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PROPRIEDADE: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e i MPressão: Coraze - s. t. riba-Ul - o. azeMéis • tel. 256 661460 PUbliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 306 - Janeiro/Fevereiro 2011 • assinatUra anUal: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o MENSAGEM DO PAPA PARA A XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE Queridos amigos, renovo-vos o convite a ir à Jornada Mundial da Juventude a Madrid. É com profunda alegria que espero cada um de vós pessoalmente: Cristo quer tor- nar-vos firmes na Fé através da Igreja. (Continua na pág. 4 BU) EDUCAR E TESTEMUNHAR A família, na sua forma materna e paterna, já não ousa contrariar as crianças e permite precocemente, por demis- são ou por omissão, todo o tipo de experiências que dese- quilibram o crescimento integral da pessoa. É preciso clare- za e comunhão no exercício do testemunho parental. Onde está um SIM, também pode estar um NÃO. (Continua na pág. 2 BU) CAMINHOS FALSOS DE FELICIDADE Ao princípio era tudo um mar de rosas e dava para disfar- çar a minha situação de drogado. Mas, quando quis parar, porque não há dinheiro que aguente este vício, já não fui a tempo. A droga já tomara conta de mim e, como é natural, a seguir o interesse pela escola, pais e amigos, tudo desa- pareceu. (Continua na pág. 1 JA) O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO “…todos os fieis cristãos, onde quer que vivam, têm obrigação de manifestar, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, o homem novo de que se revestiram pelo Baptismo, e a virtude do Espírito Santo por quem na confirmação foram robustecidos, de tal modo que os demais homens, ao verem as suas boas obras ,glorifiquem o Pai e compreendam mais plenamente o sentido genuíno da vida humana e o vínculo universal da comunidade humana” (AC 11). www.conviviosfraternos.com A FAMÍLIA FUNDAMENTO DA SOCIEDADE A família é o lugar onde se aprende a viver o amor incon- dicional, imagem do amor de Deus. Por isso, ela constitui um desafio difícil mas, ao mesmo tempo, aliciante, que faz dela um lugar de excelência de aprendizagem e preparação para a vida. (Continua na pág.3 BU) SEDUZIDOS PELO AMOR DE CRISTO, TORNAMO-NOS NOVAS CRIATURAS Numa altura em que no mundo reina o materialismo, o consumismo e consequente o egoísmo, em que os jovens continuam à procura da felicidade em caminhos sem Deus, nota-se também neles “sede“ de amor e um grande vazio existencial. Para dar resposta aos seus anseios, realizaram- se convívios –Fraternos nas dioceses de Bragança, Santa- rém, Porto, Évora e em Maputo, Moçambique. (Continua na pág. 3,4, e 5 JA) REUNIÃO DO SECRETARIADO NACIONAL DOS CONVÍVIOS FRATERNOS Todas as dioceses se congratularam com a aprovação dos Estatutos do movimento pela Conferência Episcopal Portu- guesa e todos sentiram acrescida responsabilidade para que os Convívios-Fraternos possam continuar, agora com maior entusiasmo e zelo apostólico, a ser uma resposta à pastoral juvenil neste contexto social e religioso em que todos senti- mos, com tristeza, o êxodo dos Jovens da Igreja. (Continua na pág. 2 BU) DOENÇA E TESTEMUNHO CRISTÃO Na presença da doença, sobretudo de doenças mais gra- ves, sentimo-nos desarmados e não encontramos as pala- vras adequadas e é nestas ocasiões que o silêncio respeitoso e compassivo é a melhor atitude que podemos ter. (Continua na pág. 3 BU) “RECEBESTES DE GRAÇA, DAI DE GRAÇA” (Mt 8,10 ) Os jovens que participaram nesta campanha querem, com a seu testemunho, despertar esta mesma vontade nou- tros jovens, para que sejam mais cristãos e tenham também consciência do mundo que nos rodeia. (Continua na pág. 1 JA) DEPENDE DE TI Esta manhã ao acordar, desejei ter um bom dia. Meditei e vi que isso dependia muito de mim. Hoje posso queixar-me por que está um dia de chuva, ou posso dar graças a Deus porque as plantas são regadas grátis. (Continua na pág. 2 BU) DIA DO SENHOR - PROGRAMA DE D. MANUEL CLEMENTE Nos últimos números do Balada da União, foram propos- tos alguns dos novos meios e das novas tecnologias ao ser- viço da Evangelização! (Continua na pág. 4 JA) A LIDERANÇA DOS GRUPOS DE JOVENS O líder cristão (conviva) deve ser o primeiro no serviço e na doação aos outros, dando testemunho coerente daquilo que diz e faz na sua vida pessoal e comunitária. (Continua na pág. 3 JA) BALADA DA UNIÃO O nosso jornal continua a bimestralmente bater à porta de todos os convivas que o desejam receber neste formato e que generosamente contribuem , na medida das suas possi- bilidades, para ajudar a custear as despesas da sua publica- ção e expedição. Para todos encontra-se na internet em: WWW.CONVIVIOSFRATERNOS.COM

Balada Janeiro Fevereiro 2011

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Bom Dia, agora também no facebook o nosso Jornal.Feliz 4º Dia ;-)

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Page 1: Balada  Janeiro  Fevereiro 2011

ProPriedade: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e iMPressão: Coraze - s. t. riba-Ul - o. azeMéis • tel. 256 661460 PUbliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 306 - Janeiro/Fevereiro 2011 • assinatUra anUal: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o

MENSAGEM DO PAPA PARA A XXVI JORNADA MUNDIAL

DA JUVENTUDEQueridos amigos, renovo-vos o convite a ir à Jornada

Mundial da Juventude a Madrid. É com profunda alegria que espero cada um de vós pessoalmente: Cristo quer tor-nar-vos firmes na Fé através da Igreja.

(Continua na pág. 4 BU)

EDUCAR E TESTEMUNHARA família, na sua forma materna e paterna, já não ousa

contrariar as crianças e permite precocemente, por demis-são ou por omissão, todo o tipo de experiências que dese-quilibram o crescimento integral da pessoa. É preciso clare-za e comunhão no exercício do testemunho parental. Onde está um SIM, também pode estar um NÃO.

(Continua na pág. 2 BU)

CAMINHOS FALSOS DE FELICIDADE

Ao princípio era tudo um mar de rosas e dava para disfar-çar a minha situação de drogado. Mas, quando quis parar, porque não há dinheiro que aguente este vício, já não fui a tempo. A droga já tomara conta de mim e, como é natural, a seguir o interesse pela escola, pais e amigos, tudo desa-pareceu.

(Continua na pág. 1 JA)

O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO“…todos os fieis cristãos, onde quer que vivam, têm obrigação de manifestar, pelo exemplo da vida e pelo testemunho

da palavra, o homem novo de que se revestiram pelo Baptismo, e a virtude do Espírito Santo por quem na confirmação foram robustecidos, de tal modo que os demais homens, ao verem as suas boas obras ,glorifiquem o Pai e compreendam mais plenamente o sentido genuíno da vida humana e o vínculo universal da comunidade humana” (AC 11).

www.conviviosfraternos.com

A FAMÍLIA FUNDAMENTO DA SOCIEDADE

A família é o lugar onde se aprende a viver o amor incon-dicional, imagem do amor de Deus. Por isso, ela constitui um desafio difícil mas, ao mesmo tempo, aliciante, que faz dela um lugar de excelência de aprendizagem e preparação para a vida.

(Continua na pág.3 BU)

SEDUZIDOS PELO AMOR DE CRISTO, TORNAMO-NOS

NOVAS CRIATURASNuma altura em que no mundo reina o materialismo, o

consumismo e consequente o egoísmo, em que os jovens continuam à procura da felicidade em caminhos sem Deus, nota-se também neles “sede“ de amor e um grande vazio existencial. Para dar resposta aos seus anseios, realizaram-se convívios –Fraternos nas dioceses de Bragança, Santa-rém, Porto, Évora e em Maputo, Moçambique.

(Continua na pág. 3,4, e 5 JA)

REUNIÃO DO SECRETARIADO NACIONAL DOS CONVÍVIOS

FRATERNOSTodas as dioceses se congratularam com a aprovação dos

Estatutos do movimento pela Conferência Episcopal Portu-guesa e todos sentiram acrescida responsabilidade para que os Convívios-Fraternos possam continuar, agora com maior entusiasmo e zelo apostólico, a ser uma resposta à pastoral juvenil neste contexto social e religioso em que todos senti-mos, com tristeza, o êxodo dos Jovens da Igreja.

(Continua na pág. 2 BU)

DOENÇA E TESTEMUNHO CRISTÃO

Na presença da doença, sobretudo de doenças mais gra-ves, sentimo-nos desarmados e não encontramos as pala-vras adequadas e é nestas ocasiões que o silêncio respeitoso e compassivo é a melhor atitude que podemos ter.

(Continua na pág. 3 BU)

“RECEBESTES DE GRAÇA, DAI DE GRAÇA” (Mt 8,10 )

Os jovens que participaram nesta campanha querem, com a seu testemunho, despertar esta mesma vontade nou-tros jovens, para que sejam mais cristãos e tenham também consciência do mundo que nos rodeia.

(Continua na pág. 1 JA)

DEPENDE DE TIEsta manhã ao acordar, desejei ter um bom dia. Meditei e

vi que isso dependia muito de mim. Hoje posso queixar-me por que está um dia de chuva, ou posso dar graças a Deus porque as plantas são regadas grátis.

(Continua na pág. 2 BU)

DIA DO SENHOR - PROGRAMA DE

D. MANUEL CLEMENTE

Nos últimos números do Balada da União, foram propos-tos alguns dos novos meios e das novas tecnologias ao ser-viço da Evangelização!

(Continua na pág. 4 JA)

A LIDERANÇA DOS GRUPOS DE JOVENS

O líder cristão (conviva) deve ser o primeiro no serviço e na doação aos outros, dando testemunho coerente daquilo que diz e faz na sua vida pessoal e comunitária.

(Continua na pág. 3 JA)

BALADA DA UNIÃOO nosso jornal continua a bimestralmente bater à porta

de todos os convivas que o desejam receber neste formato e que generosamente contribuem , na medida das suas possi-bilidades, para ajudar a custear as despesas da sua publica-ção e expedição. Para todos encontra-se na internet em:

WWW.CONVIVIOSFRATERNOS.COM

Page 2: Balada  Janeiro  Fevereiro 2011

Janeiro/Fevereiro 20112

EDUCAR E TESTEMUNHAREducar e Testemunhar segundo a Boa-Nova de

Jesus Cristo é uma verdadeira “emergência” na missão da Igreja.

Ao longo dos séculos a Igreja exerceu a sua mis-são no campo do ensino. Os discípulos reuniram-se em torno de Jesus, Mestre da Palavra, pedagogo exímio, porque cheio da sabedoria de Deus-Pai. A primeira comunidade cristã era assídua ao “ensi-no dos apóstolos” e ao testemunho que davam do amor de Deus. A Igreja, com a graça do Espírito Santo, com o contributo de homens e mulheres sábios, desde sempre ajudou a desvendar o mis-tério da criação e do homem.

Estamos numa sociedade e num tempo novo que exige de nós o esforço contínuo de repensar os modelos educativos. O que significa educar? Que educação para hoje? Que projectos educati-vos existem? Como educar e para quê? São ques-tões que certamente já foram levantadas e debati-das ao longo desta Jornada de reflexão.

Não sem razão se diz que as figuras tradicio-nalmente educativas se adaptaram, por via das circunstâncias do tempo, às correntes pedagó-gicas do facilitismo e da lei do menor esforço. Acomodaram-se aos conselhos de pedago-gias centradas na auto-realização individual sem vislumbrar uma cultura da fraternidade e da partilha de valo-res. Um panorama que contagiou a Família, a Escola e a própria Igre-ja. Assim:

A família, na sua for-ma materna e paterna, já não ousa contrariar as crianças e permi-te precocemente, por demissão ou por omissão, todo o tipo de experiências que desequilibram o crescimento integral da pessoa. É preciso clareza e comunhão no exercício do testemunho parental. Onde está um sim também pode estar um não.

A escola, na perspectiva redutora de uma for-mação pluricultural, não tem sido capaz de de-linear um projecto educativo respeitador e pro-motor de uma cultura verdadeiramente humana. Impõe-se a todo o custo uma ideologia educativa estatal com a consequente eliminação silenciosa de todas as propostas educativas que orientem para os valores do testemunho, da autoridade, da seriedade, da vontade de trabalho e de iniciativa, da fé e da visão cristã do mundo.

A Igreja, na sua tarefa irrenunciável de apresen-tar um projecto educativo à luz do pensamento cristão, nem sempre tem sido capaz de propor um itinerário de crescimento e de diálogo entre a fé e a razão. A formação dos agentes educativos da Igreja é urgentíssima porque estamos a perder oportunidades únicas de testemunhar com a vida o anúncio primordial da fé cristã. É tempo de per-guntar se a actual catequese é um itinerário que educa e forma discípulos de Cristo? As famílias sentem-se responsáveis pela catequese dos seus filhos? Como temos acompanhado aqueles jovens que após o crisma não regressam à comunidade? O que temos para lhes oferecer? Que novos mi-nistérios poderão surgir nas nossas comunidades à luz dos dons variados dos nossos jovens? Será que a proposta de anunciar o Evangelho na co-munidade se resume à presença dominical, a ser leitor, acólito ou membro do grupo coral?

Se estes tradicionais lugares de educação estão a perder a sua capacidade de formar teremos de voltar a acreditar na família como a primeira esco-

la da esperança e da comunhão. Não basta ser pai ou mãe. É preciso ter a humildade para reconhe-cer que educar exige disponibilidade, encontro, presença e acompanhamento. Também as comu-nidades cristãs devem exercer essa missão educa-dora na fé, testemunho e desafiando os jovens a colocar os seus dons ao serviço do próximo.

Nesse sentido é para a Igreja um autêntico de-safio criar novos ministérios que se aproximem dos dons dos mais novos de modo que as suas qualidades possam ser acolhidas para o cresci-mento da comunidade. Indico alguns ministérios possíveis: a utilização das novas tecnologias (pá-gina da internet do arciprestado ou da paróquia); a elaboração de uma equipa de jornalismo que elabore o boletim paroquial e divulgue a fé cristã na comunicação social; a formação de equipas de voluntariado de acção social (tantos jovens for-mados em Ciências Sociais!); iniciativas de índole cultural onde o pensamento cristão seja apresen-tado com criatividade e originalidade (por exem-plo apresentar uma exposição bíblica a partir das artes plásticas ou da pintura com crianças da catequese ou jovens formados em Belas Artes).

Não podemos exigir que venham somente à Euca-ristia dominical, é preciso que a comunidade acolha com a alegria as várias si-nergias e dons ao serviço do Evangelho.

Neste compromisso activo e no exercício de uma cidadania pensante, permiti que partilhe con-vosco uma preocupação, um apelo e um compro-misso:

1 ) Preocupa-me a re-dução da educação a uma certa demagogia ide-ológica. Ultimamente verifica-se uma polarização da perspectiva economicista da educação. Por nosso lado não podemos deixar de dizer que o ensino privado não pode ser visto como contra-ponto do estatal. O ensino privado é ensino pú-blico na medida em que está ao serviço de toda a sociedade na formação dos quadros directivos e do tecido produtivo do nosso país. Certamente que a questão económica não é despicienda mas é necessário garantir o direito das famílias poderem escolher o modelo educativo para os seus filhos.

2) Apelo a uma educação integral resultante de testemunho de vida e da competência técnica de todos aqueles que interagem no acompanha-mento vocacional das crianças e dos jovens. Uma educação que não seja auto-realização ou funcio-nalista mas que eduque as novas gerações para uma cidadania exigente e activa na luta por um progresso justo e humano.

3) Como cristãos não podemos deixar de pro-por uma educação católica, universal e diversi-ficada, que toque as grandes questões da nossa existência. Educar na fé é seguir a pedagogia de Jesus que inicia os discípulos a partir do testemu-nho relacional com Deus, Seu e nosso Pai.

Por isso, a todos deixo uma palavra de enco-rajamento para darmos razões de esperança às novas gerações. A vós, pais e educadores na fé, peço que testemunheis com a vida aquilo que en-sinais, porque vós sois os primeiros responsáveis no crescimento harmonioso e sadio dos vossos filhos. Não desanimeis na bela missão de educar humanamente aqueles e aquelas que darão conti-nuidade à obra da criação de Deus.

D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga

Realizou-se no dia 22 de Janeiro de 2011, na Casa de Nossa Senhora do Carmo, no Santuário de Fátima, a reunião do Secreta-riado Nacional dos Convívios Fraternos.

Nela estiveram presentes os Represen-tantes das dioceses de Beja, Évora, Bragan-ça, Lamego, Viseu, Porto, Portalegre - Cas-telo Branco, Coimbra, Santarém, Guarda, Setúbal e Leiria, faltando as dioceses de Aveiro, Braga, Algarve, Vila Real e Forças Armadas.

Depois de dadas as boas vindas aos presentes pelo Director Nacional do movi-mento, foi feita, pelas dioceses, uma análise critica aos actos realizados no XXXVII Con-vívio - Animação Nacional, em 11 e 12 de Setembro de 2010, para aperfeiçoarmos o que estava bem e corrigirmos o que estava menos perfeito.

A apreciação geral das dioceses foi posi-tiva congratulando-se todos com a dignida-de, aprumo, alegria e juventude com que se realizaram todos os actos da peregrinação, realçando-se a nível de realização e organi-zação do sarau que foi considerado um dos melhores nos últimos anos.

Todas as dioceses sentiram a falta da “Festa da Despedida” cancelada nesta pe-regrinação, por dificuldades postas pelo Santuário, à sua realização no Parque nº2.

Seguidamente iniciou-se a preparação do XXXVIII Convívio - Animação, que todos concordaram obedecesse à mesma moldu-ra dos anos anteriores, embora este ano com algumas alterações logísticas por não se po-der utilizar o Centro Pastoral Paulo VI por estar em obras.

Assim a recepção dos peregrinos e a ce-lebração colectiva da Penitência, ficaram a cargo da diocese de Leiria e realizar-se-ão na Cripta da Basílica. Se for possível fazer-se a festa da Ressurreição, esta ficará a car-go da diocese de Viseu. A saudação dos Peregrinos e a Celebração da Palavra na Capelinha das Aparições será organizada e realizada pela diocese do Porto. Às 18H00, as dioceses realizarão, sobre o tema da Pere-grinação “Firme na Fé, digo sim ao Amor”, uma Celebração Diocesana.

As meditações do Terço do Rosário, no sábado, serão feitas respectivamente, pelas dioceses de Setúbal, Guarda, Viana do Cas-telo, Lamego e Évora.

O sarau será organizado pela diocese de Bragança e realizar-se-á na Basílica da San-tíssima Trindade pedindo-se às dioceses que nele queiram participar que escolham e preparem a sua apresentação tendo em atenção o espaço em que o sarau se vai re-alizar.

As meditações dos mistérios do Terço do Rosário serão feitas: a primeira pela diocese de Bragança e as outras, sucessivamente, pelas dioceses de Coimbra, Santarém, Porto e Viseu.

A Festa da Despedida será organizada pela diocese de Viseu.

Organizado o XXXVIII Convívio - Ani-mação Nacional, foi apresentado à conside-ração da Assembleia a necessidade de se or-ganizar o Secretariado Nacional de acordo com o artigo 11º dos Estatutos do movimen-to aprovados pela conferência Episcopal Portuguesa. Os membros do Conselho pre-sentes foram unânimes em que o Assistente Espiritual diocesano deverá fazer parte do Secretariado juntamente com os 2 membros eleitos pelos Secretariados diocesanos.

Ficou agendada uma reunião para o dia 25 de Junho, também em Fátima, para apre-sentação dos membros eleitos pelas dioce-ses para formar o Secretariado Nacional e para as dioceses apresentarem os textos dos actos litúrgicos a realizar na Peregrinação.

Igualmente foram entregues a todas as dioceses, presentes na reunião, exemplares dos Estatutos do movimento para serem entregues aos sacerdotes.

Para que o jornal Balada da União possa ter mais interesse nas dioceses, ficou tam-bém decidido que estas nomeariam um ou mais convivas para o envio de notícias e outros assuntos de interesse para serem publicados no jornal que continua a ser bi-mestral.

Todas as dioceses se congratularam com a aprovação dos Estatutos do movimen-to pela Conferência Episcopal Portuguesa e todos sentiram maior responsabilidade para, que os Convívios-Fraternos possam continuar, agora com maior entusiasmo e zelo apostólico, a ser uma resposta à Pas-toral Juvenil neste contexto social em que todos sentimos, com tristeza, o êxodo dos jovens da Igreja.

REUNIÃO DO SECRETARIADO NACIONAL DOS CONVÍVIOS FRATERNOS

Esta manhã, ao acordar, desejei ter um bom dia. Meditei e vi que isso dependeria muito de mim.

Hoje posso queixar-me porque está um dia de chuva, ou posso dar graças a Deus porque as plantas são regadas grátis.

Hoje posso sentir-me triste porque o di-nheiro é pouco, ou simplesmente fazer só os gastos necessários.

Hoje posso queixar-me da minha dor de cabeça, ou louvar a Deus porque ainda me mantém em vida.

Hoje posso chorar porque as rosas têm espinhos, ou alegrar-me porque os espi-nhos têm rosas.

Hoje posso queixar-me porque tenho de trabalhar, ou alegrar-me porque tenho emprego.

Hoje posso olhar para as pessoas como

objectos, ou respeitar a sua dignidade hu-mana e divina.

Hoje posso ser um pessimista que vê tudo negro, ou ser um optimista que vê o lado positivo da vida.

Hoje posso ser um gerador de conflitos com toda a gente, ou optar por ser um construtor de paz e amor.

Hoje posso nada fazer pela felicidade dos outros, ou praticar uma ou mais boas acções.

Hoje posso viver como se Deus não exis-tisse, ou viver com os pés na terra e o pen-samento em Deus.

Cada dia que nasce apresenta-se como uma página em branco. Ser um dia mau ou bom, isso dependerá de mim. E tam-bém depende de ti!

Pedrosa Ferreira

DEPENDE DE TI

Page 3: Balada  Janeiro  Fevereiro 2011

Suplemento Do BAlADA DA unIÃo nº 79 • JAneIro/FevereIro/11 • proprIeDADe DA comunIDADe terApêutIcA • n.I.p.c. 503298689

Jovens em AlertaJovens em Alertawww.conviviosfraternos.com

NOS DIAS 5 A 7 DE MARÇO 20111145 – No Seminário do Preciosíssimo San-gue para a Diocese de Portalegre e Castelo Branco1146 – Na Casa de Férias do Gaiato, na Ar-rábida , para jovens da diocese de Setúbal.1147 – No Seminário do Fundão, para jo-vens da diocese da Guarda.1148 – Na Casa do Clero ,em Bragança , para jovens desta diocese.1149 – Na Casa de Retiros de Viseu, para jovens desta diocese.1150 – Na Casa do Clero, em Vila Real , para jovens desta diocese1151 – No Seminário de Nossa Senhora de Fátima , em Beja , para jovens desta diocese1152 – Em Eirol , Aveiro , para jovens da diocese do Porto.1153 – No seminário de Santarém ,para jo-vens desta diocese.1154 – No Seminário dos Carmelitas , no Sameiro , para a diocese de Braga.1155 – Em S. Lourenço Palmeiral

NOS DIAS 16 A 18 DE ABRIL, 20111156 – Em São Tomé e Príncipe para jovens deste país

NOS DIAS 17 A 20 ABRIL 20111157 – No Seminário Menor de S. José – Vila Viçosa.

CONVÍVIOS RUMO AO FUTURO

Nasci com bronquite asmática que, por mi-lagre, se conseguiu tratar a tempo.

Até aos meus seis anos, enquanto os meus pais trabalhavam, estava em casa de uma se-nhora, a quem tratava por “ama”.

Aos seis anos a minha mãe meteu-me na pré-escola onde estive até ir para a primária. Nunca fui lá muito bom aluno, mas desenras-cava-me sempre, tirava uma nega ou outra, mas dava sempre para passar de ano. Conse-gui terminar a primária, que é até ao quarto ano, e fui para o ciclo. Ao princípio custou-me adaptar, mas lá consegui.

Até ao sétimo ano era um jovem correcto, com as minhas responsabilidades, mas, foi nesse ano, que comecei a juntar-me a com-panhias menos próprias. Comecei por fumar uns cigarritos, e no 9º ano, era já um fumador dependente e, como era muito curioso, come-cei por fumar haxixe. Comecei a ter alguns problemas em casa, mas sempre na maior, e não ligando nem um pouco às consequências que me iriam causar mais tarde.

Enfim, como se o haxixe não bastasse, jun-tamente com um colega, cocaína e heroína foram as minhas experiências seguintes. Ao princípio era tudo um mar de rosas. Ainda dava para disfarçar, mas quando quis parar, porque não há dinheiro algum que aguente tal vício, já não fui a tempo. A droga já tomara

conta de mim e, depois, claro, o interesse pela escola, amigos e pais começou a perder-se.

Desisti da escola para ir trabalhar, para ver se arranjava uns trocos para a droga. Ainda consegui aguentar bastante tempo na fábrica em São João da Madeira, onde era tecelão, mas chegou a um ponto que nem trabalhar conseguia. Despedi-me e andei por aí e por ali, a arranjar mil e uma maneiras de fazer dinheiro, desde roubar a vender droga. Reco-mecei a minha degradação.

Mas como isso não era vida e sabia que não podia durar para sempre, pedi ajuda numa comunidade terapêutica, em Avanca. Estive abstinente três meses, mas ao final desse tem-po decidi ir embora. Andei só um mês limpo cá fora. Depois de ter recebido o primeiro or-

denado onde estava a trabalhar, fui direitinho ao bairro, para consumir.

Foi um ano sempre a descer a pique com a minha vida, até “bater” mesmo com a cabe-ça lá no fundo do “poço”, como se costuma dizer. Pedi novamente ajuda à comunidade onde estivera, a primeira vez. Fui muito bem recebido novamente. No primeiro mês ainda estive em dúvida interrogando-me se era re-almente a altura em que eu me queria tratar. Cheguei à conclusão que já chegava de tanto sofrimento, tanto para mim como para as pes-soas que me rodeavam.

Acabei por interiorizar o tratamento e acei-tar-me com o problema muito sério que tenho com as drogas.

E ainda hoje permaneço em tratamento. Muita coisa boa já fiz desde que aqui estou: consegui um bom emprego com um cargo de muita responsabilidade; a nível social tenho tido muito sucesso nos meus relacionamentos com as pessoas e espero continuar no bom ca-minho.

Mas, porque sou ainda muito novo, interro-go-me: será que conseguirei de uma vez por todas libertar-me desta terrível escravidão?!... “A esperança é a última coisa a perder-se”.

Hugo Correia

CAMINHOS FALSOS DE FELICIDADE!...

“RECEBESTES DE GRAÇA, DAI DE GRAÇA.” (Mt 8, 10)

Um grupo de Convivas de Bragança no Por-to decidiu partir em missão e, com a boa vonta-de que caracterizam estes jovens, chegámos ao armazém do Banco Alimentar Contra a Fome. Ao entrarmos, deparámo-nos com uma frase gravada na parede da entrada que nos uniu ainda mais ao longo deste dia e nos fez lem-brar uma música recentemente escrita por uma Conviva: “Recebestes de graça, dá de graça.� Esta acompanhou-nos durante todo o dia, pois fizemos questão de a cantarolar à medida que executávamos as tarefas incumbidas, dando-nos ainda mais força e motivação para levar a cabo esta missão.

Termos tido esta oportunidade de ajudar quem não nos conhece, foi claramente uma bênção de Deus, para que puséssemos a render alguns dos dons que Ele nos concedeu colocá-mo-los ao serviço de quem nada tem. Como foi gratificante termos colaborado com o Banco Alimentar (BA) e ajudado a bater todos os re-cordes, quer de voluntários, quer de alimentos recolhidos, que diariamente ajudam inúmeras instituições e apoiam milhares de famílias de-pendentes do BA para sobreviverem.

Os jovens que participaram nesta campanha querem, com o seu testemunho, despertar esta mesma vontade noutros jovens, para que sejam mais cristãos e tenham também consciência do mundo que nos rodeia:

Amar o próximo é, entre outras coisas, entregar-mos uma parte do nosso dia e da nossa energia em prol dos nossos irmãos, transmitindo-lhes esperança e solidariedade, sem esperar nada em troca. Neste dia de entrega e amizade, senti-me feliz por ver tantos voluntários e tantos donativos: afinal ainda há muita bondade! Senti que Jesus nos ajudava nas tarefas que levávamos a cabo e estava contente connosco; mas senti também que há ainda tantas pessoas que preci-sam de nós, que devemos estar sempre prontos para colaborar. Temos de ser incansáveis! Senhor Jesus, ajuda-nos a multiplicar a alegria e a chegar a quem mais precisa!...

Obrigada por nos dares força e acompanhares sempre!:) Paulinha Miranda

Bem, no princípio desta experiência eu nem sabia o que havia de fazer. Havia tanto trabalho e tão bem organizado, que não sabia para onde ir. Mas, à medi-da que me fui integrando, comecei a gostar imenso. Foi uma experiência muito interessante que gostaria

de repetir. Mas há que lembrar o mais importante: no final do dia tivemos a satisfação de saber que ajuda-mos muita gente, que aquelas horas ali, que até foram divertidíssimas, ajudaram mesmo alguém e isso é a melhor recompensa que alguém pode ter. Recebi de graça e dou de graça! Henrique Figueiredo

O BA vive de diversos contributos de pessoas que dão alimentos, que dão serviços, que dão produtos e trabalho. Este ano, foi um enorme prazer partici-par nesta iniciativa e alimentar esta ideia juntamen-te com a Celina, a Paulinha e o Henrique. Foi uma tarde incrível, que nenhum de nos irá esquecer e, sem dúvida, uma experiência a repetir. Daniela Gon-çalves

Ter participado no BA, não é uma experiência nova para mim, já tinha feito voluntariado mas numa ou-tra vertente: a recolher alimentos nas lojas. Este ano senti ainda mais realização pessoal pois, ter ajudado na organização dos alimentos recolhidos, tornou-se ainda mais maravilhoso e gratificante. Aquilo que este grupo fez é apenas uma sementinha na imen-sidão daquilo que é necessário fazer pelas inúmeras causas que existem. O grande desafio deste mundo será: sermos mais disponíveis e incansáveis na ajuda aos que nada têm, sempre com a presença do nosso

amigo Jesus no coração. Celina Afonso

Como não podia deixar de ser, o dia termi-nou com uma alegria indescritível, na celebra-ção Eucarística.

Reflectimos segundo o Evangelho de São Mateus, onde se sublinha que Jesus é o Mes-sias, Aquele que realiza em Si tudo o que estava predito a seu respeito no Antigo Testamento. Assim, ele aponta-nos hoje aquela atitude fun-damental do cristão, sobretudo no Advento, que tanto faltou a muitos dos homens antes de Cristo: a vigilância, própria de quem está à es-pera para dar acolhimento.

“Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor Por isso, estai vós tam-bém preparados, porque na hora em que me-nos pensais, virá o Filho do homem.”

Esperemos com muita fé e esperança a vinda do Salvador! Sejamos sempre, junto dos nossos irmãos, sem discriminação, uma presença de acolhimento solidária e fraterna!

Núcleo de Convivas do PortoDiocese de Bragança-Miranda

Page 4: Balada  Janeiro  Fevereiro 2011

Jovens em AlertaJovens em Alerta Janeiro/Fevereiro 20112

Santarém

Convívio Fraterno n.º 1144 realizado em Santarém

Évora“SEDE DE TI, TENHO NA ALMA”

Bragança“O MEU CORAÇÃO,

UM BERÇO PARA JESUS”

MoçambiqueCONFIA NO SENHOR SEDUZIDOS PELO AMOR DE

CRISTO, TORNAMO-NOS NOVAS CRIATURAS.

Convívio Fraterno 1145 da Diocese de Évora

Convívio Fraterno 1140 da Diocese de Maputo

“Confia no Senhor, sê forte e corajoso e confia no Senhor”, foi uma das mensagens que mais se cruzou comigo ao longo dos três dias. Às vezes, sabe bem uma pausa e este Convívio Fraterno 1144, apesar de ter decor-rido a um ritmo alucinante, também foi para-gem e oração. Em Equipa, pude aprofundar esta confiança no Senhor, que Se mostrou em alguns momentos de silêncio, nas reflexões e, ainda, nos vários rostos à minha volta.

Pessoalmente, este Convívio Fraterno fez-me, sobretudo, balançar. Balançar entre a mi-nha ausência de ritmo e o ritmo que quero viver. Foi um tempo, também para balanço de vida, para colocar questões, para saber de que cor são os sonhos de Deus e para perce-ber que mesmo antes de nascer, eu já existia neles. E, tomar consciência disto, ter uma perspectiva da minha existência desta forma tornou-se algo bonito, algo atraente, algo que deixa marca. Apercebi-me, ainda, que Deus me pede que ‘invente’ um sonho que seja o meu chão, que faça dele a minha missão di-ária e que, assim, saia pela porta da minha

vida, ame, esteja disponível e seja entrega. E, mesmo quando falha esse chão e o salto é sem rede, Cristo caminha à beira mar e car-rega-me nos Seus braços. Assim, pude sentir a beleza dos abraços e dos mimos, porque é também a partir deles que amo.

Nem tudo o que se parte, volta a colar. En-tão, o Senhor pede-me um sonho que junte os pedaços e dá-me o perdão, dá-me uma nova oportunidade de me aproximar e de estreitar o que nos separa. Por isso, este Convívio Fra-terno, foi tempo de encontro, tempo de voltar a sentir o Seu calor bem perto e a Sua luz, en-trar e transformar.

Neste Convívio fomos ainda convidados a ser suporte uns dos outros, suporte, sobre-tudo, para estes ‘Novos’ que se juntaram à nossa grande família, que lhe vieram dar um pouquinho mais cor, mais luz, mais amor. Que, juntos, saibamos ser sal da terra e luz do mundo e que saibamos ir pelo mundo mostrar a nossa herança.

Liliana NabaisCF. Santarém

A alegria foi a tónica dominante no conví-vio fraterno 1145 realizado em Vila Viçosa, na diocese de Évora! A vontade da procura mo-bilizou 37 jovens para este encontro, do qual resultou uma “sede” ainda maior de experi-mentar com a vida, nesta nova descoberta de Jesus. Do compromisso surgiram empenho

e entrega de querer rejuvenescer o rosto de Cristo. Na certeza de que não caminhamos sozinhos, mas que nos temos uns aos outros e a Deus, ergueram-se vidas novas prontas a “evangelizar com coração”.

Pela equipa coordenadoraJoão Cachaço

Numa altura em que quase no mundo in-teiro reina o egocentrismo e o individualis-mo, altura em que jovens se encontram na sua maioria mergulhados em falsos cominhos, buscando a felicidade e o amor, nota-se, des-te modo, que muitos jovens têm “sede” do amor e da felicidade, embora desconheçam o caminho (fonte) que os levará à satisfação da tal sede.

“Buscamos a felicidade ”, diziam alguns dos 52 jovens que nos dias 9, 10 e 11 de Dezembro de 2010 participaram do Convívio Fraterno 1140, quando indagados sobre a razão da sua presença naquele lugar. Era de espantar, pois os semblantes dos jovens oriundos de dife-rentes lugares da cidade de Maputo e da pro-víncia com mesmo nome, aparentavam uma felicidade extrema. Porquê, estariam eles à busca da felicidade?

Chegados ao terceiro dia, Cristo, que é o verdadeiro caminho que conduz à felicidade, com o Seu olhar mágico tinha seduzido, por meio do convívio, a cada um dos jovens par-ticipantes, e eles tinham-se deixado seduzir pelo Seu amor. É por isso que, por exemplo, a Ana Domingas afirmou com toda alegria que o Convívio trouxera para si e para os outros uma enorme satisfação, além de ter trazido uma emoção positiva e uma grande paz no espírito, voltando a ser, deste modo, o verda-

deiro Templo do Espírito Santo.Parecia ou era um “milagre” operado pelo

Convívio 1140, pois Cristo tinha realmente seduzido 52 jovens com o seu amor, mostran-do-lhes o caminho que conduz à verdadeira felicidade, além de lhes incumbir uma mis-são, a de semear a paz e espalhar a verdade pelo Mundo. É por isso que Armindo Diman-de afirmou: “a partir de agora seremos ser-vidores da humanidade, em particular dos Homens mais necessitados e que se sentem desprezados e abandonados; promotores da paz, da verdade e do amor, pois foi para isso que fomos resgatados pelo amor de Cristo ”.

Entusiasmada, a Sílvia disse: “os falsos ca-minhos, nos quais buscávamos a felicidade, ficaram sepultados aqui neste Convívio, pois tornamo-nos criaturas novas, transformadas humana e espiritualmente, pelo que, de hoje em diante, a nossa identidade será os Cravos de Cristo à Cruz ”.

O maior desejo é que as virtudes colhidos pelos jovens participantes neste Convívio, reinem nos seus corações hoje e por toda eternidade, servindo de ponte a unir as duas margens do rio, para que aqueles que por ele navegarem, contemplem as maravilhas de Deus Criador de todas as coisas e origem de todo amor.

Isaías Luís

Foi nos dias 16 à noite, 17, 18 e 19 de De-zembro que um grupo de cerca de 25 jovens da Diocese de Bragança, se aventurou na des-coberta de três dias que mudariam as suas vidas.

Centrado no tema “O meu coração um berço para Jesus”, este Convívio Fraterno, foi uma vez mais, uma grande graça para a Dio-cese de Bragança.

O frio que se fez sentir não demoveu a grande vontade de descobrir um sentido para a vida e por isso, dos quatro cantos da diocese, surgiram jovens curiosos e sedentos

de algo mais, para além do dia-a-dia por ve-zes tão vazio e cinzento.

Numa época em que o material sufoca o que realmente é essencial para a vida hu-mana, o Convívio Fraterno número 1141, semeou na vida de cada jovem, o desejo de fazer do coração um berço onde Jesus pudes-se nascer verdadeiramente.

Em tempo de Advento, o grande presente para estes jovens, foi o próprio Deus encar-nado. O mundo, e concretamente os jovens, precisam de encontrar a alegria de seguir Jesus Cristo de forma radical e sem medos e

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Jovens em AlertaJovens em Alerta 3Janeiro/Fevereiro 2011

Convívio Fraterno 1141 da Diocese de Bragança

um Convívio Fraterno, abre caminho a essa maravilhosa possibilidade.

A festa de encerramento aconteceu na pa-róquia dos Santos Mártires, em Bragança, onde jovens convivas, amigos e familiares dos participantes marcaram presença e onde se celebrou a alegria de acreditar e seguir Je-sus Cristo. Uma vez mais, D. António Mon-tes, Bispo da Diocese, esteve presente reafir-mando que a Igreja caminha connosco. No final, a verdadeira festa, a Eucaristia, encheu os corações de alegria e de esperança e deu-nos, uma vez mais, a certeza de que Deus

continua vivo no meio dos homens. Sempre que quisermos atrever-nos a fazer

da nossa vida um eco das palavras de vida eterna de Jesus, viveremos sempre num ma-ravilhoso tempo de Advento que anunciará a vinda do Salvador. Que no coração destes jovens, a semente que foi lançada, encontre boa terra para germinar e dar muitos e bons frutos.

Pelo secretariado dos Convívios Fraternos da Diocese de Bragança

Fabiola Mourinho

No dia 29 de Janeiro de 2011 partiu para a casa do Pai o nosso amigo Zé Maria de Bemposta, do Núcleo de

Convivas de Mogadouro da Diocese de Bragança-Miran-da que participou no Conví-vio Fraterno n.º 1119.

É com tristeza e pesar que vimos partir este amigo, mas com a esperança de que ele se encontra já no grande e eterno Convívio Celeste, junto do Pai.

Obrigado Zé pelo teu exemplo de simplicidade, de amor e dedicação. Recor-

daremos o teu grande cora-ção e tudo o que de bom nos deixaste.

Que a tua alma repou-se como o teu coração foi bom.

Estarás sempre no nosso coração!...

Os convivas de Bragan-ça-Miranda

No passado dia 23 de Janeiro reuniram-se pela primeira vez o núcleo de convivas da paróquia dos Santos Mártires em Bragança. A reunião teve lugar as 14h na academia da juventude pertencente à paróquia.

“Enraizados e edificados em Cristo, Firmes na fé”, foi o título deste primeiro encontro que, como principal ordem de trabalhos tinha Cris-to metaforizado no cimento que solidifica uma parede e a protege de qualquer agressão.

Foi, então, neste ambiente de união e har-monia, que surgiram algumas dinâmicas de

meditação nesse Deus que tanto nos ama e ao qual devemos louvar infinitamente. Também neste momento tivemos a oportunidade de, mais uma vez, fazermos o nosso compromisso de fidelidade e amor. Novamente em conjunto e firmes na fé vivemos o amor do Pai.

Que Ele edifique e fortifique em nós a sua casa, onde possa permanecer para sempre como sua morada eterna.

Cátia Fernandes CF 1130Bragança-Miranda

ENRAIZADOS E EDIFICADOS EM CRISTO, FIRMES NA Fé

Sendo este tempo de Natal, uma época que nos chama à partilha, à solidariedade e a um encontro mais íntimo com Jesus Cristo, os convivas de Bragança quiseram celebrar o Na-tal, associando-se ao Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires na sua festa de Natal que decorreu no dia 22 de Dezembro de 2010. Jun-tamente com outros grupos da paróquia que desenvolvem várias actividades lúdicas e de formação cristã, e as crianças com as suas dan-ças e músicas de Natal que foram preparando durante as suas actividades diárias, o núcleo de Convivas dos Santos Mártires, a quem se associaram outros convivas da cidade, inte-grou-se nesta festa distribuindo a sua alegria e partilhando animadamente alguns cânticos de Natal e mensagem, poemas e encenações, que nos convidaram a uma reflexão sobre o verdadeiro significado do Natal. Preparando-nos assim para aquele que é o momento mais importante da festa daquele que todos os anos

quer nascer nos nossos corações para nos lem-brar que há um Deus Menino que quis nascer e morrer por nosso amor, a Eucaristia do Dia de Natal!… pois só assim faz sentido celebrar o Natal, colocando no centro da festa o mais importante, Jesus Cristo!

Os vários convivas da Cidade de Bragan-ça e localidades vizinhas, associaram-se aos convivas do núcleo de S. Tiago desta cidade para em família celebrarmos o acontecimento do Natal de Jesus. Vivemos, animamos e par-ticipamos com todo o fervor nesta celebração, terminando com a adoração ao Menino Jesus Salvador dos homens.

Foi, sem dúvida, um Natal diferente!… Va-lorizamos a partilha, o convívio e a família. Mas sobretudo se realçou que, em cada Natal, Jesus renasce para cada um de nós e deve ser esse o nosso maior motivo de festejo.

Os Convivas de Bragança

CONVIVAS DE BRAGANÇA CELEBRAM O NATAL DE JESUS!

ATé BREVE AMIGO Zé!...

Realizou-se no passado dia 15 de Janeiro de 2011 pelas 21H30, no Teatro Municipal de Bragança, o “XII Festival Cantares dos Reis”, organizado pelo Lions Clube de Bragança que contou com a presença de 11 grupos de canta-res tradicionais vindos de diversos lugares do distrito de Bragança.

Destes destacamos o grupo de Convivas Fraternos da diocese de Bragança - Miranda, que, pela primeira vez, participou neste even-to, contando com um número elevado de jo-vens que quiseram colaborar nesta iniciativa.

As canções interpretadas pelo grupo “Nós pedimos, nós pedimos”e “Em noite tão fria” são tradicionais das terras de Miranda, mais

propriamente da aldeia de São Martinho do Peso, e foram adaptadas pelo grupo de jovens para o evento.

A noite encheu a sala do teatro municipal de cor e alegria, neste que já é um evento que começa a ter destaque nesta quadra festiva, onde se tem reavivado tradições do nordeste transmontano no qual os convívios fraternos procuram desenvolver as suas actividades respeitando a identidade, crenças e tradições existentes na nossa região.

Marta Ferreira C.F 820 e Pedro Ferreira C.F. 788

Bragança – Miranda

MANTER A TRADIÇÃO

Jesus é considerado o maior dos líderes de todos os tempos. Jesus oferecia testemunho não só por palavras mas sobretudo em ac-ções. Um bom líder deve ser capaz de sedu-zir as pessoas a algum compromisso, Jesus era assim, sabemos que ele tinha discípulos, deixaram as suas actividades para acompa-nhá-lo no seu projecto de salvação. Jesus não só influenciou as pessoas há dois mil anos como continua a seduzir com a sua Palavra muitos de nós, nos dias de hoje.

Um líder precisa tratar a todos com consi-deração. Quando lemos o Evangelho sabo-reamos o carinho e o Amor que Jesus oferece a cada uma das pessoas que com Ele cruza o olhar. Basta reflectir no amor com que Jesus tratou, por exemplo, com a Samaritana, o Zaqueu, os discípulos de Emaús, entre mui-tos outros.

Nos nossos grupos de jovens alguns acham que o líder tem que ser uma pessoa mandona, liderar envolve dar ordens, mas é importante cativar e convencer as pesso-as e não apenas impor as coisas, pois assim se conquista respeito, admiração e apoio, promovendo-se empatias, sendo assim tes-temunho coerente do Evangelho.

O líder cristão (conviva) deve ser o pri-meiro no serviço e na doação, dando tes-temunho coerente daquilo que diz e faz na

sua vida pessoal e comunitária. A liderança é muito mais eficaz pela acção e pelo exem-plo do que simplesmente pelas palavras por vezes vazias de conteúdo.

O líder incentiva e facilita o trabalho em equipa, cedendo total confiança na equipa, sendo capaz de perdoar e partilhar alguns erros que possam surgir. O líder delega fun-ções nos seus companheiros e com eles deve partilhar e discutir os trabalhos a realizar. Sendo sempre um sinal de Incentivo, de Es-perança e de Paz.

O líder deve encarar os conflitos como úteis e essenciais para a resolução dos pro-blemas, para tal poderá estimular o debate entre todos os elementos. Deverá também orientar a sua vida pelo Evangelho e inspi-rar-se na liderança de Jesus.

O líder cristão promove momentos de re-flexão, celebração e de oração, estes momen-tos são a alma do grupo que testemunha Jesus no seu dia-a-dia. O Líder cristão (con-viva) deve no silêncio e na oração oferecer o seu trabalho a Jesus e de Jesus ser imitador no seio do grupo, bem como na comunida-de onde vive. Ser testemunha de Jesus Cris-to deverá ser a grande característica de um cristão.

António Silva

A LIDERANÇA DOS GRUPOS DE JOVENS INSPIRADA NA

LIDERANÇA DE JESUS.

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Janeiro1 – Dia Mundial da Paz.8 – Reunião do SD Casais Convivas.29 – Encontro conviva na paróquia de P.Bemposta

Fevereiro5 – Jornada Diocesana da Família, no Seminário de Vilar, no Porto.12 – Pós convívios-Salão Paroquial. de Loureiro 2º. Pós Convívio do 1131 C.F. 1º. Pós Convívio do 1138 C.F.19 – Reunião da EAZ dos Jovens. – Encontro conviva na paróquia de Sanfins20 – Convívio Animação de Zona para Casais Convivas.26 – Reunião do SD Casais Convivas em Souto

Março5 a 7 – 1/11 Convívio Fraterno para Jovens em Ei-rol7 – Encerramento no Salão Paroquial de Cesar12 – Pós convívios

1º. Pós Convívio do 1143 C.Fno Salão Paro-quial de Loureiro

19 – Reunião da EAZ dos Jovens.em Avanca – Encontro conviva na paróquia de_______

Abril2 – Convívio Animação de Zona para Jovens e

Casais Convivas (reflexão Quaresmal com Via Sa-cra), em Fornos-Feira9 – Reunião do SD Casais Convivas em Souto.17 – Dia Diocesano da Juventude.24 – PÁSCOA

Maio7 – Reunião da EAZ dos Jovens em Avanca.21 – Encontro das Associações, Movimentos e

Obras Laicais, no Seminário de Vilar, no Porto.

21 – Encontro conviva na paróquia de_________22 – Convívio Animação de Zona para Casais Convivas28 – Reunião do SDC Casais Convivas.em Souto – Pós convívios no Salão Paroquial de Lourei-ro 3º. Pós Convívio do 1131 C.F. (Eucaristia) 2º. Pós Convívio do 1138 C.F. (Eucaristia)

Junho4 – Reunião da EAZ dos Jovens. Em Avanca10 a 12 – Convívio Fraterno para Casais em Eirol12 – Encerramento no Salão Paroquial de Mostei-rô.18 – Encontro conviva na paróquia de_________ – Pós convívios no Salão Paroquial de Loureiro 2º. Pós Convívio do 1143 C.F. (Eucaristia) 1º. Pós Convívio do 1º C.F. 2011 (Eucaristia)

19 – Dia Diocesano da Família.Julho

9 – Reunião do SD Casais Convivas em Souto10 – Convívio Animação de Zona, de encerra-

mento das actividades, para Jovens e Ca-sais Convivas. Local

16 – Reunião da EAZ dos Jovens. Em, Avanca

Agosto4 a 6 – 2/11 Convívio Fraterno para Jovens em Eirol6 – Encerramento no Salão Paroquial de COR-TEGAÇA.13 a 15 – Convívio Fraterno para Casais em Ei-

rol.15 – Encerramento no Salão Paroquial de Santia-

go de Riba-Ul.

Setembro3 – Reunião da EAZ dos Jovens. 10 e 11 – XXXVIII Convívio Animação Nacional,

em Fátima.17 – Reunião do SD Casais Convivas em Souto. – Pós convívios no Salão Paroquial de Loureiro 4º. Pós Convívio do 1131 C.F. 3º. Pós Convívio do 1138 C.F. 3º. Pós Convívio do 1143 C.F. 2º. Pós Convívio do 1º C.F. 201124 – Encontro das Associações, Movimentos e Obras Laicais, no Seminário de Vilar, no Porto.

Outubro2 – Conselho Diocesanos da Pastoral Familiar.8 e 9 – Encontro reflexão – jovens e casais das

Equipas Coordenad. e responsáveis dos núcleos.

22 – Reunião do SD Casais Convivas em Souto.29 a 31 – 3/11 Convívio Fraterno para Jovens.em

Eirol

Novembro6 – Convívio Animação de Zona para Casais

Convivas.19 – Encontro conviva na paróquia de_________26 – Pós convívios no Salão Paroquial de Loureiro 4º. Pós Convívio do 1138 C.F. 4º. Pós Convívio do 1143 C.F. 3º. Pós Convívio do 1º C.F. 2011 1º. Pós Convívio do 2º C.F. 2011

Dezembro3 – Reunião do SD Casais Convivas. Em Souto3 – Reunião da EAZ dos Jovens. Em Avanca11 – Almoço de Natal com todos os elementos

das Equipas Coordenadoras dos Jovens e Casais Convivas e responsáveis dos núcle-os em Eirol.

19 – Encontro conviva na paróquia de______25 – NATAL27 a 29 – 4/11 Convívio Fraterno para Jovens. Em Eirol29 – Encerramento no salão Paroquial de Avanca

Jovens em AlertaJovens em Alerta4 Janeiro/Fevereiro 2011

Realizou-se, nos passados dias 27, 29 e 29 de Dezembro de 2010, em Eirol, o Convívio Frater-no n.º 1143, para jovens da zona Sul da Diocese do Porto.

Foram 52 os jovens que, pela primeira vez, nele participaram aceitando o desafio de trocar uns dias de férias bem merecidas e passado das mais diversas formas de diver-são ou com a família, para o passarem numa “família” e ambiente diferentes, mas mara-vilhosos, junto de amigos e daquele autênti-co e verdadeiro Amigo, Jesus, que dá pleno sentido à vida. Certamente interrogar-se-iam: será que vale a pena o sacrifício? Será que faz sentido neste nosso tempo?

Uns estudam, outros trabalham, outros desempregados, mas consigo todos traziam muita alegria, boa disposição, como deve ser próprio de um jovem, como também os seus problemas, as suas angústias, os seus medos, as suas dúvidas, o seu sofrimento, tudo aquilo que atormenta o dia-a-dia de um jovem e o pode levar a fazer as seguintes perguntas: qual a razão de ser do meu viver? O que me falta para eu ser feliz, quando não me falta nada? A estas perguntas e a muitas outras dúvidas, lenta e silenciosamente, es-tes jovens foram encontrando respostas.

Os seus rostos revelavam a alegria da re-compensa do encontro íntimo, com o senti-do das suas vidas, Jesus Cristo: o perdão, a liberdade, o Amor, a esperança, a tolerância, o sentido. Assim, pela sua simplicidade, a casa de Eirol torna-se um autêntico presépio na vida de quem por lá vive esta experiência de convívio.

Jesus está vivo, porque continua a actuar, marcando definitivamente a vida e a história de quem se encontra com Ele, sendo impossível

ser-se a mesma pessoa!... Descobriram que Deus é Pai e com a Sua mi-

sericórdia e infinito Amor acolhe os Seus filhos de braços abertos, fazendo festa por isso. Des-cobriram também que a vida só tem sentido se for útil a Deus e ao próximo, com Jesus.

Neste nosso tempo de crise e falta de es-perança, onde é difícil ser-se crente e onde se busca apenas o prazer imediato, o poder e se esquecem alguns Valores fundamentais, é esta festa que estes convivas irão fazer doravante,

desta descoberta íntima de Jesus, do Seu infini-to Amor, da Sua infinita bondade e da Sua ple-na liberdade. Na sociedade hodierna, materia-lista e efémera, Ele ajuda a encontrar o sentido da vida.

Foi o sentimento de alegria pela descoberta do Amor de Jesus que ficou bem expresso no encerramento em Avanca. Falaram mais alto os seus corações mostrando a vontade e a aber-tura para se reconciliarem consigo, com a sua família e seguirem pelo Caminho seguro que conduz à felicidade.

Os casais convivas e alguns convivas emi-grantes também se associaram a esta grande festa.

Todos os convivas, familiares e amigos par-ticiparam, terminando com chave de ouro, na Eucaristia, sinal visível da presença espiritual e especial de Jesus a cada um de nós.

Termino convidando os novos convivas, os coordenadores e as comunidades, para que todos continuemos empenhados em testemu-nhar a mensagem de Alegria e Liberdade de Jesus a quantos nos rodeiam, quaisquer que sejam as situações e ambientes.

Pela equipa coordenadoraCarlos Matos (C.F.492)

Porto“A CASA DE EIROL, UM AUTêNTICO PRESéPIO ”

Nos últimos números do “Balada da União” foram propostos alguns dos novos meios e das novas tecnologias ao serviço da evangelização.

Nesta edição proponho escutarmos um pro-grama radiofónico, na Rádio Renascença, com D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, que nos convida a uma vida de fé mais profunda e ver-dadeira, reflectindo sobre passagens do Novo Testamento. Um programa que nos desafia a

aprofundar o sentido e o valor do Domingo. Acontece todos os domingos, entre as 10 e as 11 horas da manhã.

D. Manuel clemente, com o seu dom único de comunicação, simples, clara e reflexo da sua vida, aproveita para fazer um comentário às leituras dominicais. É uma hora, por exce-lência, de ensinamento de Teologia, nas suas mais diversas valências. Nestas reflexões, cita, também, muitos textos de homens e mulheres

da História da Igreja, e os mais variados docu-mentos conciliares e encíclicas.

Na mesma página da Renascença (www.rr.pt), todos os ouvintes têm a oportunidade de ouvir os programas já realizados, bastando procurar as edições passadas, tal como co-municar com o D Manuel Clemente, fazendo perguntas, através do correio electrónico, [email protected].

Aproveito para lembrar que a Renascença

tem pequenos apontamentos de reflexão, diá-rios muito interessantes, tal como uma rubri-ca, “Oração da manhã”, que se encontra aces-sível na página da Rádio. Apenas é necessário procurar o espaço Rubricas, e encontrar ora-ção da manhã. Tanto se pode ouvir como ler essas reflexões. Também a recitação diária do Terço, directamente de Fátima.

Carlos Matos – CF 492

DIA DO SENHOR UM PROGRAMA DE D. MANUEL CLEMENTE

PLANO DE ACTIVIDADES DA ZONA PASTORAL SUL DA DIOCESE DO PORTO 2011

Convívio Fraterno n.º 1143 da Diocese do Porto

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3Janeiro/Fevereiro 2011

Setúbal

Começámos por participar na missa domi-nical da comunidade do Feijó que nos acolheu e disponibilizou as instalações, muito acolhe-doras para passarmos o dia. Ao padre Francis-co e a toda a comunidade o nosso obrigado.

Depois do almoço partilhado tivemos um tempo de reflexão e partilha. Estiveram pre-sentes em maioria os convivas do 1135ºCF mas também de outros convívios anteriores e alguns convivas casais.

O tema foi a reconciliação.Depois da apresentação do tema, reuniões

de grupo e plenário tivemos um momento forte de oração junto do sacrário.

Ficou presente nos nossos corações a ne-cessidade do exame de consciência diário e também do apoio dum grupo de oração e partilha como espaço de crescimento na fé e como condição para preparação consciente duma reconciliação libertadora.

Conscientes de que um Convívio Fraterno é Graça de Deus que se alcança com o traba-lho de todos, ficou o compromisso da oração pelo próximo convívio do carnaval e também a vontade de anunciar e convidar ouros jo-vens a participar.

O Pós convívio estendeu-se depois ao fa-cebook com a partilha de fotos e de senti-mentos. Movidos pelo Espírito Santos são lançados desafios a novas actividades sem-pre movidas pelo sentido da partilha e ajuda fraterna. O Espírito que nos anima como mo-vimento está bem presente a suprir as nossas insuficiências.

Por tudo o que presenciamos só temos que Louvar o nosso Deus que nunca desiste de nós e nos vai ajudando no caminho.

Um abraço fraternoZé

A FAMÍLIA, FUNDAMENTO DA SOCIEDADE

da História da Igreja, e os mais variados docu-mentos conciliares e encíclicas.

Na mesma página da Renascença (www.rr.pt), todos os ouvintes têm a oportunidade de ouvir os programas já realizados, bastando procurar as edições passadas, tal como co-municar com o D Manuel Clemente, fazendo perguntas, através do correio electrónico, [email protected].

Aproveito para lembrar que a Renascença

Para que, nas terras de missão em que o mais urgente é a luta contra a doença, as comunidades cristãs saibam testemunhar a presença de Cristo junto dos que sofrem.

Se é verdade que existem doenças em todo o mundo, também é verdade que nos territórios tradicionalmente chamados terras de Missão, as doenças têm uma maior incidência, sobre-tudo em África, por várias razões, como sejam a falta de higiene, a escassez de água e outras e também por falta de assistência, já que escas-seiam médicos e enfermeiros. Existem ainda os grandes lobis internacionais que impedem que haja ajudas por outros canais que não sejam os deles, já que isso lhes estragaria o negócio. Isto aplica-se sobretudo ao caso da sida, mas também se pode dizer da malária e tubercu-lose, que infelizmente se tornaram endémicas, sobretudo em países africanos.

É certo que, sobretudo em África, não existe outra instituição que faça tanto pelos doentes e abandonados como a Igreja Católica em inú-meras obras, como hospitais, hospícios e tan-tas outras formas de ajuda. Mas é necessário que todo este apoio se multiplique ainda mais, na quantidade e qualidade.

No tratamento da doença não bastam os remédios materiais que ataquem essa doença, é também necessário ser uma presença amiga junto do doente, sobretudo tratando-se de do-

enças terminais ou pelo menos graves. Esta proximidade não deve traduzir-se em falsas consolações do género de dizer à pessoa doen-te que foi Deus que lhe mandou a doença, ou que agora está a sofrer, mas que no Céu não se sofre. É certo que no Céu não se sofre, mas trata-se de levar uma palavra amiga a quem está a sofrer na terra.

E a consolação daquele que sofre, no caso de ser cristão, consistirá em dizer-lhe que não está só no seu sofrimento, que Cristo é solidário com ele, que Deus está a sofrer com ele, que aquele que sofre tem um lugar es-pecial no coração de Deus. Com efeito, a experiência da doença, vivida a partir da fé, torna-nos capazes de descobrir a misericór-dia de Deus que está perto de nós para nos dar a sua consolação.

Na presença da doença, sobretudo de do-enças mais graves, sentimo-nos desarmados e não encontramos as palavras adequadas e é nestas ocasiões que o silêncio respeitoso e com-passivo é a melhor atitude que podemos ter.

Oremos neste mês para que em África e em todo o mundo o serviço aos doentes seja vivido, da parte dos cristãos, como fruto da sua união com o Coração de Jesus. Esta intenção de oração recorda-nos a relação privilegiada que Cristo tinha com os doentes, que se encon-tra no coração mesmo do Evangelho.

DOENÇA E TESTEMUNHO CRISTÃO

11 e 12 de Setembro - Encontro Nacional (Fáti-ma)24 de Outubro - 1º Encontro dos Cursos de For-mação (Local: Centro Pastoral)21 de Novembro - 2º Encontro dos Cursos de Formação (Local: Centro Pastoral)4 e 5 de Dezembro - 3º Encontro dos Cursos de Formação (Local: Centro Pastoral)11 de Dezembro - 1º Encontro Juvenil (Local: Centro Pastoral)29 de Janeiro - Visita a um Grupo (Local: Lon-gos)

4, 5, 6 e 7 de Março - CONVÍVIO FRATERNO (Encerramento: Famalicão)2 de Abril - Dia Diocesano (Local: Vila Verde)9 de Abril - 2º Encontro Juvenil (Local: Centro Pastoral)16 de Abril - Pós Convívio (Local: Centro Pas-toral)20, 21 e 22 de Maio - 3º Encontro Juvenil - Inicia com a “Noite UPS” (Local: a designar)4 e 5 de Junho - Retiro “Algo +” - Para quem re-alizou Encontro de Oração em Grupo e deseje aprofundar a experiência. (Local: a designar)

A importância da famíliaA família é o fundamento indispensável da so-

ciedade de todos os povos e um bem insubsti-tuível para os filhos, dignos de nascer para a vida como fruto do amor e da doação total e generosa dos pais. A família ocupa um lugar primário na educação e no crescimento har-monioso da pessoa humana. É uma verdadeira escola de humanidade e valores perenes.

Ninguém deu o ser a si mesmo. Recebemos a vida de outros, vida que cresce e amadurece com as verdades e os valores que aprendemos na relação e comunhão com os outros. Neste sentido, a família, fundada no matrimónio indissolúvel entre um homem e uma mulher, expressa esta dimensão relacional, filial e co-munitária e é ambiente próprio, onde a pessoa humana pode nascer com dignidade e desen-volver-se de uma maneira integral.

Aquele que nasceu e cresceu num ambiente familiar são tem todas as garantias de vir a ser um cidadão útil à sociedade, já que a famí-lia está na raiz mesma de uma vida digna e realizada. Por isso, se a família, como célula básica da sociedade, se debilita, toda a socieda-de fica mais fraca. E a família debilitar-se-á quando não tem estabilidade nas suas rela-ções afectivas. Neste caso, não só não será capaz de dar uma educação baseada nos valores humanos e evangélicos, como não poderá ajudar a sociedade.

A família é o lugar onde se aprende a vi-ver o amor incondicional, imagem do amor de Deus. Por isso, ela constitui um desafio difícil mas, ao mesmo tempo, aliciante, que faz dela um lugar de excelência de aprendi-zagem e preparação para a vida.

Sobre esta importância da família, afirma o Concílio Vaticano II: «A família é a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades

têm necessidade» (Gravissimum educationis, 3).

A crise da famíliaEm todos os tempos houve crises nas famí-

lias, mas a que actualmente atravessa é certa-mente das mais graves dos últimos tempos. Com efeito, constatamos, particularmente na cultura ocidental, uma crise de identidade da família. A que é que, hoje em dia, podemos chamar «família»?

Além do «modelo tradicional», existem fa-mílias monoparentais (viver só com o pai ou a mãe), famílias fruto de «uniões de facto» (infelizmente tão comuns), viver com a mãe e segundo marido, etc. Hoje em dia até se pode ter pais homossexuais. O baixo nível de natali-

dade, que se verifica em tantos países ociden-tais, é outro indicador da falta de confiança na vida, na sociedade e na família. Por isso nos interrogamos: Qual o papel do pai e da mãe? Que educação se deve dar às crianças? Como definir, hoje, a família? Para a maioria das pes-soas, baseia-se na relação entre um homem e uma mulher, mas há quem defenda outros modelos, como acabamos de referir.

Sobre esta crise, declarou o Papa Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias, na cidade do México, em Janeiro de 2009: «O trabalho educativo da família vê-se dificultado por um en-ganado conceito de liberdade, no qual o capricho e os impulsos subjectivos do indivíduo se exaltam até se deixar cada um encerrado na prisão do seu próprio eu».

Como superar a crise?

O mais importante para superar a crise que a família atravessa consiste em ter bem claro o papel da família. Sobre este papel, afirmou o Papa actual, na Assembleia do Pontifício Conselho da Família, em 13 de Maio de 2006: «A família, fundamentada no matrimónio, constitui um “património da humanidade”, uma instituição social fundamental; é a célula vital e o pilar da sociedade, e isto diz respeito a todos os crentes e não-crentes. Trata-se de uma realidade que todos os Estados devem ter na máxima con-sideração porque, como João Paulo II gostava de reiterar, “o futuro da humanidade passa pela família” (Familiaris consortio, 86)».

É necessário que se promovam, nos Esta-dos, medidas legislativas e administrativas que apoiem as famílias nos seus direitos ina-lienáveis, necessários para realizar a extraor-dinária missão da família.

Pede-se às famílias cristãs que dêem o exemplo que se lhes pede, tanto no amor mú-tuo de homem e mulher, como no amor aos filhos e na educação dos mesmos, a fim de serem membros úteis da sociedade. Este tes-temunho é necessário hoje mais do que nun-ca, dados os problemas com que a família se debate.

Oremos intensamente este mês, juntamen-te com o Papa, por este problema tão delica-do e fundamental. Perguntemo-nos o que já fazemos e o que podemos ainda fazer para apoiar a família. Invoquemos a inspiração da Sagrada Família de Nazaré, que representa o modelo familiar de simplicidade, trabalho, unidade… onde Deus Se sente em sua casa.

Bento XVI

DIOCESE DE BRAGAPLANO PASTORAL 2010 – 2011 PÓS-CONVÍVIO DO C.F. 1135

Page 8: Balada  Janeiro  Fevereiro 2011

«Enraizados e edificados n’Ele... fir-mes na fé» (cf. Cl 2, 7).

Vamos transcrever partes da mensagem do Santo Padre para a XXVI jornada Mundial da Juven-tude pelo interesse que tem para reflexão dos nossos leitores.

Queridos amigos! Penso com frequência na Jor-

nada Mundial da Juventude de Sidney de 2008. Lá vivemos uma grande festa da fé, durante a qual o Espírito de Deus agiu com força, criando uma comunhão intensa en-tre os participantes, que vieram de todas as partes do mundo. Aquele encontro, assim como os preceden-tes, deu frutos abundantes na vida de numerosos jovens e de toda a Igreja. Agora, o nosso olhar dirige-se para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar em Madrid em Agosto de 2011. Já em 1989, poucos meses antes da his-tórica derrocada do Muro de Ber-lim, a peregrinação dos jovens fez etapa na Espanha, em Santiago de Compostela. Agora, num momen-to em que a Europa tem grande necessidade de reencontrar as suas raízes cristãs, marcamos encontro em Madrid, com o tema: «Enraiza-dos e edificados em Cristo... firmes na fé» (cf. Cl 2, 7). Por conseguinte, convido-vos para este encontro tão importante para a Igreja na Europa e para a Igreja universal. E gostaria que todos os jovens, quer os que compartilham a nossa fé em Jesus Cristo, quer todos os que hesitam, que estão na dúvida ou não crêem n’Ele, possam viver esta experiên-cia, que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo e do seu amor por todos nós.

Na nascente das vossas maiores aspirações!

1.Em todas as épocas, também nos nossos dias, numerosos jovens sentem o desejo profundo de que as relações entre as pessoas sejam vividas na verdade e na solidarie-dade. Muitos manifestam a aspira-ção por construir relacionamentos de amizade autêntica, por conhe-cer o verdadeiro amor, por fundar uma família unida, por alcançar

uma estabilidade pessoal e uma se-gurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz.

2.Recordando a sua juventude, o Papa relaciona os seus anseios, preocupações e problemas de en-tão com os dos jovens de hoje e exorta-os a fortalecer a sua Fé.

Por este motivo, queridos ami-gos, convido-vos a intensificar o vosso caminho de fé em Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Vós sois o futuro da sociedade e da Igreja! Como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Co-lossos, é vital ter raízes, bases sóli-das! E isto é particularmente verda-deiro hoje, quando muitos não têm pontos de referência estáveis para construir a sua vida, tornando-se assim profundamente inseguros. O relativismo difundido, segundo o qual tudo equivale e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de referência absoluto, não gera a verdadeira liberdade, mas instabilidade, desorientação, con-formismo às modas do momento. Vós jovens tendes direito de rece-ber das gerações que vos precedem pontos firmes para fazer as vossas opções e construir a vossa vida, do mesmo modo como uma jovem planta precisa de um sólido apoio para que as raízes cresçam, para se tornar depois uma árvore robusta, capaz de dar fruto.

Enraizados e fundados em Cris-to

3.Seguidamente, fazendo res-saltar a importância da fé na vida dos crentes, o Santo Padre expla-na o sentido das 3 palavras que S. Paulo usa na sua expressão “ En-raízados e fundados em Cristo…firmes na Fé “da carta que escreveu aos habitantes de Colossos para os ajudar a ultrapassar os graves problemas que os afectava por nu-merosas influências de determina-das tendências culturais da época. e que servem de tema para a XXVI Jornada Mundial da Juventude este ano..

Seguidamente citando S. Lucas ( Lc 6 ,47,48 ) e recorrendo à imagem da construção da casa sobre a ro-cha ,faz a seguinte exortação aos

jovens : Queridos amigos,

construí a vossa casa so-bre a rocha, como o ho-mem que «cavou muito profundamente». Procu-rai também vós, todos os dias, seguir a Palavra de Cristo. Senti-O como o verdadeiro Amigo com o qual partilhar o cami-nho da vossa vida. Com Ele ao vosso lado sereis capazes de enfrentar com coragem e esperan-ça as dificuldades, os problemas, também as desilusões e as derrotas. São-vos apresentadas

continuamente propostas mais fáceis, mas vós mesmos vos aper-cebeis que se revelam enganado-ras, que não vos dão serenidade e alegria. Só a Palavra de Deus nos indica o caminho autêntico, só a fé que nos foi transmitida é a luz que ilumina o caminho. Acolhei com gratidão este dom espiritual que recebestes das vossas famílias e comprometei-vos a responder com responsabilidade à chamada de Deus, tornando-vos adultos na fé. Não acrediteis em quantos vos dizem que não tendes necessidade dos outros para construir a vossa vida! Ao contrário, apoiai-vos na fé dos vossos familiares, na fé da Igreja, e agradecei ao Senhor por a ter recebido e feito vossa!

Firmes na féNo decorrer da sua mensagem

exorta agora os jovens a serem firmes na sua fé levando-a até às últimas consequências.

4.Queridos amigos, muitas vezes a Cruz assusta-nos, porque parece ser a negação da vida. Na realida-de, é o contrário! Ela é o «sim» de Deus ao homem, a expressão má-xima do seu amor e a nascente da qual brota a vida eterna. De facto, do coração aberto de Jesus na cruz brotou esta vida divina, sempre disponível para quem aceita er-guer os olhos para o Crucificado. Portanto, não posso deixar de vos convidar a aceitar a Cruz de Jesus, sinal do amor de Deus, como fonte de vida nova. Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos aspiram.

Crer em Jesus Cristo sem o ver 5.Descrevendo, o Santo Padre a

experiência de fé do apóstolo Tomé ao acolher o mistério da Cruz e da

Ressurreição de Cristo e a afirma-ção do apóstolo aos doze: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e não meter a mão no Seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25). , afirma: Também nós gostarí-amos de poder ver Jesus, de poder falar com Ele, de sentir ainda mais forte a sua presença. Nós temos a possibilidade de ter um contacto sensível com Jesus, meter, por as-sim dizer, a mão nos sinais da sua Paixão, os sinais do seu amor: nos Sacramentos Ele torna-se particu-larmente próximo de nós, doa-se a nós. Queridos jovens, aprendei a «ver», a «encontrar» Jesus na Euca-ristia, onde está presente e próximo até se fazer alimento para o nosso caminho; no Sacramento da Peni-tência, no qual o Senhor manifesta a sua misericórdia ao oferecer-nos sempre o seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de aju-da.

Abri e cultivai um diálogo pes-soal com Jesus Cristo, na fé. Co-nhecei-o mediante a leitura dos Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica; entrai em diálogo com Ele na oração, dai-lhe a vossa confian-ça: ele nunca a trairá! «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o as-sentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (Catecismo da Igreja Católica, n. 150). Assim po-dereis adquirir uma fé madura, sólida, que não estará unicamente fundada num sentimento religio-so ou numa vaga recordação da catequese da vossa infância. Pode-reis conhecer Deus e viver auten-ticamente d’Ele, como o apóstolo Tomé, quando manifesta com força

a sua fé em Jesus: «Meu Senhor e meu Deus!».

No numero 5 da sua mensagem exorta os jovens a destemidamente serem testemunhas de Jesus Cristo no mundo de hoje à semelhança de tantos cristãos, jovens e adultos, que levaram o seu amor a Jesus Cristo até dar a vida por Ele.

Rumo à Jornada Mundial de Madrid

Finalmente renova o convite dos jovens à participação na Jornada Mundial de Madrid

6. Queridos amigos, renovo-vos o convite a ir à Jornada Mundial da Juventude a Madrid. É com pro-funda alegria que espero cada um de vós pessoalmente: Cristo quer tornar-vos firmes na fé através a Igreja. A opção de crer em Cristo e de O seguir não é fácil; é difi-cultada pelas nossas infidelidades pessoais e por tantas vozes que in-dicam caminhos mais fáceis. Não vos deixeis desencorajar, procurai antes o apoio da Comunidade cris-tã, o apoio da Igreja! Ao longo des-te ano preparai-vos intensamente para o encontro de Madrid com os vossos Bispos, os vossos sacerdotes e os responsáveis da pastoral juve-nil nas dioceses, nas comunidades paroquiais, nas associações e nos movimentos. A qualidade do nos-so encontro dependerá sobretudo da preparação espiritual, da ora-ção, da escuta comum da Palavra de Deus e do apoio recíproco.

Amados jovens, a Igreja conta convosco! Precisa da vossa fé viva, da vossa caridade e do dinamismo da vossa esperança. A vossa pre-sença renova a Igreja, rejuvenesce-a e confere-lhe renovado impulso. Por isso as Jornadas Mundiais da Juventude são uma graça não só para vós, mas para todo o Povo de Deus. A Igreja na Espanha está a preparar-se activamente para vos receber e para viver juntos a expe-riência jubilosa da fé. Agradeço às dioceses, às paróquias, aos santu-ários, às comunidades religiosas, às associações e aos movimentos eclesiais, que trabalham com ge-nerosidade na preparação des-te acontecimento. O Senhor não deixará de os abençoar. A Virgem Maria acompanhe este caminho de preparação. Ela, ao anúncio do Anjo, acolheu com fé a Palavra de Deus; com fé consentiu a obra que Deus estava a realizar nela. Pronunciando o seu «fiat», o seu «sim», recebeu o dom de uma cari-dade imensa, que a levou a doar-se totalmente a Deus. Interceda por cada um e cada uma de vós, para que na próxima Jornada Mundial possais crescer na fé e no amor. Garanto-vos a minha recordação paterna na oração e abençoo-vos de coração.

BENEDICTUS PP. XVI

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Janeiro/Fevereiro 2011

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2011