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Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A. Andréia Batista Nobre Duarte Professora Orientadora: Ms. Clarice Cunha Taveira Curso: Farmácia FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA Trabalho apresentado no 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC. Primeira colocação no Concurso Interno de Iniciação Científica - 2009. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE AMOSTRAS DE ILLICIUM VERUM HOOK.F. COMERCIALIZADAS NA REGIÃO DO DISTRITO FEDERAL ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE Vol. XII, Nº. 14, Ano 2009 RESUMO O uso das plantas medicinais na cura e prevenção de doenças é uma prática difundida em todo o mundo. O Illicium verum Hook.f. é conhecido popularmente por badiana-da-china e anis- estrelado, possui atividade antioxidante e anti-espasmódica. Em virtude do grande número de casos mundiais relacionados a falsificações ou contaminações de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc. (sinonímia botânica Illicium anisatum L.) os quais ocasionaram em intoxicações sobretudo em recém-nascidos, realizou-se o estudo de frutos de 18 amostras adquiridas em farmácia de manipulação, farmácia homeopática, casa de produtos naturais e feiras livres situadas em Brasília e 3 cidades satélites do Distrito Federal. Com base em literatura pertinente analisou-se as condições de embalagem e armazenamento. Foram realizados a análise organoléptica, caracterização botânica macroscópica, determinação do teor de cinzas, teor de umidade e pesquisa de elementos estranhos. Todos os frutos foram submetidos a testes de identificação para a detecção de possíveis falsificações ou contaminações. Com a presente pesquisa pretende-se realizar um diagnóstico da qualidade e autenticidade das amostras de anis-estrelado comercializadas no Distrito Federal. Palavras-Chave: plantas medicinais; controle de qualidade; Illicium verum Hook.f.; anis-estrelado. ANUIC_N14_miolo.pdf 17 7/6/2010 18:16:50

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE AMOSTRAS DE ILLICIUM …repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/1086/1/artigo 2.pdf · 18 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum

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Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A.

Andréia Batista Nobre Duarte

Professora Orientadora: Ms. Clarice Cunha Taveira

Curso: Farmácia

FACULDADE ANHANGUERA DE BRASÍLIA

Trabalho apresentado no 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC.

Primeira colocação no Concurso Interno de Iniciação Científica - 2009.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE AMOSTRAS DE ILLICIUM VERUM HOOK.F. COMERCIALIZADAS NA REGIÃO DO DISTRITO FEDERAL

ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE

Vol. XII, Nº. 14, Ano 2009

RESUMO

O uso das plantas medicinais na cura e prevenção de doenças é uma prática difundida em todo o mundo. O Illicium verum Hook.f. é conhecido popularmente por badiana-da-china e anis-estrelado, possui atividade antioxidante e anti-espasmódica. Em virtude do grande número de casos mundiais relacionados a falsificações ou contaminações de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc. (sinonímia botânica Illicium anisatum L.) os quais ocasionaram em intoxicações sobretudo em recém-nascidos, realizou-se o estudo de frutos de 18 amostras adquiridas em farmácia de manipulação, farmácia homeopática, casa de produtos naturais e feiras livres situadas em Brasília e 3 cidades satélites do Distrito Federal. Com base em literatura pertinente analisou-se as condições de embalagem e armazenamento. Foram realizados a análise organoléptica, caracterização botânica macroscópica, determinação do teor de cinzas, teor de umidade e pesquisa de elementos estranhos. Todos os frutos foram submetidos a testes de identificação para a detecção de possíveis falsificações ou contaminações. Com a presente pesquisa pretende-se realizar um diagnóstico da qualidade e autenticidade das amostras de anis-estrelado comercializadas no Distrito Federal.

Palavras-Chave: plantas medicinais; controle de qualidade; Illicium verum Hook.f.; anis-estrelado.

17 Publicação: 10 de maio de 2010

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18 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal

1. INTRODUÇÃO

O notável avanço dos fármacos de origem sintética nos últimos anos está relacionado com

as drogas de origem natural obtidas por meio dos processos de purificação dos extratos,

isolamento e identificação de princípios ativos (KOROLKOVAS; BURCKHALTER, 1988).

Na América Latina, calcula-se que aproximadamente metade da população tem

pouco ou nenhum acesso aos medicamentos industrializados o que direciona uma parcela

significativa de pessoas a buscar de algum tipo de planta medicinal para os seus cuidados

com a saúde (MIGUEL; MIGUEL, 2004).

Nesse contexto, destacam-se o papel desempenhado na etnobotânica no que se

refere ao estudo do uso e conhecimento de plantas por diversos grupos humanos

(ARJONA et al., 2007) e da etnofarmacologia que baseiam-se na identificação e registro

dos diferentes usos medicinais de plantas por diferentes grupos segundo elucida DI-

STASI (apud ALBUQUERQUE; HANAZAKI, 2006, p. 679). Ainda nesse âmbito ressalta-se

a atuação da Fitoterapia que relaciona-se exclusivamente a matérias-primas vegetais

ativas que tem por objetivo a cura ou profilaxia do usuário (OLIVEIRA; AKISUE, 2005) e

das práticas médicas populares que ocorrem em várias regiões do país e atingem uma

infinidade de praticantes mesmo sob forte pressão do saber médico oficial (SILVA et al.,

2001).

No tocante a comercialização de plantas medicinais, as farmácias homeopáticas;

de manipulação e as lojas de produtos naturais adquirem de distribuidores enquanto os

raizeiros comerciantes executam esse procedimento de modo simples no qual na maioria

das vezes são eles próprios quem colhem e preparam os órgãos vegetais e suas partes

constituintes (DE LA CRUZ, 2008).

Os processos de adulteração e falsificação de drogas naturais é um procedimento

comum daqueles que almejam lucro excessivo e ao agir desse modo tem contribuído para

a má qualidade dos fitoterápicos e prejuízos para a saúde pública (OLIVEIRA et al., 1996).

Flesch (2005) destaca que no Centro de Controle de envenenamento (na França)

as plantas estão relacionadas a 5 % dos casos de intoxicações.

2. OBJETIVO

Objetivos gerais: avaliar a qualidade de amostras de anis-estrelado vendidas no Distrito

Federal. Objetivos específicos: realizar estudos de avaliação da qualidade de amostras de

anis-estrelado vendidas em feiras livres, farmácias e casas de produtos naturais no

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Distrito Federal, por estudos de teor em cinzas, teor de umidade e pesquisa de elementos

estranhos. Detectar falsificações por estudos de cromatografia em camada delgada e teste

colorimétrico.

3. METODOLOGIA

O material vegetal utilizado no experimento foi adquirido em farmácia de manipulação,

farmácia homeopática, casa de produtos naturais e feiras livres situadas em Brasília e 3

cidades satélites do DF entre maio e agosto de 2009.

As amostras foram denominadas de farmácia de manipulação I (FM I), farmácia

homeopática I (FH I), casa de produtos naturais I (CPN I) e feira livre I (FL I), II (FL II), III

(FL III), IV (FL IV), V (FL V) e VI (FL VI) e foi atribuído um número para cada amostra

adquirida. Por questões éticas adotou-se essa denominação com a finalidade de não

divulgar a identidade dos estabelecimentos. Ao todo foram analisados 18 amostras. Todas

as amostras foram fotografadas destacando sua embalagem, os frutos contidos em cada

uma das amostras e os representantes analisados na identificação macroscópica. Todas as

amostras foram pesadas. As amostras foram analisadas quanto a embalagem,

armazenamento, tipo de recipiente, modo de fechamento, se estão ao abrigo da luz e calor

e se estão armazenadas por um período de tempo não-superior a um ano de acordo com o

estabelecido na Farmacopéia Brasileira (2000).

Selecionou-se representantes de cada amostra e realizou-se a descrição

macroscópica seguindo os seguintes procedimentos preconizados na Farmacopéia

Brasileira (2000): contagem dos folículos, verificação da disposição do fruto, presença ou

não de pedúnculos, medições dos folículos de cada um dos representante com o auxílio

do paquímetro, observação dos folículos (desenvolvimento, estrutura, formato, cor,

ângulo, ponto de inserção, bordo inferior, bordo superior, faces laterais, abertura na

maturação), análise da semente (invólucro, álbumen) e do embrião.

Para a identificação dos caracteres organolépticos realizou-se um teste-cego com

3 pessoas convidadas a participar com a finalidade de evitar qualquer interferência por

parte da pesquisadora na análise dos resultados. Durante o teste, foi apresentado a cada

pessoa frutos para que descrevessem o odor do pericarpo inteiro e posteriormente os

mesmos pilados e os resultados foram baseados na ferramenta estatística denominada

moda que se baseia nos resultados mais frequentes obtidos após o teste. Em seguida

foram analisados os dados obtidos com as recomendações específicas para a droga vegetal

Illicium verum Hook.f. descritas na Farmacopéia Brasileira (2000).

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20 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal

Em relação aos ensaios de pureza foi feita a pesquisa de material estranho na

qual todas as amostras foram observadas cuidadosamente com uma lupa e todo material

indesejável foi separado e pesado para realização do cálculo percentual de impureza. A

análise do teor de umidade e cinzas totais foi realizada de acordo os métodos propostos

na Farmacopéia Brasileira (1977) para drogas vegetais em todas as amostras.

Para a pesquisa de identificação das amostras vegetais de Illicium verum Hook.f.

utilizou-se 2 procedimentos consagrados da Farmacopéia Brasileira (2000).

4. DESENVOLVIMENTO

No Egito, os fragmentos do Papyrus Ebers relativos ao século XVI a.C. são considerados o

primeiro tratado de medicina egípcia e destacavam o potencial sedativo de plantas

(MIGUEL; MIGUEL, 2004). Os chineses utilizam as plantas medicinais há cerca de 7 mil

anos, os indianos reconhecem suas virtudes e os gregos contribuíram em relação ao seu

uso correto (ALONSO, 2008). No Brasil o uso de plantas medicinais para o tratamento de

patologias possui influência dos povos indígenas, africanos e europeus (MARTINS et al.,

1998).

Drogas vegetais referem-se às planta ou suas partes que foram submetidas aos

processos de coleta, preparo e conservação e são empregadas no preparo de

medicamentos devido a presença de seus princípios ativos (OLIVEIRA; AKISUE, 2005).

Devido a crescente produção de drogas vegetais ressalta-se a importância de

garantir a eficácia e a segurança desses produtos por meio de um severo controle de

qualidade sejam nas indústrias, farmácias ou em empresas distribuidoras (GIL, 2007).

Para realização de ensaios de qualidade de matérias-primas vegetais recomenda-se a

análise organoléptica, a verificação da autenticidade por meio da identificação botânica

(ensaio macroscópico) para confrontá-la com a descrição documentada em literatura

específica, realização de reações químicas de caracterização, caracterização

cromatográfica, verificação da pureza da amostra no qual verifica-se a presença de

elementos estranhos à droga, determinação do teor de cinzas e determinação de umidade

(SIMÕES et al., 2000). Alerta-se para a realização do controle de qualidade da droga

vegetal, pois sabe-se que inúmeras espécies são comercializadas sem nenhuma garantia

de qualidade o que favorece a ocorrência de problemas tais como: venda de espécies

falsificadas, armazenamento inadequado, identificação botânica equivocada, presença de

contaminantes, embalagens inadequadas ao produto e ausência de prazo de validade

(PEREIRA et al., 2009, MIGUEL; MIGUEL, 2004).

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O Illicium verum Hook.f. pertence à família Illiaceae (CUNHA et al., 2003). Seus

principais nomes populares são: anis-da-sibéria, anis-verdadeiro, badiana, badiana-de-

cheiro, funcho-da-china, anis-da-china e badiana-da-china (ITF, 2008; FARMACOPÉIA

BRASILEIRA, 2000). O anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.) possui ação expectorante,

espasmolítica, carminativa, estomática e antisséptica, é indicado em casos de inapetência,

tosse e também é indicado em inflamações gástrica, entérica e brônquica, em flatulência e

possui uso tópico em micoses (CUNHA et al., 2003). De acordo com Alonso (1998) os

produtos anisados podem ser utilizados como corretores organolépticos e na China o

anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.) é utilizado como aromatizante em tempero do tipo

curry, cafés, chás, embutidos e doces, além de ser utilizado para extração do ácido

shiquímico que é um dos componentes utilizado na fabricação do medicamento

Oseltamivir (AVULA et al., 2007). As principais contra-indicações são durante a gestação

e em casos de hiperestrogenismo (CUNHA et al., 2003), em recém-nascidos (LUDLOW et

al., 2004), em lactantes e crianças (ALONSO, 1998).

Há diferenças significativas entre Illicium verum Hook.f. e Illicium religiosum

Siebold & Zucc. (ALONSO, 1998), porém é comum haver falsificações entre Illicium verum

Hook.f e Illicium religiosum Siebold & Zucc. as quais acarretam em intoxicações conforme

relata CUNHA et al. (2003) que podem resultar em pequenas alterações tônico-clônicas

que ocorrem particularmente (mais não exclusivamente) em recém-nascidos que

ingeriram o chá para tratar cólica infantil (PALMER; BETZ, 2006). A nomenclatura

popular de Illicium religiosum Siebold & Zucc. é badiana-do-japão ou anis-estrelado

japonês (DUARTE et al., 1990, PALMER; BETZ, 2006).

LUDLOW et al. (2004) relatou 7 casos ocorridos nos quais o Illicium religiosum

Siebold & Zucc. acarretou em toxicidade e alterações neurológicas em lactentes com idade

entre 2 semanas a 3 meses que ingeriram o chá e apresentaram sinais de irritabilidade

aguda, agitação, contração involuntária dos músculos, aumento do reflexo profundo dos

tendões, movimentos involuntários dos globos oculares, vômitos e convulsões.

MINODIER et al. (2002) relatou 2 casos ocorridos na França: um bebê de 4 meses deu

entrada na pediatria apresentando vômitos e episódios tônico-clônicos e um bebê de 2

meses que apresentou um quadro de vômitos, movimentos anormais, tônica dos

movimentos dos membros e do corpo 1 hora após ingestão da infusão dos frutos de anis;

8 casos ocorridos na Holanda os quais foram notificados ao Centro de Controle que emitiu

um comunicado sobre o ocorrido resultando no desvendamento de outros 51 casos

relacionados e na Espanha foram relatados 20 casos com crianças de 8 dias de vida que

apresentaram manifestações clínicas 30 minutos a 4 horas após a ingestão de infusão de

anis-estrelado.

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Montoya-Cabrera (apud LUDLOW et al., 2004, p. 655) relata casos documentados

no México nos quais há toxicidade clínica relacionados ao consumo de anis-estrelado o

qual ocasionou alterações neurológicas.

Johanns e cols. (apud LUDLOW et al., 2004, p. 655) menciona relatos de 63

adultos que apresentaram mal-estar generalizado, náuseas e vômitos 2 a 4 horas após a

ingestão de um chá de anis-estrelado e 22 deles foram hospitalizados.

Vandenberghe et al. (apud LUDLOW et al., 2004, p. 655) cita um relata de caso de

um homem de 23 anos que apresentou dor de cabeça e epigástrica 4 horas após ingerir 3

copos de vinho quente preparado com anis-estrelado e o mesmo apresentou convulsão

tônico-clônico generalizado 8 horas após.

Ludlow et al. (2004) relatou um casos de lactentes na Espanha que apresentaram

irritabilidade, movimentos anormais, vômitos e movimentos involuntários dos olhos após

ingestão de chá de anis-estrelado e posteriormente encontrou-se evidências da

contaminação de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc.

Em decorrência de casos de envenenamento alimentar devido a contaminação de

amostras de Illicium verum Hook.f. (badiana-da-china) com Illicium religiosum Siebold &

Zucc. (badiana-do-japão) o Jornal da Comunidade Européia (2002) relata que a Europa

definiu condições especiais relacionadas à importação de anis-estrelado proveniente de

países terceiros, a Agência Nacional Francesa de Segurança dos Produtos de Saúde

decidiu que fosse retirado do mercado os produtos que possuem anis-estrelado em sua

composição (MINODIER et al., 2002), o FDA a emitiu um parecer quanto ao risco de

consumo de chás que são fabricados a partir de anis-estrelado (PALMER; BETZ, 2006), na

Argentina MUTTI (apud ALONSO, 1998, p. 269) relata o controle cromatográfico das

espécies para que haja uma diferenciação correta e na Escócia, China, Japão e Holanda

houve o recolhimento de produtos que contém anis-estrelado em sua composição

(LUDLOW et al., 2004).

5. RESULTADOS

Condições de embalagem, armazenamento das amostras e comercialização

As amostras adquiridas na farmácia de manipulação I (FM I) (figura 1), farmácia

homeopática I (FH I) e casa de produtos naturais I (CPN I) estão de acordo com a

Farmacopéia Brasileira (2000), pois estavam em embalagens plásticas bem lacradas, nos

estabelecimentos comerciais estavam dispostos em prateleira ao abrigo da luz e do calor e

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no rótulo havia menção a data de fabricação e validade por um período de tempo não

superior a um ano.

No rótulo da amostra adquirida na farmácia de manipulação I (FM I) não havia

nenhuma informação relacionada ao modo de guardar a amostra ou recomendações

quanto a violação da embalagem.

Na amostra obtidas na farmácia homeopática I (FH I) e casa de produtos naturais

I (CPN I) havia a recomendação quanto ao modo de acondicionar as amostras e o alerta

para não consumir caso o lacre estivesse violado.

As demais amostras adquiridas nas feira livres I (FL I) , II (FL II), III (FL III), IV

(FL IV), V (FL V) e VI (FL VI) estavam em desacordo com a Farmacopéia Brasileira (2000)

em relação a embalagem pois estavam acondicionadas em sacos plástico conforme é

possível verificar na Figura 2 que ilustra a amostra 4 proveniente da FL II, são fechados

manualmente, não são lacradas e algumas amostras estavam armazenadas em tonéis de

alumínio do qual retirava-se a quantidade solicitada no momento da dispensação com um

copo medidor.

As amostras adquiridas nas feiras livres I (FL I) , II (FL II), III (FL III), IV (FL IV),

V (FL V) e VI (FL VI) atendem parcialmente os requistos estabelecidos na Farmacopéia

Brasileira (2000) pois, apesar de estarem ao abrigo da luz e do calor nota-se a

vulnerabilidade das amostras em relação as variações de umidade e temperaturas

ambientais que possam estar submetidas visto que nas feiras livres os produtos são

armazenados em tonéis abertos.

As amostras adquiridas nas feiras livres I (FL I), II (FL II), III (FL III), IV (FL IV),

V (FL V) e VI (FL VI) contrariam as normas da Farmacopéia Brasileira (2000) pois

nenhuma em das amostras havia informações sobre o período de tempo em que estavam

armazenadas e não havia no rótulo informações adicionais sobre modo de guardar ou

modo de agir caso houvesse violação da embalagem.

A comercialização de chás a granel em feiras livres é uma prática que contraria a

Portaria no 519, de 26 de junho de 1998 a qual refere-se aos chás provenientes de plantas

destinadas à Preparação de Infusões ou Decocções.

Em suma; 83,33 % das amostras apresentaram-se não conformes em relação as

Condições de embalagem, armazenamento das amostras e comercialização.

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24 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal

Figura 1 – Amostra 1 de FM I. Figura 2 – Amostra 4 obtida em FL II.

Nomenclatura botânica oficial

Todas as amostras (100%) encontram-se em desacordo em relação à nomenclatura

botânica oficial descrita na Farmacopéia Brasileira (2000).

Análise macroscópica

De cada amostra foram selecionados 3 representantes e estes foram submetidos a análise

macroscópica.

Todos os resultados foram obtidos pela média aritmética dos 3 representantes.

Após análises, os frutos e suas sementes possuem as características condizentes com as

descrições preconizadas com a Farmacopéia Brasileira (2000).

Figura 3 – Frutos de Illicium verum Hook.f. Figura 4 – Medições dos folículos. Figura 5 – Análise da semente para visualização de hilo e micrópila.

Caracteres organolépticos

O odor aromático agradável do pericarpo da droga é um item relacionados a

caracterização organoléptica de Illicium verum Hook.f. segundo a Farmacopéia Brasileira

(2000).

Os resultados obtidos após análise dos frutos inteiros de anis-estrelado foram:

61,1% apresentaram aroma agradável e 38,9% apresentaram aroma desagradável. Após

1 2

3 4 5

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serem pilados, 66,6% dos frutos de anis-estrelado apresentaram aroma agradável e 33,4%

apresentaram odor desagradável. Portanto, 100% dos frutos encontram-se de acordo com

as determinações da Farmacopéia Brasileira (2000).

Ensaios de pureza

Material estranho

Segundo a Farmacopéia Brasileira (2000) a quantidade máxima de material estranho é de

2%. A Figura 6 ilustra os materias estranhos encontrados na amostra I pertencente a feira

livre VI. De acordo com os percentuais encontrados estão fora do parâmetro estabelecido

pela Farmacopéia Brasileira (2000) a amostra 2 pertencente a feira livre I e a amostra 3

pertencente a feira livre II. As demais amostras estão dentro dos limites preconizados pela

Farmacopéia Brasileira (2000).

A presença de material estranho é um indicativo que o consumidor está

adquirindo elementos sem a finalidade terapêutica e que podem ocasionar em prejuízos a

sua saúde.

Figura 6 – Impurezas encontradas em amostra 1 pertencente a feira livre VI.

Teor de umidade

A Farmacopéia Brasileira (2000) estabelece o máximo de 7% de umidade para as amostras

de anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.).

O Fluxograma I ilustra resumidamente as etapas seguidas durante o método de

acordo com o proposto na Farmacopéia Brasileira (1977). Constatou-se que 66,6% das

amostras estavam em desacordo com o preconizado. O teor de água está diretamente

relacionado com seu processo de conservação (OLIVEIRA et al., 1996). A elevação do teor

de água ativa as enzimas e os microorganismos (bactérias e fungos) que irão decompor os

princípios ativos (BACCHI, 1996).

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26 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal

Cinzas totais

De acordo com a Farmacopéia Brasileira (2000), 6% é o máximo do teor de cinzas totais

estabelecido para as amostras de anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.).

Segundo Bacchi (1996) a importância dessa análise está no fato de que através do

resíduo obtido pelo processo de incineração é possível saber a quantidade de substância

inorgânica presente na droga vegetal, pois muitas vezes há presença de areia junto com a

droga vegetal para que ocorra aumento do peso do produto.

A adição de areia é um caso de adulteração de drogas vegetais (OLIVEIRA et al.,

1996). Verificou-se que todas as amostras estão em conformidade com o estabelecido.

Amostra pulverizada. Pesagem da Amostra.

Dessecação a 105º graus por 5 horas. Amostra no cadinho.

Resfriamento das amostras. Amostra dessecada.

Fluxograma I – Etapas do método Gravimétrico para drogas vegetais.

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Andréia Batista Nobre Duarte 27

Identificação das amostras

A autenticidade das amostras de Illicium verum Hook.f. foi avaliada de acordo com o

método descrito na Farmacopéia Brasileira (2000) por cromatografia em camada delgada

(CCD) e teste colorimétrico .

A CCD é um processo de grande utilidade para a análise de produtos vegetais

(SIMÕES et al., 2000). O deslocamento de substância na placa cromatográfica é comparada

pelo seu Rf (distância percorrida pela substância/distância percorrida na fase móvel) e,

além disso, deve-se analisar a coloração da mancha que é equivalente a cada tipo de

substância e são visualizadas por nebulização de reagentes sobre a placa e/ou analisadas

em luz U.V. (BACCHI, 1996). Todas as placas cromatográficas obtidas no experimento

apresentaram uma mancha de coloração violácea que é uma característica do anetol e os

cálculos de Rf realizados em todas as amostras apresentaram em média o valor de 0,85 o

que condiz com o Rf do anetol descrito na Farmacopéia Brasileira (2000) que é de

aproximadamente 0,80. 66,6% das amostras apresentaram opalescência após extração por

decocção e posterior adição de água, o que indica a presença de anetol e 33,4% não

apresentaram opalescência. No teste colorimétrico as amostras 1 pertencente a feira livre

III, amostra 1 referente a feira livre V e a amostra 1 da feira livre VI apresentaram anel

pardo e camada acética esverdeada que segundo Duarte et al. (1990) é uma característica

referente à badiana-do-japão (Illicium religiosum Siebold & Zucc.). As demais amostras

apresentaram um anel pardo na interface dos líquidos e camada acética alaranjada que é

uma característica peculiar de Illicium verum Hook.f. segundo descrito na Farmacopéia

Brasileira (2000). Assim sendo, observou-se a presença de amostras nas quais há mistura

de Illicium verum Hook.f. com Illicium religiosum Siebold & Zucc.

7 8 9

A B

Figura 7 – Amostra não opalescente (A) e opalescente (B). Figura 8 – Anel pardo (seta azul) e camada

acética esverdeada (seta vermelha) característico de Illicium religiosum Siebold & Zucc. Figura 9 – Anel pardo (seta) na interface dos líquidos e camada acética alaranjada característico de Illicium verum Hook.f.

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28 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal

Na Tabela I estão compilados todos os resultados dos ensaios de pureza e itens

observados no experimento.

Tabela I – Resultados dos Ensaios de pureza e itens observados no experimento. O

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FM I amostra 1 C NC C C C NC C Iv FH I amostra 1 C NC C C C C C Iv CPN I amostra 1 C NC C C C NC C Iv FL I amostra 1 NC NC C C C NC C Iv amostra 2 NC NC C C NC NC C Iv amostra 3 NC NC C C C NC C Iv FL II amostra 1 NC NC C C C C C Iv amostra 2 NC NC C C C C C Iv amostra 3 NC NC C C NC NC C Iv amostra 4 NC NC C C C NC C Iv amostra 5 NC NC C C C C C Iv FL III amostra 1 NC NC C C C C C Ir amostra 2 NC NC C C C NC C Iv FL IV amostra 1 NC NC C C C C C Iv FL V amostra 1 NC NC C C C NC C Ir FL VI amostra 1 NC NC C C C NC C Ir amostra 2 NC NC C C C NC C Iv amostra 3 NC NC C C C NC C Iv

Legenda: C= CONFORME; NC= NÃO CONFORME; Ir= Illicium religiosum Siebold & Zucc.; Iv=Illicium verum Hook.f.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O forte apelo em relação ao consumo de produtos naturais deve ser visto com ressalvas

uma vez que algumas plantas medicinais também produzem reações adversas. O presente

estudo é importante, pois avalia as condições das amostras de anis-estrelado

comercializadas no Distrito Federal e alerta sobre as possíveis falsificações ou

contaminações que podem comprometer a terapêutica.

Resultados apontam problemas relacionados à venda indiscriminada de anis-

estrelado em feiras livres por ser uma prática cultural brasileira a qual está em desacordo

com a legislação no que tange à venda a granel e a ausência de fiscalizações sanitárias.

Outro ponto a ser questionado refere-se a autenticidade das amostras pois não há a

certeza de que a droga vegetal comercializada é o Illicium verum Hook.f., uma falsificação

com a espécie Illicium religiosum Siebold & Zucc. ou uma mistura de ambas espécies. A

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ausência de orientações durante a dispensação em relação aos grupos inseridos nas

contra-indicações coloca em risco a saúde a saúde pública. O controle de qualidade das

amostras adquiridas em farmácia de manipulação deve ser rigoroso, pois alterações nos

quesitos nomenclatura botânica podem gerar dúvidas ao consumidor e alterações na

umidade comprometem diretamente a qualidade da droga vegetal.

O consumidor deve adotar alguns procedimentos durante a aquisição de plantas

medicinais com a finalidade de resguardar sua saúde, tais como:

• buscar informações seguras quanto ao produto que está adquirindo;

• obter droga vegetal somente em farmácias e casa de produtos naturais autorizadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

• solucionar suas dúvidas com o profissional Farmacêutico que é devidamente habilitado para essa finalidade;

• não acreditar em drogas vegetais que prometam efeitos milagrosos ou que estejam em “moda”;

• comunicar ao médico o uso de drogas vegetais e possíveis reações adversas que venha apresentando durante o consumo;

• em caso de intoxicação procurar ajuda médica imediatamente e comunicar as autoridades competentes;

• seguir as orientações em relação ao modo de uso e armazenamento das drogas vegetais adquiridas.

Propõe-se que todos os laboratórios que comercializam anis-estrelado (Illicium

verum Hook.f.) sejam regidos pela mesma legislação pois há situações em que estão

registrados como medicamentos fitoterápicos, alimento funcional e chás.

Recomenda-se que as autoridades competentes exijam dos fornecedores

brasileiros que comercializam anis-estrelado (Illicium verum Hook.f.) a emissão de parecer

que atestem a identidade e qualidade droga vegetal. Propõe-se que sejam formados

comissões de profissionais de saúde para investigar os casos de intoxicações e alterações

neurológicas ocasionados pela ingestão acidental de Illicium religiosum Siebold & Zucc. e

haja ampla divulgação sobre a gravidade do fato sobretudo aos pediatras e enfermeiros

para que sejam capazes de identificar os sinais clínicos decorrentes das intoxicações

especialmente em crianças e lactentes.

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30 Avaliação da qualidade de amostras de Illicium verum Hook.f. comercializadas na região do Distrito Federal

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