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APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE
MEDIDA DE CARGA MENTAL DE
TRABALHO EM PUBLICAÇÕES
RECENTES NO BRASIL
Bianca Eastwood Gruginski (UFSC)
Paula Karina Hembecker (UFSC)
Angela Regina Poletto (IFSC)
Leila Amaral Gontijo (UFSC)
OBJETIVO: A carga mental de trabalho é fator de fundamental
importância ao se analisar aspectos cognitivos e psíquicos do trabalho.
Instrumentos que possibilitam a medida da carga mental de trabalho
auxiliam uma melhor análise ergonômica do trabalho, identificando
fatores que aumentam esta carga. Esta pesquisa tem como objetivo
identificar o uso de instrumentos para mensuração da carga mental de
trabalho nos artigos publicados recentemente em periódicos
brasileiros. MÉTODOS: É um artigo de revisão bibliográfica,
levantando a produção de artigos nacionais, desde 2009, que tratam
sobre carga mental de trabalho e sua mensuração. Pesquisa realizada
no portal de periódicos CAPES, usando como termo de busca carga
mental de trabalho, constando no assunto. Foram considerados artigos
publicados em periódicos nacionais que realizaram algum tipo de
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
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dimensionamento de carga mental de trabalho, através da análise dos
resumos. RESULTADOS: Foram localizadas 25 referências destes,
apenas três artigos utilizando NASA- TLX como instrumento para
aferir carga mental. Há um predomínio de utilização de instrumentos
que detectam sofrimento mental (por exemplo, o diagnóstico de
burnout), instrumentos que avaliam qualidade de vida, ou que
dimensionam fatores de risco psicossociais no trabalho. Desta maneira
se chega a diagnósticos relacionados à psicopatologia do trabalho ou
a dimensionamento de riscos de adoecimento no trabalho.
CONCLUSÕES: A produção do conhecimento se concentra nas
consequências geradas por uma prática ou por uma organização
ineficiente do trabalho. Porém a prática da análise do trabalho,
incluindo a mensuração da carga mental de trabalho, é pouco vista nas
publicações nacionais recentes.
Palavras-chave: Ergonomia, carga de trabalho, qualidade de vida
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
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1. Introdução
A carga mental de trabalho é fator de fundamental importância ao se analisar aspectos
cognitivos e psíquicos do trabalho. Instrumentos que possibilitam a medida da carga mental
de trabalho enriquecem a análise ergonômica do trabalho mediante seu dimensionamento e
estudo detalhado dos seus componentes.
Segundo Wisner (1994), todas as atividades de trabalho têm pelo menos três aspectos: físico,
cognitivo e psíquico. Cada um destes aspectos pode determinar o processo de sobrecarga e um
pode influenciar no outro. Na dimensão psíquica os distúrbios podem se originar devido ao
sofrimento e à fadiga física, às alterações nos ritmos de trabalho, à qualidade do sono
prejudicada, pela distribuição dos trabalhos e pela sobrecarga cognitiva de trabalho. Para
Dejours (1994), os problemas relativos à carga mental de trabalho nascem de relações
conflituosas entre a história do indivíduo e a história da organização, levando em conta o
trabalhador e a sua necessidade de se realizar com o trabalho e, por outro lado, a organização
que tende a instituir um automatismo perfeito e adaptar o trabalhador à sua tarefa.
A relação do homem com a organização do trabalho pode influenciar nas cargas de trabalho
de modo a alterar sua saúde mental ou condições psíquicas. Entretanto, em especial nos casos
de organizações “patogênicas”, o impacto deste problema na saúde mental do trabalhador é
mais comum e estes casos não podem ser ignorados, haja vista que é importante preservar a
característica de saúde que o trabalho pode e deve oportunizar ao trabalhador (DEJOURS,
1980). Dessa forma, a organização do trabalho, as políticas e os procedimentos de uma
empresa podem influenciar na suscetibilidade para o desenvolvimento de doenças, pois o
contexto organizacional no qual o trabalhador se insere pode interferir na motivação, na
atitude, no comportamento, na satisfação e, portanto, na saúde do trabalhador.
Um aspecto que merece ser destacado é que, os contrários da carga física de trabalho, os
componentes da carga mental de trabalho são complexos para serem conceituados,
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mensurados e posteriormente avaliados. Tal fato determina a razão pela qual, muitas vezes, é
renunciado o processo de análise da carga mental de trabalho (MANUAL DO NASA - TLX,
1987).
Segundo Cuvelier (2012), atualmente, a maioria das pesquisas que lidam com a medida da
carga mental classifica os diferentes métodos em duas categorias distintas:
a) métodos baseados em índices objetivos que incluem os métodos de análise das medidas
de desempenho e indicadores fisiológicos;
b) métodos baseados em avaliações subjetivas que levam em conta o ponto de vista do
operador sobre sua própria carga de trabalho.
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Considerar a avaliação da percepção do trabalhador sobre sua própria carga de trabalho
mental é considerado essencial e apenas os resultados das avaliações com base em índices
subjetivos podem ser considerados como "verdadeiros" indicadores, suscetíveis de chegar
próximo da essência da carga mental (CUVELIER, 2012). Muitas críticas existem quanto aos
métodos de medição da carga mental de trabalho baseados em parâmetros fisiológicos.
Metodologicamente, eles exigem a implementação de dispositivos técnicos complexos, muitas
vezes de custo elevado para o operador (conexão física com um instrumento, por exemplo).
Além disso, o impacto das emoções e aspectos psicológicos destes parâmetros é questionável,
o que retoma a ambiguidade da definição do conceito de estresse mental. A coleta de medidas,
o respeito aos protocolos operacionais, o controle de variáveis ambientais e assim como a
interpretação dos dados, requerem um controle expressivo por parte dos analistas.
Já as técnicas baseadas em índices subjetivos (ou avaliação subjetiva) se apoiam em
ferramentas de avaliação com questionamento direto ao operador. Para muitos autores, levar
em conta na avaliação a percepção do trabalhador sobre sua própria carga mental de trabalho
é essencial e esses métodos são frequentemente aplicados atualmente. Técnicas
multidimensionais foram criadas para questionar ao operador sobre aspectos que não
surgiriam espontaneamente à mente.
As técnicas desenvolvidas são numerosas: Subjective Workload Assessment Technique
(SWAT), Instantaneous Self Assessment (ISA), escalas de Bedford ou Cooper- Harper, entre
outras (CUVELIER, 2012). Desses, o mais frequentemente utilizado em estudos sobre
métodos de carga mental de trabalho é o NASA – Task Load Index (NASA- TLX). Os autores
justificam a escolha dessa técnica citando a sua sensibilidade e facilidade de uso. Essa técnica
fornece uma avaliação geral da carga mental de trabalho, agregando seis medidas atribuídas a
seis dimensões de carga consideradas independentes e correspondentes a seis características
subjacentes (ou componentes) da carga mental de trabalho que são: atividade mental,
atividade física, pressão de tempo, desempenho, esforço e nível de frustração. Os métodos
mais indicados para a mensuração da carga mental de trabalho são os subjetivos, sendo
indicados o NASA TLX e o SWAT. Entretanto, na maioria dos estudos esses métodos foram
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aplicados em simulações de determinadas situações de trabalho e não em situação real
(CARDOSO, 2010). Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é identificar o uso de
instrumentos para mensuração da carga mental de trabalho nos artigos publicados
recentemente em periódicos brasileiros.
2. Materiais e métodos
Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica da produção científica de artigos nacionais
que tratam sobre carga mental de trabalho e sua mensuração. A pesquisa foi realizada no
portal de periódicos CAPES, utilizando como termo de busca a carga mental de trabalho.
Foram considerados somente artigos publicados a partir de 2008 em periódicos nacionais e
que realizaram algum tipo de dimensionamento de carga mental de trabalho. Os artigos
selecionados foram categorizados de acordo com ano de publicação, periódico e tema de
estudo. Posteriormente, foi realizada uma análise para identificar quais os instrumentos
utilizados na aferição da carga mental de trabalho.
3. Resultados e discussão
Ao realizar a busca por artigos publicados em periódicos nacionais dos últimos nove anos na
base de dados periódicos CAPES foram encontradas vinte e cinco referências com o termo
carga mental de trabalho (Quadro 1).
Quadro 1 – Relação dos artigos identificados conforme ano de publicação, periódico e instrumentos
utilizados na coleta de dados
Artigo Periódico/Ano Instrumento utilizado
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Carga de trabalho e fatores associados:
estudo em porto marítimo no Brasil
Revista Latino
Americana de
Enfermagem, 2016
Questionário com variáveis
com base no NASA - TLX
Sofrimento psíquico em policiais civis do
Estado do Rio de Janeiro
Ciência & Saúde
Coletiva, 2013
Self-Reported Questionnaire
(SRQ-20)
Vulnerabilidade ao Burnout entre médicos
de hospital público do Recife
Ciência & Saúde
Coletiva, 2013
Questionário com aspectos
sócio demográficos, laborais e
Maslach Burnout Inventory
Estresse ocupacional em mulheres policiais Ciência & Saúde
Coletiva, 2013
Entrevistas, grupos focais e
observação
Avaliação da síndrome de Burnout em
profissionais da estratégia saúde da família
da capital Paraibana
Psicologia: Reflexão &
Critica, 2012
Escala de Caracterização do
Burnout
Avaliação da carga mental de trabalho e do
desempenho de medidas de mensuração:
NASA TLX e SWAT
Gestão e Produção,
2012
NASA TLX e SWAT
Fatores associados ao sofrimento psíquico
de policiais militares da cidade do Rio de
Janeiro, Brasil
Cadernos de Saúde
Pública, 2012
Self-Reported Questionnaire
(SRQ)
Bem-estar no trabalho: relações com estilo
de liderança e suporte para ascensão,
promoção e salários
Revista de
Administração
Contemporânea -
RAC, 2012
Escalas de Avaliação do Estilo
Gerencial, Escala de Suporte
Organizacional Percebido e
Escala de Bem-Estar no
Trabalho
Riscos psicossociais e incapacidade do
servidor público: um estudo de caso
Psicologia: Ciência e
Profissão, 2012
Análise documental relativa à
perícia psicológica para a
caracterização de acidente
Cargas psíquicas e processos de desgaste
em trabalhadores de enfermagem de
hospitais universitários brasileiros
Revista Latino-
Americana de
Enfermagem, 2011
Grupo focal e aplicação da
enquete coletiva
Prevalência de síndrome de Burnout em
professores médicos de uma universidade
pública em Belém do Pará
Revista Brasileira de
Medicina do Trabalho,
2011
Questionário Maslach Burnout
Inventory
Influência de Variáveis Laborais na
Qualidade de Vida dos Anestesiologistas
da Cidade de João Pessoa
Revista Brasileira de
Anestesiologia, 2011
Instrumento da Organização
Mundial da Saúde para avaliar
a qualidade de vida
Avaliação do Nível de Estresse do
Anestesiologista da Cooperativa de
Anestesiologia de Sergipe
Revista Brasileira de
Anestesiologia, 2011
Questionário WHOQOL-
BREF
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Quadro 1 – Relação dos artigos identificados conforme ano de publicação, periódico e instrumentos
utilizados na coleta de dados (continuação)
Artigo Periódico/ano Instrumento utilizado
Estresse ocupacional dos trabalhadores de
um hospital público de Belo Horizonte: um
estudo de caso nos centros de terapia
intensiva
Revista de Gestão
USP, 2011
Versão resumida do Job Stress
Scale
Saúde mental e ansiedade em agentes
comunitários que atuam em saúde da
família em Uberlândia (MG, Brasil)
Ciência & Saúde
Coletiva, 2011
Questionário de saúde geral de
Goldberg, Escala de Eventos
Vitais, Inventário de
Ansiedade
Trabalho e Riscos de Adoecimento: um
estudo entre policiais civis
Psicologia: Teoria e
Pesquisa, 2011
Inventário do Trabalho e
Riscos de Adoecimento -ITRA
Entre o prazer e o sofrimento: um estudo
sobre os sentidos do trabalho para
professores universitários
Psicologia: Teoria e
Pesquisa, 2011
Entrevista e análise qualitativa
do conteúdo
Burnout entre médicos da Saúde da
Família: os desafios da transformação do
trabalho
Ciência & Saúde
Coletiva, 2011
Entrevistas semiestruturadas c
Impacto das atividades profissionais na
saúde física e mental dos policiais civis e
militares do Rio de Janeiro
Ciência & Saúde
Coletiva, 2011
Grupos focais e entrevistas
com gestores
Fatores determinantes da carga de trabalho
em uma unidade básica de saúde
Ciência & Saúde
Coletiva, 2011
Entrevista estruturada e
reuniões com grupos
específicos/ descrição das
atividades
Cargas psíquicas de trabalho e desgaste dos
trabalhadores de enfermagem de hospital
de ensino do Paraná, Brasil
Revista Electrónica
Salud Mental, Alcool y
Drogas, 2010
Entrevistas semiestruturadas
Felicidade no trabalho: relações com
suporte organizacional e suporte social
Revista de
Administração
Contemporânea -
RAC, 2010
Escala de Bem-Estar no
Trabalho e a Escala de Suporte
Organizacional Percebido
Profissionais de saúde mental: estresse,
enfrentamento e qualidade de vida
Psicologia: Teoria e
Pesquisa, 2010
Inventário de Sintomas de
Stress para Adultos e de
Estratégias de Enfrentamento e
Escala de Qualidade de Vida
Analise ergonômica do trabalho em
unidades de beneficiamento de produtos
agrícolas: exigências laborais dos postos de
seleção.
Ciência Rural, 2009 NASA-TLX e o Questionário
de Avaliação Visual
Burnout: implicações das fontes
organizacionais de desajuste individuo -
Psicologia: Reflexão &
Critica, 2009
Escala de Burnout e
questionário de fontes
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trabalho em profissionais da enfermagem organizacionais de desajuste
Fonte: Elaboração dos autores.
Sete estudos utilizaram a abordagem qualitativa, incluindo entrevistas semiestruturadas e
grupo focal. Quatro estudos com enfoque relacionado à síndrome Síndrome de Burnout e
aplicaram instrumento de medida específico. Três artigos recorreram ao NASA-TLX como
instrumento para aferir carga mental e três utilizaram abordagens específicas para avaliação
da qualidade de vida. Dois estudos empregaram o Self Report Questionaire (SRQ-20) e outros
dois utilizaram a escala de bem-estar no trabalho e escala de suporte organizacional
percebido. Constatou-se, também, um estudo de registro de perícias psicológicas, um que
aplicou o inventário do trabalho e riscos de adoecimento (ITRA), um que adotou o inventário
de ansiedade e escala e eventos vitais e outro que utilizou o Job Stress Scale adaptado para o
português. Em seguida são apresentados os quadros com a relação dos artigos identificados.
Observa-se que a maior parte das publicações se encontra em periódicos de saúde coletiva ou
de psicologia, sendo apenas três artigos publicados em periódicos relativos à área da
administração, um na área de gestão e produção e um na área rural.
Treze estudos tiveram como público alvo da pesquisa profissionais de saúde, cinco focaram
os policiais, três analisaram professores, um com trabalhadores rurais em atividade
beneficiamento pós-colheita e um com portuários.
Foi possível verificar o estudo da carga mental em publicações nacionais recentes tem sido
predominantemente focada em abordagens qualitativas e em diagnóstico de provável
sobrecarga. Como exemplo, a Síndrome de Burnout e mensurações de stress no trabalho.
Foram poucas as publicações com objetivo específico de mensuração da carga mental de
trabalho com instrumento específico, apenas três utilizaram o NASA-TLX.
4. Conclusão
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Ao analisar as publicações em periódicos nacionais nos últimos anos relacionadas à
mensuração da carga mental de trabalho foi possível concluir que instrumentos específicos
para mensuração da carga mental de trabalho são pouco utilizados. O público alvo dos estudos
é variado - trabalhadores rurais, funcionários públicos, professores, policiais, porém a maioria
é direcionada aos profissionais da saúde.
Há um predomínio de utilização de instrumentos que detectam sofrimento mental (por
exemplo, o diagnóstico de Burnout), instrumentos que avaliam qualidade de vida, ou que
dimensionam fatores de risco psicossociais no trabalho. Desta maneira, se chega a
diagnósticos relacionados à psicopatologia do trabalho ou a dimensionamento de riscos de
adoecimento no trabalho. A produção do conhecimento se concentra nas consequências
geradas por uma prática ou por uma organização ineficiente do trabalho. Porém, a prática da
análise do trabalho, incluindo a mensuração da carga mental de trabalho, é insuficiente nas
publicações nacionais recentes.
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Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
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