utensílios, produtos de limpeza; • Desinfetantes: devidamente rotulados e tampados; o rótulo deve incluir data de início do uso e nome da substância. 4. Limpeza do Material em Uso • Todo o material de limpeza e o local de guarda devem ser lavados e desinfetados e secos após o uso; 18 • Pá de lixo: Após o uso, lavar com sabão e deixá-la guardada apoiada na parede (pendurada pelo cabo); • Balde: Após o uso, lavar com sabão e guarda-lo com boca para baixo; • Enceradeiras: Devem ser limpos com pano úmido e guardados em local próprio; • Rodo: Limpar a borracha e guarda-lo em local fresco fora da água. • Não deixar produtos e materiais de limpeza nos quartos ou banheiros dos pacientes. Estes materiais devem ser guardados, depois de lavados, na sala específica para a guarda dos mesmos; • Panos: Deverão ser encaminhados à lavanderia após o uso, não devem ser deixados de molho de um dia para o outro, evitando assim a proliferação de microorganismos; • O local de guarda do material não deverá ser utilizado para outros fins como, por exemplo, para alimentação; • Lavar as mãos após cada limpeza; A. Cuidado com Enceradeira: • Ao usar as mesmas limpar; • Não jogar água em cima; • Não bater na enceradeira; • Não deixar o fio esticado; • Não deixar o disco por baixo; • Não passar enceradeira quando estiver dando brilho com chão molhado; • Enxugar o fio da mesma; • Não colocar o plugue na tomada com as mãos molhadas; • Não poderá jogar água em alta distância, ou seja, com o corpo reto (inclinar-se); • As enceradeiras não poderão ser entregues sujas.

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5. Revisão no Final de Tarde: • Usar um pano com rodo; 19 • Usar saco; • Usar papel higiênico; • Usar balde com água; • Recolher todos os lixos dos cestos; • Passar um pano úmido na enfermaria; • Conforme a situação do banheiro, lavar o mesmo com água e sabão; • Não deixar faltar papel higiênico nos banheiros; • Não deixar o ambiente sujo ou passar o serviço desorganizado; • As enfermarias terão que estar limpas para funcionário do noturno. 6. Orientações Gerais: 6.1. Pedido de Materiais: A solicitação de materiais é feita à coordenação de limpeza, que libera atendendo necessidades. 6.2. Solicitação de Serviços de Manutenção: Os serviços de manutenção observados pelo funcionário devem ser comunicados à coordenação que tomara as devidas providências. Quando necessária manutenção fará o recolhimento do equipamento estragado ou inutilizado. 6.3. Relação entre os Diversos Setores: A limpeza, recepção, enfermagem, manutenção e outros setores que, dependendo da sua interligação e trabalho em equipe, são responsáveis pelo sucesso ou fracasso dos serviços prestados pelo hospital. A recepção depende de apartamentos limpos e em ordem para fazer a internação, a enfermagem só pode liberar apartamentos quando estes estiverem em condições de serem ocupados necessitando da limpeza e manutenção dos mesmos. Deve haver comunicação clara entre os diversos setores para evitar constrangimentos que venham deixar clientes insatisfeitos. 20 6.4. Circulação e Roteiro do Funcionário no Hospital: A definição de um roteiro e uma rotina de trabalho para o funcionário da limpeza economiza tempo e materiais. Padronizando assim o trabalho, de maneira a obter melhor qualidade. Ver roteiro de trabalho no item de Mapeamento de Limpeza. 6.5. Etiqueta / O Que Evitar: • Gestos, palavras, modos que denotam descuido, desleixo pessoal, como: coçar o nariz, vestir roupa mal cuidada etc. Reclamações e descontentamentos freqüentes com coisas de pequena importância; • Snobismo, presunção e arrogância; • Fofocas e maledicências; • Indiferenças e negativismo; 6.6. O Que Ressaltar: • Cooperação; • Interesse pelo o que faz; • Cuidado pessoal e disciplina; • Consciência das próprias limitações; • Otimismo e alto confiança; • Ética profissional. 6.7. Dever do Funcionário: • Chegar às 6:50 horas; • O mesmo terá até 7:15 horas para o lanche; • Até às 7:20 o funcionário já terá que ter iniciado o trabalho; • Consultas somente fora do horário de trabalho ou com a autorização da chefia; • Os exames só poderão ser marcados nos intervalos ou com as normas do setor. 6.8. Obrigação do Funcionário:

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• Chegar e receber o serviço; • O plantão terá que ser passado detalhadamente; 21 • Se for necessário passar enfermaria por enfermaria; • Não deixar o lixo no corredor; 6.9. Materiais que Serão de Uso Obrigatório (fornecidos pela empresa): • Uniforme: Unisex; • Equipamentos de Proteção Individual: Luvas, botas, máscaras, gorro, capote sempre que for solicitado pelo setor, etc; • Materiais de Trabalho: Pano, balde, rodo, etc.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO

• Se for necessário passar enfermaria por enfermaria; • Não deixar o lixo no corredor; 6.9. Materiais que Serão de Uso Obrigatório (fornecidos pela empresa): • Uniforme: Unisex; • Equipamentos de Proteção Individual: Luvas, botas, máscaras, gorro, capote sempre que for solicitado pelo setor, etc; • Materiais de Trabalho: Pano, balde, rodo, etc. 7. Princípios Básicos para a Limpeza: 7.1. Cuidado com Clientes e Funcionários: • Sempre retirar as luvas quando for abrir ou fechar as portas; • Quando for remover os móveis para limpeza fazê-lo sem luvas; • Nunca colocar a mão no paciente estando com luvas; • Não tocar no suporte do paciente com luvas; • Evitar encostar-se ao paciente ao fazer a limpeza, principalmente quando estiver no pós-operatório. 7.2. O Que Não Devemos Fazer no Hospital no Sistema de Limpeza: • Não usar vassoura para varrer o piso; • Não jogar água em todo o piso; • Não arrastar o lixo com o rodo; • Não arrastar o lixo para o ralo; • Não recolher o lixo com as mãos; • Não arrastar o saco de lixo nos corredores; • Não arrastar o lixo para o banheiro; • Não pegar lixo de outra enfermaria e levar para a que vai ser limpa; • Não esquecer de limpar todos os cantos; • Não levar o material de limpeza do seu setor para outro; 22 • Não usar luvas cirúrgicas no local de trabalho, a não ser que haja uma necessidade; • Não comer alimentos no período que estiver trabalhando; • Não usar o seu horário de trabalho para fazer qualquer outro tipo de serviço que não seja o trabalho. É Proibido: Aos componentes do serviço de limpeza da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia: • Remoção e transporte de pacientes; • Prestar cuidados aos pacientes; • Auxiliar em procedimentos próprios da equipe de enfermagem; • Manusear medicamentos; • Ajudar na alimentação dos pacientes; • Controlar materiais pertinentes às atividades de enfermagem; • Escrever ou anotar em impressos próprios de enfermagem; • Levar e/ou buscar material de almoxarifado, farmácia, laboratório, banco de sangue, que não sejam para utilização de seu serviço específico; • Atender telefone ou anotar recados que não sejam de seu serviço específico; • Ausentar-se do local de trabalho para atender solicitação de terceiros, não pertinentes às

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suas funções. Cuidados importantes: Retirar jóias e adornos. O relógio não deverá ser usado nas áreas críticas e semicríticas; Ao entrar e sair da unidade do paciente (enfermaria, apartamentos ou suítes) lavar as mãos; Mantenha as unhas sempre aparadas e limpas, sem esmalte, cabelos curtos ou bem amarrados; Utilizar uniforme próprio e avental impermeável; retirá-lo ao se dirigir ao refeitório; Utilizar luvas de borrachas durante todas as tarefas; V. MAPEAMENTO DE LIMPEZA: 23 É a divisão do hospital em áreas e a distribuição de funcionários observando necessidades, urgências e situações específicas: • Apartamentos; • Ambulatório SUS, Centro Médico; • Centro de Diagnose; • Posto de Enfermagem; • Banheiros Públicos; • Farmácia / Almoxarifado / Arsenal A; • Isolamento; • Berçário; • Lavanderia - Serviço de Processamento de Roupa; • Hemodiálise; • Centro Cirúrgico; • Unidade de Pré Parto; • Serviço de Nutrição; • Unidade de Terapia Intensiva - UTI; • Central de Materiais e Esterilização - CME; • Hemodinâmica; • Raio X; • Laboratório e Banco de Sangue; • Administração; • Limpeza dos Elevadores; • Casa das Máquinas; • Vestiários; • Necrotério; • Enfermarias; • Abrigo de Resíduos; • Recolhimento Lixo Geral do hospital; • Limpeza do Abrigo; 24 • Limpeza Externa. * Setores que terão Materiais de Limpeza de uso Exclusivo no local: • Unidade de Terapia Intensiva - UTI; • Hemodinâmica; • Hemodiálise; • Elevador; • Isolamento; • Transplante Renal; • Administração; • Central de Materiais e Esterilização - CME; • Capela da Hematologia (Farmácia); • Centro Cirúrgico - CC; • Setor de Radiologia - RX; • Centro Médico - Consultórios; • Laboratório; • Banco e refeitório; • Pré-parto; • Áreas contaminadas. 1. Recomendações Especiais de Limpeza e Desinfecção:

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1.1. Banheiro: Limpeza e desinfecção diária e semanal • Utilizar uniforme completo e EPI; • Usar técnica do pano úmido com dois baldes em: portais, portas, vidraças e visores; • Utilizar a técnica com água abundante, quando em presença de saída de água (ralos); • Lavar as paredes do banheiro com água e sabão fazendo o uso do hipoclorito; • Usar escova para esfregar as partes de azulejos; • Esfregar o piso com vassoura, principalmente os cantos; • Jogar água com abundância; • Lavar os materiais e as mãos no final da tarefa; • Usar desinfetante todos os dias (hipoclorito a 1%). A. Pia: • Lavar a pia com água e sabão; • Usar sapólio depois de esfregar, fazendo uma fricção mecânica; 25 • Enxaguar. B. Vaso Sanitário: • Lavar a parte externa dos vasos; • Lavar a tampa; • Enxaguar com água; • Usar o hipoclorito em todas as limpezas dos banheiros. 1.2. Banheiros Públicos: •••• Lavar os banheiros públicos diariamente e todas as vezes que houver necessidade (conforme técnica descrita); •••• Os mesmos não poderão ficar molhados; •••• Usar a técnica que já foi citado para lavagem dos banheiros; •••• Usar hipoclorito. 1.3. Vestiários: • Limpeza diária – utilizar técnica de varredura úmida; • Limpeza semanal – semanalmente. • Fazer uma limpeza pesada a cada 15 dias; • Retirar botas, roupas e sapatos e entregar para sua chefia; • Lavar paredes, pias e vasos todos os dias; • Recolher o lixo todo final de tarde. 1.4. Limpeza Geral dos Ralos: • Duas vezes por semana lavar os ralos, ou seja, o esgoto; • Usar vassoura de vaso para esfregar a parte interna e as bordas; • Depois enxaguar com água até ficar branco; • Jogar hipoclorito todas às vezes da lavagem; • Usar hipoclorito todos os dias ao fazer a limpeza. 26 Observação: Ao fazer a limpeza não esquecer de recolher o lixo não deixando ir para os ralos. Atenção: A tampa será retirada pelo próprio funcionário da limpeza, usando um gancho de ferro (EPI obrigatório). 1.5. Venezianas, Persianas, Vidraças, Cortinas e Carpetes: A. Venezianas e Persianas: • Limpeza semanal com técnica do pano úmido; • Limpar as esquadrias e vidros; • Limpar as lâminas, uma a uma de cima para baixo, limpando bem os cantos, as partes externas e internas. B. Cortinas e Carpetes • Cortinas e carpetes devem ser evitados nas áreas de atendimento aos pacientes, em virtude de serem excelentes agregadores de pó. • As cortinas devem ser retiradas periodicamente para lavagem (sugere-se mensalmente).

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1.6. Portas, Telefones e Fios: A. Portas, Portais, Maçanetas e Puxadores: • Utilizar a técnica da limpeza semanal com pano úmido (na parte interna e externa, utilizar esponja de aço se necessário); • Fazer a desinfecção das maçanetas e puxadores friccionando álcool 70%; • Lavar as mãos ao término da tarefa. B. Telefones e Fios: • Limpar diariamente com pano úmido com água e sabão. • Fazer a desinfecção fricionando álcool 70% (equipe de enfermagem). 1.7. Geladeira: 27 • Limpeza semanal; • Descongelar a geladeira; • Usar a técnica do pano úmido com água e sabão; • Realizar após a limpeza a desinfecção com álcool 70% (equipe de enfermagem); • Limpeza interna e externa; • Solicitar a Equipe de Enfermagem para esvaziar a geladeira, antes de desligá-la; • Nas áreas administrativas solicitar a secretária que esvazie a geladeira. 1.8. Macas e Suportes: • Usar a técnica de limpeza diária com pano úmido com água e sabão; • Efetuar a desinfecção diária, entre uso e semanal; • Lavar as mãos ao término da tarefa. 1.9. Paredes: • As paredes não há necessidade de lavar com grande quantidade de água; • Usar uma bucha com sabão e água e esfregar depois enxugar com o pano limpo; • Fazer secagem; • Não fazer estas limpezas com água suja, a água terá que ser sempre limpa. 1.10. Rodapé: • Usar palha de aço ou bucha especial; • Esfregar todo o roda pé, com o removedor; • Lavar o rodapé todas às vezes que realizar faxina semanal; • Enxaguar e secar. 1.11. Piso: • Recolher todo o lixo com varredura úmida, retirando todo lixo; • Utilizar técnica do pano úmido e dois baldes para a limpeza; • Jogar o removedor no piso e usar enceradeira para esfregar o piso (limpeza semanal); • Enxaguar com água até ficar limpo; 28 • Secar e encerar; • Dar brilho depois de 30 minutos. 1.12. Ventiladores, Lâmpadas e Extintores: • Desligar o ventilador; • Sempre que necessário procurar a manutenção; • As lâmpadas serão limpas a cada 15 dias pelo funcionário que está treinado para tal função; • Retirar as poeiras dos extintores todos os dias; • Os ventiladores serão limpos com pano úmido e escova, não deixando molhar; • É obrigatória a limpeza diária dos ventiladores. 1.13. Saída de Ar: • Usar pano úmido para retirar as poeiras; • Não deixar o pano muito úmido. 1.14. Televisão: • Usar um pano seco para fazer as limpezas das TV; • Fazer este serviço uma vez por semana; • Fazer o uso da escada;

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• Se necessário tirar a mesma da tomada. 1.15. Sala de Curativo e Sala de Exame: • Efetuar limpeza diária e desinfecção concorrente usando técnica do pano úmido, sempre que necessário; • Efetuar limpeza terminal e desinfecção ao término da jornada de trabalho, usando a técnica do pano úmido; • Lavar os materiais e as mãos ao término da tarefa. 1.16. Escadas, Corredores e Hall – Área de Circulação Contínua (Trânsito): 29 • Utilizar a técnica de limpeza diária com pano úmido; • Iniciar a limpeza de cima para baixo (escadas), usando barreira (linha imaginária) para isolar a parte a limpar, deixando a outra parte para circulação; mudar a barreira e efetuar a limpeza das outras partes. 1.17. Telhas de Aranha Geral: • Retirar telhas de aranha todos os finais de semana; • Passar a vassoura retirando os insetos; • Pedir licença para as pessoas que estiverem circulando na unidade. 2. Enfermarias: 2.1. Limpeza Diária: • Começar do limpo para o mais sujo; • Realizar a limpeza da enfermaria dividido em 2 partes iguais usando água e sabão; • Lavar o banheiro por último, conforme técnica descrita; • Todos os dias olhar as paredes e portas, se houver necessidade fazer limpeza; • Em enfermarias coletivas: Realizar limpeza e desinfecção terminal 01 vez por semana; • Em enfermarias individuais realizar desinfecção terminal sempre que alta, transferência ou óbito; 2.2. Limpeza Semanal (mesmo com paciente): • Lavar toda a parede com água e sabão; • Lavar todas as janelas na parte interna e externa; • Nunca esquecer das portas; • Lavar o piso com máquina, de 8/8 dias, no período da tarde; • Usando removedor, água, sabão e hipoclorito ou nipo bac. Observação: Pedir a enfermagem para não ficar circulando neste período, pois o piso estará molhado; 30 • Não deixar acúmulo de água no piso, pois poderá acontecer uma emergência no qual poderão acontecer fatos desagradáveis em relação ao paciente; • Colocar aviso nas entradas das enfermarias; • Nunca dar ordens aos acompanhantes, nunca pedir aos mesmos para retirar objetos do local; • Retirar os móveis do lugar para fazer a limpeza, retornando-os ao lugar ao terminar; • As enfermarias de todo o hospital deverão ser enceradas; • Nas enfermarias da pediatria, deverá ser dado brilho em dias alternados; • Nos andares com jardins, recolher o lixo dos mesmos todos os dias; • O transplante deverá ser lavado com máquina todas as 2ª feiras; • O berçário deverá ser lavado todas as 6ª feiras. 2.3. Lavagem Terminal: • Sempre a primeira parte fica com a enfermagem (recolhimento de materiais, comadre, compadre, resíduos pérfurocortante e roupas sujas); • Começar a limpeza pelo teto; • Paredes e janelas; • Roda pé usar palha de aço e esfregar principalmente os cantos; • Lavar os banheiros em último lugar; • Todos os dias verificar a limpeza das portas e maçanetas, pois estas ficam muito sujas; • Sempre que for retirar os móveis do lugar não arrastar e retirar as luvas. Atenção: Não esquecer de retirar os móveis do lugar tanto para limpeza diária como para terminal para assim ser completa.

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3. Enfermaria de Isolamento: •••• Usar a paramentação adequada, conforme descrito da placa de sinalização (luvas, máscara, gorro e capote e botas); •••• O pano e rodo não poderão ser usados em outro local antes de passarem por desinfecção (encaminhar para lavanderia); 31 •••• Fazer a limpeza da parte menos suja para a mais suja; •••• A limpeza desta unidade deverá ser rigorosa como o uso de desinfetante em toda a unidade; •••• Limpeza terminal como já citado anteriormente. 4. Posto de Enfermagem: •••• Lavar as paredes todas as sextas feiras no período da tarde; •••• Lavar o piso com máquinas no período noturno todas as sextas; •••• Lavar as pias (de lavagem de mãos) todos os dias; •••• Lavar os cantos esfregando com vassoura; •••• Limpar todos os dias, em até trinta minutos, e quando solicitado; •••• Lavar as geladeiras conforme rotinas. 4.1. Limpeza Diária: • Sempre que entrar na enfermaria dos apartamentos pedir licença. • Fazer a varredura úmida; • Limpar a enfermaria com água e sabão; • Lavar o banheiro com água e sabão fazendo o uso da escova e esponja de aço; • Lavar os cestos todos os dias se houver necessidade; 5. Apartamentos: • Fazer a limpeza dos apartamentos entre 7:30 e 11:30 e quando for solicitado; • Pedir licença sempre que entrar no apartamento; • Lavar janelas internas e externas; • Lavar parede; • Lavar roda pé; • Lavar o piso; • Lavar portas; 32 • Limpar os pisos de saída de oxigênio e ar comprimido; • Lavar banheiro conforme rotina; • Limpar a Televisão; 6. Unidade de Terapia Intensiva – UTI. 6.1. Limpeza Diária da UTI: •••• Recolher o lixo com pano úmido; •••• Dividir a limpeza ao meio, se for possível fazer em até quatro partes; •••• O expurgo será lavado todos os dias; •••• Retirar as poeiras dos locais como cadeiras, mesas etc; •••• Retirar os móveis do lugar para estes procedimentos; •••• Realizar limpeza da unidade do paciente, conforme técnica descrita, sempre que alta, transferência ou óbitos; Observação: A UTI será encerada em dias alternados com cera mais diluída. 6.2. Limpeza Pesada: •••• Lavar com máquina toda a unidade 2 vezes por semana; •••• Lavar as paredes 2 vezes por semana; •••• O repouso médico e repouso de enfermagem serão lavados todos os finais de semana; •••• Trocar as camas, do repouso médico e de enfermagem, todos os dias retirando a sujeira de todos utensílios. Observação: Sempre ter hipoclorito para não ter problemas quanto ao uso. 7. Central de Materiais e Esterilização - CME: 7.1. Limpeza Diária CME: • Limpar janelas e paredes;

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• Limpar o piso e pias; • Lavar os banheiros; • Limpar as vidraças com limpa vidro; 33 • Limpar o expurgo esfregando com vassoura. Observação: A limpeza geral é como já foi citado nas páginas anteriores, começar no teto e terminar no ralo do banheiro. 7.2. Expurgo • O lixo do expurgo deverá ser recolhido diariamente (no mínimo duas vezes ao dia); • A funcionária dos serviços gerais deverá lavar diariamente o piso com água, detergente e hipoclorito, no início e final do plantão. Após o processo deverá tomar banho e trocar o unissex e as botas para fazer a limpeza da área limpa; • Lavar diariamente os tanques e as torneiras; • Semanalmente proceder a limpeza do teto, paredes, vidros e janelas; • Os materiais perfuro - cortantes como agulhas e lâminas, deveram ser descartados em recipientes de paredes rígidas, em nosso serviço atualmente utilizamos caixas de papelão lacradas. A. Expurgo Limpeza Pesada: • Realizar a limpeza pesada 2 vezes por semana; • Lavar as paredes; • Lavar pias e bancadas; • Lavar os banheiro e esfregar os cantos; • Lavar o piso com máquina. Observação: Limpeza geral em todo o setor, não deixando serviço para traz. 7.3. Limpeza da Área de Preparo • O piso e os banheiros deverão ser limpos diariamente com água, sabão pela funcionária dos serviços gerais. • A limpeza dos balcões deverá ser feita diariamente com água, sabão e álcool a 70% pelo funcionário da CME. • A limpeza geral dos armários e balcões deverá ser feita todas as segundas feiras com água, sabão e álcool a 70%, pelo funcionário da CME. 34 • A limpeza geral do piso, paredes, vidros, lâmpadas, extintores, etc. deverá ser feita todas as sextas-feiras, pelo funcionário dos serviços gerais. 7.3. Área de Esterilização • Este funcionário também deverá trocar de roupas para fazer suas refeições; • Deverá ser realizada diariamente a limpeza com água e sabão , semanalmente a desinfecção com álcool a 70% das prateleiras, pelo funcionário da CME. • Deverá ser realizada diariamente a limpeza do piso com água e sabão pelo funcionário dos serviços gerais devidamente paramentado e orientado. • É feita uma revisão periódica diária das autoclaves, mantendo-as rigorosamente limpas, removendo sujeiras e excesso de resíduos, utilizando produto específico para limpeza terminal (proxitano). • Aos sábados deverá ser realizada a limpeza das autoclaves, da parte interna para a externa, utilizando produto específico (proxitano) diluído conforme orientação do fabricante. Deverá ser realizada a limpeza e lubrificação das guarnições utilizando graxa de silicone. 8. Centro Cirúrgico: 8.1. Limpeza Pré-Operatória: Realizada pelo funcionário da enfermagem, antes da primeira cirurgia do dia, para remover partículas de poeira depositadas nos mobiliário e equipamentos. Jamais esquecer de usar EPIs. 8.2. Limpeza Operatória: É realizada durante o procedimento cirúrgico, restrita a contaminação ao redor do

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campo operatório. 35 As áreas contaminadas com matéria orgânica do paciente devem ser limpas, com pano molhado com solução desinfetante, antes que sequem e suas partículas possam ser disseminadas para o ambiente. Jamais fazer qualquer procedimento sem usar EPI. Obs: A responsabilidade da limpeza de substâncias (sangue e etc.) na sala de cirurgia durante o ato cirúrgico (limpeza da sala no trans-operatório) é de responsabilidade da circulante. Faz-se apenas uma desinfecção, retira apenas o material orgânico imediatamente após o acidente. A pessoa da higienização fará a limpeza concorrente ou terminal com supervisão da enfermagem. Solução Desinfetante: Hipoclorito 1% 8.3. Limpeza Concorrente: É realizada após término de cada cirurgia, envolve as tarefas de retirada do material sujo da sala, cuidados com cânulas e frascos de secreções. Deve abranger piso, mobiliário e equipamentos utilizados na Cirurgia limpando um perímetro de 1 a 1,5 metro em torno do campo cirúrgico, desde que não haja sujidade visível além desta área. Procedimento Equipe de Enfermagem: • Separar material descartável e não descartável. Atenção especial com material pérfurocortante que deverá ser descartado em recipiente resistentes e devidamente identificado; • Encaminhar ao expurgo material para serem lavados; • Recolher toda roupa suja e colocá-la no hamper e encaminhá-la para a lavanderia; • Passar álcool a 70% em todo o equipamento e mobiliário, após a limpeza realizada pelo funcionário do SHL; • Ao retirar os instrumentais da mesa cirúrgica colocá-lo na bacia com água e sabão desincrostante da seguinte maneira (material mais pesados e maiores por baixo; abrir todas as pinças e colocá-las na bacia com serrinha para baixo); 36 Equipe da Limpeza: • Limpar todo mobiliário, equipamento com água e sabão; • Limpar o piso com água e sabão e posteriormente passar solução desinfetante; • Colocar baldes e todos mobiliários em seus devidos lugares; • Atentar para técnica de limpeza e desinfecção seguindo direção única (direita para esquerda), nunca voltar pano de área suja para área já limpa; Solução Desinfetante: Hipoclorito 1% 8.4. Limpeza Terminal: É a limpeza realizada diariamente após a última cirurgia programada do dia. Envolve todos procedimentos de limpeza concorrente acrescentando a limpeza de todos mobiliários, equipamentos e piso, lavabo, macas.

Equipe da Limpeza: • Limpar todo mobiliário, equipamento com água e sabão; • Limpar o piso com água e sabão e posteriormente passar solução desinfetante; • Colocar baldes e todos mobiliários em seus devidos lugares; • Atentar para técnica de limpeza e desinfecção seguindo direção única (direita para esquerda), nunca voltar pano de área suja para área já limpa; Solução Desinfetante: Hipoclorito 1% 8.4. Limpeza Terminal: É a limpeza realizada diariamente após a última cirurgia programada do dia. Envolve todos procedimentos de limpeza concorrente acrescentando a limpeza de todos mobiliários, equipamentos e piso, lavabo, macas. 8.5. Sala Contaminada / Rotina:

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São consideradas contaminadas as que contêm: Pus, fezes, escaras contaminadas, pacientes portadores de doença infecto-contagiosa, gangrena e outros. Objetivo: * Evitar infecção cruzada; * Proteção da equipe cirúrgica; * Evitar contaminação de outras salas. Procedimento • Colocar pano molhado em solução desinfetante na sala quando solicitado pela equipe de enfermagem; • Caso respingue secreção no piso, limpar com compressa molhada na solução desinfetante; • Não tocar diretamente em gazes, compressas ou instrumentos contaminados sem luvas; • Proceder a Limpeza Concorrente conforme descrito; 37 8.6. Limpeza Pesada nos Finais de Semana: •••• Lavar o teto, sempre que houver necessidade, chamar a manutenção ou comunicar a sua chefia; •••• Lavar as paredes, portas e janelas; •••• Lavar todo o roda pé usando o removedor; •••• Lavar todos os esgotos da unidade, quando não estiver acontecendo cirurgia; •••• Usar a máquina em todo o piso; •••• Enxugar bem a unidade sabendo que nunca poderá encerar; •••• Lavar com água e sabão todas as pias da unidade. Observação: A funcionária terá que ter a sua própria bota, sua luva, máscara e gorro, sendo de uso exclusivo no centro cirúrgico. Cuidados Importantes: •••• Recolher o lixo da sala após cada cirurgia; •••• Limpar a sala com água e sabão, secar bem a unidade; •••• Sempre que for fazer esta limpeza retirar os móveis do local, para uma boa limpeza; •••• Limpar sempre os cantos; •••• Não tirar água de uma sala para outra; •••• Sempre quando for fazer a limpeza de uma sala, olhar portas paredes para ver se não há secreção nas mesmas; •••• Se for detectado sangue ou secreção no piso, usar o hipoclorito nos locais colocando papel toalha ou papel higiênico; •••• Nas portas e paredes jogar o hipoclorito e lavar com água e sabão fazendo uso da esponja de aço, a cada procedimento jogar a esponja de aço no lixo. 9. Unidade de Pré-Parto: 9.1. Limpeza da Unidade: A. Repouso médico: 38 •••• Limpar das 07:00 às 08:00; •••• Retirar lixo colocando-o amarrado no corredor do fundo; •••• Proceder à limpeza dos móveis; •••• Fazer varredura úmida do quarto; •••• Limpar o piso do quarto com pano embebido em água e sabão; •••• Lavar todo o banheiro conforme rotina; •••• Repor sabonete, papel toalha e papel higiênico, trocar roupa de cama. B. Triagem: • Horário: 08:00 às 09:00; • Retirar o lixo; • Limpar possíveis manchas na parede com água e sabão; • Promover varredura úmida; • Limpar piso com pano embebido com água, sabão e hipoclorito; • Lavar o banheiro da triagem, secar; • Repor papel higiênico, sabonete e papel toalha; • Afastar todos os móveis para limpeza.

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C. Pré Parto: • Horário: 09:00 às 10:00; • Recolher todo o lixo, se houver; • Afastar móveis da parede, retirando o que for possível para o corredor; • Fazer varredura úmida; • Limpar com pano embebido em água, sabão e hipoclorito, tendo o cuidado com as pacientes que estão em deambulação; • Lavar o banheiro, incluindo paredes e piso, secar utilizando o desinfetante. D. Corredor de Acesso: • Horário: 10:30 às 11:00; • Levar todo o lixo para o corredor do fundo; 39 • Limpar com água e sabão, da seguinte forma: dividir corredor ao meio no sentido do comprimento, limpando todo um lado para depois limpar o outro; • Proceder à limpeza no sentido da entrada do corredor ao fundo. Sábado: • Lavar todas as paredes conforme a rotina já citada (isto inclui portas, parapeitos e janelas); • Fazer limpeza de rotina. Domingo: • Lavar o piso com máquina, usando o removedor, não se esquecendo do rodapé; • Proceder ao enxágüe o quanto for necessário para retirar todo o produto utilizado; • Fazer o restante da limpeza de rotina. Quando necessário: • Respingo de sangue ou secreção: absorver com papel higiênico, passar pano embebido com hipoclorito no local, aguardar 30 minutos, fazer limpeza com água e sabão; • Banheiro de pacientes: lavar quantas vezes for necessário, sendo a revisão feita de 30 em 30 minutos. 9.2. Recolhimento do lixo: O recolhimento do lixo será realizado diariamente, de 4/4 horas, sendo: 1ª hora: 07:30 às 08:00 2ª hora: 12:00 às 12:30 3ª hora: 16:00 às 16:30 4ª hora: 20:00 às 20:30 5ª hora: 00:00 às 00:30 6ª hora: 04:00 às 04:30 10. Hemodinâmica: 40 10.1. Limpeza Diária: • Limpar as paredes e portas onde estiver sujo; • Lavar os banheiros; • Limpar o piso com pano úmido, não jogar água. 10.2. Limpeza Pesada: • Lavar as paredes e roda pé; • Lavar os cantos; • Lavar portas e janelas; • Lavar o piso com máquina; • Lavar o banheiro; • Lavar por último o ralo; • Não esquecer de retirar as telhas de aranha. 11. Setor de Radiologia - Raio X: 11.1. Limpeza Diária: • Limpar as salas; • Limpar as paredes quando for solicitado pelo funcionário; • Lavar os banheiros todos os dias jogando água, fazendo o uso do hipoclorito e sapólio;

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• Limpar o piso após ter feito a varredura úmida. 11.2. Limpeza Pesada: • Lavar as paredes todos os finais de semana; • Lavar o roda pé; • Lavar o piso todos os finais de semana; • Lavar os banheiros do teto até o piso e enxaguar bem. 12. Hemodiálise - Unidade de Terapia Renal Substitutiva: 12.1. Limpeza Diária: 41 •••• Limpeza de paredes: Caso haja sangue ou secreções, deverá proceder à limpeza com hipoclorito a 1% sob fricção e após, água e sabão. •••• Limpeza de bancadas e pias: Antes da limpeza do piso, lavar bancadas e pias com água, sabão e esponja de aço. Essa limpeza deverá ser realizada após instalação das sessões de hemodiálise por turno e no final do período e/ou sempre que necessário. •••• Limpeza do piso: Deve-se proceder à varredura úmida, em um único sentido, da área menos contaminada para mais contaminada: Observações: • Na Hemodiálise a limpeza deve começar pela copa, sala de emergência, C.A.P.D, salas negativas I e II, reuso e finalmente o banheiro, ao lavar o banheiro, iniciar pelas paredes, pia, piso e por último o vaso sanitário, onde serão desprezadas as soluções utilizadas. • Deve-se proceder à limpeza da sala positiva com as mesmas técnicas e critérios utilizados nas outras salas; tendo-se o cuidado de manter o material de limpeza de uso exclusivo desta sala. • Na presença de sangue ou secreções, fazer a retirada do excesso com papel toalha, em seguida colocar a solução de hipoclorito a 1% e depois realizar a limpeza com água e sabão. 12.2. Limpeza Semanal: A limpeza semanal deverá seguir a mesma técnica da limpeza diária, porém com critérios diferentes: • Iniciar pelo teto, fazer a retirada de teias de aranhas, manchas ou secreções (utilizando hipoclorito a 1% sob fricção mecânica); • As paredes, janelas, portas, pias bancadas deverão ser lavadas totalmente com água e sabão por fricção mecânica e enxaguar com jato de água; • O piso deverá ser lavado com água, sabão e desinfetante, utilizando a enceradeira. Enxaguar com água em abundância. 12.3. Limpeza da Unidade do Paciente: 42 A limpeza da unidade do paciente na Hemodiálise é de responsabilidade da equipe de enfermagem: •••• Recolher todo o material e resíduo da unidade do paciente; •••• Proceder à limpeza com água e sabão na cadeira e equipamentos; •••• Proceder à desinfecção com álcool a 70%; •••• A unidade do paciente envolve a cadeira, a máquina de diálise e todo o equipamento utilizado durante a seção de Hemodiálise. 13. Laboratório e Banco de Sangue: 13.1. Limpeza Diária: • Fazer a limpeza das salas olhando parede, piso e teto; • Limpar os ventiladores sempre que necessário; • Recolher os lixos a cada três horas; • Sempre fazer o uso de desinfetante no laboratório; • Sempre que terminar a transfusão o funcionário terá que fazer uma boa limpeza na sala; • Não deixar acumular lixo na entrada do laboratório. 13.2. Limpeza Pesada: • Lavar as paredes; • Piso e teto; • Pias e vasos; • Lavar o roda pé todos os finais de semana;

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• Lavar o piso com máquina; • Não jogar água de uma sala para outra evitando assim a contaminação. 14. Farmácia / Almoxarifado e Arsenal A: •••• Recolher todos os lixos a cada 2 horas (caixas de papelão e outros) •••• Limpar a sala com pano úmido; 43 •••• Passar cera; •••• Dar brilho todos os dias. Observação: Quando solicitado pelo alto-falante, devemos atender o mais rápido possível. 14.1. Limpeza Semanal (Finais de Semana): • Lavar o piso com removedor; • Lavar parede e teto; • Em caso de dúvidas procurar a farmacêutica do setor; • Banheiro conforme descrito; • Farmácia já faz uma rotina de reciclagem do material. 14.2. Capela da Farmácia: • A cada 15 dias lavar as paredes, por dentro e por fora, da capela com água e sabão; • Uso diário com álcool a 70% nas paredes; • Esta limpeza é de responsabilidade do Farmacêutico; • Ao funcionário do SHL caberá a limpeza apenas do piso desta seção. 15. Serviço de Nutrição. 15.1. Refeitório (Serviço de Nutrição): • Limpeza diária: Manhã 08:30 / Tarde 14:00 e 18:30 horas; • Manutenção das mesas e cadeiras: 11:00 às 14:00 horas; • Limpeza pesada: Uma vez por semana; • Bebedouro e pia: Diariamente. 15.2. Sala da Nutricionista (Serviço de Higienização): • Limpeza diária: às 16:00 antes da limpeza do refeitório; • Limpeza geral: Quinzenal. A. Banheiro (Serviço de Higienização): • Limpeza diária: às 16:00 ao limpar sala da nutricionista. 44 B. Dispensa (Serviço de Higienização): • Limpeza geral: toda 2ª feira; • Limpeza pesada: Quinzenal. C. Câmara Fria (Serviço de Nutrição): • Piso, parede e sistema de refrigeração: todas as 2ª e 5ª feiras. D. Copa do 3º Andar (Serviço de Nutrição): • Bancada, pia, azulejo, máquinas de lavar: diariamente; • Higienização piso. E. Preparo do Alimento / Cocção: • Bancada, pias, azulejo, fogão e exaustor: Serviço de nutrição - após 12 horas: • Piso, ralo: Serviço de higienização – manhã e tarde. F. Área de Distribuição: • Bancada, balcão térmico: Serviço de nutrição – após as refeições; • Piso, ralo: Serviço de higienização – manhã e tarde. G. Armário Para Armazenar Alimentos (Serviço de Nutrição): • Semanalmente. H. Limpeza Geral da Nutrição (Serviço de Nutrição e Higienização): • Todas as quintas – feiras.

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G. Geladeiras: • Copa – Serviço de nutrição; • Dispensa – Serviço de higienização. 45 Observação: Sábado à tarde e Domingo o dia todo o setor de nutrição será responsável pela limpeza da copa e refeitório. 16. Lavanderia - Serviço de Processamento de Roupa: 16.1. Limpeza Geral: •••• Será realizado 02(duas) faxinas por semana, nas quartas-feiras e sábados. (Cronograma anexo), a partir das 14:00 horas (lavar parede e piso, encerar e dar brilho); •••• Participação da faxina todos os funcionários do S.P.R. conforme escala; •••• A cada 15 (quinze) dias o funcionário da manutenção, ajudará na faxina da unidade realizando a limpeza e retirada das plumas dos equipamentos e retirada de telha de aranha; •••• O cronograma será enviado a todos os supervisores de enfermagem. Aos sábados a partir das 14:00 horas o setor de processamento de roupas não distribuirá roupa até o término da faxina. 16.2. Limpeza Diária: • Jogar água com sabão no piso e arrastar retirando todos os resíduos; • Dividir a lavanderia ao meio; • Lavar o banheiro conforme a solicitação acima; • Arrastar os móveis dos locais; • Limpar todos os cantos e por baixo dos móveis; • Lavar os ralos; • Recolher todos os dias o lixo e lavar os latões. • Lavar as paredes com água e sabão no local onde é torcida a roupa (centrífugas); • Lavar diariamente os banheiros da área limpa e contaminada, as paredes, piso e vaso sanitário usando água, sabão e água sanitária; • Em toda limpeza do piso, deverá ser jogada água e raspado para retirar as plumas; não jogar os restos no esgoto; • Lavar a porta de acesso à lavanderia; • Lavar as janelas na parte interna e externa; 46 • A área contaminada será lavada pelo funcionário da lavanderia, porém, caso haja necessidade será solicitado um funcionário do serviço de higiene e limpeza. • Usar a Máquina de lavar piso todos os sábados. 17. Consultórios, Ambulatório SUS, Centro Médico, Centro Diagnose: •••• Fazer limpeza diária no período diurno e recolher as trocas dos consultórios; •••• Passar pano úmido no piso e limpar o banheiro; •••• Lavar a pia com sapólio, usando esponja de aço; •••• Retirar as telhas de aranha todas as sextas e sábados; •••• Lavar as paredes todos os dias; •••• Os banheiros serão lavados a noite pelo funcionário de plantão, tanto parede, vaso, pia, etc. •••• Fazer a limpeza das vidraças dos balcões, usando limpa vidro ou ajax, todos os dias; •••• Os bancos de cimento sem proteção terão que ser limpos todas as noites e finais de semana; •••• Os bancos do centro médico e centro diagnose terão que ser limpos todos os finais de semana retirando as almofadas; •••• Limpar as mesmas com água, sabão e esponja de aço, todos os dias e realizar uma limpeza pesada nos finais de semana; •••• Ter um cuidado para não molhar as espumas das mesmas; •••• Mesmo no local onde estão os clientes, fazer a varredura úmida com pano limpo; •••• Sempre procurar um momento propício para este serviço. Observação: Nos finais de semana realizar Limpeza Semanal utilizando com uso da enceradeira, disco e o removedor. 17.1. Limpeza Pesada: • Lavar as paredes; • Lavar o roda pé;

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• Lavar o piso com removedor; 47 • Lavar banheiros; • Lavar o ralo retirando a proteção; • Em seguida encerar e dar brilho. 17.2. Limpeza Diária: • Fazer uma limpeza com pano úmido retirando toda sujeira e encerar; • Dar brilho todos os dias; • As pias e os banheiros deverão ser lavados todos os dias; • Recolhimento de lixo rigorosamente; • Usar o desinfetante em todos os consultórios; • O uso do hipoclorito será obrigatório. 17.3. Retiradas dos Chicletes: • Fazer as retiradas dos chicletes a cada 15 dias; • Usar espátula para remoção, preferencialmente no final de semana para não causar tumulto. 17.4. Corredores do Centro Médico, Centro Diagnose, Ambulatório SUS: • Todos os dias passar pano úmido retirando os lixos; • Não deixar os alimentos secar no piso; • Todas as vezes que for solicitado passar o pano no piso. 17.5. Sala de Gesso: •••• A sala de gesso terá que ser limpa em de 30 em 30 minutos; •••• Se necessário recolher o lixo quando houver necessidade; •••• Quando estiver paciente, pedir licença para o funcionário da sala; •••• Lavar a pia; •••• Lavar as paredes; •••• Lavar o piso; •••• Lavar o esgoto; 48 •••• Lavar as cadeiras e as escadas; •••• Lavar as portas da unidade. 18. Administração: 18.1. Limpeza Diária: • Limpar as salas; • Não jogar água em todo o piso; • Limpar com pano úmido; • Encerar de 2 em 2 dias; • Dar brilho todos os dias; • Lavar as salas a cada 15 dias com máquina; • Lavar os banheiros. 18.2. Limpeza Pesada: • Lavar o banco HSBC todas as sextas feiras após as 16:00 horas ou pela manhã; • Lavar as paredes e roda pé a cada 15 dias; • Lavar o piso todas as vezes que houver necessidade; • Após lavar encerar e dar brilho. Observação: Enxaguar o piso com água limpa. 19. Limpeza dos Elevadores: • Limpar as paredes com água e sabão, com esponja que não seja esponja de aço; • Limpar o piso do mesmo com água e sabão se necessário usar palha de aço; • A cada 14 dias limpar o teto com a ajuda do funcionário do sexo masculino; • Sempre usar água limpa não deixando lixo nos cantos e secar a água suja; • Não poderá jogar água no piso em grande quantidade; • Todas as canaletas dos elevadores terão que ser limpas, para não acumular resíduos; 49 • As portas dos mesmos serão limpas todas as manhãs tanto externas como interno,

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limpar os botões que são chamados os mesmos; • Quando estiver limpando o mesmo não poderá estar circulando pessoas; • O pano tem que ser específico para o local; • Saber como o elevador fica parado. Atenção: Quando o elevador estiver parado e houver emergência, liberar o mesmo, tratou de urgência vamos cuidar do que foi solicitado a nós. 20. Casa das Máquinas: • Fazer o sistema de varredura todas as quintas feiras; • Recolher o lixo; • A cada final de mês varrer as grades do 2º andar que dá acesso para a casa das máquinas; • Não acumular lixo neste local. 21. Necrotério: • Limpar o piso todas as manhãs; • Recolher o lixo todos os finais de tarde para ter um bom aspecto; • Lavar as mesas todos os dias; • Lavar as paredes, janelas e portas todos os finais de semana; • Lavar o banheiro diariamente. 21.1. Rotina de Descarte das Placentas: As placentas são colocadas em 02 sacos azuis, com identificação e formol: • Nome da paciente; • Hora e data do parto; • Leito e registro da paciente; • Data da gestação (se possível); • Registrar no rótulo se houve alguma complicação no parto; 50 • Colocar as placentas dentro do balde no corredor externo do Centro Cirúrgico; • Serão recolhidas pelo funcionário do SHL; • Encaminhar ao necrotério e colocar nos baldes de acordo com a identificação de cada um; • A placenta fica no hospital por 24 horas (as placentas de parto complicado, quando identificadas, serão deixadas em observação por mais dias); • Após 24 horas, são encaminhadas ao cemitério para sepultamento em cova rasa; • Identificação dos baldes: Os baldes são identificados de acordo com os dias em que as placentas são encaminhadas ao necrotério: Domingo, Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado; • As placentas recolhidas até 72 horas: - Domingo: recolher na quarta-feira; - Segunda-feira: recolher na quinta-feira; - Terça-feira: recolher na sexta-feira; - Quarta-feira: recolher no sábado; - Quinta-feira: recolher na segunda-feira; - Sexta-feira: recolher na segunda-feira; - Sábado: recolher na terça-feira. A. Rotina de Sepultamento das Placentas: • Registrar em Livro de Registro próprio na Chefia de Enfermagem o nome da Parturiente, e o tipo de parto (Normal ou Cesariana); • Levar declaração de declaração de sepultamento em duas vias (uma via é do cemitério e outra é da Instituição), não esquecendo de pegar o visto do funcionário do cemitério; • A via da declaração da instituição é anexada no Livro de Registro de placentas e membros (fonte de informação). 21.2. Rotina de Descarte de Membros Amputados: • O médico deverá fazer uma declaração de encaminhamento do membro (2 vias), contendo: - Nome do paciente; 51 - Registro; - Hora e Data da Amputação; - Parte do corpo amputada;

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- Carimbar e assinar (obrigatório). • A enfermagem deverá embalar o membro em saco branco leitoso, devidamente identificado (mesmos dados da declaração feita pelo médico); • Se houver extravio da declaração, a mesma deverá ser novamente solicitada ao médico que realizou o procedimento; • O Maqueiro encaminhará o membro ao necrotério e as 2 vias da declaração à Chefia de Enfermagem; • O funcionário do SHL deverá colocar o membro ensacado em caixa de papelão lacrando-a com fita crepe; • Avisar a Supervisão do SHL. A. Rotina de Sepultamento dos Membros: • Registrar em Livro de Registro próprio na Chefia de Enfermagem o nome do paciente, registro, leito, horário, data e membro amputado; • Levar declaração de declaração de sepultamento em duas vias (uma via é do cemitério e outra é da Instituição), não esquecendo de pegar o visto do funcionário do cemitério; • A via da declaração da instituição é anexada no Livro de Registro de placentas e membros (fonte de informação). 22. Limpeza da Área Externa: • Fazer o sistema de limpeza em todas as portarias recolhendo os lixos; • Retirar todos os lixos do estacionamento; • Varrer todo o pátio; • Recolher os lixos dos cestos; • Jogar água em todos os jardins; • Tirar as telhas de aranha das coberturas externas; • Recolher os lixos das portarias de 3 em 3 horas; • Usar a bomba de vácuo para retirada de terra do piso; 52 • As portarias são de prioridade para o hospital, pois é à entrada dos nossos clientes; • Preparar o lixo reciclado como caixas e outros, juntamente com o lixo da farmácia. 23. Limpeza do Abrigo de Resíduos: • Lavar o ambiente diariamente: Esfregar com vassoura, o piso, as paredes, usando água e sabão; • Lavar a rampa com água e sabão ,esfregando com vassoura piaçava; • Manter a porta sempre fechada; • Lavar os conteirners todos os dias: partes internas e externas; • Lavar os carrinhos de coleta interna (partes externas e internas), fazer a limpeza das rodas lubrificando-as; • Os abrigos (para resíduos infectantes, químicos e comuns) são lavados da mesma maneira; • EPI´s: os equipamentos de proteção individual são obrigatórios – Capote, luva de borracha, gorro, botas, máscara cirúrgica. IV. RESPONSABILIDADES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA LIMPEZA DO AMBIENTE HOSPITALAR: 1. Colaborar com o funcionário do Serviço de Higienização e Limpeza, quando o mesmo estiver realizando a limpeza do ambiente; 2. Comunicar ao funcionário do Serviço de Higienização e Limpeza o momento certo de realizar a limpeza da unidade do paciente; • Quando alta, transferência ou óbito; • Quando internação prolongada (de 15/15 dias). 3. A enfermagem deverá desocupar o leito e solicitar a limpeza do mesmo nos casos de internação prolongada (15/15 dias); 53 4. Solicitar a limpeza terminal da unidade do paciente sempre que necessário; 5. Realizar a desinfecção de materiais, equipamentos, bancadas e macas e da unidade do paciente com álcool à 70%; • Embeber o pano no álcool e fazer 03 fricções locais por 30 segundos, deixando a

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superfície secar espontaneamente; • Manter o frasco rotulado com nome da solução, validade, data da abertura e assinatura; • O prazo máximo para uso da solução, após a abertura, é de 07 dias; • Proceder a limpeza do local a ser limpo, com água e sabão, antes da desinfecção se o mesmo tiver presença de matéria orgânica (no caso de ser a unidade do paciente solicitar a limpeza ao funcionário do SHL); 6. Recolher roupas, comadres, compadres e qualquer outro material utilizado na assistência ao paciente, para que o funcionário do SHL proceda a limpeza da enfermaria e da unidade do paciente: • No que diz respeito à unidade do paciente estão incluídos: a cama, o suporte de soro, a escadinha, a mesinha de cabeceira, a mesa de refeição, o cesto de lixo e demais mobiliários utilizados durante a assistência ao paciente. 7. Esvaziar a geladeira para limpeza e fazer a desinfecção com água a 70% da geladeira após limpeza. 8. Na Hemodiálise a limpeza da unidade do paciente é responsabilidade da equipe de enfermagem: cadeira, máquina de diálise e outros equipamentos utilizados durante a seção.

PRECAUÇÃO DE CONTATO

Precaução PadrãoDevem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções.

PRECAUÇÃO DE CONTATO

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PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS COM AEROSSÓIS

PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS COM GOTÍCULAS