37
JUAN ALBERTO MONGELÓS AVALIAÇÃO DO CONSUMIDOR PELOS ELEMENTOS TANGÍVEIS EM POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS DE CURITIBA Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós Graduação em Gerenciamento de Obras, Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR. Orientador: Prof.M.Eng.Carlos Alberto da Costa CURITIBA 2007

AVALIAÇÃO DO CONSUMIDOR PELOS ELEMENTOS TANGÍVEIS EM POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS DE CURITIBA

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Com a abertura do mercado do petróleo em 1997, aumentou e continua aumentando o número de postos revendedores em todo o país. O setor da construção e da engenharia civil está de frente a novas oportunidades no negócio da revenda de combustíveis pois o próprio consumidor está exigindo qualidade não só nos produtos e no atendimento, mas também nos aspectos físicos e construtivos das instalações. Um dos fatores mais importantes que contribuiu para esta evolução é a questão do cuidado com o meio ambiente. Atualmente os postos com piso sujo de graxa já ficou no passado, ainda mais tratando-se de postos urbanos. A proposta deste trabalho é fazer uma pesquisa em relação a o aspecto acima mencionado: O aspecto da influência que tem os elementos tangíveis na percepção de qualidade no consumidor. Para responder esta questão acreditamos que tenha sido uma boa decisão escolher os postos revendedores tipicamente urbanos e instalados na cidade de Curitiba, que é referência em qualidade de vida. Foi constatado um mercado bastante competitivo, inclusive com traços de concorrência imperfeita e um consumidor atento permanentemente ao jogo de preços que um mercado altamente competitivo oferece.Acreditamos que o objetivo proposto foi atingido pois na pesquisa identificamos que o consumidor percebe os aspectos físicos, o “visual” do posto e os relaciona com grande influência, à sua percepção de qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

Citation preview

  • JUAN ALBERTO MONGELS

    AVALIAO DO CONSUMIDOR PELOS ELEMENTOS TANGVEIS EM POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTVEIS DE CURITIBA

    Monografia apresentada para obteno do ttulo de Especialista no Curso de Ps Graduao em Gerenciamento de Obras, Departamento Acadmico de Construo Civil, Universidade Tecnolgica Federal do Paran, UTFPR. Orientador: Prof.M.Eng.Carlos Alberto da Costa

    CURITIBA 2007

  • 2

    SUMARIO Lista de Figuras........................................................................................................iii

    Lista de Quadros......................................................................................................iv

    RESUMO.....................................................................................................................v

    1 INTRODUO..................................................................................................p. 01

    1.1 Objetivo.........................................................................................................p. 02

    1.1 Objetivos especficos...................................................................................p. 02

    1.3 Limitaes.....................................................................................................p.02

    1.4 Justificativa...................................................................................................p.02

    2 REVISO BIBLIOGRFICA..............................................................................p.03

    2.1 O comercio de combustveis automotivos no Brasil.................................p.03

    2.2 Postos revendedores na Cidade de Curitiba..............................................p.05

    2.3 Aspectos legais para funcionamento do posto revendedor.....................p.08

    2.4 Comportamento do consumidor..................................................................p.13

    2.4.1 Comportamento de compra..................................................................p.13

    1.4.1.1 Deciso de compra................................................................p.14

    2.4.2 Avaliao da qualidade do servio......................................................p.15

    2.4.2.1 Os critrios de avaliao........................................................p.16

    3 METODO............................................................................................................p.20

    3.1 Amostra..........................................................................................................p.20

    4 APRESENTAO DOS RESULTADOS...........................................................p.22

    4.1 Caracterizao do cliente consumidor.........................................................p.22

    4.2 Critrio mais importante usado para escolha do posto revendedor.........p.23

    4.3 Aspectos fsicos e tangveis..........................................................................p.24

    5 CONCLUSO.....................................................................................................p.27

    6 REFERNCIAS..................................................................................................p.29

    7 APNDICE.........................................................................................................p.31

  • 3

    LISTA DE FIGURAS Figura 1 Fatores que influenciam o comportamento..........................................p.14

    Figura 2 Fatores que influenciam a formao das expectativas do cliente

    em relao ao servio prestado...........................................................p.16

    Figura 3 Sexo dos consumidores........................................................................p.22

    Figura 4 Propriedade dos veculos......................................................................p.23

    Figura 5 Critrio mais importante usado para escolha do posto revendedor......p.24

    Figura 6 Qual aspecto visual o mais importante no posto?...........................p.25

    Figura 7 Percepo de qualidade que produz estando o posto limpo e

    bem conservado...................................................................................p.25

    Figura 8 Motivao para abastecer em um posto novo e desconhecido............p.26

    Figura 9 Percepo aps visualizar uma imagem suja e deteriorada.................p.26

  • 4

    LISTA DE QUADROS Quadro 1 Presso do mercado de Curitiba por preos baixos.........................p.06

    Quadro 2 Histria e evoluo da distribuio de combustveis........................p.08

    Quadro 3 Modos de deciso do consumidor....................................................p.14

    Quadro 4 Dimenses SERVQUAL para mensurao das qualidade

    dos servios prestados.....................................................................p.17

    Quadro 5 Moradores em domiclios por classes de rendimento......................p.21

    Quadro 6 Faixa etria.......................................................................................p.23

  • 5

    RESUMO

    Com a abertura do mercado do petrleo em 1997, aumentou e continua

    aumentando o nmero de postos revendedores em todo o pas. O setor da construo e da engenharia civil est de frente a novas oportunidades no negcio da revenda de combustveis pois o prprio consumidor est exigindo qualidade no s nos produtos e no atendimento, mas tambm nos aspectos fsicos e construtivos das instalaes. Um dos fatores mais importantes que contribuiu para esta evoluo a questo do cuidado com o meio ambiente. Atualmente os postos com piso sujo de graxa j ficou no passado, ainda mais tratando-se de postos urbanos. A proposta deste trabalho fazer uma pesquisa em relao a o aspecto acima mencionado: O aspecto da influncia que tem os elementos tangveis na percepo de qualidade no consumidor. Para responder esta questo acreditamos que tenha sido uma boa deciso escolher os postos revendedores tipicamente urbanos e instalados na cidade de Curitiba, que referncia em qualidade de vida. Foi constatado um mercado bastante competitivo, inclusive com traos de concorrncia imperfeita e um consumidor atento permanentemente ao jogo de preos que um mercado altamente competitivo oferece.Acreditamos que o objetivo proposto foi atingido pois na pesquisa identificamos que o consumidor percebe os aspectos fsicos, o visual do posto e os relaciona com grande influncia, sua percepo de qualidade dos produtos e servios oferecidos.

    Palavras chave: Posto revendedor Qualidade Servios Comunicao visual

  • 6

    1 INTRODUO

    O fim do monoplio em 1997 no mercado de explorao, produo e refino de

    petrleo, assim como na distribuio e revenda de combustveis, estimulou

    investimentos e propiciou uma nova dinmica na economia. O trabalho aqui

    apresentado centra sua ateno em um setor importante deste mercado: O dos

    postos de abastecimento de combustveis. Segundo dados da Agencia Nacional do

    Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis, rgo federal que regula o setor, a

    abertura de novos estabelecimentos tem aumentado no decorrer dos anos. Dos

    26.660 postos existentes em 1999 , at junho de 2007, o incremento em oito anos

    atingiu a ordem de 37% de novos postos habilitados. Existem hoje 35.585 postos em

    funcionamento em todo o Brasil. Da mesma forma, das 107 empresas distribuidoras

    de combustveis existentes naquele ano, at 2007 so 256 o nmero de

    distribuidoras que atendem o abastecimento nacional. No contexto desta dinmica,

    onde a abertura do mercado produz aumento na oferta, o consumidor tornou-se

    mais exigente em relao qualidade dos produtos que so oferecidos, em seus

    direitos como consumidor e qualidade dos servios de um modo geral. Nos

    Postos de abastecimento de combustveis surgiu um novo conceito onde um

    conjunto de produtos e servios so oferecidos ao consumidor, todas

    fundamentadas em atualizadas tcnicas de comercializao e marketing.

    Sensvel a qualquer movimento na economia, o setor da construo civil no

    esta indiferente s transformaes que esto acontecendo no comercio de

    combustveis. Alm da construo e reformas de novos estabelecimentos, este setor

    campo frtil para a criao de novos negcios relacionando a engenharia civil a

    outras reas como meio ambinte, gesto de servios, gerenciamento de projetos

    arquitetura e outros. Este fato foi motivao para realizar este trabalho. Surgiu ento

    o interrogante, que influncia tem os aspectos tangveis no consumidor? o qual

    tornou - se objetivo do trabalho. Na busca da resposta investigou-se sobre o

    contedo terico e seguidamente foi realizada pesquisa de campo tomando a cidade

    de Curitiba como universo de observao. Os resultados sero apresentados na

    forma de quadros e figuras e sero posteriormente analizados. Como concluso do

    trabalho ainda apresentamos sugestes para aes a ser tomadas a partir das

    informaes obtidas na anlise.

  • 7

    1.1 Objetivo

    O presente trabalho busca identificar, por meio de pesquisa de campo, a

    Influncia que tem os aspectos fsicos e tangveis sobre a percepo da qualidade

    de produtos e servios em postos revendedores de combustveis localizados na

    cidade de Curitiba.

    1.2 Objetivos especficos

    Identificar os critrios de avaliao da qualidade dos servios que so mais

    importantes para o consumidor em postos revendedores de combustveis

    urbanos;

    Assinalar os principais elementos tangveis percebidos pelo consumidor;

    Sugerir diretrizes para reforar a ao de marketing com base nos principais

    critrios identificados na pesquisa.

    1.3 Limitaes

    Este trabalho limita-se a descrever as preferncias dos consumidores da cidade de Curitiba, representados por dois importantes bairros da cidade. 1.4 Justificativa

    Conhecer o mercado consumidor fundamental para a sobrevivncia de uma

    empresa. Em postos de combustveis, a aparncia das instalaes e a apresentao

    do estabelecimento so importantes para conquistar a confiana do consumidor. O

    principal produto o combustvel pode no ter qualidade percebida

    imediatamente, pois utilizado nos carros e no consumido pela pessoa

    diretamente, e nestes casos os consumidores usam o preo e as instalaes fsicas

    como pistas da qualidade Gianesi e Correa (1997), onde qualquer evidncia fsica

    e tangvel que esteja ao alcance da percepo do consumidor, torna-se importante.

    Segundo Moro (2001) o segmento de postos de servios e revenda de combustveis,

    sofreu transformaes advindas de mudanas da legislao, do mercado e da

    postura do consumidor. Conforme o autor, a variedade de servios tem evoludo

    desde os servios bsicos de venda de combustvel e troca de leo de motores at

    verdadeiros centros de servio integrando, lojas de convenincias, bancos 24 horas,

    locadoras de vdeo, farmcias e servio de estacionamento.

  • 8

    2 REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1 O comercio de combustveis automotivos no Brasil

    O setor da revenda varejista de combustveis atua em um segmento da

    economia muito sensvel s mudanas, seja por influncia da regulamentao oficial

    federal, estadual e municipal, seja por presso social no referente aos cuidados com

    o meio ambiente e segurana e ainda por efeitos do movimento no comercio

    internacional num mercado global altamente competitivo. A revenda de combustvel

    considerada atividade de utilidade pbica e foi regulamentada pela Lei N

    9.478/97, a chamada Lei do Petrleo. No perodo anterior a 1995, a comercializao

    de combustveis vinha sofrendo forte interveno federal. Segundo Domingues e

    Dalvia (2005) apud Boamar (2005) at o ano de 1994, todos os postos

    revendedores eram obrigados a estar vinculados a uma distribuidora com marca

    registrada, tambm denominada de bandeira, sendo obrigados a ostentar esta

    marca/bandeira e a comprar exclusivamente combustvel fornecido por esta

    distribuidora, independente da existncia de contrato comercial entre as partes. A

    partir de 1996 o governo liberou os preos da gasolina e do lcool hidratado

    (Coelho, 2000 apud Moro, 2001), em julho de 2001, o preo do diesel e em 1997 o

    mercado abriu definitivamente com a regulamentao atravs da mencionada Lei.

    Desta forma, o quadro competitivo representado pelas distribuidoras e

    revendedores, alterou-se significativamente.

    Antes da abertura do mercado de combustveis era fcil notar a supremacia

    das cinco bandeiras que dominavam o mercado: Petrobras, Shell, Ipiranga, Esso e

    Texaco. Hoje, permanecem a maioria das que j estavam, mas o universo ampliou-

    se com o surgimento de novas bandeiras, muitas delas regionais. Apesar das

    transformaes ocorridas, observa-se que o produto combustvel tem a mesma

    origem e para o consumidor ainda permanece a imagem de que ele praticamente

    igual, independentemente da sua marca ou localizao do posto de servio. Aos

    poucos as empresas tentam destacar a diferena na qualidade tambm deste

    produto, enaltecendo as vantagens de sua marca em relao de seu concorrente.

    Esta nova realidade leva a uma mudana radical no perfil dos postos, antes

    vistos muito mais como local de abastecimento, reparo e com visual no muito limpo

    (Moro, 2001). No novo perfil tem - se os postos de servios fazendo tudo o que j

  • 9

    faziam em um ambiente de higiene, limpeza e bom atendimento e a eles agregado

    todo um composto comercial, transformando estas unidades em verdadeiros

    shoppings a cu aberto, mudando radicalmente a viso do consumidor sobre o local

    e ampliando tambm seu leque de possibilidades estratgicas (Coelho, 2000 apud

    Moro, 2001).

    No referente a equipamentos e instalaes em geral, seguindo a Domingues

    e Dalvia (2005) apud Boamar, (2005), era prtica comum at dcadas atrs, que

    os equipamentos do sistema de abastecimento como tanques, tubulaes, vlvulas

    e bombas medidoras e de suco assim como elementos de imagem visual da

    marca, fossem emprestados pelas distribuidoras ao posto revendedor atravs do

    regime de comodato. importante ressaltar que contratualmente, os postos

    revendedores ficavam obrigados a dar manuteno preventiva e corretiva aos

    equipamentos, sendo que tem sido prtica corrente das distribuidoras fornecer este

    tipo de manuteno, apesar das disposies contratuais. Em 1996, quando o

    mercado comeou a dar os primeiros sinais de abertura, com a liberao de preos,

    alguns postos revendedores de pequeno porte passaram a no ser mais viveis s

    distribuidoras, no que tange a estas arcarem com a manuteno de seus

    equipamentos. Logo, vrias optaram por vender, em todo ou em partes,

    equipamentos, tendo, como conseqncia, a queda nos padres de manuteno

    dos equipamentos at ento praticados. Desta forma, ativos especficos como

    bombas, tanques, instalaes que eram fornecidos pelas distribuidoras, hoje est

    tornando-se um custo a ser computado pelos revendedores. Acredita - se que

    contratos anteriores s leis que regulam a relao com o meio ambiente,

    principalmente a resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) N

    273 de 29 de Novembro de 2000, parecem no ser mais modelos de interesse das

    distribuidoras, pois estes contratos fazem com que as distribuidoras assumam os

    custos advindos da co-responsabilidade perante as leis ambientais, principalmente a

    Lei 6.938/81 e a Lei 9.605, que estabelece co-autoria das aes ( Matos, Dalmotech,

    Santana, 2005).

  • 10

    2.2 Postos revendedores na Cidade de Curitiba

    Segundo a entidade que representa o setor revendedor no Estado do Paran,

    SINDICOMBUSTIVEIS PR, existem no Estado 2.500 estabelecimentos que so

    responsveis pela gerao de 32.000 empregos diretos. Na cidade de Curitiba o

    nmero de Postos chega a 352 unidades e empregam aproximadamente 4.000

    funcionrios. Os servios oferecidos por estes postos variam conforme a

    disponibilidade de espao fsico e a demanda local, sendo que a todas elas tem

    caractersticas de postos urbanos, com um conjunto agregado de servios como

    venda de Gs Natural GNV, lojas de convenincias, lavagem, padarias, vdeo

    locadoras e atendendo bairros especficos. Para construo de novos postos,

    atualmente est em vigor a Lei municipal dos mil metros que estabelece que as

    novas construes devem ficar pelo menos a mil metros umas das outras. Neste

    sentido importante mencionar que est em tramitao na Cmara Municipal um

    projeto que busca reduzir esta distncia a 250 metros, mas que no est sendo

    bem recebido pelo empresariado do setor porque a proliferao de novas unidades

    representaria uma ameaa segurana da populao, uma vez que os postos

    realizam o armazenamento e o manuseio de combustveis lquidos, inflamveis e

    explosivos. (Revista Escalada, Abril 2005).

    A bem da verdade, o mercado de Curitiba tem se mostrado um mercado

    difcil, onde as margens para o revendedor em relao ao resto do pas so baixas.

    Segundo Giuseppe Bacoccolli, pesquisador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Ps

    Graduao e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro,

    Coppe/UFPR, a abertura do mercado resultou em maior competitividade, o que

    acabou resultando em um aparente benefcio para o consumidor final e um prejuzo

    para o empresrio revendedor. No entanto, salienta que infelizmente a ANP, que

    o rgo regulador no setor, no tem conseguido, em termos de quadros, qualificao

    e quantificao de fiscais, coibir a falsificao de produtos. Est se aproveitando a

    abertura de mercado para agir-se de maneira desonesta. (Revista Posto de

    Combustveis, Fevereiro 2007). Talvz por este motivo o representante dos

    revendedores no Paran, Sr. Roberto Fregonese, no passado, j tenha manifestado

    que a prtica de preos predatrios est tornando-se uma constante na cidade de

    Curitiba. Roberto Fregonese, que presidente do SINDICOMBUSTVEIS PR tem

    denunciado publicamente que o mercado revendedor de Curitiba, vem suportado

  • 11

    grande presso para manter os preos baixos. Segundo ele, o poder das

    distribuidoras e distores do mercado por efeitos de sonegao fiscal e adulterao

    produzem em muitos casos vendas a preo abaixo do custo. impossvel que um

    revendedor possa praticar os preos atuais sem estar sendo subsidiado pelas

    distribuidoras (...) no existem milagres, as nicas maneiras de manter preos como

    esses pela fraude ou com abuso do poder econmico por parte dos fornecedores

    (Revista Escalada, Junho 2005). O Quadro abaixo, serve como resumo das

    vantagens e desvantagens para o revendedor, que foram apontadas pelo Presidente

    da SINDICOMBUSTVEIS PR

    Quadro 1 PRESSO DO MERCADO DE CURITIBA POR PREOS BAIXOS

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    Agrada aos consumidores que s preocupam-secom preos baixos.

    O empresrio corre menos risco, porqueinveste menos capital.

    O revendedor paga menos para satisfacero fornecedor.

    O revendedor tem margem menor do que necessitapara manter o negcio.

    Fonte: SINDICOMBUSTIVEIS - PR, 2005

    Desagrada alguns consumidores porque cobrando menos no pode oferecer, por exemplo, a facilidade de pagamento com carto.

    Expe outros postos e outras regies do Estado queno tem as mesmas condies comercia is.

    Estimula os fraudadores, que podem aproveitar para baixar ainda mais os preos.

    Enfraquece todo o setor.

    Procurando alternativas para reduzir as distores do mercado e acabar com

    os altos ndices de adulterao de combustveis e principalmente com a sonegao

    fiscal, surgiu no Paran a idia de lacrar certos componentes das bombas de

    combustveis instaladas nos postos revendedores. A idia comeou a ser colocada

    em prtica pela Receita Estadual e pelo Instituto de Pesos e Medidas do Paran

    (IPEM) sendo que, conforme dados oficiais do Estado, este projeto resultou num

    acrscimo de R$ 40 milhes em impostos s com o lcool, em 2004 (Revista

    ESCALADA, Maro 2005). Conforme Boamar (2005) exemplo de um mecanismo de

    sonegao fiscal foi destaque em matria jornalstica publicada pelo jornal de

    Curitiba Gazeta do Povo de 20 de Outubro de 2004 :

  • 12

    O suposto esquema de fraudes consiste em vender lcool

    hidratado (usado por veculos automotores) direto da usina para os

    postos, com notas fiscais de empresas que no recolhem o ICMS,

    alm de tributos federais (PIS, Cofins e Imposto de Renda). O produto

    seria carregado na destilaria e colocado diretamente nos postos, sem

    passar pelas distribuidoras. O problema que as distribuidoras so o

    elo da cadeia tributria em que ocorre o recolhimento do ICMS.

    Novamente, mais uma medida foi promovida pelo poder pblico colocando em

    vigor desde o dia 22 de Dezembro de 2006, e que est relacionado com o exemplo

    acima mencionado, a Lei N 15.343 que dentro da Lei do ICMS do Paran, trata da

    responsabilidade solidria do pblico, contribuinte substitudo (no caso o posto

    revendedor), em relao ao imposto da substituio tributria. Isso significa que, ao

    comprar lcool de um fornecedor que esteja sonegando imposto, o revendedor corre

    o risco de, mais tarde, arcar com essa dvida caso esse fornecedor seja descoberto

    pela Receita Estadual (Revista Escalada, Fevereiro de 2007).

    Em fevereiro de 2005, a livre concorrncia viu-se ameaada no mercado

    revendedor de Curitiba quando uma liminar concedida pela Justia na Ao Civil

    Pblica, proposta pelo Ministrio Pblico do Paran, acusava os empresrios do

    setor de formao de cartel e de cobrana de preo abusivo nos combustveis. Pela

    proposta, as margens de lucro da revenda teriam que ficar congeladas em 11% para

    a gasolina e 30% para o lcool. Os argumentos do Ministrio Pblico inicialmente

    foram aceitos pela Justia e a situao no s ficou pior porque o

    SINDICOMBUSTIVEIS PR recorreu e conseguiu uma deciso que liberou os

    revendedores filiados do congelamento. A justia revogou definitivamente a liminar

    dando razo a todos os argumentos apresentados ( Revista ESCALADA, Outubro

    2005).

  • 13

    2.3 Aspectos legais para funcionamento do posto revendedor.

    Durante dcadas, a comercializao de combustveis sofreu forte interveno

    normativa federal, sendo que grande parte das relaes que, normalmente, seriam

    regidas por contratos ou pelas prticas comerciais foram definidas pelo Estado.

    (Boamar, 2005). As companhias distribuidoras eram proprietrias e responsveis

    pelo transporte dos combustveis e pela operao dos postos revendedores.

    Posteriormente houve a separao das atividades de distribuio e revenda. (Nunes

    e Gmez, 2005). importante ressaltar que at o ano 1994, todos os postos

    revendedores estavam obrigados a estar vinculados a uma nica distribuidora

    (bandeira) sendo obrigados a ostentar uma marca/bandeira e a comprar

    exclusivamente combustvel fornecido por esta marca (Boamar, 2005).

    No ano de 1995 (portaria 0061/1995, do Ministrio de Minas e Energia), foi

    criada a figura do posto bandeira branca ou posto revendedor independente, que

    poderia optar por ter um ou mais supridores e de ostentar sua prpria marca

    (Boamar, 2005). Desde ento, o mercado de combustveis passou por radicais

    transformaes (ver evoluo no Quadro 2) e o principal resultado foi a flexibilizao

    do monoplio do petrleo pela Emenda Constitucional No 9 de 1995 e

    regulamentada pela Lei No 9.478 de 06/08/1997, que liberou a entrada de empresas

    em qualquer segmento do setor explorao, produo, refino, comercializao,

    transporte, importao e exportao- e antecipou a criao do rgo regulador , a

    Agncia Nacional do Petrleo ANP (Nunes e Gmez, 2005).

    Quadro 2 HISTRIA E EVOLUO DA DISTRIBUIO DE COMBUSTVEIS

    1912

    1934

    1922

    Tem incio a distribuio sistemtica de derivados de petrleo no Brasil, realizada em latas e tambores.

    Entrada no mercado brasileiro da Atlantic Refining Company of Brazil, em 07 de julho.

    Entra em funcionamento a Destilaria Rio Grandense S.A. Em Uruguaiana, Rio Grande do Sul,que deu origem em 1937 a primeira Refinaria de Petrleo do pas.

    Criado o Conselho Nacional do Petrleo, pelo Decreto-Lei No 395, de 29 de abril de 1938, como objetivo de, dentre outros, regular e fiscalizar as atividades de explorao, refino, importao, distribuio e comercializao de petrleo e seus derivados.

    1938

  • 14

    Criao da Agncia Nacional do Petr leo e conseqente extino do Departamento Nacionalde Combustveis, pelo decreto No 2455, de 14 de janeiro de 1998.

    1998

    1999 Autorizada a importao de leos Combustveis e explorao de Petrleo.

    2000 Autorizada a produo de Gasolina pelas Centrais Petroquimicas.

    Criao da Associao Profissional do Comrcio Atacadista de Minrios e Combustveis, quedeu origem em 1960 ao Sindicato do Comrcio Atacadista de Minrios e Combustveis Mineraisdo Estado da Guanabara, passando a representao nacional em 1964 com a denominao deSindicato Nacional do Comrcio Atacadista de Minrios e Combustveis Minerais, hojeSINDICOM - Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustveis e de Lubrificantes.

    1941

    Estabelecido o monoplio da Unio sobre a lavra, refinao e transporte martimo do petrleoe seus derivados, sendo criada a Petrobrs para exerc-lo, de acordo com a Lei No 2004, de3 de outubro de 1953.

    1953

    lanado o Programa Nacional do lcool - Prolcool, e as Distribuidoras comeo a adaptarsuas insta laes e bombas para o novo combustvel.

    1975

    Consagrado o monoplio da Unio sobre o petrleo e seus derivados, atravs da Constituiopromulgada em 5 de outubro de 1988

    1988

    Criado o Programa Federal de Desregulamentao.

    Estabelecido o critrio de preos mximos nos postos revendedores e liberados os preos doquerosene iluminante e dos lubrificantes automotivos.

    Criao do Departamento Nacional de Combustveis com a extino do Conselho Nacionaldo Petrleo.

    1990

    So inaugurados no Rio de Janeiro e em So Paulo os primeiros postos de abastecimento de veculos leves (taxis) movidos a gs natural.

    Ainda nesse ano os combustveis aditivados so introduzidos no mercado brasileiro.

    1991

    Os preos dos combustveis so desequalizados, com a incluso do valor dos fretes detransferncia/coleta (lcool) na formao do preo.

    1995

    Liberao dos preos, a partir da Refinaria, da gasolina, do lcool hidratado e do querosene.1996

    Aprovada pelo Congresso Nacional a Lei No 9478, de 6 de agosto de 1997, que regulamenta a flexibilizao do monoplio.

    Ainda no ano de 1997, foi lanada a gasolina premium no mercado brasile iro.

    1997

    Reforma tributria nos combustveis (Emenda Constitucional 33 e Lei No 10.336 - CIDE)Liberao do preo do leo Diesel.

    2001

    Fim do perodo de transio para a liberao do mercado, com a livre formao de preosnas refinarias e liberdade para importao de Gasolina e leo Diesel.

    2002

    Reduo da alquota de ICMS no lcool Hidratado no Estado de So Paulo.2003

    Criao do Programa Nacional do Biod iesel.2004

    Marco regulatriodo Programa Biodiesel com a regulamentao de Lei 11.097/ 05, queestabelece percentuais mnimos de mistura do novo produto ao diesel.

    2005

    Obrigatoriedade da adoo do corante no lcool anidro, instituda pela Agncia Nacional doPetrleo, Gs Natural e Biocombustveis - ANP , a fim de inviabilizar a fraude neste combustvel.

    2006

    Fonte: SINDICOM,2007

  • 15

    A revenda de combustvel considerada atividade de utilidade pblica e por

    este motivo est regulamentada a pela Lei N 9.478/97, chamada lei do Petrleo.

    Outra Lei que atende diretamente o setor e a Lei 9.847/99 que dispe sobre a

    fiscalizao das atividades relativas ao abastecimento nacional de combustveis,

    conceituando a expresso abastecimento nacional de combustveis e discriminado

    as atividades por elas abrangidas (Boamar, 2005). A portaria ANP No 116 de 5 de

    Julho de 2000, regulamenta o exerccio da atividade de comercializao de

    combustveis no posto revendedor e a define, tecnicamente, como venda a varejo de

    combustveis automotivos.Como requisito permanente, a atividade somente poder

    ser exercida por pessoa jurdica constituda sob as leis brasileiras, quando possuir

    registro de revendedor varejista expedido pela ANP e dispor de posto revendedor

    com tancagem para armazenamento e equipamento medidor de combustvel

    automotivo. Cabe ressaltar que para a construo fsica de um posto revendedor de

    combustvel no necessria a autorizao da ANP. Todavia imprescindvel que

    tal construo atenda s seguintes normas: Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas (ABNT), Prefeitura Municipal, Corpo de Bombeiros, Conselho Nacional do

    Meio Ambiente (CONAMA) e Departamento de Estradas e Rodagem, caso exista

    jurisdio sobre a rea localizada do posto revendedor.

    Com a publicao da Portaria ANP No 116/2000, alguns procedimentos

    comerciais so observados e regulados, muitos com destacada importncia para o

    exerccio da atividade, tais como:

    O desempenho de outras atividades comerciais e de servio e que envolvem

    no apenas as lojas de convenincia, mas todo o mix de produtos e servios

    que no seja o combustvel propriamente dito (Pargrafo nico do Art. 2);

    A aquisio somente de distribuidoras autorizadas pela ANP (Art. 8);

    A responsabilidade do revendedor varejista em garantir a qualidade dos

    combustveis que comercializa, na forma da legislao (Inciso II, Art.10);

    A responsabilidade do revendedor em armazenar combustvel automotivo em

    tanque subterrneo, manter em perfeito estado de funcionamento e

  • 16

    conservao os equipamentos medidores e tanques de armazenamento de

    sua propriedade, bem como a de terceiros, cuja manuteno seja da sua

    propriedade, e notificar o distribuidor proprietrio de equipamentos medidores

    e tanques de armazenamento quando houver necessidade de manuteno

    dos mesmos (Incisos I,II e III, Art.10);

    O esclarecimento e o fornecimento de informaes solicitadas pelos

    consumidores sobre o combustvel comercializado (inciso VI, Art. 10);

    A exibio dos preos dos combustveis de modo destacado e de fcil

    visualizao, tanto de dia, quanto noite (Inciso VII, Art. 10);

    A permisso do livre acesso ao posto, bem como o fornecimento de amostra

    dos combustveis comercializados para monitoramento da qualidade, por

    parte da ANP, ou rgos por ela credenciados (Inciso XVI, Art. 10).

    Em maro de 2007, a ANP publicou a resoluo 7/2007 onde estabelece a

    proibio s distribuidoras de vender combustveis para os postos que no forem de

    sua prpria bandeira, exceto no caso daqueles de bandeira branca. Esta medida no

    significa nenhuma limitao liberdade comercial do posto revendedor, que sempre

    poder desde que respeitados os contratos alterar o seu cadastro e sua marca

    fornecedora, para tornar-se um posto independente (Revista Escalada, Abril 2007).

    Para outros itens que envolvem o funcionamento do Posto Revendedor,

    existem rgos reguladores especficos como, por exemplo, o Instituto Nacional de

    Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial INMETRO (correto funcionamento

    dos equipamentos), Corpo de Bombeiros da Policia Militar (armazenagem de

    combustveis e combate ao fogo), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

    CREA (Construes e instalaes mecnicas). A regulamentao em alguns casos

    vai mais alm e alcana procedimentos internos empresa como:

    O nmero de casas decimais dos preos por litro dos combustveis

    comercializados que devem ser expressos com trs casas decimais (Art. 1,

  • 17

    da Portaria N 30 de 06 de Julho de 1994 do antigo Departamento Nacional

    de Combustveis DNC);

    A proibio do funcionamento de bombas de auto-abastecimento operadas

    pelo consumidor (Art. 1 e 2 da Lei N 9.956 de 12 de Janeiro de 2000).

    Sob o aspecto de recolhimento de impostos, foi institudo, atravs da Medida

    Provisria 1991-15, o recolhimento do PIS/CONFINS (Programa de Integrao

    Social/Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social), direto na aquisio

    do produto junto refinaria, a partir de 1 de Julho de 2000. Com esta medida reduz-

    se a possibilidade de sonegao dos referidos tributos (Moro, 2001).

    Em relao aos cuidados com o meio ambiente, o Ministrio do Meio

    Ambiente atravs do Conselho Nacional Do Meio Ambiente CONAMA , considera

    as instalaes do Posto revendedor como empreendimentos potencialmente

    poluidores e geradores de acidentes ambientais. Neste sentido rege a resoluo N

    273 de 20 de Novembro de 2000, que estabelece condutas e responsabilidades,

    tendo em vista o licenciamento para exerccio desta atividade. Os artigos 4 at 11

    estabelecem normas ambientais a serem observadas, dentre elas a obrigatoriedade

    de obter a licena para operao ( L.O.). J o artigo 12, estabelece sanes para os

    infratores, em conformidade com as leis 6.938 de 31 de agosto de 1981; 9.605 de

    12 de fevereiro de 1998 e do decreto 3.179 de 21 de setembro de 1999 (Boamar,

    2005). A atividade de revenda de combustvel no varejo, que envolve

    armazenamento do produto em tanques subterrneos, est, segundo a lei, sob o

    controle direto do operador dos postos revendedores. Com efeito, este responde

    pelas correspondentes obrigaes de sua atividade na esfera comercial, trabalhista,

    tributria etc. Assim, para empreender sua atividade, deve buscar as devidas

    licenas, alvars e autorizaes para efeitos de controle ambiental (Milar, 2002

    apud Boamar, 2005).

  • 18

    2.4 Comportamento do consumidor 2.4.1 Comportamento de compra

    Hoje no basta produzir um produto de excelente qualidade e respeitar todas

    as normas de comercializao para assegurar a venda. Nos ltimos anos ocorreu no

    Brasil uma significativa mudana no comportamento do consumidor estando este,

    mais sensvel em relao ao meio ambiente, aos seus direitos e responsabilidade

    social das empresas, seus produtos e servios. Conhecer o consumidor

    fundamental para a sobrevivncia das empresas.

    Antes de fazer uma anlise do comportamento do consumidor necessrio

    que se reconhea que h grupos de consumidores diferentes. Conforme Gianesi e

    Correa (1994), os grupos de consumidores podem classificar-se em:

    Consumidores do mercado de consumo: Formado pelos consumidores

    individuais que compram para consumo prprio ou de suas residncias.

    Consumidores do mercado industrial: Formado por empresas que compram

    para serem utilizados em seus processos produtivos.

    Consumidores do mercado de revenda: Formado por indivduos e

    organizaes que adquirem visando o lucro ao revender ou alugar a terceiros.

    Consumidores do mercado governamental: Formado por unidades

    municipais, estaduais ou federais que compram para atender suas misses

    governamentais.

    Segundo Kotler (1998), nunca foi simples entender o comportamento e

    conhecer os consumidores pois podem declarar necessidades e desejos mas agir

    de outra forma, como tambm podem responder apenas s influncias de ltima

    hora. Este autor realizou uma anlise dos mercados consumidores evidenciando

    quatro fatores que influenciam o comportamento do comprador: Fatores culturais,

    sociais, pessoais e psicolgicos. Um ressumo destes fatores apresentado na

    figura 1.

  • 19

    Figura 1 FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO

    Fatores Culturais

    Fatores Sociais

    Idade e estgiode ciclo de vida

    Ocupao

    Condieseconmicas

    Estilo de vida

    Personalidadee auto conceito

    Fonte: Kotler, 1998

    Fatores Pessoais

    Motivao

    Percepo

    Aprendizagem

    Crenas e atitudes

    Fatores PsicolgicosGrupos de Referncia

    Famlia

    Papeis eposies sociais

    Cultura

    Subcultura

    Classe Social

    COMPRADOR

    2.4.1.1 Deciso de compra

    Uma deciso a escolha entre duas ou mais alternativas e, o processo de

    deciso do consumidor, pode ser descrito de modo diferente segundo as vises

    econmica, passiva, cognitiva e emocional (Schiffman e Kanuk, 1997)

    Quadro 3 MODOS DE DECISO DO CONSUMIDOR

    VISO TIPO DE DECISO BUSCA DE INFORMAO SOLUO DO PROBLEMA

    ECONMICA

    COGNITIVA

    EMOCIONAL

    PASSIVA

    RACIONAL E PERFEITA

    IRRACIONAL E IMPULSIVA

    MISTO DE RACIONAL EIRRACIONAL

    RACIONAL E EMOTIVO

    CONSUMIDOR CONHECE EAVALIA TODAS AS

    ALTERNATIVAS

    CONSUMIDOR SUBMISSOAOS ESFOROS DOS PROFISSIONAIS DE

    MARKETING

    CONSUMIDOR UM PROCESSADOR DE

    INFORMAO QUE BUSCAINFORMAES ATIVAMENTE

    BEM COMO PODE SER INFLUENCIADO POR OUTROS

    NFASE NO ESTUDO DO ESPIRITO E NO MOMENTO,POUCA IMPORTNCIA PARAA BUSCA DE INFORMAO

    PERFEITA

    INSATISFATORIA

    SATISFATORIA

    SATISFATORIA

    Fonte: Adaptado de: SHIFFMAN,Leon G;KANUK,Leslie Lazar.Comportamento do Consumidor. 6 Ed.Rio de Janeiro.LTC Ed.1997

  • 20

    Seguindo os mesmos autores, o processo de deciso do consumidor

    composto pelos estgios de reconhecimento da necessidade, busca de informao,

    avaliao de alternativas de pr-compra, ao da compra, consumo, avaliao ps-

    compra e despojamento. De modo geral, estes estgios podem ser divididos em trs

    grandes categorias de anlise: input, processo e output ( Schiffman e Kanuk, 1997).

    Outros autores ainda descrevem que a tomada de deciso do consumidor

    influenciada por diversos fatores que, em geral, concentram-se nas diferenas

    individuais, influncias ambientais e processos psicolgicos. Muitas vezes envolve

    ponderao e avaliao cuidadosa dos atributos utilitrios ou funcionais dos

    produtos, neste caso, o termo, tomada de deciso racional, apropriado. Entretanto,

    em alguns casos os benefcios hedonistas ou orientados pela emoo sero

    dominantes e o objeto de consumo visto simbolicamente em termos de prazeres

    sensoriais, sonhos ou ponderaes estticas. Comprar e consumir, geralmente

    refletem uma combinao de benefcios, utilitrios e hedonistas (Engel, Backwell e

    Minard, 1995 apud Ribeiro, 2004).

    2.4.2 Avaliao da Qualidade do Servio

    Os consumidores esto continuamente avaliando os produtos e servios que

    consomem, por isso necessrio identificar os seus critrios de avaliao. Para

    Gianesi e Correa (1994) os critrios de avaliao devem refletir os fatores que

    determinam a satisfao. Definir critrios implica, portanto, em conhecer o cliente e

    saber o que ele espera do servio a ser consumido. Uma vez conhecidos, os

    critrios podem ser utilizados para que se conheam os de maior importncia na

    determinao da satisfao e assim partir para a ao de marketing de forma a obter

    resultados mais eficientes seja para a empresa ou para o prprio consumidor

    (Gianesi e Correa, 1994 apud Filho, 2002).

    Neste ponto, importante ressaltar que alguns autores defendem a hiptese

    de que o cliente se baseia em suas expectativas para avaliar a qualidade de um

    servio levando, portanto, idia de que o fornecedor do servio deve visar atender

    s expectativas do cliente e no a suas necessidades. Outros autores preferem

    tratar do atendimento das necessidades dos clientes. Outros ainda, tratam ora de

    necessidades, ora de expectativas (Gianesi e Correa, 1994). Dada a importncia da

  • 21

    formao das expectativas do cliente para a avaliao que far da qualidade do

    servio que ir comprar, til descrever como estas expectativas so formadas. A

    figura 2 traz um resumo dos fatores que influenciam a formao das expectativas.

    Figura 2 FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAO DAS EXPECTATIVAS DO CLIENTE EM RELAO AO SERVIO A SER PRESTADO

    Fonte: Gianesi e Correa, 1998 adaptado de Zeithaml et al, 1990

    Comunicaesexternas

    Experinciaanterior

    Comunicaoboca a boca

    Necessidadespessoais

    Expectativas docliente

    2.4.2.1 Os critrios de avaliao

    Em Schiffman e Kanut (1997), encontramos que alguns pesquisadores

    acreditam que a avaliao da qualidade dos servios feita por um consumidor

    funo da magnitude e direo da lacuna entre as expectativas que o cliente tem do

    servio e a avaliao (percepo) do cliente acerca do servio efetivamente

    prestado. Na manufatura, listas de critrios, denominados critrios competitivos, tm

    sido sugeridos por diversos autores. Em servios, a quantidade de critrios mais

    ampla em virtude do contato mais intenso com o cliente, resultando em uma

    avaliao de desempenho mais complexa por parte deste (Gianesi e Correa,1994).

    Um exemplo, a escala SERVQUAL, foi planejada para medir a lacuna entre as

    expectativas e a percepo dos clientes a respeito da qualidade do servio prestado.

    No Quadro 4 segue a escala desenvolvida por Zeithaml, Parasuraman e Berry

    (1990).

  • 22

    Quadro 4 DIMENSES SERVQUAL PARA MENSURAO DA QUALIDADE DE SERVIOS

    CRITRIO DESCRIO

    Confiabilidade

    Confiana

    Empatia

    ResponsividadeA disposio de prestar o servio prontamente e

    auxiliar os clientes;

    Fonte: Shiffman e Kanut, 1997 adaptado de ZEITHAML, V.A, PARASURAMAN, A e BERRY, L.L., 1990

    Tangveis

    A habilidade de prestar o servio de forma confivel,precisa e consistente;

    Conhecimento ( competncia ) e cortesia dos funcionrios e suahabilidade de transmitir confiana, segurana e credibilidade;

    O fornecimento de ateno individualizada aos clientes, facilidadede contato ( acesso ) e comunicao; e

    A aparincia das instalaes fsicas, dos rquipamentos, dosfuncionrios e dos materiais de comunicao.

    J os autores Gianesi e Correa (1994), combinando as vises de diferentes

    autores e observaes empricas nos trabalhos de consultoria, apresentam os

    seguintes critrios de avaliao da qualidade do servio:

    TANGVEIS

    Refere-se qualidade e/ou aparncia de qualquer evidncia fsica do servio

    ou do sistema de operaes, ou seja, bens facilitadores, equipamentos,

    instalaes, pessoal ou ainda, outros consumidores. Este critrio importante

    para a maioria dos servios, devido dificuldade de o cliente avaliar o servio

    antes da compra, fazendo com que esteja atento queles aspectos que ele

    consegue avaliar facilmente: os itens tangveis.

    CONSISTNCIA

    Significa conformidade com experincia anterior, ausncia de variabilidade no

    resultado ou no processo. Muitos clientes que so aversos ao risco e

    experimentao de novos servios e ou fornecedores preferem aqueles que

    lhe proporcionem consistncia no servio prestado.

  • 23

    COMPETNCIA

    A competncia refere-se habilidade e ao conhecimento do fornecedor para

    executar o servio, relacionando-se s necessidades tcnicas dos

    consumidores. A competncia geralmente um critrio importante para os

    servios profissionais, nos quais o cliente procura uma capacitao da qual

    no dispe.

    VELOCIDADE DE ATENDIMENTO

    em geral um critrio importante para a maioria dos consumidores de

    servios, notadamente quando a presena do cliente necessria. O tempo

    que o cliente tem que despender para receber o servio geralmente

    considerado um tempo perdido, amenos que o servio envolva algum tipo de

    lazer para o cliente.

    ATENDIMENTO/ATMOSFERA

    Este critrio refere-se a quo agradvel a experincia que o cliente tem

    durante o processo de prestao do servio. Contribui para a boa avaliao

    neste critrio a ateno personalizada dispensada ao cliente, principalmente

    quando o cliente percebe que os funcionrios do fornecedor do servio o

    reconhecem. A cortesia dos funcionrios um elemento importante.

    FLEXIBILIDADE

    Significa ser capaz de mudar e adaptar rapidamente a operao, devido a

    mudanas nas necessidades dos clientes, no processo ou no suprimento de

    recursos. Um aspecto importante da flexibilidade refere-se recuperao de

    clientes. Embora o fornecedor do servio no seja capaz de prevenir todos os

    problemas, pode aprender a recuperar-se das falhas ocorridas. Uma boa

    recuperao pode transformar clientes furiosos e frustrados em clientes leais.

    O atributo, flexibilidade, pode ser subdividido em sete tipos: de projeto, de

    servio, do pacote de servio, de data de fornecimento, de local de

    fornecimento, de volume de servio, de robustez do sistema, de recuperao

    de falhas.

  • 24

    CREDIBILIDADE/SEGURANA

    O cliente percebe certo grau de risco ao comprar um servio, por no poder

    avali-lo antes da compra. Este critrio refere-se formao de uma baixa

    percepo de risco e habilidade de transmitir confiana.

    ACESSO

    Este critrio avalia a facilidade que o cliente tem em entrar em contato com o

    fornecedor do servio. mais importante quando o cliente tem que

    comparecer fisicamente s instalaes do fornecedor para que possa receber

    o servio. Vrias caractersticas contribuem para a facilidade de acesso:

    Localizao conveniente

    Acesso sinalizado

    Disponibilidade de estacionamento

    Amplo horrio de operao

    Ampla disponibilidade de linhas telefnicas

    Levar o servio at o cliente

    CUSTO

    Este critrio avalia quanto o consumidor ir a pagar, em moeda, por

    determinado servio. Embora geralmente importante apenas um dos tens

    do dispndio total do cliente o qual inclui tambm tempo gasto,esforo

    fsico,desgaste psicolgico etc. Na falta de melhores informaes sobre a

    qualidade dos servios, os clientes tendem a associar nveis de preo mais

    altos a nveis de qualidade dos servios mais altos.

  • 25

    3 METODO

    O objetivo principal deste trabalho o de identificar a importncia que tem os

    aspectos fsicos, equipamentos utilizados e a aparncia visual dos postos

    revendedores de combustveis, para o cliente consumidor, considerando que os

    aspectos tangveis do servio prestado, acima mencionados, fazem parte de um

    contexto mais amplo de avaliao da qualidade do servio. Neste trabalho, aps

    uma breve reviso bibliogrfica, e identificados critrios de avaliao de servios

    segundo a proposta de Gianesi e Correa (1994), realizada uma coleta de dados

    atravs de pesquisa de campo. A pesquisa busca caracterizar o consumidor com

    dados qualitativos, em um estudo descritivo, de observao direta com formulrio

    estruturado e perguntas fechadas, aplicados aos consumidores atravs de entrevista

    pessoal com marcao de respostas conforme alternativa de escolha. Os dados

    foram coletados no prprio estabelecimento revendedor, aproveitando o tempo de

    demora do abastecimento. Como universo, foi definido ser o consumidor usurio de

    postos de combustveis urbanos da cidade de Curitiba, representados por 963.464

    veculos automotores em circulao conforme dados do DETRAN PR at

    dezembro de 2006. Finalmente os dados foram organizados e tabulados

    estatisticamente para sua apresentao e compreenso.

    3.1 Amostra

    No planejamento de uma pesquisa sempre necessrio tomar uma deciso a

    respeito do tamanho da amostra. Esta deciso importante, pois amostras muito

    grandes implicam em desperdcio de recursos e amostras muito pequenas diminuem

    a utilidade dos resultados (Cochran, 1997 apud Ribeiro, 2004).

    Para concretizar as entrevistas, foi escolhido o critrio no probabilstico de

    amostragem, do tipo intencional, com total de 55 entrevistas realizadas. Na procura

    de ampliar a representatividade da amostra, foi selecionado dois importantes bairros

    da cidade, Xaxim e Santo Incio, diferentes em relao ao nvel de renda e ao

    tamanho da populao (ver Quadro 5). A quantidade de unidades amostrais em

    cada bairro, sendo 35 unidades no Xaxim e 20 unidades em Santo Incio,

    correspondem quantidade de clientes que ingressaram seqencialmente no

    estabelecimento revendedor em um dia de observao. Tera feira para

  • 26

    observao no posto do bairro Xaxim e Quarta feira para observao no posto do

    bairro Santo Incio. O entrevistador permaneceu por quatro horas em cada posto, no

    perodo que vai desde as 10h da manh at s 14h da tarde. O estabelecimento

    posto revendedor escolhido em cada bairro obedeceu ao critrio de ser da mesma

    marca/bandeira distribuidora, com abrangncia regional e com origem e capital

    totalmente paranaense.

    Quadro 5 MORADORES EM DOMICILIOS POR CLASSES DE RENDIMENTO DA PESSOA RESPONSVEL

    CLASSES TOTAL BAIRRO XAXIM

    A1/A2

    B2

    C

    B1

    Fonte: IBGE, 2000 adaptado de IPPUC/Banco de dados. Classe A1/A2: acima de 15 S.M..Classe: B1mais de 10 a 15 S.M..Classe B2:

    mais de 5 a 10 S.M..Classe C:mais de 3 a 5 S.M..Classe D: mais de 1 a 5 S.M. Classe E: at 1 S.M.

    D

    7,31%

    TOTAL BAIRRO SANTO INCIO

    E

    3.810

    13.919

    11.455

    14.649

    3.259

    6,99%

    25,53%

    21,01%

    26,87%

    5,97%

    3.988 19,24%

    502

    1.482

    1.033

    1.339

    318

    8,32%

    24,58%

    17,13%

    22,21%

    5,27%

    1.160

    SEM RENDA 194 3,21%3.435 6,30%

    14,30%

    46,54%

    27,56%

    41,71%

  • 27

    4 APRESENTAO DOS RESULTADOS 4.1 Caracterizao do cliente consumidor

    Obteve - se inicialmente traos do perfil do Consumidor. Dos 55 clientes

    entrevistados, aproximadamente 2/3 so do sexo masculino (ver Figura 3). A faixa

    etria est equilibrada nos trs nveis superiores a 25 anos sendo que a faixa de 26

    at 35 anos predomina levemente com 30,91% dos entrevistados. A Quadro 6

    mostra tambm que a faixa mais jovem representa s 14,55%

    ConsumidoresFemininos

    ConsumidoresMasculinos

    ConsumidoresMasculinos

    ConsumidoresFemininos

    67,27%

    32,73%

    Figura 3 SEXO DOS CONSUMIDORES

    Fonte: Dados primrios, 2007

  • 28

    Quadro 6 FAIXA ETRIA

    IDADE %

    18 - 25 anos

    Fonte: Dados primrios, 2007

    26 - 35 anos

    36 - 45 anos

    46 - 60 anos

    14,55%

    30,91%

    25,45%

    29,09%

    90,91% resultaram ser automveis particulares, dos quais os clientes eram os

    prprios proprietrios. A predominncia deste dado talvez seja explicada pelo fato de

    que as empresas geralmente abastecem a frota em alguns postos revendedores

    especficos e que esta pesquisa no detectou. Na Figura 4, mais detalhes.

    Figura 4 PROPRIEDADE DOS VECULOS

    Fonte: Dados primrios, 2007

    90,91%Veculos

    particulares

    Veculos de

    empresas 9,09%

    4.2 Critrio mais importante usado para escolha do posto revendedor

    Uma das questes mais importantes que este trabalho busca responder refere-

    se a qual o principal critrio utilizado pelo cliente para escolher e utilizar os

    servios de um posto revendedor. Os trs principais critrios que o consumidor da

    cidade de Curitiba utiliza so: Preo: 36,36% ; Proximidade com sua residncia ou

    trabalho: 29,09% e Qualidade dos produtos e servios: 16,36%. A figura 5 apresenta

    os critrios em ordem de importncia.

  • 29

    Figura 5 CRITRIO MAIS IMPORTANTE USADO PARA ESCOLHA DO POSTO REVENDEDOR

    Preo menor

    Proximidade trajeto

    residncia/trabalho

    Qualidade dos

    produtos e servios

    Qualidade do

    atendimento

    Bandeira/marca

    distribuidora

    Aspecto visual

    pinturas, limpeza

    Variedade de

    servios

    36,36%

    29,09%

    16,36%

    10,91%

    5,45%

    1,82%

    0,00%

    Fonte: Dados primrios, 2007 4.3 Aspectos fsicos e tangveis

    Como introduo percepo que o consumidor tem sobre os aspectos

    tangveis, foi verificada que o cliente valoriza primordialmente o item comunicao

    visual, faixas e letreiros e seguidamente a padronizao e limpeza de uniformes dos

    frentistas. Na Figura 6, segue a descrio de todos os itens.

  • 30

    Figura 6 QUAL ASPECTO FSICO VISUAL O MAIS IMPORTANTENO POSTO ?

    Fonte: Dados primrios, 2007

    Limpeza e pintura deletreiros e comunicao visual

    Limpeza e pintura darea de pista e pisos

    Limpeza e pintura dasbombas e filtros

    Frentistas com uniformes limpos e padronizados

    34,55%

    30,91%

    21,82%

    12,73%

    Os aspectos acima mencionados e mostrados na figura 3, compem a imagem

    visual do posto revendedor como um conjunto visual integrado. de esperar que

    estes aspectos produzam algum tipo de percepo no consumidor em relao

    qualidade. Ao ser consultado, destacadamente a figura 7 mostra que o consumidor

    relaciona diretamente uma imagem visual limpa e conservada com percepo de

    qualidade do combustvel que comercializado nesse local.

    Figura 7 PERCEPO DE QUALIDADE QUE PRODUZ A IMAGEM VISUAL DO POSTO ESTANDO LIMPA E BEM CONSERVADA

    Qualidade do

    combustvel

    Indiferente/sem

    percepo

    Qualidade dos

    produtos da loja

    54,55%

    36,36%

    9,09%

    Fonte: Dados primrios, 2007

    0,00%

    Qualidade do

    atendimento

  • 31

    As figuras 8 e 9 finalizam o estudo confirmando que o fator preo de fundamental importncia assim como o cuidado na aparncia visual para a percepo de qualidade.

    Figura 8 MOTIVAO PARA ABASTECER EM UM POSTO NOVO E DESCONHECIDO

    Frentistas uniformizados e

    posto visualmente atrativo

    Facilidade de

    acesso

    Proximidade da

    residncia/trabalho

    27,27%

    38,18%

    21,82%

    Fonte: Dados primrios, 2007

    12,73%

    Preo

    Figura 9 PERCEPO APS VISUALIZAR UMA IMAGEM SUJA E DETERIORADA

    Fonte: Dados primrios, 2007

    No acredita que os produtos e serviosneste posto apresentem qualidade

    Sim acredita que os produtos e serviosneste posto apresentem qualidade

    87,27%

    12,73%

  • 32

    5 CONCLUSO

    A abertura do mercado produziu aumento do nmero de postos em operao.

    Com isto a concorrncia tambm aumentou e trouxe vantagens para o consumidor

    em relao qualidade dos servios e principalmente dos preos praticados.

    Acreditamos que o mercado de Curitiba tornou-se altamente competitivo o que

    comprova que cada vez mais necessrio conhecer o consumidor em todos os

    detalhes possveis. Este trabalho satisfaz parte desta necessidade ao abordar o

    tema desde uma perspectiva que integra conceitos de marketing, comportamento do

    consumidor e elementos estticos e visuais.

    Logo no inicio, a pesquisa comprova que o fator preo rege o mercado. Mas este

    fato no deve enganar afirmando que s a questo de preos baixos interessa ao

    consumidor. Poderamos arriscar em deduzir que os aspectos tangveis j no ,

    para o consumidor de Curitiba, assunto de discusso. Est implicitamente entendido

    que para o sucesso comercial do estabelecimento, deve funcionar com um timo

    aspecto visual e com uma tima localizao. Conforme a pesquisa, 87,27% dos

    entrevistados acredita que uma negligncia nos cuidados dos aspectos fsicos e de

    imagem visual compromete a credibilidade do posto em relao qualidade dos

    produtos e servios (Figura 9). Da mesma forma, a questo da boa aparncia visual

    representa a condio mais importante depois do preo, que o consumidor avalia

    para ingressar e abastecer em um posto novo (Figura 8).

    Com a anlise acima poderamos ainda complementar o resultado simulando

    aes estratgicas no campo da comercializao. Destacamos, por exemplo, que

    para casos de postos novos em processo de abertura, e importante no apressar o

    inicio das operaes e comear o atendimento ao cliente sem antes concluir

    totalmente com a instalao de todos os elementos externos necessrios para o

    funcionamento do posto. Os frentistas devem estar totalmente uniformizados, os

    equipamentos totalmente instalados e testados, a placa de preo instalada e com

    promoes, pelo menos nos primeiros dias da abertura. Para postos antigos que j

    esto em funcionamento e na suposio de que estejam com problemas na

    manuteno da imagem visual a sugesto a curto prazo pode ser a de enfatizar na

    qualidade do atendimento e instalar placas e faixas informando o consumidor sobre

    a qualidade do produto comercializado. comum que as empresas distribuidoras

  • 33

    ofeream apoio neste sentido. Em relao a oportunidades no setor da construo e

    engenharia civil, deixamos sentadas as bases para argumentar decididas aes

    para empreendimentos na rea da manuteno predial, instalaes de comunicao

    visual e reformas de postos antigos e em funcionamento.

    Acreditamos que o levantamento realizado neste trabalho tornou possvel

    alcanar o objetivo proposto.

  • 34

    6 REFERNCIAS ANP A GENCIA Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis. Disponvel em: htt:// www.anp.gov.br/petro/dadosestatisticos.asp. Acesso em: 04/07/2007. BARROS, Paulo Eduardo Oliveira de. Diagnstico ambiental para postos de abastecimento de combustveis DAPAC.2006. Dissertao (Mestrado em Cincia e Tecnologia Ambiental).Centro de Cincias Tecnolgicas de Terra e do Mar Universidade do Vale do Itaja, Itaja Santa Catarina BOAMAR, Paulo F. Combustveis Automotivos: manual dos usurios e revendedores Blumenau: Nova Letra, 2005 BOSA, Claudia J. Proposta de reestruturao de um posto de combustveis. Curitiba, 2006. Monogrfa (Especialista em Marketing Business Advancement) Universidade Federal do Paran, 2006 DETRAN PR. Estatsticas.2000. Disponivel em http:// www.pr.gov.br/detran.Acesso em: 29/06/2007. GIANESI, Irineu G.N.; CORRA, Henrique Luiz. Administrao estratgica de servios. Atlas, 1994. GIL, A. C. Mtodos e tcnicas de pesquisa social.5.ed. So Paulo: Atlas,1999. IPPUC Banco de dados. Disponivel em: http:// www.curitiba.pr.gov.br/curitiba/Bairros/mostra_figura.asp? KOTLER, P. Administrao de marketing. Anlise, planejamento,implementao e controle. 5 ed. So Paulo: Atlas, 1998. MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Tcnicas de Pesquisa. 3.ed. So Paulo: Atlas, 1996. MATOS, A.L.;DALMONECH, L.F.;SANTANNA, J.M.B. Anlise da relao entre as distribuidoras e os postos de combustveis: Um enfoque luz da teoria dos contratos, do oportunismo e do custo de transao. 2005. IX Congresso Internacional de Custos, Itapema, Brasil.

  • 35

    MORO, Silas Guimares.A posio do cliente frente s estratgias desenvolvidas nos postos de abastecimento de combustveis. Florianpolis, 2001. 177f. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo) Programa de Ps-graduao em Engenharia de Produo, UFSC, 2001. NUNES, Clemens.;GOMES, Cleomar.Aspectos concorrenciais do varejo de combustveis no Brasil. ANPEC, 2005 REVISTA ESCALADA. Curitiba PR. Ano XXI, nmero 198, Abril de 2007. REVISTA ESCALADA. Curitiba PR. Ano XXI, nmero 196, Fevereiro de 2007. REVISTA ESCALADA. Curitiba PR. Ano XIX, nmero 180, Outubro de 2005. REVISTA ESCALADA. Curitiba PR. Ano XIX, nmero 176, Junho de 2005. REVISTA POSTO DE COMBUSTVEIS & CONVENINCIA.Rio de Janeiro RJ. Ano 6, nmero 50, Maio de 2007 REVISTA POSTO DE COMBUSTVEIS & CONVENINCIA.Rio de Janeiro RJ.Ano 6, nmero 47, Fevereiro de 2007. REVISTA POSTO DE COMBUSTVEIS & CONVENINCIA.Rio de Janeiro RJ.Ano 5, nmero 45, Dezembro de 2006. REVISTA POSTO DE COMBUSTVEIS & CONVENINCIA.Rio de Janeiro RJ. Ano 5, nmero 37, Abril de 2006. RIBEIRO, Gisele de Campos. Comportamento do consumidor. Curitiba, 2004 Dissertao (mestrado) - Universidade Federal do Paran, Setor de Cincias Sociais Aplicadas, Programa de Ps-Graduao em Administrao. Curitiba, 2004 SCHIFFMAN, Leon G.; KANUT, Leslie.L. Comportamento do consumidor.6.ed.Rio de Janeiro: LTC, 2000. SINDICOM.Publicaes, 2007. Disponvel em httt:// www.sindicom.com.br/. Acesso em: 12/04/2007.

  • 36

    6 APENDICE

    UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARANA UTFPR FORMULARIO PARA PESQUISA DE MERCADO CONSUMIDOR

    1) Sobre o abastecimento: Primeira vez que abastece ( ) Vrias vezes ( ) Exclusivamente neste posto ( )

    2) Na sua opinio, qual o critrio mais importante que usa para escolher o

    posto? Proximidade trajeto/residncia/trabalho ( ) Qualidade do atendimento ( ) Bandeira/marca/distribuidora ( ) Preo menor ( ) Variedade de servios ( ) Qualidade dos produtos e servios ( ) Aspecto visual, pinturas, limpeza ( )

    3) Em relao ao aspecto fsico, qual aspecto acredita ser o mais importante? Limpeza e pintura de letreiros e comunicao visual ( ) Limpeza e pintura da rea de pista, pisos, colunas ( ) Limpeza e pintura das bombas de abastecimento e filtros ( ) Frentistas com uniformes limpos e padronizados ( )

    4) Ao entrar no posto, que idia/percepo de qualidade lhe produz um imagem

    visual limpa e muito bem conservada? Qualidade do produto - o combustvel ( ) Qualidade do atendimento ( ) Qualidade dos produtos da loja ( ) Indiferente ( )

    5) Ao dirigir seu carro, caso veja no caminho um posto com marca muito

    conhecida, mas com aspectos e aparncia visual suja e deteriorada, voc acredita que os produtos e servios desse posto apresentem qualidade?

    Sim acredito que apresentem qualidade ( ) No acredito que apresentem qualidade ( )

    6) m um posto novo, com marca que no conhece, quais seriam os motivos pelo que entraria e abasteceria?

    Pistas limpas, frentistas uniformizados e visualmente atrativo ( ) Preo ( ) Facilidade de acesso ( ) Facilidade de acesso ( )

  • 37