Avaliação de filosofia - março2012

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  • 8/2/2019 Avaliao de filosofia - maro2012

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    Ponte Nova

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    AVALIAO DE FILOSOFIA

    Thas Luciany Bombassaro

    Faculdade Dinmica

    Curso de Direito

    1 PerodoTurma B

    Prof. Gilberto Santana

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    Avaliao de filosofia

    Que quer dizer a palavra crtica?A palavra crtica tem sua origem no grego: krinein, que est ligado ideia de ir

    raiz do problema para tentar entend-lo, ou seja, realizar uma anlise.Podemos entender a crtica como:

    Capacidade de julgar, discernir e decidir corretamente. O exame racional de todas as coisas, sem preconceitos e sem pr-julgamentos. A atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia, um valor, um costume,

    um comportamento, uma obra artstica ou cientfica.

    O senso comum nossa maneira habitual de pensar e agir ou reagir, dentro de umacoletividade humana. Nossos planos, reflexes e crticas so feitas a partir desse sensocomum. Nem sempre verdadeiro o que acreditamos e por vezes a realidade est escondidapor trs de nossas falsas crenas.

    O Mito da Caverna de Plato nos faz pensar sobre isso. Os prisioneiros acreditavamem uma realidade que na verdade fora criada pelos que estavam fora da caverna.

    Acreditavam acriticamente no que viam, enquanto eram manipulados.

    Assim ocorre na vida real em relao publicidade. As propagandas nos fazemacreditar que certas coisas so normais, mesmo que sejam absurdas. As pessoas acreditamestar comprando estilo de vida, elegncia, feminilidade ou masculinidade, quando na verdade

    esto sendo manipulados a fim de criarem necessidades por coisas suprfluas (a indstriaproduz e precisa de quem consuma). As escolas procuram internalizar nos alunoscomportamentos socialmente aceitos. Ideologias legitimam os atos de quem as tem. Notciassobre crimes intitulam os autores de marginais sem conhecer a pessoa e os seus motivosntimos. Assim, somos alienados desde que nascemos e acabamos por aceitar acriticamente oque nos imposto ou, at mesmo, sugerido.

    Outro exemplo de alienao pelo senso comum o do cristianismo, assunto abordadopor Nietzsche em sua obra O Anticristo. A religio crist tornou as pessoas fracas,

    inseguras e temerosas, atravs da imposio de uma nova verdade, de uma forma queatendesse aos seus objetivos de controle e enriquecimento.

    O ser humano ignorante, mas no burro. Qualquer pessoa tem condies de fazeruma anlise crtica sobre qualquer assunto que lhe diga respeito. A questo que nem todossabem faz-la.

    A crtica se d em dois momentos:

    1. Movimento negativo: negao dos conhecimentos impostos, pr-conceitos e pr-julgamentos. Dizer no ao senso comum.

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    2. Movimento positivo: questionamentos, interrogaes, indagaes. (O que ? Como? Por que ?)

    A crtica no uma verdade irrefutvel. Apesar de ser alheia ao senso comum, feita

    dentro do contexto de vida de cada pessoa, que diferente para cada uma delas.

    A partir do momento que sabemos que nossas crenas podem no ser a realidade eque sabemos que de nada sabemos (seguindo o pensamento de Scrates), temos a conscinciade que a busca da verdade uma constante e que devemos utiliz-la a nosso favor a fim decompreender o mundo e a ns mesmos, nos tornando pessoas melhores.

    O pensamento crtico sustenta nossas opinies com argumentos slidos e nossamelhor defesa contra a manipulao.

    Juntamente com a filosofia, nos permite conceber solues criativas e fundamentadasa problemas nunca antes enfrentados. Como o exemplo o fato de que hoje a tecnologia mdica

    consegue manter pessoas vivas em estado vegetativo. A religio nos d argumentos dbios eobscuros, ao passo que a filosofia capaz de nos dar uma resposta precisa, baseada emargumentos claros e slidos.

    Qual a utilidade da filosofia?Vivemos em uma sociedade marcada pela busca de resultados imediatos, a filosofia

    acaba sendo classificada como uma atividade intil j que o seus resultados so a longo

    prazo e a sua produo no material.

    Defendendo a utilidade da filosofia

    A filosofia serve para compreender melhor o mundo, os outros e ns mesmos.Tomando como exemplo a produo industrial: os bens produzidos pela indstria,

    exceto os bens que suprem as nossas necessidades bsicas (alimentao, vesturio, moradia),so consumidos como fontes de prazer. Sendo assim, a filosofia como busca da verdade e dacompreenso, se torna uma atividade apta no que se refere utilidade ao contribuir para a obem viver e a nossa felicidade.

    As cincias, as artes e as religies, assim como a filosofia, so tambm formas decompreenso do mundo, apesar de no se restringirem apenas a isso e de no seremquestionadas quanto utilidade. Comparando-as com a filosofia:

    Enquanto as artes nos inspiram e nos maravilham, a filosofia produz argumentos quenos inspiram e nos maravilham, fazendo de ns seres humanos melhores.

    A religio nos fornece conforto e orientao espiritual. A filosofia nos faz ver queaceitamos muitas respostas insatisfatrias sem ao menos critic-las.

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    A cincia cura doenas e a filosofia ajuda a enfrentar problemas morais levantadospela cincia, a exemplo da eutansia e do aborto.

    Nem todos os conhecimentos expressos pelas artes, religio e cincia so de utilidadeprtica, tornam a nossa vida mais rica. O mesmo vale para os conhecimentos advindos dafilosofia. Um conhecimento tido como intil, ou seja, sem utilidade prtica, pode vir a se

    tornar til. Um exemplo o da lgica, intil a princpio, porm graas a ela os computadorespuderam ser desenvolvidos.

    A filosofia como a discusso de ideias com argumentos rigorosos torna-se muito til aonos dar condies de discutir claramente qualquer assunto, a tomar melhores decises e afundamentar melhor nossas convices. No se limita a alargar a nossa compreenso, mastambm nos ajuda a mudar nossa vida.

    Exemplificando a utilidade da filosofia

    A filosofia na doutrina esprita nos leva a questionar: Para que serve isto? De ondeviemos? O que o esprito? Ele existia antes do nascimento ou passou a existir aps?

    Onde estava antes? Estes que questionamentos guiam a construo da prpriadoutrina, seus fundamentos, seu estudo e sua prtica. Assim funcionaria para asoutras religies, cada qual com suas crenas.

    A rejeio s concepes religiosas tambm levam o indivduo a querer elaborar umanova concepo a fim de preencher esse vazio.

    Influncia da filosofia na poltica:o A primeira Constituio dos Estados Unidos foi, em grande parte, uma

    aplicao das ideias do filsofo John Locke (substituir o monarca hereditrio

    por um presidente).o As ideias de Rousseau foram decisivas para a Revoluo Francesa de 1789.o Os filsofos alemes do sculo XIX influenciaram o desenvolvimento de um

    nacionalismo exacerbado, que posteriormente assumiu formas bastantedeturpadas, culminando no Holocausto.

    o Podemos ver que a filosofia pode ser tanto uma boa influncia para a polticacomo nefasta.

    o Se, em controvrsias polticas entre naes, ambos os lados considerassemsuas diferenas polticas munidos de esprito filosfico, seria difcil admitir aeventualidade de uma guerra.

    O desenvolvimento da cincia s foi possvel por sua sustentao filosfica, com baseem questionamentos, argumentaes e em sua metodologia (enunciados precisos erigorosos; encadeamentos lgicos entre enunciados; conceitos e ideias obtidos porprocedimentos de demonstrao e prova; fundamentao do que enunciado e pensado).

    o A concepo mecanicista do universo, que caracterizou a cincia durante osltimos trs sculos, derivada principalmente da filosofia de Descartes.

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    A filosofia deveria ser valorizada por si s. Estudar e praticar a filosofia pela filosofia,na busca desinteressada pela verdade, que ao ser encontrada mostrar o seu carter deutilidade.

    As crenas so teis porque so verdadeiras, e no verdadeiras porque so teis.

    Concluso

    A filosofia til como forma de compreenso do mundo e de ns mesmos, til nabusca do bem viver, til como base e apoio de diversos ramos do saber, til na busca daverdade, til na gerao do conhecimento, enfim, til por enriquecer nossa vida e torna-lamelhor.