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Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.1, p. 09-16, Janeiro/Abril, 2016 9 AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO TRATAMENTO DE BRUXISMO COM PLACA MIORRELAXANTE E APLICAÇÃO DE TENS EVALUATION OF THE BRUXISM TREATMENT WITH OCCLUSAL SPLINT AND TENS APPLICATION Ana Carolina Marques 1 Hercules Sampaio 1 Jakeline Caetano de Almeida Santos 1 Geovane Evangelista Moreira 2 Marcela Filié Haddad 3 Marcos Antônio Franciozi 4 Resumo: Bruxismo excêntrico é uma desordem funcional multifatorial que acomete diversas faixas etárias, apresentando maior incidência em jovens e adultos jovens, caracterizada pelo ranger de dentes. Seu tratamento requer múltiplas intervenções para a adequada reabilitação do estado de normalidade funcional do paciente, sendo que a mais comum é a instalação de placas miorrelaxantes, e uma segunda intervenção, menos corriqueiramente utilizada, é a aplicação de TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea). Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar por aplicação de questionário, a eficiência do uso de placas miorrelaxantes no período noturno e a aplicação de TENS semanalmente, na melhora das condições de desconforto advindas do bruxismo durante 30 dias de tratamento. Foram selecionados 20 voluntários para participarem deste estudo. No momento inicial, foi solicitado que preenchessem um questionário a fim de caracterizar a patologia, em seguida, todos os indivíduos receberam uma placa miorrelaxante e foram orientados a dormir com as mesmas durante 30 dias e foram submetidos à aplicação de TENS semanalmente durante este mesmo período. Após o tratamento foi reaplicado o questionário onde constatou-se que, de modo geral, houve melhora dos sintomas apresentados previamente ao tratamento, porém, 50% dos participantes ainda relataram dor de cabeça (p<0,05), 45% dor no rosto (p>0,05) e 20% dor de dente (p<0,05). Baseado nos resultados conclui-se que o tratamento proposto proporcionou melhora na sintomatologia associada ao bruxismo. No entanto, faz-se necessário uma abordagem comportamental, odontológica, farmacológica e suas combinações, de acordo com o perfil do portador para proporcionar a ele um alívio mais considerável dos sintomas. Unitermos: Bruxismo. Dor. Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea INTRODUÇÃO O ranger ou o apertar dos dentes pode ser um ato realizado de forma consciente ou inconsciente, caracterizado pelo contato não funcional dos mesmos. Não é uma doença, mas quando exacerbado pode levar a um desequilíbrio fisiopatológico do sistema estomatognático, designado bruxismo 1 . A etiologia é multifatorial, ou seja, pode estar relacionada a fatores locais, sistêmicos, psicológicos 1 – Cirurgião Dentista graduado pela Faculdade de Odontologia da Univercidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). 2 - Cirurgião Dentista, Mestrando em Ciências Odontológicas, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). 3 – Professora Adjunta do Departamento de Odontologia Restauradora e Prótese, Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). 4 – Professor Associado do Departamento de Odontologia Restauradora e Prótese, Faculdade Oodntologia da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). e hereditários. A literatura define sua origem como multicausal, complexa e de difícil detecção. Os sinais e sintomas relatados pelo paciente são os principais métodos para identificação do transtorno, além de uma boa avaliação clínica analisando, por exemplo, a sensibilidade, a palpação e rigidez muscular do masseter e do temporal 2 . O bruxismo recebe a classificação de primário ou secundário; cêntrico e excêntrico; crônico ou

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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO TRATAMENTO DE BRUXISMOCOM PLACA MIORRELAXANTE E APLICAÇÃO DE TENS

EVALUATION OF THE BRUXISM TREATMENT WITH OCCLUSAL SPLINT ANDTENS APPLICATION

Ana Carolina Marques1

Hercules Sampaio1

Jakeline Caetano de Almeida Santos1

Geovane Evangelista Moreira2

Marcela Filié Haddad3

Marcos Antônio Franciozi4

Resumo: Bruxismo excêntrico é uma desordem funcional multifatorial que acometediversas faixas etárias, apresentando maior incidência em jovens e adultos jovens,caracterizada pelo ranger de dentes. Seu tratamento requer múltiplas intervenções paraa adequada reabilitação do estado de normalidade funcional do paciente, sendo que amais comum é a instalação de placas miorrelaxantes, e uma segunda intervenção, menoscorriqueiramente utilizada, é a aplicação de TENS (Estimulação Elétrica NervosaTranscutânea). Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar por aplicação de questionário,a eficiência do uso de placas miorrelaxantes no período noturno e a aplicação de TENSsemanalmente, na melhora das condições de desconforto advindas do bruxismo durante30 dias de tratamento. Foram selecionados 20 voluntários para participarem deste estudo.No momento inicial, foi solicitado que preenchessem um questionário a fim de caracterizara patologia, em seguida, todos os indivíduos receberam uma placa miorrelaxante e foramorientados a dormir com as mesmas durante 30 dias e foram submetidos à aplicação deTENS semanalmente durante este mesmo período. Após o tratamento foi reaplicado oquestionário onde constatou-se que, de modo geral, houve melhora dos sintomasapresentados previamente ao tratamento, porém, 50% dos participantes ainda relataramdor de cabeça (p<0,05), 45% dor no rosto (p>0,05) e 20% dor de dente (p<0,05).Baseado nos resultados conclui-se que o tratamento proposto proporcionou melhora nasintomatologia associada ao bruxismo. No entanto, faz-se necessário uma abordagemcomportamental, odontológica, farmacológica e suas combinações, de acordo com operfil do portador para proporcionar a ele um alívio mais considerável dos sintomas.

Unitermos: Bruxismo. Dor. Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea

INTRODUÇÃOO ranger ou o apertar dos dentes pode ser um

ato realizado de forma consciente ou inconsciente,caracterizado pelo contato não funcional dos mesmos.Não é uma doença, mas quando exacerbado podelevar a um desequilíbrio fisiopatológico do sistemaestomatognático, designado bruxismo1.

A etiologia é multifatorial, ou seja, pode estarrelacionada a fatores locais, sistêmicos, psicológicos

1 – Cirurgião Dentista graduado pela Faculdade de Odontologia da Univercidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).2 - Cirurgião Dentista, Mestrando em Ciências Odontológicas, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).3 – Professora Adjunta do Departamento de Odontologia Restauradora e Prótese, Faculdade de Odontologia da Universidade Federal deAlfenas (UNIFAL-MG). 4 – Professor Associado do Departamento de Odontologia Restauradora e Prótese, Faculdade Oodntologia da Universidade Federal deAlfenas (UNIFAL-MG).

e hereditários. A literatura define sua origem comomulticausal, complexa e de difícil detecção. Os sinaise sintomas relatados pelo paciente são os principaismétodos para identificação do transtorno, além deuma boa avaliação clínica analisando, por exemplo,a sensibilidade, a palpação e rigidez muscular domasseter e do temporal2.

O bruxismo recebe a classificação de primárioou secundário; cêntrico e excêntrico; crônico ou

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agudo e ainda, como diurno ou noturno3. Apesar dotratamento do bruxismo ser complexo, alguns recursoscomo a placa miorrelaxante ajudam a eliminar algunsdos danos causados pelo mesmo. Outros tipos deauxílios como terapia de massa e equilíbrio daoclusão2 e Estimulação Elétr ica Nerv osaTranscutânea (TENS) também são usados comoforma terapêutica.

Como meios de acompanhamento dotratamento podem ser citados exames clínicos, ondeos profissionais usam questionários com a finalidadede avaliar a melhora da sintomatologia apresentadapelo paciente2. Diante das dificuldades relacionadasà intervenção do bruxismo, o propósito deste estudofoi realizar uma avaliação do tratamento do bruxismoutilizando placa miorrelaxante e aplicação de TENS.MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de um estudo clínico experimental nãoaleatório, longitudinal, que foi realizado na clínica elaboratório de prótese, ambos pertencentes aodepartamento de Odontologia Restauradora daUniversidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).

Inicialmente, o projeto de pesquisa foisubmetido à avaliação pelo Comitê de ética emPesquisa envolvendo seres humanos e obteveparecer favorável (Parecer 1.291.355).

A amostra foi constituída por 20 indivíduos quebuscaram atendimento nas clínicas de Prótese destaUniversidade. Como critério de inclusão foramselecionados pacientes que apresentassem desgastedentário (principal característica do bruxismoexcêntrico), dentados totais, com idade entre 20 e50 anos, de ambos os gêneros, com boas condiçõesde saúde geral, ausência de lesões intraorais ecutâneas, hipertonicidade dos músculos elevadoresda mandíbula e desgastes dentários para-funcionais.O critério de exclusão desta pesquisa esteverelacionado àqueles pacientes que apresentassemalguma debilidade sistêmica, lesões intraorais,desdentados parciais ou totais, que estivessem sobtratamento com medicação miorrelaxante, portadoresde marca-passo cardíacas ou cerebrais e grávidas;uma vez que esta não englobavam variações danormalidade fisiológica.

A partir disso os indivíduos selecionadosreceberam informações sobre a proposta do estudo,assinaram o Termo de Consentimento Livre eEsclarecido e responderam ao questionário adaptadode Dworkin e LeResche4 (1992). Em seguida, apóso tratamento da placa miorelaxante durante o sononoturno e após quatro aplicações de TENS duranteos 30 dias foi solicitado ao paciente que respondesseao mesmo questionário com algumas modificaçõesem relação ao período que a dor estava presente.

A partir deste momento, o atendimento clínicodestes indivíduos teve início. Primeiramente, com aconfecção de placa miorrelaxante e, em seguida,com a aplicação de TENS.

2.1 CONFECÇÃO DE PLACASMIORRELAXANTES

Inicialmente, os pacientes foram moldadoscom

alginato por possuir capacidade de reproduçãode detalhes satisfatória para a confecção de placasmiorrelaxantes e apresentar custo reduzido5. O moldedas arcadas maxilar e mandibular de cada pacienteforam tomados e, em seguida, desinfetados comhipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos; vazadoscom gesso tipo IV e após a presa foram recortadose hidratados para montagem em articulador.

Foram realizados registros de mordida emrelação cêntrica bem como registros com o arcofacial para montagem dos modelos em articuladorsemiajustável6,7.

As placas miorrelaxante foram confeccionadassegundo a técnica preconizada por Pellissari et al.7

(2010). Após o ajuste e instalação da placa, foramdadas instruções aos pacientes em relação a fonéticaque poderia ser mudada nos primeiros dias, pois aplaca ocupou o espaço antes preenchido pela língua,a fonética é reestabelecida entre sete a dez dias. Osvoluntários foram orientados a higienizarem as placascom escova e creme dental para evitar alteraçõesna cor do acrílico e acúmulo de placa bacteriana.

Os indivíduos selecionados usaram a placamiorrelaxante todos os dias durante o período desono noturno por 30 dias, ao mesmo tempo,compareceram à Universidade Federal de Alfenasuma vez por semana durante o mesmo período detempo para a aplicação do TENS, uma vez que otratamento proposto consiste nesses dois passosrealizados concomitantemente.

2.2 APLICAÇÃO DE TENS

Para a aplicação do TENS (TranscutaneousEletrical Nerve Stimulation), foi utilizado o aparelhoTENS Medcir (TENS MT – 104 DX), modelo 4035,contendo quatro canais de saída.

Inicialmente, as áreas onde os eletrodos foramfixados, região dos músculos masseter e temporalem ambos os lados, foram limpas com álcool 70%para favorecer a sua fixação. Isso foi feito com ointuito de diminuir a impedância da pele da regiãode interesse, facilitando a adesão, a captação e atransmissão dos potencias elétricos. Os voluntáriosforam avaliados e permaneceram sentados e eretos,com os pés apoiados sobre a cadeira odontológica,braços relaxados e costas bem apoiadas.

O aparelho TENS permaneceu no modo normal,com frequência de pulso de 60 Hz e largura de 300US. Os eletrodos foram fixados em dois músculosdiferentes, que são os responsáveis por esse apertarde dentes tão característicos do bruxismo:

Músculo masseter (na sua porção maissuperficial): foi identificada por palpação, pedindo

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ao voluntário que execute máxima intercuspidaçãoforçada. No ponto de maior volume, o eletrodo foifixado.

Músculo Temporal (porção anterior): tambémfoi palpada realizando o mesmo procedimento citadoanteriormente, sendo o local de fixação do eletrodoaproximadamente 2,5 cm anterior e superior à orelhaexterna.

O aparelho foi ajustado de acordo com asensibilidade do paciente, evitando contraçõesmusculares e procurando obter-se hipoestesia ouparestesia na região tratada. Cada aplicação foi feitapor vinte minutos, uma vez por semana, totalizandoquatro semanas.

Passados os 30 dias de tratamento oquestionário do apêndice C foi aplicado conformedescrito previamente.

2.3 ANÁLISE DE DADOS

Após a realização do tratamento os dadosforam tabulados no programa Epiinfo 3.2.2. no qualfoi possível obter a análise descritiva. Posteriormente,utilizou-se o software Excel 2010 por Windows a fimde simplificar os dados para a análise estatística.Para tanto, utilizou-se o Teste McNemar com objetivode avaliar a discordância entre as respostas iniciaise finais através do programa BioEstat 5.3 a um nívelde significância de 5% (p<0,05).

RESULTADOSOs resultados obtidos encontram-se dispostos

nas figuras 1 – 9.Quanto a presença de dor, foi verificado que

75% dos entrevistados sentiam dor na face (ladodireito, esquerdo ou em ambos), e após o tratamento50% dos pacientes relataram não apresentar dor(p=0,2266 - FIGURA 1).

Em relação à região da dor, os pacientes foramdivididos em categorias: muscular, articular e ausente.Antes do tratamento, 40% dos voluntários apresentavador muscular, 35% dor articular e 25% nãoapresentava dor. Após o tratamento, observou-se amelhora da dor articular em 20% (p=0,3438) dospacientes e muscular em 10% (p=0,7539).

O tratamento não produziu nenhum tipo deefeito sobre a crepitação durante a abertura da boca,porém em referência aos estalidos 10% afirmaramque esses foram cessados (p=0,7266). Quandoperguntados sobre ruídos articulares no movimentode fechamento da boca, esses permaneceraminalterados, enquanto que em 10% foram eliminadosno movimento protrusivo (p=0,7266).

Quando questionados sobre a sintomatologiadolorosa nos 6 meses que antecederam aotratamento, a maioria dos pacientes (85%) relatouapresentar dor de cabeça; 55% dor no rosto; 55%dor de dente; 10% queimação na língua ou na boca;e 5% não relatou apresentar nenhuma destassintomatologias. Após o tratamento, 50% dospacientes alegaram apresentar dor de cabeça; 45%dor no rosto; 20% dor de dente; 0% queimação nalíngua ou na boca; e 20% relatou não apresentarnenhuma destas sintomatologias (FIGURA 2).

Na presente pesquisa 85% dos entrevistadosmencionaram episódios de dor de cabeça e asclassificaram como forte, moderada e ausente. Dosque possuíam dor de intensidade forte 25% forammodificados para fraca, 10% para moderada, 10%deixaram de sentir dor, e para apenas 5% aintensidade forte permaneceu. Também houvemelhora significativa de dor moderada para fraca ouausente para todos os participantes (FIGURA 3).

Analisando os dados desta categoria, BioEstat5.3 pelo teste de McNemear, o valor p obtido foi0,0013, mostrando que houv e uma grande

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discordância entre a dor de cabeça antes e depoisdo tratamento, comprovando a eficiência dotratamento nesse quesito. De modo geral, dospacientes que relataram dor de cabeça, 35% estavamisentos da dor no final do tratamento.

Antes do tratamento, foi observado que 55%dos pacientes apresentavam dor no rosto e estatambém foi classificada de acordo com a intensidade:forte (25%), moderada (30%), fraca (0%) e ausente(45%). Pode-se dizer que o tratamento foi eficientepara os que possuíam dor forte, pois 20% destesevoluíram para dor fraca e 5% para ausente (FIGURA4). Os que classificaram no início sua dor como média,no final do tratamento consideraram-na como fraca(10%) e ausente (20%). Foi observado também quedaqueles que não possuíam dor, 20% permaneceramsem dor, porém 25% passaram a sentir uma dor fracano rosto. Não houve discordância nos resultados antese depois do tratamento, logo este não foi eficazestatisticamente (p=0,2101). Ao final do tratamento,10% dos pacientes com sintomatologia dolorosarelataram não sentir mais dor no rosto.

O sintoma de dor de dente estava presenteem 55% dos pacientes, que também foram divididosem categorias de acordo com a intensidade da dor:forte (25%), moderada (25%), fraca (5%) e ausente(45%). Dos 25% dos pacientes que classificaram ador de dente como forte, 15% estavam sem essa dorno final do tratamento, 5% com dor moderada e 5%com dor fraca. Aqueles com intensidade média dador, após o tratamento 10% sentia como fraca e 15%estavam isentos dela. E os que apresentavam dorfraca, com a conclusão do tratamento a dor tornou-se ausente (FIGURA 5). Estatisticamente houvediscordância nos resultados antes e depois(p=0,0010), mostrando, estatisticamente, asignificância do tratamento em relação à dor de dente.

A queimação na língua ou na boca estavapresente em apenas 10% dos entrevistados e houveuma melhora em todos os casos, uma vez que talsintoma se tornou ausente após o tratamento (p=0,5).Dos voluntários entrevistados, 5% não apresentaramnenhum dos sintomas citados acima.

Considerando-se a sintomatologia apresentadapelos entrevistados ao acordar nota-se uma melhorasignificativa para todas as sintomatologias avaliadas

quando se compara o indivíduo antes e durante otratamento (FIGURA 6), Estatisticamente, segundo oteste McNemar, houve divergência nos resultadospara dor de cabeça (p=0,002), no rosto (p=0,0039),dentes (p=0,0039) e sensação de rosto cansado(p=0,0129), comprovando eficiência do tratamentopara estas sintomatologias.

Quando questionados sobre o bruxismonoturno, a maioria dos pacientes afirmou ranger osdentes durante o sono (75% dos pacientes antes dotratamento e 5% após o tratamento - FIGURA 7).Estatisticamente houve eficiência para tratar obruxismo noturno (p=0,0001).

Como observado na figura 8, a maior partedos pacientes (25%) apresentaram bruxismo noturno2 – 3 vezes por semana.

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Como mostrado na Figura 9, ao sereminterrogados sobre o bruxismo diurno, 45% dosindivíduos entrevistados afirmaram, antes dotratamento, que rangiam e/ou apertavam os dentes,e após o tratamento este índice aumentou para 70%dos entrevistados (p=0,146).

Considerando-se os pacientes entrevistados,19 (95%) eram do gênero feminino e somente 1 (5%)masculino.

DISCUSSÃO

O bruxismo apresenta sinais e sintomas quesão bem expressivos, tais como: sensibilidade aotoque, sensação de rigidez nos músculosmastigatórios, contração excessiva e atípica domasseter, cefaléia e ruídos. Além disso, amusculatura mastigatória é bastante afetada comaumento do tônus, espasmos, contração sustentadae perda dos períodos de repouso muscular8,9.

O bruxismo está vinculado à etiologia da dorfacial e as principais queixas dos indivíduos combruxismo são: mialgia do masseter e temporal, dorde cabeça, dor ou hipersensibilidade dentária10. Issoprocede, visto que, em nosso experimento, grandeparte dos entrevistados afirmaram apresentar essessinais e sintomas nas respostas aos testes doquestionário: dor no rosto 55%, dor de cabeça 85%e dor no dente 55% (FIGURA 2).

Distúrbios na ATM (Art iculaçãoTemporomandibular) e na musculatura mastigatória,podem ter como fator etiológico o bruxismo, e essepode desenvolver ou fortalecer quadros de desordenstemporomandibulares11-13. O TENS destaca-se comouma das terapias no tratamento das disfunçõesmiofasciais, promovendo o relaxamento da

musculatura mastigatória14. Segundo Starkey15

(2001), essas estimulações promovem analgesia,contrações musculares, melhoria do fluxo circulatóriolocal, drenagem de líquidos entre outras.

A placa miorrelaxante também é vista comoforma de tratamento e, na maioria das vezes o únicoproposto aos pacientes. De acordo com Clark16

(1989), as placas miorrelaxantes melhoram a funçãodo sistema mastigatório, reduzem a atividade muscularanormal, melhoram e estabilizam a função da ATM,protegem os dentes do atrito e de cargas traumáticasadversas17. Uma posição articular mais estável efuncional, também pode ser conseguida através douso da placa miorrelaxante, além de reorganizaçãoda atividade neuromuscular, que reduz a atividadeanormal do músculo17. Para uma intervenção efetiva,a placa miorrelaxante não deve ser utilizada comouma única modalidade de tratamento, mas emconjunto com outros programas18.

Carrara et al.19 (2010) relataram que 90% dospacientes pesquisados obtiveram controle dos sinais esintomas com a utilização da placa miorrelaxante eterapias físicas (TENS), que são tratamentosconservadores e reversíveis, que podem serempregados na maioria dos casos da disfunção. Defato, a presente pesquisa confirma esses resultados,através de relatos dos pacientes que afirmaram quesentiam a musculatura da face mais relaxada após otratamento com placa miorrelaxante e aplicação de TENS(20% destes evoluíram de dor forte no rosto para dorfraca e 5% estavam isentos de dor – FIGURA 4).

O bruxismo do sono é definido como umcomportamento motor repetitivo20 de ativ idadenoturna e/ou diurna involuntária dos músculosmastigatórios21. Pereira et al.22 (2006) destacaramque refrigerante tipo cola, tabaco, café e chocolate,contribuem com episódio de bruxismo do sono, poisestimulam o sistema nervoso central e produzem umaumento da atividade eletromiográfica da musculaturamastigatória. Os autores realçam que o consumoexagerado dessas substancia deve ser evitado e queo modo de viver e os hábitos do paciente devem serconsiderados.

No presente estudo, antes de dar início aotratamento proposto, o bruxismo noturno estevepresente em 75% dos pacientes (FIGURA 7), emuma frequência de 2-3 vezes por semana (FIGURA8) diferindo do estudo realizado por Branco et al.(2008) onde 64,8% dos casos possuíam aparafunção diurna. Essa imprecisão de prevalênciado bruxismo do sono acontece porque os estudosepidemiológicos são baseados em populaçõesdistintas e metodologias diferentes23.

Quanto ao bruxismo diurno, 45% dos pacientesrelataram esta alteração antes do tratamento. Estafrequência aumentou para 70% após o uso de placae aplicação de TENS (FIGURA 9). Acredita-se quejá na primeira entrevista, o paciente apresentasse obruxismo diurno, porém, não tinha esta consciência

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(o que justifica a porcentagem inferior - 45% -previamente ao tratamento) e, ao ser interrogadosobre o problema, adquiriu a percepção sobre oranger.

A partir dos dados obtidos 50% dos pacientessentiam dor na face ao despertar (FIGURA 6). Essevalor foi próximo do que afirmou Aloé et al.24 (2003)em seu estudo sobre bruxismo durante o sono, onde40% dos pacientes com bruxismo noturno queixaram-se de acordar com dor muscular facial. Esse mesmoautor relatou outras sintomatologias frequentes nobruxismo do sono. Em relação a dor ouhipersensibilidade dentária à estímulos quentes oufrios nosso estudo encontrou 50% dos indivíduoscom esta sensação (FIGURA 5). No que diz respeitoa mialgia do músculo masseter e temporal encontrou-se 40% dos entrevistados com essa condição(FIGURA 4) e 85% dos entrevistados com dores decabeça matinal ou ao longo do dia (FIGURA 3).

Segundo a pesquisa de Aloé et al. (2003) adisfunção da articulação temporomandíbular, quepode aparecer a partir do bruxismo, sendocaracterizada por dor articular, estalidos, crepitação(“ranger de areia dentro do ouvido”) e trismos comlimitação dolorosa na abertura, tem em seudiagnostico a palpação muscular da mandíbula e oexame visual do fechamento mandibular para revelarse apresentam ou não dor e/ou hipertrofia muscular.Diante disso, como parte do nosso diagnostico,verificou-se que em relação à região da dor, (40%)dos entrevistados apresentavam dor muscular, (35%)articular e (25%) estavam isentos de dor, dadosobtidos antes do tratamento. Com o uso da placamiorrelaxante e a aplicação de TENS, observou-seausência de sintomatologia dolorosa na regiãoarticular em 20% dos pacientes e ausência de dormuscular em 10%.

O tratamento não produziu nenhum tipo deefeito sobre a crepitação durante a abertura daboca, porém em referência aos estalidos 10%afirmaram que esses foram cessados. Quandoperguntados sobre ruídos articulares no movimentode fechamento da boca, esses permaneceraminalterados, enquanto que em 10% foram eliminadosno mov imento protrusivo. A presença dehipermobilidade da articulação temporomandibularindica interferências durante a movimentaçãocondilar no movimento de abertura e fechamentoda boca, caracterizado por ruídos articulares25.

A ausência de melhora para ruídos ecrepitações, no presente estudo, pode serjustificada pelo método utilizado para se detectarestes ruídos, que neste caso consistiu naauscultação por estetoscópio. A literatura apontaque o diagnóstico de tais ruídos pode serestabelecido, clinicamente, por meios eletrônicos,palpação (sentido tácti l) e auscultação daarticulação temporomandibular (sentido daaudição), sendo que a palpação e a auscultação

podem ser consideradas formas não precisas dediagnóstico26. Em um estudo realizado por Rosa etal.27 (2008) verificou-se que dos 63 voluntários compresença de ruídos articulares no exame à palpação,apenas 47 foram confirmados eletronicamente.

As dores de cabeça também são sintomasfrequentes apontados pelos pacientes que sofremde DTM. Um estudo feito por Nassif e Talic28 (2001)demonstrou, que 70% dos pacientes diagnosticadoscomo portadores de DTM queixavam-se de dor decabeça, contra 35% dos pacientes do grupo controle.Além disso, houve uma diferença entre a severidadedas dores: 45% dos pacientes com DTM queixaram-se de dor de cabeça severa, contra apenas 12,5%.No estudo realizado por Ciancaglini e Radaelli29

(2001), os autores constataram uma ligaçãosignificativa entre dor de cabeça e sintomas de DTM(dor na articulação, estalidos articulares e dor nosmovimentos mandibulares) em uma população adultada Itália. Segundo eles, há uma equiparação diretaentre dor de cabeça e DTM e que a palpação dosmúsculos mastigatórios e a avaliação do movimentomandibular, podem ser exames funcionais paraanalisar dores de cabeça inexplicáveis, pois a dormiofascial tem origem muscular e a dor de cabeça éum das principais queixas. Na presente pesquisa 85%dos entrevistados mencionaram episódios de dor decabeça e as classificaram como forte (50%),moderada (35%) e ausente (15%). Após tratamentocom placa miorrelaxante e TENS, os que possuíamdor de intensidade forte, 25% foram modificados parafraca, 10% para moderada, 10% deixaram de sentirdor, e para apenas 5% a intensidade fortepermaneceu (FIGURA 3). Também houve melhorasignificativa de dor moderada para fraca ou ausentepara todos os participantes, isso validou o tratamentorealizado, já que teve melhora significativa em relaçãoa dor de cabeça.

Após os 30 dias de tratamento, apenas 5% dospacientes que tinham o hábito de ranger os dentes noperíodo do sono continuaram com essa parafunção,sendo relatado por essa pequena parcela que o usoda placa miorrelaxante não foi constante durante asnoites de sono. Inicialmente entre os pacientesentrevistados (20%) não souberam afirmar seapresentavam bruxismo noturno e após o tratamentoesse índice caiu para 0%, isso demonstra que apósserem interrogados sobre o problema, os pacientesalertaram para essa condição (FIGURA 7).

Em relação à distinção dos pacientes sobre ogênero, a literatura mostra a predominância dofeminino, porém a ocorrência do bruxismo independedo gênero30. Estudos realizados por Molina et al.(2002)31 e Carvalho (2005)32 indicam que a disfunçãode apertar e ranger os dentes em períodos de sonoe de vigília é encontrado em maior frequência nogênero feminino. Essa prevalência é explicada devidoao fato de as mulheres serem mais susceptíveis aoestresse emocional, alterações anatômicas que

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produzem má relação do disco articular com ocôndilo, mudanças hormonais durante o ciclomenstrual e também devido ao fato delas procuraremcom maior frequência a ajuda médica e odontológicapara cuidados com a saúde quando comparadas aoshomens, confirmando a prevalência da parafunçãonas mulheres.

CONCLUSÃOConsiderando-se as limitações deste tipo de

estudo, conclui-se que o uso da placa miorrelaxantesimultâneo a aplicação de TENS proporcionoumelhora da sintomatologia do bruxismo nosvoluntários; no entanto, a amostra de integrantes e operíodo de acompanhamento não foram suficientespara afirmar com convicção de que a associaçãodos tratamentos asseguram melhora em todos ospacientes que apresentam esse ato parafuncional.Além disso, notou-se a necessidade de intervençãomultidisciplinar, visto que o bruxismo está relacionadoa fatores locais, sistêmicos, psicológicos ehereditários.

ABSTRACTEccentric Bruxism is a multifactorial functional

disorder that affects different age groups, with higherincidence in youths and young adults, characterizedby clenching and grinding of teeth. The treatmentrequires multiple interventions for proper rehabilitationof the patient’s functional normality status. The mostcommon treatment is the use of muscle relaxantsplates and as a second intervention, which may becited but is less routinely used, is the use of TENS(Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation). Theobjective of this study was to analyse, using aquestionnaire, the efficiency of the use of musclerelaxants plates at night and the use of TENS weeklyin order to detect, after 30 days of treatment, animprovement of the discomfort conditions caused bybruxism. The study was conducted at the ClinicalImplant Fixed Unit, Faculty of Dentistry, FederalUniversity of Alfenas (UNIFAL-MG), where 20individuals who claimed to have signs and symptomsof bruxism were selected. At baseline, they were askedto complete a questionnaire in order to characterizethe pathology, then all subjects received a musclerelaxant plate and were told to sleep with them for 30days, the same period when they were submitted toTENS weekly. After the treatment, the questionnairewas reapplied with slight modifications, and it wasfound that 50% of participants still reported headache(p<0.05), 45% pain in the face (p>0.05) and 20%tooth pain (p<0.05). Based on the results, it isconcluded that the proposed treatment led to animprovement of the symptoms bruxism associated.However, it is necessary a behavioral, dental andpharmaceutical approach and their combinations

according to the carriers’ profile to provide them amore significant relief of the symptoms.

UNITERMS: Bruxism. Pain. TranscutaneousElectrical Nerve Stimulation

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Autor de Correspondência:Marcela Filié Haddad

Faculdade de Odontologia, Departamento deOdontologia Restauradora e Prótese, Universidade

Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714, Centro,

Alfenas – MG. CEP: 37.130-000Fone: (35)3299-1014

[email protected]

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