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Dezembro 2012

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 8, Nº 12, Dezembro de 2012.

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Principal 10 Igreja de Um Dia

A R T I G O D E C A P A

16Buscando a Ovelha Perdida

Por Benjamin D. SchounEnsinar e conservar faz parte da comissão evangélica.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Chamados para o Ministério da Reconciliação

Por Ted N. C. Wilson Ele começou com Cristo.

11 S A Ú D E N O M U N D O

O Câncer no Mundo Por Allan R. Handysides Como prevenir e lutar contra ele.

14 D E V O C I O N A L

O Cachorro Perdido Por Martin G. Klingbeil Perdido e sozinho como sobreviveria?

22 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Jesus: Mentiroso, Lunático ou Senhor?

Por Oleg Kostyuk No centro de nossa fé está Alguém que é singular.

24 D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Nas Mãos das Pessoas Por Stefan Serena Os escritos de Ellen White estão disponíveis

hoje em uma variedade de formatos como nunca antes.

26 R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

O Dilúvio Universal

27 E S T U D O B Í B L I C O

Crescendo na Graça

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

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S E Ç Õ E S

■ Após três horas de estudo e discussão respeitosa, líderes mundiais da Igreja votaram aprovar a “Declaração sobre os Regulamentos da Igreja, Procedimentos e Resolução de Divergências à Luz de Recentes Votos Tomados por Uniões, Referentes à Ordenação ao Ministério”. A votação ocorreu no dia 16 de outubro durante o Concílio Anual da Associação Geral, realizado em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

O resultado da votação foi de 264 votos a favor e 25 contra. Tal ação foi necessária após três Uniões – a União do Norte da

Alemanha (Divisão Transeuropeia), a União de Columbia e a União do Pacífico (Divisão Norte-Americana) – votarem recentemente a “permissão” para a ordenação ao ministério pastoral “independente do sexo”; quebrando, assim, o voto de rejeição estabelecido oficialmente nas assembleias da Conferência Geral de 1990 e 1995.

O documento votado expressa desaprovação às ações independen-tes tomadas pelas referidas Uniões, e apela para a unidade da Igreja “considerar cuidadosamente o impacto e implicações da decisão” tomada independentemente da comunidade da igreja mundial, e reafirma o papel da mulher na vida e no ministério da igreja. O docu-mento também ressalta a continuidade dos estudos sobre a teologia da ordenação, cujos resultados serão analisados no concílio outonal da Associação Geral de 2014, portanto, antes da 60ª assembleia da Associa-ção Geral, em junho 2015. Nenhuma sanção foi aplicada ou sugerida no documento.

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Concílio Anual Vota Declaração sobre Procedimentos da Igreja

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Esquerda: LEITURA OFICIAL: Lowell Cooper, vice-presidente da Associação Geral, lê o documento. Direita: LENDO A

DECLARAÇÃO: Os delegados do Concílio Anual leem a declaração sobre os regulamentos da Igreja, procedimentos e solução de divergências.

Tente fazer esta experiência: Imagine, por um momento, que toda a ami-

zade que você tem com seus irmãos adventistas de repente terminasse, não ficando nem um resíduo de memória ou de conforto. Imagine que não haja nenhum sorriso conhecido dando boas-vindas a você na igreja, ninguém falando o seu nome e tampouco colocando o braço carinhosamente ao redor do seu ombro.

Imagine que ninguém o convide para uma refeição em sua casa, pergunte sobre sua família, ou dê risada com você das coisas engraçadas da vida.

Você agora começa a ver a igreja como o recém-batizado às vezes a vê – uma formidável estrutura de verdades vitais, mas de poucas amizades; uma “comunhão” organizada em torno de altos ideais e expectativas ainda mais altas, mas no coração certa dificuldade para amar. Não é de admirar, então, que infelizmente um grande número dos que decidem seguir a Jesus, esteja em menos de um ano, convencido da verdade, mas sentindo falta do calor humano que faz da igreja muito mais do que doutrinas.

Agora, experimente isso: Imagine por um momento, estar em pé na

entrada da sua igreja, ali onde Jesus estaria, abraçando a todos os que Deus tem chamado para sentir o calor do Seu abraço.

Imagine-se dando o seu nome e o seu coração para “estranhos”, convidando-os para uma refeição na sua casa e ouvindo suas histórias de como a graça venceu a dor.

Imagine apresentá-los aos seus amigos, abrir as portas que alguém, um dia, abriu para você, envolvê-los nos grupos tanto de oração como de recreação.

O artigo de capa deste mês revela um dos maiores desafios do adventismo – como aco-lher e manter tantas pessoas a quem o Espírito está trazendo para esta fé remanescente do tempo do fim. Como eu, provavelmente você fique um pouco assustado enquanto lê, pois esse é o ponto onde ainda estamos aquém das expectativas do Salvador para Seu povo.

E se você é um dos que não encontraram a amizade que necessitava na primeira tentativa,

permita-nos, ao menos, ter mais uma oportunidade de fazer o que é

certo. Nós já imaginamos uma maneira mais calorosa de dar-lhe as boas-vindas da próxima vez que nos encontrarmos.

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“Esta declaração diz respeito à estrutura e procedimentos da Igreja. Ela não trata da questão da ordenação ministerial em si”, diz o documento. “A questão central é uma das praxes da Igreja – como a Igreja define sua organização, administração e funciona-mento. As decisões de seguir um curso de ação que não está em harmonia com as decisões das assembleias da Associa-ção Geral de 1990 e 1995 (a respeito da ordenação ministerial) não representam apenas uma expressão de dissidência, mas também uma demonstração de autodeterminação sobre um assunto previamente decidido pela coletividade da igreja. A Comissão Diretiva da Associação Geral considera tais decisões como erros muito graves.”

O texto do documento continua: “A igreja mundial não pode legitimar práti-cas que contradizem claramente o intento dos votos tomados na assembleia da Associação Geral. [...] A igreja mundial, em consenso, não reconhece os votos autorizando ou implementando a orde-nação ministerial “independente do sexo”.

O documento, no entanto, também é claro ao atestar a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia em relação às mulheres: “A Comissão Diretiva da Associação Geral reconhece especifica-mente o importante papel que as mu-lheres desempenham na vida da igreja. Seu talento e compromisso é uma bênção para toda a igreja e uma parte necessária em sua obra e missão.”

A medida foi aprovada em uma cédula de papel, por voto secreto, após a discussão do dia, que começou com os comentários de Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral. Wilson expressou sua esperança de que as ins-tituições da Igreja continuem “focadas na missão da igreja, unidas em Cristo, mesmo que tenham de enfrentar algu-mas diferenças e divergências”.

Durante um período extenso de comentários, Daniel Jackson, presidente

da Divisão Norte-Americana (NAD), procurou tranquilizar os líderes da igreja mundial, afirmando que essa Divisão apoia a missão da igreja, a despeito do item da praxe discutido no documento. “Queremos deixar bem claro que a NAD, sem qualquer hesitação, expressa sua unidade com a igreja mundial. Não somos apenas um suplemento da igreja mundial, somos irmãos e irmãs de todas as pessoas deste auditório”.

Falando para a Adventist World, no dia seguinte ao voto, Barry Oliver, presidente da Divisão do Sul do Pací-fico, disse que “muitas pessoas naquela região estão esperando e orando para que nossa Igreja, num futuro próximo, encontre uma maneira de reconhecer plenamente os dons especiais que Deus dá a todos. Em uma igreja mundial, entretanto, precisamos trabalhar juntos e encontrar uma maneira de satisfazer todas as nossas perspectivas”.

Audrey Andersson, secretário execu-tivo da Divisão Transeuropeia, também falando sobre o voto, mencionou que sua Divisão tem “um processo em andamento, e estamos comprometidos a apoiar o processo”.– reportagem de Mark A. Kellner, editor de notícias, e Edwin Manuel Garcia, Rede Adventista de Notícias

Jonathan Duffy na Direção da ADRA Internacional

■ Diretores da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assisten-ciais (ADRA) Internacional elegeram Jonathan Duffy, atual CEO da ADRA Austrália, para servir como presiden-te do braço humanitário da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A eleição aconteceu no dia 10 de outubro, com unanimidade de votos. Duffy foi o quarto presidente eleito em 28 anos de existência da ADRA.

Segundo Geoffrey Mbwana,

membro do conselho executivo da ADRA Internacional e vice-presidente mundial da Igreja, a procura “foi um processo bem transparente e objetivo, que reuniu informações em todos os níveis da organização. Isso nos deu uma visão global, levando-nos a escolher o melhor candidato, que acreditamos, levará essa organização avante. Duffy traz as qualidades de liderança que está-vamos procurando. Ele também tem a experiência administrativa e uma visão muito clara, assim como experiência na organização”.

Duffy disse: “Estou extremamente honrado por ter sido escolhido para essa função. A ADRA tem sido uma força tremendamente positiva no cam-po humanitário, levando esperança e cura a milhões de pessoas nos últimos 28 anos. Creio que temos grande po-tencial para fazer uma diferença ainda maior, especialmente com a equipe tão talentosa e dedicada que temos em todo o mundo. Estou ansioso para trabalhar com a equipe da ADRA In-ternacional, a Rede ADRA, nossa mesa administrativa, parceiros organizacio-nais e doadores.”

A nomeação de Duffy foi efetivada imediatamente.

Antes de unir-se à ADRA Austrália em 2008, Duffy atuou como diretor do departamento de Saúde da Divisão do Sul do Pacífico, onde possuía extensa

N O T í C I A S D O M u N D O

NOVO PRESIDENTE DA ADRA: Jonathan Duffy, desde 2008 CEO da ADRA Austrália, foi eleito presidente da ADRA Internacional, departamento da Igreja Adventista que se dedica à obra humanitária global.

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experiência na promoção da saúde e em projetos de saúde comunitária. Ele é mestre em Saúde Pública pela Deakin University, Melbourne, Austrália. – reportagem de Mark A. Kellner, com in-formações de Crister L. DelaCruz, ADRA

Concílio de Editores da Divisão Sul-Americana

■ Procurando integrar o ministério de publicações, mais de quarenta editores da Casa Publicadora Brasileira, localiza-da no estado de São Paulo, Brasil, e da Asociación Casa Editora Sudamericana, em Buenos Aires, Argentina, reuniram--se na sede da Divisão Sul-Americana em Brasília, no mês de setembro, para o primeiro concílio de publicações em mais de duas décadas.

O concílio reconheceu o trabalho dos editores, incentivou a colaboração entre as duas editoras e forneceu re-cursos e oportunidades para essa troca. “Os editores sempre oferecem tanto às pessoas, mas nem sempre recebem de volta o apoio de que necessitam”, disse Erton Köhler, presidente da Divisão Sul-Americana.

Vários editores adventistas pro-eminentes fizeram apresentações durante o concílio. William Johnsson, pastor jubilado e ex-editor da Adventist Review e da Adventist World compar-tilhou lições, diretrizes e conselhos que aprendeu durante sua extensa carreira como escritor e editor. George Knight, historiador da Igreja, autor e editor, deu exemplos dos pioneiros que ajudaram a moldar o ministério adventista de comunicação.

Alberto Timm, diretor associado do Patrimônio Literário de Ellen White, e Wilmar Hirle, diretor associado do Ministério de Publicações da Associação Geral, falaram dos principais desafios culturais e eclesiológicos enfrentados pela igreja atualmente, e como os editores podem ajudar oferecendo clareza e contexto.

Para Almir Marroni, vice-presidente da Divisão Sul-Americana, a conferên-cia serviu para motivar os editores, que, segundo ele, desempenham papel fun-damental no preparo do mundo para a segunda vinda de Cristo.

“A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece a importância do ministério daqueles que foram chamados por Deus para comunicar o evangelho através da palavra escrita nos últimos dias da história”, disse Marroni.– Notícias da Divisão Sul-Americana, pela Rede Adventista de Notícias

Estudante Adventista é o “Melhor” na Nicarágua

■ Jovem adventista foi homenageado como o “melhor aluno” da Nicarágua após obter o primeiro lugar em uma competição nacional que mede a profi-ciência em matemática, física, biologia e química.

Nathon Leopold Hilton, 16, foi reconhecido pelo Ministério de Educação da Nicarágua como o aluno que alcançou maior número de pontos,

durante cerimônia no Estádio Chiquilistagua, em Manágua, no dia 13 de setembro.

Leopold, que cursa a 11ª série, é o primeiro aluno da Escola Adventista Vocacional da Nicarágua a receber tal reconhecimento, disse Felipe Cordero, diretor da escola.

“Estamos felizes por Nathon e porque esse reconhecimento destacou a escola”, mencionou Cordero, acrescen-tando que os professores e funcionários da escola estão comprometidos a oferecer forte crescimento acadêmico e espiritual. A escola planeja realizar um programa em homenagem a todos os alunos que fizeram os exames distritais em várias áreas do saber.

Mais de duzentos alunos do funda-mental e ensino médio estão matricu-lados atualmente na Escola Adventista Vocacional da Nicarágua. A escola é administrada pela Missão da Nicarágua, localizada em Manágua. Cerca de três mil alunos frequentam 25 escolas adventistas de ensino fundamental e médio no país.

Há aproximadamente 62 mil adventistas na Nicarágua, país com população aproximada de 3,2 milhões de habitantes.– reportagem de Javier Castrellon, equipe da IAD

REUNIÃO EDITORIAL: Dezenas de editores, das duas editoras da Igreja na América do Sul, se reúnem na sede da DSA em Brasília, para integrar esforços e trocar experiência.

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HONRA ESTUDANTIL: Nathon Leopold Hilton (centro), aluno da Escola Adventista Vocacional da Nicarágua, é premiado pelo ministro da Educação por alcançar a maior média em competição acadêmica. A cerimônia foi realizada no Estádio Chiquilistagua, Manágua, Nicarágua, no dia 13 de setembro.

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N O T í C I A S D O M u N D O

Durante oito noites, a juventude sul-americana participou da série “Contagem Regressiva”.

O esforço evangelístico foi realizado a partir da sede da Divisão Sul-Americana (DSA) em Brasília, e aconteceu entre os dias 20 a 23 de setembro de 2012, em português, e de 27 a 30, em espanhol. Transmitido pelos sites (esperanca.com.br e esperanzaweb.com), o evento foi coordenado pelo departamento do Ministério Jovem da DSA em parceria com o departamento de Evangelismo, Rede Novo Tempo e outros departamentos. A iniciativa tornou possível, pela primeira vez, a interação entre os participantes e o orador oficial, pastor Luís Gonçalves.

Temas Escolhidos pelo Público O coordenador geral do programa,

pastor Areli Barbosa, explica que a proposta evangelística direcionada aos jovens requer linguagem e músicas específicas, além da oportunidade de interação entre os participantes e apre-sentadores. “Estamos nos mantendo atualizados com a mídia moderna que atinge os jovens, mas a mensagem que apresentamos é profética e bíblica, ou seja, a mesma mensagem que [já] transformou muitas vidas”, disse.

Segundo Gonçalves, os temas sobre o tempo do fim foram apresentados

por duas razões principais: “As pessoas estão voltadas para o calendário Maya e para a possibilidade do mundo acabar este ano, portanto, é hora de esclarecer os fatos. Além disso, fizemos uma pesquisa pela internet oferecendo vários temas. Entre todas as opções, os temas proféticos foram os mais solicitados na preferência do público.”

Por isso, os que pensam que os jovens não têm interesse nos eventos finais estão muito enganados. Em uma pesquisa realizada pelo Departamento Jovem, os assuntos relacionados ao Apocalipse e o fim do mundo foram votados como os de maior interesse para as apresentações pela internet. Com os resultados em mãos, foram escolhidos quatro temas: “Sinais dos Tempos”; “Se Existe Só Um Deus, Por Que Tantas Religiões?”; “O Selo de Deus e a Marca da Besta”; e, “O Enigmático Número 666.”

Outro impacto importante da série de mensagens sobre profecia bíblica foi o fato de que o hashtag #Contagem Regressiva ficou, em vários momentos, no Trend Topics Brazil, lista em tempo real das frases mais publicadas pelo Twitter. “Alcançamos quase 2 mil tuítes por hora no início do programa, o que significa que houve até 1,7 milhão de visualizações (número de vezes que

esses tuítes aparecem no timeline do usuário) por hora”, disse Rogério Ferraz, coordenador técnico do programa.

Outros números também se des-tacaram. Durante as quatro noites da programação em português, 43 mil computadores estavam conectados a um público estimado de 84 mil usuários. Em espanhol, havia 23 mil computadores para cerca de 45 mil usu-ários. Esses números foram calculados a partir de uma mostra dos usuários da internet que responderam à pergunta “Quantas pessoas estão assistindo ao programa com você?” 52% assistiram à série acompanhados de uma ou mais pessoas, e 48% assistiram sozinhos.

A média de idade do público que assistiu à Contagem Regressiva em por-tuguês variou entre 25 e 34 anos e, em espanhol, os usuários mais frequentes estavam entre os 18 e 24 anos.

Ferraz observou que foi necessária uma equipe de mais de quarenta pro-fissionais, que “trabalharam duro e não pouparam esforços até estarem certos de que todos os detalhes do programa fossem realizados corretamente”.

Além dos números, outra coisa que se destacou foi o interesse demons-trado por muitos para aprender mais sobre os assuntos apresentados pelo pastor Luís Gonçalves. Centenas de

Cresce Evangelismo pela Web naMárcia Ebinger, Divisão Sul-Americana

Espectadores interagem on-line com orador durante a programação.

América do Sul

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N O T í C I A S D O M u N D O

usuários da internet na América do Sul e de todo o mundo enviaram pergun-tas sobre os sinais da volta de Jesus, o milênio, o número dos que serão salvos, etc. Mais de cinquenta países estavam conectados, entre eles, México, Estados Unidos, Espanha, Honduras, Costa Rica, El Salvador, Colômbia, Coreia do Sul, Fiji, Eslováquia e Repú-blica Dominicana.

Contagem Regressiva . . . para Iniciativas Futuras

Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a América do Sul, comentou o novo formato de evangelismo: “O público que usa a inter-net está crescendo. Como igreja temos que ir até onde as pessoas estão. Se elas estão em frente aos computadores, temos que ir até elas falando na linguagem que possam entender. O projeto terá uma sequência. Uma vez ao ano, teremos o evangelismo pela web nesse mesmo for-mato. Além disso, haverá conversas por vídeo e outras iniciativas.” Ele ressaltou que esse primeiro programa continuará a ser aperfeiçoado, e “crescendo, ama-durecendo, chegaremos a uma melhor compreensão de como devemos ir em frente com o público da internet”.

Os líderes celebram o fato de que um total de 1.869 pessoas responderam aos apelos realizados durante a série. Um exemplo da tecnologia sendo utili-zada para converter corações a Cristo. ■

Johnatan Elías Adarme Rodríguez – Colômbia: “Esse programa tem um potencial incrível, não apenas para a América do Sul, mas também para outras áreas. Aqui, tivemos jovens reunidos em suas casas, com grupos de amigos, para assistir à série Contagem Regressiva. Sugiro que outros países copiem a ideia.”

Fabiana Büchert Lerch – Venezuela: “Excelente iniciativa. Deveria haver mais programas como esse.”

Silvia Fulchignoni – Brasil: “O programa foi muito bom. Gostaria que tivéssemos estudos bíblicos online e ao vivo, todos os dias. Sou empresária e meu tempo é muito limitado.”

Viviane Souza Paz – Brasil: “Vocês merecem os parabéns pelo programa. Sou de outra denominação religiosa e nunca compreendi a Bíblia tão bem como compreendo agora.”

Em Mogi das Cruzes, São Paulo, Carolina Rodrigues do Prado, 17, espera que o programa tenha ajudado a promover os projetos de evangelismo voluntário como o que ela já coordena há dois anos, chamado Tweet KM. Esse é um grupo de 400 jovens, de várias partes do país, que se reúne virtualmente para orar por amigos e para postar vídeos e materiais sobre a Bíblia na linguagem usada pelos jovens. Esse projeto tem só uma missão: compartilhar o evangelho com todos.

“Para nós, o Contagem Regressiva foi muito importante porque nos motiva a usar nossos talentos para servir a Deus”, diz Carolina.

Membros Voluntários no Evangelismo pela Internet

O Que As Pessoas Disseram Sobre o Contagem Regressiva

Esquerda: EVANGELISMO ON-LINE: Luís Gonçalves (centro) foi o orador de Contagem Regressiva, um projeto evangelístico da igreja para todo o território da Divisão Sul-Americana. Direita: PARTICIPAÇÃO JOVEM: Jovens participam como voluntários.

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V I S Ã O M U N D I A L

Ao aproximar o fim de mais um ano, vivemos o período em que muitos cristãos, em todo o mundo, celebram o nascimento de Cristo. É bom relembrar o

grande sacrifício feito por Jesus ao vir à Terra. Eu gostaria de convidá-lo a tomar uns minutos para juntos considerarmos o maior presente já ofertado – Jesus Cristo.

Lemos em 2 Coríntios 5:19 que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. Que promessa embalada para presente é esta? Deus estava em Cristo nos reconciliando consigo mesmo. Aqui temos uma imagem surpreendente do plano da salvação, a imagem de um Deus que toma a iniciativa de restaurar o relacionamento que fora rompido com os seres humanos, uma perda muito senti-da quando a humanidade optou por separar-se do Criador.

Imagine aquela noite, há tanto tempo, na cidade de Belém. Um bebê nasceu: não em uma cama confortável, mas em um celeiro, um estábulo, cercado por criaturas que Ele mesmo havia criado. Deitado ali na manjedoura, Ele aparenta ser apenas outro infante nascido para a vida humilde de uma pequena família judia. Embora surpreendente, Ele era com-pletamente humano e completamente divino.

Vemos Deus em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo por meio de um bebê indefeso; por intermédio de uma criança inocente; pelo fiel e jovem carpinteiro; pela

Por Ted N. C. Wilson

reconcilia çãoNossa sagrada responsabilidade

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compaixão do Grande médico; na sabedoria de um respeita-do professor e pela humildade de um homem inocente ofere-cendo a outra face. Nós O vemos numa cruz, com os braços estendidos, procurando reconciliar o mundo consigo mesmo.

Ele veio para um mundo que O desprezou e rejeitou; um mundo para o qual “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam” (Jo 1:11). Que tipo de Deus é esse, que procura salvar o perdido, que ama Seus inimigos, que permanece em silêncio diante de terríveis ataques?

Esse é o Deus que procura se reconciliar conosco. Isso é o que Ele deseja mais do que qualquer coisa. Ele almeja que estejamos com Ele, não apenas no futuro, mas agora.

Reconciliação Agora Sua obra de reconciliação não terminou

na cruz; ela ainda continua enquanto atua como nosso sumo sacerdote no santuário celestial, ministrando no Santo dos San-tos, intercedendo em nosso favor com Seu próprio sangue. Cristo está participando ativamente desse importante ministério en-quanto falamos. Quão maravilhoso é saber que o Deus do universo, que Se humilhou a Si mesmo e veio a este mundo, onde experimentou provações e tristezas, é o mesmo Jesus que agora é nosso advogado e sumo sacerdote que ministra por nós no verdadeiro santuário.

Em Hebreus 4:15 diz: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Quão maravilhoso é saber que nosso Salvador nos compreende completamente. Talvez seja por isso que, há dois mil anos, Ele orou não só por Seus discípulos, mas por nós também, quando pediu ao Pai: “Guarda-os em teu nome, os que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo 17:11).

Chaves para a Reconciliação

Jesus percebeu que era necessário não apenas nos reconci-liar com Ele, mas, sobretudo, que essa reconciliação não seria completa a menos que também nos reconciliássemos uns com os outros. É por isso que Ele nos deu “o ministério da reconciliação” (2Co 5:18). Somos todos chamados para esse ministério especial e Deus já nos capacitou por Sua Palavra, “a palavra da reconciliação” (verso 19), a Bíblia. É por meio de Sua Palavra que encontramos as chaves da reconciliação de uns para com os outros – confissão, perdão, esperança e cura. Sejam quais forem as dificuldades, disputas e frustrações que enfrentamos agora, o Senhor já tem um caminho para a reconciliação pela unidade entre os Seus crentes.

Sua humildade visa à vida. Seu ministério altruísta para

com os outros e Seu imenso sacrifício são exemplos para nós, incentivando-nos a deixar de lado tudo o que nos impede de estar reconciliados com Ele e uns com os outros.

Renovadas Todos os Dias

Que imenso amor Cristo demonstrou por nós! Este é um período maravilhoso para relembrar Seu nascimento e o presente da reconciliação. Mas, embora o calor deste

período nos abrace hoje, como serão as coisas em janeiro, após terminarem as comemorações? Jesus nos diz: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5). O milagre da recriação e reconciliação não está limitado a uma época do ano. Esse é um presente ofertado a nós todos os dias. “As misericórdias do Senhor renovam-se cada manhã”, escreveu o profeta Jere-mias. “Grande é Tua fidelidade” (Lm 3:22, 23).

Como podemos estar certos de que a reconciliação que Cristo oferece pode ser real para nós, sete dias por semana, durante o ano todo? Estando ligados a Ele por meio de Sua Palavra, a “palavra de reconciliação”, a Bíblia; e, construindo um relacionamento com Ele por intermédio da oração. Ao separarmos tempo para ler e estudar Sua Palavra nos torna-mos mais familiarizados com Seus desígnios. E, ao seguirmos Seu exemplo, tornamo-nos mais semelhantes a Ele, assumin-do o ministério da reconciliação.

Assim como as profecias anunciaram a proximidade do tempo do primeiro advento de Cristo pela certeza da palavra profética encontrada nos livros de Daniel e Apocalipse, sabemos que o tempo de Sua segunda vinda está quase aqui. As profecias desses livros descreveram, com precisão, eventos que se cumprirão muito em breve.

Olhando para o Futuro com Esperança

Agora, ao findar 2012, ao olharmos para trás, para o modo como essas profecias se cumpriram no tempo exato,

Nossa sagrada responsabilidade

“É por meio de Sua Palavra que encontramos as chaves da reconciliação de uns para com os outros.”

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V I S Ã O M U N D I A L

podemos fitar o futuro com grande esperança e certeza de que as poucas profecias que ainda faltam se cumprir ocorrerão logo. Se você precisa dessa esperança e certeza, eu o incentivo a estudar essas profecias e a ler o livro O Grande Conflito, de Ellen White. Você ficará maravilhado e confortado. Para baixar gratuitamente pela internet o livro em inglês, espanhol, francês ou português, como também o guia de estudos, visite a página (thegrea-thope.org). Para outros idiomas, acesse (egwwritings.org) e procure pelo livro The Great Controversy.

Unidos a EleMesmo que já tenham se passado

mais de dois mil anos desde que Jesus caminhou pelas estradas empoeiradas da Palestina, nada realmente mudou na Terra. As nações ainda oprimem outras nações. Jovens e velhos ainda adoecem e morrem. O crime ainda assola o pla-neta. As pessoas ainda buscam posições vantajosas. Amigos, inimigos, nossos queridos, ainda brigam. Deus, no entanto, é o mesmo hoje como era no passado. Ele ainda está em Cristo, esten-dendo Sua mão reconciliatória, curando feridas, recuperando vidas quebradas, oferecendo a cada um de nós a oportu-nidade de estar unido a Ele.

Algum dia, muito em breve, os anjos aparecerão no céu mais uma vez, como fizeram há muito tempo sobre as colinas de Belém – desta vez não para anunciar o nascimento de um bebê, mas para acompanhar o Rei que está vindo em Sua glória para levar Seu povo ao lar celestial. ■

Ted N. C. Wilson é presidente da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Batoka, Zâmbia

Não há Igreja Adventista do Sétimo Dia em Batoka. Um grupo de jovens da principal igreja de Dambwa, 200 quilômetros ao sul da cidade de Livingstone, resolveu mudar esse quadro. Desafiados pelo seu diretor, Webster Silingwe, os jovens viajaram para Batoka e realizaram

campanha evangelística, resultando numa igreja debaixo de uma árvore.

O ministério Maranatha e a ASI (Federação dos Empresários Adventis-tas da América do Norte) fizeram uma parceria para transformar essas “igrejas sob árvores”, tantas quanto possível, em templos, na África. Batoka recebeu uma das primeiras Igrejas de Um Dia, na Zâm-bia. A nova igreja de Batoka construída pelos jovens evangelistas, foi aberta para os cultos em fevereiro de 2011.

No dia 29 de agosto deste ano, a equipe do Maranatha foi até lá para ver o que estava acontecendo. O que encontramos foi incrível.

Na quarta-feira à tarde, a líder das Dorcas (Assistência Social) já estava lá, preparando-se para dirigir um curso oferecido pelo departamento, naquela noite. Outras quatro mulheres também estavam lá, ajudando a planejar a inicia-tiva de serviço para a comunidade.

A igreja tem um novo piso de concre-to, paredes de tijolinho à vista, janelas de catedral esperando por vidro e uma plataforma adicional preparada com telhado de painéis de aço. Os membros assumiram totalmente o cuidado do prédio e transformaram a Igreja de Um Dia em um centro de adoração a Deus.

Quando chegamos, fomos recebidos por dois jovens derrubando os blocos que haviam colocado na entrada da igreja.

“Finalmente o chão está seco e pronto para a reunião desta noite”, esta será a primeira reunião sobre o concreto!”, disseram orgulhosamente.

Os jovens construtores não são membros da congregação de Batoka, mas vieram do “outro lado do grande mercado” para ajudar os membros a assentar os tijolos e preparar o chão.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia em Batoka, Zâmbia, levanta-se como um farol na estrada Livingstone-Lusaka. Uma congregação “dirigida por jovens”, que está crescendo e brilhando mais e mais a cada dia.

A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services e Industries (ASI) [Federação de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por meio de Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” do Maranatha.

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DA ÁRVORE PARA A IGREJA: Da série evangelística dirigida por jovens, embaixo de uma árvore, os adventistas em Batoka têm agora um bonito templo para adorar.

AJUDA DE LONGE: Jovens de outra vila ajudam na construção.

PRONTAS PARA O TREINAMENTO: Mulheres da Sociedade de Dorcas se

reúnem para planejar iniciativas de ajuda à comunidade, antes mesmo da igreja estar

completamente construída.

Igreja de Um Dia

10 Adventist World | Dezembro 2012

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O câncer é uma das principais doenças em todo o mundo. Estima-se que só em 2008 houve

cerca de 13 milhões de novos casos e 7,6 milhões de mortes. Esses índices estão muito acima dos de 2003, quando o Relatório sobre o Câncer da Organização Mundial de Saúde registrou cerca de de 10 milhões de novos casos e 6 milhões de mortes.1

Nenhuma região do mundo está livre do câncer. Os índices padronizados por idade permitem a identificação de determinadas variações geográficas, mas nem todos os dados são da mesma qualidade. Generalizações, entretanto, muitas vezes podem ser feitas com algum grau de confiabilidade.

As diferenças regionais nos índices de câncer são bastante distintas. Os índices nos Estados Unidos são altos, aproximadamente 334 casos de câncer para 100 mil pessoas. A Austrália e a Nova Zelândia com 356,8 para 100 mil pessoas possuem a pior estatística. O norte da Europa com 303,5 e a Europa Ocidental com 337,4 para cada 100 mil também apresentam altos índices. O risco de morrer em consequência de um câncer é ainda maior na Europa Central e Oriental. O índice de câncer nas mulheres dessas regiões também é alto, particularmente o câncer de mama.

A menor incidência de câncer ocor-re na região central e oriental da África, sul e centro da Ásia (homens), e centro e norte da África (mulheres).2

Nas sociedades afluentes as mulheres sofrem com a alta incidência do câncer, geralmente relacionado ao fumo e a outros fatores associados ao estilo de vida ocidental.

Nos países em desenvolvimento 25% dos tumores estão associados a infecções crônicas como a hepatite B (câncer de fígado), o vírus do papiloma humano (câncer cervical) e o Helicobac-ter pylori (câncer de estômago).

Em alguns países ocidentais tem havido um declínio no índice de mor-talidade pelo câncer, porque há menos fumantes. O câncer de pulmão é o mais comum em todo o mundo, seguido pelo câncer de mama e de cólon.

As mortes por câncer são mais comumente relacionadas ao câncer de pulmão, estômago e fígado. O aumento da população mundial é o maior responsável pelos resultados estatísticos da doença.

Devido alguns tipos de câncer serem mais sensíveis ao tratamento – como por exemplo, o de mama, próstata e útero/cérvix – causam a morte em ape-nas uma minoria de pacientes afetados.

Causas do Câncer Muitos fatores influenciam a

prevalência do câncer humano. Eles variam desde agentes indutores, ou cancerígenos, às infecções crônicas, fatores dietéticos e o estilo de vida, o consumo de álcool e susceptibilidade genética. Cerca de 20% dos cânceres

estão associados a infecções crônicas.Os agentes cancerígenos mais

perigosos para o ser humano são: o fumo, o amianto, as aflatoxinas e a luz ultravioleta.

FumoO hábito de fumar está irrefutavel-

mente associado ao câncer de pulmão. Menos reconhecida está a associação do fumo com o câncer de laringe, pâncreas, rins, bexiga e – associado ao álcool – de boca e esôfago.

A idade em que a pessoa começa a fumar afeta a incidência do câncer. Adultos com idade de 55 e 64 anos que fumam entre 21 a 39 cigarros por dia e começaram a fumar antes dos 15 anos, são três vezes mais propensos a morrer de câncer de pulmão do que os que começaram após os 25 anos.

Certas variedades de fumo (por exemplo, o fumo preto) podem ser mais perigosas do que outras, mas não existe fumo que não seja perigoso.3

ÁlcoolO Relatório Mundial sobre o Câncer

de 2003 colocou o álcool como o segun-do entre as causas da doença. O grande consumo de álcool causa câncer da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e fígado, e aumenta o risco do câncer de mama, cólon e reto. Uma relação casual entre o álcool e o câncer de cólon e reto também é fortemente sugerida, e o risco de câncer na cabeça e pescoço em

Por Allan R. Handysides

MundoQual é a realidade na sua região?

Câncer

A R T I G O E S P E C I A L

O

no

Dezembro 2012 | Adventist World 11

Page 12: AW Portuguese 2012-1012

A R T I G O E S P E C I A L

práticas de esquentar e cozinhar. O va-por do óleo quente pode provocar tais cânceres, bem como a fumaça do com-bustível de sua fonte de aquecimento.7

■ Poluição da Água – que pode ser combatida com aplicação de cloro para reduzir os problemas virais e bacterianos. Contudo, o processo de cloração pode produzir subprodutos do cloro que são prejudiciais. Estudos sugerem uma relação casual entre a água clorada e o câncer de bexiga.8 Água contaminada é fonte de exposi-ção ao arsênico, que está relacionado ao câncer de pele, pulmão e de outros órgãos. Altos níveis de arsênico foram encontrados em água potável em várias áreas da Argentina, Bangladesh, Chile, Índia, México, Mongolia, Taiwan, Alasca e outras partes dos Estados Unidos.9

Contaminação de Alimentos Não apenas o ambiente, mas tam-

bém os alimentos podem ser contami-nados. Até os alimentos naturais podem estar infectados com fungos naturais que podem produzir toxinas como as

grandes consumidores de álcool é cerca de cinco a dez vezes mais alto do que nos abstêmios.

O risco é correlato à quantidade de consumo do álcool. Mudanças nos padrões de consumo sugerem aumento nos países menos desenvolvidos e dimi-nuição nos países mais desenvolvidos. Entretanto, o efeito cancerígeno do há-bito de beber é igualmente subestimado.

Estima-se que o álcool cause 3% de todos os cânceres (4% em homens e 2% em mulheres). É certo que, além dos efeitos cancerígenos, o álcool está associado a uma abundância de outros problemas.

Exposição Ocupacional Algumas indústrias expõem seus

funcionários a uma variedade de produtos químicos. A primeira causa do câncer ocupacional foi identificada no século dezoito, entre os limpadores de chaminés, que desenvolviam câncer escrotal.4 Atualmente, há cerca de 25 substâncias químicas, ou grupos de produtos químicos, cuja exposição ocu-pacional foi considerada como de risco cancerígeno.

Nos países desenvolvidos tais riscos foram eliminados, especialmente por amianto, sílica cristalina e metais pesados , mas há materiais perigosos

que provavelmente sejam cancerígenos e elevam o total para cerca de 50 produtos químicos potencialmente cancerígenos. A consciência de tais perigos é útil para assegurar a vigilância e regulamentação de tais indústrias.

Alguns agentes ocorrem no meio ambiente geral, como o vírus da hepati-te B e C crônicas, aflatoxinas, radônio e radiação solar. A fumaça do diesel tem sido associada ao câncer de pulmão e de bexiga.

Poluição do Ambiente O meio ambiente com seu solo,

água e ar poluídos é responsável por mais de 4% de todos os cânceres.5 O “ambiente” que criamos fumando, consumindo álcool, fatores dietéticos, falta de exercício e excessiva exposição ao sol pode estar relacionado à maioria dos cânceres humanos.6

As substâncias tóxicas e não ocupa-cionais às quais estamos expostos em nosso ambiente, são as seguintes:

■ Amiantos – uma das causas de câncer melhor documentada, espe-cificamente o mesotelioma. O pó de amianto pode contaminar não apenas o local de trabalho, mas ser transportado pela roupa do trabalhador e contami-nar sua residência.

■ Poluição do Ar – que inclui materiais de trabalho, não menos que a descarga dos veículos. Essas descargas podem conter produtos como o benzeno, tolueno, xileno e acetileno, todos cancerígenos conhe-cidos. As populações urba-nas correm maior risco do que as rurais. Índices muito altos de câncer de pulmão foram registrados em tra-balhadores não industriais morando em casas. Estudos mostraram que mulheres chinesas não fumantes, por exemplo, são expostas à poluição do ar dentro de casa devido às suas

milhões de pessoas no mundo, morreram de câncer em 2008, comparados aos 6 milhões em 2003.

7,6

Número de casos de câncer em 100.000 homens, em 2008:

356,8337,4

303,5334

Austrália/Nova Zelândia

Europa Ocidental

Estados Unidos

Norte da Europa

12 Adventist World | Dezembro 2012

Page 13: AW Portuguese 2012-1012

aflatoxinas. Resíduos de pesticidas tam-bém podem ser problemáticos.

Na África e Ásia, o crescimento de fungos e a produção de aflatoxinas são problemas reconhecidos. Animais que consomem tais alimentos, por sua vez, tornam-se problemáticos. Quando tal contaminação é por antibióticos, hormônios promotores de crescimento, pesticidas e metais pesados, podem ser concentrados na carne, leite ou ovos.

Os organoclorados, como o DDT, foram associados com a elevação do ris-co de cânceres pancreático e de mama, linfoma e leucemia. Tentativas para cor-relacionar bifenilos policlorados (PCB) com o câncer de mama mostraram-se conclusivas.10

Agentes Infecciosos e o Câncer Em 1896, Ellen White falou dos efei-

tos cancerígenos dos alimentos cárneos em testemunhos não publicados. Em 1905, ela falou que a carne estava “cheia de germes de tuberculose e câncer”.11 Em 1911, quando Peyton Rous publi-cou Transmission of Malignant New Growth by Means of a Cell-free Filtrate [Transmissão de Novo Crescimento Maligno por Meio de um Filtrado Livre de Células] foi estabelecida uma ligação entre uma infecção e o câncer na literatura científica.12 Somente nos anos 1980, os avanços na biologia mole-cular permitiram a detecção de ínfimas quantidades de um agente infeccioso em espécimes biológicos. Desde então, foram encontrados pelo menos oito vírus diferentes, quatro parasitas e uma bactéria que casualmente foram asso-ciados ao câncer.

A hepatite B e C e o vírus do papi-loma humano são transmitidos sexual-mente e pela contaminação do sangue. O vírus de Epstein-Barr também é transmitido pelo contato entre huma-nos, assim como a infecção pelo HIV. O vírus T-linfotrópico causa linfoma/ leucemia, e é igualmente transmitido pelo contato humano.

O herpesvirus humano 8 (HHV-8) tem sido associado ao sarcoma de Kaposi. A helicobacter pylori está asso-ciada com câncer de estômago. Parasitas do fígado das famílias Fluke, adquiridos pela ingestão de peixes crus ou mal cozidos, têm sido associados com câncer de fígado. Ainda não há evidência de que vírus de animais causem câncer em humanos, e o conceito de um “germe câncer” foi rejeitado pela literatura médica até o momento.

Dieta e Nutrição É estimado que cerca de 30% dos

cânceres humanos estão associados à dieta e à nutrição. A incidência de vários cânceres difere de acordo com a região do mundo. Há muitas causas potenciais de tais variações, mas o câncer de mama, cólon, reto, próstata, endométrio, ovário e pulmão são geralmente mais comuns nos países desenvolvidos.

A descoberta mais consistente é a associação da redução de vários tipos de câncer ao consumo de frutas e vegetais. O Estudo Adventista de Saúde endossa tais descobertas, particularmente mostrando que pessoas que consomem carne têm seu risco de câncer de cólon elevado em três a quatro vezes. Há uma associação consistente entre a carne vermelha (porco, boi ou carneiro) e carne processada, com o aumento dos riscos observados em muitos estudos.

O açúcar simples (mono e dissa-carídeos) pode estar associado com o aumento do câncer de cólon/reto. O alto teor de carbo-hidratos da dieta vegetariana, com seus carbo-hidratos complexos, aparentemente oferece efeito de maior proteção.

A gordura tem sido o foco da maioria das hipóteses entre os fatores dietéticos e o câncer. Estudos em relação às gorduras saturadas e poli- insaturadas ainda não produziram dados conclusivos, embora o óleo de oliva esteja associado à redução do risco.

Allan R. Handysides é médico ginecologista e diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Um Presente de Deus A mensagem adventista de saúde

sobre a alimentação saudável, exercício, ar puro, descanso e confiança em Deus é um presente que recebemos de nosso amoroso e misericordioso Criador, para nos ajudar a viver uma vida abundante e saudável enquanto esperamos Seu breve retorno. Vamos Lhe agradecer e O louvar por esse generoso presente. ■

1 Organização Mundial da Saúde,World Cancer Report 2008, www.iarc.fr/en/publications/pdfs-online/wcr/2008/. 2 International Journal of Cancer 127, no 12 (15 de dezembro de 2010), p. 2893-2917.3 Organização Mundial da Saúde, World Cancer Report 2003, p. 22-28.4 P. Pott, ed., Chirurgical Observations (London: Hawes, Clark and Collins, 1775).5 Harvard Report on Cancer Prevention, v. 1, “Cancer Causes and Control”, suppl. 7, S3-59.6 L. Tomatis, A. Aitio, N. E. Day, E. Heseltine, J. Kaldor, A. B. Miller, D. M. Parkin, E. Riboli, eds., Cancer: Causes, Occurrence, and Control, IARC Scientific Publication, no 100 (Lyon: IARC Press,1990). 7 “Carcinogens in Food: Priorities for Regulatory Action”, Human Experimental Toxicology, 15:739-746.8 “Chlorination, Chlorination By-products, and Cancer: A Meta-analysis”, American Journal of Public Health, 82:955-963; Drinking Water and Cancer, 8:292-308.9 Drinking Water and Cancer.10 Relevance to Human Cancer of N-Nitroso Compounds, Tobacco Smoke, and Mycotoxins, IARC Scientific Publications, no 105 (Lyon: IARC Press, 1991).11 Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver (Tatuí: Casa Publica-dora Brasileira), p. 313.12 Peyton Rous, in Journal of the American Medical Association, 56 (1911):198.

30%

Austrália/Nova Zelândia

Europa Ocidental

Estados Unidos

Norte da Europa

dos canceres estão relacionados à

dieta e

nutrição

Dezembro 2012 | Adventist World 13

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Por Martin G. Klingbeil

D E V O C I O N A L

A história sobre

a fé de uma família

14 Adventist World | Dezembro 2012

Era o vigésimo quarto dia após a perda de Bella, nossa pequena e fiel dachshund.

Nos últimos quinze meses, ela havia sido um alegre membro de nossa família, brincan-do com as crianças e bajulando minha esposa Thandi. Tínhamos planejado uma semana de férias com a família, e na noite anterior à viagem, uma irmã da igreja veio apanhá-la para cuidar dela durante nossa ausência. Ela já havia tomado conta da Bella antes, por isso ficamos surpresos ao ouvir o telefone tocar meia hora mais tarde e nossa amiga dizer que Bella havia fugido e, que não conseguia encon-trá-la em lugar nenhum. “Não tem problema”, disse minha esposa. “Vou aí para chamá-la; ela sempre me atende e vai voltar”. Mal sabíamos que aquele seria o início de várias buscas sem sucesso, lágrimas, esperanças frustradas que testariam a fé coletiva da família.

“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” (Mc 9:24, ARA)

Preciso esclarecer que moramos numa zona rural do Tennessee, EUA, perto da Universidade Adventista Southern (SAU). A área onde Bella desapareceu é cercada por infindáveis florestas, pontuada por pequenas casas, fazendas e propriedades – roça.

Três horas mais tarde, minha esposa retorna exausta, frus-trada, ansiosa e picada por mosquitos. Ela perambulou pela floresta até depois do por do sol, livrando-se das heras veneno-sas e dos grandes cães hostis, chamando pela Bella que, aparen-temente, entrou num espaço verde desconhecido, sem deixar rastro. O que havia acontecido? Tudo era muito estranho.

“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”Na manhã seguinte, muito cedo, voltei com Jonathan, meu

filho mais velho, ao local do desaparecimento de Bella. Cami-nhamos para cima e para baixo em busca do amado membro canino de nossa família. Retornando de mãos vazias, decidido a adiar nossa partida, telefonei para os abrigos de animais da área, imprimi cartazes de “Cachorro Desaparecido”, colei-os nos postes da rua e falei com os vizinhos da redondeza. Todos estavam alertas e orando, inclusive nossos três filhos, de 10, 8 e 4 anos. Como eu iria explicar para eles como Deus lida com nos-sas crises se Bella nunca mais aparecesse? A pergunta continuava a me importunar lá no fundo da mente quando, finalmente,

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Martin G. Klingbeil, com sua família e a completamente restabelecida Bella, mora em Collegedale, Tennessee, EUA, onde leciona arqueologia e estudos bíblicos na Southern

Adventist University.

Começo a imaginar sobre como iremos lidar com a perda da Bella.

Dezembro 2012 | Adventist World 15

saímos para a jornada de dez horas até o local de nossas férias. Todos estavam quietos no carro, o que não era comum.

“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”Três semanas se passaram desde que Bella desapareceu.

Voltamos de nossas férias e a casa parece vazia sem ela. Não mais orelhas compridas voando pelo quintal, não mais o latido amigo quando eu voltava do escritório, não mais o aspirador de pó permanentemente sob a mesa da sala de jantar, não mais o constante barulhinho seguindo Thandi ao redor da casa. A essa altura, os abrigos de animais já estão acostumados com nossas ligações e visitas; vamos repetidamente ao local onde ela desa-pareceu, nossa classe da escola sabatina está orando, – mas até agora, nada. Quais são as chances de um cachorrinho doméstico de 3,4 kg sobreviver na grande floresta do Tennessee? A pergun-ta aparece repetidamente durante nossos cultos em família.

Falamos dos pardais, dos cabelos contados de nossa cabeça, e do cuidado de Deus por todos (Mt 10:29, 30). Entretanto, após mais de três semanas, não sei se alguém em nosso círculo familiar conseguiria, agora, maior pontuação na escala da fé – certamente não seria eu. Começo a imaginar sobre como iremos lidar com a perda da Bella.

“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”Na manhã do vigésimo-quarto dia, Mathias, nosso

caçula, faz uma oração simples e honesta: “Senhor, por favor, ajuda-nos a encontrar a Bella”. Quando minha esposa me contou isso, fiquei emocionado – e preocupado com os efeitos que uma oração não respondida teria sobre sua tenra alma. Então, ao anoitecer o telefone tocou e minha esposa atendeu. Imediatamente a ouvimos dizer incredulamente: “Vocês a encontraram?” antes que fechasse a porta atrás de si para ouvir a ligação sem o barulho e interferência de quatro homens! Alguém, cerca de 1,5 km de onde ela fugiu, viu Bella procurando por comida ao redor de uma oficina no alto de uma colina na floresta. Em um segundo estávamos no carro, correndo para o local. A história foi, então, revelada: ela foi vista quase que diariamente ali, e, por acaso, um dos funcionários fez a ligação entre o cartaz feito à mão colado no poste em frente à sua garagem e o cachorrinho abandonado. Estamos tão felizes. Seria realmente ela? A descrição se encaixa e minha esposa saiu para a floresta mais uma vez chamando por ela enquanto fiquei com as crianças no carro.

“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”Vigésimo-quinto dia de nossa procura por Bella, e ela

ainda não está em casa. Após duas horas de procura naquela

noite e de ficar encharcados com uma chuva forte, voltamos para casa. Um sentimento de deixa pra lá, me invadiu. Seria só uma miragem? Alguém sugeriu que deveríamos tentar prendê-la, assim um bom amigo e eu construímos uma armadilha improvisada. À tarde, ambas as famílias se dirigiram uma vez mais rumo à floresta. Enquanto tentamos montar a armadilha, Thandi e as crianças varreram o bosque atrás da oficina chamando por Bella. De repente, há um som diferente em sua voz, e ao chegar mais perto, ouvimos as tão esperadas palavras: “Achei! Achei a Bella!” Todo mundo se amontoou e ali está ela: uma pequena bola de pelo nos braços de Thandi, cheia de pulgas e carrapatos, só pele e osso, com uma crosta de sangue cobrindo seu peito, olhar de muita dor, mas é nossa Bella. Inequívoca e milagrosamente! Esse é um momento em que acontece tudo ao mesmo tempo: lágrimas e risadas, ansiedade e alívio, dúvidas e uma fé nova e fortalecida. Nosso cachorrinho está em casa.

“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”A ênfase nesse verso conhecido mudou: Eu creio!

Alegro-me com essa experiência de construção da fé em meus filhos, que estão começando a desenvolver seu relacio-namento com Cristo. Mas isso não é em relação à pedagogia cristã, é em relação a mim. Meus pensamentos se desviam de cachorros perdidos para as ovelhas perdidas e, finalmente, para as filhas e filhos pródigos. Os elementos estão todos aí: a perambulação pelo mundo hostil, a procura do pai, a devastação do filho, a espera torturante, o tão esperado retorno, e, finalmente, a feliz celebração enquanto um abraça o outro. Talvez a escala seja de 1:10 quando falamos de cães versus pessoas. Mas, para mim, isso tem um novo significado e é em relação ao pai. Foram 25 dias ou anos que ele passou olhando para a estrada sinuosa que levava à sua propriedade? Contra todas as racionalizações realísticas e cuidadosas com-pensações de minha falta de fé, há ali a impecável imagem de um pai inclinado sobre a janela, ainda esperando pelo retorno de seus filhos e filhas: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” ■

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O batismo é o ápice espiritual na experiência do converso e da grande comunidade da igreja.

É o testemunho público da aceitação de Jesus Cristo como Salvador pessoal e do compromisso de seguir as verdades bí-blicas. É, também, símbolo de uma nova direção na vida e, praticamente, significa que o batizando é agora membro do corpo de Cristo, que é Sua igreja (Ef 1:22, 23; 1Co 12:13). Nela, há ampla provisão de instrução, fortalecimento, proteção e organização dos seguidores de Jesus, de modo que estejam prontos a cumprir a

não foi assim que Paulo reagiu. De alguma forma, ele entendeu que Patrícia realmente se preocupava e queria que ele voltasse.

Nos últimos cinco anos, tenho sido o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Elmhurst, próximo a Chicago, EUA. Na vida pastoral já vi muita gente interagir com outras, fazer perguntas e ouvir pesso-as descrevendo como era sua vida e por que estavam envolvidas ou não na vida da igreja. Algumas dessas pessoas não frequentam mais sua congregação. Outros estão voltando depois de estarem fora por algum tempo.

“Onde você esteve durante todos esses anos?” Perguntou Patrícia, olhando firmemente nos olhos de Paulo.1 Já fazia muito tempo – quase três décadas. Paulo havia sido um recém-converso muito entu-siasta, mergulhado na vida da igreja. En-tretanto, por algum motivo, ele se afastou. Com o tempo se desligou e, mais tarde, a igreja não sabia de seu paradeiro.

Algumas pessoas teriam se ofendido com essa pergunta, de certo modo indiscre-ta. Para outros, teria soado arrogante como que dizendo: “Olha, eu me porto corretamen-te. O que há de errado com você?” Porém,

Gostaria que todas as igrejas pudes-sem fazer algum tipo de pequenas mudan-ças que resultassem no retorno dos que saíram. Mas, não é muito fácil. É verdade que há coisas que podemos fazer para que nossas igrejas possam ser visitadas com segurança, especialmente para os que estão voltando. Mas essa é apenas parte da história. Cada pessoa é diferente. O que atrai um indivíduo afasta outro. Con-versando com ex-membros fiquei assus-tado ao ouvir nomes específicos listados como motivo para permanecer fora da igreja. E, em seguida, encontrar outras pessoas que listam os mesmos nomes como razão para não retornar.

Um fator em comum entre aqueles que voltam para a igreja, são pessoas que se interessam pessoalmente com eles. Chiquita menciona que um casal “não a largava”. Ela se lembrou de contatos específicos dessas pessoas: telefonemas,

Por Glenn P. Hill

Eu estava perdido e fui achado

Longo CaminhoCasaOpara

Buscando aOvelha Perdida

16 Adventist World | Dezembro 2012

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A R T I G O D E C A PA

missão. Esse compromisso é para sempre. No entanto, como é desconcertante

quando ouvimos que certo membro da igreja, o corpo de Cristo, a abandonou, tornou-se inativo ou desapareceu. Isso tem acontecido com um número significativo de nossos membros. Nos últimos anos, como igreja, estivemos envolvidos com auditoria dos membros, comparando o número nos registros com o número real de membros. Uma Divisão da Associação Geral teve que declinar 240 mil pessoas do número total de seus membros porque muitos

do tema “Diga ao Mundo”, destacando três elementos diferentes: Primeiro, queremos priorizar o crescimento espiritual, o estudo bíblico e a oração ao nos achegarmos a Deus. Segundo, evidenciar nosso testemunho para o mundo, evangelizando-o. Finalmente, decidimos enfatizar o cuidado e a con-servação ao nos relacionarmos como irmãos. Infelizmente, muitas vezes, somos culpados por negligenciar esse terceiro tipo de atividade. Esse não é um problema apenas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas da comunidade

haviam desaparecido e não puderam ser encontrados.1 Louvamos a Deus quando encontramos novas pessoas que desejam se comprometer com Jesus Cristo e a verdade revelada nas Escritu-ras. Todavia, quando as pessoas se unem à igreja, necessitamos urgentemente de ministros para mantê-las no abrigo onde a família de Deus comunga com Jesus Cristo e uns com os outros.

Crescimento Saudável A Igreja Adventista estruturou

recentemente suas atividades em torno

visitas à sua casa, cartões de aniversá-rio. Provavelmente, nada disso teria sido suficiente para trazê-la de volta. Juntos, porém, tiveram um efeito cumulativo.

É difícil para mim, dizer quando a pessoa “voltou”. Em minha igreja, isso acontece de forma muito variada. Algu-mas pessoas que nunca vieram à igreja passaram a vir ocasionalmente. Outras

frequentam a igreja com certa regularida-de, mas não estão muito envolvidas com a vida da igreja. Alguns estão ativamente fazendo a diferença na vida de pessoas necessitadas. Para eles, isso é curativo depois de anos de distância. Outros que voltaram, envolveram-se tão ativamente a ponto de tornarem-se líderes da igreja.

Uma coisa está clara, não existe apenas um caminho de volta para a igreja. Também não é algo que acontece após alguns ajustes simples ou por um contato pessoal. Provavelmente, não haja programa específico que traga todas as pessoas de volta para nossa igreja. Há, no entanto, algumas realidades básicas que fazem grande diferença no resultado.

Talvez a maior dessas realidades seja a preocupação genuína pelo indivíduo ou família que está fora. Isso é algo que não dá para fingir. Se eu finjo querer que você esteja aqui, você vai perceber que não

é genuíno. Outra realidade é um contato significativo. Isso pode ser expresso de diversas maneiras nas diferentes culturas. Em nossa igreja inclui abraços, beijos, te-lefonemas, visitas pessoais, cartas, e-mails ou mensagens de textos. E por trás de tudo isso está a “arma secreta” de Deus. Todos os dias eu oro por essas pessoas. O Espírito Santo pode ir onde eu não posso. Ele pode fazer verdadeiros os meus motivos, de modo que não preciso “fingir”. ■1 Alguns nomes foram mudados.

Eu estava perdido e fui achado

Glenn P. Hill é pastor das igrejas de Elmhurst e Naperville, Illinois, EUA. Atualmente, está fazendo

pesquisa para o curso de mestrado em divindade, com ênfase em conservação e recuperação de membros.

Buscando aOvelha Perdida Por Benjamin D. Schoun

Dezembro 2012 | Adventist World 17

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Cristã em geral, como foi observado por Michael Green, renomado professor de teologia e líder de igreja: “Há poucas áreas na igreja cristã onde falhamos tão catastroficamente como a de cuidar dos recém-conversos.”2

A necessidade de cuidar, ou de fazer discípulos fortemente comprometidos, começa no momento em que a pessoa é batizada. “As pessoas”, acrescenta Green, “precisam de muita ajuda nesse divisor de águas de sua vida quando se entregam a Cristo, mas estão muito confusas com o que fizeram e incertas sobre o que vai significar viver como discípulo em um mundo que tem pouco tempo para Ele. Precisam de informação. Precisam de incentivo. Precisam ser guiados a uma comuni-dade de cristãos. Precisam conhecer pessoas da igreja. Precisam de ajuda para desenvolver uma vida devocional. Precisam construir o hábito de fazer culto e saber o que estão fazendo. Pre-cisam aprender a razão da esperança que possuem. Precisam ser nutridos

109.889 em 1995.1 Infelizmente, com o pas-sar do tempo, a taxa de crescimento dimi-nuiu, mas não o número dos que saíam.

O desafio da conservação se tornou parte da vida da Divisão Euro-Asiática (ESD).

Por que Eles Saem? Muitos fatores podem contribuir para

a apostasia, como também para a conser-

vação. Associado a outros estudos, o Ins-tituto de Missiologia da ESD realizou pes-quisa em 2007 visando à conservação de membros. Baseado na opinião expressa por pastores e administradores, público alvo da pesquisa, o fator mais importante da evasão é a falta de amigos ou número limitado de amigos na igreja. O segundo e o terceiro fatores são a preparação ina-dequada para o batismo, especialmente durante as campanhas públicas e o não envolvimento no ministério e na vida da igreja. Os motivos a seguir também foram mencionados: influência ou perseguição de parentes e amigos; falta de cuidado pastoral; falta de igrejas com sedes pró-prias; frequente troca de locais alugados; dificuldades com a guarda do sábado; combinação de religião e tradições locais; crise econômica e instabilidade.

Quando perguntado aos pesquisados qual seria a melhor maneira de manter os

pela Palavra[...] Precisam de alguém que cuide deles e que os ajude a supe-rar os primeiros obstáculos. Precisam de exemplos de vida cristã para que imitem. Precisam, acima de tudo, de ser amados.”3

Lyle Schaller, outro autor que pesquisa essa área tão importante, destaca que as igrejas tendem a ter dois círculos: o círculo dos membros e o da comunhão. Ao se unir à igreja, as pessoas automaticamente se tornam parte do círculo dos membros. Isso, porém, não significa que automatica-mente também são parte do círculo da comunhão. No círculo da comunhão, as pessoas conhecem umas às outras e têm forte senso de ser parte de algo. A maioria dos líderes é resultado desse círculo. Eles se referem à igreja usando pronomes como “nós” e “nosso”. Infelizmente, há muitos membros que não se sentem parte do círculo da comunhão e, em alguns casos, nem do círculo dos membros. Eles tendem a usar pronomes como “eles” ou “deles”.

A transição do círculo de membro para o da comunhão muitas vezes começa com um simples convite para participar em pequenos círculos nos quais as pessoas são mais diretamente envolvidas com as outras, estudando, partilhando nas tarefas do ministério ou em papeis de liderança. A pesquisa de Schaller sugere que é necessário ter seis ou sete grupos ou círculos para cada cem membros de 13 ou 14 anos de idade, ou mais velhos.4 Esse é um modo importante de integrar novos membros na igreja, fortalecê-los e conservá-los.

Alcançando Outros Às vezes, os membros mais antigos

desanimam, pois ouvem uma palavra áspera de outro membro, têm um conflito com um líder, enfrentam uma profunda crise pessoal, ou são vencidos pela tentação. Já não frequentam mais os cultos, resoluta e lentamente come-çam a deixar de participar ativamente na igreja. Esse deveria ser motivo de

Por Galina I. Stele

Após a queda da União Soviética, campanhas evangelísticas foram reali-zadas em todo o território da ex-União Soviética e pessoas foram batizadas aos milhares. No contexto dessas rápidas mu-danças econômicas e políticas o número de membros da Igreja Adventista do Sé-timo Dia, em apenas cinco anos, cresceu tremendamente de 37.388 em 1990 para

F H o t o : A d r i A n v A n l e e n

A R T I G O D E C A PA

de Volta Pela OraçãoTraga-os

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acabaram de se unir a nós, não devemos ignorar o poder da oração. O mesmo po-der que converte as pessoas, também as ajuda a ficar e ser ativas na igreja. Essa, realmente, é uma boa notícia. ■1 Galina I. Stele, “An Analysis of the Growth in the Euro-Asia Division (1985-1995) Leading to a Strategy for Developing Home Churches” (projeto do D.Min., Andrews University, 1996), p. 48.2 Ibid., “Разве я сторож брату моему??” [Sou Eu Guardador do Meu Irmão?], Alfa and Omega 2, no 30 (2009), p. 21, 22.3 Entrevista com B. G. Protasevich, “Opit Vostochno-Sibirskoi Unionnoi Missii” [Experiência da Missão do Este da Sibéria], Zhivaya Tzerkov 2 [Living Church 2], no 5 (2008), p. 15.

membros recém-batizados, as respostas continham os seguintes elementos importantes: manter o espírito missionário, envolvimento na igreja e nas atividades evangelísticas e sistema bem organizado de pequenos grupos. Outros fatores importantes também citados são a prepa-ração sólida para o batismo, desenvolvi-mento de amizades na igreja e a qualidade do culto. A visita pastoral foi citada por alguns como o fator que pode ajudar a desenvolver o discipulado dos novos membros.2

E a Oração? Há vários anos, algumas igrejas na

Sibéria (Omsk, Novokuznetsk e Tumen) tiveram uma experiência interessante. Seis meses antes do evento evangelístico via satélite, cada membro dessas con-gregações fez uma lista de oração. Antes da campanha, organizaram uma corrente

de oração de 24 horas que funcionou por quase dois meses: um mês pelo evange-lismo realizado por um evangelista local antes do evento, e outro pelo programa via satélite e reuniões de acompanha-mento. Como resultado, 90% dos candida-tos da lista de oração foram batizados.

Em Tumen o resultado foi semelhan-temente impressionante. Os membros da igreja começaram seu ministério de ora-ção nove meses antes do evento. Quando terminaram as reuniões 46 pessoas foram batizadas, sendo que 42 eram da lista de oração. Um irmão ficou particular-mente feliz: as três pessoas de sua lista –seu filho, esposa e mãe foram bati-zados! Mas o que dizer da conservação? Curiosamente, meses depois, 90% das pessoas batizadas nessas congregações permaneceram na igreja.3

Quando pensamos em recuperar aqueles que saíram ou manter os que

alarme e deveria estimular atividades do ministério que visem recuperar tais membros da “família”.

As Escrituras contêm exemplos e exortações sobre procurar e ajudar os que se desviaram da comunidade religiosa. Os livros dos profetas estão cheios de apelos para que o povo de Israel retorne a Deus. “Voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto” (Jl 2:12; cf. Os 12:6; 14:1; Nm 1:9; 2Cr 30:9).5 Jeremias escreveu: “Voltem, filhos rebeldes! Eu curarei a sua rebeldia” (Jr 3:22). O livro todo de Hebreus é um apelo aos judeus cristãos para não cairem outra vez na incredulidade. “Não endureçam o coração”. “Não abram mão da confiança de vocês”. “Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruí-dos, mas dos que creem e são salvos” (Hb 4:7; 10:35; 10:39).

Jesus contou três histórias centra-lizadas no perdido: as parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho perdido (Lc 15:1-32). As duas primeiras enfatizam a urgência de

procurar o perdido e recuperá-lo. A terceira parábola, do filho pródigo, enfatiza o entusiasmo de receber de volta o filho perdido e os esforços rea-lizados para tê-lo na família outra vez. O filho deliberadamente abandonou o abrigo espiritual da casa de seu pai. Mas, ele voltou e houve grande alegria quando isso aconteceu! Certamente, temos um mandado bíblico para pro-curar e receber os que já não estão na caminhada conosco.

Eu sei o sentimento de perda que sinto quando ouço que ex-membros ou alunos para quem dei aulas no seminá-rio já não fazem mais parte da família da igreja. Isso dói e tenho vontade de implorar para que retornem para Jesus. Embora reconheça sua liberdade de escolha concedida por Deus, sou desa-fiado a ter certeza de que não abando-naram a igreja por falta de amizade ou comunhão, ou por um mal-entendido ou porque foram feridos.

Paul Tompkins, diretor do Ministé-rio Jovem da Divisão Transeuropeia, fez

uma pesquisa com jovens que se torna-ram inativos em determinada igreja.6 Ele descobriu que o período crítico para o jovem permanecer ou deixar a igreja é entre os 15 e 20 anos de idade. Os amigos são a principal razão de os jovens apreciarem frequentar a igreja. Alguns citaram que certas atitudes de alguns membros da igreja, mais idosos e com mente tacanha, fizeram com que decidissem abandoná-la. Ao interagir com esses jovens que não estavam mais envolvidos na igreja, Tompkins desco-briu que 90% deles ainda se consideram cristãos. Cerca de 50% sentem que um dia poderão retornar à igreja de sua juventude.

Apenas um terço desses jovens ina-tivos havia sido batizado, sugerindo que não foram bem discipulados durante o período em que ainda estavam envol-vidos com a igreja. Tompkins concluiu: “É imperativo que os que estão inativos sejam acompanhados por alguém e não deixados que se desviem sem que sejam percebidos.”

Galina I. Stele é natural da Rússia e chegou recente-mente para trabalhar nos escritórios dos Arquivos

Estatísticos da AG, onde exerce a função de assistente de pesquisa e avaliação de programa. Galina e seu esposo Artur serviram na Divisão Euro-Asiática por muitos anos.

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A R T I G O D E C A PA

Bill Knott, editor chefe da Adventist World, entrevistou recentemente a G.T. Ng, secretário da Associação Geral, sobre a relação entre auditoria de membros e sua conservação na igreja.

Para muitos, a lista de membros é apenas estatística, não ministério. Em sua visão, como o fato de manter os registros atualizados torna-se um ministério capaz de ajudar e servir melhor nossos membros?

Em primeiro lugar, a auditoria dos membros e a conservação deles não são mutuamente excludentes. É muito importante ter isso em mente. A auditoria de membros é um exercício no qual usamos abordagem redentora para localizar os que estão desaparecidos. Existem três maneiras principais de perdemos membros: apostasia, falta de frequência à igreja e morte. Segundo, a auditoria de membros é um processo redentor. Precisamos localizar os membros ausentes. Nenhuma pedra deve ficar sem ser movida na busca para localizar aqueles que não vemos mais nos cultos. Isso pode significar publicar uma lista de nomes de membros desa-parecidos e fazer com que circule pela igreja local, distrito e provavelmente em todo o território da Associação e da União. Devemos trabalhar diligente-mente para averiguar seu paradeiro. Se mudaram para outras regiões, precisa-mos escrever para eles. Esse é um pro-cesso longo e tedioso, pois dependemos dos membros da igreja local. Terceiro, em relação aos que desanimaram, precisamos organizar nossos anciãos e

O Que Podemos Fazer? A Comissão de Cuidado e Conser-

vação está trabalhando com ideias para ajudar os membros a “alcançar” mais efetivamente os que já se tornaram ou estão no processo de se tornar inativos. Uma das maneiras mais simples, porém, mais efetiva de alcançar alguém é visitar os que não frequentam mais a igreja. Essa era a estratégia básica de um dos maiores evangelistas de nossa denomi-nação que visava a alcançar os pródigos. Fordyce Detamore visitou e visitou, e fez mais visitas àqueles que haviam deixado a igreja. Suas visitas trouxeram muitos de volta. Isso é algo que não necessita treinamento especial ou estu-dos avançados. Requer apenas grande dose de amor, paciência e a habilidade de ouvir.

A comunhão em pequenos grupos é a maneira mais contemporânea de cultivar relacionamentos e amizades. Eles podem ser grupos de estudo, grupos de amigos ou grupos de vários tipos de atividades. Cada novo converso necessita de, no mínimo, sete amizades na igreja para que ele ou ela seja bem assimilado. O objetivo principal da comunhão dos pequenos grupos é de-senvolver relacionamentos e a confiança nos recém-conversos ou nos que estão se tornando inativos.

Além desses relacionamentos, as pessoas precisam se envolver na vida da igreja. Devem receber uma responsabi-lidade. Sua participação no ministério da igreja nutre seu comprometimento de identificação com ela.

Há vários materiais auxiliares que estão disponíveis como ferramentas para cultivar o discipulado entre os novos membros. Um desses recursos se chama Growing Fruitful Disciples [Cultivando Discípulos Frutíferos], preparado pelo Departamento de Escola Sabatina da Associação Geral.7 Outra iniciativa é Churches of Refuge [Igrejas de Refúgio], lançado pelo Centro para Evangelismo Jovem. Eles procuram nutrir com segurança, amor e aceitação espiritual comunidades que acolhem os jovens.8 Um curso acadêmico:

“Discipulando, Cuidando e Recuperan-do”, será oferecido em muitos de nossos colégios e seminários para ajudar futu-ros pastores, líderes de igreja e membros a estarem atentos às necessidades, estratégias e recursos para essa área.9

Ao começarmos a anotar aqueles que deixaram a igreja, Ellen White tem as seguintes palavras de exortação e incentivo: “Procure os [pródigos], os que um dia conheceram o que era a religião, e lhes ofereça uma mensagem de misericórdia. A história do amor de Cristo tocará o mais profundo de seu coração. Cristo atrai os seres humanos a Si mesmo com o sentimento de que Deus O deixou descer do Céu para salvar a raça humana.”10 Que privilégio ter um vislumbre da alegria que invade o Céu quando uma filha ou filho pródigo retorna. ■

1 Parte desse número foi devido à falta de atualização dos registros das pessoas que morreram. Outros se mudaram e se uniram a outra igreja adventista por profissão de fé ou rebatismo, resultando em duplicação de dados.2 Michael Green, Evangelism Through the Local Church: A Comprehensive Guide to All Aspects of Evangelism (Nashville: Thomas Nelson, 1992), p. 292.3 Ibid., p. 293.4 Lyle E. Schaller, Assimilating New Members (Nashville: Abingdon, 1978), p. 67-98.5 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Inter-nacional. Usado com permissão. Todos os direitos reservados.6 Paul Tompkins, “Never Give Up”, Leadership Development Journal, Divisão Transeuropeia (maio de 2012), resumo das conclusões de sua pesquisa para o D.Min; “Bringing Home Our Adventist Prodigals: A Strategic Plan to Reclaim Youth in the Trans-European Division”, Ibid., (projeto do D.Min., Andrews University, 2009).7 Visite a página www.growingfruitfuldisciples.com para mais informação.8 Visite os seguintes Web sites: www.cye.org/cor/about.html. Para Europa: www.churchofrefuge.eu/. Facebook page: http://www.facebook.com/CYECOR.9 Recursos adicionais dedicados ao ministério da recuperação incluem os seguintes sites, que são mantidos independentes, mas compostos por membros da Igreja Adventista: www. creativeministry.org/article/67/store/reconnecting-ministries, parte do CreativeMinistry, refletindo o trabalho de Paul Richardson e outros. Operação Reconexão é um site operado por Mike Jones. O próprio Jones passou pela experiência de sair da igreja e voltar. O site lista livros, DVDs, um blog, e outras ideias e materiais, e pode ser encontrado em www.reconnectnow.org10 Ellen G. White, em General Conference Bulletin, 12 de abril de 1901. Ellen White usou a palavra “apóstatas” comumente usada então. Hoje, evita-se essa palavra, por ser considerada ofensiva.

Benjamin D. Schoun é vice-presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo

Dia. Ele e sua esposa, Carol, moram em Laurel, Maryland, EUA.

Revisão da Se cretaria,

Processo Redentor

20 Adventist World | Dezembro 2012

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diáconos para visitá-los regularmente, resgatando-os, porque na verdade se perderam duas vezes: uma antes de virem a Cristo e outra após se unirem à Sua igreja. Se, porventura, após um ano de contínuos apelos, disserem: “Não, não me incomodem”, então temos que dizer: “Meu irmão, ou irmã, você sabe que as portas da igreja estão sempre abertas. Os braços do Pai estão sempre abertos. Se um dia você quiser retornar à igreja, será sempre bem-vindo. Pode-remos rebatizá-lo e restaurar seu nome. Mas, agora, após um ano de trabalho, precisamos remover seu nome do livro de membros.”

Sua sugestão é que o processo de auditoria motive a igreja para ir e procurar os que estão perdidos?

Sim, e muitas Uniões em todo o mundo estão descobrindo isso. Seus líderes dizem: “Veja como fizemos o evangelismo. Não fizemos um bom tra-balho. Veja o número de membros de-saparecidos. Estamos sendo negligentes em nossa responsabilidade de nutrir e conservar espiritualmente essas pessoas. Precisamos trabalhar melhor.”

Realmente. Então, não é apenas uma questão de registro, certo? É para motivar a igreja a fazer evangelismo e cumprir melhor a missão. Como esse ministério está ligado com o processo de reavivamento e reforma?

Como poderia não estar? Não podemos fugir disso. Ao fazer a auditoria, compreenderemos que o acompanhamento deve ser parte do evangelismo. No passado, frequente-mente após o término do evangelismo, não fazíamos nenhum acompanhamen-to. Temos que usar uma metodologia melhor e mais produtiva. Como alguns países sul-americanos, ao incentivar o ministério dos pequenos grupos, descobriram que conseguem melhor porcentagem de sucesso na conservação de membros após o batismo porque esses indivíduos já foram incorporados á igreja antes de se batizar.

Pode ser que em alguns lugares tenham medo de fazer a auditoria por temer que de alguma forma isso afete sua reputação?

O medo é substancial em algumas regiões, mas tenho boas notícias. Em muitas partes do mundo o medo já está desaparecendo. A África Ocidental está “pegando o boi pelos chifres”. Eles são muito sérios. Essa é também uma questão ética. Quando apresentamos os relatórios estatísticos, podemos atestar que os números são reais.

Esse processo é contínuo ou, na sua opinião, deve ocorrer a cada três ou cinco anos?

Esse é um projeto para longo prazo, porque nos últimos sessenta anos não foram feitas auditorias na vida da Igreja. Penso que serão necessários mais que três ou cinco anos para conseguirmos um registro preciso. Além disso, penso que os mais resistentes são os próprios administradores, pois a representação nas reuniões constitucionais (assem-bleias) depende do número de membros. Soubemos que alguns secretários ouviram de seus presidentes: “Não faça nada; não quero que a auditoria de membros seja realizada no meu quinquênio.”

Quando a igreja está envolvida ativamente nas etapas descritas aqui, saindo e encontrando os desapareci-dos, convidando-os a retornar, essa atividade traz algum benefício espiritual para os próprios membros?

É por isso que esse processo faz par-te do reavivamento. Estão preocupados com as pessoas. Temo que, infelizmente, muitas vezes, somos culpados por infanticídio. Abandonamos o bebê para que nade ou se afogue, e ele irá morrer. Ignoramos nossa responsabilidade e isso é crime. As Escrituras nos chamam a “crescer em Cristo”. Isso significa ajudar um ao outro, cuidar uns dos outros, manter-nos espiritualmente responsáveis. ■

Revisão da Se cretaria,

Processo Redentor

G. T. Ng

F o t o : s A n d r A b l A C k M e r Dezembro 2012 | Adventist World 21

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Jesus nunca existiu. Essa era a ideia dominante na ex-União Soviética ao longo do século vinte. A liderança do país levou tão a sério essa ideia que argumentos contra a

existência de Jesus faziam parte dos livros didáticos das esco-las e universidades.

Hoje, essa visão está longe de ser dominante, uma vez que nem céticos nem críticos ou estudiosos da Bíblia puderam refutar a riqueza das evidências sobre a existência de Jesus.1 Mas o debate sobre quem Ele foi, realmente nunca foi tão intenso como é agora. A última década assistiu a um aumento significativo de controvérsias a respeito de Jesus. Em 2003 e 2005 foi O Código Da Vinci de Dan Brown; em 2006, o Evangelho Perdido de Judas; em 2007, O Túmulo Perdido de Jesus; em 2012, O Mistério da Ressurreição na Tumba. Para o crente, pode ser fácil rejeitar todas essas controvérsias como ruído sem sentido vindo do mundo descrente, mas é crucial entender como realmente estas afirmações são imprecisas. Enquanto a maioria das pessoas e estudiosos parece con-

cordar que Jesus de fato existiu, há muita discussão sobre a questão fundamental quem era Ele realmente.

Jesus É DeusA questão principal para o cristão é se Jesus realmente era

Deus. Alguns dizem que Ele era um sábio2, outros opinam que Ele era um profeta apocalíptico3, outros ainda dizem que Jesus era o Salvador.4 Há até estudiosos da Bíblia que afirmam que os próprios Evangelhos apresentam impedimentos à interpretação de que Jesus era divino. Os céticos apontam para o fato de que nos primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) Jesus nunca afirmou ser Deus, explicitamente. Eles afirmam que o conceito da divindade de Jesus foi uma inven-ção cristã posterior que só pode ser encontrada no Evangelho de João (Jo 8:58; 10:30; 20:28), que foi escrito muito depois dos outros três Evangelhos.5 Eles, então, estão certos? É a divindade de Jesus simplesmente uma invenção dos fundadores da igreja primitiva?

Deus, o Filho Eterno, encarnou-Se em Jesus Cristo. Por meio dEle foram criadas todas as coisas, é revelado o caráter de Deus, efetuada a salvação da humanidade e julgado o mundo. Sendo para sempre verdadeiramente o Cristo. Foi concebido do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria. Viveu e experimentou a tentação como

ser humano, mas exemplificou perfeitamente a justiça e o amor de Deus. Por Seus milagres, manifestou o poder de Deus e morreu voluntariamente na cruz por nossos pecados e para ministrar no santuário celestial em nosso favor. Virá outra vez, em glória, para o livramento final de Seu povo e a restauração de todas as coisas. (Jo 1:1-3, 14; Cl 1:15-19; Jo 10:30; 14:9; Rm 6:23; 2Co 5:17-19; Jo 5:22; Lc 1:35; Fl 2:5-11; Hb 2:9-18; 1Co 15:3, 4; Hb 8:1, 2; Jo 14:1-3.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do 7o Dia, No 4

Por Oleg Kostyuk

Mentiroso, Lunático, ou Senhor?

N Ú M E R O 4

Deus Filho

22 Adventist World | Dezembro 2012

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que alguém diga a grande tolice que muitas vezes as pessoas dizem sobre Ele: ‘Eu estou pronto para aceitar Jesus como um grande professor de moral, mas não aceito a Sua pretensão de ser Deus’. Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que era apenas um homem e dissesse o tipo de coisas que Jesus disse, não seria um grande professor de moral. Ou seria lunático, no mesmo nível de um homem que diz que é um ovo cozido, ou então seria o diabo do inferno. Você deve fazer a sua escolha. Ou esse Homem era e é o Filho de Deus, ou é louco ou algo pior. Você pode tomá-Lo por tolo, pode cuspir nEle e matá-Lo como a um demônio, ou pode cair a Seus pés e chamá-Lo Senhor e Deus. Mas não vamos condes-cender com o disparate de que Jesus foi um grande mestre humano. Ele não deixou para nós essa abertura, e nem tinha essa intenção.»6

Vivemos no mundo em que pessoas muito inteligentes e instruídas afirmam que Cristo não era mais que um mestre sábio e, só mais tarde, foi considerado “divino” por Seus seguidores. No entanto, vemos que desde o primeiro relato da vida de Jesus há referências claras e evidentes da Sua divindade. Se Deus (em Jesus) estava disposto a vir e nos resgatar, a única coisa que podemos fazer é nos dar a Ele em troca – coração, imperfeições, tudo. Seu sacrifício expiatório é a única esperança. Sua presença enche o vazio deixado em nosso coração após Adão e Eva ouvirem a serpente. Sua vitória será nossa. ■1 Há pelo menos oito fatos incontestáveis sobre Jesus: (1) Jesus foi batizado por João Batista; (2) Jesus era um galileu que pregou e curou; (3) Jesus chamou os discípulos e falou que haveria 12; (4) Jesus limitou Sua atividade a Israel; (5) Jesus Se envolveu em polêmica sobre o Templo; (6) Jesus foi crucificado fora de Jerusalém pelas autoridades romanas; (7) depois de Sua morte, Seus seguidores continuaram como um movimento identificável; (8) pelo menos alguns judeus perseguiram partes do novo movimento (Gl 1:13, 22;. Fl 3:6), e parece que essa perseguição durou pelo menos até perto do final da carreira de Paulo (2Co 11:24; Gl 5:11; 6:12; cf. Mt 23:34; 10:17). Cf. E. P. Sanders, Jesus and Judaism (Minneapolis: Fortress Press, 1985), p. 11.2 Estudiosos que sugerem esse ponto de vista: John Dominic Crossan, Robert Funk, Burton Mack e Stephen J. Patterson.3 Bart Ehrman, Paula Fredriksen, Gerd Lüdemann, John P. Meier e E. P. Sanders aderiram a essa teoria.4 Entre os representantes da teoria de “Jesus, o Salvador” estão: Luke Timothy Johnson, Robert H. Stein e N. T. Wright.5 Bart D. Ehrman, Jesus, Interrupted: Revealing the Hidden Contradictions in the Bible (and Why We Don’t Know About Them) (New York: Harper Collins, 2009), p. 249.6 C. S. Lewis, More Christianity (New York: Macmillan, 1952), p. 40, 41.

Oleg Kostyuk, natural da Ucrânia, é escritor e apresentador do Cross Connection, programa semanal com ênfase no Evangelho do Novo Testamento e transmitido, ao vivo, pelo Hope

Channel (TV Adventista Mundial). Ele mora com a esposa Júlia em Colúmbia, MD, (EUA). Seu programa pode ser assistido todas as terças-feiras pelo site hopetv.org/crossconnection.

Mentiroso, Lunático, ou Senhor?O Evangelho segundo Marcos é geralmente considerado

como o primeiro relato escrito da vida de Jesus. Desde o seu início, podemos ver reivindicações claras de que Jesus era de fato Deus. Marcos 2 conta a história de Jesus curando o paralítico. O que é interessante notar nesta história é que Jesus não apenas cura o homem, mas perdoa os seus pecados. A reação do público a esta declaração é notável: “Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?” (Mc 2:7, NVI). Os que testemunharam esse ato sabiam que o perdão dos pecados é uma prerrogativa somente de Deus. Mas aqui Jesus claramente demonstrou a Sua divindade, com palavras e atos. No mesmo capítulo, Jesus continua a declarar que Ele é “o Senhor do sábado” (Mc 2:28). Essa realmente foi uma declaração ousada. Até o próprio Deus respeitou o sábado; e em declarações como esta, Jesus foi Se colocando em situação de igualdade com Deus.

No capítulo seguinte, encontramos outro exemplo claro da divindade de Jesus. Os escribas acusaram Jesus de expulsar demônios por Belzebu, príncipe dos demônios (Mc 3:22). A resposta de Jesus, porém, apresenta outra pretensão divina: “De fato, ninguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali os seus bens, sem que antes o amarre. Só então poderá roubar a casa dele” (verso 27, NVI). Satanás é o homem forte deste mundo, mas Jesus é mais forte e libera os reféns do cativeiro satânico. Só Deus tem autoridade para confrontar Satanás.

Uma leitura cuidadosa dos primeiros capítulos do primeiro relato do Evangelho sugere que (1) Jesus tinha autoridade para perdoar pecados, (2) Ele era o Senhor do sábado, e (3) Ele tinha autoridade sobre Satanás. Todas essas características são de Deus e somente de Deus.

Talvez C.S. Lewis tenha se expressado melhor em seu livro Cristianismo Puro e Simples: “Estou tentando evitar

Dezembro 2012 | Adventist World 23

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Por Stefan Serena

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

24 Adventist World | Dezembro 2012

A vida de Ellen White foi notável em vários aspectos. Deus lhe permitiu ver e experimentar a história do universo, em primeira mão – apresentando vislum-

bres, ainda que detalhados, do Céu e da Terra, da batalha entre o bem e o mal – que vai desde a queda de Lúcifer ao fim do milênio, até o momento em que a paz será restaurada. Ela foi escolhida para comunicar o divino conselho de Deus para um incipiente movimento destinado a alcançar o mundo inteiro com Seu amor. No entanto, o que pode ser ainda mais admirável é que as pessoas se lembram dela como alguém que realmente viveu o que pregou.

Infelizmente, o mundo duraria mais do que ela esperava. Num sábado, em fevereiro de 1915, Ellen White, com 87 anos de idade, ao entrar em seu escritório caiu e quebrou o quadril. Ela não se recuperou. No dia 3 de março, recebeu o que viria a ser a sua última visão, que enfatizava mais uma vez a importância de prosseguir «cada vez mais fundo no estudo das coisas de Deus» (Advent Review and Sabbath Herald, 15 de abril de 1915, p. 3). Ao concluir seu último testemunho, ela escreveu:

“Não tenho certeza de que a minha vida vai durar muito tempo, mas sinto que sou aceita pelo Senhor. [...] Senti ser imperativo que a verdade fosse vista em minha vida, e que

o meu testemunho chegue até o povo. O meu desejo é que façam todo o possível para que meus escritos sejam colocados nas mãos das pessoas em terras estrangeiras. [...] Fui impres-sionada de que é meu especial dever dizer essas coisas” (ibid.).

Momento Crucial À medida que nos aproximamos do clímax de todas as

coisas terrenas, a nossa necessidade de sabedoria divina é maior do que nunca. Neste momento crucial na história da Terra, o crescimento e acesso à interconexão global aumentaram tremendamente; particularmente com o desenvolvimento da internet e da Web com alcance mun-dial, os smartphones e enorme variedade de aplicativos, mais conhecidos como “apps”. No final de 2011 um terço da população mundial tinha acesso à Web, com crescimento em 11 anos de 1.000 para 3.000% em muitas partes do mundo, como na África, Oriente Médio e América Latina, atingindo um aumento global de 528% (internetworldstats.com/stats.htm).

Apesar dos perigos potenciais, esses desenvolvimentos recentes no mundo tecnológico nos permite seguir as instru-ções de Ellen White com muito mais eficácia do que nunca, e o Patrimônio Literário de Ellen G. White está fazendo

PessoasAcessibilidade para Todos

Nas

Mãos das

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Stefan Serena é suíço e serve como coordenador técnico do Patrimônio Literário de Ellen G. White, em Silver Spring, Maryland, EUA.

Dezembro 2012 | Adventist World 25

Centro Digital de Recursos Se tivermos necessidade do conselho divino ou simples-

mente perguntas relacionadas à vida e legado de Ellen White, história adventista ou Bíblia, o Centro de Recursos Digitais do Patrimônio Literário de Ellen White (drc.whiteestate.org) fornece respostas a perguntas sobre vasta gama de questões que têm chegado aos Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White desde a década de 1920 até o presente. Perguntas e questões, tais como: O que Ellen White diz sobre casamento? A verdade sobre a observância do sábado; os eventos finais e o céu; etc. Esse é um recurso inestimável para respostas a muitas perguntas enviadas.

Fotografias Disponíveis Recentemente, o Patrimônio Literário de Ellen White

disponibilizou mais de 2.100 fotos de pioneiros adventistas e instituições importantes para serem baixadas com alta resolução. As fotos estão disponíveis na página (photo.egwwritings.org). Esse recurso não só aumentará o interesse pela história adventista em geral, mas também pode ser usado livremente para fins não comerciais, tais como em publicações sem fins lucrativos.1

Mãos que AjudamO Patrimônio Literário de Ellen G. White está se esfor-

çando para colocar importantes escritos que lhes foram confiados “nas mãos das pessoas em terras estrangeiras”, tornando-os mais acessíveis a todos. No entanto, todos são convidados a, de várias maneiras, apoiar pessoalmente esses esforços, sendo que a mais importante é a oração. Outras opções são simplesmente espalhar a palavra ou fazer uma doação na página (partner.egwwritings.org), que ajudará na digitalização de livros a serem disponibilizados on-line.

Muitas das grandes conquistas na história só foram possíveis devido aos esforços coletivos. Realizar a visão de Deus para a Sua igreja não é exceção. Ellen White escreveu: “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Eventos Finais, p. 72). ■

1 Se o uso (julgado pela consciência) for para publicação/Web/produção de vídeo, etc., visando ao lucro, os Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White solicitam uma doação de 60 dólares Americanos.

grandes esforços para aproveitar essas oportunidades. No site, recém-criado (egwwritings.org) qualquer um, em qualquer lugar com acesso à internet pode ler, ouvir e baixar seus escri-tos – atualmente disponíveis on-line em mais de 60 idiomas, sem nenhum custo para o usuário. Este site é o início de um ambicioso projeto de disponibilizar on-line todos os livros de Ellen White com suas respectivas traduções, totalizando 2.500 volumes.

Ampla Gama de Recursos Gratuitos O site em si oferece uma grande variedade de ferramentas

e materiais, como as funções de pesquisa avançada, integra-ção com redes sociais, série de documentos de pesquisa com recursos adicionais, bem como índice por assuntos e textos bíblicos (para encontrar citações com base em tópicos ou referências bíblicas), citando apenas alguns. O site oferece, ainda, a capacidade de saltar de um parágrafo em uma lin-guagem para o mesmo parágrafo em outra, e de ler e passar ambos simultaneamente, o que pode ser particularmente útil para muitas pessoas que falam outras línguas além do inglês.

Os livros podem ser baixados em vários formatos para ser lidos off-line. Mais de 120 livros em áudio, atualmente em nove idiomas, estão disponíveis gratuitamente on-line. Além dos usos habituais, os livros em áudio podem ser usados para espalhar o evangelho em áreas com altas taxas de analfabetismo. Para melhorar ainda mais a acessibilidade, uma versão mais leve do texto pode ser acessada pelo site (text.egwwritings.org), permitindo que usuários com conexões lentas de internet possam ler e estudar facilmente os escritos de Ellen White.

Usuários de smartphones com iOS ou Android vão apreciar os aplicativos gratuitos que podem ser encontrados nas lojas da Apple ou Google Play. Embora os aplicativos ofereçam o melhor uso e até possuam centros de estudos integrados para marcar passagens e fazer notas, uma versão para celulares está disponível no site (m.egwwritings.org) levando em conta as restrições de banda e largura dos telefones.

Acessibilidade para Todos

TECNOLOGIA MODERNA: Equipamentos eletrônicos de comunicação tornam os escritos de Ellen White disponíveis em vários formatos.

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Uma leitura imparcial de Gênesis 6 a 8, sem dúvida, demonstra que o dilúvio de Noé foi

universal. Razões para negá-lo se baseiam em

fontes não bíblicas, como argumentos científicos e a mitologia

do antigo Oriente Médio. O catastrofismo universal já não pode ser ignorado. Por exemplo, aqueles que argumentam que a temperatura do planeta está subindo, sabem muito bem que esse

fenômeno vai resultar em catástrofes globais na natureza. Podemos não ser capazes de provar que o dilúvio foi universal, mas podemos afirmar com certeza que isso é o que a Bíblia ensina. Vamos resumir aqui alguns dados bíblicos.

1. A Universalidade do Pecado: Os dois primeiros capítulos de Gênesis dedicam ênfase especial à criação do nosso planeta e todas as formas de vida dentro dele. Uma visão claramente universal. Apesar da queda pelo pecado ter ocorrido no Jardim do Éden, o pecado em si logo se tornou um fenômeno universal (Rm 5:12). Na época de Noé, o coração humano era irremediavelmente corrupto e “toda a inclinação dos pen-samentos” do coração humano “era sempre somente para o mal” (Gn 6:5). “A terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência” (verso 11). Os seres humanos haviam corrompido seus caminhos e a fim de corrigir essa situação, Deus disse a Noé: “Eu os destruirei com a terra” (verso 13). Essa ênfase na universalidade do problema indica a universalidade dos meios utilizados pelo Senhor para lidar com ele.

2. Todos os Seres Humanos: A linguagem usada para se referir aos seres humanos também é universal e abrangente: “O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal”; Deus estava triste por “haver feito o homem na terra” (versos 3, 6, ARA). É óbvio que essa frase se refere à criação dos seres humanos de Gênesis 1:26 a 28. Em outras palavras, Deus está colocando um fim à vida e não apenas de certos grupos étnicos, mas da humanidade que originalmente havia criado. O fato de o Senhor ter preservado Noé e sua família, demonstra que o resto da humanidade pereceu no dilúvio: “Só restaram Noé e aqueles que com ele estavam na arca” (Gn 7:23).

3. Todos os Seres Vivos: A linguagem usada para se referir aos animais é universal. Deus está destruindo tudo “debaixo

do céu toda criatura que tem fôlego de vida” (Gn 6:17; cf. Gn 7:22). A linguagem usada aqui volta ao relato da criação (Gn 1:30). Em outras passagens, lemos: “Todos os seres vivos que se movem sobre a terra pereceram: aves, rebanhos domésticos, animais selvagens, todas as pequenas criaturas que povoam a terra e toda a humanidade” (Gn 7:21). O Senhor faria “desaparecer da face da terra todos os seres vivos” (verso 4). Mais uma vez, a linguagem indica a criação (Gn 2:6; 1:25). Esse é “o fim”, o fim escatológico daquela geração. Durante o dilúvio, Deus julgou a humanidade: Ele deu aos seres humanos um período probatório (Gen. 6:3), investigou as evidências (verso 5 – “o Senhor viu”), concluiu que a Terra estava cheia de violência (verso 13), pronunciou a sentença (verso 7) e executou o julgamento contra Sua criação (Gn 7:11-24).

4. Todas as Águas: A palavra hebraica mabbul é usada exclusivamente para se referir ao dilúvio de Noé e não a inundações locais. Suas águas destruíram todos os seres vivos, incluindo os humanos (Gn 6:17), e cobriu as montanhas mais altas da Terra (Gn 7:20). A chuva torrencial e o rompimento das fontes de água da Terra duraram quarenta dias (verso 17). Noé teve que esperar dentro da arca por um ano e dez dias (versos 11; Gn 8:13, 14).

O dilúvio foi um ato divino que talvez nunca possamos explicar somente pelo estudo do mundo natural. Foi um ato divino inverso à criação – fazendo com que a Terra voltasse quase ao seu estado original – seguido pelo divino ato de recriação por meio da aliança com os humanos e a natureza. Quando aparentemente o pecado venceu o mundo, Deus preservou para Si um remanescente fiel pelo qual cumpriria Seu plano para a raça humana. Esse julgamento universal contra o pecado humano se tornou um tipo de julgamento universal no retorno de Cristo (Mt 24:38, 39). Naquela ocasião, Ele preservará seu povo remanescente do fim dos tempos. ■

*Todos os textos bíblicos, exceto quando indicado, foram extraídos da Nova Versão Internacional.

Ángel Manuel Rodríguez está aposentado, morando no Texas, Estados Unidos, após ter servido a igreja como pastor, professor e estudioso.

A Bíblia ensina que o

dilúvio de Noé foi universal?

DlilúvioUniversal

O

26 Adventist World | Dezembro 2012

Page 27: AW Portuguese 2012-1012

E S T U D O B Í B L I C O

Jesus nos convida a irmos a Ele como estamos. Não é neces-sário mudar nossa vida antes de ir; quando respondemos

ao Seu convite, pelo poder convincente do Espírito Santo, somos transformados. Vamos a Jesus como estamos, mas não permanecemos assim. A mesma graça que nos perdoa, capacita-nos a crescer como Cristãos. Não existe um cristão genuinamente comprometido que não seja um cristão em crescimento. Diariamente, o Senhor concede a graça de que necessitamos para crescer. Nesta lição, estudaremos como permanecer crescendo na graça.

1 Leia 2 Pedro 3:17 e 18. Que advertência solene e apelo sincero o apóstolo Pedro faz a cada um de nós?

2 Como resultado da queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, nosso mundo foi mergulhado no pecado. Leia Romanos 5:17 e 20. O que Jesus oferece para neutralizar as últimas consequências da queda?Que notícia incrível! A graça de Deus é maior do que nosso pecado. Onde abundou o pecado, a graça de Deus abunda ainda mais. Por meio da graça, as cadeias do pecado são quebradas. Por meio da graça, Satanás é um inimigo derro-tado. Por meio da graça, somos vitoriosos sobre a astúcia do inimigo. Seja qual for o poder que o pecado tenha sobre nós, ao crescermos diariamente na graça, seremos libertos do seu domínio.

3 Leia Tiago 4:6. Qual é uma das condições bási-cas para receber a graça transformadora de Deus?Um coração humilde é o pré-requisito fundamental para recebermos a graça transformadora de Cristo. O orgulho nos deixa fora do alcance de Sua graça. É o reconhecimento da necessidade de Jesus e da Sua graça que nos prepara para recebê-la.

4 Leia Tito 2:11 a 14. Segundo o apóstolo Paulo, o que a graça de Deus, que apelou a toda humanidade, realiza em nossa vida?

5 Leia Romanos 6:14; 8:14 a 17. Como a nossa vida é liberta da escravidão pecado? O que significa estar sob a lei? O que significa estar sob a graça?A graça de Deus quebra as cadeias do pecado em nossa vida. Não estamos mais sob a condenação da lei que desobedecemos. Estar “sob a lei” significa estar sob a lei como um método de salvação. Se crermos nisso, diariamente sentiremos a angústia por termos quebrado a lei; estaremos presos. Cheios de condenação, não teremos esperança de um dia sermos salvos. Mas, se estamos sob a graça, a história é totalmente diferente. Estar sob a graça significa que ela é o nosso método de salvação. Sua graça nos perdoa, capacita e nos transforma.

6 Leia 2 Pedro 1:2 a 4 e Tiago 1:21. Como o crescimento na graça pode ocorrer diariamente na vida do cristão? Deus nos revela Sua graça em Sua Palavra. Ao preenchermos a mente com a Palavra de Deus, Sua graça encherá nossa vida. Ao meditar em Sua Palavra, teremos novos vislumbres de Jesus e do Seu poder transformador de vidas.

7 Que promessa faz o apóstolo Paulo sobre receber a graça transformadora de Cristo em 2 Coríntios 3:17 e 18?Ao contemplarmos a glória de Deus no sacrifício abnegado de Cristo na cruz, o coração é transformado. Não podemos permanecer o mesmo diante da luz do amor de Deus que flui do calvário. O crescimento na graça acontece ao passar tempo com Jesus. Quando o contemplamos, nos tornamos como Aquele a quem mais admiramos. Por que não tomar uma decisão hoje, passar tempo com Jesus todos os dias e observar o que Ele pode fazer na sua vida? ■

Crescendo

Por Mark A. Finley

Graçana

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Dezembro 2012 | Adventist World 27

Page 28: AW Portuguese 2012-1012

T R O C A D E I D E I A S

sofrimento. Ela acontece ao lançar “sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5:7). Senti-me aliviada do peso de minha miséria. Desde então, essas palavras sagradas ecoam em meu coração todas as vezes que me deparo com situações probantes. Jesus sabe todos os nossos problemas, se confiarmos nEle, sempre nos mostrará uma saída.

Diane TatyanaBujumbura, Burundi

Ore por Nossos Tesoureiros Sou membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Bénin. Apreciei muitís-simo o artigo “Desfalque na Igreja” de Robert Lemon (AW-julho). Ajudará os tesoureiros a desempenharem melhor suas funções. Oremos por eles para que recebam ajuda divina e sejam fieis em seu serviço à igreja.

Thierry AhononDassa, Bénin

Seeing Face to FaceNasci e cresci numa família adventista. Minha alegria de ser adventista sempre aumenta quando leio a Adventist World. Mesmo chegando atrasada e não ser fácil conseguir um exemplar, tudo que neces-

Deus PrimeiroO título da capa da edição de setembro está um pouco equivocado. Ele proclama audaciosamente: “Primeiro as Famílias”. A Bíblia e o Espírito de Profecia colocam Deus primeiro. Tenho certeza de que o contexto do artigo de capa coloca Deus em primeiro lugar. Mas não estejam certos de que todos lerão o artigo. Alguns olham apenas a capa e não a mensagem.

Muitas famílias em nossas igrejas fazem de seus filhos e membros da família seus ídolos. Além disso, eles os servem. Se as famílias colocassem Deus em primeiro lugar e com sacrifício se-guissem o Seu chamado para ministrar ao mundo, a maldição do egoísmo seria retirada deles.

Katarina Stanic Visalia, Califórnia, Estados Unidos

Lidando com a Preocupação e o Medo Deus tem usado positivamente esta revista em minha vida. Leio a Adventist World desde 2009 e, realmente, aprecio muito. Cada exemplar que chega às minhas mãos me inspira de forma extraordinária por meio de uma série de artigos maravilhosos. Deus certa-mente usa as mensagens desta revista para transmitir Sua mensagem aos Seus queridos filhos em todo o mundo. Louvado seja o Seu nome!

Nos primeiros meses após o meu batismo, passei por um período muito difícil. Em lugar de ficar maravilhada com a alegria que Israel sentiu após se encontrar com seu querido filho José (Gn 46:29, 30), concentrei minha atenção apenas no seu sofrimento após o desaparecimento do filho (Gn 37:32-34). Não pude evitar o questionamento do porquê de Deus permitir que Seus servos sofram. Eu estava tão assustada que tive dificuldade para dormir.

O estudo bíblico da edição de novembro de 2011,“Lidando com a Preocupação e o Medo”, de Mark Finley, me ajudou a compreender que Satanás foi o autor de sofrimento. Sem dúvida, ele queria evitar que eu sentisse alegria em Cristo.

Nunca me esquecerei do momento em que, lendo o artigo, cheguei à resposta para a pergunta: “Quando os problemas, preocupações e medo nos atormentam, que convite recebemos do Senhor?”

A resposta foi a cura para o meu

Cartas

Necessito da direção de Deus ao iniciar um projeto autônomo como professor particular. Por favor, ore para que o Senhor me dirija.

Nkosilathi, Zimbábue

Oro já há dezoito anos para que meu ma-rido se una à Igreja Adventista. Por favor, orem para que isso se realize em breve.

Nicole, Estados Unidos

GRATIDÃOOração

Por favor, ore por nossa pequena igreja. Perdemos um bom pastor, e devido a problemas na economia muitos mem-bros se mudaram. Restaram apenas qua-tro famílias. Sentimo-nos impotentes, exceto pelo fato de saber que onde dois ou mais estiverem reunidos, Deus estará entre eles. É isso que nos mantém unidos.

J.B., Estados Unidos

Ore por mim, pois preciso encontrar trabalho. Quero ser uma mulher cristã que testemunhe em todos os lugares e assim possa transmitir aos outros a esperança, alegria e o amor de Cristo.

Linda, França

Por favor, ore por meu amigo que in-gressou no treinamento para cadetes.

Shirley, Quênia

28 Adventist World | Dezembro 2012

Page 29: AW Portuguese 2012-1012

sito é de uma revista nova para sentir que pertenço a uma grande família que crê em Jesus e que trabalha para Ele.

Quando o Senhor retornar, não verei meus irmãos e irmãs por fotografia, mas face a face. Em vez de ler, ouvirei pessoalmente sobre o que estão fazendo. Eu também louvarei Àquele que juntos servimos por tanto tempo.

Vamos em frente. Em breve nosso Rei aparecerá em glória nos céus.

Jonathan MobiaBangui, República Centro-Africana

Apreciação dos Pacientes Muito obrigada pela Adventist World. Nós, membros da igreja central de Coquimbo, gostamos de recebê-la. Ela também é muito apreciada pelos pacien-tes do Hospital San Pablo, em nossa cidade. Um grupo de mulheres, como parte de seu trabalho missionário, coletam e distribuem as revistas após os membros da igreja terminarem de lê-las.

Deus os abençoe. Que possam prosperar.Ana Luisa Vega PasténCoquimbo, Chile

Errata: No artigo de capa “De Pessoas, Para Pessoas” (outubro de 2012) houve um erro de grafia no sobrenome de Kim e Joyce Bisl. Desculpe-nos pelo erro. – Editores

Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua em sua carta o nome do artigo e a data da publicação. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Países com maior porcentagem de consumidores de e-livros (livros digitais comprados e baixados pela internet):

ÍndiaAustráliaReino UnidoEstados UnidosBrasil

24%

21%

21%

20%

18%Fonte: USA Today

Vamos em frente. Em breve nosso Rei aparecerá em glória nos céus.

Jonathan MobiaBangui, República Centro-Africana

maıs

Minha irmã necessita de trabalho. Por favor, ore também para que meu amigo e eu passemos nos exames simulados.

Sandra, Zâmbia

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradeci-mentos (gratidão por orações respondidas) para [email protected]. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600 E.U.A.

RESPOSTA: Em Madagáscar, uma mulher senta-se ao lado de algumas pedras carregadas por ela de uma montanha próxima, para serem usadas no alicerce do novo templo adventista.

l A u r i e F A l v o , M i s s à o A d v e n t i s t A

LugaréEsse?

Que

Dezembro 2012 | Adventist World 29

Page 30: AW Portuguese 2012-1012

22%

Fonte: New England Journal of Medicine/Women’s Health

100 bilhõesde neurônios do cérebro humano…

… são capazes de armazenar

100 terabytes de informação. Um computador desktop típico armazena um terabyte.

Espírito de NatalÉ tempo de dividir. Você pode ajudar a outros doando coisas que não precisa mais. Aqui estão algumas sugestões:

■ Livros■ Roupas e

sapatos■ Óculos■ Alimentos,

especialmente os não perecíveis

■ Utensílios domésticos (panelas, louças, liquidificador, etc.)

■ Celulares■ Dinheiro■ Tempo

Porcentagem da população do mundo sem acesso à eletricidade.

NoEscuro

Açúcar Uma Colher Cheia de

Fonte: The Rotarian

T R O C A D E I D E I A S

Fonte: Smithsonian

30 Adventist World | Dezembro 2012

Uma colher de sopa de açúcar, engolida em seco, cura o soluço em 95% das pessoas.

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5OA T É P A L A V R A S

Meu Personagem Bíblico Preferido

■ Gosto muito de ler sobre Davi. Ele me faz lembrar constantemente de louvar a Deus. O Senhor conside-rava Davi “o homem segundo o Seu coração”, apesar de ele estar longe de ser perfeito. Deus nos favorece continuamente a despeito de nossas falhas e permite que nos arrependamos de nossos pecados e aceitemos Jesus como nosso Salvador.

– Nicole, Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos

■ Moisés é o meu personagem preferido. Ele, talvez, seja o maior líder que já viveu na Terra. Era humilde e manso. Aceitou sua sorte, mesmo após saber que não iria entrar em Canaã. Não é de admirar que cantaremos “o cântico de Moisés e do Cordeiro” no Céu.

– Mishael, Carolina do Norte, Estados Unidos

■ A mãe de Jesus, Maria, foi uma boa mulher. Ela era virtuosa e ensinou as Escrituras a Jesus. Embora houvesse problemas, Jesus amava Sua mãe e quando estava morrendo na cruz, pediu a João que cuidasse dela.

– Delysia, Perth, Austrália

■ A história de Jonas, o profeta em fuga, lembra-nos da presença confortante, paciência e, acima de tudo, da bondade de Deus em meio à tempestade.

– Rose-Marie, Ilhas Maurício

No próximo mês, escreva em até 50 palavras sobre seu hino preferido. Envie para [email protected]. Coloque na linha do assunto: “50 Words or Less”.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Pyung Duk; Chun, Jung Kwon; Park, Jae Man

Editor On-lineCarlos Medley

Coordenadora Técnica e de RevisãoMerle Poirier

ColaboradorMark A. Finley

ConselheiroE. Edward Zinke

Administrador Financeiro Rachel J. Child

Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste

Assistente do Editor Chefe Gina Wahlen

Comissão Administrativa Jairyong Lee, chair; Bill Knott, secretary; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude Richli, Akeri Suzuki, Ex-officio: Robert Lemon, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Website: www.adventistworld.org

Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 8, Nº 12

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

… são capazes de armazenar

100 terabytes de informação. Um computador desktop típico armazena um terabyte.

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Data: 28-31 de agosto de 2013Local: Jeju International Convention Center, Jeju, Coreia

- Relatórios Poderosos das Missões- Testemunhos Inspiradores- Seminários sobre Missão- Encontros Culturais- Apresentações Musicais- Concerto dos Golden Angels- Exibição do Arena for Mission

Renove seu compromisso Com a Missão!

Ted N. C. Wilson G. T. Ng Jairyong Lee Derek J. Morris Cheryl D. Doss

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