Avc - Acidente Vascular Celebral

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AVC - ACIDENTE VASCULAR CEREBRALSaiba mais sobre o que AVC, como evitar e as formas de tratamento.

O que AVC?Acidente vascular cerebral. Esse o nome correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que responde por 10% das mortes no mundo a cada ano. Alis, o nome que caiu na boca do povo apenas um dos tipos desses ataques ao crebro - o AVC hemorrgico - que nem sequer o mais comum. Nele, um vaso se rompe e o sangue extravasa alagando uma rea da massa cinzenta. J no AVC isqumico, que representa 80% dos casos, acontece algo parecido ao que ocorre no corao dos infartados: uma obstruo de uma artria bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar uma determinada regio. Mas nos dois tipos o resultado o mesmo: as clulas da rea afetada morrem, causando diversas seqelas. Dependendo do local da leso, pode provocar desde a morte da pessoa at paralisias, problemas de fala, de viso, de memria, entre outros. Isso uma realidade para 2/3 dos pacientes que sobrevivem a um ataque desses. As causas mais comuns so os trombos, o embolismo e a hemorragia. O AVC apresenta-se como a 2 causa de morte no mundo e a principal causa de incapacidade neurolgica dependente de cuidados de reabilitao.

DefinioA definio de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Dicionrio Mdico uma manifestao, muitas vezes sbita, de insuficincia vascular do crebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003). Acidente Vascular Cerebral um derrame resultante da falta ou restrio de irrigao sangunea ao crebro, que pode provocar leso celular e alteraes nas funes neurolgicas. As manifestaes clnicas subjacentes a esta condio incluem alteraes das funes motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurolgico destas alteraes possa variar muito em funo do local e extenso exata da leso (Sullivan, 1993).

O crebro e o seu funcionamentoO crebro envolto por umas "peles" bem finas, que lhe do proteo, chamadas meninges. A mais extensa a dura-mater, depois vem a aracnide e a pia-mater. Todas esto dentro de uma "caixa ssea" que o crnio.

Crnio aberto, mostrando o osso, a dura-mter e a aracnide.Fonte. Netter FH. coleo Ciba de Ilustraes Mdicas,arcelona, Salvat, 1987B

Para compreendermos melhor, vamos "dividir" o crebro ao meio, na direo do nariz para a nuca, e teremos a metade direita e esquerda. Cada metade, por sua vez, apresenta regies com determinadas funes conhecidas. Assim, existem aquelas responsveis pelos movimentos de partes do nosso corpo (motricidade), pelas sensaes, pela coordenao dos movimentos, pela expresso verbal (fala) e compreenso Crebro visto de cima; note que da mesma.apresenta naturalmente duas metades (direita e esquerda). Fonte: Coleo Ciba de Ilustraes Mdicas, Barcelona, Salvat, 1987

Em geral, as funes motoras e sensitivas so "cruzadas" , ou seja, a metade direita do crebro comanda a metade esquerda do corpo e vice-versa. Em outra palavras, se houver uma leso na metade direita do crebro, na rea correspondente ao movimento da mo, por exemplo, teremos uma diminuio da fora da mo esquerda. Existem regies que apresentam muitas funes diferentes, como o "tronco cerebral". Nele, por exemplo, est o centro que comanda a nossa respirao, alm de passar todos os comandos que vm do crebro.

Nosso crebro, como todo o resto do organismo, necessita de oxignio e "alimento" para trabalhar normalmente. Estas substncias chegam a ele atravs do sangue, que circula dentro dos vasos sangneos (artrias e veias)1.1

Artrias so os vasos que levam sangue do corao para todo o organismo, enquanto que as veias fazem o contrrio

Corte de uma metade do crebro, mostrando algumas Diagrama da metade esquerda do crebro, com a rea reas e suas respectivas representaes corporais. de movimento (vermelho) e as reas sensitivas (azul). Note que a face e a mo possuem grande territrio Fonte: Cunningham: Manual de Anatomia Prtica ,So em relao ao restante do corpo. Mais abaixo os Paulo. Atheneu. 1976. nervos" caminham em direo ao tronco cerebral e, dai, para as respectivas partes do corpo. Fonte: Netter FH: coleo Ciba de Ilustraes Mdicas, Barcelona, Salvat,1987.

As principais artrias que unem o corao ao crebro so: - Cartidas : Uma de cada lado do pescoo, enviando o sangue para a respectiva "metade" do crebro, mas na parte da frente. - Cerebrais mdias: Uma de cada lado, dentro do crebro (nascem das cartidas). - Vertebrais: Uma de cada lado do pescoo (por dentro dos ossos da coluna vertebral). Enviando sangue para a parte de trs do crebro.

Principais artrias responsveis pelo fornecimento de sangue ao crebro. Qbserva-se a rea de trombose.Fonte: Netter FH: Coleo Ciba de Ilustraes Mdicas. Barcelona, Salvat. 1987

Estas artrias, por sua vez, apresentam suas respectivas ramificaes. Para que o sangue fornecido ao crebro seja adequado preciso: - Um bom funcionamento do corao, dos rins, dos pulmes etc; - Que a presso seja adequada; - Livre passagem do sangue atravs dos vasos;

- Que os constituintes do sangue esteja adequados (glbulos vermelhos, glicose, oxignio, colesterol, etc.). Assim, quaisquer alteraes para mais ou para menos podem afetar a circulao cerebral e determinar um AVC.

Desenho mostrando uma artria e alguns dos constituintes ao sangue.Fonte: Modificado de Netter FH: Coleo Ciba de Ilustraes Mdicas. Barcelona, Salvat, 1987

Observao: O sangue pode ser dividido em duas partes: uma lquida, formada basicamente por gua e outra que so os constituintes: protenas, glicose (acar), glbulos vermelhos (responsveis pelo transporte de oxignio e gs carbnico), glbulos brancos (responsveis pela defesa do organismo), plaquetas (responsveis pela coagulao do sangue), etc.

Compreendendo melhor o AVCO AVC pode ser compreendido como uma dificuldade, em maior ou menor grau, de fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada rea do crebro, determinando o sofrimento ou morte desta (neste caso, chamado infarto) e, conseqentemente, perda ou diminuio das respectivas funes. Existem basicamente dois tipos de AVC: a) Isqumico: quando no h passagem de sangue para determinada rea, por uma obstruo no vaso ou reduo no fluxo sangneo do corpo. b) Hemorrgico: quando o vaso sangneo se rompe, extravasando sangue.

Tipos de AVC

Subtipos de AVC

Lacunar Isqumico Trombtico Emblico

Cerebral (Intracerebral) Hemorrgico Menngeo (Subaracnide)

a) O Acidente Vascular Cerebral lsqumico pode ocorrer nas seguintes situaes: - Trombose arterial: a formao de um cogulo de sangue (como se o sangue endurecesse, parecendo uma gelatina) dentro do vaso, geralmente sobre uma placa de gordura (aterosclerose), levando a uma obstruo total ou parcial. Os locais mais freqentes so as artrias cartidas e cerebrais. Assim, se houver obstruo total da cartida direita, por exemplo, a parte da frente da metade direita do crebro estar comprometida, determinando problemas (paralisia, perda de sensibilidade, etc.) na metade esquerda do corpo. - Embolia cerebral: surge quando um cogulo (formado num corao doente por arritmia, problema de vlvula, etc.) ou uma placa de gordura (ateroma), que se desprende ou se quebra geralmente da artria cartida, correm atravs de uma artria at encontrar um ponto mais estreito, no conseguindo passar e obstruindo a passagem do sangue. - Arterites: inflamao da artria, levando obstruo da luz, ocasionada por vrus, alterao na imunidade (sistema de defesa do organismo), etc. - Vasoespasmo: uma reao descontrolada do vaso (artria) que diminui muito o seu calibre a ponto de no permitir a passagem adequada de sangue. Isto pode ocorrer diante de um aumento exagerado da presso arterial (crise hipertensiva), complicao de uma enxaqueca (raro), ou de uma hemorragia bubaracnidea. - Mais raro ainda seria uma compresso do lado de fora do vaso, por um tumor, uma vrtebra fraturada ou um tiro na regio do pescoo. - Reduo do fluxo sangneo: uma parada cardaca ou um

Esquema demostrando o processo de trombose e embolia. Fonte:Netter FH: coleo Ciba de Ilustraes Mdicas, Barcelona, Salvat. 1987.

A isquemia pode ser definitiva ou temporria.

Neste caso, o sangue volta a passar aps um perodo de minutos a horas e, enquanto isso no ocorre, o paciente apresenta as alteraes.

sangramento intenso em qualquer parte do corpo podem levar a um sofrimento de determinada regio do crebro, causando isquemia.

Este fenmeno conhecido popularmente como "ameaa de derrame" (ou Ataque Isqumico Transitrio, nos termos mdicos) e o paciente no apresenta seqelas. Isto multo importante, pois um sinal de que pode ocorrer uma isquemia permanente a qualquer momento, se nada for feito para evit-las, ficando seqelas para o paciente.

b) O Acidente Vascular Hemorrgico pode ocorrer na seguintes situaes: - Quando ocorrer extravasamento de sangue para dentro do crebro, ocasionando a hemorragia intracerebral. - Quando ocorrer extravasamento de sangue para o lado de fora, entre o crebro e a aracnide, ocasionando a hemorragia subacnidea. Ambos podem ocorrer por crise hipertensiva, ou por uma alterao sangnea em que ocorra muita dificuldade de realizar a coagulao normal (hemofilia, diminuio de plaquetas, algumas doenas reumticas. etc.). Uma m-formao Hemorragia intracerebral. Observe como as congnita de um vaso como um aneurisma* estruturas dentro do crebro esto cerebral, por exemplo, tambm pode levar desviadas.Fonte: Netter FH: Coleo Ciba de Ilustraes Mdicas. Barcelona, Salvat, 1987. hemorragia subaracnidea. J a hemorragia intracerebral tambm pode ser causada por doenas como Angiopatia amilide (mais comum em pessoas idosas). *Aneurisma: dilatao localizada de uma artria. cuja parede se torna mais fina neste ponto, podendoromper-se.

Quando ocorre uma hemorragia, o sangue extravasado vai ocupar um lugar do crebro, empurrando-o e comprimindo as suas estruturas. Lembremos porm que tudo isto est ocorrendo dentro do crnio, uma caixa ssea" dura. Como ocorre um aumento do volume intracraniano, a presso intracraniana aumenta. Isto leva a uma dificuldade para que chegue sangue ao restante do crebro, piorando a leso. Como conseqncia disto, o paciente pode ficar sonolento, confuso ou em coma. Tanto na isquemia quanto na hemorragia intracerebral, vo ocorrer mortes de clulas*, ocorrendo o infarto. Ao redor deste, como "reao" do organismo, ocorre uma rea de edema, ou seja, como se fosse uma "infiltrao" de gua e outros constituintes provenientes do sangue (protenas, sais, etc.), ocasionando um "inchao", aumentando ainda mais a presso intracraniana. Esta regio, chamada zona de penumbra, muito importante, pois as clulas a existentes esto vivas e no funcionantes de forma

adequada. Nela possvel ocorrer recuperao total atravs de cuidados mdicos urgentes, evitando maiores seqelas ao paciente. *Clula a menor unidade de matria viva que constitui os seres vivos. importante saber o que so os chamados Radicais Livres. De maneira simples, seriam "substncias" txicas produzidas pelo prprio organismo, em vrias situaes de agresso, dentre elas o AVC. So muito prejudiciais s clulas, podendo lesion-las definitivamente. Enfim, devemos compreender que muita coisa acontece ao mesmo tempo quando este quadro ocorre, muitas delas ainda desconhecidas. Existem alteraes do clcio, de neurotransmissores (substncias que transmitem informaes dentro do crebro), etc; todas devendo ser combatidas ao mesmo tempo.

Usualmente, os acidentes vasculares cerebrais lesam apenas um lado do crebro. Como os nervos no crebro cruzam em direo ao outro lado do corpo, os sintomas ocorrem no lado do corpo oposto ao lado lesado do crebro.

Quais so os principais fatores de risco para o AVC?Consideramos fator de risco tudo aquilo que possa facilitar a ocorrncia do AVC. imprescindvel a sua caracterizao e devida correo, pois quase toda a preveno do AVC baseada no combate aos fatores de risco. Os principais fatores de risco so: Presso Arterial o principal fator de risco para AVC. Na populao, o valor mdio de "12 por 8"; porm, cada pessoa tem um valor de presso, que deve ser determinado pelo seu mdico. Para estabelec-lo, so necessrias algumas medidas para que se determine o valor mdio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, temos a hipertenso arterial. Tanto a presso elevada quanto a baixa so prejudiciais. A melhor soluo a preveno! Devemos entender que qualquer um de ns pode se tornar hipertenso. No porque mediu uma vez a presso e estava boa, que nunca mais dever se preocupar. A hipertenso arterial acelera o processo de aterosclerose, alm de poder levar a uma ruptura de um vaso sangneo ou a uma isquemia. Doena Cardaca Qualquer doena cardaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. Se o corao no bater direito, pode ocorrer uma dificuldade para o sangue alcanar o crebro, alm dos outros rgos, podendo levar a uma isquemia. As

principais situaes em que isto pode ocorrer so: arritmias, infarto do miocrdio, doena de Chagas, problemas nas vlvulas etc. Colesterol O colesterol uma substncia existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais. Ele produzido principalmente no fgado e adquirido atravs da dieta rica em gorduras. Seus nveis alterados, especialmente a elevao da frao LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a reduo da frao HDL (bom colesterol) esto relacionados formao das placas de aterosclerose. Tabagismo O fumo deve ser evitado, pois prejudicial sade em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que j tm outros fatores de risco. O fumo acelera o processo de aterosclerose, torna o sangue mais grosso (concentrado) ao longo dos anos (aumentando a quantidade de glbulos vermelhos) e aumentando o risco de hipertenso arterial. Uso excessivo de bebidas alcolicas Quando a pessoa faz uso exagerado de bebidas alcolicas por muito tempo, os nveis de colesterol se elevam. Alm disso, a pessoa tem maior propenso hipertenso arterial. Diabetes uma doena em que o nvel de acar (glicose) no sangue est elevado. A medida da glicose no sangue realizada pelo exame de glicemia. Se um portador desta doena tiver sua glicemia controlada, caso venha a ter um AVC, certamente ser menos grave do que em um indivduo que no controla a taxa de glicemia. Idade Quanto mais idosa a pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Mas vale sempre lembrar que pessoas jovens tambm podem ter um AVC. Histrico de doena vascular anterior Pessoas que j tiveram AVC, "ameaa de derrame", infarto do miocrdio (corao) ou doena vascular de membros (Trombose etc.), tem maior probabilidade de ter um AVC. Obesidade Em geral a obesidade aumenta o risco de diabetes, de hipertenso arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC. Sangue muito concentrado

Isso ocorre, por exemplo, quando a pessoa fica desidratada gravemente ou existe um aumento dos glbulos vermelhos. Este ltimo ocorre em pessoas que apresentam doenas pulmonares crnicas (quer dizer, por muitos anos), ou que vivem em grandes altitudes. Em ambos os casos, o organismo precisa compensar a falta de oxignio, aumentando a produo dos glbulos vermelhos, para no deixar "escapar" qualquer oxignio que chega aos pulmes. Anticoncepcionais O uso de anticoncepcionais com maior teor hormonal, podem aumentar a probabilidade de ocorrncia de um AVC. Sedentarismo A falta de atividades fsicas pode levar a problemas como por exemplo a obesidade, predispondo ao diabetes, hipertenso e o aumento do colesterol.

Para entendermos como se combinam todos estes fatores, imaginem um cano (tubo) por onde passa a gua. Agora, vamos acrescentando lama a esta gua e a velocidade da mesma comear a diminuir. A lama corresponderia aos constituintes do sangue. Finalmente, vamos colocar uns obstculos de "cimento colante" dentro deste tubo (correspondendo as placas de aterosclerose); Logo, vamos notar que a lama vai comear a aderir a este cimento, aumentando ainda mais as dificuldades para a gua passar.

Cpsulas de Sementes de Uva para evitar o AVC

Isso mesmo, as sementes de uva usadas regularmente podem impedir a ocorrncia de AVC. Pesquisas e estudos clnicos revelaram que as substncias qumicas encontradas nas sementes de uva ajudam a dilatar as artrias e conseqentemente, reduzem a presso sangunea. Do ponto de vista teraputico, as cpsulas de sementes de uva em p tratam-se de um elemento poderoso, podendo: fornecer energia, estimular as funes hepticas, combater a acidez sangunea, estimular o sistema digestivo acelerando o metabolismo; e ainda pode ser utilizado em dietas de emagrecimento, pois desintoxica o corpo de vrias maneiras. As cpsulas de sementes de uva em p so ricas em vitaminas, minerais e contm cerca de 20 antioxidantes, conferindo-lhe tambm sua eficcia no combate ao envelhecimento e aos temveis Radicais Livres. As sementes de uva contm flavonides, cidos fenlicos e resveratrol. Flavonoides so antioxidantes e inibem a formao dos Radicais Livres. Os compostos fenlicos possuem vrias propriedades biolgicas que podem contribuir para um efeito cardioprotetor, incluindo a habilidade de inibir as atividades de agregao plaquetria e formao de trombose. O resveratrol conhecido entre o meio cientfico como a fonte da juventude, pois pode impedir o aparecimento ou auxiliar no tratamento de inmeras doenas, alm de manter a pessoa com o aspecto mais jovem e aumentar a qualidade de vida. O resveratrol ajuda a diminuir os nveis de lipoprotenas de baixa densidade, tambm conhecidas como colesterol LDL (mau colesterol) e aumentar os nveis de lipoprotenas de alta densidade, o colesterol HDL (bom colesterol). bom lembrar que o LDL o principal responsvel pela formao de placas nas artrias e riscos para a aterosclerose, que causa a obstruo dos vasos sangneos. O resveratrol tambm favorece a produo, pelo fgado, do HDL, que ajuda a reduzir a produo do LDL e impede a oxidao do LDL circulante. Da seu efeito antioxidante de extrema importncia na proteo cardiovascular e at, como mostram estudos clnicos, anticancergeno. Recentemente, foi descoberta tambm a procianidina, outro polifenol encontrado nas sementes de uva, que funciona como vaso dilatador tambm na proteo do sistema cardiovascular. importante frisar que os estudos, assim como os casos clnicos acompanhados, mostram que as substancias presentes nas sementes de uva, so muito mais eficazes quando utilizadas por meio de suplementos alimentares, como as cpsulas de sementes de uva por exemplo, pois desta forma a quantidade de flavonides, cidos fenlicos, resveratrol e procianidina so potencializadas. Infelizmente, o que se consome de resveratrol por exemplo em um cacho de uvas ou no vinho nfimo. A quantidade diria ideal da substancia (que pode ser encontrada em 2 ou 3 cpsulas de sementes de uva) seria encontrada, por exemplo, em 60 garrafas de vinho. E coma alcolico definitivamente no combina com preveno ao AVC e nem com eterna juventude.

Como podemos saber se algum est tendo um AVC?O AVC manifesta-se de modo diferente em cada paciente, pois depende da rea do crebro atingida, do tamanho da mesma, do tipo (Isqumico ou Hemorrgico), do estado geral do paciente, idade, etc. De maneira geral, a principal caracterstica a rapidez com que aparece as alteraes; em questo de segundos a horas (de maneira abrupta ou rapidamente progressiva). Podemos chamar a ateno para as alteraes mais comuns: Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo - O incio agudo de uma fraqueza em um dos membros (brao, perna) ou face o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfrio cerebral ou apenas de uma pequena e especfica rea. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no brao que na perna; ou fraqueza maior na perna que no brao ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenas dependem da localizao da isquemia, da extenso e da circulao cerebral acometida. Distrbios Visuais - A perda da viso em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliao mdica. O paciente pode ter uma sensao de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitria (amaurose fugaz). Perda sensitiva - A dormncia ocorre mais comumente junto com a diminuio de fora (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade subjetiva. Linguagem e fala (afasia) - comum os pacientes apresentarem alteraes de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforo, acarretando muita frustrao (conscincia do esforo e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alterao de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreenso da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao mdico este sintoma como um ataque de confuso ou estresse. Convulses - Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrgico, os sintomas podem se manifestar como os j descritos acima, geralmente mais graves e de rpida evoluo. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuio de fora do lado oposto ao sangramento) , alm de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchao), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questo de minutos. Estas alteraes no so exclusivas do AVC. Apenas servem de alerta de que algo est acontecendo, devendo procurar auxlio mdico imediatamente. Devemos chamar a ateno para aqueles pacientes mais idosos, acamados por quaisquer motivos, inclusive por um "derrame" prvio. Neste caso, eles tm vrios fatores de risco e muito comum passarem desapercebidas estas alteraes. importante prestarmos ateno na capacidade habitual de movimentos de seus membros, como eles costumam

falar, na quantidade e horrio normal de sono. Se houver piora (por exemplo, antes erguia a mo at a cabea, agora o faz pouco ou nem movimenta), levar ao mdico e, de preferncia, prestar estas informaes a ele.

Como um mdico faz o diagnstico de AVC?A histria e o exame fsico do subsdios para uma possibilidade de doena vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente. O incio agudo de sintomas neurolgicos focais deve sugerir uma doena vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. Normalmente o mdico solicita exames complementares com a finalidade de confirmar ou afastar o diagnstico, verificar a gravidade, a evoluo e certificar-se do local da leso. Para que o mdico possa determinar os exames necessrios, preciso sua prvia avaliao, baseada nas informaes dos acompanhantes e, quando possvel, do prprio paciente, bem como o exame clnico e neurolgico do mesmo. As informaes mais importantes, em geral, so: o que o paciente sente, desde quando, a maneira que comeou a adoecer (rpida, progressiva etc...), como o paciente passou do incio at a admisso ao hospital, medicamentos, doenas prvias e atuais. Os exames mais comuns so: - Exames laboratoriais de sangue, urina, lquido cefalorraquiano (lquor); - Avaliao cardaca e pulmonar, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia do trax; - Exames de imagem do crnio (crebro), tomografia computadorizada, ressonncia nuclear magntica, angiografia cerebral; - Outros exames: ultrassonografia das artrias cartidas e vertebrais, etc.

Tratamento do AVCDevemos lembrar que o AVC uma urgncia, tanto quanto o infarto do corao. Em outras palavras, diante de uma suspeita, levar o paciente imediatamente ao Pronto Socorro. Evite medicar sem orientao mdica, por melhor que seja a sua inteno. Como exemplo, muitas vezes a presso arterial est elevada e, na ansiedade de querer baix-la, corre-se o risco de exagerar. Neste caso, a presso baixa dificultar a chegada do sangue ao crebro, complicando o quadro. No hospital, o mdico responsvel dever se preocupar, entre vrios parmetros, com uma respirao e hidratao adequada, com uma dieta adequada (seja via oral ou atravs

do sangue), cuidados para evitar feridas (escaras) devido a persistncia do paciente numa mesma posio, controle da presso e da temperatura (evitando complicaes infecciosas, principalmente pulmonares), preveno de trombose nas veias das pernas, etc.. Alm de tudo, existe o tratamento especfico: correo dos distrbios da coagulao sangnea, preveno do vaso espasmo, evitar aumento da zona de penumbra (devido ao edema) combater os Radicais Livres, etc. Devemos entender que "cada caso um caso". Alguns podem necessitar de tratamento cirrgico, como drenagem de um hematoma (cogulo) ou para a correo de uma m formao, por exemplo um aneurisma. Hoje sabemos que outras reas do crebro, no afetadas por uma leso, podem assumir determinadas funes realizadas por aquelas que "morreram"; e, ainda, podem ocorrer regeneraes de algumas pequenas partes. A este conjunto de fenmenos chamamos de neuroplasticidade. Existem pesquisas de medicamentos para potencializar este fenmeno. O tratamento deve ser precoce, para que se obtenham melhores resultados. Aps a alta hospitalar, o tratamento continua. O mdico responsvel dar a receita dos medicamentos a serem tomados, assim como todas as orientaes necessrias. Tem incio. ento o tratamento ambulatorial, com o neurologista e toda uma equipe de especialistas em diferentes reas, que sero requisitados de acordo com cada caso; fisiatria e fisioterapia, fonoaudiologia. psiclogo, terapia ocupacional, entre outros. Em geral, o mdico responsvel dar estas orientaes, alm de coordenar a equipe. A famlia deve sempre estar atenta eventuais complicaes que possam surgir sendo os sintomas mais freqentes: Dor no peito ou respirao mais curta; Sangramento, principalmente se estiver tomando remdios para "afinar" o sangue (anticoagulantes); Dor de estmago, indigesto ou soluos frequentes, especialmente se estiver tomando cido acetil saliclico (AAS ou Aspirina); Convulses ou perda de conscincia; Dor para urinar; Febre; Alterao do comportamento, depresso ou agressividade; Diminuio da fora fsica; Priso de ventre prolongada. A REABILITAO DO PACIENTE A reabilitao o conjunto de procedimentos que visam restabelecer, quando possvel, uma funo perdida pelo paciente temporria ou permanentemente, realizada por uma equipe multidisciplinar, coordenada preferencialmente pelo mdico fisiatra e com os seguintes objetivos:

Prevenir complicaes - as mais comuns so as deformidades. Com a paralisao dos msculos e a instalao de uma rigidez (chamada de

espasticidade) nas partes do corpo afetadas, ocorre a perda da mobilidade das articulaes, que passam a adotar posies erradas, ficando deformadas e impedindo o paciente de realizar certos movimentos, como estender os joelhos e cotovelos, andar, flexionar os braos, etc. Outras complicaes comuns so as sndromes lgicas (dores difusas pelo corpo), o ombro doloroso, doenas pulmonares (broncopneumonia), a trombose venosa profunda, as escaras (feridas formadas pela presso contnua em um determinado ponto), entre outras. Todas estas complicaes podem ser evitadas atravs da movimentao com exerccios corretos, com uso de rteses (aparelhos para manter os ombros posicionados corretamente), procedimentos visando diminuir a espasticidade e uso de medicamentos para dor, prescritos pelo mdico. Recuperar ao mximo as funes cerebrais comprometidas pelo AVC, que podem ser temporrias ou permanentes. Isto pode ser feito atravs do atendimento precoce ao paciente, tanto do ponto de vista clnico quanto reabilitacional, atravs da realizao de exerccios, treino de atividades e uso de equipamentos especiais que ajudem a preservar os movimentos e a sade das articulaes. Devolver o paciente ao convvio social, tanto na famlia quanto no trabalho, reintegrando-o com a melhor qualidade de vida possvel. De um modo geral, alguns princpios de reabilitao podem ser iniciados no primeiro ou segundo dia do AVC, como posicionamentos adequados e movimentos passivos, visando prevenir complicaes secundrias, com o paciente ainda hospitalizado. Ao sair do hospital, o paciente deve continuar seu tratamento de reabilitao, a nvel ambulatorial, com o fisiatra, num centro especializado, se necessrio, ou em casa, seguindo as orientaes dadas pela equipe. E neste momento que entra o papel fundamental da famlia, fornecendo a infra-estrutura necessria para o amplo restabelecimento do paciente, da seguinte forma: Dando corretamente as medicaes prescritas (lembre-se que o paciente com AVC pode ter alteraes de memria e se esquecer dos remdios e horrios); Promovendo o comparecimento s consultas e terapias; Fornecendo um ambiente de tranqilidade e compreenso, para que o paciente no se deixe levar pela depresso e/ou agressividade, fato comum nestes casos; Motivando o paciente: o evitando que durma o dia todo; o colocando roupas confortveis durante o dia (agasalhos esportivos, abrigos. etc.); o tornando as roupas fceis de serem colocadas e retiradas (uso de velcro, botes de presso, elsticos, entre outros); o utilizando o pijama somente noite; o colocando-o sentado na cama ou no sof (de preferncia), sempre que possvel; o levando-o a passeios dentro e fora de casa com o auxlio de cadeira de rodas ou caminhando com a ajuda de aparelhos (rteses) ou bengalas; o dando pequenas tarefas possveis de serem realizadas (sob a orientao do terapeuta ocupacional); o tentando estimular a retomada das atividades profissionais ou de alguma atividade que ele possa exercer; o adaptando o interior da casa, com corrimes, rampas e pouca mobila, para facilitar a locomoo do paciente (procurar no descaracterizar o

ambiente onde ele vivia; alterar a disposio dos mveis pode confundir e desorientar os pacientes mais idosos); o a utilizar o banheiro para suas necessidades e tomar o banho. Dando uma dieta adequada: o com pouco sal (para evitar o edema nas partes paralisadas); o com pouca gordura; o leve (para facilitar a digesto); o rica em fibras e lquidos, para evitar uma complicao mais comum, o ressecamento intestinal (cabe ao mdico indicar ou no o uso de laxantes). Auxiliando a realizao de atividades e exerccios orientados para casa (esses exerccios so inicialmente passivos, ou seja, o paciente no os realiza voluntariamente; depois passam a ser ativos, onde solicita-se para que ele realize determinados movimentos); Posicionando corretamente os braos ou pernas afetados. De um modo geral, alguns princpios de reabilitao podem ser iniciados no primeiro ou segundo dia do AVC, como posicionamentos adequados e movimentos passivos, visando prevenir complicaes secundrias, com o paciente ainda hospitalizado. Ao sair do hospital, o paciente deve continuar seu tratamento de reabilitao, a nvel ambulatorial num centro especializado, se necessrio, ou em casa, seguindo as orientaes dadas pela equipe. Neste momento que entra o papel fundamental da famlia, fornecendo a infra-estrutura necessria para o amplo restabelecimento do paciente.

Como se prevenir de AVCLevar uma vida saudvel, cuidar da alimentao e praticar exerccios fsicos regularmente pode reduzir em at 80% a chance de um AVC, acidente vascular cerebral, conhecido como derrame. Algumas dicas para se prevenir de um AVC so: - Manter a presso arterial sob controle; - Evitar o consumo de sal em excesso; - Moderar na ingesto de bebidas alcolicas; - Ingerir de duas a quatro cpsulas de sementes de uva em p diariamente; - No fumar; - Controlar o peso; - Ter uma alimentao saudvel, comendo sempre que possvel frutas, verduras e fibras; bem como evitando ingerir gorduras e frituras em excesso;

- Praticar exerccios fsicos regularmente ou ao menos fazer caminhadas; - Evitar sempre que possvel o estresse: realizar atividades relaxantes como uma caminhada ao ar livre, conversar com amigos, passear com o cachorro, usufruir de algum hobby, etc.

IMPORTANTEPara no esquecer: O AVC, Acidente Vascular Cerebral, conhecido popularmente como derrame, uma doena sria e pode causar seqelas irreversveis se o indivduo no for atendido rapidamente. A doena caracterizada por uma leso no crebro causada por um "acidente" em um dos vasos sanguneos responsveis por irrigar a regio cerebral. Na maioria das vezes, ocorre um entupimento nos vasos, impedindo a circulao do sangue - ou um dos vasos se rompe provocando um sangramento no crebro. As vezes no conseguimos identificar com certeza se a pessoa est tendo um AVC, mas se voc simplesmente desconfiar de que possa ser um AVC, procure um pronto socorro imediatamente. Confira abaixo novamente alguns sintomas caractersticos da doena e aprenda a identificar um AVC para um socorro mais rpido:

1 - Dor de cabea forte, sem causa aparente.

2 - Tontura e perda de equilbrio ou coordenao motora.

3 - Dificuldade de enxergar com um ou ambos os olhos.

4 - Problemas de fala ou de compreenso.

5 - Dormncia ou fraqueza na face, nos braos e nas pernas.