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O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO "O Verbo era a verdadeira luz que vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não O receberam. Mas a todos os que O receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que um filho único recebe de seu Pai, cheio de graça e de verdade. A TODOS OS JOVENS E CASAIS DO MOVIMENTO E LEITORES DO BALADA DA UNIÃO FELIZ NATAL “ HOJE VOS NASCEU UM SALVADOR” PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - DEP. LEGAL Nº 6711/93 - ANO XXXIV- 313 - OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 * ASSINATURAANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO Não temais anuncio-vos uma boa nova Que será alegria para todo o povo Lc 2.10

Balada da União Out/Nov/Dez 2012

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O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO"O Verbo era a verdadeira luz que vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o queera seu, mas os seus não O receberam. Mas a todos os que O receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que um filho único recebe de seu Pai, cheio de graça e de verdade.

A TODOS OS JOVENS E CASAIS DO MOVIMENTOE LEITORES DO BALADA DA UNIÃO

FELIZ NATAL

“ HOJE VOS NASCEU UM SALVADOR”

PROPRIEDADE: CONVÍVIOS FRATERNOS * DIRECTOR REDACTOR: P. VALENTE MATOS * PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: FIG - INDÚSTRIAS GRÁFICAS, S.A. 239 499 922PUBLICAÇÃO BIMESTRAL - DEP. LEGAL Nº 6711/93 - ANO XXXIV- Nº 313 - OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 * ASSINATURA ANUAL: 10 EUROS * TIRAGEM: 10.000 EXS. * PREÇO: 1 EURO

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BALADA DA UNIÃO

O natal de Jesus aproxima-se pelos caminhosdo advento e convida-nos a nascer de novo...Para a perfeita harmonia, que fortalece eunifica, é necessário que eu nasça nos outrose os outros nasçam em mim. O berço do meunatal é o coração de todos.Neste Natal, quantos homens e mulheres,sobretudo quantas crianças, vão passar semo aconchego dum lar, metidos em ambientede guerra, de ódio, de violência, a viver emcampos de refugiados, em cadeias, emhospitais.Neste Natal, quantos não vão ter a alegria deviver, o gosto da felicidade que lhes alegrariao coração, o pão que lhes alimentaria oestômago, um ambiente familiar pacífico efraterno.Neste Natal - festa de amor e da vida - quantosandarão por caminhos escuros e sombrios demorte e de desamor, de desprezo pelos outros,de violência que gera violência.Oxalá as prendas que vamos dar e receber nosabram o coração aos mais pobres e marginais,

Viver o Natal, festa da vida!

Desde a escuridão dos tempos, através dasua vida de sofrimento e escravidão, o povode Deus procurou sempre uma luz, umaesperança e um caminho que o conduzisse àfelicidade. Procurou essa luz e essa esperançaem várias coisas, sem no entanto conseguirsaciar a sua sede de felicidade.

Mas Deus não votou o Seu povo aoabandono, ao nihilismo e à resignação: crioupara ele um projecto de vida, de amor desalvação. Enviou os seus profetas para lhetransmitir uma mensagem de confiança e paralhe pedir que pela sua fé acreditasse na sualibertação e na construção de uma novaJerusalém.

E eis que um dia o anjo Gabrielanuncia a Maria: "Eis que conceberás e darásà luz um filho, a quem porás o nome de Jesus.Ele será grande, será chamado Filho doAltíssimo" (Lc1, 31-32). É por estas palavrasque Deus fala a todos os homens, como quedizendo-lhe: "Tens um Salvador!!".

No fundo, é aqui que a nossacaminhada começa: sabemos que temos umSalvador, e por ele somos filhos de Deus.Jesus, aquele que nos veio libertar daescravidão do pecado e quebrar as amarras damorte, disse-nos um dia: "Eu vim para quetenham Vida e a tenham em abundância" (Jo10, 10). Jesus nasceu, e pela sua vida deu-nosa Vida! Realmente é tão incrível quantoinimaginável o amor do Pai para connosco:além da Sua palavra, enviou-nos o Seu próprioFilho, para que todo o homem fosse salvo!

Será este então o período certo para

Procura-te e encontra-te,Ele está a chegar!aos que não têm pão, casa, cultura, Deus nas

suas vidas, que vivem na pobreza, na misériasocial, sem amor, sem dignidade.Oxalá as iluminações que vão encher as nossasruas, as montras, as árvores de Natal, nosencaminhem para o Menino que é luz domundo, para aquele que é a vida.Que o Natal nos abra o coração para viver aojeito do J.C. e nos faça renascer por dentropara uma vida mais humana e mais cristã.Que o natal nos lance, sem amarras, atrás deJesus, para melhor o conhecer e amar.Vamos ao presépio, com os pastores e magos,com verdadeira humildade, para que o Meninonos ensine os valores da vida, da família, daverdade, do amor, da alegria de sermos irmãos.Procuremos que o natal seja natalício.Coloquemos Jesus bem no centro do nossonatal.

Muito boas festas do natal de Jesus!

Manuela C.F. 860 (Bragança)

reflectirmos sobre este Mistério daIncarnação, para nos encontrarmos connoscopróprios e para nos prepararmosespiritualmente para o tempo de alegria quechegará no Natal, com o Nascimento de Je-sus. Neste período vamos moldar-nos de formaa que Jesus possa também nascer nos nossoscorações, tornando-nos mais uma vez o "barronas mãos de Deus". É este o tempo, a que nóschamamos Advento (Adventus significa"chegada" em Latim). Preparamo-nos assim,para a chegada de Cristo, renovando a nossaesperança num mundo mais alegre e maisfraterno, que pode ser alcançado pelo nossorenovado caminhar até ao dia em que o Anjodo Senhor dirá:

"Não temais, pois anuncio-vos uma grandealegria, que o será para todo o povo: Hoje, nacidade de David, nasceu-vos um Salvador, queé o Messias Senhor" (Lc 2, 10-12)

Que através deste Advento Deus nosconceda a todos nós, convivas, a graça decelebrarmos frutuosamente o Nascimento deJesus, despertando em nós sentimentos comoa caridade e a partilha, pois Amor de Cristoquer mesmo chegar até todos nesta época...especialmente até aqueles que mergulhadosna tristeza, na pobreza e na solidão anseiam achegada do Salvador.

Núcleo de Convivas de Miranda do Douroda Diocese de Bragança-Miranda

... cada vez estamos mais distantes da fonte,do original, do acontecimento, porque vivemosna novela dos comentários e dasinterpretações.A fé, manifestada em Jesus, ensina-nos a viverneste mundo. O nosso ponto de partida podeser a passagem da Carta a Tito (Tt 2, 12),onde se diz a propósito de Jesus: "a graça deDeus, fonte de salvação, manifestou-se a todosos homens, ensinando-nos a viver nestemundo". Esta frase é um desafio, antes detudo, a tomarmos a sério a humanidade deJesus como narrativa de Deus e do Homem.Nessa humanidade temos o caminho, averdade e a vida.Hoje sentimos a necessidade muito grande deuma fé orientada para a vida. De uma fé quepossa constituir uma arte de viver, umlaboratório para uma existência autêntica enão apenas para a manutenção de um conjuntode práticas fragmentárias. E precisamosreencontrar ou reinventar, a partir da fé, umagramática do humano. A fé é um exercíciomuito concreto de confiança na narrativa deDeus que Jesus nos relata com a sua própriavida, com o seu próprio corpo, os seus gestos,o seu silêncio, a sua história, a poética da suahumanidade. Que se pode concluir então? Que

Deus, por exemplo, não bate a uma porta quenós não temos, mas está à nossa porta e bate;que Deus não está numa época passada oufutura simplesmente, mas Deus emerge nonosso presente histórico e é aí (é aqui!) que oencontro com Ele se torna para nós decisivo.Há um ensaio literário de uma grande autoraamericana, Susan Sontag, onde ela se levantacontra a interpretação, porque diz, "O mundoencheu-se de comentários, já só vivemos decoisas em segunda mão". De facto, cada vezestamos mais distantes da fonte, do original,do acontecimento, porque vivemos na novelados comentários e das interpretações. Hásempre mais uma interpretação que sesobrepõe, à maneira de cascas de cebola. Maso que é a essência do (nosso) problema? Oque é o núcleo fundamental? Isso como quenos escapa. E Sontag dizia que o que temos afazer é ensinar a ver melhor, a ouvir melhor, asaborear melhor, a tocar melhor. No fundo, aexercitar melhor a nossa humanidade. Uma févivida aqui e agora é também uma fé que nãose deixa capturar pelo labirinto epidérmicodos meros comentários, mas arrisca-se aconstruir como uma aventura na ordem doser.

José Tolentino Mendonça

A fé ensinaa viver melhor?

O advento é um momento privilegiado de revisão da caminhada de fé já realizada e depreparar novos rumos para a vida. Cada um é convidado a contemplar, numa atitudede serena adoração, esse maravilhoso passo de Deus que se torna Menino, expressãoextrema de um amor sem limites. Cada um de nós, irmãozinho de Jesus no presépio,é convidado a assumir o compromisso de fidelidade ao Evangelho, na simplicidade ehumildade, sendo a expressão suprema da ligação a Jesus, testemunho da caminhada,para melhor vivermos o quarto dia do convívio fraterno, junto dos amigos, familiares,como também na paróquia e nos grupos de jovens e casais, para que não desanimemosna caminhada ao longo da vida.As crises, a hipocrisia, a guerra e a mentira abundam no nosso mundo. No Natalpromovemos a paz, a vivência do perdão e do amor que é Jesus "O Menino". Sejamosnós cristãos convivas, fermento no meio da massa, construtores da paz. O mundoprecisa de paz e de pão para alimentar os famintos, sejamos nós capazes de erguer anossa voz contra todas as formas de violência e de opressão. Ser Conviva é fazerconvívio fraterno ao longo de todo o quarto dia, em que se dá oportunidade ao MeninoJesus do presépio para transformar os corações, de forma a acolher pela vida fora oseu projeto de felicidade.O Natal é um tempo de expetativa e de amizade, e nele os convivas são convidados acontemplar e a adorar o menino Deus do presépio de Belém, é a espantosa aventura deum Deus menino que ama até ao limite e que, por amor, aceita revestir-se da nossafragilidade, a fim de nos dar vida em plenitude.

António Silva

Celebração de Natal,Revelação de Jesus, o Menino Deus

2 Outubro / Novembro / Dezembro 2012

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Parando para reflectir sobre o movimento e oque representou para mim ao longo da minhavida, pude concluir que foi muito bom.Na realidade, como jovem que era, na altura,se calhar o mais importante para mim eraevoluir e caminhar numa certa direcção. E paraisso contribuiu muito a atitude do Sr PadreValente que me abrindo os braços abriu-me ocoração a Jesus e as portas da Igreja, onecessário de que eu precisava na altura jáque de tudo andava afastado.Tudo a partir daí teria corrido bem se certaspessoas não interviessem quando eraapresentado como conviva ao grupo de jovensda minha terra.Afastei-me de novo da Igreja desiludido.Entretanto tirei a carta de condução, e, comosabia que os meus pais gostavam de ir aFátima, levei-os lá, embora lhes dizendo quenão participaria nas cerimónias.Eles nada disseram. Deixei-os lá e fiquei nocarro a ouvir música. De repente, depois depensar em Nossa Senhora, senti-mecomovido, as lágrimas caíram-me dos olhos edecidi nesse momento ir confessar-me. Tivea sorte de encontrar um padre que mecompreendeu… Participei nas cerimónias, naeucaristia e no momento próprio foi comungar.Confesso que foi um momento muito feliz na

O meu testemunhoA palavra chega de bem perto, das váriasInstituições de Solidariedade Social existentesna nossa região e vem com autoridade, pois,os seus fundadores, impressionados pelosclamores dos menos válidos, deixam de ladoas sua vidas para se dedicarem completamenteàs comunidades mais incapacitadas. Algumasacolhem sobretudo pessoas com insuficiênciasmentais profundas.Tomemos como exemplo, o António que paraalém da falta de compreensão, não pode mexeras mãos, nem anda, nem articula qualquerpalavra. Mas, dizem, é dotado de uma belezaextraordinária, possui uns olhos brilhantes eum sorriso admirável. Aceitava com sossegoa sua debilidade, sem ódio e sem azedume.Os que o assistiam ou com ele contactavamafirmam terem mudado de parecer e algunsaté de vida, pois aquele doente, só com osorriso agradecido, transportava-os a umaadmirável comunhão de corações construídasobre mútua confiança, abandonando-se deboa vontade aos cuidados dos outros emostrando sempre uma acabada alegria.Se nem todos os deficientes reagem commodos aprazíveis como este jovem ceifadopela morte, podem, no entanto, conduzir-nosa descobertas importantíssimas paracompreendermos o sentido profundo doexistir humano, sobretudo no tempo em quetudo se mede pela eficiência e produtividade.Mesmo no absurdo da sua existência, estesdoentes são da nossa raça, do nosso sangue,da nossa família humana e pedem carinho,ternura e amor. Têm o direito de cidadania,como todos os outros, e não podem seratirados para qualquer gueto, por mais belo ebem organizado que tecnicamente pareça.Antes de serem diferentes, são homens,pessoas, irmãos nossos a repetir-nos ser a

OLHANDO O DEFICIENTE

Faz frio neste inverno de manhãs brancas degeada. Veio o frio no tempo que é o seu e parecenão querer partir sem que se cumpra o prazo queO PAI CRIADOR lhe concedeu.Faz frio neste inverno que veste de branco o altodas serras e gela as águas dos ribeiros.Despem-se as árvores, calam-se os pardais...Até parece que a vida pára pelo respeito. No frioquem tudo fala é o silêncio...Gosto deste frio SENHOR que me trás esta Calmae esta Paz.

minha vida. Mais tarde dizia-me a minha mãeque me vira a comungar e sentiu felicidadeinexplicável!…Após o meu convívio, passei por momentosmuito felizes e momentos também, por vezes,dolorosos.Mais tarde já desgostoso de mim mesmo edepois de muita procura quis controlar naminha vida impulsos negativos, paixões e asideias que me feriam e assaltavam. Deus levou-me ao encontro de um sacerdote que muitocontribuiu para que eu pudesse parar com osestragos que me estavam a destruir. Acabei,todavia por ter um esgotamento que me causoumesmo sofrimento.Agora neste momento, que a minha vidaserenou e depois de com a graça de Deus tervencido tantas coisas, posso dizer que soumuito feliz.É também com tristeza que olhando para tudoo que se passa no meu país e vejo que noplano da cultura quem mais ofende a Deusmais importância ganha. Na verdade pessoasque obstinadas e ultrapassando todos oslimites se lançam no abismo do materialismoe do ateismo deixando atrás de si um caminhoque tantos jovens e não jovens ousamincautamente seguir. É pena!…

José Carlos

Este inverno assim frio faz parte da vida tal como apensaste, por ele falas e me ensinas por isso éimportante para ele e que o reconheça na sua boaverdade como reconheço a dureza dos frios invernosdo meu coração em que a infidelidade o esvazia desentimento e o peso do remorso lhe abate a vida.Este frio de inverno é bom e é bem-vindo porqueestimula a esperança de pensar que ÉS TU quepresides ao tempo e à História e que ao frio sucede ocalor como a vida sucede à morte.

Milú 185 CF

existência de cada um tocada por milhentasformas de falhas e fraquezas.Acarretando sobre nós defeitos, lacunas eimperfeições, somos constrangidos adescobrir que os deficientes são o nossoespelho e mostram-nos, na sua dor amarga eestranha, o fracasso de uma sociedade ondenem todos têm lugar, pois os espertinhos ehabilidosos apressam-se a ocupar a suapousada e a dos outros, a apossar-se do seuposto e dos demais.No mundo sempre a ensinar a competir,rivalizando com todos, vai faltando o amor emuito mais o respeito pela pessoa seja elaquem for. Depois, tendo perdido o rumo daafectividade, nem sabemos amar. Até nosescondemos, por entre inúmeros preconceitos,novas formas de violência, para nem sequersermos amados, pois essa nova posturapoderia trazer-nos algumas perdaseconómicas.Quando o homem moderno tem medo de amare ser amado, tornando-se apenas umaçambarcador de benefícios, em que se irátransformar o mundo?Não basta proclamar, por toda a parte, o diado deficiente. É forçoso formular atitudescheias de afecto e ternura para com os maisnecessitados, não tão somente promovendo-os a máquinas de produtividade, masmostrando-lhes que para além do dinheiro hámuitos outros bens a instituir no mundo comoa interajuda, o sentido do outro, apreocupação por todos sem marginalizarninguém.

Grupo de Convivas de Bragança-Mirandano dia Internacional das Pessoas comDeficiência

SENHOR do frio.Gosto deste tempo em que ilumina a natureza ecomtemplo neste velho grande silêncio, neste quietosilêncio, a serena grandeza da TUA PRESENÇA.É preciso ter um frio assim para que o meu coraçãoreconheça com humildade a TUA MISERICÓRDIA emcada fugaz raio de sol que me traz o calor e regenera avida.Faz-me falta esta falta para que não esqueça a minhacondição pois nada tenho que não seja por TI dado.Faz bem este frio à minha alma que assim aprende o queé o drama de viver sem o calor da TUA GRAÇA.

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JOVENS EM ALERTA

Entre os dias 4 e 7 de Fevereiro realizou-seno Seminário dos Missionários doPreciosíssimo Sangue em Proença-a-Nova oConvívio Fraterno 1195, 58º da diocese dePortalegre e Castelo Branco.Numa noite quente, na "casa de sempre" (quenos acolhe há muitos anos), uma equipacoordenadora e alguns amigos de sempreacolhiam com um serão animado e cheio desorrisos 35 jovens, muito jovens. Aí, no meiodas dúvidas, houve o despertar para a primeiracerteza: "Anda sempre Alguém por lá",Alguém que nos abriga e nos acolhe nas nossastempestades.No primeiro serão fomos convidados aperceber que, à semelhança de um OvoKinder, seriamos, nestes três dias,interpelados a "sair do embrulho" e caminharnum encontro connosco e com Deus, paraculminar no encontro com a "surpresa": somosmembros ativos da Igreja de Cristo econstruímos diariamente a Missão que Deusrezou para cada um de nós.Na fotografia "de família" não se consegueperceber a novidade. A novidade para quemparticipa pela primeira vez, a novidade paraos elementos da equipa coordenadora e dacozinha, a novidade da primeira existência deuma equipa de oração! Pelo contrário, ossorrisos espelham a confiança de quem seabandona nos braços d’Ele e aí saboreia a

Diocese de Portalegre e Castelo Branco

"Anda sempre Alguém por lá,junto à tempestade…"

alegria do Seu amor e da Sua paz, o convite aconfiar, pois só Deus basta!A medo e com algum cansaço, ao longo doprimeiro dia, as dúvidas foram surgindo ecomeçaram a ecoar no nosso coração as razõesda nossa existência. Fomos questionadossobre o amor que Deus tem por nós epercebemos que Ele é uma constante na nossavida, independentemente das nossas escolhas.Pelo perdão de Deus, estes rostos foram aospoucos sendo substituídos pelo olharbrilhante de quem confia e se senteimensamente amado, especial e único.Embalados e acolhidos no abraço do Pai,reacendemos a chama da nossa fé.Na certeza de que não somos super-heróiscom poderes extraordinários, assumimos ocompromisso de ser Igreja, na entrega total egratuita às pequenas coisas que nos levam aser Missão no nosso dia-a-dia e com a certezaque temos sempre uma "capa" protectora queé Jesus Cristo.Para os 35 novos participantes, o ConvívioFraterno 1195 não terminou no encerramentodo dia 7 de Outubro, pelo contrário, mantém-se a cada dia nas paróquias a que cada umregressa, com mais ânimo, mais militância emais alegria no serviço, com mais Cristo nasmãos, com mais Cristo no coração.

A equipa coordenadora.

Convívio Fraterno Nº 1195 para a DIocese de Portalegre e C. Branco

Shalom meus irmãos, é o que vos desejo aoentrarmos num novo Advento.

"Donde me é dado, que venha ter comigo aMãe do meu Senhor?" (Lc 1, 43), questionou-se admirada Isabel ao ver, chegar junto de si,sua prima Maria.Fraternos convivas, caminhamos a passoslargos para mais um Natal. E, tal como a nossaImaculada Mãe, somos convidados a renovaro nosso "Fiat" perante o compromissoassumido no Batismo e na Confirmação.O dia 11 de Outubro, aniversário do ConcílioVaticano II, marcou o início do Ano da Fé. OPapa Bento XVI convida-nos, cristãoscomprometidos com o amor de Cristo, arefletirmos sobre a Fé. Dizia o seu antecessor,João Paulo II: "O anúncio e o testemunho deCristo, quando feitos no respeito pelasconsciências, não violam a liberdade. A fé exigea livre adesão do ser humano, mas tem de serproposta".Entrei para esta grande família no convívio1145. Foi o último do nosso saudoso Pe.Armando. É impressionante como, em tãopouco tempo de contato, ele me tenhamarcado tanto. São fidedignas as palavras daVirgínia: "alguém tão sábio e tão simples, tãobondoso e tão duro, tão brincalhão e tão grave,tão observador e tão humano". Deus meconcedeu a graça de com ele privar nummomento de busca. Foi um virar da páginaque me levou a integrar as equipas do C.F., eo Pe. Luís Marques foi o primeiroinstrumento."Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor". Talcomo aconteceu com Zaqueu, Jesus oferece-nos a conversão. Assim queiramos abrir-lhe aporta. À semelhança da Virgínia - conviva damesma diocese -, desde 2008 que o Paicomeçou a 'bater-me à porta'. Meu coraçãonão disse logo que sim, mas também não disselogo que não! Perante tamanha insistência, aresposta urgia e a minha caminhada de féintensificou-se. As perguntas eram muitas,mas os sinais concretos pareciam tãopoucos… Não desisti.Conseguir 'ver' o caminho desenhar-se é comoesperar que um remédio faça efeito: temos deo tomar regrada e continuamente. Mesmo queo efeito não seja imediato, os resultadossurgirão. Temos de ser pacientes, mas, acimade tudo, perseverantes. Por consequência,comecei a participar em todas as atividades

de pastoral que podia, pois para perceber oque sentia tinha de começar a 'desbravar'terreno por algum lado!Sendo natural de Castelo de Vide, onde existea casa diocesana de MemSoares, governadapor uma pequena comunidade de irmãs -Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo -,aproximar-me delas foi inevitável.De MemSoares para os Convívios foi umsalto! Contudo, o caminho não findava aqui.Se o Pe. Luís me levou a ser conviva,MemSoares levou-me à Família Vicentina.Tornei-me associada da Medalha Milagrosa,até que fui trabalhar com as Irmãs em Lisboa,no Serviço de Apoio Domiciliário.Gradualmente o carisma de S. Vicente foi-se-me entranhando.Ao longo destes (quase) três anos, o trabalhocomo assistente social preencheu-me, erealizou-me. A população idosa é um constantedesafio. Mas tem faltado qualquer coisa. Omeu coração grita por mais. Que ambição! Osdesígnios do Senhor são um mistérioinalcançável à compreensão humana; eu soutão nova, e já consigo ser tão feliz. Conquisteiamigos, tenho a minha família, tenho o amorde Cristo… Muitas vezes reflito: que medotenho de morrer; não porque duvide, mascomo poderei conceber que é possível ser-seainda mais feliz?!Primeiro a Virgínia, agora eis-me aqui; atrásde nós, quem virá?"Senhor, a quem iremos? Só Tu tens palavrasde vida eterna." Jo 6, 68.As vocações escasseiam e a obra de Deus étanta! Peçamos ao Senhor trabalhadores paraa Sua messe. Peçamos por mim, para que sejaconcreto e seguro o meu sim. Que todos juntosconjuguemos esforços na oração, nodesenvolvimento e na concretização da Fé."Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nosmilhões de irmãos e irmãs nossos, tambémeles redimidos pelo sangue de Cristo, queignoram ainda o amor de Deus. O encontrocom Cristo como Pessoa viva que sacia a sededo coração só pode levar ao desejo de partilharcom os outros a alegria desta presença e de adar a conhecer para que todos a possamexperimentar. Porque a Fé é um dom que nosfoi concedido para ser partilhado". Bento XVIEu voto pela esperança e, por isso, acatei avida religiosa!...

Elisabete Inverno - C.F. 1145 DiocesePortalegre e Castelo Branco

Quando o Senhor Chama!...

Nos dias 01,02 e 03 de Novembro de 2012realizou-se em S. Lourenço de Palmeiral, noAlgarve o Convívio Fraterno nº 1199.Sorrisos, dúvidas, lágrimas, alegria, amor,amizade.... felicidade.... foram muitos dossentimentos que se fizeram sentir durante oConvívio Fraterno.Felicidade em Cristo, a razão mais forte quefez estes jovens arriscarem e procuraremviver este amor em Deus.Apesar de tantas coisas que nos prendem aodia a dia, 29 jovens vindos de diferentespontos do Algarve decidiram arriscar ... não

Foi como um jarro que se foi enchendode água até transbordar para fora!

um arriscar qualquer... mas um arriscar que setransformou em firmeza e convicção em Deus.Foi um momento de paragem, de escuta, dereflexão, de encontro com Aquele que tantonos ama e nos guia.Com a certeza de que Deus está presente nocoração de cada um, queremos abraçar omundo para o inundar com a nossa luz!

Equipa dos Convívios Fraternos do Algarve

Um abraço em Cristo,Vânia Luz

Algarve

Convívio Nº 1199 dos jovens do Algarve

4 Outubro / Novembro / Dezembro 2012

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JOVENS EM ALERTA

Quis Deus que, na comunhão com o dia deTodos os Santos, se juntassem, no lar de Fériasda Casa do Gaiato na Arrábida, um grupo dejovens provenientes da diocese de Setúbal aque se juntaram outros da diocese de Lisboa eainda um jovem Polaco. A família, os amigos,a rotina, tudo foi deixado para trás, paravivermos 3 dias especiais. Começava, então,o CF 1198, um convívio "cheio de Style".Numa tentativa de rumarmos à santidade, àqual todos somos chamados, tivemos aoportunidade de travarmos encontroconnosco próprios, com Cristo e com osoutros. Este encontro, que sabemos nemsempre ser fácil, foi possível graças à confiançaque depositamos n'Ele. Os nossos coraçõesforam-se abrindo e a resposta não tardou:Deus estendeu a Sua mão a cada um de nós,fazendo crescer um sorriso em cada rosto.Muitos foram aqueles que se fizeram

presentes no convívio com a sua oração sema qual este encontro não teria sido possível.Foi com muito entusiasmo e emoção que nosjuntámos a essas mesmas pessoas e à restantefamília conviva que nos esperava na Igreja deNossa Senhora de Fátima, na paróquia deCova da Piedade, para celebrarmos oencerramento. Vivemos um forte tempo departilha com a alegria de quem é de Cristo,sendo recompensados com a perseverança, oamor e o exemplo de tantos outros convivasque, mesmo tendo feito o seu convívio hámuito tempo atrás, se fizeram presentes pararetomar forças para o 4º dia. O encerramentoculminou com a celebração da Eucaristia, ondeforam dadas graças pela entrega, pelo serviçoe pelos novos convivas que vão, agora, cheiosde força, mostrar pelo mundo a sua herança.

Pela equipa,Fábio Sousa

"Wspólnota Tysi?c sto dziewi??dziesi?tosiem", traduzindo, Convívio 1198

Setúbal Porto

5, 6 e 7 de Outubro de 2012! Data célebre nãosó pela data do Convivio-Fraterno, mas, aoque ouvimos dizer, o último feriadocomemorativo da Implatação da República, oque originou a marcação deste evento.Esperávamos 49 jovens que iriam fazer, pela1ª vez, um Convivio-Fraterno. À última horasó apareceram 46... Um a um fomo-nos dandoa conhecer e a deixar que nos conhecessem!...Que espanto!... As palavras foram adquirindo,cada vez mais, a força da comunicação e, umavez esgotadas, restaram os gestos, os olhares,os símbolos, as lágrimas, os sorrisos... Tudoparecia adquirir nova e intensa beleza... Aindao convívio não tinha acabado já começávamosa ter saudades: do já vivido e do futuro!... Aíacontecia a surpresa de Deus, a novidade dasedução, a intensidade da entrega... cujo saborse delonga no tempo...

Nova surpresa ao chegarmos ao Palco doCentro Paroquial de Aldoar (Porto)... Naribalta estavam, em destaque grande, 66rostos que se agigantavam em forma de Cruz( símbolo dos Convivios-Fraternos) olhandotodos com meiguice misturada de Esperança.Era um cenário “poderoso”... E depois ostestemunhos, imparáveis no ímpeto vulcânicode transmitir, ineguláveis e irrepetíveis, poiscresciam de intimidades em polvorosa... Eesse mesmo palco, novo berço do“crucificado”, ressuscitadamente, em gostoeucarístico redobrou de certezas:«Ser gente com gente, para que cada vez maisgente seja gente e nunca ninguém deixe de serpessoa...»Lá estaremos a 9 de Dezembro...Convosco, sou o

Moutinho de Carvalho

Que espanto!...

Convívio Nº 1197 para a diocese do Porto

Realizou-se nos dias 30 de Novembro, 1 e2 de Dezembro, no Seminário dosPassionistas, em Barroselas - Viana doCastelo o convívio fraterno nº 1199(1) parajovens de vários pontos da diocese e até dopaís, já que se encontrava um jovem deLobrigos - Santa Marta de Penaguião. Paraa realização deste Convívio Fraterno, foramvários os convites. No entanto, foramapenas 17 os que realmente disseram o sim,aceitando o desafio de passar um fim desemana totalmente diferente dos outros,deixando para trás família, amigos … ecostumes. Rapidamente de um grupo dedesconhecido passou para um grupo alegre,unido e que a pouco a pouco, através deuma música; de uma conversa com alguém;de uma festa; enfim de algum momentoespecial de cada um, foi encontrando umAmigo, o Amigo de todos nós - JesusCristo.Como diz S. João: "Antes que vós metivesses escolhido, escolhi-vos eu avós".(Jo 15,10), a cada um coube a tarefade O deixar entrar no seu coração.

Foi também em festa que encerramoseste convívio no Salão Paroquial dePerre, com a presença, de váriossacerdotes, de familiares dosparticipantes e de outros jovensconvivas. Foi, segundo afirmaram osnovos convivas, uma experiência únicanas suas vidas, irrepetível, e aconselhamtodos os jovens a viver momentosúnicos de encontro consigo mesmos,com os outros e com Deus.Para terminar em grande festa, todosforam convidados a participar naeucaristia realizada na Igreja Paroquialde Perre.Terminada a eucaristia, cada um seguiupara a sua casa, preparando-se para o4ºdia. Este 4ºdia que começa para novose que continua para os "velhos", onde énecessário continuar a mensagem queJesus nos deixou, transformando estemundo no Reino de Amor e de Paz...

A equipa coordenadora

E foi assim o 1199(1)…Viana do Castelo

Convívio Nº 1199(1) para Jovens de Viana do Castelo

Convívio Nº 1198 para a diocese de Setúbal

5Outubro / Novembro / Dezembro 2012

Page 6: Balada da União Out/Nov/Dez 2012

JOVENS EM ALERTA

No passado dia 1 de Dezembro osconvivas de Bragança celebraram oinício do novo Ano Litúrgico com oTempo do Advento, através daInteracção com uma Instituição Particu-lar de Solidariedade Social Bragança, aAPADI (Associação de Pais e Amigosdo Diminuído Intelectual). Grandeza davisão, missão e valores destaInstituição que acolhe pessoas comdeficiência, impulsionou esforços paraque a Celebração do Natal naInstituição fosse um momento departilha, convívio, acção de graças eoração. O dia iniciou-se com aEucaristia, solenizada pela participaçãodos Utentes desta Instituição eanimada pelos jovens dos ConvíviosFraternos. O tema dominante dacelebração eucarística encorajou todasas pessoas presentes a reverem-se "noespelho do presépio de Belém", e nosseus protagonistas Jesus, Maria e José.

Convivas de Bragança iniciaramo Tempo do Advento

Foram muitos os casais convidados peloSecretariado Diocesano do Porto para oencontro do dia 21 de Outubro de 2012 emEirol, mas nem todos compareceram.Este encontro com elementos ligados àsequipas coordenadoras de casais e elementosresponsáveis dos núcleos, teve como principalfinalidade uma reflexão no início do anoapostólico sobre o momento atual doMovimento de Casais Convivas.Após diálogo e reflexão concluímos que nemtudo está bem e que é urgente atuar no sentidode melhorar.Refletimos sobre a falta de empenho dos casaisconvivas no cumprimento de compromissocomo membros da igreja de Jesus Cristo naausência nos trabalhos de evangelização, sobrea falta de acolhimento e integração dos novoscasais convivas na sua paróquia, a união emigreja como Movimento, a falta de entusiasmoadquirido durante o convívio, dificuldade deconvites a novos casais para participar nosconvívios e no interesse pelos convívios e naanimação e pelo Movimento no seu todo.O que fazer para criar uma atuação maisdinâmica, uma vivência mais ativa como Igreja

REFLEXÃO SOBRE OS CASAISCONVIVAS DA DIOCESE DO PORTO

e ultrapassar este adormecimento em relaçãoao Movimento e a Deus?Os elementos presentes neste encontro coma preocupação do crescimento do movimentoe de um acordar em relação a Deus, propõemum acolhimento personalizado chamando eentusiasmando os casais mais distantes parapromover a sua inserção nas paróquias. Seráeste um trabalho que todos os casais jáinseridos deverão desempenhar com toda amodéstia e ausência de ciúme. A realizaçãodas reuniões após convívios com todos oselementos participantes, bem como retirospara reflexão, serão motivo para diálogo emelhor se conhecerem e integrarem.Consideramos também necessário maiorpartilha entre grupos das paróquias e ainda arealização de encerramentos em paróquiasonde o movimento não tenha a divulgaçãoque merece ter e os convites para novos casaisconvivas tenham pouca receptividade.Vamos dar as mãos e trabalhar no sentido demelhorar o Movimento.Finalizamos este encontro com a celebraçãoda Eucaristia presidida pelo Padre Valente,Assistente Nacional do movimento.

O Advento é sobretudo um convite àvigilância, à escuta e à oração, que nosajuda a melhor celebrarmos solenemente agrandeza de um Deus que se faz Menino,um Deus que quer fazer do coração de cadahomem o seu berço.Seguiu-se um almoço/convívio entre osvários membros da APADI e os jovensconvivas. No final da refeição afinaram-senovamente as vozes e entoaram-se algunscânticos natalícios. Este momentoculminou com a entoação do hino daInstituição, "És necessário", da autoria deuma convíva de Bragança.Ao início da tarde todos os participantespuderam apreciar e adquirir algunstrabalhos manuais elaborados pelosUtentes desta Instituição, e contribuir comum pequeno gesto solidário para osprojectos desta obra.

Pedro Castro CF 765Bragança-Miranda

Não sei bem o que dizer, pois é difícildescrever com as palavras certas tudo o queaconteceu durante aqueles 3 dias que passeino Centro Pastoral de Viseu num ConvívioFraterno, o 1196.Após ter sido convidada para fazer oConvívio, ao qual não soube responder nahora, lá acabei por aceitar. Devo dizer quedepois de ouvir tantas coisas a respeito destesConvívios, mesmo por parte de quem nuncalá foi, se ganha um pouco de medo por ir embusca do desconhecido. Hoje em dia, depoisda experiência, só tenho pena de como‘’formanda’’ poder apenas participar numConvívio.Apesar de terem sido apenas 3 dias, foramvividos de forma muito intensapor toda agente. Actualmenteconsideramo-nos comouma Família, a Grande Família Conviva.Neste convívio que vivemos na nossa diocesetivemos como lema para a caminhada “Na tuavida tudo é possível, basta acreditar!” e, issomesmo, nós mesmo comprovamos navivência destes 3 maravilhosos dias… Naverdade, na acontece por acaso nas nossasvidas…. Muitas vezes somos desafiados a

perguntar a nós mesmos “porque?” e nemsempre temos uma resposta pronta a dar, massentimos que algo nos direciona para aconquista de grandes felicidades. JC éimpecável neste trabalho, descobrimos queEle não dá ponto sem nó…Para ele somos um impressionante tesouro,que por nada deste mundo Ele irá perder.No Centro Pastoral, somos bem acolhidos,bem tratados e a despedida é emocionante.Aconselho vivamente a quemestiver comdúvidas, como eu estava, em assumir o seuCompromisso e ir. O Convívio serve paraum reencontro connosco próprio e com Deus.Por isso, não tenham medo de ir ao encontroDele, pois Ele nunca terá medo de ir ao vossoencontro de braços estendidos.Só um aparte; a comida é fantástica, osquartos, óptimos, o Convívio entre Irmãos éexcelente e ficar 3 dias sem telemóvel e semfacebook não é o fim do mundo. Por isso,coragem para os futuros Convivas e ummagnífico 4º dia (depois do Convíviorealizado perceberão o significado destaexpressão).

Goreti Rodrigues, C F 1196

NÃO SEI BEM O QUE DIZER!...

6 Outubro / Novembro / Dezembro 2012

Viseu

O encanto do primeiro encontro (...) não podeiludir a questão de fundo: é importante falardas coisas que unem crentes e não crentes,mas é fundamental discutir também o que osseparaA criação de um Átrio dos Gentios, por partedo Vaticano, para ir ao encontro de agnósticose ateus é um sinal para toda a Igreja Católicae Portugal quis dizer presente, organizandouma sessão do projeto, em Braga e Guimarães,simbolicamente capitais europeias dajuventude e da cultura, respetivamente.O encanto do primeiro encontro deixa umasensação de dever cumprido e abre aspossibilidades que todo o futuro encerra emsi, mas não pode iludir a questão de fundo: éimportante falar das coisas que unem crentese não crentes, mas é fundamental discutirtambém o que os separa, um fosso que muitasvezes oscila entre a indiferença e a purarejeição. Esse passo implica sair até dopróprio átrio, por parte da Igreja, e ir à procurapelas ruas, pelos espaços que não habita,sujeitando-se à crítica, ao escárnio eeventualmente à perseguição, mas sempre naconvicção de que a sua mensagem é de todosos tempos e para todas as pessoas.

O desafiodo diálogo

Os cruzamentos de reflexões e de valorespodem, nesse sentido, reforçar a apresentaçãodessa mensagem, sem a desvirtuar, tornando-a mais apta à compreensão de quem adesconhece e mais plural para quem, dentroda própria Igreja, se limita a visões parciais,incompletas e mesmo incorretas dopatrimónio ético, espiritual e religioso doCristianismo.Entre o 'eu acredito em mim' e o 'eu acreditoem Deus', expressões ouvidas em Braga, vaium mundo de questões, de vivências, deopções de fundo que não podem serignoradas se o Átrio dos Gentios, emPortugal, quiser mesmo ser a porta para umnovo caminho que os seus promotorespretendem. E, necessariamente, tem de deixaros limites geográficos em que se realizou eabrir-se ao país, com o apoio dosresponsáveis e das comunidades católicas,para uma nova gramática do ser Igreja numtempo em que a fé não é um dado explícito noviver quotidiano. O diálogo, o verdadeiroencontro, é sempre um prazer mas é, acimade tudo, um desafio constante e nuncaterminado.

Octávio Carmo

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BALADA DA UNIÃO

Já há algum tempo e até posso dizer,bastante que andava para partilhar comtodos os meus irmãos convivas e nãosó, mas também com todos os que leemeste jornal a alegria de poder servir oSenhor no serviço do DiaconadoPermanente. Pois ao celebrarmos esteano pastoral, o ano da Fé segundo avontade do nosso Santo Padre, impeliu-me então a avançar e não adiar mais essapartilha, pois penso que este ano da Féassim como a nova evangelização de queo Papa fala, de certo modo por leituras,reuniões ou simpósios já todos nós maisou menos sabemos do que se trata.Penso que não só sabemos do que setrata como se quisermos refletir sobre omesmo sabemos que infelizmente a Igrejaestá como que anestesiada, amorfa,insipida, indiferente a tudo ou quasetudo, parece ter perdido a vitalidade quelhe é conferida por Aquele da qual elavem e pertence. Assim sendo, nóssabemos que as propostas que o SantoPadre fez e que para mim são umaverdadeira bênção de Deus, pois éprioritário que façamos todos nós umaverdadeira revisão á nossa vida, evejamos como estamos a celebrar, atransmitir e a viver a nossa Fé. Fé estaque não é a minha Fé, também o é, mas émais que isso na sua plenitude, pois é aFé da Igreja da qual é cabeça o SenhorJesus e é também a Fé do próprio SenhorJesus que nos revelou e continua arevelar o Pai. Sintetizando a Fé doscristãos é a adesão incondicional aoSenhor Jesus, e para haver esta adesãotem que haver o conhecimento do mesmoe depois de O conhecer é precisoexperienciá-LO,e experienciá-LO éprecisamente viver o quotidiano comouma verdadeira extensão do Senhor, éque o que nós vamos vendo é uma Fémais espiritualista e não vivêncialista. Eassim como o Senhor Jesus nos disseque fazia e dizia o que viu o Pai fazer edizer, e assim procedeu durante a suaestada na Terra, também nós comocristãos que dizemos ser e somo-lo defacto devido a termos sido Batizados emnome do Pai, do Filho e do Espirito Santo,mas se calhar só o seremos por isso ouporque vamos a umas missas ou aalgumas peregrinações porque se calharno que toca naquilo que é o cerne daquestão e que é isso em concreto queDeus quer e espera de todos nós, quenão descorando: a evangelização e acelebração que é muito importante e quetodos estamos chamados a fazê-lo,depois temos a terceira componente queé a vivência daquilo que anunciamos ecelebramos. Caríssimos amigos e irmãosem Cristo na realidade como é urgente epremente aprofundarmos estastemáticas, pois há uns e muitos anos aesta parte esta Europa a que pertencemostem-se vindo a degradar e a destruirautenticamente, senão vejamos degrosso modo: vive-se para oconsumismo, inventam-se leis paralegalizar: aborto, eutanásia, estilos decasamento ou de família, droga, enfim éum sem fim de coisas que se vai criando

Abandonei-me nas mãos do Senhorpara através das leis positivas criadaspelo homem e de certo modo tentarapaziguar a consciência, porque se a leipermite então não cometemos pecado.Erro total! Pois as leis que o homem crianão se sobrepõe nem nunca sesobreporão às do Criador, é uma formade nos auto enganarmos deixando-nosconduzir por elas. Por isso e se calharvoluntaria ou involuntariamente tambémnós tenhamos caído nestas invençõesfeitas por nós e até se calhar até nos podedar jeito mesmo que aparente em algumassituações, podemos ter aderido oupoderíamos vir a aderir e, assim a fim denos corrigirmos esforcemo-nos por vivereste ano aderindo ao máximo a todas asações que surjam e estejam ao nossoalcance: sejam elas práticas ou teóricas.Desculpem-me a extensão do texto, poisquero acreditar e acredito que a maioriade vocês conhece e está mais esclarecidoe elucidado que eu sobre esta matéria,mas achei por bem partilhar esta quetambém é minha preocupação. Parafinalizar e até de certo modo dizer a razãoprincipal porque escrevi este texto é a devos comunicar a todos que a razão oumelhor uma das razões porque eu hojeestou a servir o Senhor como ministroordenado (Diácono Permanente), tendosido ordenado em 12 de julho de 2009,commais cinco irmãos na igreja da Glória emAveiro, pelo nosso Bispo, Dom AntónioFrancisco, foi devido a ter feito umconvívio fraterno na Aguda no ano de1980 nos dias 25, 26 e 27 de Abril, convívioesse que foi o 97º. Isto porque apesar deter tido uma educação cristã dos meuspais, não era nada ou quase nadapraticante e daí se não tivesse tido oconvite a fazer aquele convívio talvezcontinuasse a ser uma espécie de cristão,mas garantidamente que de cristão sótinha o nome. E porque foi neste convívioque pela primeira vez tive pelo menos deforma consciente uma verdadeiraexperiência de comunhão com Deus,posso dizer e digo com toda a minhaconvicção que foi o dia mais feliz daminha vida, pois ainda hoje tenho bemvincado na minha memória aquele dia deencerramento em Loureiro, onde sentiuma alegria indescritível e por isso eununca mais ter deixado de viver umcristianismo mais real e condizente como que deve ser. E é nesta caminhada nor-mal em que após um ano ter feito oconvívio casei, tive e tenho graças a Deustrês filhos, depois tive no percurso decasado várias atitudes, profissões emovimentações que só entendi tudo issoou em parte depois de numa disciplinaque lecionei me ter sido colocada aseguinte questão "os desígnios de Deuspodem ser os nossos desígnios"? E foineste contexto que eu ao fazer umaretrospetiva da minha vida vi o quanto oSenhor tinha operado nela, sempre! E emtodo o momento. Pois até nos aspetosmateriais tudo funcionou segundo avontade de quem tudo pode, o Senhor. Eneste percurso normal de homem casadoe a trabalhar na Igreja desde o convívio,sim desde o convívio porque até aí nada,

a Igreja era para os outros, surge-me oconvite pelo senhor reitor de Avanca,meu pastor, o Padre José Henriques,perguntando-me se estava disponívelpara fazer formação para DiáconoPermanente, ao que anui, pois eraobrigatório eu anuir uma vez que no meucompromisso do convívio que fizmanifestei "ser mais útil aos outros",assim sendo se não aceita-se estava aser infiel ao compromisso que tinha feitoao Senhor. Na realidade nós, e porqueandamos preocupados com tanta coisaá imagem de Marta, não conseguimos veresta ação em nós do Senhor. Mesmonesta altura em que já passei por tantasfestas como: casamento, nascimento detrês maravilhosos filhos com os seusbatizados, comunhões, crismas ecasamentos, nascimento de trêsmaravilhosas netinhas com respetivosbatismos, bodas de prata de casado,enfim um sem número de momentos muitofelizes mas nenhum como esse primeiroencontro com o meu e nosso Deus. Daíeu a partir desse momento e graças aDeus já la vão trinta e dois anos nuncamais ter deixado de trabalhar neste Reinoque só dá felicidade. Também queroaproveitar este momento para endossara todos os convivas e seus familiares um

saudoso abraço mas de modo especialàqueles que fizeram este convívio (97º)comigo, assim como aos monitores,corpo auxiliar, àqueles que o Senhorchamou para me convidar e ummuitíssimo obrigado ao senhor padreValente por ter dado o seu sim ao Senhorquando o convidou a criar esteMovimento, pois se olharmos para ahistória, vemos que neste Movimento jánasceram muitas e boas vocações para omatrimónio, religiosas, sacerdotais,diaconais e bons homens e boasmulheres que com certeza desempenhamvários ministérios dentro da Igreja, paraalém de ter aberto novos horizontes aalguns irmãos nossos que duma ou deoutra maneira já andavam por caminhosque levavam á total destruição. Nestemomento quero agradecer a Deus portudo quanto me deu e vos ofereceutambém a vós. E não nos esqueçamos deque até ao dia do encontro final com oSenhor temos que ir pelo mundo mostrara nossa herança que cantamos no nossohino. Essa herança que é a felicidade, é avida em Cristo, é a vida eterna. Um abraçoa todos e até sempre.

Nome: José Maria tavares do CarmoData: Avanca, 8 de Outubro de 2012

Braga

Jesus pegou 33 jovens e convidou-os a"subir" até ao Seminário do VerboDivino, em Guimarães. Jovens queestavam receosos, cheios deinquietações, que iam em busca de algo.Aí houve um encontro consigo mesmo,com Deus e com os outros; houveespaço para fazer silêncio, em que cadaum descobriu o melhor de si mesmo;experimentou-se o Amor de Deus etocou-se na beleza da vida quando évivida em clave de doação e de ternura.Aí descobriu-se o sentido profundo dassuas vidas. Houve mudança, houvetransfiguração. Eles disseram: "Senhoré bom estarmos aqui, podemos montaras nossas tendas e manter este clima

Uma nova "transfiguração"…de paz e de harmonia que estamos aquia viver". Ainda eles estavam a falar,quando escutaram uma canção: "Vai pelomundo mostrar a tua herança. Sê convivada paz e do amor"Ao ouvirem isto ficaram assustados.Jesus aproximou deles e disse-lhes:"Levantai-vos e não tenhais medo. Euestou convosco". Erguendo os olhos osnovos convivas viram apenas Jesus emais ninguém.Enquanto voltavam para a sua realidadeJesus disse-lhes: "Sede sinais do meuamor com o vosso testemunho de vida,com a vossa alegria de jovens e comvosso empenho".

Convívios Nº 1198 da diocese de Braga

7Outubro / Novembro / Dezembro 2012

Page 8: Balada da União Out/Nov/Dez 2012

BALADA DA UNIÃO

Balada da União

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Para que, em todo o mundo, os emigrantessejam acolhidos, especialmente pelascomunidades cristãs, com generosidade eautêntica caridade.Celebra-se, no dia 18 de Dezembro, o DiaMundial do Migrante. Daqui a razão de serda Intenção Geral deste mês. O fenómenodas migrações não faz só parte do passado,mas continua presente (e até talvez maisagudizado) e, infelizmente, continuará nofuturo. Segundo estatísticas da ONU, onúmero de refugiados é, hoje, de 214milhões, número este que não tende adiminuir, antes pelo contrário.Normalmente, ninguém emigra por gostoou opção, mas fá-lo porque busca melhorescondições de vida e também, em muitoscasos, para fugir de perseguições e guerras,sendo, portanto, esta uma migração forçada,com todos os sacrifícios e problemas queessa situação reveste. As vítimas destasperseguições assumem, em muitos casos, oestatuto de refugiados. Mas a IntençãoGeral deste mês refere-se especialmenteàqueles que emigram livremente.

Complexidade do fenómeno migratórioO fenómeno das migrações é sumamentecomplexo. Por um lado, aqueles queemigram conseguem, muitas vezes,melhorar as suas condições de vida, o quesupõe, contudo, grandes sacrifícios. Masnoutros casos, isso não acontece, passandoassim as pessoas por muitas dificuldades,mas em vão.Por outro lado, como reconhece o SecretárioGeral da ONU, Ban Kimoon, na suaMensagem para o "Dia Mundial doMigrante" deste ano, é fundamental o papeldos migrantes no reforço da economiamundial. Segundo as suas próprias palavras:"Os migrantes contribuem para ocrescimento económico e para odesenvolvimento humano, enriquecem associedades, através da diversidade cultural,conhecimentos e intercâmbio de tecnologia,e permitem melhorar o equilíbriodemográfico das populações em processode envelhecimento".Mas acrescenta também, frisando o ladonegativo da migração: "Se para muitos amigração é uma experiência positiva eemancipadora, muitos outros são vítimasde violações dos direitos humanos, dexenofobia e exploração".Foi isto também que o Papa reconheceu aoafirmar, na sua Mensagem para o "97º DiaMundial do Migrante e Refugiado", em2011: "O mundo dos migrantes é vasto ediversificado. Conhece experiênciasmaravilhosas e prometedoras, mas também,infelizmente, muitas outras dramáticas eindignas do homem e das sociedades que se

EMIGRANTES, SERES HUMANOS A RESPEITAR

consideram civilizadas".

Intensificar esforçosTem havido, ao longo dos últimos tempos,grandes esforços por melhorar as condiçõesde vida dos migrantes, mas estes têm queser intensificados, como declarou o já citadoSecretário Geral da ONU, na Mensagempara o "Dia Mundial do Migrante" desteano: "É evidente que é necessáriointensificar os esforços para proteger osdireitos dos migrantes. Por isso, o GrupoMundial sobre a migração (que é compostopor 14 organismos da ONU, a OrganizaçãoInternacional para as migrações e o BancoMundial) aprovou uma declaraçãoconjunta, em Setembro, que salientou anecessidade de proteger os direitoshumanos de todos os migrantes, sobretudodas dezenas de milhões de pessoas que seencontram em situação irregular". Comefeito, estas são, por definição, maisvulneráveis a toda a espécie de abusos, porparte de pessoas ou Governos semescrúpulos.

O papel da IgrejaA Igreja tem um papel importante adesempenhar no problemas das migrações.Ela sabe que todos os homens formam umasó família, sem distinção de raça, cor oureligião, e que todo o ser humano deve serrespeitado, seja qual for a sua condição,proveniência ou quaisquer outras condiçõesexternas. Sabe também que todos temos amesma origem que é Deus e que foi Ele quefez habitar na terra todo o género humano.

É bom que também a Igreja se interroguesobre se incrementou o serviço aos seniores,melhorando a sua pastoral neste domínioFaz-se, por estes dias, o balanço do AnoEuropeu do Envelhecimento Ativo eSolidariedade entre Gerações vivido ao longode 2012.Registo, com agrado, que os responsáveisnão desejam apenas contabilizar iniciativaslevadas a cabo - comprazendo-se nosnúmeros cumpridos - mas pretendem,sobretudo, ver como percorrer no futuro oscaminhos até agora abertos. A não ser assim,aliás, estaríamos perante mais um momentode entusiasmo estéril, por não gerar novas emelhores oportunidades para os mais velhose mais conscientes responsabilidades para osdecisores e a sociedade em geral.Na minha ótica, o balanço tem de fazer-setransformando os objetivos desenhados noinício do Ano em perguntas honestamenterespondidas.Por exemplo: Estão a ser efetivamentereconhecidos o potencial e as oportunidadesdo envelhecimento ativo? Aceitamos melhoros anciãos como parte da cena social e - naexpressão de João Paulo II - percebemos quea sua vida "ajuda a clarificar uma escala devalores humanos"? Estamos, um anovolvido, mais sensibilizados para aimportância da intergeracionalidade para acoesão e desenvolvimento da sociedade comoum todo?"Uma sociedade verdadeiramentemultigeracional - disse o representante daSanta Sé na Conferência Ministerial EuropeiaSobre o Envelhecimento, em abril de 2002 -é aquela em que as pessoas da terceira idadesentem que lhe pertencem plenamente, emque a sua dignidade é sempre protegida, emque elas não têm medo e em que a suacontribuição seja respeitada e a sua sabedoriaapreciada".Neste tempo de balanço é bom que tambéma Igreja se interrogue sobre se incrementou oserviço aos seniores, melhorando a sua pas-toral neste domínio. Deixando, por exemplo,de os considerar apenas como os maisassíduos dos praticantes, que evitam a totaldesertificação das missas da semana... Há,realmente, a obrigação de contribuir para asua qualidade de vida, através de iniciativasque os envolvam fora dos atos de culto.As nossas paróquias podem e devem, de facto,ajudá-los a manter e alargar o círculo em quese movem, pois que uma boa e diversificadarede social melhora a qualidade de vida; podeme devem atribuir-lhes tarefas - sendo oaconselhamento, enraizado na suaexperiência, uma das mais evidentes.Basta, a este propósito, lembrar a Carta deJoão Paulo II aos Anciãos: "Os anciãos ajudama contemplar os acontecimentos terrenoscom mais sabedoria, porque as vicissitudesos tornaram mais experimentados eamadurecidos. Eles são guardiões da memóriacoletiva e, por isso, intérpretes privilegiadosdaquele conjunto de ideais e valores humanos

Um balançoem perguntas

CONVÍVIOS RUMO AO FUTURONos dias 21, 22 e 23 de dezembro de 20121200 - Em Bragança, para jovens desta diocese1201 - Em Maputo, para jovens de Moçambique

Nos dias 27, 28 e 29 de dezembro de 20121202 - Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto1203 - No Seminário de Santarém, para jovens desta diocese1204 - No Seminário de S. José, em Vila viçosa, para a Arquidiocese de Évora.

8 Outubro / Novembro / Dezembro 2012

Sabe ainda que migrantes e populações queos recebem têm o mesmo direito a usufruirdos bens da terra, porque o destino deles éuniversal.E a Intenção Geral deste mês faz um apeloparticular às comunidades cristãs. Sobre estetema, afirma o Papa na Mensagem para o"Dia Mundial do Migrante" deste ano: "Ascomunidades cristãs reservem umaparticular atenção aos trabalhadoresmigrantes e suas famílias, acompanhando-os com a oração, a solidariedade e a caridadecristã, valorizando aquilo que enriquecereciprocamente e promovendo novosprojectos políticos, económicos e sociais,que favoreçam o respeito pela dignidade decada pessoa, a tutela da família, o acesso auma habitação condigna, ao trabalho e àassistência".O "Dia Mundial do Migrante e doRefugiado" oferece a oportunidade a toda aIgreja para reflectir sobre o tema relacionadocom o crescente fenómeno da migração, pararezar, a fim de que os corações se abram aoacolhimento cristão e trabalhem para quecresça no mundo a justiça e a caridade,colunas para a construção de uma pazautêntica e duradoura.

António Coelho, s. j.Intenção Missionária

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