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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR: UMA REFLEXÃO
COLETIVA, ENVOLVENDO EDUCADORES E PROFISSIONAIS DO
COLÉGIO ESTADUAL PADRE GUALTER FARIAS NEGRÃO.
Autora: Maria Ordália Martins Gomes1
Orientadora: Jaqueline D. Paschoal2
RESUMO
A finalidade deste trabalho é analisar criticamente o processo de avaliação na, organização do trabalho pedagógico dos professores do Colégio Estadual Padre Gualter Farias Negrão. Justifica-se a intenção desse estudo, pois é necessário refletir sobre as dificuldades que os professores encontram ao avaliar o aluno no cotidiano escolar. Do ponto de vista prático nem sempre o instrumento utilizado é elemento que acolhe o aluno no processo de ensino e aprendizagem e, sim, mensura e quantifica o rendimento do mesmo. Como metodologia, utilizou-se da Pesquisa Bibliográfica e de campo. Os resultados apontam que os professores têm conhecimento acerca da avaliação como um processo que contribui para a construção do conhecimento do aluno. No entanto, nem todos utilizam essa forma de avaliar. Assim, faz-se necessário um novo pensar frente à ação pedagógica de modo a contribuir para uma avaliação como prática mais humanizadora e menos excludente. Para tanto, o objetivo maior é proporcionar uma reflexão coletiva e envolvente frente a um olhar reflexivo às questões inerentes a prática diária de Professores e Funcionários tendo como foco principal o desenvolvimento integral do aluno no âmbito educacional.
Palavras- chave: Avaliação, Professor, Aluno, Ensino e Aprendizagem.
Introdução
O presente trabalho artigo foi elaborado com muito estudo e cuidado,
tendo o intuito de envolver o corpo docente e demais funcionários na busca
contínua de estudos, reflexões e análises sobre o processo de Avaliação da
1Graduada em Pedagogia, pós-graduada em Educação Especial. Pedagoga no Colégio
Estadual Padre Gualter Farias Negrão de Cruzmaltina.
2Doutora em Educação Docente no Departamento de educação da Universidade Estadual de
Londrina.
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Aprendizagem X Sistema de Avaliação Institucional vivenciados nas escolas
públicas do Estado.
Foi pensando em dar subsídio às discussões e buscar a melhoria do
aprimoramento individual e o desempenho de forma coletiva por um mesmo
objetivo que se justifica a proposta de estudos através de Oficinas de Estudos,
pois somente conseguiremos fazer a diferença na qualidade profissional a
partir do momento em que buscarmos desafiar nossa própria capacidade
intelectual, saindo do estado apático e estático uma vez que educar vai além
de ensinar, porque aprender é sobretudo trocar saberes, é aprender juntos,
compartilhar e discutir as experiências, é vivenciar e estabelecer convívio com
o outro no que diz respeito a construção de novos conhecimentos.
Pretende-se através desta iniciativa demonstrar a importância do
trabalho e estudos coletivos, auxiliando e conscientizando os profissionais a
repensarem sua ação pedagógica porque o sucesso da aprendizagem do aluno
dependerá e muito do esforço e dedicação do educador.
A Avaliação no processo de ensino e aprendizagem: Algumas considerações.
A prática da avaliação em nossas escolas tem sido criticada, sobretudo
por reduzir-se a sua função de controle, mediante a qual se faz uma
classificação quantitativa dos alunos relativa às notas que obtiveram nas
provas. Os professores não tem conseguido usar os procedimentos de
avaliação que sem dúvida, implicam o levantamento de dados por meio de
testes, trabalhos escritos etc. para atender a sua função educativa. Em relação
aos objetivos, funções e papel da avaliação na melhoria das atividades
escolares e educativas, têm se verificado na prática escolar alguns equívocos
que convém explicitar.
O mais comum é tomar a avaliação unicamente como o ato de aplicar
provas, atribuir notas e classificar os alunos. O professor reduz a avaliação à
cobrança daquilo que o aluno memorizou e usa anota como instrumento de
controle. Ainda hoje há professores que se vangloriam por deter o poder de
3
aprovar ou reprovar. “Quantas vezes se ouvem afirmações inteiramente falsas
sobre o que deve ser um trabalho docente de qualidade, como por exemplo: “O
professor X é um exemplo, reprova mais da metade da classe”,” O ensino
naquela escola é muito puxado, poucos alunos conseguem aprovação”. Tal
ideia é descabida, primeiro porque a atribuição de notas visa apenas o controle
formal, com objetivo classificatório e não educativo; segundo, porque o que
importa é o veredicto do professor sobre o grau de adequação e conformidade
do aluno ao conteúdo que transmite. Essa atitude ignora a complexidade de
fatores que envolvem o ensino, tais como os objetivos de formação, os
métodos de procedimentos do professor, a situação social dos alunos, as
condições e meios de organização de ensino, os requisitos prévios que tem os
alunos de assimilar matéria nova, as diferenças individuais, o nível de
desenvolvimento intelectual, as dificuldades de assimilação devido as
condições sociais, econômicas,culturais adversas dos alunos. Ao fixar critérios
de desempenho unilaterais, o professor avalia os alunos pelo seu mérito
individual, pela sua capacidade de se ajustarem aos deus objetivos,
independentemente das condições do ensino e dos alunos e dos fatores
externos e internos que interferem no rendimento escolar.
O outro equívoco é utilizar a avaliação como recompensa aos “bons”
alunos e punição para os desinteressados ou indisciplinados. As notas se
transformam em armas de intimidação e ameaça para uns e prêmios para
outros. É comum a prática de dar e tirar “ponto” conforme o comportamento do
aluno, ou a preocupação excessiva pela exatidão da nota, às vezes reprovando
alunos por causa de décimos. Nestas circunstâncias, o professor exclui o seu
papel d docente, isto é, o de assegurar as condições e meio pedagógico-
didáticos para que os alunos sejam estimulados e aprendam sem necessidade
de intimidação.
O terceiro equívoco é o dos professores que, por confiarem demais em
seu “olho clínico”, dispensam verificações parciais no decorrer das aulas. Neste
caso, o prejuízo dos alunos é grande, uma vez que sue destino costuma ser
traçado logo nos primeiros meses do ano letivo, quando o professor estabelece
quem passa e quem não passa de ano. Os condenados a repetência são
isolados no canto da sala de aula e, não raro, abandonam a escola.
4
O quarto equívoco é daqueles professores que rejeitam as medidas
quantitativas de aprendizagem em favor de dados qualitativos. Consideram
que as provas de escolaridade são prejudiciais ao desenvolvimento autônomo
das potencialidades e da criatividade dos alunos. Acredita que, sendo a
aprendizagem decorrente preponderantemente da motivação interna do aluno,
toda situação de prova leva à ansiedade, à inibição e ao cerceamento do
crescimento pessoal. Por isso recusam qualquer quantificação dos dados.
Os equívocos aqui apontados mostram duas posições extremas em
relação à avaliação escolar: considerar apenas os aspectos quantitativos ou
apenas os qualitativos. No primeiro caso, a avaliação é vista apenas como
medida e, ainda assim, mal utilizada. No segundo caso, a avaliação se perde
na subjetividade de professores e alunos, além de ser uma atitude muito
fantasiosa quanto aos objetivos da escola e à natureza das relações
pedagógicas.
O entendimento correto da avaliação consiste em considerar a relação
mútua entre os aspectos quantitativos e qualitativos. A escola cumpre uma
função determinada socialmente, a de introduzir as crianças e jovens no mundo
da cultura e do trabalho; tal objetivo social não surge espontaneamente na
experiência das crianças jovens, mas supõe as perspectivas traçadas pela
sociedade e um controle por parte do professor. Por outro lado, a relação
pedagógica requer a interdependência entre influências externas e condições
internas dos alunos; o professor deve organizar o ensino, mas o seu objetivo é
o desenvolvimento autônomo e independente dos alunos. Desse modo, a
quantificação deve transformar-se em qualificação, isto é, numa apreciação
qualitativa dos resultados verificados.
É verdade que a atitude de dar notas somente com base em provas
escritas te limitações. As provas frequentemente são empregadas apenas para
medir capacidade de memorização. Os livros didáticos e as tarefas dadas pelos
professores estão repletos de exercícios desse tipo. Os professores por sua
vez, têm dificuldades em avaliar resultados mais importantes do processo de
ensino, como a compreensão, a originalidade, a capacidade de resolver
problemas, a capacidade de fazer relações entre fatos e ideias etc.
Entretanto, as provas escritas e outros instrumentos de verificação são
meios necessários de obtenção de informações sobre o rendimento dos
5
alunos. A escola, os professores, os alunos e os pais necessitam de
comprovação quantitativa e qualitativa dos resultados do ensino e da
aprendizagem para analisar e avaliar o trabalho desenvolvido. Além disso, por
mais que o professor se empenhe na motivação interna dos alunos, nem
sempre conseguirá deles o desejo espontâneo para o estudo. As crianças
precisam de estimulação externa, precisam sentir-se desafiadas a fim de
mobilizarem suas energias físicas e intelectuais.
Portanto, se os objetivos e conteúdos são adequados às exigências da
matéria e às condições externas e internas de aprendizagem dos alunos e se o
professor demonstra um verdadeiro propósito educativo, as provas
dissertativas ou objetivas, o controle, o controle de tarefas e exercícios de
consolidação e outros tipos de verificação são vistos pelos alunos como efetiva
ajuda ao seu desenvolvimento mental, na medida em que mostram evidências
concretas da realização dos objetivos propostos.
Na sociedade contemporânea, a escola é considerada, um espaço
social com objetivo explícito, o desenvolvimento das potencialidades físicas,
cognitivas e afetivas dos alunos, onde as aprendizagens acontecem por meio
dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores)
que, aliás, deve acontecer de maneira contextualizada desenvolvendo nos
educandos a capacidade de tornarem-se cidadãos participativos na sociedade
em que vivem.
Para tanto o papel da escola, é de fazer do seu ambiente um meio que
favoreça o aprendizado, e não apenas um ponto de encontro e sim, um lugar
para descobertas de forma prazerosa e funcional. Coforme Libâneo (2005)
Devemos inferir, portanto que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove, para todos os domínios dos conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos. (LIBÂNEO, 2005, p.117).
A escola tem por dever oferecer e favorecer o aprendizado, onde haja
o entendimento sobre a importância do conhecimento para o futuro do aluno,
haja visto que o seu aprendizado seja a segurança que irá garantir o seu
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espaço no mercado competitivo, onde ele buscará sempre conhecer e
aprender cada vez mais, já que “o grande desafio é o de incluir, nos padrões de
vida digna os milhões de indivíduos excluídos e sem condições básicas para se
constituírem cidadãos participantes de uma sociedade em permanente
mutação” (LIBÂNEO, 2005, p.116).
Avaliação: reflexão de um sistema seletivo
Sem considerar que há causas, fora da escola, que condicionam as
dificuldades e insucessos dos alunos, é preciso verificar também, dentro da
escola, como estas vem tratando as suas dificuldades e produzindo os seus
fracassos. Reconhece-se que, também na escola, por meio de mecanismos
mais ou menos explícitos, há uma prática discriminatória que acentua um
processo de seleção e manutenção da hierarquia social. Aí situa-se o processo
de avaliação da aprendizagem que reflete e é um reflexo da dinâmica escolar.
Os relatos evidenciaram que a função principal da avaliação consiste
em discriminar aos alunos, ou seja, classificá-los. Esse processo classificatório
que, no dizer dos profissionais, visa a selecionar os alunos que são capazes de
prosseguir os estudos na série subsequente, quando visto da perspectiva
social, significa a eliminação dos alunos vindos de classes sociais mais
desfavorecidas. “Qualquer quadro estatístico dos muitos correntes comprovam
que a porcentagem de indivíduos das classes baixas é alta nas séries iniciais,
reduzindo-se a partir daí para quase deixar às classes média e alta o total
percentual, nas séries finais de escolarização” (SANTOS, 1978, p.94).
A exclusão dos alunos das classes populares concretiza-se quando a
escola não interage com as suas condições concretas de vida como grupo
social. Assim, o saber escolar é transmitido de forma desvinculada da cultura
de origem dos alunos e a avaliação visa verificar o domínio desse saber;
consequentemente, não interage com as condições específicas dos alunos das
classes populares, não legitimando nem sequer considerando seu saber.
Dessa forma, está-se “dissimulando a seleção social sob as aparências da
seleção técnica e legitimando a reprodução das hierarquias sociais pela
7
transmutação das hierarquias sociais em hierarquias escolares” (BOURDIEU E
PASSERON, 1975, p.163).
Se a maioria da clientela da escola pública pertence às classes
populares, sabe-se, em contrapartida que essa mesma escola é pensada e
estruturada para uma criança idealizada. São assim excluídos os alunos de
origem desfavorecida social e economicamente, pois é que mais se distanciam
das expectativas, exigências e normas que caracterizam a dinâmica escolar,
que em última instância representa a dissimulação da seleção social.
Soares (1981), ao analisar a função real que a avaliação desempenha
no sistema de ensino, assim se manifesta:
É um dos mais eficazes instrumentos do controle da oferta e do aproveitamento de oportunidades educacionais e sociais e de dissimulação de um processo de seleção em que, sob uma aparente neutralidade e equidade, a alguns são oferecidas sucessivas oportunidades educacionais e, em consequência, oportunidades sociais, enquanto os outros essas oportunidades são negadas, processo que se desenvolve segundo critérios que transcendem os fins declarados da avaliação. Segundo esses fins declarados, a avaliação educacional pretende verificar se o estudante alcançou, e em que grau, os objetivos que se propõe o processo de ensino. Implícita e mascaradamente, a avaliação exerce o controle do conhecimento e, dissimuladamente, o controle das hierarquias sociais (SOARES, 1981, p.47).
Nos depoimentos dos profissionais, duas tendências manifestaram-se
quanto a como analisar o desempenho escolar. Há os que analisam o
desempenho insuficiente do aluno, independentemente da consideração de
suas condições sociais e econômicas e, assim, optam pela reprovação, sem
ponderar quaisquer fatores que possam ter condicionado tal desempenho, e,
também, não ponderam as consequências da reprovação. Outros há que
propõem a adaptação dos critérios de exigência quanto aos conteúdos
escolares ao ritmo da clientela da escola e a adoção de critérios de julgamento
que evitem, a qualquer custo, a reprovação.
Mas tanto a postura que leva à abstração das causas do baixo
aproveitamento do aluno e das consequências de sua reprovação com a que
propõe menor nível de exigência dos alunos das classes populares mostram-se
discriminatórias.
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Com a afirmação de que a todos forma oferecidas oportunidades
iguais, negam-se as diferenças dos alunos decorrentes das classes sociais de
que provêm. Com o discurso da igualdade de oportunidades, o fracasso
escolar é atribuído a características individuais, mascarando-se as
desigualdades sociais. Também não é ponderado com a escola lida com a
repetência e qual o seu significado para o aluno. A repetência não gera um
trabalho subsequente que garanta a aprendizagem do que não foi aprendido.
Os que são reprovados repetem a série toda sem consideração do seu estágio
de aprendizagem e das dificuldades que apresentavam quando da reprovação,
isso quando não abandonam a escola.
Também o facilitar a aprovação não permite reduzir verdadeiramente o
fracasso, pois esta se dá como uma medida isolada, não acompanhada de um
trabalho subsequente que efetivamente dê condições de superação das
dificuldades. E, com já comentado, um nível de exigência menor como meio de
evitar o abandono da escola é um dissimulador do fracasso escolar, pois o
aluno, ao enfrentar situações que exijam confronto de seus conhecimentos,
tende a fracassar, pois a adequação do ensino às condições do aluno
representa, em última instância, uma adaptação do ensino às desigualdades
sociais. “Canalizam-se, controlam-se e limitam-se as possibilidades do
indivíduo, na ilusão de que isto está sendo feito em seu benefício e em função
de suas capacidades naturais, quando, na verdade, se está amarrando
irremediavelmente o indivíduo à posição desfavorável que tem na hierarquia
social” (SOARES, 1981, p.49).
Sem dúvida, não é possível repensar a avaliação de forma isolada,
pois ela reflete uma concepção de educação, de escola e de sociedade, sendo
dela um reflexo. Entretanto repensar a avaliação é caminho possível para
trilhar em busca do rendimento da totalidade do processo pedagógico.
Assim, a avaliação da avaliação, pelos agentes que atuam na escola,
pode conduzir uma análise e a um redirecionamento do modo de funcionar da
escola, levando a uma posição compromissada com os alunos que a
frequentam. Dessa maneira, parece-nos que o avanço inicial deve ocorrer na
direção de que seja aclarado, pelos agentes escolares, o real sentido que vem
assumindo a avaliação da aprendizagem, no processo escolar, aprofundando a
9
discussão dos princípios e fins do processo avaliativo e, a partir daí, do próprio
projeto político pedagógico que é vivenciado pela escola.
A avaliação faz parte do sistema educacional, portanto está
estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96), a
qual segundo Albuquerque (2003) destaca que esta deve atender:
A exigência da elaboração e execução da proposta pedagógica da escola, assegurando a participação dos professores nesse processo de construção. Cumprimento do plano de trabalho docente, segundo a proposta pedagógica. Zelar pela aprendizagem dos alunos e estabelecer estratégias de recuperação para os alunos com menor rendimento. (ALBUQUERQUE, 2003, p.49)
A avaliação do ponto vista da legislação anunciou avanços, os quais
são frutos de muitas lutas e discussões pela democratização no Brasil. Por isso
trouxe modificações anunciando novas proposições em relação à formulação e
gestão da avaliação da aprendizagem, com um enfoque maior da qualidade da
aprendizagem.
No tocante a LDB 9394/96 no capítulo II que trata da Educação Básica
e suas disposições gerais, no art. 24, no inciso V. trata do rendimento escolar:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais. (CARNEIRO, 2002).
Sendo assim, conforme argumenta o autor acima e a própria LDB
9394/96, os critérios de sustentação da avaliação do rendimento escolar
voltam-se para dois tipos de avaliação: a qualitativa e a quantitativa. A
qualitativa se baseia no processo contínuo e cumulativo da avaliação, sendo
assim, menos processo de medição e, mais, busca de aferição do
conhecimento contextualizado.
È importante destacar que a avaliação abrange valores, atitudes,
crenças, concepções educacionais, temores e, principalmente, poder. Estar
ciente que todos os aspectos envolvidos em um processo avaliativo é o melhor
passo, seguramente para que se possa cumprir o verdadeiro papel da
avaliação, qual seja o de possibilitar ao aprendente o fortalecimento dos pontos
positivos e a superação dos deficitários.
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Com tal abrangência, a avaliação no contexto escolar possibilita a
identificação das dificuldades, dos sucessos e fracassos, apoiando
encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam elas
de natureza pedagógica, administrativa ou estrutural. Pois avaliar é muito mais
que aplicar um teste, uma prova ou fazer uma observação. O essencial não é
saber se um aluno merece esta ou aquela nota, este ou aquele conceito, mas
fazer da avaliação um instrumento auxiliar da aprendizagem, examinando o
grau de adequação entre um conjunto de informações ao conjunto de critérios
adequados ao objetivo fixado com uma finalidade de tomar uma decisão mais
adequada.
A Representação dos professores sobre a prática avaliativa na sala de
aula.
A Implementação deste trabalho foi realizada no colégio Estadual
Padre Gualter Farias Negrão, localizado no município de Cruzmaltina. As
Oficinas de Estudos propostas no Projeto transcorreram em uma das salas do
Colégio Estadual onde contou com a participação de 09 professores das
diversas áreas do conhecimento e 07 funcionários do estabelecimento de
Ensino.
O objetivo foi promover um estudo coletivo e reflexivo acerca do
processo de Avaliação Escolar, uma vez que o assunto é polêmico e de grande
desfio no entendimento e no enfrentamento cotidiano na prática pedagógica
dos professores em sala de aula. A proposta é de estudo em grupo, onde as
pessoas possam baseados em textos, vídeos clipe e atividades pré-
elaboradas, estudar, trocar ideias e experiências, dar sugestões, discutir,
debater e chegar a conclusões. Sabemos e temos consciência que o problema
não será resolvido apenas com esta iniciativa, porém não deixa de ser uma
contribuição para que os envolvidos reconheçam a importância de estudar,
atualizar, aprimorar para melhor esclarecer sobre as metodologias para um
ensino mais eficaz e de qualidade a todos.
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Dos 18 Professores participantes, verificou-se que somente 5 são
formados na área de exatas, cujos cursos são: 3 ciências biológicas, 1 química
e 1 matemática. Já os outros 13 professores são da área de humanas cujos
cursos são: 2 pedagogia, 5 letras, 1 artes visuais, 2 história, 2 geografia e 1 ed.
Física. O tempo de atuação desses profissionais variam de 5 meses a 30 anos
de serviço prestados ao magistério, sendo: 1 professor 5meses, 1prof. 2 anos,
1 prof. 3 anos, 2- 5 anos, 2- 6 anos, 2- 7 anos, 1- 10 anos, 1-13 anos, 2- 14
anos, 1- 19 anos, 1- 20 anos,1 – 22 anos e 2 - 30 anos.
No que diz respeito à área de atuação, observou-se que todos os
participantes, atuam nas disciplinas de suas áreas de formação inicial. De
modo geral um dado importante observado é que esses profissionais lecionam
dentro de suas respectivas áreas de formação acadêmica.
Ao perguntar para os participantes qual a função da escola na
sociedade atual, verificou-se que foi unânime o pensamento dos professores
ao enfatizarem que a escola tem como objetivo principal não só a transmissão
dos conhecimentos sistematizados pela humanidade, mas o desenvolvimento
da cidadania e o crescimento profissional e pessoal do aluno. Outro dado
importante diz respeito ao papel da escola como espaço de acolhimento e
respeito à diversidade dos educandos. È importante ressaltar, no entanto que
os participantes têm consciência que a escola está perdendo seu espaço de
formação acadêmica ao assumir o papel que é da família.
A escola, no desempenho de sua função social de formadora de
sujeitos históricos, precisa ser um espaço de sociabilidade que possibilite a
construção e a socialização do conhecimento produzido, tendo em vista que
este conhecimento não é dado a priori. Trata-se do conhecimento vivo e que se
caracteriza como processo em construção.
Segundo Frigotto (1999), a escola é uma instituição social que,
mediante sua prática no campo do conhecimento, dos valores, atitudes e,
mesmo por sua desqualificação, articulam determinados interesses e
desarticula outros. Nessa contradição existente no seu interior, está a
possibilidade da mudança, haja vista as lutas que aí são travadas. Portanto
pensar a função social da escola implica repensar o seu próprio papel, sua
organização e os atores que a compõem.
12
Para Petitat (1994), a escola contribui para a reprodução da ordem
social. No entanto ela também participa de sua transformação, às vezes
intencionalmente. Outras vezes, as mudanças se dão, apesar da escola.
Assim, pensar a função social da educação e da escola implica em
problematizar a escola que temos na tentativa de contribuirmos à escola que
queremos. Nesse processo a articulação entre os diversos segmentos que
compõem a escola e a criação de espaços e mecanismos de participação são
prerrogativas fundamentais para o exercício do jogo democrático, na
construção de um processo de gestão democrática.
Na segunda questão que é relacionada à opção pela carreira do
magistério, verificou-se que 14 professores responderam ser por vocação e
admiração a profissão, 3 professores disseram ser por influência da família, 1
professor disse porque terminou a Faculdade de matemática e Física e logo em
seguida fez o concurso, passou e se tronou professor disse não ser planejado.
Na opinião dos professores a educação e o relacionamento com os
alunos (jovens) que frequentam a escola que eles trabalham em geral é boa,
relevante, razoável, existe sim amizade e respeito, talvez por ser uma escola
de campo e de pequeno porte. Os alunos do período noturno nem sempre
estão dispostos a estudar com afinco, não apresentam perspectivas de estudo
superior, não demonstram interesse em aprender (pode ser pelo cansaço), mas
em relação a outras escolas e por ser um município pequeno o relacionamento
e a comunicação é tranquila e sociável.
A avaliação educacional é um processo de reflexão coletivo e não
apenas a verificação de um resultado pontual. Esta é a maneira mais adequada
de se pensar a avaliação em quaisquer níveis: como processo destinado a
promover o permanente crescimento. Há que se medir, mas esta não é a parte
mais importante; há que se avaliar – esta sim é fundamental. Avaliar é
promover no coletivo a permanente reflexão sobre os processos e seus
resultados, em função de objetivos a serem superados. Avaliar supõe em
algum grau e de alguma forma, medir. Mas medir, certamente, não é avaliar.
Portanto, a avaliação é uma categoria intrínseca do processo ensino-
aprendizagem, por um lado, e do projeto político pedagógico da escola, por
outro. Não pode ser separada dele como se pretende com as avaliações
centralizadas. Ela só tem sentido dentro da própria organização do trabalho
13
pedagógico do professor e da escola. Há, portanto, que reafirmar a confiança
no professor e na escola.
A avaliação deve ser feita pelo e para o professor/aluno e só,
secundariamente, deve ser um “dado” para o sistema. Não se mede ou se
avalia para o sistema, mas sim para o professor e seu coletivo imediato- a
escola. As mudanças necessárias devem ser processadas ao nível do projeto
político-pedagógico da escola, discutido e implementado coletivamente, ao
amparo do poder público.
Das atividades realizadas no cotidiano da escola dos 18 Professores
15 responderam ser mais complexa a “avaliação” devido ao próprio sistema e a
especificidade que é própria de cada disciplina porque o parâmetro
estabelecido nem sempre corresponde com o trabalho realizado, porque a
avaliação escolar julga somente a assimilação dos escolares, desconsiderando
o educando em seus aspectos: afetivos, social e psicológico. É muito difícil
avaliar, pois estamos lidando com uma diversidade de pessoas em sala de aula
que possuem habilidades (inteligências) diferentes. Segundo os professores ao
avaliar os alunos precisamos também nos avaliar, pois o que eles irão aprender
dependerá muito da forma com que ensinarei. Avaliar é um ato extremamente
complexo, cuja responsabilidade não é competência única do Professor, mas
sim, de todos os elementos integrantes do processo educacional. 2
Professores responderam “conselho de classe” porque é o momento que se
pode falar de cada aluno em especial, mas as vezes esta função é distorcida e
o Conselho acaba aprovando alunos que teriam condições de serem
aprovados por seus próprios méritos entre outros assuntos que são
necessários.
Um professor acha o ‘planejamento’, diz que é difícil adaptar os
conteúdos à realidade dos alunos e que os recortes históricos devem estar em
sintonia com a finalidade que se deseja alcançar e nem sempre é assim que se
procede.
Sobre a importância do planejamento e da avaliação no
desenvolvimento das atividades do professor na sala de aula foi unânime a
seguinte colocação: O planejamento é o cerne do trabalho do professor, pois é
ele que desencadeia as ações e é através dele que o professor FOCA os
14
objetivos dos conteúdos a serem ensinados e somente através das avaliações
é que o professor terá uma visão se houve ou não aprendizagem e a partir daí
onde é que precisamos melhorar ou até mesmo rever meu planejamento, bem
como minha prática pedagógica.
Ao questionar sobre quais tipos de instrumentos os professores
utilizam para avaliar seus alunos e o porquê de tais opções e métodos a
grande maioria respondeu: Todos os métodos possíveis procuram diversificar,
alternar os instrumentos permitindo momentos teóricos e momentos práticos,
tentando inovar para não tornar monótono o ensino. Devemos oportunizar
vários métodos de avaliações de modo a atingir a todos. 4 Professores
responderam que gostam de aplicar provas porque provas demonstram o
conhecimento individual de cada um, porém os trabalhos e apresentações dão
a oportunidade ao aluno de ampliar e compartilhar seus conhecimentos
também.
Ao indagar sobre como os professores se capacitam para enriquecer
sua prática em sala de aula a resposta na grande maioria foi que é através de
cursos, eventos, seminários ofertados pela SEED, cursos de formação
continuada, semana pedagógica, cursos on-line, pesquisas em site do dia-a-dia
educação, cursos em rede, cursos presenciais, leituras, filmes enfim buscam
meios para melhorar cada vez mais o desempenho profissional. Dos 18
professores entrevistados 1(uma) professora já havia participado e concluído o
PDE.
O trabalho docente é uma atividade consciente e sistemática, em cujo
centro está a aprendizagem ou o estudo do aluno sob a direção do professor. A
complexidade deste trabalho não se restringe à sala de aula; pelo contrário,
está diretamente ligado a exigências sociais e à experiência de vida dos
alunos.
O planejamento é um processo de racionalização, organização e
coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática
do contexto social. A ação de planejar, portanto não se reduz ao simples
preenchimento de formulários para controle administrativo; é antes, a atividade
consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em ações político-
pedagógicas e tendo como referência permanente as situações didáticas
concretas.
15
Em primeiro lugar, o plano é um guia de orientação, pois nele são
estabelecidas as diretrizes e os meios de realização do trabalho docente.
Como a sua função é orientar a prática, partindo das exigências da própria
prática, ele não pode ser um documento rígido e absoluto, pois uma das
características do processo de ensino é que está sempre em movimento, está
sempre sofrendo modificações face às condições reais. Especialmente em
relação aos planos de ensino e de aulas, nem sempre as coisas ocorrem
exatamente como foram planejadas: por exemplo, certos conteúdos exigirão
mais tempo do que o previsto; o plano não previu um período de levantamento
de pré-requisitos para iniciar a matéria nova; no desenvolvimento do programa
houve necessidade de maior tempo para consolidação etc. São necessárias,
portanto, constantes revisões.
Em segundo lugar o plano deve ter uma ordem sequencial,
progressiva. Para alcançar os objetivos, são necessários vários passos, de
modo que a ação docente obedeça a uma sequencia lógica.
Em terceiro lugar, devemos considerar a objetividade. Por objetividade
entendemos a correspondência do plano com a realidade à que vai aplicar.
Não adianta fazer previsões fora das possibilidades humanas e matérias da
escola, fora das possibilidades dos alunos.
Em quarto lugar, deve haver coerência entre os objetivos gerais, os
objetivos específicos, conteúdos, métodos e avaliação. Coerência é a relação
que deve existir entre as ideia e a prática.
Em quinto lugar, o plano deve ter flexibilidade. No decorrer do ano
letivo, o professor está sempre organizando e reorganizando e seu trabalho.
Como dissemos, o plano é um guia e não uma decisão inflexível. A relação
pedagógica está sempre sujeita a condições concretas, a realidade está
sempre em movimento, de forma que o plano está sempre sujeito a alterações.
Por exemplo, às vezes o mesmo plano é elaborado para duas classes
diferentes, pois não é possível fazer previsões definitivas antes de colocar o
plano em execução; no decorrer das aulas, entretanto, o plano vai
obrigatoriamente passando por adaptações em função das situações docentes
específicas de cada classe.
16
A formação profissional do professor é um processo pedagógico,
intencional e organizado, de preparação teórico-científica e técnica do
professor para dirigir competentemente o processo de ensino.
A organização dos conteúdos da formação do professor em aspectos
teóricos e práticos de modo algum significa considerá-los isoladamente. São
aspectos que devem ser articulados. As disciplinas teórico-científicas são
necessariamente referidas à prática escolar, de modo que os estudos
específicos realizados no âmbito da formação acadêmica sejam relacionados
com os de formação pedagógica que tratam das finalidades da educação e dos
condicionantes históricos, sociais e políticos da escola. Do mesmo modo, os
conteúdos das disciplinas específicas precisam ligar-se às suas exigências
metodológicas. As disciplinas de formação técnico-prática não se reduzem ao
mero domínio de técnicas e regras, mas implicam também os aspectos
teóricos, ao mesmo tempo em que fornecem à teoria os problemas e desafios
da prática. A formação profissional do professor implica, pois, uma contínua
interpenetração entre teoria e prática, a teoria vinculada aos problemas reais
postos pela experiência prática e a ação prática orientada teoricamente.
Nesse entendimento, a Didática se caracteriza como mediação entre
as bases teórico-científicas da educação escolar e a prática docente. Ela opera
como que uma ponte entre o “o quê” e o “como” do processo pedagógico
escolar.
A formação profissional para o magistério requer, assim, uma sólida
formação teórico-prática. Muitas pessoas acreditam que o desempenho
satisfatório do professor na sala de aula depende da vocação natural ou
somente da experiência prática, descartando-se a teoria. É verdade que muitos
professores manifestam espacial tendência e gosto pela profissão, assim como
se sabe que mais tempo de experiência ajuda no desempenho profissional.
Entretanto, o domínio das bases teórico-científicas e técnicas, e sua articulação
com as exigências concretas do ensino, permitem maior segurança
profissional, de modo que o docente ganhe base para pensar sua prática e
aprimore sempre mais a qualidade do seu trabalho.
Já tivemos oportunidades de acentuar o necessário preparo do
professor no domínio das matérias que ensina e dos métodos e técnicas de
ensino e aprendizagem. A par disso, entretanto, é de extrema importância a
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personalidade e atitude profissional. Professor que tem clareza dos objetivos
educativos de sua profissão e dos propósitos a respeito da formação intelectual
e moral dos alunos, que revela um verdadeiro interesse pela preparação
cultural das crianças e para a vida adulta, que incute nos alunos o senso de
responsabilidade, certamente terá meio caminho andado para conseguir um
aproveitamento escolar satisfatório das crianças.
Tais propósitos devem ser concretizados na prática, através de aulas
planejadas onde se evidenciam: a segurança nos conteúdos e nos métodos de
ensino; a constância e firmeza no cumprimento das exigências escolares pelos
alunos; o respeito no relacionamento com os alunos. Evidentemente é preciso
observar os limites de prudência e bom senso. As exigências quanto ao
trabalho escolar surtem efeitos positivos quando são viáveis, não se pedindo o
impossível. Que seja primordial o senso de justiça.
Com relação ao conhecimento do que retrata a avaliação no Projeto
Pedagógico e no Regimento Escolar do Colégio em que trabalham, 17
professores responderam que sim conhecem, somente 1(um) professor não
respondeu. Na sequencia da mesma pergunta questionou-se o que a escola
poderia fazer para melhorar o processo de avaliação junto aos seus alunos. 8
Professores responderam que o processo avaliativo se organiza a partir de
normas pré-estabelecidas, o que pode se adequar, mas... não mudá-las já que
se trata de Leis, argumentou-se também mais tempo para que o professor
possa preparar avaliações de diferentes níveis para os alunos, conscientizar as
famílias e os educandos a terem mais compromisso com as atividades
escolares bem como a importância da escola em suas vidas, também que a
avaliação se faz necessário não somente pela nota, se aproximar mais da
realidade dos alunos, exigir mais significados concretos e mais
empenho,provas de leitura com interpretação e cálculos com todos os alunos
ao final do cada bimestre, trimestre... e também no final do ano letivo, porém 2
Professores responderam que o processo de avaliação é muito polêmico e
para haver melhoras precisa de soluções discutidas e decididas pelo coletivo
escolar, 1 (um) Professor respondeu que gosta da forma de avaliação da
escola, 1(um) respondeu que acha que são os alunos que precisam se
comprometerem mais com a aprendizagem, 5 Professores não responderam e
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1 (um) Professor respondeu: O que fazer para exigir mais interesse por parte
dos alunos pois esbarraríamos nos critérios estabelecidos pelas DCES?
Quando perguntei se gostaria de participar de um grupo de estudos
sobre “avaliação da aprendizagem”, dos 18 Professores entrevistados 12
responderam que sim e 06 responderam que não, o que me chamou a atenção
dentre este é que 04 professores o Tempo de Serviço no magistério varia entre
05 meses a 05 anos, 2 Professores varia de 13 e 14 anos no magistério.
Dos 12 Professores que gostariam de participar do grupo de estudos
sobre Avaliação da Aprendizagem Escolar somente 7 Professores deram
sugestões do que gostariam de estudar no grupo, como exemplo: métodos e
instrumentos, recuperação de estudos, como tornar a avaliação agradável para
alunos e professor? Avaliação não somente como processo escolar, mas como
processo cotidiano que envolva outros aspectos tais como: compromisso,
responsabilidade e desenvolvimento intelectual, aprofundar mais nas Leis que
regem o sistema de avaliação nas escolas.
De acordo com as respostas dos professores relacionadas ao
questionário, cuja intenção, é a pesquisa sobre a avaliação da aprendizagem
escolar, pude analisar que a grande maioria dos profissionais compreendem
que primeiramente a Escola tem como função primordial a transmissão dos
conhecimentos sistematizados, bem como, o desenvolvimento da cidadania e o
crescimento integral do aluno. Porém, têm a consciência que a escola
infelizmente está perdendo seu espaço de formação acadêmica ao assumir
papéis que são de responsabilidade da família.
Importante ressaltar que a maioria dos professores optou pela carreira
do magistério por vocação e admiração a profissão. Para estes profissionais a
avaliação é a ação mais complexa entre todas as realizadas na escola, porque
julga somente a assimilação dos conteúdos pelos educandos, desconsiderando
ao mesmo tempo os aspectos: afetivos, sociais e psicológicos. Tal
complexidade se dá ao fato de que a avaliação não deve ser de
responsabilidade unicamente do professor, mas certamente, de todos os
elementos que compõem o processo educacional.
A concepção de planejamento para os profissionais do Colégio é que
ele é o cerne do trabalho do professor, são as ações, e é através dele que o
professor foca os objetivos dos conteúdos a serem ensinados. E com relação
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aos instrumentos que utilizam para avaliar seus alunos, foi unânime ao
responder que procuram diversificar os métodos, permitindo momentos teóricos
e momentos práticos, tentando inovar para não tornar monótono o ensino.
Podemos dizer que dos Professores entrevistados todos conhecem o
Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar do Colégio, no que se
refere à Avaliação. Eles acham que não podemos mudar o processo avaliativo
porque são Normas estabelecidas através de Pareceres e Leis Estaduais e ou
Federais, no entanto, o que podemos fazer é adequar na tentativa de melhor
organizar o sistema avaliativo nas escolas, neste caso na nossa escola.
Para concluir, dos 18 professores entrevistados, somente 09
participaram do grupo de estudos sobre avaliação da aprendizagem escolar,
somente 07 deram sugestões do que gostariam de estudar no grupo e destes
04 professores tem entre 05 meses a 05 anos de tempo de serviço, pois os
demais participantes são funcionários da escola.
Considerações finais
Os resultados da pesquisa apontam que a avaliação é indispensável
em toda e qualquer atividade humana, abordar tal assunto, exige muito
interesse, esforço, estudos e pesquisas acerca de um tema tão complexo,
polêmico e de certa resistência no cenário da Educação Brasileira.
Consideramos que a mesma é rodeada de duvidas, que podem se
tornar um processo crucial tanto para quem avalia, quanto para quem está
sendo avaliado, na verdade nos vemos neste cenário e com grande
preocupação, principalmente ao propor aos professores e funcionários do
Colégio Estadual Padre Gualter Farias Negrão, uma reflexão sobre as
dificuldades que os mesmos encontram ao avaliar os alunos no cotidiano
escolar, a intenção é envolver mais precisamente o corpo docente, na busca
contínua de estudos, reflexões e análises sobre o processo de Avaliação da
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Aprendizagem X Sistema de Avaliação Institucional vivenciados nas escolas
públicas do Estado.
A proposta, porém é de estudos de forma coletiva, onde cada um é o
seu próprio professor na busca para a melhoria e aprimoramento individual e
consequentemente o desempenho do coletivo, revertido em prol de um mesmo
objetivo que é a qualidade profissional, buscando sempre desafiar nossa
própria capacidade intelectual, saindo do estado apático para vivenciar e
estabelecer convívio com o outro no que diz respeito à construção de novos
conhecimentos, e a partir daí, poder dizer que foi e sempre será de grande
valia todo o trabalho, que irá fazer a diferença e contribuir cada vez mais para o
desempenho da prática pedagógica enquanto educador num processo em
construção.
A intenção foi provocar a vontade nos profissionais em querer saber
mais sobre o assunto, para então ter sentido demonstrar a importância do
trabalho das oficinas de estudos propostas, e ao mesmo tempo levá-los a
repensar sua ação pedagógica, porque dela dependerá e muito o sucesso da
aprendizagem do aluno.
Pois bem, nas 32 horas de implementação de estudos, troca de
idéias, discussões e questionamentos aprendemos e fomos à busca constante
de pesquisa, seleção, classificação e organização dos mais variados recursos
materiais didáticos para que os encontros pudessem acontecer de forma
harmoniosa e principalmente atingir os objetivos esperados, porque acredito, é
na relação com o outro que o conhecimento avança. Na verdade o Estado
cumpre o papel de garantir recursos e condições para que os problemas da
escola sejam resolvidos através de políticas públicas mais sérias,
comprometidas com uma formação crítica, consistente, visando uma sociedade
mais humana, menos desigual e mais democrática. Para tanto precisamos
romper com a cultura da seletividade e da exclusão, atenuar posturas
avaliativas classificatórias e evoluir para abordagens metodológicas de ensino
e aprendizagem que visem avaliações mais compatíveis com as reais
necessidades dos alunos.
Esperamos ter contribuído pelo menos um pouquinho com esta ação
reflexiva acerca da Avaliação no processo de formação do educador e através
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das discussões, assumir a avaliação da aprendizagem escolar como um
poderoso processo que serve para ensinar e também aprender melhor.
Que possamos sempre fazer nossa auto-avaliação, para verificar se
houve alguma mudança referente à nossa ação pedagógica, metodológica, da
nossa concepção filosófica sobre o processo avaliativo, e se queremos
enfrentar os desafios na educação, porque acreditamos que ao longo do
tempo, teremos resultados satisfatórios, sem medo de errar.
PORTANTO
REFERÊNCIAS
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aprendizagem. Curutiba: Iesde, 2003.
CANEIRO, Moacir Alves. LDB FÁCIL. 7ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2002
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CASANOVA, M. A. Manual de Evolução Educativa. Curitiba: IBPEX, 1995.
CERVI, Rejane de Medeiros. Planejamento e Avaliação Educacional.
Curitiba: IBPEX, 2004.
FRIETAS, Luiz Carlos de. et al. Avaliação Educacional. (Caminhando pela
Contramão). 2ª Edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática,
2005.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção
Magistério 2º Grau. Série Formação do Professor).
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 21ª Edição
- São Paulo: Cortez, 2010.
OLIVEIRA, João Ferreira UFG e outros. Função Social da Escola (Política e
Gestão na Educação).
SOUSA, clarilza Prado (org.) e outros. Avaliação do Rendimento Escolar. 3ª
Edição. Campinas, SP: Papirus1994. (Coleção Magistério: Formação e
Trabalho Pedagógico)