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NOME DOS AUTORES
“AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS EM EMPRESAS
DISTRIBUIDORAS DE MEDICAMENTOS DO ESTADO DO CEARÁ”
FACULDADE FORTALEZA
2004
NOME DOS AUTORES
“AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS EM EMPRESAS
DISTRIBUIDORAS DE MEDICAMENTOS DO ESTADO DO CEARÁ”
Trabalho de Final de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Administração de Empresas, como requisito para a conclusão da disciplina de .......
Orientador: Prof. Orientador
FORTALEZA 2004
Dedicamos este trabalho a ....
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais pelo ...
Aos colegas e professores do curso de.....
Aos Professores Fulano e Cicrano pelas valiosas ...........
RESUMO
A partir da década de 80, tem-se observado uma série de mudanças na forma como as empresas atuam em seus mercados. Motivado principalmente pelo aumento das exigências dos clientes e do crescimento da concorrência, passou-se a valorizar mais os serviços em detrimento da marca, sem que isso reflita na política de preços. Neste contexto, a logística assume um papel determinante, pois é através dela que os produtos conseguem chegar às mãos dos clientes. Fazer isso com a máxima eficácia ao menor custo possível é o maior desafio da logística, que utiliza os fluxos de materiais e informações para cumprir esta missão. Assim, a informação tem assumido uma importância singular, pois ela contribui para a melhoria do serviço ao mesmo tempo em que diminui custos. No entanto, para que as informações fluam de forma rápida e consistente ao longo da cadeia, os sistemas de informações logísticas devem funcionar de forma integrada, tanto internamente como externamente (clientes e fornecedores). O setor de medicamentos, mais especificamente, não é diferente. Responsável por um faturamento de 2,6 bilhões de reais em 2002, este segmento é responsável pela elevação da qualidade de vida da população, uma vez que seus produtos são responsáveis pela manutenção da saúde das pessoas. O presente estudo tem como objetivo avaliar o grau de utilização e integração dos Sistemas de Informações Logísticas em empresas distribuidoras de medicamentos do Estado do Ceará, tanto no âmbito interno como externo. Para tanto, utilizou-se a pesquisa quantitativa, através de questionários estruturados com 6 empresas deste segmento. Os dados coletados permitiram concluir que as empresas possuem a estrutura tecnológica necessária para o funcionamento do SIL, com uma boa integração entre os módulos internos. Apesar disso, as aplicações visando a integração externa ainda não fazem parte da prática destas empresas. Palavras-chave: Logística, Sistema de Informações Logísticas, Integração Logística, Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................11 1.2.Contextualização ................................................................................................................13
1.3.Caracterização do Problema ...............................................................................................14
1.4.Objetivos.............................................................................................................................15
1.4.1.Objetivo Geral .................................................................................................................15
1.4.2.Objetivos Específicos ......................................................................................................16
1.5.Premissas ou pressupostos..................................................................................................16
1.6.Justificativas .......................................................................................................................17
1.6.Organização do trabalho.....................................................................................................17
2. LOGÍSTICA INTEGRADA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.....................................................................................................................18 2.1.Definição de logística .........................................................................................................18
2.2.Logística integrada .............................................................................................................21
2.3.A cadeia de suprimentos.....................................................................................................23
2.4..O papel da informação na logística ...................................................................................25
3. A TI NA CADEIA DE SUPRIMENTOS..........................................................................28 3.1.Os Sistemas de Informações Empresariais - ERP ..............................................................30
3.2.Os Sistemas de Informações Logísticas (SIL)....................................................................30
3.3.A importância do SIL para a integração logística ..............................................................33
4.O SEGMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS .....................................36 4.1 Sistemática de Distribuição Coletiva de Medicamentos.....................................................37
4.2 Sistemática de Distribuição de Medicamentos Individuais................................................38
4.3 Sistemática de Distribuição Combinada de Medicamentos................................................39
4.4 Sistemática de Dose Única de Distribuição de Medicamentos...........................................39
5. METODOLOGIA...............................................................................................................42 5.1.Problemática e objetivo ......................................................................................................42
5.2.Pressupostos .......................................................................................................................42
5.3.Classificação da pesquisa ...................................................................................................43
5.4.Procedimentos metodológicos............................................................................................44
5.5.Caracterização da amostra ..................................................................................................47
5.5.1.Informações básicas.........................................................................................................49
5.5.2.Estrutura logística e comercial ........................................................................................49
6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS........................................................................53 6.1. Estruturação dos Sistemas de Informações Logísticas ......................................................53
6.2.Avaliação da eficiência dos SIL .........................................................................................55
6.3.Avaliação da integração dos módulos dos SIL...................................................................57
6.3.1.Avaliação da integração dos sistemas pertencentes ao mesmo módulo..........................57
6.3.2.Avaliação da integração entre os módulos do SIL ..........................................................58
6.4.Avaliação da integração externa.........................................................................................59
6.4.1.Integração com fornecedores...........................................................................................60
6.4.2.Integração com clientes ...................................................................................................61
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................65
LISTA DE TABELAS TABELA 1 - TEMPO DE FUNCIONAMENTO E FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS PESQUISADAS. .......48
TABELA 2 - ESTRUTURA DE LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS PESQUISADAS. ..........521
TABELA 3 - ESTRUTURA COMERCIAL DAS EMPRESAS PESQUISADAS. .......................................521
TABELA 4 - AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INTEGRAÇÃO DOS APLICATIVOS PERTENCENTES AOS
MÓDULOS DO SIL. .....................................................................................................................58
TABELA 5 - AVALIAÇÃO DA INTEGRAÇÃO ENTRE OS MÓDULOS DOS SIL DAS EMPRESAS
PESQUISADAS.............................................................................................................................59
LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - FLUXOS LOGÍSTICOS. ...............................................................................................19
FIGURA 2 - A LOGÍSTICA INTEGRADA.........................................................................................21
FIGURA 3 - REPRESENTAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .......................................................25
FIGURA 4 - VISÃO GERAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS......................................31
FIGURA 5 - FUNCIONALIDADES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS........................31
FIGURA 6 - CADEIA DE SUPRIMENTO DESINTEGRADA ..............................................................354
FIGURA 7 - MODELO DE INTEGRAÇÃO DOS SIL EM UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS ...................35
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - APLICAÇÕES DE TI PARA A LOGÍSTICA ..........................................................................3029
QUADRO 2 - APLICAÇÕES ESPECÍFICAS DO SIL AVALIADOS NA PESQUISA............................................44
QUADRO 3 - DIVISÃO METODOLÓGICA DOS APLICATIVOS DO SIL.........................................................45
QUADRO 4 - FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO SIL ..............................................................45
QUADRO 5 - CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA E ÁREA DE ATUAÇÃO COMERCIAL......48
1. INTRODUÇÃO
Uma das atividades mais antigas da humanidade certamente é a de transportar e
armazenar materiais. Desde quando o homem começou a caçar e coletar frutos para sua
subsistência, estas atividades já faziam parte do cotidiano da época.
Com o decorrer do tempo, a logística foi utilizada estrategicamente nas
campanhas militares da Idade Antiga e Média, onde o transporte eficiente de tropas e
suprimentos determinava a vitória em uma batalha. No entanto, por se tratar de um serviço de
apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, as pessoas
ligadas à logística sempre trabalhavam em silêncio (NOAVES, 2001, p. 32).
Foi exatamente da organização militar que se originou a palavra logística, loger,
que significa a arte de transportar, abastecer e alojar tropas (MORAES e LACOMBE, 1999).
O fato da logística estar presente no desenvolvimento das nações não quer dizer
que este ramo do conhecimento humano tenha sido amplamente discutido no meio
empresarial e acadêmico.
Na verdade, a logística como disciplina empresarial começou a ser discutida em
meados da década de 50 do século passado, quando as empresas sentiram a necessidade de
uma coordenação integrada dos fluxos de informações e de materiais (BALLOU, 1997, p. 37).
A primeira disciplina de logística em um curso superior data de 1950, em Harvard
(BARROSO, 2001, p. 8). Já o primeiro livro-texto sobre o tema só veio ser publicado em
1961 (BALLOU, 2001, p. 21).
Desde então a logística tem assumido um papel de destaque no contexto
empresarial, pois as exigências por maiores níveis de competitividade têm obrigado às
empresas a repensarem suas operações. Este fenômeno é explicado, em grande parte, pelas
mudanças ocorridas no cenário econômico e de mercado nas últimas décadas.
Sob o ponto de vista econômico, o avanço da globalização é um fator a ser
considerado. Com a abertura dos mercados, as grandes empresas passaram a competir em
escala internacional, influenciando a concorrência em países até então fechados como o
Brasil.
O aumento da concorrência desenfreou uma corrida por melhores níveis de
competitividade, o que obrigou os gestores a adotarem práticas conhecidas como os
programas de qualidade, reengenharia e downsizing.
Uma outra característica da nova economia consiste no aumento dos custos com
capital, principalmente para países em desenvolvimento. Os custos com capital aumentam os
custos de manutenção de estoques, que contribui significativamente para o aumento dos
custos logísticos.
Com relação ao mercado, tem-se observado uma mudança no comportamento dos
consumidores, o que modifica totalmente a forma de atuação de uma cadeia como um todo.
Até pouco tempo, os consumidores eram mais fiéis às marcas ou qualidade dos produtos.
A ênfase estava no que o produto era e não o que ele podia proporcionar. No
entanto, com a estabilização da economia e o aumento da quantidade de produtos, os
consumidores passaram a dispor de mais opções de escolha, o que diminuiu a importância da
marca e aumentou a importância dada aos serviços agregados.
Dessa forma, atributos ligados ao serviço de suporte ao produto no mercado são
cada vez mais valorizados, dentre os quais informações sobre o produto, assistência técnica,
peças de reposição, freqüência de visitas dos vendedores, dentre outros.
Para Christopher (1997, p. 5), as empresas que não focarem suas atividades de
forma a diferenciar seus produtos com serviços, entrarão em um processo de
“comoditização”. Christopher (1999, p 9) e Poirier e Reiter (1997, p. 24) consideram que
11
estas são as características do novo mercado, onde os clientes estão mais exigentes, não
somente com a qualidade do produto, mas sim com todo serviço a ele agregado.
Nesta nova concepção, destaca-se um tipo de serviço que, sem dúvida alguma,
agrega valor ao produto: O serviço logístico. Entende-se por serviço logístico como sendo
todas as atividades que fazem com que os produtos cheguem às mãos dos clientes na hora e
lugar definidos, ou seja, um fornecimento consistente das utilidades de tempo e lugar
(CHRISTOPHER, 2001, p. 17), a um custo acessível (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 71).
Assim, conforme é possível constatar, a logística consiste em uma área que
permite as empresas atenderem às necessidades dos clientes, agregando valor ao produto
básico, ao mesmo tempo em que oferece as ferramentas necessárias para a diminuição de
custos e melhor utilização dos ativos disponíveis, permitindo assim alcançar a vantagem
competitiva (CHRISTOPHER, 2001, p. 3-4).
1.2 Contextualização
Para que as empresas atinjam os níveis de competitividade exigidos pelos clientes,
precisam, acima de tudo, trabalhar de forma integrada, onde a informação é o elemento mais
importante. As informações devem fluir ao longo da cadeia para que a mesma se torne mais
eficiente. Para que isso ocorra, as empresas devem estar preparadas tecnologicamente, onde
os sistemas de informações existentes são as molas mestras do processo.
Os Sistemas de Informações Logísticas (SIL) são softwares específicos,
integrados ou não a outros softwares maiores, que gerenciam as atividades logísticas de uma
empresa. Sua importância e funcionalidade estão ligadas às rotinas de entrada, processamento
e saída de materiais e as informações produzidas ao longo deste processo. Estes sistemas
12
oferecem o suporte necessário para que os gestores da área de operação tomem suas decisões
de forma mais segura possível.
No entanto, somente a integração interna através do SIL não garante o
gerenciamento eficaz da cadeia como um todo. É necessário que os diversos SILs das diversas
empresas se comuniquem e passem a trocar informações, como se fossem uma só empresa.
Esta integração externa, ainda pouco difundida no meio empresarial, pode ser feita através de
outras tecnologias como o EDI (Eletronic Data Interchange) ou até mesmo a Internet.
Em diversos setores da economia, a integração externa ainda é um campo pouco
explorado. Uma pesquisa apresentada por Bronzo (2001) relacionava, dentre outros fatores, o
nível de integração da Fiat com seus fornecedores. O autor constatou que o EDI era pouco
utilizado pela montadora, predominando os contatos via telefone, fax ou e-mail. Uma outra
pesquisa conduzida por Hees e Maculan (2000) nas Lojas Americanas mostrou que a
implantação de EDI é complexa e que seus benefícios são enxergados quando existe um
grande número de participantes.
1.3 Caracterização do Problema
Em se tratando do segmento de distribuição de medicamentos, onde o fator tempo
e as informações dos produtos constituem elementos determinantes para a competitividade
das empresas, a utilização da Tecnologia da Informação (TI) no processo logístico é ainda
mais relevante. A distribuição de medicamentos consiste em uma atividade de suma
importância para a contribuição para o aumento da qualidade de vida da população, uma vez
que é através deste canal que grande parte destes produtos chegam às mãos dos consumidores.
13
No Estado do Ceará, onde a população, em sua grande maioria, não dispõe dos
recursos necessários para comprar os medicamentos que precisa e o setor público vem
desempenhando este papel de forma precária, a distribuição eficiente torna-se imprescindível.
Neste aspecto, é imprencindível que os medicamentos cheguem aos pontos de
venda de forma rápida e com o menor custo possível. Em parte, este objetivo pode ser
alcançado se as empresas dispuserem de bons sistemas de informações, que possibilitem uma
integração interna e externa, uma vez que estas medidas refletem em menores desperdícios,
maior produtividade, reduzindo os custos, além de proporcionar uma melhor prestação de
serviço.
Porém, o que se verifica é que as empresas têm sentido dificuldades em implantar
e manter seus sistemas de informações, bem como integrá-los de forma satisfatória. A grande
pergunta que se faz neste sentido é: As empresas distribuidoras de medicamentos possuem
Sistemas de Informações Logísticas que possibilitem um gerenciamento de forma integrada,
tanto internamente como externamente?
1.4 Objetivos
1.4.1.Objetivo Geral
O presente estudo tem como objetivo avaliar o grau de utilização e integração dos
Sistemas de Informações Logísticas dos distribuidores de medicamentos do estado do Ceará,
sob o ponto de vista interno (logística de entrada, logística interna e logística de saída) e
externo (fornecedores e clientes).
14
1.4.2.Objetivos Específicos
Além do objetivo principal, o estudo busca também:
1. Entender a importância da informação logística para e eficiência e eficácia das
empresas.
2. Caracterizar o setor de distribuição de medicamentos no Ceará.
1.5 Premissas ou pressupostos
O estudo parte das seguintes premissas ou pressupostos:
− P1: As empresas distribuidoras de medicamentos pesquisadas possuem as
bases tecnológicas necessárias para o gerenciamento das atividades logísticas, ou seja,
possuem Sistemas de Informações Logísticas estruturados, com base na adoção de softwares
ERP (Enterprise Resource Planning).
− P2: Os gerentes de logística das empresas pesquisadas não confiam nas
informações geradas pelos SIL, nem tampouco consideram estes sistemas capazes de gerar
informações ágeis para a tomada de decisões, ou seja, impera a desconfiança perante os SIL.
− P3: Existe pouca integração entre os módulos do Sistema de Informações
Logísticas, o que dificulta a tomada de decisões, uma vez que as informações nem sempre são
ágeis e confiáveis.
− P4: As empresas ainda não despertaram para a importância da integração
externa, pois não utilizam ferramentas que permitam a troca de informações com clientes e
fornecedores.
15
1.6.Justificativas
Entende-se que a pesquisa apresenta uma contribuição significativa para a
compreensão dos fenômenos ligados ao gerenciamento da logística nas empresas brasileiras,
principalmente no que se refere ao segmento de medicamentos. Neste aspecto, a grande
motivação para a realização deste trabalho reside no fato do setor de medicamento ser de
fundamental importância para a população.
Como o correto gerenciamento do fluxo de produtos pode deteminar se uma
doença será ou não diagnosticada, a logística assume o papel principal na operacionalização
deste setor. Para tanto, a necessidade de se trocar informações permite que as empresas
participantes da cadeia possam fazer isso de forma mais racional.
1.6.Organização do Trabalho
O presente trabalho acadêmico está estruturado em 7 (sete) capítulos, ou seja,
seguindo-se a esta introdução ter-se-á cinco capítulos de desenvolvimento e um capítulo com
as considerações finais. Os parágrafos a seguir detalham cada capítulo.
O segundo capítulo deste trabalho abordará o tema “Logística integrada e
gerenciamento da cadeia de suprimentos” a fim de apresentar ao leitor conceitos inerentes à
definição conceitual de logística, cadeia de suprimentos, com ênfase na importância da
integração e da informação.
No terceiro capítulo, o tema a ser abordado é “A TI na cadeia de suprimentos”.
Assim, apresentar-se-á os principais conceitos acerca dos aplicativos ou softwares que ajudam
a Logística cumprir a sua missão. Dentre os diversos sistemas, destacam-se o Sistemas de
Informação Empresariais (ERP) e o Sistema de Informação Logísitca (SIL). No fim do
capítulo, será discutida aa importância do SIL para a logística.
16
O quarto capítulo tem como objetivo explicar as características e dados sobre o
setor de distribuição de medicamento, onde serão apresentados os 4 (quatro) principais tipos
de distribuição deste setor, bem como sua importância para o varejo farmacêutico.
No quinto capítulo do trabalho, a metodologia da pesquisa será detalhada, onde, a
partir de uma problemática, serão definidos os pressupostos e os objetivos. Além disso, a
pesquisa será classificada de acordo com a metodologia científica e, por fim, serão descritos
os procedimentos metodológicos.
O sexto capítulo é destinado à apresentação dos resultados da pesquisa. Nessa
linha de análise, serão estudadas a estruturação do sistema de informações logísticas, a
integração dos módulos e a eficiência na geração de informações que permitam uma tomada
de decisão por parte dos gerentes de logística do setor.
Por fim, o último capítulo será destinado às considerações finais do estudo, onde a
partir dos pressupostos colocados, estes serão validados ou não. Além disso, o estudo coloca
ainda algumas considerações pertinentes ao trabalho e ao assunto estudado.
17
2. LOGÍSTICA INTEGRADA E GERENCIAMENTO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS
A logística na forma como a conhecemos hoje sofreu uma evolução ao longo do
século passado. Segundo Furhmann (2003, p. 17), o sistema logístico e suas ferramentas
tiveram um progresso considerável desde a Segunda Grande Guerra. O mesmo autor, fazendo
uma referência a Lambert, Stock e Vantine (1999), afirma que a logística passou de uma
concepção separada de suas funções, para uma concepção integrada e posteriormente este
conceito evoluiu para uma concepção mais ampla, de cadeia de suprimentos. Segue abaixo as
principais referências sobre esta evolução.
2.1 Definição de Logística
Vários autores definem a logística sob o contexto empresarial. Dentre os conceitos
existentes, destaca-se aquele apresentado por Bowersox e Closs (2001, p. 20), em referência à
definição do CLM (Council of Logistics Management), que traz o seguinte:
Logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo de armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades dos clientes.
Esta definição é compartilhada por outros autores como Ballou (1997, p. 24),
Christopher (1997, p. 2), Novaes (2001, p. 36), Pozo (2002, p. 13), dentre outros. Como é
possível observar na definição dada pelo CLM, a logística trabalha com dois fluxos básicos: O
de materiais e o de informações. Alguns autores consideram um terceiro, chamado de fluxo
financeiro (CAVANHA FILHO, 2001, p. 6). A Figura 1 representa os fluxos considerados
pela logística.
Figura 1. Fluxos logísticos. Fonte: Adaptado de Cavanha Filho (2001, p. 6).
O fluxo de materiais é aquele mais visível no gerenciamento logístico. São as
matérias-primas, componentes, materiais de consumo e produtos finais ao longo da cadeia.
Seu início se dá na expedição inicial de matérias-primas ou componentes por um fornecedor e
terminam quando um produto fabricado é entregue ao cliente (BOWERSOX e CLOSS, 2001,
p. 44). Geralmente, o fluxo de materiais flui dos fornecedores em direção aos clientes finais,
ou seja, à jusante da cadeia. A única exceção se dá nos casos dos materiais que são reciclados
ou que tem uma destinação reversa, onde o fluxo se dá de forma contrária, ou seja, à
montante.
O fluxo financeiro ou de dinheiro, ao contrário do fluxo de materiais, flui dos
clientes em direção aos fornecedores, pois são os clientes quem pagam para adquirirem os
produtos e serviços ao longo da cadeia.
Por fim, tem-se o fluxo de informações. Este fluxo se locomove ao longo da
cadeia nos dois sentidos, à montante e à jusante. Clientes fornecem informações de pedidos e
demanda para os fornecedores que por sua vez fornecem informações sobre entregas e
disponibilidades de estoques. O principal objetivo do fluxo de informações é planejar e
executar operações logísticas integradas (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 45).
Fornecedor Cliente Empresa
Fluxo de materiaisFluxo financeiro
Fluxo de informações
19
A forma como os fluxos são gerenciados determina a eficiência e eficácia da
logística de uma empresa. Segundo Christopher (1997, p. 10), o desafio do gerenciamento do
fluxo logístico é descobrir os meios com os quais possa ser melhorada a relação entre o tempo
consumido em atividades que adicionam valor e àquele consumido com atividades que não
adicionam valor.
2.2 Logística Integrada
Na base do moderno conceito de logística integrada, considera-se que a logística
deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de
agregar valor por meio de serviços prestados (FLEURY, 2000, p. 31). Para Bowersox e Closs
(2001, p. 43), a logística é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e
fornecedores.
As empresas devem integrar suas operações internas como compras,
gerenciamento de estoques, produção e distribuição. Embora essa integração seja pré-
requisito para o sucesso, não é suficiente para garantir que a empresa alcance suas metas de
desempenho. Para isso, é necessário que a empresa expanda a abordagem integrada para
incorporar clientes e fornecedores imediatos (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 43).
Para ser gerenciada de forma integrada, a logística deve ser tratada como um
sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma coordenada,
com o objetivo de atingir um objetivo comum. (FLEURY, 2000, p. 35).
Em empresas que não adotaram uma abordagem integrada de sistemas, a logística
torna-se um conjunto de atividades fragmentadas e descoordenadas, pulverizada dentre as
diversas funções organizacionais, sendo que cada função em si tem seu próprio orçamento,
20
prioridades e medição (LAMBERT, 1998 apud FAYET, 2002, p. 27). A Figura 2 demonstra a
logística tratada de forma integrada.
Figura 2. A logística integrada. Fonte: Bowersox e Closs (2001, p. 44).
Conforme pode ser observado na figura acima, a logística é considerada integrada
quando as atividades são executadas de forma síncrona, ou seja, os materiais fluem a partir
das compras, passando pela manufatura e distribuição física, até chegar aos clientes,
suportado por um sistema que gere informações ao longo deste fluxo. Segundo Bowersox e
Closs (2001, p. 49), através do gerenciamento logístico integrado, as empresas procuram
atingir seis objetivos operacionais:
1. Resposta rápida: Habilidade das empresas em satisfazerem as necessidades dos
clientes em tempo hábil, através dos sistemas de informações, eliminando estoques
excessivos.
2. Variância mínima: Diminuir consideravelmente a ocorrência de erros como
entregas erradas, produtos defeituosos, dentre outros.
3. Estoque mínimo: Reduzir consideravelmente os níveis de estoques no sistema,
sem que haja um prejuízo no nível de serviço ao cliente. Isso pode ser conseguido através de
Distribuição Física
Apoio à manufatura Suprimentos
Fluxo de materiais
Fluxo de informações
FornecedoresClientes
21
uma melhor comunicação entre as empresas, no que se refere a dados como demanda de
produtos, por exemplo.
4. Consolidação e movimentação: Elaborar programas que possibilitem o
agrupamento de cargas pequenas e, conseqüentemente, uma movimentação consolidada, de
forma a diminuir os custos com transportes.
5. Qualidade: Fazer com que os produtos e os serviços a ele agregado sejam
executados com qualidade, de forma que o esforço logístico desprendido para movimentar os
produtos não seja refeito.
6. Apoio ao ciclo de vida: De acordo com o ciclo de vida do produto, oferecer o
suporte necessário para a operação no mercado.
Faz-se necessário concentrar esforços para minimizar os custos totais de logística,
reduções em um custo implicam aumento do custo total. A integração, além de melhorar o
fluxo de estoques, melhora a utilização de ativos de transporte e armazenagem, além de
eliminar a duplicação de tarefas em departamentos (LAMBERT, 1998 apud BARROSO,
2001, p. 18). A questão da integração logística será pré-requisito para estabelecer algum grau
de competitividade. Contraditoriamente, a implementação dessas ações logísticas integradas,
principalmente no Brasil, no século XX, não vem sendo executada com a relevância e o
destaque que deveria ter (FAYET, 2003, p. 32).
2.3 A Cadeia de Suprimentos
A grande maioria das empresas tem focado suas operações de maneira a atingir
um nível de competitividade que os permitam sobreviverem inseridos em um mercado
caracterizado pelas exigências de qualidade, variabilidade e rapidez dos produtos e serviços,
sem que isso corresponda a um respectivo aumento de preços.
22
Dessa forma, as empresas têm se conscientizado de que não será mais possível
atingir esse nível de exigência de forma isolada. Ao invés disso, as empresas têm se
organizado de forma coordenada para atuarem como se fosse uma única empresa, unindo
habilidades e neutralizando deficiências (RICARTE, 2003, p. 22).
Para Christopher (1999, p. 101), tornar as redes ou cadeias mais eficientes na
satisfação das exigências de mercado requer um alto nível de cooperação entre as empresas e
o reconhecimento da necessidade de tornar relacionamentos mutuamente benéficos.
Surge então o conceito de Cadeia de Suprimentos e seu gerenciamento (SCM).
Para Christopher (1997, p. 15), cadeia de suprimentos consiste numa rede de organizações
envolvidas, com ligações nos sentidos para cima e para baixo, em diferentes processos e
atividades, produzindo valor, na forma de produtos e serviços para os clientes finais.
Para Handfield e Nichols, (1999) apud Geraldi e Da Silva (2002), a cadeia de
suprimento engloba todas as atividades, assim como os agentes envolvidos no fluxo de
informações e de transformações de materiais desde a matéria na sua forma mais bruta até o
usuário do produto acabado, envolvendo inclusive as organizações prestadoras de serviço.
Para Chopra e Meindl (2003, p. 5), cadeia de suprimentos engloba todos os
estágios envolvidos, diretos ou indiretamente, no atendimento de um pedido ao cliente.
Finalmente, Simchi-Levi et al (2003, p. 27) conceituam cadeia de suprimentos, também
referenciada como rede logística, como uma rede constituída por fornecedores, centros de
produção, depósitos, centros de distribuição e varejistas, e ainda por matéria-prima, estoques
de produtos em processo e produtos acabados que fluem entre as instalações. A Figura 3
representa uma cadeia de suprimentos genérica.
23
Figura 3. Representação da cadeia de suprimentos. Fonte: Figura adaptada de CHING (1999).
A partir da integração das empresas em forma de cadeia, surge a necessidade de se
criar estratégias e operações para o seu gerenciamento.
Emerge, assim, o conceito de gestão ou gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Para Simchi-Levi et al (2003, p. 27), a gestão da cadeia de suprimentos é um conjunto de
abordagens utilizadas para integrar fornecedores, fabricantes, depósitos e armazéns, de forma
que a mercadoria seja produzida e distribuída na quantidade certa, para a localização certa e
no tempo certo, de forma a minimizar os custos globais do sistema, ao mesmo tempo em que
atinge o nível de serviço desejado.
Dessa forma, a chave do gerenciamento é a integração e não simplesmente
interface entre os diferentes elos da cadeia (CHRISTOPHER, 1999, p. 14).
Cleto e Lourenço (2000) afirmam também que o Gerenciamento da Cadeia de
Suprimento (SCM) parte do pressuposto que a melhor satisfação do consumidor final depende
da administração da rede e compras e insumos, produção e distribuição, de forma integrada
(desde o fornecedor até o cliente), valorizando as interconexões entre as variáveis e os
processos-chave, tanto internos quanto externos à unidade de negócio.
Mais enfático, Pires (1998) chega a defender que atualmente, as mais efetivas
práticas de SCM visam obter uma unidade de negócios que propicie muito dos benefícios da
tradicional integração vertical, sem comuns desvantagens em termos de custos e perda da
flexibilidade a ela inerente.
Fornecedor
primário
Fornecedor secundário
Fabricante
Distribuidores
Varejistas
24
Dessa forma, é possível constatar que o SCM é uma extensão da Logística
Integrada, agregando um conjunto de processos de negócios que ultrapassa as atividades
diretamente relacionadas com a Logística Integrada. Enquanto a Logística Integrada
representa uma integração interna de atividades, o SCM representa sua integração externa
(FAYET, 2003, p. 24).
Essa evolução foi suportada principalmente pelo avanço da Tecnologia da
Informação, que criou as condições ideais para a implantação dos processos de coordenação
das atividades, desde o fornecedor do fornecedor até o cliente do cliente (FLEURY, 2000, p.
42).
2.4 O Papel da Informação na Logística
A informação é um dos elementos mais importantes nas empresas, até mais que a
terra e o capital (PRUSSAC, 1995 apud SOARES, 2000, p. 28). Em se tratando da Logística,
Correia Neto (2002, p 32) afirma que a criação de um canal eficiente passa necessariamente
pela integração entre seus membros, onde o compartilhamento de informações consiste no
aspecto determinante.
Ricarte (2003, p. 31) concorda, afirmando que a integração da cadeia de
suprimentos depende de forma irrestrita da velocidade e qualidade das informações que nela
circulam. Simchi-Levi et al (2003, p. 102) comentam que a utilização eficaz das informações
auxilia na redução da variabilidade das previsões e conseqüentemente dos níveis de estoque,
melhora a coordenação das estratégias, permite aos varejistas prestarem melhores serviços e a
reagir mais rapidamente perante as mudanças de mercado, além de reduzir substancialmente
os lead-times.
25
Por fim, Chopra e Meindl (2003, p. 342) complementam afirmando que a
informação é a chave para o sucesso de uma cadeia de suprimentos porque permite que a
gerência tome decisões sobre um amplo escopo que abrange as funções da empresa.
Segundo Soares (2000, p. 30), o controle do ambiente de informação deve estar
totalmente alinhado com os objetivos estratégicos da empresa. Atributos do tipo integridade,
pontualidade, bem como informações relevantes sobre aspectos econômicos, mercadológicos,
tecnológicos e comportamento dos clientes são essenciais para o bom desempenho
empresarial. A informação deve ser gerenciada desde o instante de sua geração, distribuição e
conseqüentemente no momento do seu uso (DAVENPORT, 1997 apud SOARES, 2000, p.
31).
Ao considerar o escopo da cadeia, o mesmo raciocínio é válido, uma vez que as
informações devem ser bem gerenciadas ao mesmo tempo em que devem estar alinhadas às
estratégias da cadeia.
Conforme Lambert (1998) apud Fialho (2001, p. 27), a Cadeia de Suprimento
ampliada necessita de um canal de informações que conecte todos os participantes. O tipo de
informações circuladas entre os membros do canal e a freqüência de sua atualização tem uma
forte influência na eficiência e eficácia da cadeia de abastecimento, pois, segundo Fleury et al
(200, p. 287), os clientes percebem que informações sobre o status do pedido, disponibilidade
de produtos, programação de entregas e faturas são elementos importantes do serviço
prestado, ao mesmo tempo em que a informação traz reduções de custos.
Lee e Whang (2003) relacionam cinco tipos de informações compartilhadas na
cadeia: nível de estoque, dados de vendas, rastreamento de pedidos, previsão de demanda,
agendamento da produção, despachos e outras informações. Já Novaes (2001, p. 77) relaciona
as seguintes: informações técnicas, comerciais, administrativas e projetivas. Bowersox e Closs
(1999, p. 175) relacionam as informações de pedidos de clientes, de ressuprimento,
26
necessidades de estoque, programação de atividades de depósito e documentação de
transporte e fatura. Por fim, Chopra e Meindl (2003, p. 343) as informações do fornecedor, da
fabricação, da distribuição e varejo e demanda como sendo as mais importantes.
As informações devem ser gerenciadas eficientemente, de forma que se atinja os
objetivos estratégicos da cadeia. Segundo Chopra e Meindl (2003, p. 343), as informações
devem ser precisas, acessíveis e úteis.
Neste aspecto, a Tecnologia da Informação (TI) é o meio pelo qual os fluxos
complexos de materiais, peças, subconjuntos e produtos acabados podem ser coordenados
para a obtenção de um serviço a baixo custo (FIALHO, 2001, p. 27), assumindo assim um
papel fundamental na integração da cadeia.
As organizações brasileiras têm utilizado largamente a TI e Comunicação para
interligar suas várias áreas, fornecedores e clientes, processar um número muito grande de
transações e atender a uma quantidade de clientes de forma rápida, segura e, muitas vezes,
personalizadas (ALBERTIN, 2000). No entanto, conhecer bem as aplicações de softwares e
hardwares torna-se indispensável, o que é ainda considerada uma grande dificuldade para a
maioria destas empresas.
27
3. A TI NA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Segundo Fialho (2001, p. 27), a TI abrange uma gama de produtos de hardware e
software que proliferam rapidamente com a capacidade de coletar, armazenar, processar e
acessar dados. Suas implementações vão desde ilhas de automação ou tecnologias isoladas,
até sistemas integrados de informação. Olmo (2001, p. 15-16) traz alguns conceitos de outros
autores:
O conjunto de tecnologias resultantes da utilização simultânea e integrada de informática e telecomunicações. (GRAEML, 2000). Os meios utilizados pelas empresas produtivas para alavancar e potencializar o processo de criação e desenvolvimento de capacitação tecnológica (VALLE, 2000).
Quando se considera o escopo da cadeia logística, os sistemas de TI são muito
importantes, pois permitem que as empresas reúnam e analisem informações (CHOPRA e
MEINDL, 2003, p. 345), agilizando processos logísticos (OLMO, 2001, p. 17). É
fundamental também que o maior número possível de firmas de uma mesma cadeia produtiva
utilizem as mesmas TIs para usufruir os benefícios que elas podem proporcionar (HEES e
MACULAN, 2000).
Fleury et al (2000, p. 30) relacionam algumas aplicações de TI para a operação da
logística na Cadeia de Suprimentos Integrada, conforme o Quadro 1.
Aplicações de Hardwares Aplicações de Softwares Microcomputadores Roteirizadores Palmtops (computadores de mão) WMS (Warehouse Management System – Sistema de
Gerenciamento de Armazéns) Códigos de barra GIS (Geographical Information System – Sistema de
Informação Geográfica) Rádio freqüência DRP (Distribution Resource Planning – Planejamento
de Recursos de Distribuição) Transelevadores MRP (Manufacturing Resource Planning –
Planejamento dos Recursos de Manufatura) Sistemas GPS Simuladores
Computadores de bordo Otimização de redes Picking automático Previsão de vendas ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento
dos Recursos da Empresa) EDI (Eletronic Data Interchange – Intercâmbio
Eletrônico de Dados) Quadro 1. Aplicações de TI para a logística. Fonte: Adaptado de Fleury et al (2000, p. 30).
No que se refere ao presente estudo, as aplicações de hardwares não serão
consideradas, apesar da sua importância. Com relação aos softwares , a pesquisa abrangeu boa
parte das aplicações relacionadas no Quadro 1, com exceção aos softwares de informações
geográficas (GIS), de gerenciamento de manufaturas (MRP) e de otimização de redes. Nos
sub-tópicos a seguir, são apresentados os principais conceitos sobre as aplicações de softwares
utilizadas no trabalho.
3.1 Os Sistemas de Informações Empresariais - ERP
Os sistemas de Informações Empresariais, ou ERP, podem ser definidos como
sistemas de informação integrados, adquiridos na forma de pacotes comerciais de software,
com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa (DE SOUSA e
ZWICKER, 2000).
Estes sistemas procuram integrar as informações da empresa em uma única
plataforma (FLEURY et al, 2000, p. 291) que substitua os sistemas legados ou antigos, de
forma a proporcionar um escopo mais amplo, permitindo uma melhor tomada de decisões
(CHOPRA e MEINDL, 2003, p. 347-349) e o monitoramento do desempenho da empresa em
tempo real (CALDAS e WOOD JR, 1999).
Exemplos de sistemas ERP existentes no mercado são o R/3 da alemã SAP (32%
do mercado), o Baan IV da Holandesa Baan (7%), o Oneworld da americana JD Edward
29
(7%), o Orasse Applications da americana Oracle (13%), o EMS da brasileira Datasul e o
Logix da brasileira Logocenter, dentre outros (FLEURY et al, 2000, p. 291).
O sistema ERP atua monitorando as transações de uma empresa, ou seja, nas
atividades mais operacionais. Isto é feito através de módulos que cobrem funções diferentes,
tais como finanças, fabricação, atendimento do pedido, recursos humanos, gerenciamento de
fornecedor e logística (CHOPRA e MEINDL, 2003, p. 349).
No entanto, muitos sistemas ERP não consideram as atividades logísticas de
forma integrada, o que pode trazer uma série de problemas para a empresa (FLEURY et al,
2000, p. 292). Dessa forma, faz-se necessário que o sistema de informações empresarial
englobe um módulo integrado de logística, de forma a proporcionar um melhor gerenciamento
dos recursos e um melhor serviço ao cliente.
3.2 Os Sistemas de Informações Logísticas (SIL)
O Sistema de Informações Logísticas (SIL) é um subsistema do sistema de
informação gerencial que disponibiliza informações especificamente necessárias para a
administração da logística (BALLOU 1993). Funciona como elos que ligam as atividades
logísticas em um processo integrado para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas,
tanto dentro de uma empresa como ao longo de toda a cadeia (BOWERSOX e CLOSS, 2001,
p. 176 e FLEURY et al, 2000, p. 287-288).
Ballou (2001, p. 110-111) divide o SIL em três elementos distintos: Entradas (os
dados que vão assistir ao processo de tomada de decisão), gerenciamento de banco de dados
(processo de conversão de dados em informação, de forma a suportar a tomada de decisão) e
saída (interface com o usuário do sistema). A Figura 4 representa o conceito colocado pelo
autor.
30
Figura 4. Visão geral do Sistema de Informações Logísticas. Fonte: Ballou (2001, p. 110).
Bowersox e Closs (2001, p. 176) que para atingir os objetivos de integração
comentado na definição, o SIL deve estar estruturado em 4 níveis de funcionalidade: Sistema
transacional, controle gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico, conforme
demonstrado na Figura 5.
Figura 5. Funcionalidades de um Sistema de Informações Logísticas. Fonte: Adaptado de Bowersox e Closs (2001, p. 177).
Ambiente
Entrada de Dados
Atividades de banco de dados: 1. Armazenamento de dados:
• Arquivamento; • Recuperação; • Manutenção de arquivos;
2. Transformação de dados: • Operações básicas de processamento de dados; • Análise de dados usando técnicas estatísticas e
matemáticas
Saída
Gerente de Logística (Tomador de decisões)
Decisões
Sistema Transacional
Controle Gerencial
Apoio à decisão
Planejamento Estratégico
31
Na base do SIL está o sistema transacional, responsável pelo registro de todas as
atividades individuais, tais como entrada de pedidos, designação de estoques, separação de
pedidos, expedição, formação de preços, emissão de faturas e pesquisa com clientes. Por meio
do sistema transacional, as informações logísticas são disponibilizadas para outras áreas da
empresa, além de acontecerem todos os estágios do ciclo do pedido1 (BOWERSOX e
CLOSS, 2001, p. 176).
Segundo Fleury et al (2001, p. 289), a falta de integração entre as operações
logísticas é um problema comumente encontrado em sistemas transacionais que não estão sob
um sistema de gestão integrada (FLEURY et al, 2001, p. 289).
O segundo nível do SIL está relacionado à utilização de informações disponíveis
no sistema transacional para o gerenciamento das atividades logísticas (FLEURY et al, 2001,
p. 289). A característica principal está no enfoque crítico, tático e de médio prazo, uma vez
que se procura avaliar o desempenho das atividades logísticas através de indicadores e
relatórios (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 177). Destacam-se neste nível sistemas como
WMS e o GIS.
Os sistemas de apoio à decisão, mais conhecido como SAD, enfatiza o uso da
informação no processo de tomada de decisões para auxiliar os executivos a identificar,
avaliar e comparar alternativas logísticas táticas e estratégicas (BOWERSOX e CLOSS, 2001,
p. 177).
Em função da complexidade envolvida em uma tomada de decisão deste nível, a
não utilização destas ferramentas levaria ao uso do feeling, distanciando da solução ótima em
muitos casos (FLEURY et al, 2001, p. 290). Ao nível de empresa, são exemplos de SAD:
Sistema de roteirização de veículos, sistema de previsão de demanda, sistema de
planejamento de estoques, sistema de localização de instalações e sistema de análise de
1 É o tempo transcorrido entre a colocação do pedido pelo cliente até sua entrega (OLMO, 2001, p. 71).
32
rentabilidade de clientes. Já no escopo da cadeia, além dos citados acima, destacam-se os
softwares de planejamento da produção, transporte e distribuição, além de sistemas de
otimização de cadeias de suprimentos (SOARES, 2000, p. 77).
Finalmente, no nível do planejamento estratégico encontram-se os sistemas
destinados a desenvolver e aperfeiçoar a estratégia logística. Bowersox e Closs (2001, p. 178)
afirmam que estes sistemas geralmente são extensões do nível de análise de decisões, porém
com um nível de abstração e prazo maiores. Este nível engloba decisões envolvendo aspectos
relacionados a alianças estratégicas, desenvolvimento e captação de oportunidades de
mercado, bem como sensibilidade de clientes à melhoria do serviço.
Com relação à eficiência de um SIL, Bowersox e Closs (2001, p. 179) consideram
6 (seis) princípios, que em conjunto, atendem às necessidades de informações logísticas:
Disponibilidade (capacidade de gerar informações onde e quando desejadas), precisão
(capacidade de gerar informações livres de erros), tempo hábil (gera informações disponíveis
para a situação corrente), formato com base nas exceções (capacidade de gerar informações
organizadas de forma a apontar problemas e soluções), flexibilidade (capacidade de se adaptar
a vários processos) e formato adequado (capacidade de apresentar informações da melhor
forma possível).
3.3 A Importância do SIL para a Integração Logística
Uma vez entendido os principais conceitos do SIL, é preciso que se aborde a
importância deste sistema no processo de integração da cadeia de suprimentos logística.
Inicialmente é importante considerar que o SIL deve considerar em seu escopo um conjunto
de atividades que possa ser compartilhada com vários membros da cadeia.
33
Ao implantar um SIL, a empresa deve considerar as informações que interessam
clientes, fornecedores, prestadores de serviço, dentre outros elementos que compõem a cadeia.
O sistema deverá fornecer visibilidade de fornecedores e pedidos que chegam para que os
gerentes de fabricação possam ter certeza de quando devem agendar a produção, de que a
demanda será atendida e de que os materiais necessários chegarão em tempo. Vendedores
podem visualizar cronogramas de produção e níveis de estoque em depósitos para determinar
quando um produto deverá ser entregue ao cliente (CHOPRA e MEINDL, p. 350).
Para que estas informações atinjam um escopo amplo, os membros da cadeia de
suprimentos devem integrar seus Sistemas de Informações Logísticas, de forma que todos se
beneficiem do processo de compartilhamento, gerando menores custos e um aumento do
serviço prestado ao cliente. A Figura 6 representa uma cadeia de suprimentos sem a devida
integração dos SIL dos diversos membros.
Figura 6. Cadeia de suprimento desintegrada. Fonte: Os autores (2004).
Em uma cadeia sem a devida integração das informações através dos SIL, existe
uma tendência de sub-otimização dos recursos. Este fenômeno pode ser exemplificado no
caso de um membro (um distribuidor) que não possui as informações sobre estoques e entrega
do membro à jusante (fabricante). Como esta informação está indisponível, a tendência é que
este membro pratique níveis de estoques maiores para se proteger melhor das variâncias no
serviço do fabricante. Dessa forma, apesar de garantir o abastecimento de seus clientes
imediatos (varejistas), este membro o faz de forma ineficiente, repassando os custos
SIL SIL SIL
Fornecedor Fabricante Distribuidor
34
adicionais para o preço final de seus produtos. A figura a seguir apresenta o modelo integrado
dos SIL dos diversos membros.
Figura 7. Modelo de integração dos SIL em uma cadeia de suprimentos. Fonte: Os autores (2004).
É possível observar que no modelo integrado, os SIL estão permanentemente em
comunicação um com o outro. Dessa forma, as informações são compartilhadas pelos
membros ao longo da cadeia. Neste caso, existe uma tendência de otimização dos recursos
disponíveis, pois o fabricante sabe exatamente os níveis de estoque e programação de entrega
do fornecedor, podendo programar melhor sua produção. Da mesma forma, este fabricante
monitora constantemente a demanda de seus produtos nos diversos pontos de distribuição,
minimizando as necessidades de estoques.
Dessa forma, é importante salientar que a implantação de SIL que integram
internamente a empresa é importante para o melhor gerenciamento dos recursos internos. No
entanto, no que se refere à competitividade global, essa integração interna somente não
garante a sobrevivência ao nível de cadeia. É necessário que os diversos SIL estejam
integrados, produzindo informações úteis que sirvam para os diversos membros desta cadeia
otimizem seus recursos e melhorem seu serviço.
SIL SIL SIL
Fornecedor Fabricante Distribuidor
35
4. O SEGMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Pode-se compreender por distribuição de medicamento como o ato de entrega
racional de medicamentos aos pacientes, prestando informações acerca das características
farmacodinâmicas dos mesmos, bem como estudo da posologia, verificação de interações
medicamentosas e com alimentos, contra-indicações, dentre outras (MATAR, 2001).
Estas informações devem ser repassadas a clientela de forma clara e objetiva de
modo que a mesma não tenha nenhuma dúvida acerca do esquema terapêutico proposto.
O setor de distribuição de medicamentos consiste em um importante elo na cadeia
de distribuição deste tipo de produto, uma vez que é através deste canal que grande parte dos
medicamentos chegam às mãos daqueles que necessitam, a população.
Desse modo, pode-se afirmar que a elaboração de um sistema de distribuição de
medicamentos requer uma investigação em profundidade, de atividades que possam garantir
eficiência, economia e segurança.
Diante do exposto, é válido ressaltar que, segundo a ABRAFARMA, este setor
fatura 2,6 bilhões de Reais por ano (2002). No Ceará, este faturamento chega a 90 milhões.
Atualmente cerca de 15 distribuidores atendem aproximadamente 1.100 farmácias no Estado,
distribuindo, além de medicamentos, produtos de necessidade básica.
Seguindo esta linha de análise, é correto afirmar que a seqüência de eventos que
envolvem a distribuição do medicamento começa quando o mesmo é adquirido e, a partir de
então, um modelo é seguido até sua administração ao paciente ou, por algum motivo seja
devolvido à Farmácia, para se concluir o processo (MATAR, 2001).
Um sistema de distribuição deve atender a todas as áreas da instituição onde são
utilizados medicamentos e correlatos.
Desse modo, CAMPOMAR (2002, p. 65-66) cita como principais objetivos da
sistemática de distribuição de medicamentos:
• Distribuir os medicamentos de forma ordenada e racional.
• Prestar informações sobre os mesmos no que diz respeito à estabilidade,
características organolépticas, indicação terapêutica, contra-indicação.
• Diminuir erros de medicação.
• Diminuir os custos com medicamentos.
• Aumentar a segurança para o paciente.
• Racionalizar a distribuição e administração.
• Aumentar o controle sobre os medicamentos, acesso do Farmacêutico as
informações sobre o paciente.
Assim, de acordo com CAMPOMAR (2002) existem quatro (04) tipos de sistema
de distribuição de medicamentos, a saber: coletivo, individual, combinado e dose unitária.
4.1 Sistemática de Distribuição Coletiva de Medicamentos
Segundo Campomar (2002), é uma sistemática onde os pedidos de medicamentos
à Farmácia são feitos através da transcrição da prescrição médica pela enfermagem. Estes
pedidos não são feitos em nome dos pacientes, mas sim, em nome de setores. A Farmácia
envia uma certa quantidade de medicamentos para serem estocados nas unidades de
enfermagem e demais setores, que de acordo com as prescrições médicas vão sendo
ministradas aos pacientes. É um sistema que apresenta algumas falhas, pois não há a
participação direta do Farmacêutico.
37
Nesse sentido, Campomar (2002) afirma que as principais vantagens do sistema
em estudo são: Grande arsenal terapêutico nas unidades, o que facilita o uso imediato dos
medicamentos; diminui os pedidos à Farmácia, bem como reduz as tarefas a serem executadas
pela Farmácia.
Já ao fazer referência quanto às principais vantagens que o sistema de distribuição
coletivo apresenta, Campomar (2002) afirma que as requisições são feitas através da
transcrição da prescrição médica o que pode ocasionar erros de transação, tais como:
omissões e trocas de medicamentos. Reforça também que aumenta o gasto com medicamentos
em conseqüências da incapacidade da Farmácia em controlar adequadamente os
medicamentos, bem como aumenta o potencial de erros de administração de medicamentos
resultante da falta de revisão feita pelo Farmacêutico das prescrições médicas de cada
paciente. Assim, pode causar: desvio de medicamentos, mau acondicionamento de
medicamentos, vencimento de prazo de validade, devolução de medicamentos sem
identificação e podendo ocorrer administração ao paciente de medicamentos vencidos.
4.2 Sistemática de Distribuição de Medicamentos Individuais
Para Campomar (2002, p. 68-69), este sistema é caracterizado pelo fato de que os
pedidos de medicamentos são feitos especificamente para cada paciente (24horas), de acordo
com a segunda via da prescrição médica. Este sistema está mais orientado para a Farmácia
que o anterior, visto que se busca um melhor controle de medicamentos. Mas, suas principais
desvantagens são: Incremento das· atividades desenvolvidas pela farmácia; Necessidade· de
plantão na farmácia hospitalar; Permite ainda· potencial erros de medicação; Exige um
investimento· inicial; Necessidade de Plantão na Farmácia- Hospitalar.
38
Diante disso, cabe destacar, segundo Campomar (2002), que as principais
vantagens são: Diminuição dos estoques nas unidades assistenciais; Facilidade para devolução
à Farmácia; Redução potencial de erros de medicação; Reduz tempo do pessoal da
enfermagem quanto às atividades· com medicamentos; Redução de custos com·
medicamentos; Controle mais efetivo sobre· medicamentos; bem como o aumento da
integração do Farmacêutico com a equipe de saúde.
4.3 Sistemática de Distribuição Combinada de Medicamentos
Segundo Campomar (2002), é o sistema no qual alguns medicamentos são dispensados
através de requisições (Sistema Coletivo) e outros por prescrição individual (Sistema
Individual).
Assim, Campomar (2002, p. 71-72) cita como desvantagens dessa sistemática:
Consumo de tempo da enfermagem; Não há controle rigoroso do estoque; bem como os erros
são freqüentes.
4.4 Sistemática de Dose Única de Distribuição de Medicamentos
De acordo com Campomar (2002, p. 73), é uma quantidade ordenada de
medicamentos com forma e dosagens prontas para serem ministradas ao paciente de acordo
com a prescrição médica, num certo período de tempo.
Seu principal objetivo é dispensar o medicamento certo, ao paciente certo, na hora
certa, levando-se em consideração que podem ser avaliados diversos aspectos, tais como:
Erros de medicação, ou seja, verifica-se com a “dose unitária” se estes erros são freqüentes;
Fidelidade das doses (comparar as doses prontas com as prescrições médicas e verificar
39
possíveis diferenças); Interações medicamentosas, reações adversas e outras causas podem ser
estudadas; Acondicionamento dos fármacos pode ser estudado considerando-se o tipo de
acondicionamento ao qual estão submetidos na “dose unitária”; Proporcionar a administração
hospitalar um sistema de distribuição de medicamentos que seja financeiramente viável; bem
como oferecer recursos ao Farmacêutico para melhor integrar-se à equipe de saúde.
Já suas principais desvantagens, segundo Campomar (2002), são: Aumento das
necessidades de recursos humanos e infra-estrutura da Farmácia Hospitalar; bem como a
exigência de investimento inicial.
40
5. METODOLOGIA
O presente capítulo tem como objetivo principal descrever e caracterizar a
pesquisa realizada, bem como explicar os passos metodológicos utilizados. Para tanto, os
propósitos e pressupostos da pesquisa são apresentados, para em seguida classificá-la de
acordo com os métodos científicos. Na última parte do capítulo, a amostra é caracterizada
com o objetivo de tornar claras as empresas pesquisadas.
5.1 Problemática e Objetivo
Conforme colocado na parte introdutória deste trabalho, a problemática da
pesquisa gira em torno da utilização eficiente dos SILs pelas empresas de medicamentos.
Dessa forma, a questão da pesquisa é: As empresas distribuidoras de medicamentos possuem
Sistemas de Informações Logísticas que possibilitem um gerenciamento de forma integrada,
tanto internamente como externamente?
Para tanto, o presente trabalho te como objetivo avaliar o grau de utilização e
integração dos Sistemas de Informações Logísticas dos distribuidores de medicamentos do
estado do Ceará, sob o ponto de vista interno (logística de entrada, logística interna e logística
de saída) e externo (fornecedores e clientes).
5.2 Pressupostos
Neste trabalho são assumidas as seguintes suposições ou premissas:
P1: As empresas distribuidoras de medicamentos pesquisadas possuem as bases
tecnológicas necessárias para o gerenciamento das atividades logísticas, ou seja, possuem
Sistemas de Informações Logísticas estruturados, com base na adoção de softwares ERP
(Enterprise Resource Planning).
P2: Os gerentes de logística das empresas pesquisadas não confiam nas
informações geradas pelos SIL, nem tampouco consideram estes sistemas capazes de gerar
informações ágeis para a tomada de decisões, ou seja, impera a desconfiança perante os SIL.
P3: Existe pouca integração entre os módulos do Sistema de Informações
Logísticas, o que dificulta a tomada de decisões, uma vez que as informações nem sempre são
ágeis e confiáveis.
P4: As empresas ainda não despertaram para a importância da integração externa,
pois não utilizam ferramentas que permitam a troca de informações com clientes e
fornecedores.
5.3 Classificação da pesquisa
Quanto ao fim, esta fase da pesquisa caracteriza-se por ser um estudo de campo do
tipo exploratório, essencialmente quantitativo, com a utilização de técnicas de amostragem
não-probabilística (VERGARA, 1997).
A utilização do estudo de campo se justifica em função da necessidade de
observação in situ, sendo o pesquisador um investigador e observador, que não manipulou
qualquer variável para poder estudar as relações entre atitudes, crenças, valores, percepções e
condutas dos indivíduos e dos grupos (KERLINGER, 1973 apud MOREIRA, 2000).
O caráter exploratório se deve ao fato da mesma ser preliminar, ou seja, não havia,
no momento, um conhecimento acumulado e sistematizado sobre o assunto (VERGARA,
42
1997). O estudo exploratório restringe-se a definir objetivos e busca maiores informações
sobre determinado assunto de estudo (CERVO e BERVIAN, 1996). Portanto, por ser
preliminar, a pesquisa de campo procurou tornar o problema evidente e permitiu a construção
de suposições futuras (MC DANIEL e GATES, 2003; GIL, 1991).
O caráter quantitativo desta fase está relacionado ao fato de predominar os
métodos estatísticos, com utilização de variáveis bem definidas e cálculos, utilizando a
estatística descritiva e matemática (FORTE, 2003). Os métodos estatísticos utilizados na
presente pesquisa, apesar de simples, permitiram obter uma representação do fenômeno
estudado (LAKATOS e MARCONI, 1991).
Por fim, optou-se por utilizar o método de amostragem por meio de uma escolha
não-probabilística, em função de dois vieses, conforme será explicado nos procedimentos
metodológicos mais adiante.
5.4 Procedimentos Metodológicos
A primeira etapa do trabalho consistiu no levantamento bibliográfico, que
envolveu diversas fontes de pesquisa. A pesquisa bibliográfica teve o objetivo de conhecer e
analisar as contribuições científicas do passado existente sobre o assunto, tema e problema
(CERVO e BERVIAN, 1996).
Esta etapa da pesquisa envolveu o levantamento através de fontes secundárias,
com conhecimento original. Assim, utilizou-se de trabalhos como monografias, dissertações,
livros, relatórios técnicos, artigos científicos em revistas e anais de congresso.
A pesquisa bibliográfica englobou inicialmente a fase de elaboração das fichas de
referência. As fichas de referências foram separadas por assunto, de acordo com os tópicos
relacionados na pesquisa. O levantamento bibliográfico é de extrema importância para o
43
desenvolvimento teórico do tema a ser pesquisado, além de ser a base de respaldo para o
desenvolvimento de qualquer pesquisa de campo. O próximo tópico do capítulo aborda
exatamente como foi desenvolvida esta etapa.
Foi por meio da pesquisa bibliográfica que se determinou as aplicações
específicas do SIL a serem avaliadas no estudo. Assim, procurou-se identificar o uso de
ferramentas que compõem o SIL das empresas do segmento de distribuição de medicamentos.
Para tanto, foram utilizados os conceitos colocados por Fleury et al (2001), representados no
quadro abaixo.
Nível Aplicativo Definição
Compras Módulo específico que realiza todas as aquisições de produtos e serviços da empresa.
Recebimento e entrada Parte do SIL que opera os procedimentos de recebimento e entrada de mercadorias, englobando a conferência, digitação dos dados e despacho para a área de armazenagem.
Administração de pedidos Módulo específico do sistema para gerenciar o recebimento, análise de crédito e despacho de pedidos de clientes.
Controle de estoques Parte do SIL que gerencia os níveis de estoque da empresa, inclusive com funções de cálculo de ponto de pedido, estoque mínimo e lote de compra.
Transacional
Faturamento e gerenciamento das vendas
Responsável pela administração da força de vendas, onde predomina a coleta e faturamento dos pedidos realizados pelos clientes.
Controle gerencial
Sistema de Administração da Armazenagem (WMS)
Sistema que gerencia as atividades de um armazém, tais como o endereçamento de produtos, organização de recebimento e expedição, codificação, dentre outros.
Sistema de roteirizarão de entregas
Módulo específico que gerencia os recursos da frota existente, traçando, dentro de uma série de restrições, o caminho ótimo para a entrega dos produtos.
Sistema de previsão de demanda
Sistemas específicos que auxilia na tomada de decisões de previsões de venda.
Apoio à decisão
Sistemas de integração da cadeia de suprimentos (EDI)
Sistemas que integram o SIL de várias empresas pertencentes à cadeia.
Quadro 2. Aplicações específicas do SIL avaliados na pesquisa. Fonte: Adaptado pelos autores (2004).
Para facilitar a compreensão dos resultados, os aplicativos listados acima foram
divididos de acordo com o fluxo normal de materiais. Dessa forma, os módulos de compras e
recebimentos foram agrupados como sendo pertencentes à logística de entrada, os módulos de
controle de estoque, administração de armazéns e de pedidos foram agrupados como
44
pertencentes à logística interna e por fim, os módulos de gerenciamento de vendas,
roteirizarão de entregas e previsão de vendas foram agrupados como sendo pertencentes à
logística de saída. Os aplicativos de integração da cadeia de suprimentos foram analisados à
parte. O Quadro 3 apresenta esta divisão.
Aplicativos Agrupamento Compras e recebimento Logística de entrada
Controle de estoque, administração de armazéns e pedidos. Logística interna
Gerenciamento de vendas, roteirização de entregas e previsão de vendas. Logística de saída
Quadro 3. Divisão metodológica dos aplicativos do SIL. Fonte: Os autores (2004).
Procurou-se analisar também os princípios que determinam a eficiência de um
SIL. Neste aspecto considerou-se a precisão, disponibilidade, agilidade e integração entre os
módulos existentes no SIL das empresas distribuidoras de medicamentos, de acordo com os
princípios da eficiência de um SIL apresentado por Bowersox e Closs (2001). O Quadro 4
apresenta a forma como estes princípios foram avaliados na pesquisa.
Princípios Definição Forma de avaliação Precisão Capacidade de gerar informações livres de
erros Pergunta sobre a precisão das informações geradas pelo SIL.
Disponibilidade Capacidade de gerar informações onde e quando desejadas
Tempo hábil Capacidade de gerar informações disponíveis para a situação corrente
Pergunta sobre a agilidade do SIL em fornecer informações no momento e local certo.
Formato com base nas exceções
Capacidade de gerar informações organizadas de forma a apontar problemas e soluções
Flexibilidade Capacidade de se adaptar a vários processos
Formato adequado Capacidade de apresentar informações da melhor forma possível.
Perguntas sobre a integração dos módulos do SIL.
Quadro 4.Formas de avaliação dos princípios do SIL. Fonte: Adaptado pelos autores (2004).
Definidas as variáveis que iriam compor o estudo, partiu-se para a elaboração do
questionário. Este questionário se caracterizou pelas suas perguntas fechadas e sua
45
estruturação permitiu uma análise mais clara do problema tratado. O questionário estruturado
se justifica nesta fase em função da necessidade de objetividade com relação às respostas,
enquanto que a utilização de respostas fechadas conduziu a pesquisa no sentido do seu
objetivo, minimizando, nesta fase, qualquer tipo de interpretação, muito comum nos
questionários abertos.
Com relação ao questionário elaborado, o mesmo está dividido em partes, de
acordo com o que se procurou avaliar. A parte inicial teve como objetivo caracterizar a
amostra, trazendo dados importantes das empresas, como quantidade de funcionários e
estrutura logística e comercial. A segunda parte procurou avaliar o grau de estruturação dos
SIL, bem como a integração existente entre os módulos do sistema. Por fim, o questionário
procurou avaliar a integração externa (fornecedores e clientes), através de tecnologias como
EDI ou Internet. Os dados foram coletados e tabulados de forma a permitir uma análise
descritiva dos fatos.
Uma vez feita a pesquisa bibliográfica e elaborado o questionário de pesquisa,
partiu-se para o estudo de campo. Nesta fase da pesquisa, escolheu-se uma amostra não-
probabilística de 6 (seis) empresas do segmento de distribuição de medicamentos no Estado
do Ceará.
A escolha das empresas foi motivada principalmente em função de dois aspectos:
Primeiro, em se tratando de empresas deste segmento, a amostra representa uma parcela
relevante em se tratando da atuação das mesmas no mercado, pois são reconhecidamente as
maiores. Em segundo lugar, levou-se em conta a acessibilidade dos dados, que foi um fator
decisivo na condução do estudo. Optou-se por manter em sigilo os nomes das empresas em
função da solicitação das mesmas. Será apresentado mais adiante um melhor detalhamento
desta amostra.
46
A técnica de coleta de dados escolhida foi a de entrevistas aos executivos de
logística destas empresas, apoiado pelo questionário elaborado. Para tanto, estabeleceu-se
inicialmente um contato telefônico, com o objetivo de apresentar o objetivo e a importância
da pesquisa, bem como marcar os horários para as entrevistas, que foram realizadas no local
de trabalho dos entrevistados em função de apresentar melhores condições de observação e
análise das respostas concedidas.
Após as entrevistas, os dados eram coletados e anotados no próprio questionário.
Em seguida, estes dados foram compilados e organizados sob a forma de tabelas e gráficos, o
que permitiu uma análise mais objetiva.
5.5 Caracterização da Amostra
Conforme explicado na metodologia, foi selecionada uma amostra composta de 6
(seis) empresas do segmento de distribuição de medicamentos no Estado do Ceará. Esta parte
do trabalho apresenta os dados referentes à caracterização desta amostra. Para tanto, optou-se
por dividi-la em 2 (dois) sub-tópicos, cada um com um foco de análise diferente.
Inicialmente são apresentadas as informações básicas da amostra, tais como total
de funcionários e tempo de funcionamento das empresas. Por fim, fez-se um levantamento
com relação à estrutura logística apresentada por cada uma, observando a porcentagem de
pessoas lotadas na área de logística, área de armazenagem, veículos para distribuição, itens
cadastrados, vendedores e quantidade de pedidos processados por mês.
Em função da solicitação das próprias empresas, optou-se por manter em sigilo o
nome das mesmas ao longo da pesquisa, atribuindo-se denominações genéricas com a
utilização de letras. A denominação de cada empresa e sua área de atuação está representado
no Quadro 5.
47
EMPRESA
ÁREA DE ATUAÇÃO
A Ceará B Norte / Nordeste C Ceará D Ceará/Piauí/Maranhão E Ceará
Quadro 5. Caracterização da amostra e área de atuação comercial. Fonte: Os autores (2004).
5.5.1 Informações básicas
Dentre as 6 (seis) empresas pesquisadas, duas atuam além das fronteiras do Estado
do Ceará (B e E), sendo que a primeira é uma filial de uma rede de distribuidora nacional. As
demais empresas atuam dentro do Estado. Observa-se que a maioria possui menos de 100
funcionários, com média de 68.
Esta informação leva a crer que, se analisada sob o ponto de vista desta variável, a
amostra é caracterizada essencialmente por médias empresas. Outro fato que colabora para
esta análise é o pouco tempo de atuação no mercado, em média três anos e meio. Estas
informações podem ser visualizadas no quadro a seguir:
Funcionários Empresa
Tempo de funcionamento
(meses) Logística Comercial Administrativa Total de
Funcionários
A 36 8 31 15 54B 48 130 33 16 179C 96 23 20 64 107D 48 6 10 8 24E 24 8 14 9 31F 3 1 7 8 16
TOTAL - 176 115 120 411MÉDIA 42 29 19 20 68
Tabela 1. Tempo de funcionamento e funcionários das empresas pesquisadas. Fonte: Os autores (2004).
48
Com relação às variáveis tempo de funcionamento e quantidade de funcionários
(total e por área), procurou-se estabelecer relações entre elas. Encontrou-se um a leve
correlação entre o tempo de funcionamento e a quantidade de funcionários, cerca de 53%, o
que indica que, em parte, existe uma relativa tendência de aumento do quadro de funcionários
na medida em que a empresa avança com relação ao tempo de mercado. Se analisado por área
(logística, comercial e administrativa), são encontradas correlações variadas.
Tanto a área de logística como a área comercial apresentou índices correlacionais
baixíssimos, 22 e 34% respectivamente. Já a área administrativa foi a que apresentou a mais
forte correlação, 87%. Neste aspecto, pode-se deduzir que na medida em que a empresa se
estabelece no mercado, existe uma tendência de aumento das atividades de retaguarda,
enquanto que as áreas de operações e vendas tendem a apresentar menores taxas de
crescimento.
5.5.2.Estrutura logística e comercial
Apesar de serem consideradas de médio porte, as empresas que fazem parte da
amostra apresentaram dados interessantes no aspecto da estrutura logística. Observa-se
inicialmente a porcentagem de funcionários que trabalham nesta área. Se observado o gráfico
1, é possível constatar que 43% do total de funcionários das 6 empresas pesquisadas estão
lotados nesta área. De fato, este número era esperado, uma vez que a atividade básica das
empresas é a distribuição, o que envolve uma grande quantidade de pessoas comprando,
recebendo, despachando e entregando mercadorias.
Se analisado por empresa, apresentado no Gráfico 1, observa-se que o maior
número de funcionários na área de logística encontra-se na empresa B, com 73%, o que pode
ser explicado em função da maior abrangência de atuação (norte e nordeste). Já a empresa que
49
representou menor porcentagem foi a empresa F, com somente 6%, explicado, em parte, pelo
pouco tempo de funcionamento (3 meses).
Gráfico 1. Estrutura de pessoal na área de logística das empresas pesquisadas. Fonte: Os autores (2004).
Dando prosseguimento à caracterização da amostra, foram analisados outros
aspectos interessantes com relação à estrutura logística das empresas. Em se tratando da
capacidade de armazenagem, todas as empresas possuem 1 único armazém, com uma média
de 1.871 m2 de área de armazenagem. A empresa que apresentou maior área de armazenagem
foi sem dúvida alguma a empresa B, com 3.773 m2 , em seguida tem-se as empresas C, com
2.800 m2 e E com 2.000 m2 . A empresa com menor área de armazenagem é a empresa D,
com 300 m2 .
Com relação à frota de veículos, observa-se que em média, as empresas possuem
8 veículos para distribuição. Se observado os dados individuais, nota-se que a empresa B é a
que possui a maior quantidade de veículos, 21 no total, onde novamente a área de abrangência
contribui significativamente para esse número. Em segundo lugar tem-se a empresa A com 11
veículos. Por fim, as empresas que apresentaram piores resultados neste quesito foram D e F,
com 3 veículos cada uma. O quadro a seguir apresenta os dados deste levantamento.
Empresa Área de armazenagem em m2
Frota de veículos p/ distribuição
A 1.200 11 B 3.773 21 C 2.800 6
4 3 %
2 8 %
2 9 %L o g ís tic aCo m e r c ia lA d m
50
D 300 3 E 2.000 6 F 1.150 3
MÉDIA 1.871 8Tabela 2. Estrutura de logística e distribuição das empresas pesquisadas. Fonte: Os autores (2004).
Em se tratando da estrutura comercial, foram analisados três aspectos: Estrutura
de pessoal, quantidade de itens cadastrados e pedidos processados por mês.
Com relação ao primeiro aspecto, os dados mostram que, em média, 29% do total
dos funcionários estão lotados na área comercial (vendedores, supervisores e gerentes
comerciais). Se observado individualmente, a empresa B, que abrange uma região maior, é a
que apresenta o menor índice de funcionários na área comercial, 18%. Este dado pode ser
explicado em função da maior tecnologia utilizada por esta empresa nos processos de venda, o
que será explorado mais adiante no trabalho.
Por fim, observou-se a quantidade de pedidos processados por mês. Em média, as
empresas pesquisadas processam mais de 4.000 pedidos em um único mês, aproximadamente
157 por dia. Mais uma vez a empresa B apresentou maior desempenho (10.000 pedidos/mês).
O quadro a seguir apresenta os dados da área comercial das empresas pesquisadas.
Empresa Itens cadastrados Vendedores Pedidos processados por mês A 1.600 31 1.200 B 5.832 33 10.000 C 5.500 20 6.000 D 1.100 10 800 E 6.000 14 4.000 F 300 7 -
MÉDIA 3.382 19 1.871
Tabela 3. Estrutura comercial das empresas pesquisadas. Fonte: Os autores (2004).
Após a caracterização da amostra, são apresentados a seguir os resultados da
pesquisa com relação aos Sistemas de Informações Logísticas.
51
6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Para melhor compreensão dos resultados da pesquisa, dividiu-se este tópico em 4
tópicos menores, cada um apresentando aspectos da avaliados na pesquisa. Apresentou-se
inicialmente a estrutura dos Sistemas de Informações Logísticas das empresas pesquisadas,
analisando os módulos existentes em cada empresa, de acordo com o apresentado no quadro
3. Em seguida são avaliados aspectos relativos à eficiência dos SIL, de acordo com os
princípios defendidos por Bowersox e Closs (2001) disponíveis no Quadro 4. Por fim, fez-se
uma análise da integração externa (clientes e fornecedores) dos SIL das empresas.
6.1 Estruturação dos Sistemas de Informações Logísticas
Esta parte do estudo tem como objetivo apresentar dados relevantes que forneça
uma avaliação da estruturação dos SIL existentes nas empresas que compõem a amostra.
Serão analisados aspectos como a existência de Sistemas de Informações Gerenciais, origem
ou procedência do SIG e os módulos existentes na área de logística.
Observou-se inicialmente que 100% das empresas possuem um Sistema de
Informações Gerenciais. Esta análise foi realizada em função do SIG constituir a base para a
existência de um SIL. Além disso, observou-se que a predominância é a de aquisição de
pacotes externos, pois das 6 (seis) empresas pesquisadas, somente 2 possuem sistemas
desenvolvidos internamente, sendo que uma delas (empresa B) está substituindo este sistema
por outro, no caso o R3 da SAP. Os gráficos 2 e 3 apresentam os resultados comentados
acima.
100%
0%
SimNão
33%
67%
InternoExterno
Gráfico 2. Porcentagem de empresas que possuem SIG. Fonte: Os autores (2004).
Gráfico 3. Procedência do SI. Fonte: Os autores (2004).
Aprofundando ainda mais no estudo, procurou-se analisar a estruturação dos SIL
das empresas pesquisadas. Para tanto, conforme explicado anteriormente, utilizou-se os
aplicativos relacionados no quadro 2 e a divisão feita de acordo com o Quadro 3.
Com relação aos aplicativos da logística de entrada, duas empresas da amostram
não possuem sistema de gerenciamento de compras, o que mostra um certo despreparo com
relação à aquisição dos produtos. Já com relação ao aplicativo de recebimento, a situação foi
melhor, pois 100% das empresas afirmaram possuir um sistema que gerencie a entrada de
materiais. O gráfico a seguir representa este levantamento.
4
6
Compras Recebimento
Gráfico 4. . Estruturação dos aplicativos pertencentes ao módulo de logística de entrada do SIL. Fonte: Os autores (2004).
Os resultados obtidos com os aplicativos referentes aos módulos de logística
interna foram mais animadores que aqueles apresentados na logística de entrada. Se forem
considerados todos os aplicativos pesquisados (controle de estoques, administração da
53
armazenagem e administração de pedidos), todas as empresas afirmaram possuir tais sistemas,
o que mostra uma preocupação com relação ao gerenciamento interno dos materiais, fato esse
explicado por se tratar de produtos de alto valor agregado (remédios), onde a má
administração de seus estoques significa grandes prejuízos.
6 6 6
Controle de estoques Administração da armazenagem(Warehouse Management System)
Administração de pedidos(separação e despacho)
Gráfico 5. Estruturação dos aplicativos pertencentes ao módulo de logística interna. Fonte: Os autores (2004).
Por fim, fechando a análise dos SIL, observou-se os resultados obtidos com
relação aos aplicativos pertencentes ao módulo de logística de saída (faturamento e
gerenciamento de vendas, roteirização de entregas e previsão de vendas). Constatou-se que
somente uma empresa não possui o módulo de roteirização, conforme apresentado no gráfico
a seguir.
6
5
6
Faturamento e gerenciamentode vendas
Roteirização de entregas Gerenciamento de previsãode vendas
Gráfico 6. Estruturação dos aplicativos pertencentes ao módulo de logística de saída. Fonte: Os autores (2004).
54
Se analisada de uma forma geral, constata-se uma boa estruturação das empresas
pesquisadas com relação aos módulos do SIL, pois é possível observar que, dentre os oito
aplicativos analisados, somente dois não estão em todas as empresas. De todas as respostas
possíveis para todos os aplicativos analisados, obteve-se 45 respostas positivas de 48
possíveis, ou seja, somente em 3 casos as empresas afirmaram não possuir um dos aplicativos
analisados. Este desempenho de 94%, leva a crer que o primeiro pressuposto da pesquisa foi
confirmada, ou seja, a de que as empresas possuem Sistemas de Informações Logísticas
estruturados.
6.2 Avaliação da Eficiência dos SIL
Com relação à análise da eficiência dos SILs, utilizou-se os conceitos apresentado
por Bowersox e Closs (2001).
Dessa forma, os responsáveis pela área de logística foram questionados sobre a
avaliação da qualidade, precisão e a velocidade das informações geradas pelo SIL, bem como
a integração dos módulos existentes de forma a avaliar a capacidade de produzir informações
organizadas, adaptáveis e no formato adequado.
Com relação à qualidade das informações produzidas pelos SIL, os responsáveis
pela área de logística das empresas pesquisadas apresentaram uma avaliação considerada
razoável, pois 2/3 dos entrevistados afirmaram que os SIL geram informações que nem
sempre permitem a tomada de decisões precisas, enquanto que 1/3 afirmaram que geram
informações confiáveis que possibilitam a tomada de decisões precisas.
O fato da maioria dos pesquisados desconfiarem das informações geradas pelo
SIL faz com que, em muitos casos, a decisão seja tomada com base no feeling, não levando à
solução ótima. O gráfico a seguir apresenta as respostas obtidas com relação a este aspecto.
55
Geram informações que nem sempre permitem a
tomada de decisões precisas
67%
Geram informações que permitem a tomada de
decisões precisas33%
Não geram informações suficientes para a
tomada de decisões precisas
0%
Gráfico 7. Avaliação da qualidade das informações geradas pelos SIL. Fonte: Os autores (2004).
Um outro aspecto analisado consiste na capacidade dos SIL produzirem
informações rapidamente, de forma que propicie ao tomador de decisões se antecipar perante
os concorrentes.
Com relação a isso, o que se observou foi que houve uma melhora, apesar de sutil,
em relação ao aspecto qualidade, analisado no gráfico acima. Segundo os dados obtidos, 50%
dos entrevistados consideram que os SIL produzem informações ágeis que possibilitam uma
tomada de decisão rápida, enquanto que a outra metade afirmou que nem sempre isso ocorre.
O resultado desta análise está representado no gráfico a seguir.
Geram informações ágeis que permitem uma
tomada de decisões rápida50%
Geram informações nem sempre ágeis, o que prejudica, em alguns casos, a tomada de
decisões50%
Geram informações lentas, que não permite a
tomada de decisões0%
Gráfico 8. Avaliação da agilidade das informações geradas pelos SIL. Fonte: Os autores (2004).
56
Analisando os gráficos 11 e 12 é possível concluir que os gerentes de logística das
empresas distribuidoras de medicamentos avaliadas não confiam plenamente em seus SIL,
pois 2/3 não confiam nas informações geradas enquanto que a metade não considera estes
sistemas ágeis o suficiente para a tomada de decisões. No entanto não é possível considerar
que impera a desconfiança, pois não se verificou uma tendência com relação a isso. Dessa
forma, com relação à hipótese 2, considera-se parcialmente válida.
6.3 Avaliação da integração dos módulos dos SIL
Nesta parte da análise dos resultados, procurou-se avaliar o grau de integração
existente entre os módulos dos SIL das empresas pesquisadas. Esta análise foi feita com base
na divisão dos sistemas em módulos da logística de entrada, interna e de saída relacionados
anteriormente. Inicialmente foi solicitado aos gerentes de logística que avaliassem a
integração existente entre os sistemas dentro do mesmo módulo e em seguida solicitou-se que
a mesma avaliação fosse feita considerando a integração entre módulos diferentes. A
apresentação destes resultados está relacionada nos tópicos a seguir.
6.3.1 Avaliação da integração dos sistemas pertencentes ao mesmo módulo
Com relação à integração dos aplicativos pertencentes aos módulos do SIL,
observa-se que existe uma boa integração entre eles. Esse fato é confirmado se for observado
que 83% das respostas consideraram que os aplicativos estão totalmente ou parcialmente
integrados, mas de forma satisfatória. Somente em 17% dos casos, constatou-se uma fraca
integração. É interessante observar também que nenhuma resposta considerou a falta total de
57
integração entre os aplicativos pertencentes ao mesmo módulo. A tabela a seguir apresenta o
resumo das respostas obtidas.
Módulos Respostas Logística de
entrada Logística Interna
Logística de Saída
TOTAL %
Totalmente Integrados 3 3 2 8 44% Parcialmente integrados, mas satisfatoriamente. 2 2 3 7 39% Parcialmente integrados, mas insatisfatoriamente. 1 1 1 3 17% Nenhuma integração 0 0 0 0 0% TOTAL 6 6 6 18 100%Tabela 4. Avaliação do nível de integração dos aplicativos pertencentes aos módulos do SIL. Fonte: Os autores (2004).
Se analisado de forma individual, os aplicativos que compõem os módulos de
logística de entrada e interna apresentaram melhores resultados, com 50% dos entrevistados
afirmando que os aplicativos pertencentes a estes módulos estão totalmente integrados. Já
com relação à logística de saída, esse percentual caiu para 33%.
6.3.2 Avaliação da integração entre os módulos do SIL
Por fim, fechando a análise da integração dos módulos do SIL das empresas
pesquisadas, fez-se uma avaliação com relação à forma como os diferentes módulos se
integravam. Neste sentido solicitou-se que os gerentes de logística fizessem esta avaliação da
mesma forma como foi feita a avaliação referente aos aplicativos de cada módulo.
Os resultados permitem constatar que existe uma boa integração entre os diversos
módulos do SIL, uma vez que 80% das respostas confirmam que os módulos estão totalmente
integrados (30%) ou parcialmente integrados, mas de forma satisfatória (50%). O fato de
haver uma integração entre os diferentes módulos permite uma análise mais apurada dos SIL
existentes nas empresas pesquisadas, uma vez que a integração interna consiste no primeiro
58
passo em rumo da integração logística como um todo. O quadro a seguir apresenta os
resultados deste levantamento.
Respostas Logística de
Saída x Interna
Logística de Saída x Entrada
Logística de Entrada x
Interna TOTAL %
Totalmente Integrados 3 1 2 6 30% Parcialmente integrados, mas satisfatoriamente.
2 4 3 9 50%
Parcialmente integrados, mas insatisfatoriamente.
1 1 1 3 20%
Nenhuma integração 0 0 0 0 0% TOTAL 6 6 6 18 100%
Tabela 5. Avaliação da integração entre os módulos dos SIL das empresas pesquisadas. Fonte: Os autores (2004).
Se for analisada a tabela acima, é possível observar que a maioria das respostas
considera que os módulos dos SIL estão integrados, o que nega o pressuposto 3 do estudo,
que afirmava que os gerentes de logística das empresas consideravam que não havia uma
integração que permitisse uma tomada de decisões. O fato é que o problema da tomada de
decisões não está relacionado ao nível de integração entre os módulos, mas sim à
confiabilidade e agilidade das informações geradas pelo SIL, comprovada no pressuposto 2.
6.4 Avaliação da integração externa
Conforme comentado anteriormente, o constante aumento do nível de
competitividade tem obrigado as empresas a atuarem de forma coordenada em forma de
cadeia. Para que isso ocorra, faz-se necessária a troca constante de informações entre os
membros, pois além de minimizar custos, esta prática melhora o serviço prestado. Com
relação a este aspecto, o estudo procurou avaliar o grau/nível de integração existente entre os
SIL das empresas distribuidoras de medicamentos do Estado do Ceará, tanto sob o ponto de
vista da integração com fornecedores como clientes.
59
6.4.1 Integração com fornecedores
No segmento de distribuição de medicamentos, os fornecedores são os próprios
laboratórios que produzem e entregam aos distribuidores em cada estado. Se for considerado
que a maioria dos fabricantes estão localizados no eixo sudeste, a integração dos Sistemas de
Informações Logísticas é importante, uma vez que as informações sobre embarque,
faturamento e entrega são essenciais.
Com relação a este tipo de integração, os dados coletados mostram que a metade
das empresas pesquisada possui algum tipo de sistema que permita a troca de informações
com fornecedores, predominando a Internet como meio para esta integração. Com relação às
empresas que não adotam nenhum sistema de integração com fornecedores, perguntou-se
sobre os motivos que levam as empresas à não adotarem tais práticas, as respostas foram as
mais variadas possíveis, não chegando a uma conclusão única. Alegou-se problemas com
cultura e custos. Uma empresa afirmou outro motivo não relacionado no questionário. Por
fim, perguntado se existe uma perspectiva de implantação de um sistema que integre a
empresa aos seus fornecedores, somente 1 empresa afirmou positivamente, enquanto que 2
descartaram tal possibilidade. Os gráficos a seguir representam este levantamento.
Sim50%
Não50%
Gráfico 9. Porcentagem de empresas que possuem integração com fornecedores. Fonte: Os autores (2004).
Custos34%
Estrutura0%
Cultura33%
Outros33%
Gráfico 10. Motivos que levam as empresas a não possuírem um sistema integrado com fornecedores. Fonte: Os autores (2004).
60
6.4.2 Integração com clientes
A integração com clientes facilita a previsão de demanda e permite uma melhor
customização dos serviços oferecidos. No segmento de distribuição de medicamentos, os
clientes são essencialmente farmácias, constituídas de grandes redes, associações de pequenos
estabelecimentos e empresas isoladas. Os clientes atendidos por estas distribuidoras
pertencem geralmente aos dois últimos segmentos, pois as grandes redes possuem volumes
suficientes para comprar da indústria. O fato de atender pequenos e médios varejistas faz com
que a integração tecnológica seja um fator ainda mais difícil, uma vez que nem sempre o
custo-benefício justifica tal iniciativa.
Na presente pesquisa verificou-se exatamente isso, uma vez que somente uma
empresa afirmou que possui um sistema que integra seus clientes. Essa integração engloba
aproximadamente 30% dos clientes desta empresa e é feita através do EDI. As outras 5
empresas que afirmaram não possuir nenhum sistema de integração com clientes afirmaram
que os motivos principais são estrutura, custos e cultura. Uma das empresas não respondeu a
esta pergunta. Finalmente perguntado se existe a possibilidade de implantação de tal
ferramenta, 3 das 5 empresas afirmaram que sim, e o prazo médio verificado foi de um ano.
Os gráficos a seguir representam o levantamento realizado.
61
Sim17%
Não83%
Gráfico 12. Porcentagem de empresas que possuem integração com clientes. Fonte: Os autores (2004).
De acordo com os resultados apresentados, é possível considerar que os
distribuidores de medicamentos pesquisados possuem relativa integração com fornecedores
(50%) e pouca integração com clientes (17%). Em parte, isto se deve a aspectos relacionados
a custos, falta de estrutura e cultura. Dessa forma, afirmar que as empresas não utilizam
nenhuma ferramenta de integração seria no mínimo impróprio. Com relação ao interesse dos
gerentes de logística com relação a estas ferramentas, é possível observar um relativo
interesse, mas não um desinteresse completo, o que invalida o pressuposto 4.
Custo20%
Estrutura40%
Cultura20%
Outros20%
Gráfico 11. Motivos que levam as empresas a não possuírem um sistema integrado com clientes. Fonte: Os autores (2004).
62
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa colocou em pauta um assunto que apesar de bastante
discutido no meio empresarial e acadêmico como um todo, uma vez que coloca em discussão
a utilização dos Sistemas de Informações Logísticas e seu papel no processo de integração
interna e externa.
Através de uma revisão teórica, foram explorados os principais conceitos de
logística e cadeia de suprimentos, para em seguida conceituar os Sistemas de Informações
Logísticas, analisando os módulos e princípios de funcionalidade. Por fim, fez-se um
levantamento de campo com o objetivo de avaliar o grau de integração dos SIL de empresas
distribuidoras de medicamentos no Estado do Ceará.
O estudo considerou quatro pressupostos básicos:
− P1: As empresas distribuidoras de medicamentos pesquisadas possuem as
bases tecnológicas necessárias para o gerenciamento das atividades logísticas, ou seja,
possuem Sistemas de Informações Logísticas estruturados, com base na adoção de softwares
ERP (Enterprise Resource Planning). Pressuposto válido em função da grande maioria das
empresas afirmarem possuírem os módulos do SIL estruturados.
− P2: Os gerentes de logística das empresas pesquisadas não confiam nas
informações geradas pelos SIL, nem tampouco consideram estes sistemas capazes de gerar
informações ágeis para a tomada de decisões, ou seja, impera a desconfiança perante os SIL.
Presuposto parcialmente válido, uma vez que existe uma desconfiança com relação ao
desempenho dos SIL, mas não a nível generalizado.
− P3: Existe pouca integração entre os módulos do Sistema de Informações
Logísticas, o que dificulta a tomada de decisões, uma vez que as informações nem sempre são
ágeis e confiáveis. Pressuposto negado, uma vez que os gerentes consideram alto o nível de
integração entre os aplicativos dos módulos dos SIL.
− P4: As empresas ainda não despertaram para a importância da integração
externa, pois não utilizam ferramentas que permitam a troca de informações com clientes e
fornecedores. Pressuposto negado, uma vez que os gerentes apresentaram uma certa
preocupação em implantar sistemas que integrem suas empresas a clientes e fornecedores.
Apesar das conclusões obtidas neste estudo, fica a proposição de elaboração de
novas pesquisas neste segmento de conhecimento da ciência administrativa. Nesse sentido,
propõe-se que a mesma pesquisa seja feita em outros segmentos de distribuição, tais como
alimentação, bebida, dentre outros. Propõe-se também que seja avaliado o nível de integração
dos SIL nos outros estágios da cadeia de medicamentos.
64
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