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COLÉGIO CORAÇÃO DE MARIA INSTITUIÇÃO VERZERI ENSINO MÉDIO NÃO HÁ CURA, MAS HÁ ALTERNATIVAS ANDRÉA SANTIAGO PINTO ORIENTADORA: SOFIA ELISA LEUCHTENBERGER Esteio, setembro de 2010.

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COLÉGIO CORAÇÃO DE MARIA

INSTITUIÇÃO VERZERI

ENSINO MÉDIO

NÃO HÁ CURA, MAS HÁ ALTERNATIVAS

ANDRÉA SANTIAGO PINTO

ORIENTADORA: SOFIA ELISA LEUCHTENBERGER

Esteio, setembro de 2010.

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_____________________________________

Andréa Santiago Pinto

NÃO HÁ CURA, MAS HÁ ALTERNATIVAS

COLÉGIO CORAÇÃO DE MARIA

INSTITUIÇÃO VERZERI

ENSINO MÉDIO

Esteio, setembro de 2010.

______________________________________

Sofia Elisa Leuchtenberger

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha orientadora Sofia Leuchtenberger por

todo apoio que me ofereceu desde o início da pesquisa, pelos encontros

todas as terças-feiras à tarde, pelas conversas no celular, pelas risadas

que juntas demos. Não sei o que seria de mim se não a tivesse me

apoiando, já nem a considero mais professora, orientadora e sim amiga.

Agradeço a nega que me apoiou desde o início, correu

atrás do tempo junto á mim e agradeço também a minha família, pelas

noites sem dormir fazendo relatório, pelas tardes na escola, quando na

verdade é o único tempo que tenho disponível para passar com estes.

Agradeço também a Ana Paula Figliero pelas tardes que

disponibilizou para me ajudar, agüentando os meus “pitis”, por tudo que

ela fez desde que a conheci.

Para finalizar, agradeço a minha “irmã” Gabriela (Binha), por

ficar até tarde comigo, me auxiliando e fazendo de tudo para não me

deixar dormir na frente do computador, porque eu tinha que terminar o

relatório, então ela cantava para mim e com ela cantando é impossível

de alguém dormir. Não posso deixar de agradecer a minha amiga Marjori

(morzinhu MD´), por me ajudar e estar o tempo todo ao meu lado no

decorrer desta pesquisa. E claro, de todas as pessoas que de alguma

forma me auxiliaram, as pessoas entrevistadas, as que assinalaram os

questionários e as que me disseram: “Vai fundo Déia, força, estamos

contigo”.

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“Juntando os pedaços e recomeçando,

talvez o final feliz seja só seguir em frente...

O que a lagarta chama de fim do mundo,

o mestre chama de borboleta”

(Elizabeth Gilbert livro: Comer, Rezar e Amar).

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RESUMO

Os deficientes intelectuais são bastante flexíveis em relação as

ciências exatas. Pensando nisto o objetivo da pesquisa formulou-se no

que as ciências exatas influenciam no cotidiano dos mesmos, se há a

possibilidade de realizar operações básicas, classificações e

quantidades. O importante de se pesquisar este tema é satisfazer a

imensa curiosidade de saber um pouco mais sobre a vida dos deficientes

intelectuais, a inclusão na sociedade e até mesmo de como eram vistos

no passado. A pesquisadora, juntamente com a sua orientadora, iniciou

o projeto no mês de abril e finalizaram-no no mês de setembro; a

pesquisa foi realizada no estado do Rio Grande do Sul, que tem

população aproximada a 10.187.798. A pesquisa é do tipo bibliográfica e

obteve resultados esperados, ou seja, correspondendo a hipótese criada

pela pesquisadora. No longo do projeto, ocorreram entrevistas e coleta

de formulários e materiais bibliográficos em diversas bibliotecas do

estado no qual foi realizada a pesquisa. O projeto trará resultados e

relatos de grande importância.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................10

1.1 Escolha do tema, delimitação e problema..........................................10

1.2 Justificativa............................................................................................10

1.3 Hipótese..................................................................................................12

1.4 Objetivos................................................................................................13

1.4.1 Objetivo Geral.....................................................................................13

1.4.2 Objetivos específicos.........................................................................13

2. REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................14

2.1 A Diferença de Doença Mental e Deficiência Mental- Intelectual.......15

2.2 O Conceito...............................................................................................15

2.2.1 Deficiência Intelectual..........................................................................16

2.3 Por Que Se Adota o Termo Pessoa Portadora de Deficiência ou

Pessoa Com Deficiência? ............................................................................16

2.4 As Normas de Convivência na Escola e na Sociedade.......................16

2.4.1 Respeitando as Diferenças..................................................................17

2.4.2 Reflexão no Mundo................................................................................17

2.4.3 A Entrada Na Escola é Um Momento de Superação..........................18

2.4.3.1 Diagnóstico.........................................................................................18

2.4.3.2 O Desafio das Escolas Regulares.....................................................19

2.4.4 O Desafio do Professor..........................................................................20

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2.4.5 O Que Diz a Lei.......................................................................................21

2.4.6 O Desejo de Aprender............................................................................21

2.5 Definição Necessidades Especiais..........................................................22

2.5.1 Escolas Inclusivas..................................................................................22

2.5.2 Lidar com Deficiências ..........................................................................22

2.5.3 A Principal Preocupação........................................................................22

2.5.4 Ajuda e Apoio..........................................................................................23

2.5.5 O Ponto de Vista Curricular...................................................................23

2.5.5.1 Ensino Especial...................................................................................23

2.5.5.2 Relacionando o Aprendizagem com Outros Assuntos....................24

2.5.5.3 As Ações Afirmativas..........................................................................25

2.5.5.4 As Cotas das Empresas......................................................................25

2.6 Deficiência Múltipla...................................................................................26

2.6.1 Deficiência Permanente.........................................................................26

2.6.2 Comprovação da Deficiência................................................................26

2.6.3 Discalculia: Transtorno Específico da Habilidade em Matemática....27

2.6.3.1 Os Cálculos Sempre Fizeram Parte do Cotidiano do Homem........27

2.6.3.2 Os Egípcios.........................................................................................28

2.6.3.3 Os Romanos........................................................................................28

2.6.3.4 Os Indus................................................................................................28

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2.6.3.5 Os Árabes............................................................................................29

2.6.4 A Importância da Reeducação..............................................................29

2.6.4.1 O Cérebro, o Processamento Numérico e o Cálculo........................29

2.6.4.2 O Desenvolvimento das Habilidades em Matemática......................29

2.6.4.3 O Cérebro e a Matemática...................................................................30

2.6.4.4 A Fase Científica..................................................................................31

2.6.4.5 Distribuição Hemisférica de Habilidade no Processamento

Numérico..........................................................................................................31

2.6.4.6 Imagem Cerebral e Cálculos...............................................................32

2.6.4.7 O Cérebro e as Dificuldades em Matemática....................................33

2.6.4.8 Acalculia e a Descalculia do Desenvolvimento................................33

2.6.4.9 Aprendizagem e Deficiência Mental..................................................34

2.6.5 Associação Americana de Deficiência Mental.....................................34

2.6.5.1 É cada vez maior o número de publicação sobre a inclusão social.

Qual o objetivo?...............................................................................................36

2.7 Deficiência Mental (Intelectual), Síndrome de Down e Outras

Causas..............................................................................................................36

2.7.1 Causas da Deficiência Intelectual.........................................................37

2.7.2 Síndrome de Down.................................................................................39

4.7.2.1 Sinais Típicos de Down......................................................................39

2.7.2.2 Proteção Contra Infecções................................................................40

2.7.2.3 Prevenção de Síndrome de Down......................................................41

2.7.2.4 Diferentes Comunidades Com Diferentes Teorias...........................41

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2.7.3 O Professor Que é Indiferente..............................................................41

2.7.3.1 Valores Indispensáveis.......................................................................42

2.7.3.2 O Processo de Avaliação....................................................................44

2.7.3.3 A Legislação........................................................................................44

2.7.4 A APAE....................................................................................................44

3. METODOLOGIA............................................................................................45

3.1 Início e término da pesquisa.....................................................................45

3.2 LOCAL DE PESQUISA E DESCRIÇÃO.....................................................45

3.3 PLANO DE PESQUISA...............................................................................45

3.3.2 Variáveis e definição operacional.............................................................46

3.3.3 População e sistema de amostragem......................................................46

3.3.4 Instrumentos de coletas de dados............................................................46

3.3.5 Descrição das etapas...............................................................................47

4.1 Resultados parciais do questionário aplicado com o público de diversas

idades:...............................................................................................................50

CONCLUSÃO....................................................................................................51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................52

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Escolha do tema, delimitação e problema

A deficiência intelectual existe desde a antiguidade, diferentes

comunidades com diferentes teorias, costumes e crenças locais já existiam.

Habitantes de algumas regiões acreditam que uma criança nasce deficiente ou

deformada porque os pais ofenderam os deuses ou que as pessoas nasceram

deficientes para pagar os pecados de vidas anteriores. Como a deficiência

intelectual, as ciências exatas também vêm sendo utilizada desde a

antiguidade. Então resolveu-se entender o significado das ciências exatas na

vida dos deficientes intelectuais portadores de síndrome de down.

Qual a influência do estudo das ciências exatas no cotidiano dos

deficientes mentais?

1.2 Justificativa

O tema escolhido quando concluído irá esclarecer curiosidades, nos

proporcionando resultados que nos farão entender como as ciências exatas

vêm sendo utilizadas pelos deficientes intelectuais e mostrará qual a influência

que essa passa no cotidiano destas pessoas.

É muito importante saber a diferença entre doente mental de deficiência

mental-intelectual, um doente mental pode ter inteligência normal ou alta e

pode ter um alto nível de escolaridade. Mas devido a experiências estressante

ou a alguma doença afetando o cérebro, ele passa a se comportar de modo

estranho. Quando um deficiente mental-intelectual se comporta

estranhamente, é porque em geral ele não aprendeu o comportamento

correto; ele necessita ser ensinado.

Desde a antiguidade, diferentes comunidades com diferentes teorias,

costumes e crenças locais já existiam como ainda existem. Ás vezes fazem

com que as pessoas com deficiência sejam desprezadas. Por exemplo, os

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habitantes de algumas regiões acreditam que uma criança nasce deficiente ou

deformada porque os pais fizeram algum mal ou ofenderam os deuses. Outros

acreditam que as pessoas nascem deficientes para pagar os pecados de

vidas anteriores e muitas achavam que deficiência “pegava” que era

contagioso.

No século XIX, tratou-se de buscar os direitos sociais com ações

estatais que compensassem as desigualdades, municiando os desvalidos com

direitos implantados e construídos de forma coletiva, em prol da saúde, da

educação, da moradia, do trabalho, do lazer e da cultura para todos. Apenas

depois da Segunda Guerra Mundial, porém, que a afirmação da cidadania se

completou, só então, percebeu-se a necessidade de valorizar a vontade da

maioria, respeitando-se, sobretudo, as minorias, suas necessidades e suas

peculiaridades.

O primeiro fundamento das políticas em favor de quaisquer minorias.

Quanto às pessoas com deficiência, estão superando o viés assistencialista e

caridosamente excludente para possibilitar-lhes a inclusão efetiva. Passarão a

ser sujeitos do próprio destino, não mais meros beneficiários de políticas de

assistência social. “O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola-

mestra da inclusão de qualquer cidadão e, para que se concretize em face

das pessoas com deficiência, há que se exigir do estado a construção de uma

sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, Constituição Federal)”.

Não é fácil definir ou conceituar a deficiência mental-deficiência

intelectual. A Associação Americana de Deficiência Mental (in Diament, 2005)

a define como “todos os graus de defeito mental devido ou que levam a um

desenvolvimento mental insuficientes, dando como resultante que o individuo

é incapaz de competir, em termos de igualdade, com os companheiros

normais, ou é incapaz de cuidar de si mesmo ou de seus negócios com a

prudência normal”.

O termo “deficiência mental” alterado em 2008 para “deficiência

intelectual”, de acordo com o Decreto nº. 3.298/99, alterado pelo Decreto nº.

5.296/04, conceitua-se como deficiência mental - deficiência intelectual- o

funcionamento intelectual significativa inferior à média, com manifestação

antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de

habilidades adaptativas como comunicação, cuidado pessoal, habilidades

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sociais e etc. Segundo Aron Diament o conceito DM(Deficiente mental) –

DI(Deficiente Intelectual) é fundamentado no déficit de inteligência,

abrangendo variadas causas pré, peri e pós-natais.

Os cálculos sempre fizeram parte do cotidiano do homem, ao caçar ou

pescar, fazia-se marcas em ossos de animais ou em pedaços de madeira

quantificando os resultados. Pensando-se nisso, qual a influência das ciências

exatas no cotidiano dos deficientes mentais?

Este projeto esclarecerá várias curiosidades a respeito deste assunto

encantador de se pesquisar, a respeito das pessoas portadoras destas

deficiências, mostrará que a deficiência que mais atinge a nossa população é

a síndrome de down, e mesmo as pessoas contendo a mesma deficiência são

umas diferentes das outras assim como nós os ditos “normais”.

1.3 Hipótese

Alunos com deficiência intelectual tendem a apresentar dificuldades no

aprendizado. Porém, acredita-se que esses alunos quando estimulados

adquirem conhecimentos básicos e necessários para a sua vida cotidiana.

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1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

Verificar se os deficientes intelectuais possuem condições de

desenvolver habilidades no aprendizado da matemática, sejam questões

hipotéticas ou relacionadas com o seu cotidiano.

1.4.2 Objetivos específicos

-Conhecer mais sobre o tema;

-Verificar bibliografia que abordem o tema escolhido;

-pesquisar na internet;

-Iniciar o caderno de campo;

-Preparar um roteiro para a realização de uma entrevista;

-Elaborar uma entrevista que será aplicada a algum funcionário especializado

na área da APAE (Associação de Pais, Amigos dos excepcionais);

-Preparar 100 questionários que deverão ser aplicados com as pessoas, a

respeito dos deficientes intelectuais;

-Redigir o resultado final da pesquisa.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A Diferença de Doença Mental e Deficiência Mental- Intelectual

Segundo David Werner (1994), algumas pessoas confundem deficiência

mental com a doença mental. Mas elas são bem diferentes. Um doente mental

pode ter inteligência normal ou alta e pode ter um alto nível de escolaridade.

Mas devido a experiências estressantes ou a alguma doença afetando o

cérebro, ele passa a se comportar de modo estranho. Quando um deficiente

mental se comporta estranhamente, é porque em geral ele não aprendeu o

comportamento correto, ele necessita ser ensinado. A pessoa com doença

mental precisa de ajuda especial, talvez de um conselheiro espiritual ou de

psiquiatria. As pessoas com doença mental são como as pessoas com

qualquer outra doença. Geralmente elas não conseguem controlar o próprio

comportamento estranho. Não devemos culpá-los ou puni-los, mas sim dar-

lhes “amor, proteção e compreensão”.

2.2 O Conceito

Segundo Carlos Lupi (2007), o conceito de “pessoa com deficiência” que

se contempla no art. 2º da convenção sobre os direitos das pessoas com

deficiência implica grande reversão para dogmática na concepção jurídica do

sujeito a quem se destina o referido instrumento internacional. É que, além do

aspecto clínico comumente utilizado para a definição em apreço, concernente à

limitação física, intelectual ou sensorial, inclui-se a questão social, para

estabelecer-se o alcance da maior ou menor possibilidade de participação

dessas pessoas em sociedade.

O documento diz que a convenção estabelece direitos à saúde, à

educação inclusiva nas escolas comuns, ao transporte, crianças e mulheres

com deficiência, atendimento em casa com calamidade, lazer, cultura, esporte,

habilitação e reabilitação, trabalho e formação profissional, etc. No que diz

respeito ao trabalho, reafirma a idéia de inclusão de todas as pessoas com

deficiência, de forma digna e integral, reforçando as ações afirmativas para

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tanto, conforme o “art. 27 do instrumento”. Afirma que vários países, por

exemplo, Portugal Espanha, França, Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica,

Holanda, Irlanda, Reino Unido, Argentina, Colômbia, El Salvador, Honduras,

Panamá, Nicarágua, Peru, Uruguai, Venezuela, Estados Unidos da América,

Japão e China, estabelecem uma cota de trabalhadores com deficiência

aplicando-os em diversos setores com deficiência aplicando-os em diversos

setores, como o público, privado e etc.

Também é importante relatar que em 2008 o conceito de deficiente

mental foi alterado para deficiente intelectual.

2.2.1 Deficiência Intelectual

De acordo com o Decreto nº. 3.298/99, alterado pelo decreto nº.5.296/04,

conceitua-se como deficiência mental – intelectual significativa inferior à

medida, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas

ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

a- Comunicação;

b- Cuidado pessoal;

c- Habilidades sociais;

d- Utilização dos recursos da sociedade;

e- Saúde e segurança;

f- Habilidades econômicas;

g- Lazer; e

h- Trabalho.

(Carlos Lupi, 2007).

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2.3 Por Que Se Adota o Termo Pessoa Portadora de Deficiência ou

Pessoa Com Deficiência?

Carlos Lupi (2007) diz que a denominação utilizada para se referir as

pessoas com alguma limitação física, mental ou sensorial assume várias

formas ao longo dos anos. Utilizavam-se expressões como “inválidos”,

“incapazes”, “excepcionais” e “ pessoas deficientes”, até que a Constituição de

1988, por influencia do Movimento Internacional de Pessoas com Deficiência,

incorporou a expressão “pessoa portadora de deficiência”, “pessoas com

necessidades especiais” ou “pessoa especial”. Todas elas demonstram uma

transformação de tratamento que vai da invalidez e da incapacidade à tentativa

de nomear a característica peculiar da pessoa, sem estigmatizá-la. A

expressão “pessoas com necessidades especiais” é um gênero que contem as

pessoas, com deficiência, mas também acolhe os idosos, as gestantes, enfim,

qualquer situação que implique tratamento diferenciado. Igualmente se

abandona à expressão “pessoa portadora de deficiência” com uma

concordância em nível internacional, visto que as deficiências não se portam,

está com a pessoa ou na pessoa, o que tem sido motivo para que se use; mais

recentemente, conforme se fez ao longo de todo este texto, a forma “pessoa

com deficiência”. Esta é a denominação internacionalmente mais freqüente.

2.4 As Normas de Convivência na Escola e na Sociedade

A doutora em Educação, Maria da Graça Paiva na sua palestra,

a educadora traz outro pensamento de Paulo Freire, que diz:

“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo

ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros

(...) o professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu

gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais

precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia, o professor que ironiza

o aluno, que o minimiza, que manda que ‘ele se ponha em seu lugar’

ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quando o

professor que se exime do cumprimento do seu dever de propor

limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de

estar respeitosamente presente à experiência formadora do

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17

educando transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa

existência”. (Paulo Freire, 1997, p 66)

2.4.1 Respeitando as Diferenças

A educação inclusiva das pessoas com necessidades especiais se

constitui no mais recente discurso educacional. Não resta duvida de que esta

linha de pensamento é a mais ética e correta, uma vez que procura preservar o

respeito às diferenças. Mas é preciso entender também que a chamada

exclusão não é restrita apenas às crianças ditas especiais na verdade, vivemos

em uma sociedade em que todos que estão fora do dito “padrão” ideal: pobres,

negros, gordos, homossexuais. Por isso, a discussão da “escola de inclusão” é

muito mais ampla e talvez precise ser pensada não apenas quando recebe

uma criança portadora de necessidades especiais, mas sempre que se prega a

“Educação Para Todos”. (Vera Nunes, 2004, p 14 e 19).

2.4.2 Reflexão no Mundo

A década de 90 trouxe novamente a discussão da inclusão escolar: o

processo dos portadores de deficiências, ou que apresentam quadros

psíquicos graves, como psicose e autismo, na escola, vem sendo objetivo de

reflexão no mundo todo. Em um ponto, os educadores concordam: a amplitude

do termo inclusão passa pela estrutura social da respectiva demanda. O

processo de inclusão nos Estados Unidos, por exemplo, é pautado por

programações onde a criança é considerada conforme os padrões de

comportamento que apresenta. Há listas de programas pedagógicos,

especialmente dirigidos à criança que apresenta transtornos alimentares,

metabólicos, déficit de atenção com hiperatividade e outros.

Na Ásia e na África o ingresso de meninas na escola é restrito,

havendo uma campanha mundial liberada pela UNICEF E ONU, no

sentido de incluir as meninas na rede escolar. No Brasil, hoje, a

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discussão mesclando o social com a interação se dá no sentido de incluir

a criança que trabalha à escola. A escola inclusiva trata de incluir o

deficiente a um meio que a sociedade considera padrão. A criança, ao

aprender, atravessa o contexto familiar e vai para o social. (Silva do

Canto, 2004)

2.4.3 A Entrada Na Escola é Um Momento de Superação

A entrada na escola, como se sabe, é um momento de separação,

isso para qualquer criança. A mãe, ou substituta, a deixa na escola e ela

é chamada ao social. As professoras, embora não sejam familiares, são

chamadas de “tias” palavras que a escola encontrou para suportar a

passagem no caminho da transferência que está sendo realizada pela

criança. Aí se identifica a posição da criança que necessita de educação

especial. Por apresentar uma realidade fragilizada, em sua constituição

psíquica, não suportando realizar essa passagem, a criança passa a

apresentar sintomas leves como inibição, pode até ser fóbica, ou mais

grave, como a psicose.

2.4.3.1 Diagnóstico

Atuando na área de educação especial, há mais de 25 anos, na

cidade de Canoas (RS), a psicóloga Beatriz Lagranha identifica no

diagnóstico errado um dos principais problemas na inclusão do ensino

regular. A falta de acesso à rede pública, que ampliaria a possibilidade

de diagnóstico correto, faz com que uma criança/aluno com problemas

de inibição neurótica, ocasionada por maus tratos, ou falha na estrutura

psíquica na relação com a mãe, seja diagnosticada como deficiente

intelectual e passe a ser tratada como tal. Essa criança corre um sério

risco de não permanecer na rede escola regular, por não encontrar ali,

um lugar que leve em conta a sua subjetividade para além do sintoma

que apresenta.

Page 19: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

19

2.4.3.2 O Desafio das Escolas Regulares

A escola enfrenta outro desafio, que é a preparação que deve ser

dada ao professor. A fonoaudióloga Marlene Canarin Danesi, contrária

ao técnismo, defende que as escolas precisam ouvir as técnicas para

que o professor, que não pode se transformar num médico, possa fluir

em sala. Ela considera que qualquer profissional humanista não pode ser

contra a inclusão, mas a despreparação dos professores é um ponto a

ser atacado. Destaca que incluir é interagir, o que pode ficar

problemático para um surdo-mudo, por exemplo, que não encontra no

ensino regular em seu igual. A fonoaudióloga que já escreveu o livro

”Admirável Mundo dos Surdos”, afirma que há muito a surdez deixou de

ser considerada uma deficiência: “São pessoas que possuem uma

linguagem própria, que é a dos sinais”.

O professor Carlos Skliar, diretor da pós-graduação em Educação

da UFRGS e da Coordenação de Educação Especial da cidade de Porto

Alegre (RS), destaca “nós temos o cuidado de não criar uma política

global onde todos os chamados deficientes façam o mesmo processo de

inclusão”. “Temos que pensar em alguma forma de inter-relação,

reconhecendo as especialidades que as comunidades fazem”, o que

passa por uma discussão pedagógica para dar conta de uma diferença

que requer um espaço diferenciado. Ele avalia que a educação especial

tem uma relação com o sistema de ensino muito particular, ela passou

de ser historicamente fechada, para, de repente, nos últimos anos, estar

sendo considerada, praticamente, como algo que tem que desaparecer,

como tipo de instituição, sobretudo a partir da idéia de educação

inclusiva. Destaca que de alguma forma a tendência seria de não –

necessidade de instituições especiais, pelo menos no sentido histórico,

porque a inclusão, hipoteticamente, garante o acesso de todos à escola

comum.

Skliar afirma que em 1960 aconteceu um movimento interessante,

chamado de desinstitucionalização do especial, não só da escola. Isso

chega para nós a partir de 80, como um modelo de integração.

Page 20: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

20

No Brasil, observa, a escola inclusiva está sendo pensada como a

escola que já existia, com algumas crianças deficientes, “e está toda a

distancia que nós temos do que significa educação para todos”. Uma

coisa é colocar, pensar num projeto de educação para todos os tipos,

todas as diferenças, e outra coisa é pensar na escola como é hoje,

aonde algumas crianças deficientes vão se somar. “Não se pode articular

uma política real de educação para todos, somente a partir da idéia de

educação inclusiva”.

Carlos Skliar finaliza elaborando uma pergunta:

“De quem é o problema da criança deficiente? É da escola

especial, da escola como um todo, da família? Enfim, temos muito

que fazer e, sobretudo temos que fazer com que a escola para todos.

Concluiu que a diferença não é negativa, todos temos e nos

articulamos através disso, e a escola, porém, tem que se questionar

sobre o quanto é excludente dentro do seu ambiente”.

2.4.4 O Desafio do Professor

Segundo Sílvia Canto um processo de educação, tende como foco

inicial o professor olhando para todos como “iguais”, bate de frente com as

crianças que vão se revelando diferentes, com problemas no processo de

aprendizagem e de socialização.

A ausência de possibilidades que atendam as demandas pedagógicas é

um novo caminho que está sendo perseguido no caminho da inclusão. Uma

criança com um quadro de psicose, por exemplo, dificilmente vai responder o

seu nome ao ser chamada, da mesma forma que os colegas. Vai ser mais

incisiva ao marcar sua presença, vai ignorar o chamado ou vai entrar em crise

ao ser convocado a ocupar um lugar no social. Conhecer a família do aluno,

neste caso, é tarefa necessária.

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A coordenadora de educação especial da Secretaria Municipal de

Educação de Porto Alegre, Liliana Giordani, entende de forma abrangente o

papel do professor num processo de inclusão.

O movimento necessário segundo Liliane, é a necessidade de saída das

paredes da educação especial e fazer a discussão como um todo, tomar a

educação como um diagnostico de diferença em todos os espaços. Formar um

professor que veja que a sua sala de aula é uma diferença. Isso a pedagogia

tende a negar, adverte. A pedagogia fala que as diferenças são negativas as

que não aprendem ou que aprendem de outra forma. “O papel do professor é

articular essa diferença“ conclui a coordenadora.

2.4.5 O Que Diz a Lei

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB 9394/96, organizada nos

moldes da Constituição Federativa do Brasil de 1988, fez uma nova leitura

sobre a Educação Especial, no artigo 58, onde diz ser esta a “modalidade de

educação escolar”, oferecida preferencialmente na rede regular do ensino, para

educandos portadores de necessidades especiais assegurando o direito de

matricula para pessoas com deficiência nas escolas regulares.

“Nós vivemos numa sociedade excludente, onde todos os diferentes são

vistos com restrição, como os pobres, os índios e o s negros”.

“Com relação aos portadores de necessidades especiais, é preciso

valorizar o que eles sabem fazer, e não o que não sabem”. (Sílvia Canto,

2001).

2.4.6 O Desejo de Aprender

Em meio a tantas diferenças, a aprendizagem de um deficiente passa

pelo mesmo caminho, num determinado momento, dos ditos “normais”.

Ferramenta indispensável neste processo é o desejo, o forte desejo de

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22

aprender. Isto deve ser trabalhado desde cedo na família, que passa por

diversos processos, desde a negação da doença até o momento em que se

conscientiza de que deve buscar ajuda. Sílvia Canto relata que uma criança

com síndrome de “down” chega a alfabetizar-se porque aí está presente o

desejo da família de não vê-la mais como minoria, mas como alguém com

identidade própria.

2.5 Definição Necessidades Especiais

Segundo Ana Maria da Silva, as necessidades especiais são

consideradas como resultado da interação de uma grande variedade de

fatores, uns inerentes à criança outros ao meio e outros, muito importantes,

relacionados à maneira como a escola encara a criança.

2.5.1 Escolas Inclusivas

Em varias partes do mundo se encontram exemplos de escolas que

conseguem lidar com sucesso com a diversidade de alunos. O estudo dessas

escolas pode ajudar a compreender melhor possibilidades existentes. (Ana

Maria da Silva, 1998).

2.5.2 Lidar com Deficiências

As necessidades especiais se verificam quando as escolas são

incapazes de lidar com as dificuldades das crianças. A partir de estudos de

caso, analizam-se estratégias para lidar com as dificuldades na escola. (Ana

Maria da Silva, 1998).

2.5.3 A Principal Preocupação

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23

Segundo Ana Maria da Silva, a principal preocupação é atender cada

aluno dentro do currículo geral, em vez de organizarem programas separados.

Há uma ênfase que é posta na aprendizagem a partir da experiência, sem

esquecer que também é muito importante que a escola adote uma política

global que apóie cada um dos professores.

2.5.4 Ajuda e Apoio

Ana Maria diz que “ajuda e apoio” é necessário em todos os sentidos,

porque tendo isso as escolas crescem em processos de colaboração como

meio de criar condições positivas de aprendizagem para alunos e professores.

2.5.5 O Ponto de Vista Curricular

As dificuldades educativas são definidas em termos de tarefas e

atividades proporcionadas aos alunos e das condições criadas na sala

de aula. Tradicionalmente, as abordagens adaptados em muitos países

fundamentavam-se na perspectiva dos problemas do aluno. Começa

agora a ser reconhecida que essa forma de definir as dificuldades

educativas tem numerosas desvantagens. Consequentemente tem-se

demonstrado um interesse crescente pela perspectiva curricular.

Considerem-se mais por “menorizamente” essas duas formas de definir

dificuldades educativas.

2.5.5.1 Ensino Especial

Ana Maria diz que essas crianças precisam de ensino especial

como resposta para seus problemas. A educação especial tem a

tendência para ser tudo ou nada, ou a criança é identificada como

especial ou não é, ficando nesse caso na turma regular sem nenhuma

atenção especial. Desse modo, o processo de identificação tornou-se

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24

crucial e desenvolveu-se todo um conjunto de serviços técnicos

relacionados com esse processo de classificação e de colaboração,

frequentemente excluindo o professor. Também acontece muitas vezes,

que os alunos só são considerados especiais se existem serviços para

atendê-los.

2.5.5.2 Relacionando a Aprendizagem com Outros Assuntos

Ensinamentos as diferentes materiais como se eles fossem

completamente distintos umas das outras. No entanto, muitas vezes estão

inter-relacionadas e interdependentes. Para que o aluno não fique com um

conhecimento compartimentado, o professor deve mostrar, sempre que

possível, como uma coisa nova está relacionada com outros aspectos que já

aprenderam antes. Por exemplo: o conceito de coordenada é usado em

matemática para localizar um ponto num plano e, do mesmo modo, as latitudes

e longitudes são usadas em geografia para localizar um determinado lugar num

mapa.

Os gráficos não são só usados em matemática, mas também em

ciências, estudos sociais e variados aspectos da vida.

As formas geométricas podem ser utilizadas em artes para fazer

decorações e padrões. Também se pode mencionar o seu uso como base

certas escolas das belas arte.

Pode tornar-se muito mais interessante o estudo das descobertas

cientificas quando se relacionam com a sua influência no desenvolvimento

histórico, tal como o efeito que teve a descoberta de máquina a vapor na

revolução industrial.

Os conceitos de matemática e de ciências podem ser facilmente

evocados quando a classe participa na confecção de algum tipo de comida:

medida das quantidades segundo as receitas, valor nutritivo dos ingredientes e

quantidades de coloridas dos alimentos.

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25

O estudo da luz em ciências pode relacionar-se como estudo das cores

em arte.

Ana Maria fala muito em “rotular” as crianças com deficiência, diz que é

mais fácil de estabelecer uma estratégia, como aplicar tarefas a práticas com

os alunos. (Ana Maria da Silva,1998)

2.5.5.3 As Ações Afirmativas

São assim, medidas que visam à plantação de providencias obrigatórias

ou facultativas, oriundas de órgãos públicos ou privados, cuja finalidade é a de

promover a inclusão de grupos, notoriamente discriminados, possibilitando-lhe

o acesso aos espaços sociais e “fruição” de direitos fundamentais, com vistas a

realização da efetiva igualdade constitucional.

2.5.5.4 As Cotas das Empresas

Segundo Carlos Lupi,o art. 93 da Lei nº.8.213/91, ao fixar, empresas

com 100 (cem) ou mais empregados, o percentual de 2% a 5% de contratação

obrigatório de pessoas com deficiência habilitadas, ou reabilitadas, está a

exercer ação afirmativa decorrente da Lei, cuja implementação depende das

empresas. Trata-se de programar uma iniciativa de combinação de esforços

entre o estado e sociedade civil.

Quantas pessoas com deficiência a empresa precisa manter contratada?

A cota depende do nº. geral de empregados que a empresa tem no seu

quadro, no seu quadro, na seguinte proposição, conforme estabeleceu art. 93

da Lei nº.8.213/91. (Carlos Lupi, 2007).

1- de 100 a 200 empregados.......2%

2- de 201 a 500...........................3%

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26

3- de 501 a 1.000......................4%

4- de 1001 em diante.................5%

2.6 Deficiência Múltipla

De acordo com o Decreto nº. 3.298/99, conceitua-se como deficiência

múltipla a associação de duas ou mais deficiências.

2.6.1 Deficiência Permanente

Considera-se deficiência permanente aquela que ocorreu ou se

estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir

recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de nocos

tratamentos.

2.6.2 Comprovação da Deficiência

A condição da pessoa com deficiência pode ser comprovada por meio

de:

a- Laudo médico, que pode ser omitido por médico do trabalho de empresa a

outro médico, atestando enquadramento legal do(a) empregado(a) para

integrar a cota, de acordo com as definições estabelecidas na convenção nº.

159 da OIT, parte I, art.1; Decreto nº.3.298/99 arts. 3º e 4º. O laudo devera

especificar o tipo de deficiência e ter a autorização expressada do(a)

empregado(a) para a utilização do mesmo pela empresa; tornando pública a

sua condição;

b- Certificado de reabilitação profissional emitido pelo INES.

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27

Deixando bem claro que os empregados com deficiência não podem

ficar em um setor isolado. Por isso que na Lei consta que os deficientes devem

ficar em todos os setores, na medida do possível. Art.2º da recomendação

nº.168 OIT.

Lema do ano Internacional das Pessoas com Deficiência 2004: “Nada

Sobre Nós, Sem Nós”.

2.6.3 Discalculia: Transtorno Específico da Habilidade em Matemática

José Alexandre Bastos diz que em um mundo cada vez mais

competitivo, o aprendizado de leitura da escrita e da matemática é fundamental

para que o indivíduo participe do mercado de trabalho. Os temas implicavam o

envolvimento de profissionais de diversas áreas, tais como medicina,

psicologia, fonoaudióloga, pedagogia, além do interesse por parte dos

professores, dos pais e do governo.

Segundo José Alexandre Bastos, não saber matemática parece

“incomodar” menos do que ter dificuldades em leitura e escrita. Parece ser um

privilegio de poucos. Não levar em conta o pensamento de Aristóteles: “Os

inábeis na manipulação das pedras são enganados pelos hábeis no cálculo”.

O acesso a matemática, de forma mais abrangente, só aconteceu há

pouco tempo; no entanto, em países com grandes desníveis sociais como o

Brasil, esse aprendizado é muito comprometido, sendo sendo uma causa

importante de retenção escolar.

A neuropsicologia avançou para seu melhor entendimento, colaborando

no diagnostico e no tratamento das diversas situações que dificultam o seu

aprendizado.

2.6.3.1 Os Cálculos Sempre Fizeram Parte do Cotidiano do Homem

Page 28: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

28

Os cálculos sempre fizeram parte do cotidiano do homem. Ao caçar ou

pescar, faziam-se marcas em ossos de animais ou em pedaços de madeira

quantificando os resultados.

Com a evolução e a organização das comunidades, houve o

desenvolvimento da agropecuária, com conseqüentes “sobras” de produtos,

surgindo o comércio. Estes fatores tornaram necessária a criação de métodos

de cálculos mais práticos; controlar o rebanho de ovelhas “contando pedras”,

em que cada pedra corresponda a uma ovelha, já não era suficiente.

Houve a contribuição de vários povos para a evolução dos números e

cálculos.

2.6.3.2 Os Egípcios

Aproximadamente no ano 1.650 a.C, um escriba egípcio chamado

Aahmeru escreveu um papiro, conhecido como papiro “AHMES”, contendo 80

problemas matemáticas resolvidas, relacionados ao dia- a – dia das pessoas.

(José Alexandre Bastos,2006)

2.6.3.3 Os Romanos

Segundo Jóse Bastos desenvolveram um sistema numérico

aproveitando as próprias letras do alfabeto, contendo sete números – chaves: I:

1; V:5; X: 10; L: 50; C:100; D:500, M:1.000. que é um desenvolvimento utilizado

até os dias de hoje.

2.6.3.4 Os Indus

Na Síria, no ano 662, em uma reunião em um clube científico, o bispo

sírio Severus Sebokt faz a seguinte afirmação: “Existem outros povos que

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29

também sabem alguma coisa; os indus, por exemplo, têm valiosos métodos de

cálculos. São métodos fantásticos”. Relata José Alexandre Bastos.

2.6.3.5 Os Árabes

Uma característica árabe era a sua capacidade em absorver, aperfeiçoar

e divulgar as descobertas de outras civilizações. Com a matemática não foi

diferente.

Al – Mamun, Califa de Bagdá, fundou a “casa da sabedoria” convidando

vários para participar,entre eles Al – Khwarizimi, que escreveu o livro “sobre a

arte hindu de calcular” no ano de 809.

Os árabes tiveram um papel importante na cultura e na matemática,

aperfeiçoando a aritmética, originaria da Índia, a álgebra, de fontes gregas,

hindus e babilônicos; e a geometria, da Grécia.

2.6.4 A Importância da Reeducação

Segundo José Alexandre Bastos, Séguim, neurologista que durante

muitos anos se dedica ao estudo do deficiente mental, funda, 1845, a primeira

escola de reeducação para surdos-mudos, em Paris, e, em 1850, vai para a

América, onde continua a sua obra. nos trabalhos de Séguim, principalmente "

Traitment Moral des Idiots et des autes Enfants Arriérres", destaca-se a

importância da observação individual da criança, da reunião em pequenos

grupos e do treinamento dos sentidos como fundamentais para a

aprendizagem do deficiente, fundamentando o planejamento no diagnóstico de

cada caso. Ao mesmo tempo que envolve uma teoria neurofisiológica para a

deficiência mental, salienta a importância da reeducação. Pela estimulação

intensa dos sentidos não-comprometidos, espera conseguir um adestramento

do deficiente mental grave.

2.6.4.1 O Cérebro, o Processamento Numérico e o Cálculo

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30

José Bastos diz que a aritmética é uma habilidade básica do cérebro

humano. Os números fazem parte do nosso cotidiano: números telefônicos,

senhas e outros. É uma das mais importantes invenções da humanidade, sem

eles a ciência e a sociedade provavelmente não teriam evoluído.

Existem argumentos afirmando que habilidade numérica é determinada

biologicamente, sendo uma categoria científica de domínio do conhecimento.

O sistema cerebral para números é comparável ás outras áreas

cerebrais especializadas, com os responsáveis pelo conhecimento das cores,

pela audição, entre outras.

2.6.4.2 O Desenvolvimento das Habilidades em Matemática

José Bastos diz que existem hoje fortes evidencias de que as crianças já

possuem habilidades básicas para o desenvolvimento de matemática. Wynn

(1992) demonstrou que crianças podem realizar cálculos simples em torno dos

seis meses de idade.

Segundo Lefévre(1989), Piaget, em 1952, criou a teoria do conceito

numérico da criança, demonstrando que no período operatório (6 a 7 anos) a

criança desenvolve pensamento lógico-matemática. Este é o resultado das

fases anteriores: período sensório-motor (até 2 anos) e período pré-conceptual

intuitivo (2 a 5 anos).

2.6.4.3 O Cérebro e a Matemática

A fase especulativa - A teoria frenológica de Gall Galeno, no ano de 200

d C, afirmou que existiam áreas cerebrais especializadas em diversas funções,

entretanto, como domínio romano e cristianismo. Tornando-se religião oficial do

Império romano, o pensamento de Santo Agostinho prevaleceu por 1.400 anos,

atribuindo essas funções à existência de uma alma imortal.

Segundo Sabbatini (2002, no séc. XVIII), as funções cerebrais podiam

somente ser imaginados; não existiam métodos comprovadamente científicos,

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31

a não ser a algumas observações em pacientes com distúrbios neurológicos.

Os estudos de Gall foram completados por seu discípulo Johann

Spurzheim, que colaborou também na sua divulgação.

É surpreendente que, quase 200 anos após,uma das area cerebrais

envolvidas no cálculo matemático foi confirmada pelos estudos com

automografia com emissão de pósitrons (pét): Esta registrou o envolvimento do

cortex pré-frontal do hemisfério, dominante durante a realização de cálculos, na

localização comparável aquela que Gall e Spurzheim propuseram.

2.6.4.4 A Fase Científica

Dois estudos considerados como os iniciadores desta fase: em 1861,

Branca demonstrou a área responsável pela função expressiva da fala e, em

1874, Wernick demonstrou a área responsável pela sua função perspectiva.

Na criança, têm sido relatados estudos com a denominação de síndrome

de Gerstmann do desenvolvimento. Recentemente, Suresh e Sebastion (2000)

estudaram 10 crianças com os sintomas da síndrome de Gerstmann: sinais

neurológicos sutis, distúrbio de comportamento e distúrbio da linguagem,

propondo intervenção cognitiva intensa com bons resultados. (José Alexandre

Bastos, 2006, p.480).

2.6.4.5 Distribuição Hemisférica de Habilidade no Processamento

Numérico

Enquanto a representação cerebral para quantidades é conhecida desde

1970, apenas recentemente os estudos neuropsicológicos começaram a

investigar a organização cerebral do processamento numérico no cérebro

humano.

Em 1984, Gazzaniga e colaboradores estudaram pacientes com lesão de

corpo colosso ou seccionando cirurgicamente, mostrando que ambos os

hemisférios têm áreas disponíveis para quantidade e cálculos.

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32

Entre os 6 e 12 anos de idade são necessários os seguintes requisitos

para o aprendizado adequado de matemática:

a- Ter capacidade de agrupar objetos de 10 em 10;

b- Ler e escrever de 0 e 99;

c- Saber a hora;

d- Resolver problemas com elementos desconhecidos;

e- Compreender meios e quartos;

f- Medir objetos;

g- Nomear o valor do dinheiro;

h- Medir volume;

i- Contar em 2 em 2,5 em 5,10 em 10;

j- Compreender números ordinais;

k- Completar problemas mentais simples;

l- Executar operações matemáticas básicas. (José Alexandre Bastos,

2006)

2.6.4.6 Imagem Cerebral e Cálculos

Segundo José Bastos em 1985, Roland e Friberg foram os primeiros a o

fluxo sanguíneo regional durante a execução de cálculos matemáticos,

demonstrando que as áreas parietais inferiores e o cortex pré-frontal são

ativados neste processo.

Os estudos com tomografia com emissão de pósitrons (PET) também

mostram a ativação das mesmas regiões.

Estas localizações foram confirmadas usando-se a ressonância

magnética funcional (RMF).

Page 33: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

33

2.6.4.7 O Cérebro e as Dificuldades em Matemática

O manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM – IV),

no item 315.5, define o transtorno da matemática como: “Uma capacidade para

a realização de operações aritméticas” (medida por testes padronizados

individualmente administrados, de cálculos e raciocínio matemático)

acentuadamente abaixo da esperada para a idade cronológica, a inteligência

medida e a escolaridade do indivíduo (critério A). A perturbação na matemática

interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida

diária que exigem habilidades em matemática (critério B). Em presença de um

déficit sensorial, as dificuldades na capacidade matemática excedem aquelas

geralmente associadas a estas (critério C). Caso esteja presente uma condição

neurológica, outra condição médica geral ou déficit sensorial, isto deve ser

codificado no eixo III. Diferentes habilidades podem estar prejudicadas no

transtorno da matemática, incluindo habilidades lingüísticas e perceptuais (por

exemplo, reconhecer ou ler símbolos numéricos ou aritméticos e agrupar

objetos em conjunto), habilidades de atenção (por exemplo: copiar

corretamente números ‘levados’ a observar sinais de operações) e habilidades

matemáticos (por exemplo: seguir seqüências de etapas matemáticas, contar

objetos e aprender tabuadas multiplicação). (José Alexandre Bastos, 2006).

2.6.4.8 Acalculia e a Descalculia do Desenvolvimento

Estes são basicamente os dois tipos de anormalidades em matemática.

Segundo Rosselli e Ardilla, o termo acalculia foi introduzido por Henshen em

1925, significando a perda da capacidade de executar cálculos e desenvolver o

raciocínio aritmético. Em 1961, Hecaen e colaboradores estudaram 183

pacientes com lesões cerebrais e reconheceram três subtipos de calculia:

1) Alexia e agrafia para números, em que existem dificuldades para ler e

escrever quantidades, com o comprometimento no hemisfério cerebral

esquerdo.

Page 34: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

34

2) Acalculia especial, em que há dificuldades na orientação especial,

impossibilitando a colocação dos números em posições adequadas para

se executar cálculos, com comprometimento do hemisfério direito.

3) Anaritmetia, que corresponde à acalculia primária e implica inabilidade

em conduzir operações aritméticas, em conseqüência de lesões em

ambos hemisféricos.

4) Classificação das dificuldades.

2.6.4.9 Aprendizagem e Deficiência Mental

Aron Diament conta que quando nos referimos à aprendizagem na

pessoa com deficiência intelectual (DI), não estamos abordando somente a

aprendizagem escolar, como também temos que ater aos aprendizados das

atividades da vida (AVDs) e das atividades da vida prática (AVPs).

O conceito de deficiência intelectual no déficit de inteligência,

abrangendo variadas causas pré, peri e pós natais. Entretanto, a variação da

inteligência entre os componentes de uma população não depende somente de

seu genótipo, mas também das diferenças ambientais, como se provou pelo

peso e altura dos indivíduos. Por outro lado, os estudos populacionais com

base em testes que pretendem medir a inteligência, mostram (in Diament,2005)

que:

♦ Não há um limite nítido entre a inteligência normal e subnormal; o limite tem

de ser arbitário. Tal conclusão está calculada justamente na dificuldade em

conceituar a inteligência.

♦ A distribuição se aproxima muito de curva dita normal(ou curva de Gauss),

com ligeiro predomínio dos valores muito baixos.

Concluí-se daí que o componente genético da inteligência não dava para

depender de um único par de genes, e sim de muitos pares de genes. Trata-se,

portanto, de herança poligência atuando em diversas variáveis ambientais. (in

Diament,2005).

2.6.5 Associação Americana de Deficiência Mental

Page 35: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

35

Não é fácil definir ou conceituar a deficiência mental. A Associação

Americana de Deficiência Mental (in Diament, 2005), a define como:

“Todos os graus de defeito mental insuficiente, dando como

resultante que o indivíduo é incapaz de competir, em termos de

igualdade, com os companheiros normais, ou é incapaz de cuidar de

si mesmo ou de seus negócios com a prudência normal”.

Passou-se a medir a inteligência com testes de nível mental para se

caracterizar a pessoa com testes de nível mental para se caracterizar a pessoa

com deficiência mental. Binet e Simon estabeleceram, pela primeira vez, o

conceito de quociente intelectual (QI), mediante provas que relacionavam a

idade cronológica e a mental, introduzindo os termos clássicos (in

Diament,2005):

- Débeis mentais: com QI de 50 a 75;

- Inbecis: com QI entre 25 e 50;

- Idiotas com QI a baixo de 25.

Entre tais termos, pelas conotações pejorativas, caíram em desuso e, em

1968, a OMS introduziu quatro níveis para a deficiência mental (intelectual) e

que o DSM- IV- TR modificou, como segue:

♦ I- Profunda- QI abaixo de 20 ou 25;

♦ II- Grave- QI entre 20-25 e 35-40;

♦ III- Moderada- QI entre 35-40 e 50-55;

♦ IV- Leve- QI entre 50-55 até aproximadamente 70.

Testes mentais para se determinar o nível de pessoas com deficiência

mental ainda são utilizadas, embora se reconheça que o importante é verificar

quais as potencialidades de cada pessoa com deficiência intelectual, e assim

determinar se há possibilidade de alfabetização ou não, e em que nível; não

havendo essa possibilidade, devem ser determinadas quais as capacidades

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36

que a pessoa com deficiência intelectual é capaz de aprender e, claro, procurar

profissionalizá-la. Porém, nos casos de deficiência intelectual grave e profunda

pode não haver nem essa possibilidade.

Tarnapol (1980) define tais distúrbios em crianças que não apresentam

retardamento mental (SIC) ou com “disfunção cerebral mínima” (DCM),

conceito este amplamente divulgado entre as décadas de 1960 e 1980 do

século passado e atualmente com desuso.

2.6.5.1 É cada vez maior o número de publicação sobre a inclusão social.

Qual o objetivo?

Conscientizar os profissionais que lidam com a pessoa deficiente (PD,

quaisquer que seja) e a sociedade incluí-la na vida societária normal.

Segundo o Diament, pensa que a idéia de inclusão social é a ideal,

porém devemos ter uma solução para a PD (portador da deficiência) que não

tem condições de seguir sua vida, em todos os seus aspectos, quando morrem

seus pais ou cuidadores mais próximos. É ainda necessário um grande

trabalho de todas as entidades que lidam o portador de deficiência, qualquer

que seja, para esclarecimentos que possam abolir os preconceitos e tornar a

aceitação do PD na sociedade, como um todo.

2.7 Deficiência Mental (Intelectual), Síndrome de Down e Outras Causas

A deficiência mental é um atraso ou uma lentidão no desenvolvimento

mental da criança. A criança aprende mais lentamente que as outras da

mesma idade. Ela pode demorar para começar a se mover, sorrir, demonstrar

interesse pelas coisas, usar as mãos, sentar-se, caminhar, falar ou entender.

Ou podem desenvolver habilidades mais rapidamente, mas ser mais lenta nas

outras.

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37

O grau de deficiência mental (intelectual) varia de leve a profunda. A

criança com Deficiência Mental (Intelectual) leve necessita mais tempo para

adquirir certas habilidades.

Mas, com a ajuda, ela pode vir a cuidar de si mesma e ocupar uma

posição ativa e responsável na comunidade. A criança com deficiência

mental(intelectual) profunda, ao ir crescendo, pode ficar com a idade mental de

um bebê ou de uma criança pequena. Ela sempre precisará ser cuidada em

alguns aspectos.

A deficiência mental (intelectual) não tem cura. Mas, todas as crianças

com deficiência mental podem ser ajudadas a progredir mais rapidamente.

Quanto mais cedo tiverem ajuda especial ou “estimulação”, mais habilidades

poderão adquirir.

A deficiência mental (intelectual) é somente uma das possíveis razões

para o desenvolvimento lento da criança. Uma criança cega demorará a

aprender a pegar objetos e a se mover-se de um lugar para o outro se não tiver

auxílio e estímulos externos. Uma criança surda demorará a aprender e se

comunicar se não for ajudada a “dizer” as coisas de outras maneiras que não

através da fala. Uma criança que tem deficiência física grave geralmente

demora em desenvolver o uso do corpo e da mente. Como o “atraso no

desenvolvimento” é comum a muitas deficiências.

“Com a ajuda, algumas crianças deficientes mentais podem aprender a

ler, escrever e fazer muitas das coisas que outras crianças fazem”.

“com a ajuda, algumas crianças deficientes mentais podem aprender a

ler, escrever e fazer muitas das coisas que outras crianças fazem. (Davis

Werner, 1994, p.666).

2.7.1 Causas da Deficiência Intelectual

♦ Muitas vezes a causa é conhecida;

Page 38: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

38

♦ Algumas crianças nascem com o cérebro muito pequeno; ou o cérebro não

cresce ou não funciona normalmente;

♦ Algumas vezes há um “erro” nos “cromossomos”, que são pequenas

mensagens químicas que determinam como a criança será (hereditariedade). É

isso que acontece na síndrome de down;

♦ Em alguns casos, a mãe não recebeu quantidades suficientes de um

determinado alimento ou mineral durante a gravidez;

♦ Pode ocorrer lesões cerebrais antes, durante ou após o parto. Além de serem

deficientes mentais (intelectuais), essas crianças podem também ter paralisia

cerebral, cegueira, surdez ou convulsões. As causas mais comuns das

deficiências mentais (intelectuais) incluem-se em:

● Rubéola: No inicio da gravidez;

● Meningite (infecção cerebral): Causadas pó bactérias, tuberculose ou

malaria, mais comum durante a primeira infância;

● Hidrocefalia: Geralmente com espinha bífida;

● Lesões cranianas;

● Outras causas: Incluem tumor cerebral, envenenamento por chumbo,

pesticidas, certos remédios e alimentos e algumas formas de distrofia ou atrofia

muscular.

Em muitas partes do mundo, as causas mais comuns da deficiência

mental é a lesão cerebral e a síndrome de down. Mas em algumas regiões

montanhosas, é muito comum que ela seja causada pela falta de iodo nos

alimentos e na água.

Em geral, não existe tratamento para deficiência intelectual. Portanto é

desnecessário saber qual é a causa. Em vez disso, precisamos ajudar a

criança a se desenvolver da melhor forma que ela puder. Mas, certos remédios,

alterações na alimentação ou a prevenção de um envenenamento maior

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39

podem fazer uma grande diferença em alguns casos. Se uma criança tem

algum sinal de cretinismo ou parece estar perdendo aos poucos a capacidade

mental, tende obter orientação médica. (David Werner, 1994, p.666)

2.7.2 Síndrome de Down

Segundo David Werner em muitas regiões, a síndrome de down – ou

“mongolismo” – é a forma mais comum de lentidão ou deficiência mental. As

crianças com síndrome de down demoram mais que as outras para

aprenderem usar o próprio corpo e a mente. Existem também alguns sinais de

problemas físicos. (Essa combinação de vários sinais é chamada de síndrome).

O bebê não se desenvolve normalmente no útero devido a um erro nos

“cromossomos” (material existente em todas as células do corpo e que

determina de como vai ser o bebê).

4.7.2.1 Sinais Típicos de Down

♦ Ao nascer, o bebê parece mole e fraco;

♦ O bebê não chora;

♦ O bebê demora mais que os outros da mesma idade para se virar, segurar

objetos, falar e andar;

♦ Quando é abaixado de repente, o bebê reage abrindo os olhos;

♦ A íris do olho tem tantas manchinhas brancas, como grãos de areia.

Geralmente desaparecem por volta de 12 meses de idade;

♦ Cabeça curta ou pequena, larga e achatada na nuca;

♦ As vezes quadris deslocados;

♦ Boca pequena, sempre aberta; céu da boca alto e estreito, língua

dependurada para fora;

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40

♦ Pescoço curto;

♦ Ombros arredondados;

♦ Rótula dos joelhos desliza para baixo;

♦ Pés direcionados para dentro e achatados;

♦ Dedo do pé bem separados dos outros dedos.

♦ Qualquer infecção prejudica mais ainda.(David Werner, 1994, p.666).

2.7.2.2 Proteção Contra Infecções

As crianças com síndrome de down ficam doentes mais frequentemente

que as outras crianças. Elas têm facilidades para pegar resfriados, bronquite,

pneumonia e outras infecções. Portanto é muito importante proteger a saúde

delas.

♦ Amamentar a criança pelo maior tempo possível. O leite materno tem

“anticorpos” que ajudam a criança a combater as infecções.

♦ Como se faz com qualquer bebê, aos 5 meses começar a dar outros

alimentos, como frutos, feijão, arroz e ovos, mas continuando também a

mamentar.

♦ As vacinas podem protegê-la contra muitas doenças infantis. Uma criança

com síndrome de down que pega sarampo ou coqueluche pode contrair

pneumonia facilmente.

♦ Atenção médica precoce. Quando ela tiver dor de garganta, dor de ouvido ou

tosse forte, leve-a a um agente de saúde o mais cedo possível. (David Werner,

1994, p.666).

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2.7.2.3 Prevenção de Síndrome de Down

Segundo David Werner uma em cada 800 crianças nasce com síndrome

de down. Isto ocorre com maior freqüência quando a mãe tem menos de 20 ou

mais de 35 anos de idade.

Em alguns países é possível fazer um teste (amniócentese), a os 4

meses de gravidez para ver se a criança terá síndrome de down. Se for sim, a

família pode considerar um aborto (nas sociedades onde é permitido).

2.7.2.4 Diferentes Comunidades Com Diferentes Teorias

♦ Costumes e crenças locais. Às vezes fazem com que as pessoas deficientes

sejam desprezadas. Por exemplo, os habitantes de algumas regiões acreditam

que uma criança nasce deficiente ou deformado porque os pais fizeram algum

mal ou ofenderam os deuses. Outros acreditam que as pessoas nascem

deficientes para pagar os pecados de vidas anteriores.

♦ A falta de informações corretas provoca mal-entendidos frequentemente. Por

exemplo, algumas pessoas acreditam que deficiência “pega” (é contagiosa) e

não deixam que os filhos se aproximem de crianças deficientes.

♦ Em muitas sociedades, acreditá-se que as crianças que tem convulsões ou

doenças mentais estão possuídas pelo demônio ou por espíritos malignos.

Essas crianças costumam ser temidos, trancados ou espancados.

♦ muitas crianças são abandonadas pelos pais, deixando-as com os avós.

(Quando crescem cuidam dos avós com grande devoção). . (David Werner,

1994, p.666).

2.7.3 O Professor Que é Indiferente

Segundo Mantoan Apud Gil (1997), o professor que é indiferente, não

pode ser chamado de educador. Não quer se dizer que é fácil ou que ter

crianças que necessitam de cuidados especiais em sala de aula é totalmente

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tranqüilo de trabalhar, que todos sabem lidar perfeitamente, não é isso. Mas o

que não se pode aceitar é o docente que se deixa abater diante das

dificuldades, que não busca ajuda, esse sim é um fracassado, pois preferi o

erro (e muitas vezes bitolar e acabar com a vida de uma criança) do que ter a

humildade de pedir ajuda.

2.7.3.1 Valores Indispensáveis

Segundo Graziela Alves, o mundo está em constante evolução, tudo

muda, tudo acontece, mas o problema que ocorre é que, com tudo isso

acabou-se por esquecer certos valores indispensáveis à vida dos cidadãos.

Muita coisa evoluiu, mas às vezes o básico foi esquecido, direitos como: Todos

terem condições para ter uma vida digna, de qualidade em todos os seus

aspectos,... Tudo isso ficou para um segundo plano, as desigualdades e

injustiças sociais cresceram assustadoramente.

Aranha (2004) salienta que uma escola somente poderá ser considerada

inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno,

independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou

qualquer outra situação. Ele diz que um ensino significativo, é aquele que

garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos

a serem mobilizados.

Mantoan diz que de nada adianta colocar a criança especial dentro de

uma classe comum, “se a deixarem segregada, exclusa, vegetando em sala de

aula”. A pessoa com deficiência tem que sentir-se valorizada, importante,

inteligente, capaz igual aos de mais estudantes. Cada um possui limites até os

ditos “normais” também possui, o que o professor não pode é enfatizar a

limitação das pessoas e sim mostrar-lhes que são capazes de evoluir sempre,

que cada conquista não é o ponto final, é apenas o estímulo para buscar cada

vez mais.

Aranha diz:

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43

“Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de

ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e

respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com

as suas potencialidades e necessidades”.

2.7.3.2 O Processo de Avaliação

O processo de avaliação deverá ser todo reformulado, ao se lidar com

crianças com deficiência, não se pode julgar todos iguais, cada qual tem seus

talentos, suas habilidades e capacidades próprias; trabalha-las, desenvolvê-las

é o mais importante do que um simples número que restringe, bitola e

constrange uma pessoa.

2.7.3.3 A Legislação

A legislação é bem clara quando relata que se deve oferecer estudo

gratuito a todas as crianças de 0 a 14 anos, mas o que ocorre muitas vezes

são os pais (principalmente de pessoas com necessidades especiais) não

saberem disso, de que tem direito de colocar seus filhos na escola. Cabe não

só aos pais a responsabilidade de procurar matricula, mas também da escola e

da comunidade, reconhecer e ir à busca dessas crianças e leva-las a escola.

Aranha diz “que a escola deve buscar refletir sobre a sua pratica,

questionar seu projeto pedagógico e verificar se ele esta voltado para a

diversidade”.

2.7.4 A APAE

Há o desafio de colocar os alunos em escolas regulares, que não são

especializadas para tratar deficientes intelectuais. No entanto, há alunos que

estudam nas duas escolas na – na regular e na especializada-, ou que

estudam na regular e possuem atendimentos clínicos na especializada.

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A APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), foi fundada

em 21 de abril de 1996, tem como missão promover e articular ações na

Defesa de Direitos, incentivar a presença, orientar, prestar serviços, dar apoio à

família, direcionar a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência.

A APAE é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos. A Instituição participa

do Conselho Municipal de Assistência Social e Conselho Municipal de Saúde.

A escola oferece atendimento clínico e não limita a idade para o usufruto

do lugar.

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45

3. METODOLOGIA

3.1 Início e término da pesquisa

A pesquisa iniciou-se no mês de abril de 2010 e finalizou-se no mês de

setembro do mesmo ano, conforme o caderno de campo e o cronograma.

(ANEXO A).

3.2 LOCAL DE PESQUISA E DESCRIÇÃO

A pesquisa foi feita na cidade de Esteio, mas durante algumas pesquisas

bibliográficas, a pesquisadora procurou fontes em diversas bibliotecas da

região, havendo uma entrevista na cidade de São Leopoldo.

3.3 PLANO DE PESQUISA

3.3.1 Delineamento da pesquisa

Este é um projeto que envolve pesquisas bibliográficas e entrevistas com

profissionais da área de deficiência especial. Onde as pesquisas levantaram

dados importantes sobre o projeto em questão.

3.3.2 Variáveis e definição operacional

Qual a influência do estudo das ciências exatas no cotidiano dos deficientes

intelectuais?

► As Variáveis:

► Ciências Exatas: Variável dependente.

► Deficientes Intelectuais: Variável independente.

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♦ Ciências: conjunto de conhecimentos sistematizados relativos a um

determinado objeto de estudo.

♦ Exatas: que tem grande rigor ou precisão.

♦ Deficientes intelectuais: área no cérebro afetada. Atraso ou lentidão mental.

3.3.3 População e sistema de amostragem

Com a idéia de fazer uma comparação entre opiniões, foram distribuídos

cem questionários para habitantes de várias regiões do estado de Rio Grande

do Sul, que contém uma população em cerca de 10.187.798.

A amostragem foi escolhida intencionalmente, buscando-se a

diversidade de conceitos de pessoas de várias idades, e, também saber se as

mesmas estão informadas e se possuem interesse pelo assunto.

3.3.4 Instrumentos de coletas de dados

Foi feita uma entrevista na área da deficiência intelectual com a diretora

da APAE de São Leopoldo e com a fonoaudióloga da APAE de Esteio, com

objetivo de compreender melhor o uso das ciências exatas nesta área e

analisar de que forma as ciências exatas são utilizadas no cotidiano dos

deficientes intelectuais. (ANEXO B e C)

Foram aplicados questionários com pessoas de diversas idades, para

que, posteriormente, pudesse ser feita uma comparação entre o que pensam

sobre os deficientes intelectuais, e, sobre no que as ciências exatas podem

influenciar no cotidiano dos mesmos.

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47

Cada questionário continha dez questões objetivas de duas a quatro

alternativas, sendo anônimos, para não expor o nome e a opinião de cada

pessoa (ANEXO C).

3.3.5 Descrição das etapas

Abaixo, encontram-se nove etapas, com todos os procedimentos pelos

qual o projeto sofreu exatamente na ordem dos acontecimentos:

- Primeira etapa

A familiarização com o assunto:

Foi preciso a familiarização do assunto para que a pesquisadora

iniciasse o projeto, desde a familiarização dos deficientes intelectuais até a

aplicação das ciências exatas no cotidiano dos mesmos.

- Segunda etapa

Levantamento de dados bibliográficos:

Neste período, foram procurados livros, artigos e publicações em geral

que falassem sobre o assunto.

- Terceira etapa

Leitura e análise dos dados levantados:

Depois da pesquisa inicial feita, veio a seleção dos materiais recolhidos

para que o referencial teórico não ficasse com conteúdos desnecessários.

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- Quarta etapa

Organização dos dados bibliográficos que foram utilizados:

Neste momento foram colocados em ordem o que realmente seria usado

no decorrer do projeto, e, posteriormente, no relatório final.

- Quinta etapa

Conclusão a partir das informações obtidas:

Nesta etapa, foram finalmente postos no projeto os dados obtidos a partir

das referências bibliográficas selecionadas.

- Sexta etapa

Entrega de questionários:

Cem questionários foram entregues pela professora Sofia

Leuchtenberger (orientadora do projeto) e pela a pesquisadora, para pessoas

de todas as idades.

- Sétima etapa

Transcrição dos instrumentos de coleta de dados:

Como ocorreram à formulação dos questionários aplicados e as

entrevistas realizadas para melhor esclarecimento do tema pesquisado.

- Oitava etapa

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Levantamento de resultados:

De que maneira foi tabulada os dados obtidos, como foram feitos os

gráficos e as discussões sobre os resultados.

- Nona etapa

Conclusão com base nos instrumentos de coleta de dados utilizados:

Aproximação do término do projeto, neste momento a hipótese se

confirma errada ou correta.

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4.1 Resultados parciais do questionário aplicado com o público de diversas

idades:

Questão 1:

Sim 51

Não 49

Questão 2

Sim 43

Não 57

Questão 3

Especial 59

Regular 9

Especial e

Regular

7

Não Sei 25

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51

Questão 4:

Sim 56

Não 44

Questão 5:

Sim 16

Não 15

Não Sei 69

Questão 6:

Sim 30

Não 52

Não Sei 18

Questão 7:

Sim 89

Não 11

Page 52: Baixe aqui o arquivo de modelo de relatório da 20ª FEICCOM

52

Questão 8:

Sim 80

Não 20

Questão 9:

Sim 11

Não 89

Questão 10:

Sim 83

Não 17

Provavelmente este resultado tenha se dado pelas experiências vividas

pelas pessoas que assinalaram o questionário e pelo que costumam ouvir

através da mídia, em casa, ou tenham estudado e refletido o assunto em outros

lugares.

As tabelas demonstrativas dos resultados obtidos através da entrega de

questionários pode ser melhor representada a partir dos gráficos elaborados

com o objetivo de explicar o percentual dado pelas respostas:

Questão 1: (ANEXO D)

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Questão 2: (ANEXO E)

Questão 3: (ANEXO F)

Questão 4: (ANEXO G)

Questão 5: (ANEXO H)

Questão 6: (ANEXO I)

Questão 7: (ANEXO J)

Questão 8: (ANEXO L)

Questão 9: (ANEXO M)

Questão 10: (ANEXO N).

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CONCLUSÃO

A analise qualitativa dos questionários distribuídos para diferentes

públicos possibilitou a pesquisadora concluir que muitas pessoas já viram ou

conheceram deficientes intelectuais, mas que uma quantidade maior não tem

contato social com as mesmas.

Com a finalização da pesquisa pode-se concluir que a hipótese

formulada pela pesquisadora estava correta. Através de fontes bibliográficas,

entrevistas, questionários e visitação em escolas especiais, é correto afirmar

que se os deficientes intelectuais forem estimulados os próprios adquirem

conhecimentos básicos e necessários para a sua vida cotidiana.

Os deficientes intelectuais utilizam as ciências exatas na sua vida quase

todo o tempo, mas é necessário lembrar que tudo é muito relativo e que muitos

progressos na vida dos mesmos, dependem do grau da deficiência. Muitas

dessas pessoas trabalham, vão em mercados, trocam e recebem dinheiro;

usam o telefone aplicando corretamente os números; dominam quantidades

quando trabalham, estudam e segundo a diretora da APAE Soraina Rodrigues

da Rocha, até mesmo quando estão nas oficinas, como por exemplo, na

cozinha.

Conclui-se que se estimulados desde cedo os deficientes intelectuais

desenvolvem habilidades incríveis não somente em relação às ciências exatas,

mas também em diversas áreas como esporte e dança.

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55

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

► SILVA, Ana Maria. Programa de Capacitação de Recursos

Humanos do Ensino Fundamental Necessidades Especiais em Sala

de Aula. 2 ed. Brasília: MEC/SEESP. 1998. 335p.

►BEE, Helen. O Ciclo Vital. 2 ed. Porto Alegre: Artmed. 1997. 656p.

► LUPI, Carlos. A Inclusão das Pessoas com Deficiência no

Mercado de Trabalho. 2 ed. Brasília: TEM, SIT.2007.100 p.

►ROTA. Newra Tellecha, Transtornos de Aprendizagem Abordagem

Neurobiológica e Multidisciplinar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed.

2006.480p.

►WERNER, Davis. Guia de Deficiência e Reabilitação Simplificada. 2

ed. Brasília: corde. 1994. 666p.

► NUNES, Vera. Educação em Revista. 44 ed. Porto Alegre: Sinepe.

2004. 37.p.

►CANTO, Sílvia. Educação- A Escola da Inclusão. 26 ed. Porto

Alegre: Sinepe. 2001. 48p.

►http:/ qqq.ensinoafrobrasil.org.br/portal/.

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56

►http:/sinepe-rs.org.br

►http://www.profala .com/arteducesp.103.htm ► http://www.ensinoafobrasil.gomes,nilma.org.br ► http://esteio.apaebrasil.org.br/noticiaphtm/n.31192 ►http://www.apaers.org.br/artigo.phtml.a.8943

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ANEXO

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ANEXO A

Cronograma

Abril a julho Agosto Setembro

Atividade 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Pesquisa Bibliográfica

X

X

X

X

Entrega de questionários

X

X

X

Tabular dados

X

X

Analisar resultados

X

X

Elaborar relatório final

X

X

X

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ANEXO B

Entrevista

1- Quanto tempo trabalha com esta modalidade? 2- Quantos alunos a escola possui? 3- Como é o comportamento dos alunos em geral? 4- Existe diferença entre os alunos na questão da aprendizagem? 5- Quantos profissionais atuam na escola? 6- Quais são as especialidades dos profissionais que atuam na APAE? 7- Todos os profissionais são capacitados? 8- Como é feita a divisão das turmas? 9- Qual a faixa etária dos alunos que estudam na APAE? 10- Quais os conceitos de matemática aprendidos por eles?

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ANEXO C 1-Você conhece alguma pessoa com deficiência mental? ( ) Sim; ( ) Não; 2- Você tem contato social com esta pessoa? ( ) Sim; ( ) Não; 3- Essa pessoa freqüenta escola especial ou regular? ( ) Especial; ( ) Regular; ( ) Especial e Regular; ( ) Não sei; 4- Essa pessoa consegue se expressar “ comunicar” bem? ( ) Sim; ( ) Não; 5- E questões matemáticas, consegue resolver? ( ) Sim; ( ) Não; ( ) Não sei; 6-Essa pessoa é independente? Vai ao mercado, escola, etc. Sozinha? ( ) Sim; ( ) Não; ( ) Não sei; 7- Você acredita que uma pessoa com deficiência intelectual possa ter uma vida normal? ( ) Sim; ( ) Não; 8- Você acredita que uma pessoa com deficiência intelectual possa trabalhar? ( ) Sim; ( ) Não;

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9- Você conhece os níveis de deficiência intelectual? ( ) Sim; ( ) Não; 10- Você acha que ainda existe algum tipo de preconceito contra deficientes intelectuais na sociedade? ( ) Sim; ( ) Não;

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ANEXO D

GRÁFICOS

Você conhece alguma pessoa com deficiência

intelectual?

51%

49%Sim

Não

ANEXO E

Você tem contato social com esta pessoa?

43%

57%

Sim

Não

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ANEXO F

Esta pessoa frequenta escola especial ou

regular?

59%

9%

7%

25%

Especial

Regular

Especial/Regular

Não sei

ANEXO G

Esta pessoa consegue se expressar

"comunicar" bem?

56%

44%

Sim

Não

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ANEXO H

E questões matemáticas, consegue resolver?

16%

15%

69%

Sim

Não

Não sei

ANEXO I

Esta pessoa é independente? Vai ao mercado,

escola, etc. sozinha?

30%

52%

18%

Sim

Não

Não sei

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ANEXO J

Você acredita que uma pessoa com deficiência

intelectual possa ter uma vida normal?

89%

11%

Sim

Não

ANEXO L

Você acredita que uma pessoa com deficiência

intelectual possa trabalhar?

80%

20%

Sim

Não

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ANEXO M

Você conhece os níveis de deficiência

intelectual?

11%

89%

Sim

Não

ANEXO N

Você acha que ainda existe algum tipo de

preconceito contra deficientes intelectuais na

sociedade?

83%

17%

Sim

Não

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Entrevista Nome: Cidade: Escola: 1- Quanto tempo trabalha nesta modalidade? 2- Quantos alunos a escola possui? 3- Como é o comportamento dos alunos em geral? 4- Existe diferença entre os alunos na questão da aprendizagem? 5- Quantos profissionais atuam na escola? 6- Quais são as especialidades dos profissionais que atuam na APAE? 7- Todos os profissionais são capacitados? 8- Como é feita a divisão das turmas? 9- Qual a faixa etária dos alunos que estudam na APAE? 10- Quais os conceitos de matemática aprendidos por eles?