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itroduo1
A poltica externa, no perodo de 2003 a 2010, orientou-se pela concepo de que o Brasil deve assumir um papel crescente
no cenrio internacional, projetando uma imagem externa altiva e soberana.
A contribuio brasileira no apenas atendeu a interesses de curto prazo, mas lanou eixos a serem perseguidos no longo
prazo que contribuem para o desenho de um novo quadro de relaes multilaterais.Os esoros da poltica externa oram recompensados com a diversifcao da pauta exportadora do Pas, com a articulao
dos pases emergentes em torno do G-20, com a proposio de metas ousadas de enrentamento de mudanas climticas e com
o ortalecimento do conjunto das economias da Amrica do Sul.
O Brasil atravessou a crise aguda de 2008 e 2009 contrariando os preceitos neoliberais, reagindo com indispensveisintervenes do Estado, internamente, e propondo maior coordenao das polticas internacionais, o que se revela particularmente
importante diante das medidas cambiais unilaterais adotadas por grandes economias, cujas consequncias alimentam um novo
ciclo de desequilbrio.
O Pas ez uso de sua diplomacia presidencial de orma intensa, demonstrando que a ao dos governantes
essencial para combater a desordem que se instalou nas fnanas internacionais, com eeitos perversos na vida cotidiana
de milhes de pessoas2.
A poltica externa tem sua consistncia ancorada em quatro eixos undamentais:
A Amrica do Sul o eixo prioritrio de nossa poltica externa, tendo o Mercado Comum do Sul (Mercosul) como ncleo
central. Para este continente oram dedicados esoros necessrios no sentido de avanar no processo de integrao.
A rica Ocidental, incluindo os arquiplagos de Cabo Verde e So Tom e Prncipe, representa uma antiga ronteira,
que havia sido esquecida, mas cujos laos precisam ser reatados.
A sia, novo centro dinmico da economia mundial, espao essencial para a participao do Brasil no mercado global.
Europa e Amrica do Norte, reas tradicionais de vinculao poltica, econmica e cultural, permanecem como parceiros
relevantes do Brasil, em particular no esoro de reorma da governana poltica e econmica global.
Foi a consistncia desses eixos que permitiu um reposicionamento do Brasil em situao de destaque no cenrio
internacional e que abre importantes perspectivas, com um amplo leque de oportunidades.
o quE foi fEito
) mric do Sul, cEtrl E cribE
A integrao sul-americana um objetivo estratgico da poltica externa brasileira. O adensamento das relaes polticas e
econmicas entre os pases sul-americanos contribuir para o desenvolvimento socioeconmico da Amrica do Sul e a preservao
da paz na regio; o desenvolvimento do mercado interno sul-americano e o aumento da competitividade dos pases no mercado
internacional; e o ortalecimento da capacidade de atuao do Brasil em outros oros internacionais.
A integrao sul-americana baseia-se em dois pilares: a Unio de Naes Sul-americanas (Unasul) e o Mercosul.
unas
A Unasul uma organizao internacional que tem por objetivo promover a integrao regional, com base na convergncia
de interesses em torno da consolidao de uma identidade prpria e do desenvolvimento econmico e social da regio. A criao, por
iniciativa do Governo brasileiro, em 2004, da Comunidade Sul-Americana de Naes (Casa) oi um importante passo para criar mecanismos
institucionais que pudessem alavancar a integrao. A assinatura do Tratado Constitutivo da Unasul (Braslia, 23/05/2008) completou esse
processo e representou o compromisso poltico de todos os pases sul-americanos com um processo de integrao mais denso.
1. O documento na ntegra encontra-se no linkdo site do Ministrio das Relaes Exteriores (MRE): Anexo_ntegra_Balano MRE.doc2. Discurso do presidente da Repblica na cerimnia de inaugurao do seminrio Como Fazer Negcios com o Brasil http://www.info.planalto.gov.br/download/discursos/PR525.doc
http://kitplone.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/discursos-artigos-entrevistas-e-outras-comunicacoes/presidente-da-republica-federativa-do-brasil/457457721082-discurso-do-presidente-da-republica-luiz-inaciohttp://kitplone.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/discursos-artigos-entrevistas-e-outras-comunicacoes/presidente-da-republica-federativa-do-brasil/457457721082-discurso-do-presidente-da-republica-luiz-inacio8/7/2019 Balano PEB 2003-10
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ojevs espes a unas Fortalecer o dilogo poltico entre os estados membros que assegure um espao de concertao para reorar a
integrao sul-americana e a participao da Unasul no cenrio internacional.
Promover o desenvolvimento social e humano com equidade e incluso para erradicar a pobreza, superar as
desigualdades na regio e avanar no acesso universal educao, seguridade social e aos servios de sade.
Desenvolveruma inraestrutura para a interconexo da regio.
Realizar aintegrao energtica, bem como a industrial e produtiva. Aprimorar o intercmbio de inormao e de experincias em matria de deesa.
Valorizar a cooperao setorial como um mecanismo de aproundamento da integrao sul-americana, mediante o
intercmbio de inormao, experincias e capacitao.
EsaA estrutura institucional da Unasul est dividida em dois nveis: os rgos centrais, responsveis pela orientao poltica
geral e a superviso do processo de integrao (Conselho de Chees de Estado e de Governo, Conselho de Ministros das Relaes
Exteriores, Conselho de Delegados e Secretaria-Geral), e os Conselhos Ministeriais Setoriais: Conselho Energtico, Conselho de
Sade, Conselho de Deesa, Conselho de Desenvolvimento Social, Conselho sobre o Problema Mundial das Drogas, Conselho de
Inraestrutura e Planejamento e Conselho de Educao, Cultura, Cincia e Tecnologia. A Unasul ainda conta com uma presidncia
pro tempore rotativa, que alterna a cada ano, seguindo a ordem alabtica dos nomes dos pases membros. A eleio do primeiro
secretrio-geral, em maio de 2010, oi um passo importante na consolidao institucional da Unasul .
mes
O Mercosul constitui uma zona de livre comrcio e uma unio aduaneira em ase de consolidao. Seu objetivo a
ormao de um mercado comum entre os estados partes, o que implicar:
A livre circulao de bens, servios e atores de produo entre os pases do Bloco.
O estabelecimento de uma taria externa comum e a adoo de uma poltica comercial conjunta em relao a
terceiros estados ou agrupamentos de estados e a coordenao de posies em oros econmico-comerciais
regionais e internacionais
A coordenao de polticas macroeconmicas e setoriais entre os estados partes
O compromisso dos estados partes de harmonizar suas legislaes nas reas pertinentes, a fm de ortalecer o
processo de integrao.
O Mercosul caracteriza-se pelo regionalismo aberto, o que signifca dizer que no somente visa aumentar o comrcio
intrazona, mas tambm estimular o intercmbio comercial com terceiros pases. So estados associados do Mercosul a Bolvia
(desde 1996), o Chile (desde 1996), o Peru (desde 2003), a Colmbia e o Equador (desde 2004). Alm disso, o Tratado de Assuno
est aberto, mediante negociao, adeso dos demais pases membros da Associao Latino-americana de Integrao (Aladi)
Registre-se que oi assinado, em 4 de julho de 2006, o Protocolo de Adeso da Repblica Bolivariana da Venezuela ao Mercosul.
Aguarda-se, apenas, para concluso do processo de adeso da Venezuela ao Mercosul, a aprovao do Congresso paraguaio.
reazaes
unasA criao de conselhos ministeriais setoriais na Unasul oi um passo imprescindvel para permitir a cooperao entre
pases. Em agosto de 2009 oi criado o Conselho de Educao, Cultura, Cincia, Tecnologia e Inovao da Unasul (Coseccti). Um
dos trs grupos de trabalho especializados (GTEs) do Coseccti voltado para cincia, tecnologia e inovao. Presidido pelo Brasil,
o GTE elaborou plano de ao para o perodo 2010-2011, que prev uma srie de iniciativas concretas naquela rea.
J o Conselho de Sade, ou Unasul Sade, oi criado por deciso dos presidentes da Unasul durante a Cpula da Costa do
Saupe, em dezembro de 2008. Seu estatuto defne as linhas gerais de um plano de trabalho, ou Agenda Sul-Americana de Sade.
Um dos objetivos da Unasul a integrao energtica para o aproveitamento integral, sustentvel e solidrio dos
recursos da regio. Na I Cpula Energtica da Amrica do Sul (Isla Margarita, 17/4/2007), oi criado o Conselho Energtico
da Amrica do Sul, integrado pelos ministros de Energia. Na Cpula de Los Cardales (04/05/2010), os chees de Estado da
Unasul aprovaram o Plano de Ao para a Integrao Energtica Regional; o Projeto de Diretrizes da Estratgia Energtica
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Sul-Americana; e a Estrutura do Tratado Energtico Sul-Americano. Na ocasio, os ministros de Energia sul-americanos oram
instados a iniciar negociaes para elaborao do Tratado Energtico Sul-Americano. Em junho de 2010, a Venezuela, que preside o
Conselho, apresentou cronograma com vistas elaborao da minuta do Tratado Energtico Sul-Americano (TES). O Brasil props
cronograma alternativo, com prazos mais dilatados. De acordo com a proposta brasileira, a primeira minuta poderia ser concluda
em 2011 e a segunda em 2012, sem data defnida para aprovao por parte dos chees de Estado. Props ainda a diviso temtica
do texto do Tratado conorme as afnidades naturais de cada pas.
Em termos de cooperao em inraestrutura, vrios projetos na Amrica do Sul so executados em parte, ou no todo, porconstrutoras brasileiras. A construo de pontes internacionais cumpre papel undamental no somente na promoo da circulao
de bens, servios e pessoas entre os pases, mas tambm na gerao de benecios para as comunidades ronteirias. Somando-se
construo de pontes, a criao de corredores na Amrica do Sul, conectando os oceanos Atlntico e Pacfco, trar diversas
externalidades positivas para o continente. Por um lado, benefciar a logstica das exportaes da regio ao abrir alternativas de
escoamento da produo, com menores distncias, custos mais baixos e, consequentemente, maior competitividade dos produtos
no mercado internacional. Por outro lado, os corredores constituiro um vetor undamental para o aproundamento da integrao
sul-americana ao incrementar as trocas comerciais entre os pases situados ao longo dos corredores, bem como estimular o
uxo de pessoas, com repercusso positiva, dentre outros setores, no de turismo. Outra importante iniciativa brasileira para a
integrao sica sul-americana concentra-se na concesso de fnanciamentos a projetos de inraestrutura. Vrios fnanciamentos
ofciais brasileiros de exportaes de bens e servios so destinados a projetos de inraestrutura na regio.
mesCom o objetivo de reduzir assimetrias entre os Estados Partes, oi criado em 2004 o Fundo para a Convergncia Estrutural
do Mercosul (Focem), constitudo por contribuies anuais no reembolsveis dos quatro estados partes no valor de US$ 100
milhes (dos quais US$ 70 milhes correspondem ao Brasil). J oram aprovados 34 projetos nas reas de inraestrutura eltrica,
habitao, educao, transportes e outras. Paraguai e Uruguai so destinatrios de 80% dos recursos.
O Mercosul ampliou, desde 2003, as possibilidades de comrcio com pases no pertencentes ao Bloco. Na Amrica do
Sul, oram frmados acordos de livre comrcio (ALC) com o Peru (ACE 58, 2005), e com Colmbia, Equador e Venezuela (ACE 59,
2004) que, somados a outros ALCs j frmados entre as naes do subcontinente, conormou, na prtica, uma rea de Livre
Comrcio Sul-Americana. No Caribe, oi frmado acordo com Cuba (ACE 62, 2006) e, ora da regio, o Bloco frmou acordos de
livre comrcio com Israel (2007) e Egito (2010).
a cena e caeO Brasil aproundou, tambm, as relaes com os pases da Amrica Central e do Caribe. Seja atravs da participao na Misso
das Naes Unidas para a Estabilizao no Haiti (Minustah), seja por meio da cooperao bilateral, o Governo brasileiro tem apoiado
frmemente os esoros de estabilizao e desenvolvimento do Haiti. O Brasil o principal contribuinte de tropas para a Minustah e detm
o comando militar da Misso. Alm disso, desenvolve ampla agenda de cooperao com o Haiti, sobretudo nas reas de produo de
alimentos, pesquisa agrcola, manejo agroorestal, desenvolvimento social e comunitrio, educao e combate pobreza.
Desde 2004, o Brasil observador junto Comunidade do Caribe (Caricom). A aproximao entre os pases evidenciada
pelas visitas presidenciais, pela abertura de embaixadas residentes na totalidade dos pases da Comunidade, pelo uxo de misses
de cooperao regio (cerca de 9% das iniciativas prestadas pelo Brasil) e pelo aumento do intercmbio comercial.
Em 2005, o presidente da Repblica participou da Reunio de Cpula da Caricom, em Paramaribo. Posteriormente, a I
Cpula Brasil-Caricom marcou a acelerao do processo de aproximao entre o Brasil e aquela Comunidade. Realizada em
Braslia, no dia 26 de abril de 2010, a reunio contou com participao de alto nvel, tendo comparecido o secretrio-Geral daCaricom, bem como 10 dos 14 chees de Estado da regio.
A Cpula Brasil-Caricom viabilizou avanos no dilogo poltico, consubstanciados na Declarao de Braslia. Foram abordados
temas de grande relevncia, como reorma das instituies fnanceiras e polticas internacionais, auxlio na reconstruo do Haiti,
integrao latino-americana e caribenha e intensifcao da cooperao em vrias reas. A assinatura de 48 dierentes acordos
bilaterais com pases da Caricom coneriu impulso cooperao mtua em diversos campos de atividade - agricultura, sade,
educao, cultura, cooperao tcnica, entre outros. Ademais, a criao de mecanismo de consultas polticas tambm representa
oportunidade para o dilogo e a coordenao de posies entre Brasil e a Caricom sobre os principais temas da agenda internacional.
Outros encontros relevantes oram a I e a II Cpula da Amrica Latina e do Caribe sobre Integrao e Desenvolvimento
(Calc), em dezembro de 2008, em Salvador, e em evereiro de 2010, em Cancun, da qual participaram os chees de Estado e de
Governo. O Brasil teve a iniciativa de convocar a I Cpula da Amrica Latina e do Caribe sobre integrao e desenvolvimento, que
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a pea en e hees e Esa e e Gven an-aeans e aenhs no patrocinada por potncias de orada regio, como o caso de oros como a Cpula das Amricas, a Cpula Ibero-americana e a Cpula Unio Europeia-Amrica
Latina e Caribe. Na Cpula da Unidade (Cancn, 22 e 23/02/10), que congregou a XXI Cpula do Grupo do Rio e a II Calc,
decidiu-se criar a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), com base na uso do Grupo do Rio e da Calc.
resas
comrcio E iEStimEtoS
a SAs exportaes brasileiras para os pases da Amrica do Sul cresceram de US$ 10,1 bilhes em 2003 para US$ 27,0 bilhes
em 2009 (aumento de 165,6%). O total exportado para a Amrica do Sul em 2009 representou 17,6% das exportaes brasileiras.
As importaes brasileiras provenientes dos pases da Amrica do Sul cresceram de US$ 7,6 bilhes em 2003 para
US$ 19,1 bilhes em 2009 (aumento de 149,0%). O total importado da Amrica do Sul em 2009 representou 14,9% das
importaes brasileiras.
O supervit comercial do Brasil com a regio passou de US$ 2,5 bilhes em 2003 para US$ 7,9 bilhes em 2009 (aumento
de 216,2%). O saldo comercial do Brasil com a Amrica do Sul corresponde a 31,4% do supervit comercial total do Pas com o
resto do mundo.
Em decorrncia da crise econmica e fnanceira internacional, o crescimento da corrente de comrcio entre o Brasil e os pases
da Amrica do Sul oi interrompido em 2008: houve retrao de 26,5% em 2009, em relao ao ano anterior. O comrcio no ano de
2010, no entanto, j mostra sinais de recuperao. As exportaes para os pases da Amrica do Sul passaram de US$ 11,1 bilhes
no primeiro semestre de 2009, para US$ 16,2 bilhes no primeiro semestre de 2010 (aumento de 46,2%). As importaes cresceram
de US$ 8,4 bilhes no primeiro semestre de 2009 para US$ 11,9 bilhes no primeiro semestre de 2010 (aumento de 40,5%).
De 2002 a 2008, a corrente de comrcio entre o Brasil e os pases do Mercosul apresentou orte crescimento, passando de
US$ 8,9 bilhes, em 2002, a US$ 36,6 bilhes, em 2008. A recente crise econmica mundial teve impacto no comrcio intrabloco,
com a reduo de 27,38% no valor das exportaes brasileiras para a Argentina e de mais de 40% do saldo comercial avorvel
ao Brasil na balana com o Paraguai, dentre outras. Dados de 2010 indicam, no obstante, a retomada das trocas comerciais em
nveis semelhantes, seno ainda maiores, do que os de 2008.
A Amrica do Sul tornou-se o principal destino dos investimentos de empresas brasileiras no exterior. O continente
, por excelncia, espao para a expanso da produo de empresas brasileiras, avorecida pela proximidade geogrfca e
pelas afnidades culturais, assim como pelo desenvolvimento de acordos comerciais e de marcos regulatrios que avorecem
investimentos brasileiros e a circulao de bens, servios e mercadorias na regio. A Argentina, por exemplo, tornou-se o destino
preerencial para empresas brasileiras no incio de suas estratgias de internacionalizao. O volume total de investimentos
realizados pelas empresas brasileiras na Argentina no perodo 1997-2008 oi de aproximadamente US$ 9 bilhes.
a cena e caeA corrente de comrcio do Brasil com os pases da Amrica Central e do Caribe ainda pequena se comparada com o
intercmbio comercial com os pases da Amrica do Sul. Tal ato decorre da pequena dimenso do mercado centro-americano e
caribenho e da baixa insero brasileira na regio, cujo espao marcado majoritariamente pela presena de pases como Estados
Unidos, Mxico, membros da Unio Europeia, China e Japo.
Durante o perodo 2002-2009, as exportaes brasileiras para os pases da Amrica Central e para o Mxico cresceram deUS$ 3,1 bilhes em 2002 para US$ 3,6 bilhes em 2009 (aumento de 14,4%). As importaes brasileiras provenientes dos pases da
Amrica Central e Mxico cresceram de US$ 701 milhes em 2002 para US$ 3,1 bilhes em 2009 (aumento de 344%). O intercmbio
comercial (exportaes mais importaes) do Brasil com os pases centro-americanos e o Mxico cresceu de US$ 3,8 bilhes em
2002 para US$ 6,7 bilhes em 2009 (aumento de 74,5%). Com o aumento das importaes provenientes daquela regio, o saldo
comercial do Brasil com os pases da Amrica Central e Mxico reduziu-se de US$ 2,4 bilhes em 2002 para US$ 490 milhes em
2009 (reduo de 80%). O comrcio no ano de 2010 mostra sinais de recuperao. O intercmbio comercial do Brasil com os pases
da Amrica Central e Mxico atingiu US$ 5,8 bilhes at agosto de 2010, ou 86,7 % do intercmbio comercial do ano passado.
Durante o perodo 2002-2009, as exportaes brasileiras para os pases do Caribe cresceram de US$ 880 milhes em
2002 para US$ 5 bilhes em 2009 (aumento de 472,7%). As importaes brasileiras provenientes dos pases do Caribe cresceram
de US$ 53 milhes em 2002 para US$ 514 milhes em 2009 (aumento de 869,80%). O intercmbio comercial (exportaes mais
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importaes) do Brasil com os pases do Caribe cresceu de US$ 933 milhes em 2002 para US$ 5,5 bilhes em 2009 (aumento de
495,4%). O supervit comercial do Brasil com os pases do Caribe passou de US$ 827 milhes em 2002 para US$ 4,5 bilhes em
2009 (aumento de 447,6%). At agosto de 2010, o intercmbio comercial do Brasil com os pases do Caribe Central havia atingido
US$ 4 bilhes, ou 73,3% do intercmbio comercial do ano passado.
ifrEStrutur E trSPortES
a SH mais de 80 fnanciamentos para inraestrutura na Amrica do Sul, totalizando cerca de US$ 10 bilhes em projetos j
aprovados. Entre aqueles j fnanciados, destacam-se:
genna Construo e ampliao da rede de gasodutos na Argentina, aprox. US$ 1,9 bilho (Odebrecht, Conab);
Exportao de 20 aeronaves EMB 190 para Austral Aerolineas, US$ 646 milhes (Embraer);
Aqueduto do Chaco, US$ 180 milhes (CNO / Techint / OAS / Isolux a licitar).
bva Rodovia San Ignacio de Moxos-Villa Tunari, US$ 332 milhes (OAS a licitar);
Projeto Hacia el Norte - Rurrenabaque-El-Chorro, US$ 199 milhes;
Rodovia Tarija-Bermejo, US$ 179 milhes (Queiroz Galvo).
che Ampliao do metr de Santiago, US$ 209 milhes (Alstom);
Apoio ao Projeto Transantiago (exportao de nibus), aproximadamente US$ 350 milhes (Mercedes-Benz).
ca Exportao de 127 nibus para transporte coletivo urbano, US$ 26,8 milhes (San Marino).
Gana Ponte sobre o rio Tacutu, US$ 17,1 milhes.
Paaga Construo da segunda ponte sobre o rio Paran, US$ 200 milhes.
Pe Ponte Assis Brasil-Iapari, US$ 17,1 milhes.
uga Rede de Distribuio de Gs de Montevidu, US$ 7 milhes (OAS).
enezea Construo e ampliao do Metr de Caracas, aprox. US$ 943 milhes (Odebrecht);
Construo da Hidreltrica La Vueltosa, US$ 121 milhes (Alstom).
Desde 2004, trs pontes oram inauguradas, uma encontra-se em estgio de concluso e outras cinco em dierentes ases
de implementao. Dos oito projetos, sete tero sido custeados pelo Brasil; apenas a ponte com a Argentina ser construda com
aportes dos dois pases.
Ponte sobre o rio Acre (Bolvia)
Valor: US$ 3,5 milhes
Estado: A ponte, que liga as cidades de Brasilia e Cobija, oi inaugurada pelos presidentes do Brasil e da Bolvia em
em 11/08/04.
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Ponte Assis Brasil-Iapari (Peru)
Valor: R$ 30 milhes
Estado: A ponte, de 240m de extenso, oi inaugurada pelos presidentes do Brasil e do Peru em 21/01/06.
Ponte sobre o rio Tacutu (Guiana)
Valor: US$ 10 milhes
Estado: A ponte, entre as cidades de Bonfm e Lethem, oi ofcialmente inaugurada pelos presidentes do Brasil e da
Guiana em 14/09/09. Trata-se da primeira conexo terrestre entre Brasil e Guiana e de parte undamental do projeto deconexo rodoviria Boa VistaGeorgetown.
Segunda Ponte sobre o rio Paran (Paraguai)
Valor: R$ 200 milhes
Estado: O projeto bsico da ponte est em estgio avanado. A construo tem por principal objetivo descongestionar
o trego na Ponte da Amizade, ligando a BR-277 ao municpio paraguaio de Presidente Franco. A segunda ponte se
destinar, em princpio, ao transporte de carga.
Segunda Ponte sobre o rio Jaguaro e restaurao da Ponte Mau (Uruguai)
Valor: US$ 51 milhes
Estado: O DNIT j contratou uma consultora para elaborar o projeto executivo e outra para azer os estudos ambientais
necessrios ao licenciamento. Os projetos executivos esto em estado avanado de elaborao e a previso de que
a licitao para as obras das duas pontes seja lanada no 1 semestre de 2011.
Novas travessias rodovirias sobre o rio Uruguai (Argentina)
Valor: Em licitao
Estado: a Comisso Binacional preparou os termos do edital de licitao internacional para a contratao do estudo
de viabilidade dos pontos alternativos para as novas pontes. O Dnit e a Secretaria de Transportes da Argentina esto
azendo os ajustes fnais para o lanamento do edital. O estudo possuir valor global mximo de US$ 500 mil, com
recursos oramentrios de ambos os pases.
Observaes: o Acordo para a Viabilizao da Construo e Operao de Novas Travessias Rodovirias sobre o Rio
Uruguai assinado em 2000 e vigente desde 18/02/04 prev a construo de ponte internacional unindo o Brasil
Argentina em uma das seguintes localidades: Itaqui-Alvear; Porto Xavier-San Javier; Porto Mau-Alba Posse.
Ponte sobre o rio Mamor (Bolvia)
Valor : R$ 250 milhes
Estado: O projeto bsico encontra-se em estgio avanado. A empresa de engenharia responsvel realiza alteraes
de algumas caractersticas do projeto, de modo a reduzir os custos estimados. A licena ambiental prvia para a obra
oi emitida em abril de 2010.
Observaes: Em 2007, Brasil e Bolvia frmaram acordo para a construo de ponte internacional sobre o rio Mamor,
entre as cidades de Guajar-Mirim, em Rondnia, e Guayaramern, no Departamento do Beni. O acordo, j em vigor,
prev que caber ao Brasil arcar com os custos da elaborao dos estudos, projetos e da construo da ponte e obras
complementares.
Ponte sobre o igarap Rapirr (Bolvia)
Valor : R$ 250 milhes
Estado: Em 17/7/2009, por meio do Decreto Legislativo n 497, o Congresso Nacional aprovou o texto do Acordo entre
o Brasil e a Bolvia para a construo de uma ponte internacional sobre o igarap Rapirr entre as Cidades de Plcido
de Castro e Montevideo. Celebrado em La Paz, em 17/12/2007, o acordo precisa ser aprovado pela Bolvia. O instrumentoentrar em vigor na data de recepo da notifcao boliviana.
Veja subeixo Logstica de Transportes no Eixo 3.
a cena e caeNos ltimos anos, o Brasil tem acentuado sua participao em grandes obras de inraestrutura nos pases da Amrica
Central e do Caribe, inclusive com a concesso de crdito a empresas brasileiras que participam de projetos na regio. Essas
empresas brasileiras tm investimentos e interesses cada vez maiores na regio. O volume de fnanciamentos aprovados para a
Amrica Central e Caribe j da ordem de US$ 2,8 bilhes.
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cici, tEcoloGi E ioo
a S
gennaMerecem destaque as atividades do Centro Binacional de Nanotecnologia (Cban), que j realizou dezenas de escolas
binacionais, a construo conjunta do Satlite Argentino-Brasileiro de Observao dos Oceanos (Sabia-Mar) e a adoo do padronipo-brasileiro de TV digital.
ugaFoi assinado o memorando de entendimento para a cooperao cientfca, tecnolgica, acadmica e de inovao.
bva/PaagaO Brasil est em ase de negociao de memorando de entendimento para cooperao na implantao da TV digital com
os dois pases.
bvaCom a Bolvia, destaca-se ainda a possibilidade de ormao de parceria para explorao dos chamados recursos
evaporticos (ltio, potssio, dentre outros) do Salar de Uyuni.
cheA cooperao em cincia e tecnologia entre Brasil e Chile oi adensada, com possvel participao brasileira em projeto
do telescpio E-ELT, no Chile, e adeso do Chile ao padro brasileiro de TV digital.
Ea/PeFoi crescente a cooperao na rea de C&T e inovao com Equador e Peru, com a adeso dos dois pases ao padro
nipo-brasileiro de TV digital.
ca/enezeaA cooperao com a Colmbia e a Venezuela tem se concentrado nas aplicaes da cincia e tecnologia relacionadas s
telecomunicaes (principalmente TV digital e conexo por fbra tica).
a cena e caeAdemais da cooperao em curso no mbito da Unasul, o Brasil deve se engajar nas atividades previstas no Plano de Ao
de Montego Bay, frmado pelos pases participantes da Cpula da Amrica Latina e do Caribe sobre Integrao e Desenvolvimento
(Calc) em 6/11/2009. No instrumento, acordou-se promover intercmbio de experincias e transerncia de tecnologias relacionadas
a programas de biocombustveis e efcincia energtica. Na rea de tecnologia da inormao e da comunicao, assim como no
campo da aviao, os pases membros da Calc comprometeram-se, igualmente, a cooperar e intercambiar experincias e tecnologias.
m
O Mxico tem sido um dos principais parceiros do Brasil. Foram assinados entre os dois pases acordos interinstitucionaisnas reas de nanotecnologia, biotecnologia, agropecuria, espao e sade, durante a visita do presidente Felipe Caldern ao
Brasil, em agosto de 2009. Merece destaque a assinatura dos Protocolos de Intenes para a criao de Centros Bilaterais
Virtuais de Nanotecnologia e Biotecnologia, entre o Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de Cincia
e Tecnologia do Mxico (Conacyt). O Centro Brasil-Mxico de Nanotecnologia entrou em uncionamento, logo aps a visita do
presidente do Mxico e, em dezembro de 2009, realizou-se encontro de cientistas, em Chihuahua, Mxico.
caeCincia, tecnologia e inovao tm ganhado impulso tambm na cooperao com pases caribenhos, que tm mostrado crescente
interesse em intercambiar inormaes, tcnicas e profssionais com o Brasil. O Pas, que acumula conhecimento e experincia em
diversas reas de relevncia para pases da regio, como a agricultura tropical, tem buscado, ao longo dos ltimos oito anos, transerir
tecnologia para o Caribe. Essa poltica complementar ao vetor interno de combate pobreza e incentivo ao desenvolvimento.
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SdE
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gennaCom a Argentina, a principal iniciativa na rea de sade oi o projeto de Fortalecimento das Farmacopeias Brasileira e
Argentina, com o reconhecimento mtuo de substncias de reerncia utilizadas no controle de qualidade dos medicamentosproduzidos nesses pases.
ugaCom o Uruguai, destaca-se o Acordo para Acesso Recproco aos Servios de Sade na Fronteira, que prev o acesso
recproco de nacionais brasileiros e uruguaios a servios de sade nos dois lados da ronteira.
bvaCom a Bolvia, destacam-se os projetos: Fortalecimento da ateno integral e vigilncia epidemiolgica em DST/HIV/
Aids; Apoio Implementao do Banco de Leite Materno. Mediante assistncia humanitria, oram enviados Bolvia tcnicos e
materiais para auxiliar no combate dengue, bem como vacinas contra a gripe AH1N1.
PaagaCom o Paraguai, merecem destaque a instalao do primeiro banco de leite materno naquele pas e o apoio brasileiro ao
ortalecimento da vigilncia epidemiolgica paraguaia, ambas iniciativas da cooperao tcnica brasileira.
cheA cooperao na rea de sade oi intensifcada no contexto do auxlio ao Chile por conta do terremoto de evereiro de
2010. O assunto ganhou importncia na agenda bilateral.
EaFoi intensa a cooperao na rea de sade entre Brasil e Equador ao longo dos ltimos anos.
PeNos ltimos oito anos, diversas oram as iniciativas em matria de sade, na relao bilateral. Foram realizados projetos
de cooperao tcnica e instituiu-se subgrupo de trabalho especfco para a regio ronteiria.
os pasesAs relaes com Colmbia, Guiana e Venezuela no que se reere sade contemplam aes voltadas a ortalecer o
atendimento de sade nas ronteiras, bem como projetos de cooperao tcnica em diversas reas. Com o Suriname, a vertente
da cooperao tcnica tem maior destaque, pois a ronteira com o Brasil ainda pouco habitada e pouco acessvel.
a cena e caeO Brasil, nos ltimos oito anos, procurou contribuir com os pases da Amrica Central e do Caribe no sentido de
apereioar as polticas de sade locais. Essa contribuio teve como principal vetor a intensifcao das atividades de prestaode cooperao tcnica, sobretudo em reas nas quais o Brasil possui reconhecida experincia e competncia.
Desde 2003, a cooperao em sade com o Caribe intensifcou-se, tendo sido realizada de orma bilateral e trilateral. H
interesse dos governos locais em cooperao na rea de produo de vacinas, de sade bucal, de ortalecimento do sistema de
sade, de combate a epidemias, combate ao HIV, criao de bancos de leite humano e outros.
HaA cooperao na rea de sade com o Haiti constitui eixo central da poltica externa brasileira para o Caribe. Parte importante
dessa cooperao tem sido realizada em coordenao com Cuba, no marco de Memorando de Entendimento Brasil-Haiti-Cuba,
assinado em 2010. No curso da ajuda humanitria brasileira ps-sismo, o Brasil prev a aplicao de recursos na ordem de R$135
milhes, na rea de sade haitiana. Outro destaque na cooperao em sade com o Caribe Cuba, que alm de colaborar junto ao
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Brasil no desenvolvimento da sade no Haiti, assinou com o Governo brasileiro, desde 2003, uma srie de acordos e instrumentos
legais para permitir a cooperao em diversas reas.
Educo
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Um dos trs grupos de trabalho especializados (GTEs) do Coseccti voltado para a rea de educao.
gennaCom a Argentina, oi assinado, em 2005, Protocolo para a Promoo do Ensino do Portugus e Espanhol como
Segundas Lnguas, visando ampliar a oerta do ensino do portugus na Argentina e do espanhol no Brasil, especialmente nas
reas de ronteira.
ugaCom o Uruguai, destaca-se a iniciativa dos Centros Tcnicos Binacionais na ronteira.
bvaCom a Bolvia, destacam-se a assinatura de acordo sobre educao superior, em 2007, e a implementao do projeto de
cooperao para ortalecimento da oerta da educao escolar indgena na Bolvia e no Brasil, iniciado em 2008.
PaagaCom o Paraguai, merecem destaque a atuao da embaixada em Assuno para o ortalecimento do ensino da lngua
portuguesa naquele pas, a concesso de bolsas graduao e ps-graduao no Brasil para estudantes paraguaios e a retomada
da cooperao com o Colgio Experimental Paraguai-Brasil.
cheA cooperao na rea de educao entre Brasil e Chile tem sido estreitada por meio de reunies de comisso mista na matria.
EaA cooperao na rea de educao entre Brasil e Equador tem-se aproundado gradualmente, com cooperao entre
academias diplomticas e universidades.
PeEm matria de educao, a relao Brasil-Peru verifcou uma srie de iniciativas de 2003 a 2010. Alm de projetos de
cooperao, inaugurou-se a escola pblica brasileiro-peruana.
os pasesAs relaes bilaterais com Colmbia, Guiana, Suriname e Venezuela contemplam o intercmbio de estudantes, inclusive por
meio dos programas de estudante convnio de graduao (PEC-G) e de ps graduao (PEC-PG); cooperao tcnica e aes na
ronteira, especifcamente no que se reere ao ensino bilngue. O ensino de portugus nos Centros Culturais do Brasil nos pases
vizinhos tem atrado nmero crescente de alunos.
a cena e caeCom relao ao conjunto dos pases centro-americanos e caribenhos, a Declarao de Salvador (dez/2008), assinada no
mbito da Cpula da Amrica Latina e do Caribe sobre Integrao e Desenvolvimento (Calc), contempla o objetivo de promover
o acesso universal e de qualidade aos servios bsicos de educao, assim como a promoo de servicos educacionais ligados
capacitao em matria de proteo ambiental. No Plano de Ao de Montego Bay (06/11/2009), frmado pelos chanceleres
da Calc, h metas especfcas relacionadas ao treinamento e transerncia de tecnologia em habilidades crticas de aviao;
treinamento de recursos humanos nos campos da administrao porturia e martima; ademais de treinamento de pessoal nas
reas de tecnologia da inormao e da comunicao.
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caeNo Caribe, a cooperao educacional ganhou destaque nos ltimos anos em uno da assinatura de protocolos com
Cuba, do compromisso brasileiro com a educao bsica no Haiti (que uma diretriz para a atuao brasileira no Fundo de
Reconstruo do Haiti) e da realizao da Cpula Brasil-Caricom (abril de 2010), que elegeu a Educao como uma das prioridades
da cooperao tcnica.
a cenaNa Amrica Central, estimulou-se a concesso de bolsas para que estudantes da regio cursem graduao e ps-graduao no Brasil, aumentando, assim, o intercmbio acadmico entre o Brasil e os pases da Amrica Central. Foram assinados,
ainda, acordos bilaterais de cooperao tcnica na rea de educao com pases centro-americanos, como Guatemala, Nicargua e
Belize. Por fm, incentivou-se o ensino de lngua portuguesa na regio, por meio dos Centros de Estudos Brasileiros na Nicargua,
no Mxico, no Panam e em El Salvador.
GriculturO Brasil tornou-se uma das principais ontes de cooperao na rea agrcola. O sucesso do modelo agrcola brasileiro,
principalmente em culturas tropicais, serviu de inspirao para produtores da regio e permitiu maior aproximao entre
os Governos.
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gennaBrasil e Argentina tm buscado construir uma agenda positiva em matria agrcola, por meio da maior coordenao entre
as polticas agrcolas dos dois pases e do intercmbio regular de inormaes. Nesse sentido, os ministros da Agricultura dos
dois pases acordaram manter encontros bilaterais a cada trs meses.
ugaCom o Uruguai, passou-se por um processo de intensifcao de trocas comerciais de produtos agropecurios. Foi superada
a barreira sanitria ao rango brasileiro, ao passo que as vendas de leite e derivados uruguaios cresceram consideravelmente.
bva/PaagaO Brasil mantm ampla pauta de cooperao tcnica com Bolvia e Paraguai nas reas da agricultura e pecuria.
PeCom o Peru, alm de importantes projetos de cooperao, desenvolveu-se intenso dilogo entre instituies dos dois
pases, culminando com a assinatura de Memorando de Entendimento entre o Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento
(Mapa) e seu correspondente peruano.
os pasesOs temas relativos agricultura so parte signifcativa dos programas bilaterais de cooperao tcnica com Colmbia,
Guiana, Suriname e Venezuela. Com a Venezuela, especifcamente, a cooperao em agricultura recebeu impulso signifcativo com
a abertura de escritrio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa) em Caracas, em maro de 2008.
a cena e caeNa Amrica Central, a vasta experincia brasileira na produo agrcola revelou-se ator de atrao para os pases da
regio, que possuem natural vocao agrcola. O grande destaque da atuao brasileira a instalao da Embrapa Amricas no
Panam. Instalada na Cidade do Saber, caber Embrapa Amricas apoiar iniciativas voltadas ao desenvolvimento de competncias,
segurana alimentar e garantia da pauta de exportao, entre outros pontos, no Mxico, Amrica Central, Caribe e Regio
Andina. Esta extenso da Empresa atuar em trs pilares: plataorma de pesquisa e desenvolvimento, transerncia de tecnologia
e negcios tecnolgicos. O incio das atividades da Embrapa Amricas tambm propiciar acompanhamento mais prximo das
atividades de cooperao j em curso na regio. Desde 2003, oram celebrados, com pases do Caribe, cerca de 40 acordos de
cooperao na rea agrcola, a maioria com Cuba, Jamaica e Haiti.
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EErGiNo tocante s iniciativas bilaterais, registrem-se, entre outras:
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genna
Empreendimentos no rio Uruguai/Pepiri-Guau: Concluso dos estudos de inventrio no trecho limtroe do Rio Uruguairesultou na seleo de dois aproveitamentos hidroeltricos, um em Garabi, quota de 89 metros sobre o nvel do mar
(msnm), e outro em Panambi, quota de 130 msnm.
Intercmbio de energia: desde 2009 o intercmbio de energia entre os pases passou a ser regulado por um memorando
de entendimento.
uga Interconexo eltrica projeto da linha de transmisso j oi aprovado no Focem e recursos devero ser liberados em
breve. Eletrobrs construir o trecho brasileiro da obra (60km). Previso de durao: 36 meses.
Paaga Acordo, por Troca de Notas, de 8/12/2005, aumentou o ator de multiplicao do pagamento da energia cedida ao Brasil,
de 4 para 5,1.
Acordo por Troca de Notas, de 1/9/2009, aumentou o ator de multiplicao do pagamento da energia cedida ao Brasil,
de 5,1 para 15,3 (pendente de aprovao do Congresso Nacional).
Deciso CMC n 07/10 aprovou projeto para a construo de linha de transmisso de 500 kV entre Itaipu-Margem Direita e
Villa Hayes (prximo a Assuno), por meio do Focem, com recursos de contribuies ordinrias e voluntrias brasileiras.
bva No que concerne crise do gs, a atuao brasileira possibilitou a assinatura de novos contratos de explorao dos campos
de gs operados pela Petrobras (19/10/2006) e de contrato de compra e venda das duas refnarias (25/6/07). Assegurou-
se, assim, a manuteno das operaes da Petrobras na Bolvia, bem como a rentabilidade de seus investimentos.
Assinatura de ajuste complementar para implementao do Projeto Legislao dos Recursos Hdricos (2003)
Assinatura de memorando de entendimento em Matria Energtica entre o Ministrio de Minas e Energia do Brasil e o
Ministrio de Hidrocarbonetos e Energia da Bolvia (2007).
che A Petrobras passou a responder por 16% do mercado varejista chileno e 7% do setor industrial de combustveis no Chile
Previso de envio de misso tcnica para tratar com as autoridades chilenas sobre bicombustveis ainda em 2010.
Ea Aumento da produo de petrleo equatoriana e construo da Hidreltrica de San Francisco.
Pe
Incremento da produo energtica peruana; Melhoria na inraestrutura para transmisso de energia;
Aumento da utilizao de combustveis renovveis.
enezea Empreendimentos da Petrobras em conjunto com a Petrleos de Venezuela S.A. (PDVSA)
Interconexo eltrica na ronteira com Roraima (Linho de Guri);
Atividades de cooperao bilateral intensifcadas em 2009 e 2010, em uno da crise na gerao eltrica na Venezuela.
os pasesProjetos de cooperao tcnica na rea de biocombustveis.
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a cena e caeO Brasil, nos ltimos anos, tem atuado na promoo dos biocombustveis em pases centro-americanos e caribenhos,
no apenas como onte de energia limpa, mas tambm por seu potencial de gerao de emprego e renda, e na viabilizao de
novos projetos hidreltricos. Entre os acordos frmados, destaca-se o Memorando de Entendimento entre Brasil e Estados Unidos
sobre biocombustveis, que prev cooperao com Honduras, Guatemala, El Salvador, Jamaica, Haiti, Repblica Dominicana e So
Cristvo e Nvis.
A energia oi considerada tema prioritrio no acordo entre o Brasil e a Comunidade Caribenha (Caricom). Projetos oramimplementados em pases como Haiti, Repblica Dominicana, Cuba. Resultados a curto prazo j comeam a sentir-se, como a
produo de mais megawatts em alguns desses pases. No mdio prazo, a cooperao energtica em curso nos ltimos cinco anos
contribuir para diminuir a dependncia de Cuba do petrleo e carvo; aumentar a gerao de energia na Repblica Dominicana; e
prover crescimento sustentado ao Haiti. No setor hidreltrico, o resultado mais signifcativo, at agora, o projeto da hidreltrica
de Tumarn, na Nicargua. A concretizao desse projeto servir como modelo e incentivo para novas aes brasileiras na regio.
dESEolimEto SocilO xito dos programas sociais brasileiros, como o Fome Zero, tem despertado o interesse dos pases da Amrica do Sul,
Central e Caribe. Por meio principalmente da atuao da Agncia Brasileira de Cooperao, o Governo brasileiro desenvolve diversos
projetos de cunho social, voltados para dierentes ormas de combate ao subdesenvolvimento. Ressaltem-se, entre outras iniciativas:
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gennaAlm das plenrias regulares do Instituto-Social Brasil-Argentina (Isba) e da troca de inormaes em polticas de
desenvolvimento social, oi realizado em 2005 Seminrio sobre Segurana Alimentar e Alimentao Escolar em Cidades de
Fronteira e em 2006 Seminrio sobre Melhores Prticas em Polticas de Inncia, Adolescncia e Famlia.
ugaFechado convnio que dispensa cidados de baixa renda do pagamento de taxas para obteno do documento especial
de ronteirio.
PaagaAssinatura dos seguintes atos:
Protocolo de Intenes sobre Cooperao Tcnica na rea do Desenvolvimento Agrrio (29/3/2004);
Ajuste Complementar para Implementao do Projeto Capacitao de Tcnicos e Gestores Pblicos em Desenvolvimento
de Instrumentos de Polticas Pblicas para a Agricultura Familiar/Campesina (23/11/2006);
Ajuste Complementar para a Implementao do Projeto Capacitao em Polticas Pblicas para o Desenvolvimento (3/5/2010).
Alm disso, o Brasil doou 28 toneladas de alimentos para os agelados da seca no Chaco paraguaio em 2008. Tambm
doou US$ 100 mil para a compra de alimentos da agricultura amiliar paraguaia, em benecio de vtimas da seca no Chaco e das
inundaes no Alto Paran, em 2009. Em 2010, o Paraguai oi includo como benefcirio de cooperao triangular do Projeto
Brasil-Espanha para a construo de cisternas.
bvaAssinatura de Ajustes Complementares de Apoio ao Programa Multissetorial Desnutrio Zero (2007) e de Apoio ao
Desenvolvimento do Programa de Alimentao Escolar Boliviano (2008).
cheFoi criado Grupo de Trabalho no mbito da Comisso Bilateral Brasil-Chile para tratar do assunto. Iniciou-se projeto de
cooperao tcnica voltado para amlias de baixa renda.
EaDesenvolveram-se atividades de ormao de fscais do Trabalho equatorianos; workshop sobre oportunidades de
comercializao para produtos da biodiversidade.
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PeConerncia bilateral sobre temas sociais; ampliao do Programa Juntos, com base na experincia do Programa
Bolsa Famlia.
enezeaNo encontro presidencial Brasil-Venezuela de 28/4/2010, oi assinado memorando de entendimento entre os ministrios
encarregados de polticas para as mulheres no Brasil e na Venezuela sobre a criao de centros de atendimento a mulheresmigrantes na ronteira entre os dois pases. Os dois centros (em Pacaraima-RR e Santa Elena de Uairn-Venezuela) j esto sendo
instalados. A Reunio do gabinete social realizada em Braslia, em julho de 2010, elaborou o Primeiro Plano de Ao Social
Brasil-Venezuela, assinado no encontro presidencial de 6/8/2010, que contempla aes especfcas no que se reere a: direitos
humanos, educao, polticas para as mulheres, proteo social e sade e direitos humanos.
a cena e caeNa Amrica Central, El Salvador o parceiro principal do Brasil, com nase no mtodo de transerncia de rendas,
polticas de segurana alimentar, polticas de assistncia social e na avaliao e monitoramento de aes e programas sociais.
Destacam-se na regio, tambm, o Projeto Viviendas de Interes Social, cuja fnalidade conhecer as alternativas de fnanciamento
de moradias para amlias de baixa renda no Brasil e determinar sua viabilidade s condies da Nicargua e o Programa Hambre
Cero, tambm na Nicargua, inspirado no Fome Zero brasileiro.
No Caribe, os maiores parceiros do Brasil em projetos de promoo de desenvolvimento social so Cuba e Haiti. Os campos
de atuao so variados, como alabetizao de jovens e adultos (Cuba); ortalecimento da agricultura amiliar e da segurana
alimentar e nutricional (Haiti); combate violncia contra as mulheres (Haiti). Este ltimo projeto conta com a Secretaria Especial
de Polticas para as Mulheres e o Ministrio da Sade do Brasil como instituies responsveis pela execuo das atividades, que
visam contribuir para a preveno da violncia contra a mulher e para a efccia no tratamento das mulheres vitimadas.
b) mric do ortE, EuroP, fric, oriEtE mdio, Si E ocEi
a e
EuAs relaes entre o Brasil e os Estados Unidos benefciaram-se da ampliao das iniciativas conjuntas e de um abrangente
dilogo poltico bilateral. Parcerias inovadoras nas reas de direitos humanos, energia, meio ambiente, comrcio e cooperao em
terceiros pases fzeram com que a agenda poltica Brasil-EUA osse signifcativamente ampliada.
Dilogo de Parceria Global
O ministro Celso Amorim e a secretria de Estado Hillary Clinton instituram, em maro de 2010, o Dilogo de Parceria
Global entre seus respectivos ministrios, que visa a omentar discusses sobre as agendas bilateral, regional e global, com
reunies anuais, alternadamente nos dois pases.
OEACom relao Organizao dos Estados Americanos (OEA) e s edies da Cpula das Amricas, a atuao do Brasil
no perodo entre 2003 e 2010 desenvolveu-se com vistas ao ortalecimento da democracia, deesa dos direitos humanos e
promoo do desenvolvimento.
caO Brasil desempenhou papel de relevo em episdios importantes das relaes interamericanas. Na 39a Assembleia-Geral da
OEA (San Pedro Sula, junho de 2009), por exemplo, oi aprovada resoluo apresentada pelo Brasil que, aps 47 anos, revogou
a excluso do Governo de Cuba da OEA. A proposta de resoluo azia meno aos princpios da autodeterminao dos povos e
da no interveno e exclua reerncias que pudessem ser interpretadas como condicionalidades, o que viabilizou o consenso.
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HnasRegistre-se, ainda, que, em razo do golpe de Estado em Honduras, oi aprovada, na madrugada de 5/7/2009, em sesso
plenria da Assembleia-Geral da OEA, resoluo que, nos termos do artigo 21 da Carta Democrtica Interamericana, determinou a
suspenso imediata do direito de Honduras de participar da Organizao. Foi a primeira vez que se invocou a Carta Democrtica
Interamericana para tratar da ruptura da ordem constitucional em estado membro. O Brasil considera essencial que o retorno
de Honduras OEA esteja condicionado consolidao do processo de reconciliao nacional, o que inclui a possibilidade de o
presidente Manuel Zelaya retornar vida poltica hondurenha, em pleno gozo de seus direitos e prerrogativas.
cPul dS mricSNo perodo 2003-2010, ocorreram duas edies da Cpula das Amricas. A IV Cpula (Mar Del Plata, novembro de 2005)
tinha o objetivo original de reerendar o resultado das negociaes comerciais iniciadas em 1994, em Miami, para a conormao
da rea de Livre Comrcio das Amricas (Alca), o que no ocorreu. A Declarao de Mar del Plata reetiu a divergncia entre
os pases que deendiam a retomada das negociaes comerciais e os pases do Mercosul e a Venezuela, que, por reconhecerem
a existncia de difculdades para o bom andamento das negociaes, entendiam que no estavam ainda dadas as condies
necessrias para que se lograsse um acordo de livre-comrcio verdadeiramente equitativo. A V Cpula das Amricas oi realizada
em Trinidad e Tobago, em abril de 2009, e salientou a centralidade dos temas sociais e a existncia de importantes consensos em
matria de energia e sustentabilidade ambiental.
comrcio E iEStimEtoSObservou-se notvel dinamismo nas relaes econmicas. Ao mesmo tempo em que os EUA seguem sendo um dos nossos
mais importantes parceiros comerciais e o principal investidor no Pas, o Brasil tornou-se mais relevante para os EUA, como onte
de investimento e mercado para suas exportaes.
As exportaes brasileiras para os EUA continuam sendo signifcativas, mas o Brasil no depende excessivamente do
mercado norte-americano. Nossas exportaes so distribudas de orma equilibrada para distintos mercados em todo o mundo.
Em 2009, os EUA absorveram 10,2% das nossas exportaes, o que equivaleu, aproximadamente, participao dos pases do
Mercosul em nossa pauta, que oi de 10,3%. Por outro lado, o mercado brasileiro torna-se cada vez mais relevante para os EUA,
sendo o dcimo destino de suas exportaes e responsvel por um de seus supervits mais signifcativos no mundo.
Os EUA continuam sendo o principal investidor estrangeiro no Brasil, mas o Brasil tambm passou a investir pesadamente
na economia estadunidense. Em 2001, o uxo anual de investimentos dos EUA para o Brasil era 21 vezes maior do que o uxo do
Brasil para os EUA. Em 2008, essa proporo caiu para menos de 2 para 1, tendo sido registrados US$ 7 bilhes em investimentos
estadunidenses no Brasil e US$ 4,8 bilhes em investimentos brasileiros naquele pas.
O Frum Brasil-EUA de Altos Executivos (CEO Frum) tem-se mostrado mecanismo til para promover e diversifcar o
comrcio bilateral e os investimentos mtuos. Alm disso, o Frum vem dedicando ateno a ormas criativas para incrementar o
apoio do setor privado s atividades de educao e capacitao profssional no Brasil. Desde sua criao, em maro de 2007, o
Frum j realizou cinco encontros: Braslia, outubro de 2007; Washington, abril de 2008; So Paulo, outubro de 2008; Washington,
julho de 2009; e Denver, julho de 2010.
EErGiOs dois pases reconheceram o grande potencial de cooperao existente no setor de energia, particularmente no campo
dos biocombustveis. O tema converteu-se em importante eixo do relacionamento entre Brasil e EUA, ensejando aes conjuntas
nos mbitos bilateral, trilateral, regional e global. Como desdobramento do memorando de entendimento sobre Biocombustveis,assinado em 2007, oram concludos, entre 2009 e 2010, estudos de viabilidade tcnica e econmica sobre a produo de etanol
nos seguintes pases: Haiti, Repblica Dominicana, So Cristvo e Nevis, Guatemala, Senegal e El Salvador. Esses estudos oram
submetidos aos governos dos respectivos pases, com propostas concretas de implantao de projetos de produo de etanol,
incluindo alternativas de fnanciamento.
EducoNa rea da Educao, destacam-se a assinatura do Plano de Ao Conjunta para a Eliminao da Discriminao tnico-
Racial e Promoo da Igualdade, em maro de 2008, que possui orte nase educacional, e o aproundamento dos programas de
fnanciamento graduao e ps-graduao, substancializado no Programa Capes-Fipse.
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cici E tEcoloGiEm cincia e tecnologia, estabeleceu-se uma Comisso Mista de Cooperao Cientfca e Tecnolgica, que j realizou duas
reunies (julho de 2006 e novembro de 2009).
GriculturCom relao ao setor agrcola, vale registrar que Brasil e EUA frmaram, em junho de 2010, o Acordo para uma Soluo
Mutuamente Acordada para o Contencioso do Algodo, em decorrncia da vitria brasileira na Organizao Mundial do Comrcio(OMC) (WT/DS267). O acordo prev, entre outras medidas, a criao de um Fundo, gerido pelo Instituto Brasileiro do Algodo,
que receber recursos peridicos dos Estados Unidos, como medida compensatria aos subsdios praticados por esse pas sua
produo e exportao do produto.
SdEOs dois pases desenvolveram, tambm, importante atividade de cooperao trilateral na rea de sade, para o combate
malria em So Tom e Prncipe e para o combate ao vrus HIV em Moambique, iniciativas que tiveram incio durante visita do
presidente da Repblica aos EUA, em 2007, e so objeto de dois memorandos de entendimento, assinados em 2008 e 2010. No caso
de Moambique, encontra-se em ase avanada de negociao entendimento sobre o ortalecimento das iniciativas de cooperao,
com defnio de projeto que prev o aporte de US$ 3 milhes pela United States Agency for International Development(USAID),
com contrapartida de US$ 800 mil pela Agncia Brasileira de Cooperao (ABC).
dEfESBrasil e EUA frmaram acordo de cooperao em matria Deesa, em abril de 2010, cujos objetivos so os de
apereioar o abrigo institucional cooperao existente, ortalecer o dilogo entre os dois pases e abrir novas perspectivas
de interao, em bases equilibradas e mutuamente benfcas. Trata-se de acordo genrico, que segue modelo brasileiro de
acordo de cooperao bilateral na matria. A esse respeito, o Brasil tomou a iniciativa de estabelecer dilogo com cada
um dos pases-membros da Unasul, em maro de 2010, para explicar aos pases sul-americanos os objetivos e o escopo do
acordo bilateral com os EUA.
canaO Canad tornou-se um dos principais destinos do investimento externo brasileiro e parceiro comercial de crescente relevncia.
comrcio E iEStimEtoSO uxo comercial Brasil-Canad, embora ainda considerado aqum das possibilidades, equilibrado (geralmente com
supervit a avor do Brasil), diversifcado (com nase no comrcio de manuaturados), e vem crescendo em ritmo acelerado (o
intercmbio saltou de US$ 1,7 bilho, em 2003, para US$ 5 bilhes, em 2008). O estoque de investimentos do Brasil no Canad
(US$ 6,3 bilhes) ultrapassou o estoque canadense no Brasil (US$ 5,6 bilhes), o que emblemtico do equilbrio que vem sendo
alcanado nas relaes entre os dois pases.
EpaAs relaes do Brasil com o continente europeu so tradicionalmente densas e se intensifcaram muito nos ltimos anos.
O relacionamento se desenvolve em mltiplas vertentes, conorme indicado a seguir.
diloGo PolticoO dilogo poltico de alto nvel entre o Brasil e os pases europeus se desenvolveu nas muitas visitas bilaterais realizadas
de parte a parte - e tambm por meio dos mecanismos de cpulas inter-regionais existentes.
O Brasil tem participado regularmente das seguintes reunies de cpula a envolver grupos de pases europeus:
cPulS brSil-uio EuroPEiO Brasil e a Unio Europeia estabeleceram a Parceria Estratgica por ocasio da I Cpula (Lisboa, julho de 2007), como
resultado do aproundamento de suas relaes polticas e econmicas. Na II Cpula (Rio, dezembro de 2008), oi adotado o Plano
de Ao da Parceria Estratgica, que contm propostas concretas de dilogos setoriais e aes conjuntas para o trinio 2009-2011
nas seguintes reas: promoo da paz e da segurana por meio do ortalecimento do sistema multilateral; promoo da parceria
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econmica, social e ambiental; promoo da cooperao em cincia, tecnologia e inovao; promoo da cooperao regional e da
cooperao triangular em benecio de pases em desenvolvimento; intercmbio nas reas de educao e cultura; e aproximao
das sociedades civis.
Na III Cpula (Estocolmo, outubro de 2009), oram tratados temas relevantes da agenda internacional, como a mudana
do clima, medidas para se reduzir os eeitos da crise fnanceira internacional, o processo de paz no Oriente Mdio e a questo
nuclear iraniana. Avanou-se na implementao das recomendaes do Plano de Ao no que tange aos dilogos setoriais e ao
aproundamento da cooperao nas reas tcnicas de interesse mtuo, por meio dos dilogos j existentes, que j somam 19 aosquais ainda se somaro os dilogos sobre a promoo da igualdade de gnero e sobre a cooperao judiciria e apoio a processos
eleitorais. Durante a IV Cpula (Braslia, julho de 2010), que celebrou os 50 anos do estabelecimento de relaes diplomticas
entre o Brasil e a Comunidade Econmica Europeia (1960), oi dado seguimento ao dilogo sobre os temas supramencionados e
oram assinados o acordo sobre certos aspectos da aviao civil e o acordo sobre segurana da aviao. Em paralelo s cpulas,
sempre so realizados encontros empresariais brasileiro-europeus.
cPulS mric lti/cribE-uio EuroPEiO dilogo poltico entre os pases de Amrica Latina e Caribe e da Unio Europeia comeou a ser estruturado a partir da
realizao da primeira reunio entre a ento Comunidade Econmica Europeia e o Grupo de Contadora (Colmbia, Mxico, Panam
e Venezuela), em San Jos (Costa Rica), em 1984, como apoio ao processo de paz ento em curso na Amrica Central. Com a
posterior ormao do Grupo do Rio, em 1986, oi institucionalizado o dilogo poltico entre os chanceleres dos pases membros
do grupo com seus interlocutores europeus.
A I Cpula Amrica Latina/Caribe-Unio Europeia realizou-se no Rio de Janeiro, em 1999. Desde ento, ocorreram outras
cinco: Madri (2002), Guadalajara (2004), Viena (2006), Lima (2008) e Madri (2010). Seus objetivos principais tm sido ortalecer
o dilogo institucional inter-regional; promover os valores da democracia e dos direitos humanos; abordar, de maneira conjunta,
desafos paz e segurana internacionais; e aproundar as relaes econmicas entre as regies.
cPulS ibEro-mEricSO reconhecimento poltico da existncia de um espao comum ibero-americano consagrou-se em 1991, quando os chees de
Estado e de governo dos pases ibero-americanos, reunidos em Guadalajara (Mxico), decidiram estabelecer um oro de dilogo,
entendimento poltico e cooperao para o desenvolvimento: a Conerncia Ibero-Americana.
O espao ibero-americano integrado por 22 pases de lngua espanhola e portuguesa, sendo 19 latino-americanos e
trs da Pennsula Ibrica (Andorra, Espanha e Portugal). Integram a Conerncia Ibero-Americana, na condio de observadores
associados: Blgica, Filipinas, Frana, Itlia, Marrocos, Pases Baixos. A candidatura de Guin Equatorial est sendo analisada. Alm
de laos histricos comuns, os pases compartilham afnidades histricas, culturais e lingusticas. Na I Cpula de Guadalajara,
acordou-se a realizao de Cpulas anuais, com o intuito de promover a coordenao poltica entre os pases ibero-americanos,
para azer avanar projetos de cooperao em reas de interesse comum.
A coordenao dos trabalhos da Conerncia Ibero-Americana realizada pela Secretaria-Geral Ibero-Americana, criada em
2003. Alguns importantes resultados alcanados no mbito da Conerncia Ibero-Americana desde 2003 oram:
Plano Ibero-Americano de Alabetizao, com o objetivo de universalizar a alabetizao na regio, no menor tempo
possvel e em qualquer caso antes de 2015.
Programa Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano, cujo objetivo apoiar a implantao de pelo menos um banco
de leite humano em cada pas ibero-americano, como um espao para o intercmbio do conhecimento e de tecnologia
no campo da lactncia materna, trabalhando para a reduo da mortalidade inantil. Conveno Ibero-Americana de Segurana Social, incorporada ao arcabouo jurdico brasileiro em novembro de 2009, a
estabelecer que os perodos de descontos de um trabalhador em um estado-parte so contabilizados para a atribuio
de penses em outros estados-partes.
comrcio E iEStimEtoSA Europa se consolidou como o segundo maior parceiro comercial do Brasil. O intercmbio comercial Brasil-Europa saltou
de US$ 36 bilhes, em 2003, para US$ 74 bilhes, em 2009, o que posiciona o continente europeu como o segundo parceiro
comercial do Brasil, atrs da sia e pouco rente da Amrica Latina e Caribe. Registrou-se aumento das exportaes de produtos
agropecurios do Brasil para a Europa e incremento das parcerias para intercmbio de tecnologia agrcola.
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Quatro dos cinco maiores investidores no Brasil em 2009 oram europeus (Pases Baixos, Espanha, Alemanha e Frana,
que, juntos, responderam por 45% do ingresso de capital estrangeiro no Brasil naquele ano). O estoque de investimentos diretos
europeus no Brasil, que em 2000 alcanava cerca de US$ 61 bilhes, chega a quase US$ 200 bilhes atualmente. No que se reere
a investimentos em inraestrutura, ressaltem-se:
O avano das obras da ponte internacional sobre o Rio Oiapoque, entre o Amap e a Guiana Francesa (com inaugurao
prevista para dezembro de 2010)
O incio das obras de construo do Stio de Lanamento de Alcntara, em 2010, em parceria com a Ucrnia. A inaugurao do voo direto Braslia-Lisboa, em 2007, contribuiu para acilitar o uxo de viajantes entre o Brasil e a
Europa.
SdEO Brasil celebrou acordos na rea de sade com diversos parceiros europeus. Destaca-se o estabelecimento de parceria
com a Ucrnia sobre transerncia de tecnologia para produo de insulina no Brasil [entre o Instituto de Tecnologia em Frmacos
(Farmanguinhos) da Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz) - e a empresa ucraniana Indar].
Educo E culturForam celebrados o Ano do Brasil na Frana (2005) e o Ano da Frana no Brasil (2009), que envolveram cerca de 560
projetos culturais. Foi tambm realizada, com apoio de Portugal, a I Conerncia Internacional sobre o Futuro da Lngua Portuguesa
no Sistema Mundial (Braslia, em 2010).
EErGiCom as descobertas de petrleo na camada pr-sal, abriram-se novas possibilidades de cooperao, por conta das
necessidades de bens e equipamentos para a indstria do petrleo e de gs natural no Brasil. A projetada expanso da onte
nuclear em nossa matriz energtica e a possibilidade de construo de novas usinas nucleares at 2030 criam a perspectiva
de participao de pases europeus detentores de expertisenuclear. Os pases europeus tm demonstrado grande interesse
nos avanos alcanados pela poltica energtica brasileira, sobretudo no campo dos biocombustveis. Diante desses interesses
comuns, o Brasil celebrou acordos de cooperao na rea de energia com diversos parceiros europeus.
cici E tEcoloGiO Brasil frmou Planos de Ao em Cincia e Tecnologia com Sua (2009), Espanha (2008) e Reino Unido (2006). Com
este ltimo pas, celebrou ainda o Ano Brasil-Reino Unido de Cincia e Inovao (maro/2007 a maro/2008). Com a Ucrnia,
oi acordada a utilizao do Veculo de Lanador de Satlites Cyclone-4, no Centro de Lanamento de Alcntara. Ressalte-se
ainda a realizao do primeiro voo ao espao de astronauta brasileiro - Marcos Csar Pontes -, em 2006, em cooperao
com a Rssia.
dEfESNo momento em que busca redimensionar o papel das Foras Armadas e revitalizar o complexo industrial-militar nacional,
ao amparo da Estratgia Nacional de Deesa, o Brasil buscou aproveitar as potencialidades das relaes com os pases europeus
nessa rea, tendo assinado acordos de cooperao na rea da deesa com Turquia (2003), Ucrnia (2003), Portugal (2005), Frana
(2005 e 2008), Espanha (2007), Rssia (2008 e 2010), Itlia (2008 e 2010), Repblica Tcheca (2010). Ressalte-se que, nos acordos
assinados com a Frana, est previsto o ornecimento de tecnologia de submarinos convencionais do tipo Scorpne, bem comode submarino com armamento convencional destinado a receber um reator nuclear e seus sistemas associados, desenvolvidos
pela parte brasileira.
c) fric
A aproximao com a rica uma das principais vertentes da poltica externa brasileira desde 2003, e se coaduna com a
prioridade conerida ao Sul pela ao diplomtica do Governo. Com seus parceiros aricanos, o Pas engendrou esoros pioneiros
em matria de concertao poltico-diplomtica, investimentos diretos e cooperao tcnica.
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Trata-se de poltica solidria e humanista, que almeja reduzir assimetrias, promover o desenvolvimento e combater a
pobreza. H, no entanto, ganhos concretos aueridos pelo Brasil em seu relacionamento com a rica: o acesso a novos mercados,
vantajosas oportunidades econmicas e maior inuncia em oros multilaterais. Ou seja, o engajamento com a rica eleva o perfl
internacional do Brasil.
iSitS oficiiS
A grande intensifcao do ritmo de visitas ofciais entre autoridades brasileiras e aricanas demonstra a nase que nossapoltica externa conere, desde 2003, rica. No decorrer de seus dois mandatos, o presidente da Repblica realizou 33 viagens
ao continente, onde esteve em 23 pases em muitos casos, tratou-se da primeira visita de um chee de Estado brasileiro. No
sentido inverso, o Brasil recebeu 47 visitas de reis, presidentes e primeiros-ministros aricanos, oriundos de 27 naes.
As visitas tambm oram requentes em nvel ministerial. Entre janeiro de 2003 e setembro de 2010, o ministro das Relaes
Exteriores visitou a rica 66 vezes, participando de reunies e eventos ofciais em 25 dierentes pases. Chanceleres aricanos,
representando 32 Estados, vieram 62 vezes ao Brasil.
cPul mric do Sul-fricA criao da Cpula Amrica do Sul-rica (ASA) expresso mais visvel da aproximao poltica, econmica e cultural
entre as duas regies. Trata-se de inovador mecanismo que congrega os chees de Estado e de Governo dos 65 pases dos dois
continentes, alm de representantes da Unasul e da Unio Aricana (UA). Inicialmente proposta por ocasio de visita do presidente
da Repblica Nigria, em 2005, a Cpula ASA j se realizou duas vezes em seu nvel mais alto: em Abuja (Nigria), em novembro
de 2006, e na Isla Margarita (Venezuela), em setembro de 2009. Alm disso, j oram realizadas reunies de chanceleres, demais
ministros e altos uncionrios em diversos setores de governo, como comrcio, exterior, energia, transportes, cincia e tecnologia,
governana, temas sociais e esportes, entre outros.
A ASA tem oito grupos de trabalho temticos, dos quais quatro oram inaugurados em reunies sediadas pelo Brasil.
Em especial, a I Reunio de Altos Funcionrios da ASA, que ocorreu em Braslia, em junho de 2008.
rElES brSil-uio fricInsere-se neste contexto a aproximao entre o Brasil e a Unio Aricana (UA), organizao regional criada em 2002
e que congrega 53 Estados interessados em acelerar o processo de integrao poltica, econmica e social do continente
aricano. A UA tem atuado de orma bastante ativa na mediao e preveno de conitos locais, como nos casos da Somlia
e do Sudo. Em 2004, o Brasil reabriu sua Embaixada em Adis Abeba, capital etope e sede da UA, e desde ento vem
acompanhando as atividades da Organizao. Em julho de 2009, o presidente brasileiro participou, na condio de convidado
especial, da XIII Cpula dos chees de Estado da Unio Aricana, realizada em Sirte (Lbia). Na ocasio, oram assinados
acordos nas reas de agricultura e desenvolvimento social, o que contempla setores como sade, cultura, esporte e proteo
social, dentre outros. O incremento das relaes com a UA tem por objetivo acilitar a cooperao entre o Brasil e os pases
membros do organismo.
comuiddE doS PSES dE lGu PortuGuESOutro espao importante para a diplomacia aricana do Brasil a Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (Cplp),
que rene os oito Estados que adotam ofcialmente o idioma portugus, dos quais cinco se situam na rica. Os pases lusonos
recebem praticamente metade dos recursos destinados pelo Brasil cooperao tcnica, sobretudo em reas como a agricultura
tropical e o combate ao HIV-Aids, nas quais a experincia brasileira reconhecida. Com protagonismo brasileiro, a Cplpdesempenhou papel central na soluo de crises institucionais no Timor Leste (2006 e 2008) e na Guin-Bissau (2009 e 2010),
alm de enviar observadores que monitoraram eleies em diversos pases lusonos. A organizao tambm se ocupa da diuso
mundial da lngua portuguesa. O Brasil possui Delegao Permanente junto Cplp desde 2006.
comrcio E iEStimEtoSTais iniciativas polticas rendem rutos econmicos ao Brasil. Uma consequncia basilar a grande expanso do intercmbio
comercial entre Brasil e rica, que quintuplicou em apenas seis anos, registrando crescimento de US$ 5 bilhes em 2002 para
quase US$ 26 bilhes em 2008. Se contemplada como um todo, a rica , hoje, o quarto maior parceiro comercial do Brasil,
rente de tradicionais potncias econmicas como Alemanha, Japo e Frana. Do total de importaes brasileiras, 9% so oriundas
da rica; e das exportaes de produtos nacionais, 5% se dirigem aos mercados aricanos.
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Empresas brasileiras j esto entre as principais investidoras em pases aricanos. No mercado lbio, por exemplo, frmas
do Pas detm uma carteira de investimentos de mais de US$ 6 bilhes. A presena brasileira tambm orte nos setores de
minerao a Vale opera em quase todos os pases do continente e de energia, neste caso por meio da Petrobras, atuante em
Angola, Lbia, Nambia, Tanznia e principalmente na Nigria.
Investimentos brasileiros possibilitaram, ainda, signifcativas melhorias na inraestrutura sica da rica. Empreiteiras como
Andrade Gutierrez, ARG, Queiroz Galvo e Odebrecht, em alguns casos com fnanciamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econmico e Social (BNDES) e da Cmara de Comrcio Exterior (Camex), desenvolveram obras rodovirias no Camares, naGuin, na Arglia, na Mauritnia e em Gana; portos e aeroportos na Lbia, em Moambique e no Djibuti; e uma rede de metr em
Tripoli, capital da Lbia.
SdEA cooperao em sade particularmente bem-sucedida. O Brasil mantm 53 atos bilaterais com 22 pases aricanos
relativos ao tema, contemplando projetos de auxlio ao combate a doenas como a malria e o HIV/Aids. Duas iniciativas
signifcativas de cooperao brasileira em sade se deram em Moambique: a instalao de um escritrio regional da Fundao
Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2008, e a abertura de uma brica para a produo de medicamentos antirretrovirais, com inaugurao
prevista para novembro de 2010. Alm disso, o Brasil treinou tcnicos em sade de pases como Angola, Zmbia e Madagascar,
e estabeleceu cooperao no diagnstico da anemia alciorme em Angola, Benin, Senegal e Gana.
EducoO Brasil tambm ortaleceu seus projetos de cooperao educacional com a rica, sobretudo por meio do Programa
Estudante Convnio de Graduao (PEC-G) e do Programa Estudante Convnio de Ps-Graduao (PEC-PG), que oerecem,
respectivamente, vagas para graduandos e para ps-graduandos oriundos de pases em desenvolvimento em universidades
pblicas brasileiras. Graas ao PEC-G, o Brasil se tornou o pas que mais oerta vagas a universitrios da Repblica Democrtica
do Congo 250 congoleses oram selecionados desde 2003. Ao todo, 4.300 estudantes da graduao de 20 pases aricanos,
alm de 237 ps-graduandos de 14 naes da rica, vieram estudar no Brasil com o amparo desses programas entre 2003 e 2010.
Outra iniciativa de destaque a Universidade Federal da Integrao Luso-Aro-Brasileira ( Unilab), criada em 2010, com
sede em Redeno, Cear. A Unilab recebe estudantes e proessores oriundos dos Pases Aricanos de Lngua Ofcial Portuguesa
(PALOPs) Angola, Moambique, So Tom e Prncipe, Cabo Verde e Guin-Bissau), alm de Timor-Leste. A universidade conta
com currculos voltados s necessidades especfcas das naes aricanas, como a ormao de proessores, a gesto pblica e
o desenvolvimento agrrio.
Complementando a cooperao educacional, o Brasil presta apoio ormao profssional de seus parceiros aricanos.
Desde 2003, o Instituto Rio Branco assinou memorandos e acordos de cooperao com academias diplomticas de Marrocos,
Egito e Qunia. Em associao com o Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Centros de Formao Profssional
oram instalados em pases como Angola, Zmbia, Moambique, Guin-Bissau e Cabo Verde. Profssionais aricanos das reas de
esportes, meio ambiente e justia eleitoral, dentre outras, tambm oram benefciados pela cooperao brasileira.
cici E tEcoloGiParcerias em cincia, tecnologia e inovao motivaram oito instrumentos jurdicos entre o Brasil e Estados aricanos entre
2003 e 2010. Concretamente, o Programa de Cooperao Temtica em Matria de Cincia e Tecnologia (Prorica) que fnancia,
desde 2004, pesquisas com especialistas aricanos. Gerenciado pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia, o programa fnanciou
151 projetos, com um investimento acumulado de R$ 5,62 milhes, entre 2005 e 2008. No continente, a cooperao cientfcabrasileira com a rica do Sul particularmente avanada; envolve biotecnologia, cincias espaciais e astronomia, nanotecnologia
e inovao, alm da deciso de criar um satlite prprio do Frum ndia, Brasil e rica do Sul (Ibas).
ESPortESrea de orte projeo brasileira na rica a cooperao esportiva. Nos ltimos anos, 21 atos e acordos oram assinados
entre Brasil e pases aricanos na matria. Amistosos de equipes brasileiras de utebol contra selecionados do Botsuana (2008),
do Zimbbue e da Tanznia (ambos em 2010) salientaram a presena do esporte brasileiro no continente. Atletas e profssionais
esportivos de pases como Tanznia, Zmbia e Libria receberam treinamento no Brasil, e projetos de insero social por meio do
esporte em Angola, Botsuana e Moambique oram benefciados pelo apoio brasileiro.
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trSPortESPara omentar a conectividade e o uxo de pessoas e bens entre Brasil e rica, o Governo tambm tem negociado acordos
de servios areos com pases aricanos seis oram assinados entre 2003 e 2010, o que acilita a criao de rotas areas diretas
entre as duas regies. Companhias areas j realizam voos diretos do Brasil para Joanesburgo (rica do Sul), Praia (Cabo Verde)
e Luanda (Angola).
Gricultur E PEScEm razo do carter agrcola da maioria das economias aricanas, e das semelhanas agroecolgicas e climticas entreBrasil e rica, a cooperao em agricultura tem sido um dos eixos da diplomacia aricana do Brasil. Mais de 50 instrumentos
jurdicos internacionais, com 18 pases aricanos, oram frmados na matria desde 2003. A criao do escritrio da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa) em Acra (Gana) e a inaugurao de azenda-modelo de produo de algodo no
Mali so outras iniciativas bastante visveis. A unidade agrcola no Mali, instalada pela Embrapa a partir de 2006, serve a Benim,
Burkina Faso, Chade e Mali os chamados Cotton-4, pases de vocao cotonicultora prejudicados pelos subsdios ao algodo
praticados por pases desenvolvidos.
Por ocasio do Dilogo Brasil-rica sobre Segurana Alimentar, Combate Fome e Desenvolvimento Rural, evento
realizado em Braslia em 2010, ministros e autoridades de 45 pases aricanos puderam reorar suas parcerias com o Brasil em
matria de cooperao agrria e desenvolvimento rural.
Ciente do potencial de cooperao em matria de pesca, desde 2007 o Brasil frmou memorandos de entendimento e
iniciou projetos de cooperao em aquicultura com Guin-Bissau, So Tom e Prncipe, Congo e Camares.
EErGiEm matria de energia, as necessidades aricanas e as potencialidades brasileiras so complementares, o que permite
iniciativas conjuntas. No Sudo e no Zimbbue, usinas brasileiras de etanol oram instaladas, e outras esto previstas para Gana
e Angola. Projetos envolvendo biocombustveis, a exemplo de uma parceria trilateral Brasil-Sucia-Tanznia para benefciar esta
ltima, ganham projeo na rica.
dEfESPor fm, a urgncia de se aproximar da rica em matria de Deesa no ugiu ateno do Governo Federal, que frmou
acordos de cooperao nessa rea com sete pases aricanos entre 2003 e 2010. Em Guin-Bissau, o Brasil criou um Centro de
Formao de Foras de Segurana, com investimento de US$ 3 milhes, e est instalando a Misso Brasileira de Cooperao
Tcnico-Militar. O Brasil tambm apoiou a criao do Corpo de Fuzileiros Navais da Nambia, com 600 militares, e doou
embarcaes e uniormes para as marinhas de So Tom e Prncipe, Guin-Bissau e Nambia, alm de colaborar para a reorma
do setor de Segurana e Deesa bissau-guineense. Avies Tucano oram vendidos para Angola. Com a rica do Sul, est sendo
desenvolvido um novo modelo de mssil ar-ar (Projeto A-DARTER), com investimento brasileiro de US$ 50 milhes. Coroando tais
esoros, em 2005 o Brasil apoiou o relanamento da Zona de Paz e Cooperao do Atlntico Sul (Zopacas), um oro multilateral
que omenta parcerias em segurana, combate ao crime organizado, operaes de paz e pesquisas cientfcas e ambientais.
oene mA ampliao das relaes com a regio insere-se na diversifcao das relaes externas do Pas com vistas a consolidar
novas geometrias polticas e econmicas, em momento de busca de adequao das instncias de governana global. O Brasil
mantm vnculos com a regio: tnicos e culturais, decorrentes da migrao
econmicos, pela grande complementaridade dos mercados
polticos, pelo histrico de deesa de posies convergentes em temas relativos ao mundo em desenvolvimento.
iSitS oficiiSFoi expressiva a quantidade de troca de visitas de alto nvel com pases da regio. O presidente da Repblica oi o primeiro
chee de Estado brasileiro a visitar o Mediterrneo Oriental (Lbano e Sria em 2003; Israel, Territrios Palestinos Ocupados e
Jordnia em 2010). Foi o primeiro mandatrio brasileiro a visitar o Ir (2010). Em outras trs ocasies, viajou a pases do Golo
rabe-Prsico (Emirados rabes Unidos, em 2003; Catar, para a II Cpula Aspa e Arbia Saudita, em 2009, e Catar, em visita de
Estado, em 2010).
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Merece tambm destaque a quantidade sem precedentes de encontros de alto nvel margem de eventos multilaterais e
as 12 viagens do ministro das Relaes Exteriores regio, inclusive em momentos crticos, como aps a guerra entre Israel e o
Hezbollah (2006) ou em meio guerra em Gaza (2009). Registra-se, por fm, que realizaram visitas ao Brasil o presidente (2004
e 2010) e o primeiro-ministro do Lbano (2005), o primeiro-ministro da Sria (2005), o presidente da Autoridade Nacional Palestina
(2005 e 2009), o rei da Jordnia (2008), o presidente de Israel (2009), o emir do Catar (2010), o presidente da Sria (2010), o
primeiro-ministro do Kuaite (2010), e o presidente do Ir (2010).
SEGur E PO crescimento do perfl internacional do Brasil neste Governo permitiu impulsionar o envolvimento do Pas em questes
de segurana e paz do Oriente Mdio. O processo de paz no Oriente Mdio consiste no esoro internacional de se regularem as
relaes entre os Estados e povos da regio, por meio da eetivao dos direitos nacionais do povo palestino e do reconhecimento
de Israel pelos pases vizinhos. Alm do apoio poltico que o Brasil conere s negociaes diretas entre Israel e Autoridade
Nacional Palestina (ANP) no mbito bilateral, o Pas tem prestado contribuies, tanto fnanceiras (doao de cerca de US$
20 milhes) quanto tcnicas, para permitir a reconstruo dos Territrios Palestinos e o ortalecimento econmico e poltico-
institucional da ANP, undamental para a construo de um Estado independente e vivel.
No contexto multilateral, o Brasil deende que a entrada de novos interlocutores no processo de paz, sem prejuzo
dos tradicionais mediadores da questo, contribui para o arejamento das discusses, ao trazer novas perspectivas e ideias s
negociaes. Nesse contexto, destaca-se a participao brasileira na Conerncia de Annapolis, em 2007 (na condio de nico
representante da Amrica do Sul) e a crescente interlocuo com os pases da regio em mais alto nvel. O Brasil mantm seu
apoio a todas as iniciativas tendentes retomada das negociaes de paz e avorveis ao dilogo direto entre as partes.
O Brasil sediou eventos internacionais direta ou indiretamente ligados ao processo de paz, como o Seminrio Internacional
de Mdia sobre Paz no Oriente Mdio (Rio de Janeiro, julho de 2009), e o III Frum das Naes Unidas da Aliana das Civilizaes
(Rio de Janeiro, maio de 2010). Em fns de 2010, organizar a Conerncia Econmica da Dispora Palestina, para promover
investimentos nos Territrios Palestinos, especialmente de empresrios palestinos da dispora iberoamericana.
itErmEdio EtrE PSESO Brasil logrou consolidar situao singular de interlocutor confvel de pases em polos opostos do cenrio internacional.
Tem-se utilizado do bom clima de dilogo com Teer para azer ver aos iranianos que seria do interesse de todos encontrar uma
soluo negociada para a questo nuclear, que permita ao Ir prosseguir com seu programa civil e restabelecer uma insero mais
uida e menos conitiva no sistema internacional. Nesse sentido, Ir, Turquia e Brasil lograram acordo indito, em maio de 2010,
sobre tema importante da questo nuclear iraniana - enriquecimento de combustvel nuclear iraniano no exterior.
cPul mric do Sul-PSES rbESA Cpula Amrica do Sul-Pases rabes (Aspa), integrada por 34 pases 12 da Amrica do Sul e 22 da regio rabe ,
assim como pelo Secretariado-Geral da Liga dos Estados rabes (LEA) e pela Secretaria-Geral da Unio das Naes Sul-Americanas
(Unasul), oi proposta pelo presidente brasileiro em 2003 e criada ormalmente em maio de 2005. O presidente tinha por objetivo
aproximar os lderes polticos das duas regies, desenvolvendo no mbito da Aspa tanto aes de coordenao poltica quanto
de cooperao tcnica e cultural.
Desde sua criao, ocorreram 20 reunies de alto nvel: duas cpulas de chees de Estado e de Governo (a I Cpula em
Braslia em 2005 e, a II Cpula, em Doha, em maro de 2009), 11 reunies ministeriais (duas de Economia, duas de Cultura, uma
de Meio Ambiente, duas de Assuntos Sociais, uma sobre Recursos Hdricos e Desertifcao e trs de ministros das RelaesExteriores) e sete reunies de altos uncionrios. A estes encontros se somam um grande nmero de seminrios e reunies de
Grupos Tcnicos para encaminhamento de aes acordadas, assim como eventos do prprio calendrio de seguimento.
Registre-se a criao da Biblioteca e Centro de Pesquisas Amrica do Sul-Pases rabes (BibliAspa), cuja sede, em So
Paulo, oi inaugurada em 2010, por ocasio da primeira comemorao do Dia Nacional da Comunidade rabe (25 de maro). Desde
a criao da Aspa, oi expressiva a expanso do comrcio Amrica do Sul - Oriente Mdio: passou de US$ 11 bilhes, em 2004,
para US$ 30 bilhes, em 2009 (crescimento de 170%).
comrcio E iEStimEtoSO comrcio e os investimentos bilaterais conheceram aumento vigoroso. Desde 2003, o intercmbio Brasil - Oriente
Mdio passou de US$ 4,4 bilhes para 10,6 bilhes em 2009, tendo atingido US$ 14,4 bilhes em 2008, antes que os eeitos
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da crise fnanceira internacionais comeassem a ser sentidos. At agosto de 2010, a corrente j alcanava US$ 9,1 bilhes, o
que demonstra uma boa recuperao das transaes. Ao longo desse perodo, oram realizadas diversas misses e eventos
empresariais (Jerusalm, Belm, Am, Ir, Kuaite, Doha, Catar, Om, Arbia Saudita, Emirados rabes Unidos).
Foi frmado, em agosto de 2010, acordo de livre comrcio com o Egito. Acordo de livre comrcio entre o Mercosul e Israel
oi assinado em 18 de dezembro de 2007, passando a vigorar bilateralmente desde abril de 2010 (uma vez que Argentina e Paraguai
ainda no o ratifcaram). Esto sendo negociados Acordos de Livre Comrcio entre o Mercosul e a Organizao para a Libertao
da Palestina (OLP), a Sria, a Jordnia e o Conselho de Cooperao do Golo (CCG).O Brasil consolidou-se como grande ornecedor de gneros alimentcios para os pases do Oriente Mdio, ampliando sua
pauta e o valor das exportaes, com destaque para carnes de rango desossadas, carne bovina, acar e gros, como milho, ca
e soja. O Brasil tornou-se, em 2008, o maior exportador de carne bovina para os Emirados rabes, conquistando 70% do mercado.
O Oriente Mdio uma regio de grande potencial para as exportaes agrcolas brasileiras, sobretudo pelo ato de suas
condies de clima e solo, bem como suas limitaes territoriais, no permitirem o cultivo de variados produtos naquela regio.
Observou-se crescimento expressivo do uxo de investimentos (ex: os investimentos israelenses no Brasil quintuplicaram
entre 2001 e 2008, chegando nesse ano a US$19,4 milhes) e da presena de empresas da regio no Brasil e de empresas
brasileiras na regio. O aumento de importncia das relaes do Brasil com o Oriente Mdio elevou o potencial de cooperao e
investimento em inraestrutura a patamar indito. Ensejou igualmente um aumento da demanda por transporte para a regio, que
se traduziu na inaugurao de novas rotas ligando o Brasil e os pases mdio-orientais So Paulo-Dubai; e Doha-Rio de Janeiro
(com conexo para Buenos Aires) e na retomada, aps mais de 20 anos de hiato, dos voos para Tel Aviv (maio de 2009).
dEfESHouve aproundamento indito das relaes em Deesa, com avanos nas bases para cooperao entre as Foras Armadas,
seja em termos de treinamento de quadros, seja em intercmbio cientfco e tecnolgico. O progressivo estabelecimento de
mecanismos de consultas polticas com os pases da regio permitiu, ademais, o dilogo sobre temas de Deesa da agenda
internacional. O comrcio de material de uso militar tambm vem sendo explorado pelas partes, encontrando a indstria
armamentista brasileira importante mercado nos pases da regio.
No que toca aos pases do Levante, houve aproundamento signifcativo das relaes em questes de Deesa com o Brasil,
especialmente na aproximao poltica de alto nvel. No campo comercial, o Brasil buscou retomar espao na regio para sua
indstria militar.
EErGiOs assuntos relacionados energia so temas prioritrios do relacionamento entre o Brasil e os pases do Golo, visto que
esses ltimos ocupam posio de destaque na poltica mundial de energia. Dotados das maiores reservas relativas de combustveis
sseis, os pases dessa regio participam da economia mundial como exportadores de petrleo, o que os transormam em atores
geopolticos de relevncia.
Os pases do Golo passaram a dedicar ao Brasil ateno privilegiada, com o intuito de conciliar as posies sobre energia
e de traar, conjuntamente, as diretrizes de produo, comrcio e investimento em energia. Os pases da regio do Levante,
por outro lado, no possuem a mesma riqueza em hidrocarbonetos, o que az com que seus interesses