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Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE
Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A.
Andréia Batista Nobre Duarte
Professora Orientadora: Ms. Clarice Cunha Taveira
Curso: Farmácia
FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA
Trabalho apresentado no 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC.
Primeira colocação no Concurso Interno de Iniciação Científica - 2009.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE AMOSTRAS DE ILLICIUM VERUM HOOK.F. COMERCIALIZADAS NA REGIÃO DO DISTRITO FEDERAL
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. XII, Nº. 14, Ano 2009
RESUMO
O uso das plantas medicinais na cura e prevenção de doenças é uma prática difundida em todo o mundo. O Illicium verum Hook.f. é conhecido popularmente por badiana-da-china e anis-estrelado, possui atividade antioxidante e anti-espasmódica. Em virtude do grande número de casos mundiais relacionados a falsificações ou contaminações de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc. (sinonímia botânica Illicium anisatum L.) os quais ocasionaram em intoxicações sobretudo em recém-nascidos, realizou-se o estudo de frutos de 18 amostras adquiridas em farmácia de manipulação, farmácia homeopática, casa de produtos naturais e feiras livres situadas em Brasília e 3 cidades satélites do Distrito Federal. Com base em literatura pertinente analisou-se as condições de embalagem e armazenamento. Foram realizados a análise organoléptica, caracterização botânica macroscópica, determinação do teor de cinzas, teor de umidade e pesquisa de elementos estranhos. Todos os frutos foram submetidos a testes de identificação para a detecção de possíveis falsificações ou contaminações. Com a presente pesquisa pretende-se realizar um diagnóstico da qualidade e autenticidade das amostras de anis-estrelado comercializadas no Distrito Federal.
Palavras-Chave: plantas medicinais; controle de qualidade; Illicium verum Hook.f.; anis-estrelado.
17 Publicação: 10 de maio de 2010
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18 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal
1. INTRODUÇÃO
O notável avanço dos fármacos de origem sintética nos últimos anos está relacionado com
as drogas de origem natural obtidas por meio dos processos de purificação dos extratos,
isolamento e identificação de princípios ativos (KOROLKOVAS; BURCKHALTER, 1988).
Na América Latina, calcula-se que aproximadamente metade da população tem
pouco ou nenhum acesso aos medicamentos industrializados o que direciona uma parcela
significativa de pessoas a buscar de algum tipo de planta medicinal para os seus cuidados
com a saúde (MIGUEL; MIGUEL, 2004).
Nesse contexto, destacam-se o papel desempenhado na etnobotânica no que se
refere ao estudo do uso e conhecimento de plantas por diversos grupos humanos
(ARJONA et al., 2007) e da etnofarmacologia que baseiam-se na identificação e registro
dos diferentes usos medicinais de plantas por diferentes grupos segundo elucida DI-
STASI (apud ALBUQUERQUE; HANAZAKI, 2006, p. 679). Ainda nesse âmbito ressalta-se
a atuação da Fitoterapia que relaciona-se exclusivamente a matérias-primas vegetais
ativas que tem por objetivo a cura ou profilaxia do usuário (OLIVEIRA; AKISUE, 2005) e
das práticas médicas populares que ocorrem em várias regiões do país e atingem uma
infinidade de praticantes mesmo sob forte pressão do saber médico oficial (SILVA et al.,
2001).
No tocante a comercialização de plantas medicinais, as farmácias homeopáticas;
de manipulação e as lojas de produtos naturais adquirem de distribuidores enquanto os
raizeiros comerciantes executam esse procedimento de modo simples no qual na maioria
das vezes são eles próprios quem colhem e preparam os órgãos vegetais e suas partes
constituintes (DE LA CRUZ, 2008).
Os processos de adulteração e falsificação de drogas naturais é um procedimento
comum daqueles que almejam lucro excessivo e ao agir desse modo tem contribuído para
a má qualidade dos fitoterápicos e prejuízos para a saúde pública (OLIVEIRA et al., 1996).
Flesch (2005) destaca que no Centro de Controle de envenenamento (na França)
as plantas estão relacionadas a 5 % dos casos de intoxicações.
2. OBJETIVO
Objetivos gerais: avaliar a qualidade de amostras de anis-estrelado vendidas no Distrito
Federal. Objetivos específicos: realizar estudos de avaliação da qualidade de amostras de
anis-estrelado vendidas em feiras livres, farmácias e casas de produtos naturais no
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Andréia Batista Nobre Duarte 19
Distrito Federal, por estudos de teor em cinzas, teor de umidade e pesquisa de elementos
estranhos. Detectar falsificações por estudos de cromatografia em camada delgada e teste
colorimétrico.
3. METODOLOGIA
O material vegetal utilizado no experimento foi adquirido em farmácia de manipulação,
farmácia homeopática, casa de produtos naturais e feiras livres situadas em Brasília e 3
cidades satélites do DF entre maio e agosto de 2009.
As amostras foram denominadas de farmácia de manipulação I (FM I), farmácia
homeopática I (FH I), casa de produtos naturais I (CPN I) e feira livre I (FL I), II (FL II), III
(FL III), IV (FL IV), V (FL V) e VI (FL VI) e foi atribuído um número para cada amostra
adquirida. Por questões éticas adotou-se essa denominação com a finalidade de não
divulgar a identidade dos estabelecimentos. Ao todo foram analisados 18 amostras. Todas
as amostras foram fotografadas destacando sua embalagem, os frutos contidos em cada
uma das amostras e os representantes analisados na identificação macroscópica. Todas as
amostras foram pesadas. As amostras foram analisadas quanto a embalagem,
armazenamento, tipo de recipiente, modo de fechamento, se estão ao abrigo da luz e calor
e se estão armazenadas por um período de tempo não-superior a um ano de acordo com o
estabelecido na Farmacopéia Brasileira (2000).
Selecionou-se representantes de cada amostra e realizou-se a descrição
macroscópica seguindo os seguintes procedimentos preconizados na Farmacopéia
Brasileira (2000): contagem dos folículos, verificação da disposição do fruto, presença ou
não de pedúnculos, medições dos folículos de cada um dos representante com o auxílio
do paquímetro, observação dos folículos (desenvolvimento, estrutura, formato, cor,
ângulo, ponto de inserção, bordo inferior, bordo superior, faces laterais, abertura na
maturação), análise da semente (invólucro, álbumen) e do embrião.
Para a identificação dos caracteres organolépticos realizou-se um teste-cego com
3 pessoas convidadas a participar com a finalidade de evitar qualquer interferência por
parte da pesquisadora na análise dos resultados. Durante o teste, foi apresentado a cada
pessoa frutos para que descrevessem o odor do pericarpo inteiro e posteriormente os
mesmos pilados e os resultados foram baseados na ferramenta estatística denominada
moda que se baseia nos resultados mais frequentes obtidos após o teste. Em seguida
foram analisados os dados obtidos com as recomendações específicas para a droga vegetal
Illicium verum Hook.f. descritas na Farmacopéia Brasileira (2000).
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20 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal
Em relação aos ensaios de pureza foi feita a pesquisa de material estranho na
qual todas as amostras foram observadas cuidadosamente com uma lupa e todo material
indesejável foi separado e pesado para realização do cálculo percentual de impureza. A
análise do teor de umidade e cinzas totais foi realizada de acordo os métodos propostos
na Farmacopéia Brasileira (1977) para drogas vegetais em todas as amostras.
Para a pesquisa de identificação das amostras vegetais de Illicium verum Hook.f.
utilizou-se 2 procedimentos consagrados da Farmacopéia Brasileira (2000).
4. DESENVOLVIMENTO
No Egito, os fragmentos do Papyrus Ebers relativos ao século XVI a.C. são considerados o
primeiro tratado de medicina egípcia e destacavam o potencial sedativo de plantas
(MIGUEL; MIGUEL, 2004). Os chineses utilizam as plantas medicinais há cerca de 7 mil
anos, os indianos reconhecem suas virtudes e os gregos contribuíram em relação ao seu
uso correto (ALONSO, 2008). No Brasil o uso de plantas medicinais para o tratamento de
patologias possui influência dos povos indígenas, africanos e europeus (MARTINS et al.,
1998).
Drogas vegetais referem-se às planta ou suas partes que foram submetidas aos
processos de coleta, preparo e conservação e são empregadas no preparo de
medicamentos devido a presença de seus princípios ativos (OLIVEIRA; AKISUE, 2005).
Devido a crescente produção de drogas vegetais ressalta-se a importância de
garantir a eficácia e a segurança desses produtos por meio de um severo controle de
qualidade sejam nas indústrias, farmácias ou em empresas distribuidoras (GIL, 2007).
Para realização de ensaios de qualidade de matérias-primas vegetais recomenda-se a
análise organoléptica, a verificação da autenticidade por meio da identificação botânica
(ensaio macroscópico) para confrontá-la com a descrição documentada em literatura
específica, realização de reações químicas de caracterização, caracterização
cromatográfica, verificação da pureza da amostra no qual verifica-se a presença de
elementos estranhos à droga, determinação do teor de cinzas e determinação de umidade
(SIMÕES et al., 2000). Alerta-se para a realização do controle de qualidade da droga
vegetal, pois sabe-se que inúmeras espécies são comercializadas sem nenhuma garantia
de qualidade o que favorece a ocorrência de problemas tais como: venda de espécies
falsificadas, armazenamento inadequado, identificação botânica equivocada, presença de
contaminantes, embalagens inadequadas ao produto e ausência de prazo de validade
(PEREIRA et al., 2009, MIGUEL; MIGUEL, 2004).
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O Illicium verum Hook.f. pertence à família Illiaceae (CUNHA et al., 2003). Seus
principais nomes populares são: anis-da-sibéria, anis-verdadeiro, badiana, badiana-de-
cheiro, funcho-da-china, anis-da-china e badiana-da-china (ITF, 2008; FARMACOPÉIA
BRASILEIRA, 2000). O anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.) possui ação expectorante,
espasmolítica, carminativa, estomática e antisséptica, é indicado em casos de inapetência,
tosse e também é indicado em inflamações gástrica, entérica e brônquica, em flatulência e
possui uso tópico em micoses (CUNHA et al., 2003). De acordo com Alonso (1998) os
produtos anisados podem ser utilizados como corretores organolépticos e na China o
anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.) é utilizado como aromatizante em tempero do tipo
curry, cafés, chás, embutidos e doces, além de ser utilizado para extração do ácido
shiquímico que é um dos componentes utilizado na fabricação do medicamento
Oseltamivir (AVULA et al., 2007). As principais contra-indicações são durante a gestação
e em casos de hiperestrogenismo (CUNHA et al., 2003), em recém-nascidos (LUDLOW et
al., 2004), em lactantes e crianças (ALONSO, 1998).
Há diferenças significativas entre Illicium verum Hook.f. e Illicium religiosum
Siebold & Zucc. (ALONSO, 1998), porém é comum haver falsificações entre Illicium verum
Hook.f e Illicium religiosum Siebold & Zucc. as quais acarretam em intoxicações conforme
relata CUNHA et al. (2003) que podem resultar em pequenas alterações tônico-clônicas
que ocorrem particularmente (mais não exclusivamente) em recém-nascidos que
ingeriram o chá para tratar cólica infantil (PALMER; BETZ, 2006). A nomenclatura
popular de Illicium religiosum Siebold & Zucc. é badiana-do-japão ou anis-estrelado
japonês (DUARTE et al., 1990, PALMER; BETZ, 2006).
LUDLOW et al. (2004) relatou 7 casos ocorridos nos quais o Illicium religiosum
Siebold & Zucc. acarretou em toxicidade e alterações neurológicas em lactentes com idade
entre 2 semanas a 3 meses que ingeriram o chá e apresentaram sinais de irritabilidade
aguda, agitação, contração involuntária dos músculos, aumento do reflexo profundo dos
tendões, movimentos involuntários dos globos oculares, vômitos e convulsões.
MINODIER et al. (2002) relatou 2 casos ocorridos na França: um bebê de 4 meses deu
entrada na pediatria apresentando vômitos e episódios tônico-clônicos e um bebê de 2
meses que apresentou um quadro de vômitos, movimentos anormais, tônica dos
movimentos dos membros e do corpo 1 hora após ingestão da infusão dos frutos de anis;
8 casos ocorridos na Holanda os quais foram notificados ao Centro de Controle que emitiu
um comunicado sobre o ocorrido resultando no desvendamento de outros 51 casos
relacionados e na Espanha foram relatados 20 casos com crianças de 8 dias de vida que
apresentaram manifestações clínicas 30 minutos a 4 horas após a ingestão de infusão de
anis-estrelado.
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Montoya-Cabrera (apud LUDLOW et al., 2004, p. 655) relata casos documentados
no México nos quais há toxicidade clínica relacionados ao consumo de anis-estrelado o
qual ocasionou alterações neurológicas.
Johanns e cols. (apud LUDLOW et al., 2004, p. 655) menciona relatos de 63
adultos que apresentaram mal-estar generalizado, náuseas e vômitos 2 a 4 horas após a
ingestão de um chá de anis-estrelado e 22 deles foram hospitalizados.
Vandenberghe et al. (apud LUDLOW et al., 2004, p. 655) cita um relata de caso de
um homem de 23 anos que apresentou dor de cabeça e epigástrica 4 horas após ingerir 3
copos de vinho quente preparado com anis-estrelado e o mesmo apresentou convulsão
tônico-clônico generalizado 8 horas após.
Ludlow et al. (2004) relatou um casos de lactentes na Espanha que apresentaram
irritabilidade, movimentos anormais, vômitos e movimentos involuntários dos olhos após
ingestão de chá de anis-estrelado e posteriormente encontrou-se evidências da
contaminação de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc.
Em decorrência de casos de envenenamento alimentar devido a contaminação de
amostras de Illicium verum Hook.f. (badiana-da-china) com Illicium religiosum Siebold &
Zucc. (badiana-do-japão) o Jornal da Comunidade Européia (2002) relata que a Europa
definiu condições especiais relacionadas à importação de anis-estrelado proveniente de
países terceiros, a Agência Nacional Francesa de Segurança dos Produtos de Saúde
decidiu que fosse retirado do mercado os produtos que possuem anis-estrelado em sua
composição (MINODIER et al., 2002), o FDA a emitiu um parecer quanto ao risco de
consumo de chás que são fabricados a partir de anis-estrelado (PALMER; BETZ, 2006), na
Argentina MUTTI (apud ALONSO, 1998, p. 269) relata o controle cromatográfico das
espécies para que haja uma diferenciação correta e na Escócia, China, Japão e Holanda
houve o recolhimento de produtos que contém anis-estrelado em sua composição
(LUDLOW et al., 2004).
5. RESULTADOS
Condições de embalagem, armazenamento das amostras e comercialização
As amostras adquiridas na farmácia de manipulação I (FM I) (figura 1), farmácia
homeopática I (FH I) e casa de produtos naturais I (CPN I) estão de acordo com a
Farmacopéia Brasileira (2000), pois estavam em embalagens plásticas bem lacradas, nos
estabelecimentos comerciais estavam dispostos em prateleira ao abrigo da luz e do calor e
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no rótulo havia menção a data de fabricação e validade por um período de tempo não
superior a um ano.
No rótulo da amostra adquirida na farmácia de manipulação I (FM I) não havia
nenhuma informação relacionada ao modo de guardar a amostra ou recomendações
quanto a violação da embalagem.
Na amostra obtidas na farmácia homeopática I (FH I) e casa de produtos naturais
I (CPN I) havia a recomendação quanto ao modo de acondicionar as amostras e o alerta
para não consumir caso o lacre estivesse violado.
As demais amostras adquiridas nas feira livres I (FL I) , II (FL II), III (FL III), IV
(FL IV), V (FL V) e VI (FL VI) estavam em desacordo com a Farmacopéia Brasileira (2000)
em relação a embalagem pois estavam acondicionadas em sacos plástico conforme é
possível verificar na Figura 2 que ilustra a amostra 4 proveniente da FL II, são fechados
manualmente, não são lacradas e algumas amostras estavam armazenadas em tonéis de
alumínio do qual retirava-se a quantidade solicitada no momento da dispensação com um
copo medidor.
As amostras adquiridas nas feiras livres I (FL I) , II (FL II), III (FL III), IV (FL IV),
V (FL V) e VI (FL VI) atendem parcialmente os requistos estabelecidos na Farmacopéia
Brasileira (2000) pois, apesar de estarem ao abrigo da luz e do calor nota-se a
vulnerabilidade das amostras em relação as variações de umidade e temperaturas
ambientais que possam estar submetidas visto que nas feiras livres os produtos são
armazenados em tonéis abertos.
As amostras adquiridas nas feiras livres I (FL I), II (FL II), III (FL III), IV (FL IV),
V (FL V) e VI (FL VI) contrariam as normas da Farmacopéia Brasileira (2000) pois
nenhuma em das amostras havia informações sobre o período de tempo em que estavam
armazenadas e não havia no rótulo informações adicionais sobre modo de guardar ou
modo de agir caso houvesse violação da embalagem.
A comercialização de chás a granel em feiras livres é uma prática que contraria a
Portaria no 519, de 26 de junho de 1998 a qual refere-se aos chás provenientes de plantas
destinadas à Preparação de Infusões ou Decocções.
Em suma; 83,33 % das amostras apresentaram-se não conformes em relação as
Condições de embalagem, armazenamento das amostras e comercialização.
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Figura 1 – Amostra 1 de FM I. Figura 2 – Amostra 4 obtida em FL II.
Nomenclatura botânica oficial
Todas as amostras (100%) encontram-se em desacordo em relação à nomenclatura
botânica oficial descrita na Farmacopéia Brasileira (2000).
Análise macroscópica
De cada amostra foram selecionados 3 representantes e estes foram submetidos a análise
macroscópica.
Todos os resultados foram obtidos pela média aritmética dos 3 representantes.
Após análises, os frutos e suas sementes possuem as características condizentes com as
descrições preconizadas com a Farmacopéia Brasileira (2000).
Figura 3 – Frutos de Illicium verum Hook.f. Figura 4 – Medições dos folículos. Figura 5 – Análise da semente para visualização de hilo e micrópila.
Caracteres organolépticos
O odor aromático agradável do pericarpo da droga é um item relacionados a
caracterização organoléptica de Illicium verum Hook.f. segundo a Farmacopéia Brasileira
(2000).
Os resultados obtidos após análise dos frutos inteiros de anis-estrelado foram:
61,1% apresentaram aroma agradável e 38,9% apresentaram aroma desagradável. Após
1 2
3 4 5
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serem pilados, 66,6% dos frutos de anis-estrelado apresentaram aroma agradável e 33,4%
apresentaram odor desagradável. Portanto, 100% dos frutos encontram-se de acordo com
as determinações da Farmacopéia Brasileira (2000).
Ensaios de pureza
Material estranho
Segundo a Farmacopéia Brasileira (2000) a quantidade máxima de material estranho é de
2%. A Figura 6 ilustra os materias estranhos encontrados na amostra I pertencente a feira
livre VI. De acordo com os percentuais encontrados estão fora do parâmetro estabelecido
pela Farmacopéia Brasileira (2000) a amostra 2 pertencente a feira livre I e a amostra 3
pertencente a feira livre II. As demais amostras estão dentro dos limites preconizados pela
Farmacopéia Brasileira (2000).
A presença de material estranho é um indicativo que o consumidor está
adquirindo elementos sem a finalidade terapêutica e que podem ocasionar em prejuízos a
sua saúde.
Figura 6 – Impurezas encontradas em amostra 1 pertencente a feira livre VI.
Teor de umidade
A Farmacopéia Brasileira (2000) estabelece o máximo de 7% de umidade para as amostras
de anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.).
O Fluxograma I ilustra resumidamente as etapas seguidas durante o método de
acordo com o proposto na Farmacopéia Brasileira (1977). Constatou-se que 66,6% das
amostras estavam em desacordo com o preconizado. O teor de água está diretamente
relacionado com seu processo de conservação (OLIVEIRA et al., 1996). A elevação do teor
de água ativa as enzimas e os microorganismos (bactérias e fungos) que irão decompor os
princípios ativos (BACCHI, 1996).
6
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26 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal
Cinzas totais
De acordo com a Farmacopéia Brasileira (2000), 6% é o máximo do teor de cinzas totais
estabelecido para as amostras de anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.).
Segundo Bacchi (1996) a importância dessa análise está no fato de que através do
resíduo obtido pelo processo de incineração é possível saber a quantidade de substância
inorgânica presente na droga vegetal, pois muitas vezes há presença de areia junto com a
droga vegetal para que ocorra aumento do peso do produto.
A adição de areia é um caso de adulteração de drogas vegetais (OLIVEIRA et al.,
1996). Verificou-se que todas as amostras estão em conformidade com o estabelecido.
Amostra pulverizada. Pesagem da Amostra.
Dessecação a 105º graus por 5 horas. Amostra no cadinho.
Resfriamento das amostras. Amostra dessecada.
Fluxograma I – Etapas do método Gravimétrico para drogas vegetais.
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Andréia Batista Nobre Duarte 27
Identificação das amostras
A autenticidade das amostras de Illicium verum Hook.f. foi avaliada de acordo com o
método descrito na Farmacopéia Brasileira (2000) por cromatografia em camada delgada
(CCD) e teste colorimétrico .
A CCD é um processo de grande utilidade para a análise de produtos vegetais
(SIMÕES et al., 2000). O deslocamento de substância na placa cromatográfica é comparada
pelo seu Rf (distância percorrida pela substância/distância percorrida na fase móvel) e,
além disso, deve-se analisar a coloração da mancha que é equivalente a cada tipo de
substância e são visualizadas por nebulização de reagentes sobre a placa e/ou analisadas
em luz U.V. (BACCHI, 1996). Todas as placas cromatográficas obtidas no experimento
apresentaram uma mancha de coloração violácea que é uma característica do anetol e os
cálculos de Rf realizados em todas as amostras apresentaram em média o valor de 0,85 o
que condiz com o Rf do anetol descrito na Farmacopéia Brasileira (2000) que é de
aproximadamente 0,80. 66,6% das amostras apresentaram opalescência após extração por
decocção e posterior adição de água, o que indica a presença de anetol e 33,4% não
apresentaram opalescência. No teste colorimétrico as amostras 1 pertencente a feira livre
III, amostra 1 referente a feira livre V e a amostra 1 da feira livre VI apresentaram anel
pardo e camada acética esverdeada que segundo Duarte et al. (1990) é uma característica
referente à badiana-do-japão (Illicium religiosum Siebold & Zucc.). As demais amostras
apresentaram um anel pardo na interface dos líquidos e camada acética alaranjada que é
uma característica peculiar de Illicium verum Hook.f. segundo descrito na Farmacopéia
Brasileira (2000). Assim sendo, observou-se a presença de amostras nas quais há mistura
de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc.
7 8 9
A B
Figura 7 – Amostra não opalescente (A) e opalescente (B). Figura 8 – Anel pardo (seta azul) e camada
acética esverdeada (seta vermelha) característico de Illicium religiosum Siebold & Zucc. Figura 9 – Anel pardo (seta) na interface dos líquidos e camada acética alaranjada característico de Illicium verum Hook.f.
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28 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal
Na Tabela I estão compilados todos os resultados dos ensaios de pureza e itens
observados no experimento.
Tabela I – Resultados dos Ensaios de pureza e itens observados no experimento. O
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FM I amostra 1 C NC C C C NC C Iv FH I amostra 1 C NC C C C C C Iv CPN I amostra 1 C NC C C C NC C Iv FL I amostra 1 NC NC C C C NC C Iv amostra 2 NC NC C C NC NC C Iv amostra 3 NC NC C C C NC C Iv FL II amostra 1 NC NC C C C C C Iv amostra 2 NC NC C C C C C Iv amostra 3 NC NC C C NC NC C Iv amostra 4 NC NC C C C NC C Iv amostra 5 NC NC C C C C C Iv FL III amostra 1 NC NC C C C C C Ir amostra 2 NC NC C C C NC C Iv FL IV amostra 1 NC NC C C C C C Iv FL V amostra 1 NC NC C C C NC C Ir FL VI amostra 1 NC NC C C C NC C Ir amostra 2 NC NC C C C NC C Iv amostra 3 NC NC C C C NC C Iv
Legenda: C= CONFORME; NC= NÃO CONFORME; Ir= Illicium religiosum Siebold & Zucc.; Iv=Illicium verum Hook.f.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O forte apelo em relação ao consumo de produtos naturais deve ser visto com ressalvas
uma vez que algumas plantas medicinais também produzem reações adversas. O presente
estudo é importante, pois avalia as condições das amostras de anis-estrelado
comercializadas no Distrito Federal e alerta sobre as possíveis falsificações ou
contaminações que podem comprometer a terapêutica.
Resultados apontam problemas relacionados à venda indiscriminada de anis-
estrelado em feiras livres por ser uma prática cultural brasileira a qual está em desacordo
com a legislação no que tange à venda a granel e a ausência de fiscalizações sanitárias.
Outro ponto a ser questionado refere-se a autenticidade das amostras pois não há a
certeza de que a droga vegetal comercializada é o Illicium verum Hook.f., uma falsificação
com a espécie Illicium religiosum Siebold & Zucc. ou uma mistura de ambas espécies. A
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ausência de orientações durante a dispensação em relação aos grupos inseridos nas
contra-indicações coloca em risco a saúde a saúde pública. O controle de qualidade das
amostras adquiridas em farmácia de manipulação deve ser rigoroso, pois alterações nos
quesitos nomenclatura botânica podem gerar dúvidas ao consumidor e alterações na
umidade comprometem diretamente a qualidade da droga vegetal.
O consumidor deve adotar alguns procedimentos durante a aquisição de plantas
medicinais com a finalidade de resguardar sua saúde, tais como:
• buscar informações seguras quanto ao produto que está adquirindo;
• obter droga vegetal somente em farmácias e casa de produtos naturais autorizadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
• solucionar suas dúvidas com o profissional Farmacêutico que é devidamente habilitado para essa finalidade;
• não acreditar em drogas vegetais que prometam efeitos milagrosos ou que estejam em “moda”;
• comunicar ao médico o uso de drogas vegetais e possíveis reações adversas que venha apresentando durante o consumo;
• em caso de intoxicação procurar ajuda médica imediatamente e comunicar as autoridades competentes;
• seguir as orientações em relação ao modo de uso e armazenamento das drogas vegetais adquiridas.
Propõe-se que todos os laboratórios que comercializam anis-estrelado (Illicium
verum Hook.f.) sejam regidos pela mesma legislação pois há situações em que estão
registrados como medicamentos fitoterápicos, alimento funcional e chás.
Recomenda-se que as autoridades competentes exijam dos fornecedores
brasileiros que comercializam anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.) a emissão de parecer
que atestem a identidade e qualidade droga vegetal. Propõe-se que sejam formados
comissões de profissionais de saúde para investigar os casos de intoxicações e alterações
neurológicas ocasionados pela ingestão acidental de Illicium religiosum Siebold & Zucc. e
haja ampla divulgação sobre a gravidade do fato sobretudo aos pediatras e enfermeiros
para que sejam capazes de identificar os sinais clínicos decorrentes das intoxicações
especialmente em crianças e lactentes.
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