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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país MANIFESTAÇÃO CTB 22 DE SETEMRBO Edição Diária 7291 | Salvador, de 07 a 10.09.2017 Presidente Augusto Vasconcelos BANCÁRIOS Setembro Amarelo previne o suicídio Brasil, excelente para os rentistas Página 2 Página 4 O cenário é de recessão, de cortes, de crise. O governo endurece e as empresas também. Graças à mobilização Em meio à crise, bancários têm reajuste JOÃO UBALDO - ARQUIVO da campanha salarial de 2016, os bancários garantiram aumento real para este ano. O reajuste salarial será de 2,75%. Página 3 Acordo de dois anos dos bancários garantiu à categoria aumento real este ano. Embora não seja o ideal, diante da conjuntura difícil, índice é positivo para os trabalhadores

BANCÁRIOS Em meio à - bancariosbahia.org.br · De olho na PlR De acordo com a CCT ... Fiesp (Federação das Indús- ... para tentar chegar a um enten-dimento”, afirma. Entre

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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia

Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

MANIFESTAÇÃO CTB22 DE SETEMRBO

Edição Diária 7291 | Salvador, de 07 a 10.09.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

BANCÁRIOS

Setembro Amareloprevine o suicídio

Brasil, excelente para os rentistas

Página 2

Página 4

O cenário é de recessão, de cortes, de crise. O governo endurece e as empresas também. Graças à mobilização

Em meio à crise, bancários têm reajuste

joão ubaldo - arquivo

da campanha salarial de 2016, os bancários garantiram aumento real para este ano. O reajuste salarial será de 2,75%. Página 3

Acordo de dois anos dos bancários garantiu à categoria aumento real este ano. Embora não seja o ideal, diante da conjuntura difícil, índice é positivo para os trabalhadores

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, de 07 a 10.09.20172 SETEMBRO AMARElO

Mês é dedicado à discussão sobre formas de prevençãoFEliPE iruAtã[email protected]

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Campanha previne contra o suicídio

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: rogaciano Medeiros - reg. MtE 879 Drt-BA. Chefe de reportagem: rose lima - reg. MtE 4645 Drt-BA. repórteres: Ana Beatriz leal - reg. MtE 4590 Drt-BA e rafael Barreto - reg. SrtE-BA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

NO BRASIl, o número de pes-soas que tiram a própria vida

tem crescido ao longo dos anos. A estimativa é de 32 mortes por dia, dado superior ao de ví-timas da AIDS e câncer. Entre 2002 e 2012, o índice aumen-tou 34%. Entre adolescentes, a elevação é de 40%, de acordo com o Mapa da Violência.

Mas, há uma esperança no combate ao problema silencio-

so. Nove em cada 10 casos po-dem ser prevenidos, segundo a Organização Mundial da Saúde. É justamente para isso que cha-ma atenção o Setembro Amare-lo. O Sindicato dos Bancários da Bahia apoia a campanha, que este ano tem como tema Falar é a melhor opção.

No mundo, mais de 20 mil pessoas cometem suicídio dia-riamente. Quase 1 milhão se matam por ano. É uma morte a cada 40 segundos. O número é maior do que o de homicídios e conflitos civis somados.

Desde 2014, ocorre o Setem-bro Amarelo, criado como for-ma de prevenção e fomentar de-bates sobre o suicídio no Brasil. O período foi escolhido porque 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Du-rante todo o mês, espaços pú-blicos e privados são decorados com a cor amarela.

OS BANCÁRIOS da Bahia garantiram novos acordos com a direção do Bradesco. Os termos específicos em re-lação à CIPA Treinet e a atu-alização do ponto eletrônico de 2017/2019 foram assina-dos com a direção do banco.

A reunião de assinatura dos acordos contou com a parti-cipação da diretora do Sindi-cato, Graça Gomes. Sobre a CIPA Treinet, as mudanças facilitam a vida dos bancá-rios, que poderão agora fazer os cursos dentro do horário da jornada de trabalho na própria agência. Conquista.

Outros termosVale lembrar que, na oca-

sião, outros acordos foram as-sinados com os bancários. Mas foi sobre o Telebanco e Brades-co Financiamentos, sem sede na Bahia. As definições ficam restritas as áreas onde os dois instrumentos atuam.

Acordo do Bradesco

Capacitação no SBBAA NOvA parceria que o Sindi-cato dos Bancários da Bahia firmou com a Ativa Cursos é especial para quem está a fim de se capacitar. Os interessados em se qualificar nos cursos CPA 10 e 20, que têm as primeiras aulas marcadas para os dias 23 e 24 de setembro, podem ligar para (71) 3378-1567 ou (71) 98890-4242 ou enviar email para [email protected].

No CPA 10, que tem carga horária de 16 horas semanas e custo de R$ 490,00, os associa-dos pagam R$ 390,00. No CPA 20, com carga de 32 horas se-manais, os valores caem de R$ 850,00 para R$ 680,00.

Salário deveria ser de r$ 3.744,83O SAlÁRIO mínimo dos brasi-leiros deveria ser de R$ 3.744,83 em agosto, segundo análise do Dieese. Com o cenário de crise econômica e política, está ain-da mais difícil de o trabalhador sonhar em um dia ter o míni-mo valorizado.

Até porque, o governo Temer acabou com qualquer possibi-lidade de o salário realmente suprir as necessidades básicas do cidadão. Inclusive, o ano de 2017 foi o primeiro em que não houve reajuste após anos da po-lítica de valorização, promovida pelos governos Lula e Dilma.

O dado do Dieese é obtido a partir de estimativas de quan-to deve ser a remuneração para sustentar uma família com-

posta por quatro pessoas nos quesitos básicos da dignidade humana, como alimentação,

moradia, saúde e educação. O valor é quatro vezes maior do que o atual, de R$ 937,00.

Salário mínimo não atende necessidades básicas como a alimentação

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, de 07 a 10.09.2017 3BANCÁRIOS

Índice se aplica às demais verbas como o auxílio refeiçãorOSE liMA [email protected]

Reajuste salarial é de 2,75%

A CONvENÇÃO Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários garante para este ano a reposi-ção da inflação dos últimos 12 meses encerrados em agosto mais 1% de aumento real. O INPC, divulgado pelo IBGE na quarta-feira, ficou em 1,73%. O cálculo dos dois percentuais aponta um reajuste de 2,75%.

O índice se aplica às demais verbas. Desta forma, o auxí-lio refeição passa a ser de R$ 33,50, a cesta alimentação, R$ 580,81 e o auxílio creche/babá, R$ 446,10.

Em meio à grave crise políti-

ca e econômica que o país pas-sa, o aumento acima da infla-ção é uma importante vitória, destaca o presidente do Sindi-cato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. Mas, “a mobilização em defesa do em-prego e contra os impactos ne-gativos da reforma trabalhista continua”, conclui.

De olho na PlRDe acordo com a CCT, os

bancos têm até o dia 30 des-te mês para creditar a ante-cipação da PLR (Participa-ção nos Lucros e Resultados). A primeira parte correspon-de a 54% do salário mais fixo de R$ 1.346,11, limitado a R$ 7.221,23 e ao teto de 12,8% do

lucro líquido da organização financeira (o que ocorrer pri-meiro) verificado no primeiro semestre deste ano.

A parcela adicional corres-ponde a 2,2% do lucro líquido registrado nos seis primeiros meses, dividido linearmente pelo número total de emprega-dos, até o limite de R$ 2.243,52.

Centrais na luta pela retomada do crescimentoNA TERÇA-FEIRA, as cen-trais sindicais, inclusive a CTB, vão à Brasília, para par-ticipar de reunião no Palácio do Planalto, a fim de discutir e cobrar a retomada do cres-cimento econômico nacional com geração de emprego e valorização do salário.

A agenda foi definida após reunião, na segunda-feira, na Fiesp (Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo). Sindicalistas e empresários de-bateram estratégias em defesa

do desenvolvimento do país. O presidente da CTB Na-

cional, Adilson Araújo, lem-bra que o momento requerer unidade, mobilização e resis-tência tanto na organização da luta junto às bases, como na atuação no Congresso Na-cional e Poder Executivo.

“Não será nos marcos do atual modelo econômico que encontraremos saídas para a crise que condena ao desem-prego mais de 26 milhões de trabalhadores”, disse Adilson.

Negociação frustrada com as financeiras. Sem acordoA REuNIÃO entre a Comissão Negociadora das Financeiras e a direção da BV Financeira e do Banco Votorantim para debater a proposta de PPR (Programa Próprio de Remuneração) não chegou a um acordo, por negli-gência das empresas.

O diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, presente no encontro, na quarta-feira, em São Paulo, explicou que alguns pontos ainda estão bem distantes do que querem os trabalhadores, a exemplo do

alto teto de distribuição da PPR. “No momento, não dá para

formalizar um acordo. Há uma distância muito grande entre o que as financeiras pretendem e o que nós queremos. Estamos elaborando uma nova proposta para tentar chegar a um enten-dimento”, afirma.

Entre as reivindicações estão o aumento do piso, distribuição mais justa do PPR, combate às metas, além de não admitir com-pensação do acordo coletivo. A próxima reunião deve acontecer no dia 27 de setembro.

Campanha dos bancários garantiu a reposição da inflação dos últimos 12 meses, mais 1% de aumento real

CtB faz esforço conjunto para reverter quadro de grave recessão

Proposta das financeiras está bem distante do que querem os trabalhadores

joão ubaldo - arquivo

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, de 07 a 10.09.20174

SAQuE

RETROCESSO

trabalhador paga mais com juros e consome menos. Bom só para o sistema financeiro rAFAEl BArrEtO [email protected]

Rentismo paralisa a economia

INDECÊNCIA Temer é flagrado obstruindo a Justiça e cobrando propina, igualzinho a Aécio. Serra é citado em diversas delações, Loures é surpreendido com R$ 500 mil em uma mala, mais de R$ 51 milhões são encontrados em apartamento de Geddel. Todos continuam soltos. Debocham da nação. Enquanto isso, Moro investiga Lula há mais de três anos e não encontrou nem uma prova sequer. Mesmo assim, o condena e quer prendê-lo. E ainda há quem coloque o golpe em dúvida.

COlADINHOS Se a prisão de Geddel (PMDB) foi a maior sujeira para as pretensões de Neto (DEM) de disputar o gover-no do Estado, a descoberta do apartamento com mais de R$ 51 milhões em Salvador torna-se uma tragédia. As imagens do de-mocrata pedindo voto para o peemedebista, na eleição de 2014, e chamando-o de “baiano retado”, com o velho discurso falso moralista, tomaram conta na internet. Nacionalmente. Sem fa-lar nos cards que os colocam como cúmplices.

ESGOTAMENTO Os chefões da República no pós golpe se desintegram perante a nação. Os escândalos ameaçam o prin-cípio de autoridade, fundamental para a unidade nacional. As crises política e econômica se agravam. As leis são convenien-temente desrespeitas. O país afunda no Estado de exceção. O sistema político brasileiro entrou em curto circuito. Mesmo as-sim, a agenda neoliberal continua tramitando normalmente no Congresso Nacional. A revolta popular se eleva. Por enquanto, silenciosa e pacífica.

CADÊ? A República se despedaça em escândalos, mas cama-das das classes médias, principalmente as mais altas, que até passado recente se indignavam com a corrupção, batiam pane-las em protesto e promoviam manifestações revoltadas, beiran-do o ódio, continuam caladinhas. Agora, o lamaçal não as inco-moda. Daí se conclui o papel decisivo da mídia na construção da narrativa que acabou por colocar uma expressiva parcela da população em apoio ou indiferente ao golpe.

DESPOlITIZAÇÃO O apoio de mais de 13% dos entrevista-dos da pesquisa do Instituto Paraná à uma suposta candidatura de Tite, treinador da Seleção Brasileira, à presidência da Repú-blica, é consequência da radical despolitização imposta pelo ne-oliberalismo. Fruto da mesma cultura de demonização da polí-tica, que gera figuras como Bolsonaro, Moro, Dória, Dallagnol e outros “messias”, que prometem o melhor dos mundos, como se a vida não fosse uma construção diária, cheia de contradições.

A CONTA é simples. O governo paga milhões com a rolagem dos juros da dívida pública para

os bancos, que, mesmo assim, cobram taxas abusivas. Os con-sumidores, por sua vez, ficam

enforcados com o pagamento das dívidas e deixam de consu-mir, pois estão endividados.

Esse é o método totalmente ineficaz aplicado pelo governo Temer para, segundo justifica-tiva, retomar o desenvolvimen-to. Na verdade, a estratégia neo-liberal só beneficia os bancos e prejudica a população e a eco-nomia brasileira.

Segundo o economista La-dislau Dowbor, além dos mais de 13 milhões de desemprega-dos do país, 61 milhões de adul-tos estão hoje enforcados com o pagamento dos juros, o que di-ficulta o consumo. Dessa forma, as taxas acabam por representar uma trava à economia. Só para manter os privilégios do siste-ma financeiro.

luz vai encarecer com venda da EletrobrasAS PRIvATIZAÇõES das em-presas públicas prejudicam, e muito, o país. Além de serem um entrave para o desenvol-vimento, a venda das estatais, comandada pelo governo Te-mer, doi no bolso do trabalha-dor brasileiro. A privatização da Eletrobras, por exemplo, vai tornar a conta de luz mais cara, alertam os especialistas.

De acordo com o Dieese (De-partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco-nômicos), quando as Centrais Elétricas do Pará foram vendi-das, a conta de luz teve aumento de 285%. A negociata da Eletro-bras deve gerar elevação das ta-rifas em 20%.

Embora tenha comunica-do oficialmente a iniciativa em meados de agosto, o governo ainda não divulgou detalhes da operação, que pretende arre-cadar R$ 20 bilhões. Dinheiro que será destinado para cobrir o rombo público e não para be-nefício da sociedade.

País tem 61 milhões de adultos enforcados com o pagamento de juros

Conta pode ficar 20% mais cara

mila coRdeiRo - ag. a taRde