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BANHO DE EFICIÊNCIA

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Seminário do SindusCon-SP revela os avanços nacionais e internacionais em BIM

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Brasil põe três restaurantes entre os melhores do mundo.

Aprovação a Dilma bate recorde, mas eleitor quer Lula em 2014Pesquisa Datafolha mostra que governo é aprovado por 64% dos eleitores, taxa mais alta para um presidente com 15 meses de mandato.

Aprovação a Dilma bate recorde, mas eleitor quer Lula em 2014Pesquisa Datafolha mostra que governo é aprovado por 64% dos eleitores, taxa mais alta para um presidente com 15 meses de mandato.

Após 23 anos, Ricardo Teixeira deixa presidência da CBF José Maria Marín assume o cargo Tostão: Ainda é cedo para festejar a saída Juca Kfouri: Pretensão de Ronaldo na confederação é progresso

Brasil põe três restaurantes entre os melhores do mundo.

GOVERNO PAULISTA

Casas novas de Alckmin têm infiltração e vazamento

TRAGÉDIA

Três prédios desabam no centro do Rio

JANIO DE FREITASO Supremo e o mensalão

ANTONIO PRATAEla o chama, ele finge que não ouve

JOSÉ SIMÃOUeba! Saiu a CPI da Galinhada!

MÔNICA BERGAMOClube bem amado

blogs e colunistas

VIAGEM

Em Cuba, Dilma critica EUA por Guantánamo

Empresas avançam para fazer do celular a sua carteira.

Empresas avançam para fazer do celular a sua carteira.

Supermercados acabam com sacolinhas em São Paulo.

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Em junho a Folha foi novamente pioneira no jornalismo brasileiro: implantou o modelo paywall, usado por grandes jornais do mundo, para cobrar pelo acesso ilimitado a todo o seu conteúdo digital. No mesmo mês, o site da Folha bateu recordes de audiência. Aproveite a visibilidade do site de jornal mais acessado do país.Anuncie: www.publicidade.folha.com.br ou ligue (11) 3224-4729 / 7734 / 3129

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250 milhõesde page views/mês.

*Fonte: Omniture - junho/2012.

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3revista notícias da construção / dezembro 2014

Jato de luz nas obras públicas

Momento é oportuno para melhorarlegislações e medidas de controle

E D I T O R I A L

Investigações como as da Operação Lava Jato sobre irregularidades em lici-tações e contratos de obras públicas são benéficas para a sociedade, o governo e o mercado. Devem ser levadas adiante, junto com o aprofundamento do debate sobre o que precisa ser aperfeiçoado na legislação e nos procedimentos dos órgãos de controle.

Não é cabível alegar que contratos de obras públicas derivados de acertos prévios devam prosseguir para evitar um prejuízo econômico ao país. O país é que não pode ficar refém de irregularidades. Também não se deve temer que, diante de futuras decisões judiciais, empresas sejam declaradas inidôneas para participar de novas licitações.

Se forem comprovadas irregulari-dades, valores de contratos devem ser revistos. E sempre há outras alternativas legais, como entregar a obra ao segundo colocado na licitação ou promover novas concorrências.

O Brasil dispõe de um amplo número de empresas que podem levar adiante obras de diversos portes e graus de complexida-de. E sempre será possível associar-se a outras empresas, nacionais ou estrangeiras, que disponham das melhores tecnologias para assegurar a qualidade das obras.

Em investigações como a Lava Jato, devem ser apuradas tanto as denúncias de corrupção de agentes públicos como as de extorsão praticadas pelos mesmos.

Em paralelo, deve prosseguir a atuali-

zação das composições de preços do Sinapi (Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção), utilizadas pelos órgãos licitantes e de controle como referência para as licitações públicas. O SindusCon-SP foi um dos grandes impulsionadores dessa revisão e acompanha de perto o seu andamento.

Será preciso ir além e mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, de modo que essas composições sejam uma referência, e não um teto-limite para os preços oferta-dos pelos participantes das licitações. Essa providência diminuirá o grande número de acusações infundadas de superfaturamento de obras, que recaem indiscriminadamente sobre as construtoras.

Quanto à Lei 8.666, ela pode ser aperfeiçoada desde que se mantenha seu princípio basilar: o de assegurar a mais ampla concorrência no mercado, com o máxi-mo benefício à sociedade e ao Estado. Isso significa

que o RDC (Regime Diferenciado de Contratações) não pode simplesmente substituir a Lei 8.666, uma vez que ele tem dispositivos restritivos passíveis de utilização por administradores públicos para “dirigir” concorrências.

Independentemente do aperfeiçoa-mento da legislação, editais precisam ser elaborados sem cláusulas restritivas ile-gais, seguindo projetos executivos precisos e bem elaborados. A administração pública deveria ter um banco de projetos prontos para essa finalidade.

Com estas medidas, poderemos seguir tranquilamente para a etapa seguinte, de discussão profunda sobre mudanças no financiamento de campanhas eleitorais, dentro da necessária reforma política.

JOSÉ ROMEUFERRAZ NETO é presidente do SindusCon-SP,vice-presidente da CBIC e conselheiro da Fiabci-Brasil e da Adit

Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

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4 revista notícias da construção / dezembro 2014

RESPONSABILIDADE SOCIAL ..................... 32• Seconci premia os melhores em SST• Conheça os vencedores da premiação• Prêmio Masterinstal homenageia instalações• Saúde bucal requer cuidado na construção• Fonoaudiologia também trata labirintite

RELAÇÕES CAPITAL-TRABALHO ................. 36• Santos tem recorde de inscrições na Megasipat• Campinas comemora redução de acidentes• São José lota auditório do Sesi• Mogi reúne mais de 220 trabalhadores

REGIONAIS ............................................... 38• Construindo o Grande ABC reúne 200 pessoas• Santo André realiza dois novos cursos• Prudente tem palestra sobre revestimento• Campinas promove ciclo de palestras• Rio Preto debate segurança do trabalho• Campinas assina acordo sobre restauração• Bauru terá nova unidade do Seconci-SP• Prudente terá curso de Mestre de Obra• Regional realiza curso sobre NR-35• Comar promove capacitação em Bauru

CONJUNTURA ............................................. 6• Construção não deve crescer em 2015• Ciclo fraco repercutiu em toda a cadeia• Empresários do setor seguem pessimistas• Emprego cai 1,09% em outubro

IMOBILIÁRIO ............................................ 10• Código de Obras deverá simplificar licenciamentos • Setor precisa ser dinamizado, diz Mello Franco

MEIO AMBIENTE ....................................... 18• Eficiência energética requer alinhamento de programas• Fórum debate o desempenho de esquadrias

TRIBUTOS ................................................ 22• Desoneração da folha na construção agora é lei

SEGURANÇA DO TRABALHO ....................... 24• Integrar equipes no início é chave para acidente zero• Construção pede mais investimentos em educação• Quem não investe em SST fica no prejuízo

SINDUSCON-SP EM AÇÃO .......................... 30• Interpretação de norma para máquinas gera polêmica• Dólar em alta não afeta importação de elevadores• Presidente e 5 ex-presidentes reúnem-se• Fiesp e governo abrem diálogo sobre o PAC

C A P ASEMINÁRIO DO SINDUSCON-SPREVELA AVANÇOS EM BIM ................ 13• Eficiência é o foco da Modelagem• BIM assume novo patamar no Brasil• Soluções precisam atender a todos• Desenvolvedor foca em reduzir falhas• Norma deve ser revisada em 2015

C O L U N A S

DICAS DE ARQUITETOGostaria de recomendar a leitura do livro “Dicas do Arquiteto João Chaddad” (Editora Equilíbrio). Vice-prefeito de Piracicaba, ele transmite seus 40 anos de experiência em assuntos como escolha do terreno, escolha do profissional, cuidados na compra dos imóveis, análise do bom projeto, documentos, arquitetura de interiores, umidade, trincas e paisagismo, entre outros

José Edgard CamoleseMembro do Conselho Consultivo do SindusCon-SP

ESCREVA PARA ESTA SEÇÃOE-MAIL: [email protected]: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

V O Z D O L E I T O RS U M Á R I O

Conjuntura | Robson Gonçalves ........................... 5Gestão Empresarial | MaRia anGelica l. PedReti ...... 9Segurança do Trabalho | izabel FloRes de oliveiRa ..28Saúde | elaine de alMeida ................................. 34Jurídico | Paulo antonio nedeR .......................... 50Soluções Inovadoras | alexandRe coRdeiRo dos santos, caRlos eduaRdo caRbone, evelyn de aGuiaR candido, leandRo auGusto e osMaR HaMilton beceRe ........................... 52Empreendedorismo | luiz MaRins ................... 54

“O papel desta revista foi feito commadeira de florestas certificadas FSC

e de outras fontes controladas.”

PRESIDENTEJosé Romeu Ferraz Neto

VICE-PRESIDENTESEduardo Carlos Rodrigues NogueiraEduardo May ZaidanFrancisco Antunes de Vasconcellos NetoHaruo IshikawaJorge BatlouniLuiz Antônio MessiasLuiz Claudio Minnitti AmorosoMaristela Alves Lima HondaMaurício Linn BianchiOdair Garcia SenraPaulo Rogério Luongo SanchezRoberto José Falcão BauerRonaldo Cury de Capua

DIRETORES DAS REGIONAISElias Stefan Junior (Sorocaba)Fernando Paoliello Junqueira (Ribeirão Preto)Germano Hernandes Filho (São José do Rio Preto)Márcio Benvenutti (Campinas)Mario Cézar de Barros (São José dos Campos)Mauro Rossi (Mogi das Cruzes)Paulo Edmundo Perego (Presidente Prudente)Ricardo Aragão Rocha Faria (Bauru)Ricardo Beschizza (Santos)Sergio Ferreira dos Santos (Santo André)

REPRESENTANTES JUNTO À FIESPEduardo Ribeiro Capobianco, Sergio PortoCristiano Goldstein, João Claudio Robusti

ASSESSORIA DE IMPRENSARafael Marko - (11) 3334-5662Fabiana Holtz - (11) 3334-5701

CONSELHO EDITORIALDelfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto

EDITOR RESPONSÁVELRafael Marko

REDAÇÃOFabiana Holtz (São Paulo) com colaboraçãodas Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado, Elizânio Silva e Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas).Secretaria: Antonia Matos

ARTE E DIAGRAMAÇÃOMarcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte

PUBLICIDADEVanessa Dupont - (11) 3334-5627Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312Vando Barbosa - (11) 99614-2513André Maia - (21) 99468-4171Nayara Aquino - (11) 3334-5659

ENDEREÇOR. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP

Central de Relacionamento SindusCon-SP(11) 3334-5600

CTP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica

Tiragem desta edição: 14.000 exemplares

Opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do SindusCon-SPnoticias@sindusconsp.com.brwww.sindusconsp.com.brfacebook.com/sindusconsptwitter.com/sindusconspyoutube.com/sindusconspmkt

Disponível na App Store e no Google Play

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5revista notícias da construção / dezembro 2014

ROBSON GONÇALVES é professor dos MBAs da FGV e consultor da FGV Projetos

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A luz no final do túnel pode ser algo muito bom ou muito ruim. Mas, em meio ao pessimismo que se abateu sobre consumidores e empresários ao longo do ano, alguns sinais que surgiram no final de 2014 parecem promis-sores. Caso se consolidem no início de 2015, poderemos comemorar o final da recessão. Mas, será?

A primeira boa notícia veio do Banco Central. O IBC-Br, indicador que serve como prévia do PIB, acusou alta de 0,59% no ter-ceiro trimestre na comparação com o período anterior, já livre de influências sazonais. Esse desempenho devolveu parte da queda do se-gundo trimestre, que havia sido de 0,79% sob impacto da paralisia futebolística. Nos doze meses encerrados em setembro, a alta foi de 0,6%. Se o PIB seguir a mesma trajetória, de-verá fechar o ano acima do marco zero. Mas essa certeza só teremos em março, quando o IBGE divulgar os números fechados do ano.

Outro dado que voltou ao campo posi-tivo foi o volume de vendas no varejo. Em setembro, a alta frente ao mês anterior foi de 0,5%. Ainda assim, no acumulado em doze meses, o indicador é praticamente estável: -0,1%. Excluindo-se automóveis e material de construção, no entanto, a alta acumulada passa a 3,4% em doze meses.

Mas nem tudo foram rosas no final de ano. No mercado de trabalho, outubro teve o pior resultado desde 1999, com o fechamento de mais de 30 mil postos de trabalho com carteira assinada. Em paralelo, os níveis de confiança de empresários e consumidores ainda não se

recuperaram. E como não se sustenta a econo-mia sem emprego e bom ânimo, fica a dúvida: estamos mesmo diante do final da recessão? Ou a economia brasileira está vivendo apenas um suspiro de agonia?

O ano de 2014 foi bastante atípico. O que começou a acontecer depois da Copa do Mundo e das eleições foi apenas um retorno à normalidade. Ocorre que, com nossos níveis de qualificação de mão de obra, qualidade de infraestrutura, corrupção e estrutura tributária, a normalidade é um crescimento de no máximo 2,5% a 3% ao ano. A expansão zero de 2014 resultou de nossos males estruturais somados a uma conjuntura extremamente adversa. Sem falar no impacto do 7 X 1 contra a Alemanha!

Mas, fazer o caminho de volta para essa normalidade e expandir nossos horizontes de crescimento não será tarefa fácil.

As decisões empresariais, sobretudo aquelas relativas ao investimento, não são

puramente racionais. Taxas de retorno, flu-xos de caixa, períodos de pay back são con-ceitos que fazem a alegria dos professo-res de finanças. Mas

um empresário desconfiado ou um consu-midor com medo do desemprego sempre pensarão duas vezes antes de tomar uma decisão de gasto.

Ao longo dos primeiros trimestres de 2015, se conseguirmos reduzir esse denso nevoeiro de incerteza que se abateu sobre a economia brasileira, já sentiremos um imen-so alívio. Projetos serão desengavetados e as compras do Dia das Mães e do Dia dos Na-morados serão mais animadas. Só assim será possível exorcizar a recessão. Tudo começa pelo sentimento de famílias e empresas. De-pois vem o resto.

Fim da recessão?

Primeiro semestre de 2015 nos diráse o nevoeiro de incertezas acabou

C O N J U N T U R A

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6 revista notícias da construção / dezembro 2014

CONJUNTURA

SindusCon-SP prevê crescimento zero em 2015

FABIANA HOLTZ

Diante do cenário eco-nômico que se configurou até agora, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, estimou que o desempenho da indústria da construção brasileira deve-rá se manter estável e não crescer em 2015, em com-paração a 2014. A previsão foi feita em entrevista cole-tiva de imprensa, realizada conjuntamente com o vice- presidente de Economia do sindicato, Eduardo Zaidan, e a coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, em novembro.

Segundo a avaliação do SindusCon-SP, os condi-cionantes positivos para a construção, na política eco-nômica em 2015, deverão ser contrabalançados por fatores negativos. De um lado, o governo deverá se esforçar por recuperar a confiança dos investidores, buscando conter a inflação, impulsionando as obras de infraestrutura e contratando mais 350 mil unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida no primei-ro semestre.

Entretanto, o mercado imobiliário deverá prosseguir em fase de ajuste, a renda e o consumo das famílias tenderão a crescer menos e as contratações

de obras relacionadas a no-vos investimentos deverão ocorrer com mais intensi-dade somente a partir do segundo semestre.

Com isso, na com-paração com 2014, a en-tidade estima para 2015 crescimento zero no valor agregado das construtoras, queda de 2% no emprego na indústria da constru-ção, declínio de 1,5% na produção de insumos do setor e queda no comércio desses materiais. “Será um ano de ajustes e não temos números muito ani-madores. Acredito que no setor imobiliário os sinais de melhora surgirão no se-gundo semestre”, afirmou. Essa retomada, porém, vai depender em grande parte dos desdobramentos no cenário macroeconômico, concluiu Ana Castelo.

Na capital paulista, os impactos do novo Plano Diretor são vistos de ma-neira otimista por Ferraz Neto. “O mercado imobi-liário é muito criativo, e deve se adaptar rapidamen-te às novas regras”. Para essa equação funcionar positivamente, segundo

ele, é preciso que o governo transmita segurança com relação à manutenção de emprego e renda. ”“2015 será

um ano

de ajustes

AnA CAstelo

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7revista notícias da construção / dezembro 2014

Ciclo fraco repercutiu em toda a cadeia Para 2014, em comparação com o ano

anterior, a expectativa da coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, é de a indústria da construção registrar crescimento entre 0% e 0,5%. Anteriormente, estimava-se que seria pos-sível crescer até 1%. O emprego deverá cair 0,3%, puxado pela queda no segmento imobiliário, de 1,5%. A queda na produção de materiais de construção será superior a 5%, e o comércio desses insumos terá cres-cimento nulo. Como esperado, afirmou Ana Castelo, esse ciclo mais fraco repercutiu em toda a cadeia.

Ao longo deste ano, o enfraquecimento da atividade foi generalizado, mas os piores resultados foram apresentados no Centro- Oeste, Sudeste e Norte. Embora os inves-timentos em infraestrutura tenham ajudado a sustentar o saldo positivo no ano, seu de-sempenho desacelerou nos últimos meses. No segmento imobiliário, especificamente, o que se observou é resultado da entrega das obras do período de maior crescimento e de um volume menor de lançamentos e vendas dos últimos anos.

De acordo com Zaidan, é muito difí-cil falar do mercado imobiliário no Brasil como um todo. “Você tem uma diversidade de demanda muito grande no país inteiro”. Aliado a isso, ele considera a apuração dos índices no país muito fraca, “o que dificulta o entendimento do cenário”.

Para o vice-presidente de Economia do sindicato, o crescimento do setor será muito mais orgânico nos próximos anos, com foco no número de formação de famílias (que tem sido maior do que o crescimento populacional), na migração interna dentro do território, na existência ou não de finan-ciamento, da renda e do emprego. “Olhando essas variáveis, será possível identificar onde terá mais ou menos dinamismo”, acrescentou.

Com relação à perspectiva para o preço dos imóveis, Zaidan observou que o cená-rio ainda é de alta, mas em ritmo menor. Na região metropolitana de São Paulo, na média, o valor dos imóveis continua subindo em níveis próximos da inflação, exemplificou ele.

Lava JatoIndagado durante a coletiva sobre os

possíveis impactos da operação Lava Jato para o setor, Ferraz Neto avaliou que no médio e longo prazos a investigação poderá “sanear o mercado”, trazendo mais recursos para o segmento de infraestrutura. Aliado a isso, existem muitas empresas preparadas para fazer essas obras e que estão atuando timidamente no mercado, ressaltou o pre-sidente.

Para Zaidan, o Estado de São Pau-lo, principalmente, tem inúmeras outras obras de vulto que estão fora do escopo da Lava Jato. “Temos as obras do Metrô, de saneamento básico, além das relacionadas à construção de moradias populares no âmbito estadual e municipal”, afirmou. Se-gundo ele, o nível de investimento público em infraestrutura tem permanecido estável nos últimos anos, e não deve ficar distante de 2,2% e 2,3% do PIB. “Isso não deve oscilar muito, apesar de esperarmos um ajuste fiscal severo em 2015”, acrescentou.

Zaidan, Ferraz Neto e Ana Castelo apresentaram as projeções para o setor em 2015

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8 revista notícias da construção / dezembro 2014

CONJUNTURA

Pessimismo cresce entre empresáriosDados preliminares da 61ª Sondagem

Nacional da Indústria da Construção, reali-zada por SindusCon-SP e FGV na primeira quinzena de novembro, indicaram que os empresários do setor seguem pessimistas quanto ao desempenho de suas empresas. Indagados sobre suas expectativas em relação à possibilidade de crescimento no médio e longo prazos, os empresários ain-da se mostraram otimistas, embora menos do que há um ano.

Quanto à evolução do Programa Minha Casa, Minha Vida e aos estímulos do governo, o otimismo dos empresários aumentou em relação ao que esperavam no ano passado para este ano. Em outras palavras, o MCMV ganhou importância dentro das empresas.

Em relação a crédito imobiliário, no período se observou uma clara deteriora-ção das perspectivas do setor. As expec-tativas sobre a obtenção de mão de obra qualificada, entretanto, melhoram.

Os empresários também seguiam oti-mistas com relação aos investimentos em novas tecnologias, embora se observe um arrefecimento no indicador após o salto das perspectivas observado em 2013.

Reflexo desse cenário, é possível afirmar que a geração de valor (produtivi-dade) pelo trabalhador começou a crescer,

afirmou Ana Castelo. No gráfico acima, é possível observar

a evolução dos indicadores apurados pela Sondagem entre novembro de 2010 e no-vembro de 2014.

Emprego cai 1,09% em outubroEm outubro, o nível de emprego na

construção brasileira registrou queda de 1,09% na comparação com setem-bro, segundo pesquisa elaborada pelo SindusCon-SP, em parceria com a FGV. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em cerca de 38,4 mil trabalhadores com carteira assinada. Com isso, ao final do outubro o número

de trabalhadores do setor somava 3,489 milhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o setor em-pregava 3,569 milhões, a pesquisa indica queda de 2,23%. No ano até outubro, o índice indicou alta de 0,15%, com a criação de 5,1 mil vagas. No mês, todas as cinco regiões do país apresentaram resultado negativo.

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Crédito imobiliário

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9revista notícias da construção / dezembro 2014

MARIA ANGELICA LENCIONE PEDRETI é professora de Contabilidade e Finanças da FGV e mestra em Administração de Empresas; trabalha em Planejamento Estratégico

Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

Tripé estratégico

Como saber se uma teoria realmentecria valor e garante visão de futuro

G E S T Ã O E M P R E S A R I A L

Na edição passada, analisamos o caso da Disney e do retorno à sua estratégia original, depois que as adaptações para o crescimento e a morte de seu idealizador haviam descaracte-rizado a competência essencial da companhia.

A empresa buscou entender em que mo-mento ela se desviou da essência (para tanto, precisou entender qual era a essência de sua estratégia, assim como pensava Walt Disney), e corrigir o rumo para o caminho original.

Mas, mesmo depois de identificar sua competência essencial (entretenimento para a família), nem sempre ela optou pelo investi-mento certo. Isto porque, às vezes, parece que você está adaptando o que consiste no certo para o que é atual e nem sempre percebe que está mudando algo importante o suficiente para descaracterizar a companhia.

Foi assim que a Disney, desde a década de 1990, investiu em musicais da Broadway, o que reforçou sua tese de investimento, mas também investiu em compras de emissoras de TV locais, times de baseball, que, mais tarde, mostraram que não refletiam a lógica inicial (não eram adaptações, mas mudanças da essência).

A empresa chegou até a perder a lideran-ça em animação, incapaz de acompanhar as tendências tecnológicas (teria o investimento em tecnologia sido feito tardiamente?) e viu seus melhores profissionais migrarem para a Pixar. Mais uma vez, corrigiu o curso e reassumiu seu posto, por meio da aquisição dessa empresa.

As últimas aquisições anunciadas ainda não mostraram se reforçam ou afastam a es-

sência: a aquisição da Marvel e da LucasFilm. Estaria a Disney adaptando seu tradicional mundo de conto de fadas, ampliando-o, ad-mitindo a entrada de heróis e guerreiros de galáxias distantes? Se for assim, esta expe-riência criará valor em breve.

Para saber se uma teoria empresarial realmente cria valor e garante à alta admi-nistração uma visão melhor do futuro, Todd Zenger propõe a combinação de três visões estratégicas: a antevisão, a visão interna e a visão externa.

A antevisão articula as expectativas so-bre a evolução de um setor, as preferências do consumidor, o desenvolvimento tecnológico, até ações de concorrentes. Ela sugere quais aquisições, investimentos e estratégias serão importantes no futuro.

A visão interna reflete a compreensão de quais ativos da empresa são valiosos à sua estratégia, provêm acesso a diferentes mercados e são difíceis de serem imitados. No caso da Disney, ela criou personagens únicos, valiosos ao público-alvo em diferen-tes países e idades, e atemporais!

A visão externa identifica os ativos que complementam a competência essencial da companhia, a qual apenas ela teria con-dições de coordenar junto aos seus ativos

já existentes. Para ter a visão externa, a empresa

precisa conhecer seus pontos fortes, ou seja, sua visão interna e ainda conhecer o futuro, a antevisão.

Comece agora a planejar sua estratégia para os próximos anos: o que você antevê para seu mercado? Como sua empresa está se preparando para a chegada do futuro? Que competências ela precisa adquirir?

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10 revista notícias da construção / dezembro 2014

I M O B I L I Á R I O

Código de Obras deverá simplificar licenciamentos

O futuro Código de Obras de São Paulo, baseado no Plano Diretor Estratégico (PDE), simplificará o processo de licenciamento de empreendimentos imobiliários em todos os aspectos: desde o número até o tipo de documentos que serão exigidos. A inten-ção, de acordo com a secretária municipal de Licenciamento, Paula Motta Lara, é deixar as questões internas da edificação para os responsáveis pelas normas técnicas. “Não caberá ao poder público checar, por exemplo, se o número de sanitários dentro de um Shopping Center está adequado ou não”, afirmou. O arquiteto ou engenheiro responsável, junto com o empreendedor, é que irá apontar a solução mais adequada. As declarações foram feitas pela secretária durante o 7º Seminário Legalização de Em-preendimentos no Município de São Paulo, realizado pelo SindusCon-SP em novembro.

Ao abrir o evento, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, manifestou satisfação com a forte procura pelo seminário, que reuniu cerca de 400 pessoas no Caesar Business Faria Lima.

Ferraz Neto destacou ainda o sucesso da parceria com a prefeitura no Plantas Online, um projeto que reúne SindusCon-SP, Secov i-SP e Asbea, em busca do aprimoramento da Secretaria. “Esse é um exemplo prático de como a iniciativa privada e o setor público podem trabalhar juntos para o bem de todos nós.”

Conscientização Já Odair Senra, vice-presidente de Imo-

biliário do sindicato, enfatizou a importância da conscientização do setor sobre o assunto, o que motivou a realização do evento. “É preciso reconhecer que muitos projetos sem

qualidade eram protocola-dos. Felizmente isso está começando a mudar.”

Do ponto de vista da SEL, a grande preocupação é encontrar um entendi-mento comum sobre as novidades previstas no PDE. “São muitas mu-danças e isso exige uma série de adaptações.” Nesse contexto, a SEL organizou recentemente uma série de cinco palestras internas sobre as minúcias do PDE. “O importante é que as questões sejam levantadas e encontremos um consenso”, disse Paula.

A partir de um projeto simplificado, explicou Paula, dentro do novo Código de Obras a secretaria irá se concentrar em questões relacionadas ao uso e ocupação do solo (inserção daquela construção dentro do lote, recuos, taxas, coeficientes etc.), meio ambiente e acessibilidade.

Com relação às críticas sobre a paralisia do poder público em revisar o Código, a se-cretária disse acreditar que a demora acabou sendo positiva. “Agora o texto será revisado à luz das mudanças previstas no PDE, que serão seguidas na nova Lei de Uso e Ocu-pação do Solo e consequentemente estarão no Código de Obras”, afirmou.

No processo de revisão, a primeira etapa de elaboração do projeto já está pronta e seguiu para a Assessoria Técnica Legislativa. “Nossa expectativa é que ele seja encaminhado para a Câmara ainda este ano e aprovado no começo de 2015”, acres-centou Paula. (Fabiana Holtz)

Paula chamou a atenção para as adaptações exigidas pela implantação do PDE

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11revista notícias da construção / dezembro 2014

‘Setor precisa ser dinamizado’No debate sobre as transformações

advindas do Plano Diretor para a cidade de São Paulo, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, avaliou ser impensável sua elaboração para uma cidade como São Paulo, que tem na indústria da construção um dos seus principais motores de desenvolvimento, sem levar em consideração que o setor deve ser dinamizado.

Segundo o secretário, a discussão do Plano Diretor leva à conclusão de que pre-cisamos reconstruir os campos de ‘afeto’ com a cidade. “Não queremos mais viaduto, queremos parque; não queremos piscinão, e sim outros sistemas de drenagem, e assim por diante.” Nesse contexto, Mello Franco observou que uma das principais questões que pairam sobre o PDE é ‘que tipo de proje-to queremos legalizar?’. “Temos uma cidade com o processo de modernização incompleto e uma demanda crescente.”

Ambiente propícioO secretário ressaltou ainda projeções

do Banco Mundial, de que nos próximos 30 anos os países emergentes terão algo em torno de US$ 30 trilhões de investimentos voltados para a produção de infraestrutura.

Essa, segundo ele, é uma grande oportunidade e o país deveria se estruturar para aproveitá-la.

Na opinião do secretá-rio, vivemos um momento de inflexão muito inte-ressante, de mudança de alguns paradigmas. “Está claro que o padrão ‘rodo-viarista’ vigente no país não é sustentável.” Ele lembrou ainda que o quadro de mu-dança climática é real, con-creto e já chegou. Cenário este que deve incentivar a busca por projetos com soluções sustentáveis e mais eficientes.

O PDE, reforçou Mello Franco, parte do princípio inquestionável de qualificar a vida de todos os habitantes da capital, sem exceção.

Nos dois dias de evento, técnicos da pre-feitura orientaram sobre a instrução de pro-cessos de aprovação de empreendimentos.

As dúvidas levantadas pelos participan-tes sobre disposições do PDE devem ser elucidadas pelo decreto regulamentador em fase de redação. (FH)

Processo de modernização da cidade está incompleto, disse Mello Franco

Seminário lotou o auditório do Caesar Business

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12 revista notícias da construção / dezembro 2014

Fotos: Luciana Serra

Eficiência é o foco do BIMA presença de Rafael Sacks, professor

doutor pelo MIT e diretor de Engenharia Estrutural e Gerenciamento da Construção Civil do Technion (Instituto de Tecnologia de Israel), foi o grande destaque do 5º Se-minário Internacional BIM – Modelagem da Informação da Construção O evento do SindusCon-SP recebeu 450 participantes, em outubro, no Caesar Business Faria Lima.

Em sua palestra, Sacks explicou com exemplos práticos como os conceitos da Lean Construction (construção enxuta) e o BIM podem trabalhar juntos em nome de uma maior eficiência.

Sacks apresentou em sua palestra o case da Tidhar, construtora israelense de pequeno porte, sobre a implantação e inte-gração dos dois conceitos. Segundo ele, a construção enxuta é uma grande ferramenta para esclarecer onde estão e como podem ser removidos os desperdícios de qualidade, de capacidade de produção e de materiais numa obra. “Inovação é uma grande oportunidade para remover o desperdício de qualidade, de capacidade de produção e de materiais. Mas não é fácil ver onde o desperdício está.” Com um novo fluxo de trabalho, fica mais fácil planejar a produção com precisão nas quantidades, logística e custos, ensinou o engenheiro.

Usando o exemplo do Tidhar Way, Sacks afirmou que “a falta de coordenação causa caos nos projetos” e que seu uso, por

outro lado, engen-dra um bom nível de “comunicação, con-fiança e cooperação” entre engenheiros e empreiteiros.

“Quando se en-tende como se tra-balha com os dois conceitos, é possível fazer tudo o que é preciso, e não ape-nas modificar alguns itens”, disse. Segun-do ele, o BIM e o Lean ajudam ainda na estandardização das famílias de com-ponentes e dos mé-todos de trabalho, o que facilita também a manutenção. “O encanador saberá exa-tamente onde os canos estão escondidos”, lembrou Sacks.

“Faz sentido adotar BIM e o Lean. Há casos de sucessos e de fracassos. O negócio é insistir”, afirmou. “O mais importante é a liderança, o comprometimento do CEO que comanda o processo”, completou.

Novos contratosA arquiteta Erin Rae Hoff, gerente de

programas industriais da Autodesk nos EUA, explicou como uma aliança colaborativa do tipo IPD (Desenvolvimento Integrado de Empreendimentos, em português), de pessoas, sistemas, estrutura de negócios e implementação de práticas, dentro de um processo de construção, fortalece as per-cepções e talentos de todos os participantes e otimiza os resultados do projeto.

Segundo ela, “o BIM causou uma dra-mática diferença no design e na produção

Seminário revela atual estágio da Modelagemno mundo e mostra que

o Brasil avançou Para Rafael Sacks, união das ferramentas BIM e Lean dão maior eficácia a todas as etapas do processo de uma obra

C A P A

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13revista notícias da construção / dezembro 2014

física, pela oportunidade de transformar mé-tricas em realidade, de forma mais eficiente” e, somente por conta do contrato IPD é que “o time inteiro se reúne e resolve junto os problemas”, porque “o senso de colaboração permeia todos os elos”.

“Com o IPD, forma-se uma aliança entre design e outros elos, o que introduz eficiência ao processo”, declarou a arquiteta.

Júlio César Bueno, advogado do Pinhei-ro Neto Advogados, por sua vez, detalhou os contratos EPC e os de Aliança.

“O modelo do negócio, que faz parte da estruturação do projeto, é fundamental para se precaver de um certo ‘espírito de conflito’ que é tão comum em contratos do setor, além dos problemas de sobrecusto, que podem chegar a 30%, em média, do valor do empre-endimento”, afirmou. Para Bueno, a demora na percepção dos riscos e na resposta a ele torna estes riscos exponencialmente altos.

Ele lembrou que até a década de 1990, os contratos do setor tinham um viés de mo-delo de Direito Administrativo e, portanto, nenhum incentivo à contribuição à engenha-ria. O modelo clássico de contratação era o DBB (design-bid-build), que estabelecia uma relação direta com o dono da obra, e o contratado não tinha obrigação de saber se a engenharia era a melhor possível, só era obrigado a desenvolvê-la.

“A partir dos anos 1990, Lei de Licita-ções flexibilizou alguns aspectos de contra-tação. Houve um boom de mudanças, como a Lei de Arbitragem, o processo de privatiza-ções e o surgimento no Brasil da contratação via EPC”, relembrou o advogado.

“Este contrato EPC transfere para o contratado toda a responsabilidade e não pressupõe compartilhamento de ideias, o que leva a uma gordura de preço”, apontou Bueno. Se antes a responsabilidade era do dono da obra, agora é toda do contratado, que diz ter entendido o que o dono quer, visto o lugar da obra e que vai fazer como ele quer”, disse.

O modelo clássico é o turn-key ou turn-key lump sum. “Este é o modelo que

os financiadores querem. Por isto os itens de qualidade do que será entregue são tão importantes.” Já o contrato EPCM é o “anti EPC”, porque faz o fracionamento total das responsabilidades.

Mais colaborativo desde o início, o conceito de contrato de Aliança enseja uma profunda mudança de cultura. “O Aliança é o exercício de colaboração. As partes criam um ambiente contratual no qual os riscos são compartilhados e procura-se trazer as partes para colaborar e desenvolver o projeto de forma conjunta, a partir de suas expertises”, explicou. Nele, os participantes também comprometem- se a não responsabilizar os outros por qualquer coisa, o que retira aque-la gordura de preço. “Para o BIM, o Aliança é o modelo mais fácil de desenvolver, porque faz todo sentido. Mas, seja qual for a esco-lha, os contratos têm que ser entendidos pelo juiz. Se até o advogado os entende, é porque o contrato está bom!”, brincou Bueno.

(Nathalia Barboza)

Para Júlio César Bueno, contrato de Aliança “é o que faz mais sentido” em um projeto feito em BIM

Erin Hoff: aposta no “senso de colaboração” da equipe

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14 revista notícias da construção / dezembro 2014

O seminário BIM do SindusCon-SP também montou, nesta quinta edição, um panorama sobre as pesquisas que vêm acontecendo dentro das universidades brasileiras. O cenário descrito foi otimista.

“Percebemos, a partir de estudos e de casos práticos, que o BIM ultrapassou o estágio de desconhecimento no Brasil. E as empresas já encararam o desafio de implementá-lo em seus processos, o que demanda patamares maiores de melhora-mentos e desenvolvimento e apropriação pelo ensino”, afirmou Regina Coeli Rus-chel, professora doutora pela Unicamp con-siderada uma das expoentes no ensino de BIM no país.

Segundo ela, já há uma rede significati-va de pesquisadores estabelecida no Brasil, com núcleos espalhados por diversas uni-versidades, como a própria Unicamp, onde o BIM já figura em cursos de mestrado, doutorado e iniciação científica.

“Imagino que uma mudança mais ex-pressiva da grade curricular das faculdades de engenharia e arquitetura é difícil; o que temos ainda não é o suficiente. Precisamos ter parcerias com os venders de tecnologia para criar workshops e disciplinas eletivas nas universidades”, afirmou.

Foco na gestãoCarlos Eduardo Torres Formoso, pes-

quisador do Norie (grupo de pesquisa) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), falou sobre as experiências do uso da ferramenta em processos de gestão das obras, mas lembrou que, entretanto, “historicamente, a tecnologia da informa-ção tem tido pouco impacto na gestão da construção, por várias razões, como um foco maior em questões periféricas e a falta de investimento em melhoria de processos”.

Ele defendeu explorar a complemen-tariedade do BIM com outras ferramentas,

como o Lean, e o papel do planejamento e controle de processos logísticos (sobretudo em sistemas industrializados).

Eduardo Toledo San-tos, professor da Esco-la Politécnica da USP (Poli- USP), revelou que, em 2014, o BIM foi in-cluído na grade curricu-lar da USP e uma série de pesquisas vêm sendo desenvolvidas dentro do Departamento de Enge-nharia Civil nas áreas de: projeto para produção de vedações verti-cais em alvenaria em ferramentas BIM; diretrizes para criação de componentes BIM; e maquetes virtuais, entre outros. (NB)

Os professores Regina Ruschel e Carlos Formoso revelaram maior atenção

das universidades brasileiras à pesquisa e ao aprendizado do BIM

BIM assume novo patamar no Brasil

SindusCon-SP anuncia novo grupo de BIM

O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, anunciou na abertura do 5º Seminário BIM que está finalizando a criação do BIM Owners Group Brazil, nos moldes do que existe nos Estados Unidos, voltado a proprietários interessados em como aproveitar esta tecnologia para otimizar o design, a construção e a gestão de seus empreendimentos.

Ferraz Neto disse ainda que o SindusCon-SP está solici-tando ao governo abrir linhas de financiamento de hardware, software e de treinamento, para possibilitar a implementação do processo em pequenas e médias empresas.

CAPA

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15revista notícias da construção / dezembro 2014

Soluções em BIM precisam atender a todos

FABIANA HOLTZ

Diretor da Sinco Engenharia e coor-denador da Comissão de Projetos do CTQ, Fernando Augusto Corrêa da Silva disse no 5º Seminário Internacional BIM ter como objetivo implantar o BIM 6D (integrando a Modelagem com as áreas de Programação, Estimativa de Custo e Gestão de Instala-ções), mas alertou que o mercado ainda precisa evoluir. “Não adianta fazer se só a gente faz, o mercado tem de acompanhar. Precisamos buscar soluções que atendam a todos”, afirmou.

Corrêa, que organizou o seminário, detalhou o andamento do Cantareira Norte Shopping, projeto com inauguração prevista para outubro de 2015 e um exemplo dos resultados positivos advindos do BIM.

Ele disse acreditar que a palavra chave para o sucesso da implantação do sistema BIM é compartilhamento, colaboração. O shopping é a primeira obra da empresa onde os principais projetos foram contratados modelados.

De acordo com Corrêa, por meio da integração de disciplinas é possível atingir um orçamento preciso, com otimização de prazos e custos, gerando economia não apenas durante a obra, mas também após a sua entrega. “Hoje é possível visualizar com precisão o que está faltando em cada etapa da obra. Conseguimos identificar se estamos

dentro ou não do cronograma”, descreveu. Corrêa veio acompanhado de uma

equipe de técnicos envolvidos no projeto. A gerente de Projetos e Modelagem da Sinco, Priscila de Castro Ribeiro, apresen-tou os principais aspectos que marcaram o trabalho, desenvolvido em uma plataforma única. “Trabalhamos muito tempo com o pessoal de instalações, tentando evitar ao máximo possível retrabalho. Não é simples, demanda tempo, mas o resultado compen-sa”, explicou. Segundo ela, foram inúmeras reuniões de trabalho, o que se reverteu em uma equipe mais coesa e segura na busca por soluções prévias.

Com relação ao custo do projeto, a diretora da Control Tec Gerenciamento de Obras, Soraya Matsubayashi, revelou que o da obra do Cantareira apresenta uma variação de 12% a 30% acima dos projetos convencionais de 2D. “Em relação a prazo, trabalhamos com o mesmo de uma obra normal de shopping”, acrescentou.

Além de Priscila e Soraya, participa-ram do evento mais 5 técnicos da equipe envolvida na construção do Cantareira: o diretor do Grupo Técnico de Projetos, José Martins Laginha Neto; o diretor da Soeng Construção Hidroelétrica, Fabio Nakayama; o diretor da Thermoplan, Car-los Massaru Kayano; o arquiteto Rafael Collaço; e o diretor da Beltec Engenharia, Sergio Nakamura.

Corrêa e Priscila apresentaram o case acompanhados de uma equipe de técnicos que trabalharam no projeto

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16 revista notícias da construção / dezembro 2014

Desenvolvedor foca em reduzir falhas

No painel sobre cases de sucesso, o público também acompanhou a apresentação de Octávio Moraes Neto, coordenador BIM da Iron House Real Estate (do Grupo Corné-lio Brennand), que trouxe o ponto de vista do desenvolvedor. “Nosso objetivo é reduzir as falhas de comunicação e coordenação”, afirmou. Segundo ele, ao se trabalhar com BIM é possível obter ganhos nas quatro fases do empreendimento. Isso se deve ao controle de custos durante a construção; controle do design (com melhor performance e otimiza-ção); controle sobre o processo de produção e sobre a operação e manutenção.

Na sequência, Fátima Gonçalves, di-retora de novos negócios da Trimble Brasil Soluções; Leif Granholm, vice-presidente senior e BIM Ambassador da Tekla Corp; e Angela Giavroutas, channel manager da Trimble Navigation trouxeram uma visão integrada da aplicação do BIM, descre-vendo situações que vão além da gestão de projeto.

Com duas metas bem claras em mente (economia de custo e ganho em produtivi-dade), a Trimble Brasil recentemente mu-dou de endereço. Com mais funcionários, a empresa precisava ampliar sua sede e encontrou no BIM a melhor solução. “A primeira terraplanagem foi realizada em maio de 2012 e o edifício estava pronto para uso em maio de 2013. Ao longo do projeto, 100% das estruturas metálicas foram posicionadas com zero erro”, disse Fátima, ao descrever o projeto.

Padrões abertos Leif, que trabalha há 35 anos na Tekla,

dedica metade do seu tempo ao desenvolvi-mento de padrões abertos desse sistema. “Na outra metade eu promovo o uso dessas tec-nologias em eventos como esse”, ressaltou.

Segundo ele, agora o foco da discussão está se deslocando de ‘como criar a informação’ para ‘como usar a informação’.

Angela, da Trimble, concorda. “Vi-vemos em um mundo híbrido. Ao mesmo tempo em que temos o vínculo contratual com o 2D, o projeto é realizado em 3D”, disse, ao lembrar que não importa qual a plataforma, o importante é integrar tudo. “Queremos continuar trabalhando juntos, não apenas via software.”

Segundo ela, as grandes questões são como conseguir alavancar o BIM e utilizá-lo ao longo de toda a vida do projeto e como esses dados podem ser disponibilizados para as pessoas certas na hora certa. (FH)

Moraes Neto, da Iron House Real State, e Fátima

apresentaram experiências de sucesso a partir do BIM

CAPA

Page 17: BANHO DE EFICIÊNCIA

17revista notícias da construção / dezembro 2014Segundo Toledo, um projeto piloto já está utilizando tabelas da NBR 15965

Conteúdo da Norma deve ser revisado até o início de 2015

Os professores Wilton Catelani, coorde-nador da Comissão de Estudo 134 BIM, da ABNT, e Eduardo Toledo Santos, coordena-dor do Grupo de Trabalho em componentes BIM da CEE 134, da ABNT, trouxeram ao seminário um panorama sobre as discussões no âmbito das normas técnicas. “O GT es-pera concluir a revisão de todo o conteúdo da norma até o início de 2015”, declarou Toledo. Considera-se componente BIM tudo o que é utilizado na modelagem da edifica-ção/infraestrutura: instalações hidráulicas, elétricas e de ar condicionado; mobiliário e decoração; esquadrias, ferragens, perfis, estruturas, paredes.

Para Catelani, os atuais esforços não bastam. “BIM não é panaceia, não vai re-solver todos os problemas, mas pode ser um importante atalho para o nosso país, e ainda temos muito por fazer”, afirmou.

Otimista, o professor considerou que as organizações da indústria da construção perceberam que um maior nível de harmo-nização na classificação das informações “agora é necessário e possível”. O professor

destacou ainda que a maioria desse conteúdo já está disponível no site da ABNT. “Temos diversos estudos, mas sua disposição não está realizada de forma intuitiva”, reconhe-ceu. Entre os resultados do esforço conjunto do setor, Catelani informou que algumas tabelas da NBR 15.965 já estão sendo uti-lizadas. “Não posso divulgar detalhes, mas já temos um caso piloto que está utilizando as tabelas.”

Entre os principais benefícios desse trabalho, ambos destacaram que o país contará com informações padronizadas, em português, refletindo as práticas brasileiras, organizadas e divididas em tabelas.

Toledo apontou que as tabelas da nor-ma de classificação têm um código e um termo que irão eliminar as ambiguidades ao unificar o processo desde o catálogo do fabricante, passando pelas especificações do projeto ao orçamento da construtora.

O especialista vê pequenos avanços nesse sentido no país, ao detectar que algumas empresas estão criando e compar-tilhando suas bibliotecas de componentes BIM. Segundo ele, alguns fabricantes, como Tigre, Deca e Docol, já começaram a oferecer bibliotecas de componentes de seus catálogos.

Catelani e Toledo chamaram a atenção para a necessidade do setor de prover dire-trizes para que os fabricantes desenvolvam bibliotecas de seus produtos de forma com-patível, completa, adequada e inteligente.

Outra presença internacional no semi-nário, o norte-americano Igor Starkov, pre-sidente da EcoDomus, defendeu a adoção de padrão na reunião de dados. “A empresa pode criar um padrão interno, mas não irá ajudar o mercado – isso porque não haverá escala”, disse. (Fabiana Holtz)

Page 18: BANHO DE EFICIÊNCIA

18 revista notícias da construção / dezembro 2014

M E I O A M B I E N T E

Vasconcellos defendeu maior integração entre as esferas Federal, Estadual e Municipal

Eficiência energética depende de alinhamento

Com o objetivo de enriquecer o debate sobre eficiência e racionalização do uso da energia, a Secretaria de Energia do Governo do Estado de São Paulo reuniu em novem-bro, na capital, executivos e especialistas do setor no seminário São Paulo Eficiente. No painel sobre Edificações Sustentáveis, o vice-presidente Administrativo e Financeiro do SindusCon-SP, Francisco Vasconcellos, destacou que o cerne do problema na busca por mais eficiência energética é que existem vários programas, mas eles não se conver-sam. “É preciso alinhar os programas exis-tentes. Reivindicamos que o PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem de Eficiência Energética em Edificações do Procel) seja um programa base”, acrescentou. Nesse sen-tido, o vice-presidente observou a urgência de uma maior integração entre as três esferas do governo: federal, estadual e municipal.

“Ao mesmo tempo em que temos o PBE, que entendemos como adequado à nossa realidade e o SindusCon-SP apoiou desde o início, temos o maior programa de construção habitacional do Brasil, o Mi-nha Casa, Minha Vida, que não incorpora as necessidades do PBE. O Minha Casa Melhor também não apresenta qualquer nível de exigência com relação à eficiência energética”, observou.

A ausência de uma legislação especí-fica para o retrofit de edifícios antigos tam-bém foi lembrada por ele. “Esse é o nosso grande passivo. Teremos de pensar o que queremos e lutar nos próximos anos para viabilizar o retrofit, trazendo esses edifícios para essa nova realidade”, acrescentou. Segundo Vasconcellos, um grande passo já foi dado pelo governo federal, através de uma instrução normativa do Ministério

do Planejamento, ao se exigir dos edifícios públicos federais novos o nível A em eficiên-cia energética, mas ainda há muito a se fazer para a conso-lidação do PBE.

DiálogoDentro do se-

tor, Vasconcellos lembrou que a Tec-nisa foi a primeira a acreditar no pro-grama de etiqueta-gem, contribuindo para a divulgação do selo Procel Edifica. Na ocasião, a construtora realizou uma pesquisa com os compradores para apurar a aceitação e consciência sobre a certificação do empreendimento. “Iniciativas como essa demonstram a diferença que faz uma comu-nicação bem feita para o reconhecimento dos programas de eficiência energética.”

Além de Vasconcellos, participaram Maurício Bernardes, da Tecnisa, e Manuel Carlos Reis Martins, coordenador do pro-cesso Acqua de Construção Sustentável da Fundação Vanzolini, divulgando a capaci-tação da entidade em realizar auditorias para obter o selo Procel Edifica. O debate foi coordenado pelo diretor de Regulação e Fiscalização dos Serviços de Energia da Arsesp, Genésio Betiol Júnior.

Também participaram do evento re-presentantes de: Fiesp, Abesco, AES Ele-tropaulo, CPFL Energia, Emae, Comgás, Ecogen Brasil e Cesp. (Fabiana Holtz)

Page 19: BANHO DE EFICIÊNCIA

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BRUNO LOTURCO

Em novembro, o campus Vergueiro da Uninove sediou o 2º Fórum de Desenvolvi-mento Urbano e Construção Sustentável. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e o reitor da Universidade, professor Eduardo Storópoli, abriram o evento que debateu o papel das esquadrias no desempenho das edificações.

Teixeira destacou a importância de o setor da construção desenvolver edificações capazes de consumir menos energia elétrica e também de conservá-la. “As milhões de habitações a serem construídas no Brasil podem contribuir para reduzir o aquecimento global, com resposta rápida ao problema que está ameaçando a vida no planeta”, disse.

Para Inês Magalhães, secretária Nacio-nal de Habitação do Ministério das Cidades, o Fórum é oportuno pois está sendo definido o formato da terceira fase do Programa Mi-nha Casa, Minha Vida, que assume como um de seus desafios principais melhorar a qualidade da vida urbana. “Nossas cidades só serão boas quando essas questões co-meçarem a ser debatidas por todos”, disse referindo-se ao tema do evento.

SustentabilidadeRonaldo Cury, vice-presidente de Ha-

bitação Popular do SindusCon-SP, lembrou que houve evoluções relacionadas à susten-tabilidade entre a primeira e a segunda fases do programa, havendo expectativa de que as exigências aumentem para a próxima.

“Mas não é possível só cobrar. É preciso dar condições, pois às vezes [as exigências] não cabem na conta”, salientou.

De acordo com Cury, não há mais espaço para empresários que não levam a sustentabilidade em con-sideração. “Quem não se preocupa com isso já está tendo dificuldades para obter financiamentos”, alertou.

Hamilton Leite, diretor de sus-tentabilidade do Secovi-SP (Sindi-cato da Habitação), relatou que sua entidade tem desenvolvido trabalhos para que os empresários considerem a sustentabilidade em seus pilares ambiental, econômico e social.

ConformidadeDe acordo com Inês, cerca de 50% das

esquadrias disponíveis no mercado são não conformes. “Precisamos trazer um conjunto de atores para a conformidade, sem criar monopólio”, ressaltou, mencionando o risco de favorecer apenas os maiores fabricantes.

Para Francisco Vasconcellos, vice -presidente Administrativo e Financeiro do SindusCon-SP, boa parte dos problemas se deve à montagem de esquadrias em cantei-ro, com condições de fabricação precárias. “Se queremos ser montadores, precisamos ter controle absoluto sobre os produtos”, afirmou.

Dentre os principais problemas, apon-tados por Fabiola Beltrame, coordenadora da Comissão de Estudos de Esquadrias da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), está a falta de especificação por parte tanto de construtores quanto de fabri-cantes. “Estamos brincando de especificar e comprar esquadrias em relação às carac-terísticas descritas nos pedidos”, lamentou.

Para ela, a não-especificação de acordo com o desempenho resulta em patologias

MEIO AMBIENTE

Janela de oportunidadesDesempenho térmico eacústico de esquadrias

reúne a construção,governo e fabricantes

Vasconcellos: desempenho precisa andar junto com a coordenação modular

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21revista notícias da construção / dezembro 2014

como penetração de ar, falta de estanquei-dade à água, não resistência ao vento e fra-gilidade dos componentes. “Nem sempre é preciso mudar os materiais, mas investir em projeto e desenvolvimento para atender aos requisitos da norma”, disse, ao referir- se à NBR 10.821 – Esquadrias externas para edificações. O primeiro problema a ser resolvido, afirmou, diz respeito às frestas e à estanqueidade. “É pela fresta que passa o som. Não adianta aumentar a espessura do vidro ou do perfil”, pontuou.

Fernando Simon Westphal, professor da UFSC, afirmou que “a vedação de frestas é mais importante do que o tipo de material”. Entretanto, continuou ele, não se deve dire-cionar a discussão acerca do desempenho de esquadrias para apenas um aspecto, pois é preciso conciliar conforto térmico e acús-tico. Fabiola contou que a parte da norma referente ao desempenho acústico está em vias de entrar em consulta pública.

Roberto Lamberts, pesquisador da UFSC, lembrou que a versão de 2013 da Norma de Desempenho eliminou a exigên-cia por esquadrias com veneziana. Isso, na opinião dele, trouxe enorme prejuízo às ha-bitações, pois esses elementos sozinhos são capazes de reduzir em até 2ºC a temperatura no interior dos ambientes. “Parece pouco, mas pode ser a diferença entre a pessoa ligar ou não o ar condicionado”, afirmou.

Considerando que as edificações terão pelo menos 50 anos de vida útil, Lamberts salientou a importância de avaliar correta-mente o custo de optar por uma veneziana. “À medida que o poder aquisitivo do usu-ário aumenta, ele compra um ar condicio-nado para melhorar a qualidade do sono dele”, ilustrou.

O professor citou estudo que realizou em residências com e sem venezianas em Florianópolis e Salvador. Nas duas cidades, houve ganhos decorrentes do uso desse tipo de esquadria, contou. “Precisamos deixar casas que funcionem naturalmente melhor. Não é um preço muito caro a pagar”, disse, ao lembrar das mudanças climáticas.

Coordenação modularAo término do evento, Vasconcellos

lembrou da importância de a discussão so-bre desempenho térmico ser acompanhada, num sentido bastante amplo, dos conceitos de coordenação modular. “Precisamos ter algo que proíba os fabricantes de colocar no mercado produtos fora de coordenação. Isso vale para todos os produtos”, salientou.

Faltam estímulosO presidente executivo da Afeaço (fa-

bricantes de esquadrias de aço), André Luís de Freitas Silva, disse que o segmento, nos últimos dois anos, passou de um índice de 1% de conformidade para 56% de atendi-mento às normas de esquadrias.

Entretanto, ele disse haver falta de apoio para que as empresas se adaptem às normativas. Além disso, os profissionais des-conhecem as exigências. Também participa-ram representantes de Afeal (esquadrias de alumínio), Afap (perfis de PVC), Abravidro, Abividro e Abimci (indústria da madeira).

Ana Paula Pereira, do BNDES, apresen-tou algumas de suas linhas de financiamento voltadas para o desenvolvimento sustentável das empresas fabricantes de esquadrias. “É necessário que os empresários estejam en-gajados em assumir certos riscos inerentes à inovação”, disse.

Já Luiz Zigmantas, da Caixa, disse ser preciso respeitar um tempo de transição até a aceitação completa da Norma de Desem-penho. Com referência às esquadrias, ele afirmou ser preciso atentar para as questões térmica e acústica, especialmente nas regiões mais quentes do Brasil. “Estamos num mo-mento em que a especificação de materiais ganha em importância”, comemorou.

Teixeira, Storopoli, Inês e Cury: governo, academia e construção unidos no debate sobre desempenho de esquadrias

Lamberts: dispensa de veneziana trouxe prejuízo ao desempenho térmico

Page 22: BANHO DE EFICIÊNCIA

22 revista notícias da construção / dezembro 2014

T R I B U T O S

Desoneração dafolha na construção agora é definitiva

A Lei 13.043, de 13 de novembro de 2014 (DOU de 14/11/2014), tornou defini-tiva a desoneração da folha de pagamento para os setores de construção civil e infra-estrutura, dentre outros.

A Lei 12.546/11 previa a extinção da Contribuição Previdenciária sobre a Re-ceita Bruta (CPRB) em 31 de dezembro de 2014. Esta contribuição havia sido criada para substituir a contribuição previdenciá-ria patronal sobre a folha de pagamento (20%). Porém, a Medida Provisória 651/14, convertida na Lei 13.043, mudou a situa-ção, perpetuando a contribuição de 2% sobre o faturamento (CPRB) e extinguindo definitivamente a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento. Com essa alteração, as empresas enquadradas na deso-neração, como é o caso da construção civil e da infraestrutura, vão continuar obrigadas a recolherem a contribuição de 2% sobre o faturamento.

Como se recorda, as empresas de cons-trução civil com CNAE principal, assim considerado o de maior receita, enquadrado nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0, estão incluídas na desoneração da folha de pagamento e obrigadas a recolher a con-tribuição de 2% sobre a CPRB.

Vale ressaltar que as empresas do setor que excutem obras com responsabilidade pela abertura da matrícula CEI também devem observar o quadro acima, de enqua-dramento dessas obras na desoneração da folha de pagamento.

As empresas de construção de obras de infraestrutura que tenham CNAE principal enquadrado nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0 também estão desoneradas

desde janeiro de 2014.Em relação às medidas de desoneração

da folha de pagamento, a Lei 13.043/14 tam-bém alterou o art. 9º da Lei 12.546/11 para permitir a exclusão das receitas reconheci-das pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestru-tura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de exploração em concessão de serviços públicos da base de cálculo da CPRB.

No entanto, a lei considera receita das concessões de serviços públicos passível da incidência tributária da CPRB, no momento do efetivo recebimento, aquela decorrente da construção, recuperação, reforma, amplia-ção ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo financeiro represen-tativo de direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro.

Débitos parceladosA Lei 13.043/14 consolidou a permis-

são prevista na MP 651/14 de utilização de prejuízos fiscais e de base negativa da CSLL, apurados até 31/12/2013 e declarados até 30/6/2014, para a quitação antecipada do parcelamento de débitos vencidos até 31/12/2013, perante a Receita e a Procura-doria Geral da Fazenda Nacional, mediante requerimento.

Os créditos poderão ser utilizados entre empresas controladas e controladoras, de forma direta, ou entre empresas controla-das diretamente por uma mesma empresa, em 31/12/2013, domiciliadas no Brasil, e que mantenham essa condição até a data da opção pela quitação antecipada do débito.

(Rosilene Carvalho Santos)

Abertura de CEI Contribuição Previdenciária Prazo para regras

serem cumpridas

Até 31/3/13 Contribuição de 20% sobre a folha Até o término da obra

De 1º/4/13 até 31/5/13

Contribuição de 2% sobre a receita bruta

Até o término da obra

De 1º/6/13 até 31/10/13

Opção pela contribuição de 2% sobre a receita ou 20% sobre a folha de pagamento – exceto para quem recolheu 20% em 19/7

Até o término da obra

A partir de 1º/11/13

Contribuição de 2% sobre a receita bruta

Até o término da obra

OBS.: As empresAs que tenhAm Aberto CeI de 1/4 Até 31/5 e que em julho tenhAm reColhIdo 20% preCIsAm fAzer o reColhImento de 2% sobre A reCeItA brutA e pedIr CompensAção ou restItuIção.

Page 23: BANHO DE EFICIÊNCIA

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Page 24: BANHO DE EFICIÊNCIA

24 revista notícias da construção / dezembro 2014

S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O

Integrar equipes é chave para acidente zero

O segredo para um projeto com taxa zero de acidentes está na integração das equipes desde o início do projeto. A afirma-ção foi feita por Jan Hellings, engenheiro responsável pela demolição de imóveis e preparação do terreno para a construção do Centro Olímpico de Londres (2012), durante o 1º Fórum Internacional de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) na Construção.

Realizado pelo SindusCon-SP em novembro, o evento reuniu 220 pessoas. “O número de acidentes caiu significativa-mente nos últimos 20 anos, mas a indústria da construção continua perigosa”, alertou. Os desafios são grandes, acrescentou, mas partimos do princípio de que dedicar parte do orçamento para segurança não é despesa, é investimento.

Ao abrir o evento, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, de-talhou em números os excelentes resultados das iniciativas do sindicato na área da segu-rança. A conscientização dos trabalhadores, afirmou ele, tem sido trabalhada nos últimos anos em encontros como a Megasipat e o ConstruSer, além de parcerias para cursos com o Senai.

Segundo Hellings, as primeiras reu-niões sobre as instalações que receberiam a Olimpíada de 2012 trataram de segurança. Na ocasião, um grupo de líderes da cons-trução se reuniu antes do início do projeto para traçar um plano. O tema ganhou prio-ridade, inclusive, sobre o orçamento. Dentro da estratégia para excelência em saúde e segurança adotada pelo projeto, foi criada a campanha Safety First (Segurança em Primeiro Lugar).

Para envolver os trabalhadores na cau-sa, o engenheiro afirmou ser preciso saber ouvi-los, criando espaço para que relatem

os perigos. Aliadas a isso, as informações sobre segurança e saúde eram compartilhadas em reuniões mensais. Case de sucesso, o projeto come-morou um milhão de horas trabalhadas sem acidentes.

Órgão específicoEntre as razões para o

grau de excelência alcança-do pelo Reino Unido na área de prevenção de acidentes, o engenheiro atribui parte do sucesso ao HSE (Health and Safety Executive), órgão executivo que trata de saúde e segurança em todos os locais de trabalho no Reino Unido.

Outro ponto crucial apontado por Hellings são as doenças relacionadas ao trabalho. Esse índice é ainda maior do que o de acidentes, de acordo com o engenheiro, mas é raro em empresas que dedicam tempo e dinheiro para solucionar problemas como perda da audição, lesões por trabalho repetitivo, sobrecarga de peso ou dermatites por contato com produtos no canteiro. “Não se trata apenas da preven-ção de acidentes, mas de cuidar do bem estar social”, afirmou.

Ao final do debate, Hellings disse estar feliz com o que ouviu dos profissionais brasi-leiros. “Gostei de saber que as preocupações aqui são as mesmas no meu país: segurança desde o início do projeto, incluindo o ciclo de vida do empreendimento.” Ele ressaltou ainda que conscientização dos trabalhadores, percepção de risco e gestão precisam estar integradas. (Fabiana Holtz)

Hellings destacou os principais acertos do projeto do Centro Olímpico de Londres

Page 25: BANHO DE EFICIÊNCIA

25revista notícias da construção / dezembro 2014Priorizar educação é investimento e não despesa, disse Ishikawa

Construção pede mais investimentos em educação

Moderador da mesa de debates de abertura 1º Fórum Internacional de Segu-rança e Saúde do Trabalho (SST), Robinson Leme, diretor da Feticom (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo), destacou a importância de se investir na for-mação básica dos trabalhadores. No painel “Os desafios para a qualificação e capacita-ção dos recursos humanos na Indústria da Construção”, Leme afirmou que 50% dos trabalhadores do setor não têm o ensino básico completo.

Ao concordar, Haruo Ishikawa, vice -presidente de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social do SindusCon-SP, defendeu investimentos em educação para se atingir a meta de acidente zero.

Adepta da linha pedagógica do edu-cador Paulo Freire, Maria Amélia Gomes de Souza, presidente da Fundacentro, apre-sentou uma visão crítica sobre o sistema de ensino técnico em vigor no país. “Falta metodologia mais próxima do cotidiano dos trabalhadores. A qualificação na construção civil ainda é muito precária”, afirmou.

Segundo ela, é preciso trabalhar com uma equipe multidisciplinar para desenvol-ver um profissional com atitude crítica e mais consciente. A direto-ra citou como exemplo um programa desenvolvido na Paraíba pelo CPR-PB, que reduziu a zero a ocorrên-cia de acidentes elétricos. “Temos de trabalhar pelo fim da cultura da gam-biarra.”

Silvia Marinho, da Lapido Talentos, também defendeu uma capacitação

mais próxima do cotidiano do trabalhador. “A educação precisa ser transformada”, afirmou.

Já Ideraldo Bassanelli, instrutor do Senai, ressaltou que a formação profissio-nal se estabelece a partir da instrução pelo exemplo. “Na unidade Tatuapé trabalhamos com um processo de melhoria contínua, ouvindo sempre as empresas, os trabalhado-res e acompanhando a revisão das normas técnicas“, afirmou.

Agente multiplicador Para o arquiteto Arthur Pugliese, ideali-

zador do projeto Mestres da Obra, valorizar a experiência de vida do trabalhador, resga-tando sua autoestima, é fundamental para que ele passe a atuar como multiplicador das boas práticas de trabalho.

Inspirado pelo sucesso do projeto, Pu-gliese revelou que já trabalha em parcerias com Paris e Londres.

Dentro do campo acadêmico, Sasquia Obata, coordenadora de projetos da Fatec, pediu uma participação mais ativa do Crea no mercado. “Eles precisam ser mais qualita-tivos na certificação dos profissionais”. Para ela, a certificação deveria ser reafirmada de tempos em tempos. (FH)

Page 26: BANHO DE EFICIÊNCIA

26 revista notícias da construção / dezembro 2014

SEGURANÇA DO TRABALHO

Quem não investe em SST fica no prejuízo

Cada afastamento por acidente de trabalho pode custar até R$ 174 mil por funcionário para a construtora, entre gastos diretos e indiretos e aumento do seguro RAT (Riscos Ambientais de Trabalho). O cálculo foi apresentado no Fórum Internacional de SST pelo gerente de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Mendes Jr., Gustavo Nicolai.

Nicolai recomendou que as empresas façam uma boa análise prévia de risco. Lembrou que, pela metodologia atual, o mesmo acidente é contabilizado por dois anos seguintes no cálculo do RAT.

O gerente chamou a atenção para um caso em que, por falta de planejamento, dez trabalhadores sem botas na concretagem de uma laje tiveram problemas de saúde, gerando prejuízo superior a R$ 1 milhão.

Mauricio Bianchi, vice-presidente de Relações Institucionais do SindusCon-SP, defendeu que a SST seja lecionada nos cur-sos de Engenharia. Para ele, outros desafios são sensibilizar o trabalhador para os cui-dados com a SST e o planejamento prévio.

Com a responsabilidade de fazer sair diariamente 25,5 mil trabalhadores com saú-de e segurança dos canteiros da MRV, José Luiz da Fonseca, gestor regional de Obras desta construtora, deu ênfase à necessidade de educação, qualificação e treinamento.

Segundo ele, a empresa tem 89 salas de aula, parceria com o Seconci-SP e melhorou as áreas de convivência. “Os desafios são: mostrar ao trabalhador que ele não é super- homem, sensibilizar engenheiros e mestres, e reter o funcionário quando se qualifica.”

Para o especialista em SST Augusto Dourado, o esforço regulatório e fiscal ainda não chegou às micro e pequenas empresas. Ele preconizou os cuidados com a saúde (prevenção de doenças, ergonomia e higiene ocupacional), o planejamento prévio e as

condições para cumpri-lo, e a adoção de um banco de soluções para situações-padrão.

O painel ainda contou com explanação do presidente do Seconci-RJ, João Fernan-des, sobre a evolução da SST, e a mediação do representante da CNI, Moacir Cerigueli, para quem só tecnologia e marketing não são suficientes para a produtividade do setor.

Qualidade de vidaMediadora do painel seguinte, Mariste-

la Honda, vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP, destacou o esforço do sindicato de sensibilizar o trabalhador e sua família para o cuidado com a qualidade de vida. “Nossos eventos como a Megasipat e o Construser vão além dos cuidados com a SST e valorizam os profissionais do setor.”

Trabalhar com as “emoções escon-didas” do trabalhador e estimulá-lo a ser exigente com a SST, educar-se, cultivar fa-miliares e amigos, e buscar a autovalorização pessoal são itens de uma agenda apresentada por Ana Cristina França, da FEA-USP.

Douglas Queiroz, gerente de Medicina Ocupacional do Seconci-SP, alertou que principalmente as subcontratadas trabalham em condições precárias de higiene e saúde. “De uma forma geral, ainda estamos só na prevenção e não mergulhamos na qualidade de vida.”

Já Marcelo da Costa, diretor de SST da Conticon, alertou que algumas construtoras, ao terceirizarem atividades ou remunerarem por tarefa, precarizam as condições nos canteiros de obras.

Também participaram deste painel Ro-berto Baumgartner, da ABRH, que destacou a importância de uma alimentação balance-ada, e Fernando Pinto, vice-presidente do Sinduscon-CE, que defendeu a terceirização feita de forma correta. (Rafael Marko)

Maristela, Ferraz Neto e Ishikawa no evento: SindusCon-SP atua pela valorização dos profissionais do setor

C A P A C I T A Ç Ã OP R O F I SS I O N A L

Mais informações: (11) 3334 5600Acesse nosso site e conheça o conteúdo completo dos cursos: www.sindusconsp.com.br

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O U T R O S C U R S O S E M S Ã O P A U L O

C U R S O S E M O U T R A S C I D A D E S

BIM 2015• 31/jan • 2/fev • 7 e 9/mar

das 10h às 18h - TOTAL: 28h

e-Social x Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aspectos Preparatórios• 22 de janeiro• 12 de fevereiro

Noções da Área Fiscal para Engenheiros e Administrativos de Obras26 de janeiro

Gerenciamento por Indicadores: Como e Por Que Medir e Avaliar o Desempenho de Sua Empresa27 de janeiro

Planejamento Financeiro na Construção Civil29 de janeiro

Gestão Estratégica de Pessoas: Uma Nova Visão de Gestão de Pessoas nas Organizações na Era do e-Social3 de fevereiro

SPED IRPJ – Escrituração Contábil Digital – Contém Novo Plano de Contas Referencial de Acordo com A Lei 12.973 de 20144 de fevereiro

ISS – Regras Gerais, Conflitos de Competência ICMS x ISS x IPI e Retenção do Imposto, Considerando A Lei ComplementarFederal 116/035 de fevereiro

PPCO - Planejamento, Programação e Controle de Produção das Obras - Construção Civil6 e 7 de fevereiro

Analista Fiscal com Foco na Construção Civil9 de fevereiro

Substituição Tributária do ICMS – Disposições Gerais e implicações para o Setor da Construção Civil, Sujeitas ao Regime23 de fevereiro

ISO 9001:2015 - Conheça as Tendências da Nova Versão e se Antecipe25 de fevereiro

Como elaborar e implantar os Planos de Gerenciamento de RCC27 de janeiro, em Santos

O novo Simples Nacional3 de fevereiro, emSanto André

EFD Contribuições6 de fevereiro, em Santos

O Novo Simples Nacional26 de fevereiro, em Bauru

e-Social - Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas27 de fevereiro, emSanto André

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Page 27: BANHO DE EFICIÊNCIA

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Page 28: BANHO DE EFICIÊNCIA

28 revista notícias da construção / dezembro 2014

Evite o passivo

Prevenção em saúde e segurançaé redução de custos para a empresa

S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O

O SindusCon-SP promoveu em no-vembro o 1º Fórum Internacional de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) na Cons-trução Civil. É importante ressaltar que o meio ambiente do trabalho seguro é um dos mais importantes direitos fundamentais do trabalhador e, além de estar protegido constitucionalmente, é alvo de fiscalização.

Além da Constituição e da CLT, há normas a serem consideradas, tais como as Convenções 155 e 167 da OIT e a legislação previdenciária, que estabelecem a responsa-bilidade solidária entre empresas tomadoras e prestadoras de serviço. Lidar com um complexo dinâmico de normas trabalhistas e previdenciárias e com mudanças constantes acaba sendo de difícil entendimento e na prática resulta em não aplicação.

A legislação sobre o tema tem sofrido diversas alterações, inclusive aumentando a carga tributária das empresas. A falta de investimento na gestão de SST deixa a empresa vulnerável a autuações, multas e até intervenções do Ministério Público do Trabalho, mediante Termo de Ajustamento de Conduta ou ações judiciais coletivas. Isso sem falar de demandas trabalhistas e ações regressivas do INSS.

É crescente o número de reclamações por danos morais, envolvendo assédio moral. No meio ambiente do trabalho, devemos nos preocupar tanto com a prevenção de acidentes como com a prevenção de doenças físicas e psíquicas.

Assim, é importante que a empresa esteja um passo à frente e comece a utilizar

ferramentas de autofiscalização e gestão. Neste sentido, as consultorias e auditorias trabalhistas desempenham papel importante para identificar procedimentos irregulares ou desaconselháveis.

Tudo começa com a escolha de um bom parceiro para o atendimento das normas regulamentadoras de medicina ocupacional e segurança do trabalho. Nesse passo, insti-tuições como o Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo) são de extrema importância.

É também fundamental que as empre-sas exijam, além da documentação fiscal e trabalhista das empresas subcontratadas, cópias dos programas de risco e controle médico ocupacional e exames médicos dos trabalhadores que executarão os serviços

em seus canteiros de obras. Na ocorrência de fiscalização, a falta de um exame com-plementar por par-te da subcontratada também resultará em

autuação administrativa para a contratante.A direção das contratantes nem sempre

se dá conta do passivo trabalhista e previden-ciário gerado por falta de controle dos pro-cedimentos internos de rotina ou pela falta de fiscalização dos serviços terceirizados.

Os processos de auditoria e gestão permitem à diretoria enxergar o que deve ser valorizado, o que deve ser reformado e coibir comportamentos indesejados e irregularida-des danosas ao meio ambiente profissional.

Com o mercado cada vez mais compe-titivo, quem trabalha de forma preventiva e planejada tem mais vantagens, pois além de ter um controle mais efetivo de custos, evita lidar com um passivo trabalhista e previdenciário.

IZABEL APARECIDA FLORES DE OLIVEIRA é Assessora Jurídica do SindusCon-SP e sócia do escritório Romano, Carvalho Santos e Oliveira Sociedade de Advogados

Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

Page 29: BANHO DE EFICIÊNCIA

Excelência na educação profissional e inovação tecnológica é no SENAI-SP

Cursos na área de Construção Civil

Aprendizagem Industrial Construtor de edificações Eletricista instalador Instalador hidráulico

Curso técnico de edificações Qualificações:

Desenhista de edificações Laboratorista de ensaios de materiais

Habilitação: Técnico em edificações

Curso mestre-de-obras Especialização—Planejamento e supervisão

de obras

Formação de mão-de-obra para construção civil ● Carpintaria ● Alvenaria ● Elétrica ● Auto CAD ● Hidráulica ● Pintura ● Vidraçaria ● Cobertura ● Armação de Ferros ● Desenho técnico ● Gesso acartonado ● Aquecimento solar Impermeabilização ● Serralharia de Alumínio Revestimento cerâmico ● Elevação de cargas e pessoas ● Soldador de tubos de polietileno ● Instalação e montagem de elevadores ● NR 10 - Segurança em instalações e serviços com eletricidade

NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

● NR 33 - Capacitação para trabalhadores em espaços confinados

NR 35 - Trabalhos em altura

Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo” Rua Teixeira de Melo, 106—Tatuapé—São Paulo—SP

Tel.: (11) 2227-6900 http://construcaocivil.sp.senai.br www.sp.senai.br/redessociais

Page 30: BANHO DE EFICIÊNCIA

30 revista notícias da construção / dezembro 2014

S I N D U S C O N - S P E M A Ç Ã O

Sindicato recomenda mobilização contra interpretação de norma para máquinas

O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, recomendou à Alec (Associação Brasileira de Locadoras de Equipamentos) que, amparada em laudos técnicos, se mobilize junto com os fabri-cantes de máquinas, pela rápida suspensão da interpretação que alguns fiscais vêm dando à NR 12 do Ministério do Trabalho.

Prevista para dar segurança aos ope-radores de grandes máquinas industriais, a NR 12 vem sendo aplicada a equipamentos de baixo risco da construção, gerando mul-tas e risco de interdição de obras.

Para relatar esta questão, Fernando Augusto Forjaz, presidente da Alec, acompanhado de diretores da entidade e fornecedores de equipamentos, visitou o SindusCon-SP em novembro. Eles se reuniram com Ferraz Neto, acompanhado de Haruo Ishikawa e Paulo Sanchez, vice- presidentes do sindicato.

Forjaz relatou que, devido à redação genérica da NR 12, a fiscalização tem estendido suas disposições à construção civil, fazendo exi-gências que inviabilizam, por exemplo, a utilização de betoneiras, tanto nacio-nais como importadas.

Ishikawa informou que estava por ocorrer a primeira reunião do Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamen-tos, para acompanhar a re-visão da NR-12. Sanchez alertou para a necessidade de se evitar que empresas que não querem cumprir normas se aproveitem da situação para fabricar ou alugar equipamentos mais baratos.

(Rafael Marko)

Dólar em alta não afeta importação de elevadoresMesmo com a alta do dólar, a fatia

correspondente à importação de elevadores continua crescendo no mercado nacional. Foi o que informou Jomar Cardoso, presi-dente do Seciesp (Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo), que visitou o SindusCon-SP em novembro, na companhia de dirigentes daquela entidade.

Os visitantes foram recebidos por Ferraz Neto, Paulo Sanchez e Claudio Gol-dstein, membro do Comitê de Tecnologia e Qualidade. Indagado sobre a perspectiva do mercado imobiliário, o presidente do SindusCon-SP informou sobre a queda nas vendas e nos lançamentos, e previu que esta situação ainda deverá perdurar em 2015.

Segundo Cardoso, mais de 50% dos elevadores novos são importados (principal-

mente da China). A totalidade das escadas rolantes também é importada, enquanto a fabricação de plataformas segue sendo na-cional, por conta da normatização da ABNT.

O presidente do Seciesp informou que, por conta da desaceleração da economia, o setor se ressente da falta de novos pedidos por parte de grandes lojas de varejo. “O que está nos sustentando é o segmento de manu-tenção de elevadores. Esperamos a situação melhorar apenas em 2016”, afirmou.

O presidente do Seciesp recomendou que as construtoras negociem a aquisição e a manutenção de elevadores em um único pacote, o que segundo ele seria economi-camente mais vantajoso do que contratar a manutenção somente após a instalação dos equipamentos. (RM)

Page 31: BANHO DE EFICIÊNCIA

31revista notícias da construção / dezembro 2014

Presidente e cinco ex-presidentes reúnem-se

Watanabe, Quaresma, Porto, Ferraz Neto, Robusti e Capobianco, na sede do Seconci-SP: primeira vez juntos em muitos anos

Pela primeira vez em muitos anos, o presidente atual e os cinco empresários que presidiram o SindusCon-SP de 1992 a agosto de 2014 participaram juntos de um evento do sindicato. O fato aconteceu na reunião ple-nária da Diretoria, em novembro, realizada na sede do Seconci-SP, a convite de Sergio Porto, presidente desta entidade.

Conduzida pelo presidente do Sindus-Con-SP, José Romeu Ferraz Neto, a plenária reuniu os ex-presidentes Eduardo Capobian-co, Sergio Porto, Artur Quaresma Filho, João Claudio Robusti e Sergio Watanabe, além de mais 40 pessoas, entre vice-presidentes, diretores regionais e conselheiros.

Porto abriu o encontro apresentando

a vasta atuação do Seconci-SP no atendi-mento de saúde e segurança do trabalho na construção e na administração de hospitais, ambulatórios e unidades auxiliares das redes estadual e municipal. Ele anunciou que as próximas unidades daquela entidade a serem abertas no interior serão as de Bauru e Mogi das Cruzes.

Os diretores das Regionais solicitaram que o Seconci-SP abra unidades em mais cidades, e Porto afirmou estar aberto a es-tudar qualquer solicitação. Quaresma Filho deu um testemunho sobre a excelência do serviço de Medicina Ocupacional prestado por aquela entidade.

(Rafael Marko)

Fiesp e governo abrem diálogo sobre o PACO Ministério do Planejamento abriu um

canal de diálogo com o Consic (Conselho Superior da Indústria da Construção) da Fiesp para tratar de assuntos relativos ao andamento do PAC (Programa de Acelera-ção do Crescimento). Este foi o resultado da reunião do Consic em novembro, que rece-beu o titular da Secretaria do Programa de Aceleração do Crescimento daquele minis-tério, Maurício Muniz Barretto de Carvalho.

O encontro contou com a participação de João Claudio Robusti e Cristiano Golds-tein, representantes do SindusCon-SP junto à Fiesp. Goldstein também é diretor titular adjunto do Deconcic.

Segundo Carvalho, o PAC 2 já superou em 41% a execução total do PAC 1, cujo investimento total foi de R$ 657 bilhões. Ele

informou que, no futuro, haverá reforço de concessões em logística e em energia.

ConstruBusinessEm seguida, o diretor titular do Depar-

tamento da Indústria da Construção (De-concic), Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, informou que a 11ª edição do ConstruBu-siness, no início de 2015, terá dois eixos: desenvolvimento urbano e infraestrutura.

Para o consultor Fernando Garcia, en-carregado da organização técnica do Cons-trubusiness, os patamares de investimentos em infraestrutura ainda estão abaixo do recomendável. “Nos últimos quatro anos, saltamos para 5% do PIB em investimen-tos, ainda aquém dos países desenvolvidos. Precisamos crescer”, comentou. (RM)

Page 32: BANHO DE EFICIÊNCIA

32 revista notícias da construção / dezembro 2014

Seconci-SP premia os melhores cases de saúde e segurança do trabalho

Simões recebe homenagem como Personalidade do Ano em SST das mãos de Porto; Ferraz Neto entre premiados, no Complexo Ohtake Cultural

Maristela, Ishikawa e Capobianco (ao centro) entregam troféus e diplomas

A terceira edição do Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) apresentou em novembro os cases vencedo-res das empresas da construção do Estado de São Paulo. O evento reuniu 450 pessoas no Teatro do Complexo Ohtake Cultural.

A entrega dos troféus teve a partici-pação de cinco membros da Diretoria do SindusCon-SP: o presidente José Romeu Ferraz Neto, os vice-presidentes Haruo Ishi-kawa e Maristela Honda (respectivamente vice-presidente e membro do Conselho do Seconci-SP) e os representantes junto à Fiesp Sergio Porto, que também preside o Seconci-SP, e Eduardo Capobianco.

Na solenidade, Porto afirmou esperar que a premiação “fortaleça essas iniciativas louváveis dentro das empresas de vocês e que possam inspirar outras equipes e outras empresas a seguirem este belo exemplo para toda a construção. Mais uma vez, o Seconci- SP se orgulha de cumprir sua missão de promover a saúde e a segurança do trabalho em benefício das construtoras paulistas, dos 900 mil trabalhadores que elas empregam e também de seus familiares.”

Empresas da construção de todo o Es-tado de São Paulo, divididas em Região Me-tropolitana de São Paulo e Interior/Litoral, inscreveram seus cases em três categorias: Controle de Perigos e Riscos no Canteiro, Controle da Saúde no Canteiro e Gerencia-mento Ambiental do Entorno da Obra.

O Comitê Organizador concedeu ainda o prêmio “Personalidade do Ano”, destinado a uma pessoa com grande representativi-dade em SST. Neste ano, o premiado foi o engenheiro Newton Simões, presidente e fundador da Racional Engenharia

Promovido pelo Seconci-SP, o prêmio conta com a parceria de SindusCon-SP, Sintracon-SP, Sindinstalação e Sinicesp. Patrocínio: Biotec, Caixa, Salux e Santander. Apoio institucional: Acigabc, Aconvap, Ape-Mec, Apeop, CBIC, Feticom-SP, Secovi-SP, Sintesp e Sinticompi. E o apoio de mídia das revistas Notícias da Construção, Constru-ção Mercado, Cipa, e Pini Editora.

A Comissão Julgadora do prêmio é composta por: Mackenzie, Poli-USP, Santa Casa, Unicamp, IPT, Senai- SP e Sesi-SP.

(RM)

Page 33: BANHO DE EFICIÊNCIA

33revista notícias da construção / dezembro 2014

R E S P O N S A B I L I D A D E S O C I A L

Bianchi na premiação:setor teve salto de qualidade

Saiba mais sobre os vencedores:www.premiomasterinstal.com.br/9edicao/

Saiba mais sobre os vencedores:www.sindusconsp.com.br/downloads/Premio_Seconci2014.doc

Conheça os vencedores da premiaçãoCategoria: Controle de Perigos e Riscos no CanteiroRegião Metropolitana de São PauloOuro - MPD EngenhariaPrata - WTorre EngenhariaBronze - Tecnisa Interior e Litoral de São Paulo Ouro - Contrutora Ferreira Guedes S.A.Prata - Construtora Adolpho LindenbergBronze - Patrimar Engenharia Categoria: Controle de Saúde no Can-teiro de ObraRegião Metropolitana de São Paulo Ouro - Racional EngenhariaPrata - Odebrecht RealizaçõesBronze - WTorre Engenharia

Interior e Litoral de São PauloOuro - Construtora AlavancaNão houve premiações Prata e Bronze.

Categoria: Gerenciamento Ambiental no Entorno da ObraRegião Metropolitana de São Paulo Ouro - WTorre EngenhariaPrata - Even Construtora e IncorporadoraBronze – Tiisa

Interior e Litoral de São Paulo Ouro - Racional EngenhariaPrata - MRV EngenhariaNão houve premiação Bronze. Prêmios Especiais Personalidade do AnoEngenheiro Newton SimõesTrabalhadores Modelo Braz Everaldo de Oliveira, mestre de obras da Construtora Adolpho LindenbergJoilson Pereira de Farias, servente de obra da TecnisaAna Cláudia Vieira de Souza, operadora de grua da Construtora Alavanca

Prêmio MasterInstal homenageia instalaçõesCom o apoio do SindusCon-SP, o Sin-

dinstalação (Sindicato da Indústria de Insta-lação) e a Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Insta-lações) realizaram em outubro, no Teatro do Sesi, a solenidade de entrega do Prêmio MasterInstal, que homenageia empresas e profissionais da indústria de instalações.

Em discurso no evento, o vice-presi-dente de Relações Institucionais do Sin-dusCon-SP, Mauricio Bianchi, afirmou que “antigamente, o segmento de instalações não tinha tanto respeito como merece, e graças ao esforço institucional, ele está mudando de patamar. A Norma de Desempenho de Edificações nos obriga a pensar diferente, in-cluindo conceitos de durabilidade de médio e longo prazos. Com isso, nós, construtores, fabricantes e instaladores, estamos alterando

a forma de conceber e executar”.O representante do SindusCon-SP junto

à Fiesp e presidente do Seconci-SP, Sergio Porto, e o vice-presidente do sindicato Haruo Ishikawa também participaram da premia-ção. Jorge Chaguri Junior, representando José Jorge Chaguri, presidente da Abrinstal, abriu a solenidade.

Os vencedores do prêmio foram: Aman-co, Bahiagás, Barbi do Brasil, Sanhidrel Engekit, CEG - Gás Natural Fenosa, Cimax Sanhidrel, Transfer Sistema, Engemav, Le-roy Merlin, Engemon, Etel, GTEL, Schnei-der, Hydro Z Unikap, FR Instalações, Merc Kits, Gafisa, Comgás, Senai, Teckma, Tecno Fluidos, MHA, Temon, Megabarre, Tigre e Enplan; Projetista do Ano: Luiz Olimpo Costi; Homenagem Qualinstal: Tecnisa; Fornecedor Destaque: Termomecanica.

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34 revista notícias da construção / dezembro 2014

Análise Ergonômica

P R E V E N Ç Ã O E S A Ú D E

A ergonomia tem evoluído de forma significativa, contribuindo no projeto e na modificação dos ambientes de trabalho, me-lhorando a produção e as condições de saúde e de bem-estar para os que ali trabalham. Pensar em ergonomia é pensar em qualidade de vida no trabalho e fora dele.

A construção civil ainda compreende atividades que necessitam de elevado esfor-ço físico. Problemas relacionados a ventila-ção, luminosidade, umidade e vibrações são comuns nos canteiros de obras, incidindo na maior parte dos acidentes de trabalho.

A realização contínua dessas atividades pode causar dor em diversas partes do corpo, atingindo especialmente a região lombar, que corresponde a cerca de 30% dos casos encontrados no Ambulatório de Fisioterapia do Seconci-SP.

Isso ocorre porque a região lombar recebe sobrecarga maior que as demais, principalmente durante a inclinação anterior do tronco, seguida pelos joelhos (21%), om-bros (19%) e cotovelos, onde se dá a maior incidência de lesões por esforços intensos e repetitivos dos músculos do antebraço. A função com maior índice de lesões é a de pedreiro, com 37% dos casos, seguida pela de servente, com 17%.

Para fazer uma intervenção ergonômica adequada no canteiro de obras, é necessá-ria, inicialmente, a realização de Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Com ela, é possível identificar as falhas do sistema produtivo e propor recomendações.

A intervenção ergonômica é dividida

em fases. A primeira é a exploratória e tem por finalidade recolher e registrar dados relativos à tarefa, com o objetivo de estudo. A segunda permite aprofundar os problemas observados e testar as sugestões prelimina-res. Analisa-se o desenvolver de atividades pelo trabalhador, aplicam-se questionários, faz-se avaliação postural e se confirmam pontos de prioridade investigados na fase anterior.

A terceira é a projeção ergonômica, em que são adaptadas as estações de trabalho e equipamentos, e se conscientizam os tra-balhadores. O treinamento de funcionários é uma forma de conscientização poderosa, pois dependerá deles trabalharem em posi-ções corretas. A quarta constitui a revisão do projeto, com sugestões de melhoria e prio-rização dos pontos diagnosticados a serem

modificados. A utilização da

ergonomia como fer-ramenta de estudos visando a melhoria da qualidade de serviços

na construção civil é um grande desafio. A dificuldade da aplicação de resultados, frente ao nível de diversidade de tarefas, e a precariedade e a improvisação encontradas no ambiente de trabalho são obstáculos ao desenvolvimento de ideias e planos para o alcance dessa qualidade.

O trabalho deve ser adaptado ao homem e não o contrário. Só por meio do diagnós-tico encontrado na análise de uma atividade do trabalhador em seu posto de trabalho será possível atingir mais rapidamente, de forma mais segura e a um menor custo, os objetivos visados em termos da melhoria das condi-ções de trabalho, como os estabelecidos nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

ELAINE DE ALMEIDAé fisioterapeuta pela Universidade Bandeirantes de São Paulo e supervisora do setor de Fisioterapia do Seconci-SP

Envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

Avaliar as condições de trabalho econscientizar funcionário é essencial

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35revista notícias da construção / dezembro 2014

Saúde bucal requercuidado na construção

Estudo do Seconci-SP sobre a saúde bucal feito junto 560 trabalhadores de sete canteiros de obras da cidade de São Paulo constatou que 58,05% tinham qualidade de higiene oral regular.

“Esse público apresenta problemas bucais relevantes, que podem culminar em urgências odontológicas com impacto na qualidade de vida, na produtividade e, eventualmente, causarem absenteísmo. Em alguns casos, chegam até a comprometer os relacionamentos sociais”, explica Jeffer-son Podestá Brandão, dentista e gerente de Odontologia do Seconci-SP. “Vale a pena ressaltar, porém, que esse quadro já apre-senta uma evolução em relação à situação de alguns anos atrás.”

Os pesquisados apresentaram uma média de 2,6 dentes cariados, menos de um dente (0,55) com necessidade de ex-tração, 4,75 dentes ausentes e 3,65 ob-turados. Cerca de metade tinha necessidade de prótese dentária.

“Para manter a saúde bucal em dia, é essencial conhecer a técnica de escovação, usar o fio dental e ter hábitos alimentares saudáveis. É preciso que no ambiente de trabalho haja um local acessível e próprio para que os trabalhadores possam guardar suas escovas de dente”, completa Brandão.

Unidade móvel odontológicado Seconci-SP;Brandão(no destaque) recomenda local apropriado para escovas no canteiro

Adriana: área responde por audiologia, fonoterapia e otoneurologia

Fonoaudiologia também trata labirintiteTrabalhadores da construção civil

que enfrentam problemas de fala, audição e labirintite (tontura) podem contar com atendimento fonoaudiológico oferecido pelo Seconci-SP. São comuns os casos em que uma simples manobra corporal, feita no paciente pelos fonoaudiólogos, alivie ou até sane as queixas de tontura.

Adriana Abrão Ribeiro, fonoaudióloga do Seconci-SP, comenta que trabalhar em altura e sentir tontura não necessariamente significa falta de alimentação. “É fundamen-tal que o trabalhador procure um médico, tontura pode ser sinal de labirintite”, alerta.

A área de Fonoaudiologia do Seconci- SP é dividida em três segmentos: audiologia, fonoterapia e otoneurologia. O atendimento de Audiologia, voltado em grande parte à área de medicina do trabalho, realiza cerca de 2 mil exames ocupacionais por mês de audiometria. Entre os exames estão a au-diometria tonal e vocal e a imitanciometria.

Já a fonoterapia objetiva fazer o acom-panhamento terapêutico, que pode ser rea-lizado para prevenção ou reabilitação dos distúrbios da comunicação em linguagem oral e/ou escrita, voz e audição, gagueira, afasia (dificuldade na fala devido a acidente vascular cerebral) e reabilitação vestibular.

A avaliação otoneurológica visa diag-nosticar distúrbios da audição e do equilí-brio. Os testes ocorrem por meio de mano-bras terapêuticas e de movimentos oculares.

Um dos grandes diferenciais é o atendi-mento em grupo, que reúne pacientes com o mesmo tipo de problema para tratamento em conjunto. “É uma ótima maneira de trocar experiências e fortalecer a autoestima du-rante o tratamento. As pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, e tiveram sequelas na fala, perce-bem que não estão sozinhos nesta luta, além criar novas amizades durante as sessões”, conclui a fonoaudióloga.

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36 revista notícias da construção / dezembro 2014

R E L A Ç Õ E S C A P I T A L - T R A B A L H O

Santos tem recorde de inscrições na MegasipatA Regional Santos do SindusCon-SP

registrou recorde de inscrições na Megasipat deste ano, um evento destinado à prevenção de acidentes e à preservação da saúde dos trabalhadores da construção civil, realizado em novembro, nas dependências do Sesi. “Superamos a meta pré-estabelecida e atin-gimos 116 participantes, com as inscrições encerradas uma semana antes do evento”, disse o diretor da regional, Ricardo Bes-chizza.

Em complemento às palestras e peças teatrais, a Regional apresentou uma inovação neste ano com a criação de um momento de lazer, durante o intervalo para a refeição. “Este intervalo livre para jogos teve o obje-tivo – amplamente atingido – de estimular a confraternização entre os participantes”, explicou Beschizza.

Visando à saúde dos trabalhadores,

foram mantidas as aferições de pressão arterial e glicemia, com o encaminhamento do trabalhador a um especialista, quando necessário. Também houve especial atenção com a saúde bucal. Um profissional da área, utilizando uma boca inflável, deu instruções sobre higiene e cuidados básicos com os dentes, além de se colocar à dispo-sição para tirar dúvidas da plateia.

Comprovando o sucesso da Megasipat, o diretor relatou que, ao final do evento, participantes já perguntavam quando seria o próximo, para garantir a inscrição. “Como outros eventos do gênero, a Megasipat é uma forma de investir no trabalhador, o principal patrimônio das empresas.”

(Giselda Braz)

Campinas comemora redução de acidentesNo sentido de ampliar as orientações

prestadas aos associados e trabalhadores, a Regional Campinas do SindusCon-SP pro-moveu no final de outubro a Megasipat, no auditório da Escola Senai Roberto Mange. Com interesse especial na busca de infor-mações sobre a prevenção de acidentes, o evento reuniu 71 trabalhadores.

“O que mais importa para todos nós é refletir sobre a saúde e a segurança em nossa atividade. E nesse ano tivemos uma redução no número de acidentes com mortes no setor, de 12 para 4 acidentes fatais. Esse é nosso principal objetivo”, disse Márcio Benvenutti, diretor da Regional Campinas.

A proposta do evento é oferecer aos trabalhadores informações atualizadas sobre as novas tecnologias e inovações que vêm sendo empregadas em todo o Brasil, além das novidades incluídas a partir da revisão legislação que trata da segurança, saúde e meio ambiente de trabalho na construção.

Durante as palestras também foi ressal-tada a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como cintos de segurança para trabalhos em altura.

Presente ao evento, o diretor do Sindi-cato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas, Francisco Aparecido da Silva, ressaltou que os trabalhadores presentes se transformam em multiplicadores das infor-mações que receberam. “É muito importante que todos levem os conhecimentos para seus ambientes de trabalho. Já tivemos a redução no número de acidentes fatais, mas ainda é preciso avançar”, disse. (Vilma Gasques)

Participantes passam por exames de glicemia

Grupo se exercita na Mega no Senai

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37revista notícias da construção / dezembro 2014

São José lota auditório do Sesi

A Megasipat de São José dos Campos reuniu em outubro aproximadamente 200 pessoas, entre empresários, trabalhadores e representantes de entidades ligadas à cons-trução civil na região do Vale do Paraíba, no Sesi Ozires Silva.

Durante todo o dia, os participantes as-sistiram a palestras, peças teatrais e puderam se exercitar, aferir a pressão e fazer exames de diabetes e acuidade visual.

Ao dar as boas vindas, o diretor da Re-gional, Mário Cezar de Barros, falou sobre a alegria de reunir os colaboradores para um momento dedicado à saúde e bem-estar. “O nosso objetivo é reforçar a mensagem sobre os cuidados que se deve ter para evitar os acidentes de trabalho, contribuindo para a criação de uma cultura de prevenção”, destacou.

Para o diretor do Sesi, Sérgio Antônio Alves de Oliveira, a preocupação com a saúde deve ser uma constante, e estar atento

à prevenção faz os trabalhadores terem mais qualidade no seu dia a dia.

O conselheiro Regional do Seconci-SP, José Antônio Marcondes Cezar, aproveitou a oportunidade para agradecer a colaboração dos alunos da Unip e das equipes de enfer-magem de São José dos Campos e São Paulo do Seconci-SP.

Também participaram da abertura o diretor do Posto de Atendimento ao Traba-lhador (PAT) de São José dos Campos, José Ricardo Andrade da Silva, representando o secretário de Relações do Trabalho do município, Miranda Ueb; o diretor do Senai, Carlos Ortunho Serra; o presidente do Sintri-con, Marcelo Rodolfo Costa e o presidente da Comissão Municipal de Emprego, João Mendes. (Camila Garcêz)

Mogi das Cruzes reúne mais de 220 trabalhadores A Delegacia de Mogi das Cruzes reuniu

mais de 220 profissionais da construção civil durante a 15ª edição da Megasipat, realizada em novembro. O evento trouxe profissionais do município e cidades vizinhas no Sesi CAT Nadir Dias de Figueiredo.

Segundo o diretor de Mogi, Mauro Rossi, o empresariado está mais consciente e colaborando para a expressiva participação dos trabalhadores no evento que ressalta principalmente a saúde e o bem-estar. “Estamos percebendo que o interesse dos funcionários em participar cresce a cada ano e o incentivo das empresas para que eles es-tejam presentes também vem aumentando”, destacou Rossi.

O analista de qualidade da Predial Suza-nense Construções e Incorporações, Adriano

de Assis, participou pelo segundo ano consecutivo e se surpreendeu com o dinamismo da Mega. “Já havia gostado do formato do even-to quando participei da primeira vez, por ser bem completo e abrangente. Este ano me surpreendi mais ainda com novos te-mas e apresentações, se renovando”, desta-cou. Para Assis, um evento deste porte, que abrange o Estado de São Paulo, demonstra o quanto o setor é organizado e unido.

(CG)

Trabalhadores se divertem em uma oficina de artes manuais

Público da Mega na cidade cresce a cada ano

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38 revista notícias da construção / dezembro 2014

R E G I O N A I S

Construindo o Grande ABC reúne 200 pessoas

O seminário Construindo o Grande ABC 2014 reuniu cerca de 200 pessoas, entre especialistas, executivos, empresários e diversos representantes do setor imobiliário no final de outubro em Santo André. Para a coordenadora de projetos da construção da FGV, a economista Ana Maria Castelo, o país tem condições para retomar um ciclo de crescimento no setor.

A economista também citou que hou-ve um leve aumento nos investimentos em infraestrutura nos últimos anos e maior for-malização do mercado de trabalho no setor de construção civil. “Houve um sensível aumento de empregos formais, e a taxa de desocupação do setor diminuiu. Em con-trapartida, o custo nominal de mão de obra aumentou 60% em cinco anos”, explicou. Um dos aspectos positivos que ela salientou foi o aumento dos salários dos profissionais da construção civil e, negativamente, a perda da rentabilidade das empresas do setor, de 2007 a 2012. “Mas mesmo nesse cenário de desaceleração, de 2012 até o ano passado, o setor vem com taxas de crescimento acima da inflação”, disse.

Ana Castelo ponderou que a taxa de emprego acumulada no setor no Estado de São Paulo em 2014 é de 0,06%. Em Santo André, onde estão concentrados 5,2% desses trabalhadores, esse aumento foi de 0,76%. “Um dos maiores problemas enfrentados nos últimos dois anos, afligindo diretamente as indústrias de materiais, foi o forte aumento das importações”, explicou.

Entre as maiores dificuldades que preocupam os empresários do setor está o desempenho geral da economia no país. Segundo a economista, que representou a presidência do SindusCon-SP no evento, a perda de fôlego do setor está diretamente

ligada à atividade da economia mais fraca no país, sendo necessárias medidas de ajuste que recuperem a confiança dos empresários e consumidores.

“Mas temos perspectivas positivas de crescimento do setor, pois o déficit habitacio-nal ainda é muito grande no país. Em 2013 os dados do IBGE registraram 68,4 milhões de famílias no Brasil e a previsão é que, até 2024, surjam 16,8 milhões de novas famílias e ainda temos um déficit habitacional de 5 milhões de domicílios, então o setor tem o desafio de atender mais de 20 milhões de fa-mílias”, destacou Ana Castelo. Os principais desafios para os próximos anos, de acordo com a economista, são a recuperação da confiança do mercado, aumento de investi-mentos em infraestrutura, avanço sustentável com ocupação adequada do solo, aumento da produtividade e maior industrialização dos processos construtivos.

Segmento imobiliário De acordo com o economista-chefe do

Secovi-SP, Celso Petrucci, a perspectiva é positiva para 2015, com diversos lançamen-tos que começaram a ser feitos em 2013 sendo entregues. “O segmento imobiliário no ano passado movimentou R$ 90,4 bilhões em lançamentos e as regiões de São Paulo e Rio de Janeiro têm 51% desses empreendi-mentos imobiliários”.

O economista também destacou o cres-cimento dos financiamentos no setor, com média de 633 mil operações por ano. Em 2012 foram realizadas 951 mil operações.

O presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Adminis-tradoras do Grande ABC), Milton Bigucci, destacou a importância e o sucesso do pro-grama Minha Casa, Minha Vida e disse que

Ana Castelo apresentou as projeções para 2015 em Santo André

Page 39: BANHO DE EFICIÊNCIA

39revista notícias da construção / dezembro 2014

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está otimista, pois a demanda habitacional na região é muito grande. “Outro fator que influenciará positivamente a região do Gran-de ABC é a chegada da linha 18 Bronze do Metrô, que trará maior mobilidade à popu-lação e certamente haverá maior demanda de habitações”, afirmou.

FinanciamentoDe acordo com a Caixa, só no ano

passado, o volume de financiamentos em crédito imobiliário para o Grande ABC tota-lizou R$ 2,1 bilhões. Neste ano o montante atingiu, até setembro, R$ 1,7 bilhão. “O saldo disponível pela Caixa para o crédito imobiliário na região já atinge R$ 6 bilhões. E temos uma expectativa de crescimento no volume de financiamentos em torno de 10% para 2015, pois apesar da diminuição de renda da população, não observamos o mesmo no nível de emprego”, disse o ge-rente regional do segmento da Construção

Civil da Caixa, Rafael Tonelli Arcanjo. Em 2013, foram fechados 18.907 contratos de financiamentos imobiliários nas sete cidades do Grande ABC. Até setembro deste ano, o volume atinge 13.783 contratos assinados, englobando a aquisição de lançamentos.

Realizado pela Acigabc com o objetivo de fomentar o mercado imobiliário regional ao disseminar informações estratégicas para um setor que movimenta no país anualmente quase R$ 500 bilhões (9,3% do PIB), a edi-ção deste ano contou ainda com a presença do presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto; do superintendente regional da Caixa, Everaldo Coelho; do diretor geral do ZAP Imóveis, Eduardo Schaeffer; dos co-ordenadores técnicos da Gerdau, Fernando Cirino e Bruno Mello; do coordenador do Portal do Repasse, Wilson Pacheco Jr. e do superintendente técnico da Abecip, José da Silva Aguiar.

(Sueli Osório)

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40 revista notícias da construção / dezembro 2014

REGIONAIS

Santo André realiza cursos sobre supervisão de estrutura de concreto e trabalho em altura

Em parceria com o Senai-SP e a Ger-dau, a Regional Santo André promoveu em novembro os cursos de Supervisão de Execu-ção de Sistemas de Armadura para Estrutura de Concreto, com duração de 40 horas, e da NR 35, com duração de 16 horas. Os treinamentos foram realizados no Centro de Treinamento localizado na cidade de Mauá.

Segundo o professor Ednaldo Nunes, que ministrou o curso, o tema mais impor-tante abordado foi ‘Qualidade e Produti-vidade no Serviço de Armação, Leitura e Interpretação de Plantas’.

Para Emanuel Teixeira, aluno e diretor do Ciesp Santo André, o curso interessou bastante, pois abordou a composição do aço e suas ligas, assim como a utilização de cada uma na estrutura da edificação.

“Com este curso oferecemos aos alunos

conhecimentos sobre a execução de arma-dura para estrutura de concreto com forte ênfase na produtividade e qualidade dos serviços a serem executados e a abertura de novas oportunidades de trabalho aos par-ticipantes”, disse Paulo Marcondes Brito, agente de treinamento do Senai-SP. (SO)

Professor Nunes (ao centro) e seus alunos

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41revista notícias da construção / dezembro 2014

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Prudente tem palestra sobre revestimento

Um novo sistema de aplicação de ar-gamassa de forma mecanizada proporciona “um ganho muito grande no custo final por metro quadrado aplicado” em uma obra. A análise é do engenheiro Fabio Campora, da Associação Brasileira de Argamassa Indus-trializada (Abai), que ministrou palestra no Senai de Presidente Prudente.

O engenheiro destacou que o sistema de aplicação de argamassa de forma ope-racional, ou seja, utilizando máquinas, “é o que existe de mais moderno no mundo e já está disponível no Brasil”. “Na constru-ção tradicional você aplica a argamassa na parede, chapando com a colher. No sistema de argamassa por projeção, você prepara um produto e o aplica através de alguns equipa-mentos. Então se tem um revestimento com muito mais produtividade, muito melhor acabamento e muito mais rapidez e quali-

dade”, explicou Campora.Na ocasião, a engenheira Elza Nakaku-

ra também apontou que hoje não temos mais o pedreiro artesão. “Temos uma rotina produtiva acelerada. E para atender essa produtividade precisamos de uma raciona-lização, que passa pela mecanização. Porque você vai substituir parte da mão de obra pelo maquinário”, reforçou.

Campora e Elza ministraram suas pales-tras durante o Seminário Sistema de Revesti-mento Racionalizado, que teve a realização da Comunidade da Construção - Sistemas à Base de Cimento. (Maycon Morano)

Campora destacou a importância econômica do sistema mais moderno para aplicar argamassa

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42 revista notícias da construção / dezembro 2014

REGIONAIS

Campinas realiza ciclo de palestras

Os diferentes sistemas construtivos e as opções de produtos que agregam cada vez mais valor às construções foram o foco do Ciclo de Palestras realizado pela Regional Campinas do SindusCon-SP em outubro. Com a participação de engenhei-ros, arquitetos, projetistas, construtores, empreendedores e estudantes, o evento abordou os sistemas construtivos que mais vêm conquistando o mercado brasileiro e que oferecem vantagens pelas metodologias aplicadas e uso dos materiais adequados.

Os instrutores convidados também palestraram sobre a economia de um bom projeto, projeto em Revit para paredes de concreto, alvenaria estrutural com transição e comparativo de custos entre concreto armado, alvenaria estrutural e paredes de concreto.

Em sua palestra, Arnaldo Augusto

Wendler Filho, diretor da Wendler Projetos em Campinas, destacou que a economia de um bom projeto leva em consideração tópicos como: mostrar as vantagens econô-micas reais de um projeto bem feito e bem coordenado, além de casos de lançamento estrutural e de compatibilização.

Na apresentação sobre o Revit PC, Wendler Filho apresentou a tecnologia BIM aplicada aos projetos e casos com paredes de concreto.

A Polar, por sua vez, trouxe soluções desenvolvidas para aumentar a praticidade no momento da construção de imóveis, gerando economia de custos. Atenta aos movimentos do mercado e suas necessida-des, a empresa busca soluções inovadoras para o setor da construção. (VG)

Ciclo de Palestras reuniu especialistas da Wendler Projetos e da Polar

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43revista notícias da construção / dezembro 2014

Segurança na obra é uma obrigação de todos, desde o trabalhador, passando pelo técnico e chegando ao empresário. Este foi um dos temas discutidos durante o Workshop Segurança no Trabalho orga-nizado pela Regional de São José do Rio Preto do SindusCon-SP em parceria com a Fiesp em novembro.

Com realização do Senac, o evento foi aberto por Luiz Antonio Chiummo, engenheiro de segurança pela Gerência do Jurídico Estratégico da Fiesp. Ele abordou temas importantes como o PCMAT, a NR18 e outras normas de segurança que são im-prescindíveis em uma obra.

Com objetivo de capacitar os partici-pantes sobre os aspectos relevantes em ge-renciamento de obras; apresentar os princi-pais conceitos de obras e demonstrar como as práticas em segurança, organização e limpeza que influenciam na produtividade e na redução de acidentes do trabalho.

Douglas William Hakini, técnico em segurança do trabalho que atua em São José do Rio Preto no Programa SindusCon-SP de Segurança (PSS) na Construção Civil, também ministrou a palestra com temas voltados à prevenção e controle de aci-dentes do trabalho e preservação do meio ambiente. Entre os assuntos abordados por ele estavam o Sistema de Gestão de Segu-

rança, Sistema de Gestão Integrado Quali-dade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde, Sustentabilidade do Canteiro e Combate ao Desperdício e Dicas de Segurança nos Can-teiros de obras, de organização e limpeza, almoxarifado, escavações de valas e poços.

A coordenadora da Regional, Mércia Godoy, fez a abertura do workshop ressal-tando o trabalho da entidade. “O papel do SindusCon-SP é conscientizar e educar, por isso nos preocupamos em realizar eventos que atendam esta necessidade.”

(Ester Mendonça)

Da esq. para a dir., Chiummo, Mércia e Hakini

Rio Preto tem workshop sobre Segurança no Trabalho

Page 44: BANHO DE EFICIÊNCIA

44 revista notícias da construção / dezembro 2014

REGIONAIS

Campinas assina acordo sobre restauração com Universidade Aveiro, de Portugal

Com apoio da Regional Campinas do SindusCon-SP, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e a Câmara de Campinas realizaram em outubro o Fórum Interna-cional sobre o Patrimônio Arquitetônico Portugal/Brasil. “É uma iniciativa e uma troca de conhecimentos muito importantes para que haja um avanço e para que Cam-pinas possa fazer um trabalho de qualidade na recuperação histórica do patrimônio da cidade”, disse Maria Rita Amoroso, uma das organizadoras do evento e represen-tante do IAB e do SindusCon-SP.

Durante o fórum, um Protocolo de Cooperação Internacional sobre a proteção do Patrimônio Cultural foi formalizado e assinado no momento em que estão reu-nidas as condições para um debate amplo sobre o Patrimônio Cultural. Também foi debatida a formalização de uma rede de suporte institucional para ações concretas que devem ser implementadas na reabi-litação do edificado natural e construído em Campinas.

O evento procurou congregar esforços de diversas instituições como a PUC--Campinas, USP, Prefeitura de Campinas e Câmara Municipal, e convidou repre-sentantes da Universidade de Aveiro, em Portugal, para apoiar esta iniciativa, por conta da investigação relevante que foi desenvolvida nesta área. A experiência multidisciplinar de cada uma das entida-des e de todas as que desejarem participar serão consideradas.

“Precisamos entender as experiências já executadas em Portugal e as semelhan-ças com Campinas para poder avançar”, afirmou o diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP, Márcio Benvenutti.

Da Universidade de Aveiro, o pro-fessor Aníbal Guimarães da Costa e a professora Alice Tavares Costa disseram

que vieram estreitar relações e conheci-mentos para a preservação do patrimônio arquitetônico de Campinas. “Não viemos ensinar nada. Trouxemos a nossa experi-ência para partilhar. Temos um patrimônio em Portugal de mais de mil anos que está sofrendo intervenções. E vamos mostrar o que está sendo feito por lá”, garante Costa.

IntercâmbioO fórum também foi um momento

de manifestação de interesse efetivo pela preservação do patrimônio arquitetônico e cultural de Campinas com uma vertente de intercâmbio e promoção internacional por meio da Universidade de Aveiro. “É um esforço para conseguir atingir o ob-jetivo de aliar a investigação a técnica, à intervenção no patrimônio e às políticas culturais. Já estamos agendando uma visita à Portugal em janeiro para ver de perto o trabalho desenvolvido por nossos parceiros”, ressalta Alan Cury, diretor do IAB Campinas.

O que a organização do evento espera é contribuir para a melhoria das condições de usufruto do patrimônio de Campinas, numa estratégia de longo prazo e de ações concretas e sustentáveis em termos cultu-rais, sociais, econômicos e ambientais. (Vilma Gasques)

Entre os participantes do Fórum estavam Maria Rita Amoroso, diretora de patrimônio do IAB (de branco), Cury, presidente do IAB (de verde), e o vereador André Von Zuben (2º à dir.)

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45revista notícias da construção / dezembro 2014

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quinta-feira, 20 de novembro de 2014 08:41:42

Seconci-SP implantará uma unidade em BauruA cidade de Bauru foi escolhida para

receber uma unidade do Seconci-SP. A locação do imóvel já está em andamento, bem como sua primeira avaliação. “No lo-cal já funcionou uma clínica, por isso será mais fácil adaptá-lo para as necessidades do Seconci-SP”, explicou o gerente regional da entidade Agnaldo Silva.

A futura unidade de assistência à saúde contará com clínica geral, especialidades, exames por meio gráficos e de imagens, além de coletas de exames laboratoriais e um diferencial oferecido pelo Seconci-SP, que é o atendimento odontológico.

“É importante para todo mundo. Pre-cisamos agregar mais valor aos funcioná-rios”, salientou o diretor da Regional do SindusCon-SP em Bauru, Ricardo Aragão. No total, o Seconci-SP conta com 11 regio-nais instaladas em: São Paulo, Campinas,

São José dos Campos, Sorocaba, Piracicaba, Santos, Cubatão, Riviera de São Lourenço, Praia Grande, Mogi das Cruzes (nova) e Ribeirão Preto, que totalizam anualmente 1,8 milhão de atendimentos.

Unidade Móvel“De tempos em tempos trazemos as

unidades móveis de odontologia para fazer atendimentos direto nos canteiros. Assim damos a condição para todos serem atendi-dos. Com os resultados, você atrai os aten-dimentos para as unidades fixas e contribui para a melhoria da produtividade e a redução do absenteísmo nas empresas”, destacou o gerente regional do Seconci-SP.

A previsão é que o serviço esteja pronto para uso dos trabalhadores da construção civil em fevereiro de 2015.

(Bruna Dias)

Aragão: atendimento médico e odontológico agregará valor

Prudente abre inscrições para curso de Mestre de ObraEstão abertas as inscrições para o curso

gratuito de Mestre de Obras em Presidente Prudente. Oferecido pela Regional, em par-ceria com o Senai, a capacitação terá uma carga horária de 600 horas, com início em fevereiro de 2015. As aulas serão ministradas de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h.

Para se candidatar a uma vaga, o aluno

deverá ter, no início do curso, no mínimo 18 anos; ter concluído a 6ª série do Ensino Fundamental; ter trabalhado por pelo menos cinco anos como profissional de uma ou mais áreas relacionadas ao setor.

Informações e inscrições podem ser ob-tidas pelo tel.: (18) 3222-9801 ou via e-mail: [email protected].

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46 revista notícias da construção / dezembro 2014

REGIONAIS

C L A S S I F I C A D O S

Bauru promove curso sobre a NR-35

Entre as diversas exigências de normas de trabalho para a construção civil, uma das mais importantes é a Norma Regula-mentadora-35 (Trabalho em Altura). Com o objetivo de elevar a capacitação dos pro-fissionais que atuam na área, a Regional e o Senai Bauru realizaram em novembro o 10º Treinamento em NR-35.

O curso ministrado pelo técnico em se-gurança do trabalho Roque Quadrado Filho é gratuito às empresas associadas à Regional. Desde o seu lançamento, o treinamento já formou 120 trabalhadores em Bauru.

A NR-35 determina as condições mínimas e os requisitos de proteção para o trabalho em altura, abran-gendo o planejamento, a organização e a execução, garantindo assim a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos de forma direta ou indireta com esta atividade.

Entende-se por trabalho em altura atividades realizadas acima de 2 metros do nível do solo e com perigo de queda. (BD)

Treinamento foi ministrado por Roque Quadrado Filho

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47revista notícias da construção / dezembro 2014

C L A S S I F I C A D O S

Comar realiza capacitação em Bauru A diretoria da Regional Bauru do

SindusCon-SP e funcionários da Secreta-ria Municipal de Planejamento (Seplan) participaram em novembro de um curso de capacitação no Comando Aéreo Regional (Comar).

O objetivo da capacitação é prepa-rar os órgãos públicos e construtoras da cidade para realizarem estudos técnicos, contribuindo para acelerar o processo de aprovação de projetos.

Para construir em áreas próximas de

aeroportos ou aeroclubes, as empresas interessadas precisam apresentar um pro-jeto relacionado à área de influência para a Seplan.

No entanto, a falta de conhecimento específico sobre o assunto tem resultado em vários projetos parados e encaminha-dos diretamente para análise do Comar. Sem expertisse, a morosidade na aprova-ção de projetos chegava a seis meses no município.

(BD)

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C L A S S I F I C A D O S

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50 revista notícias da construção / dezembro 2014

Uma nova Medida Provisória (MP 656, de 7/10/2014), ainda sujeita a ser transfor-mada em lei, traz importantes repercussões jurídicas em relação à compra e venda de imóveis

A referida MP traz assuntos variados –falência, previdência etc.–, interessando-nos agora apenas o atinente aos chamados “Di-reitos Reais” sobre imóveis, que envolvem propriedade, usufruto, direito de promitente comprador, hipoteca etc.

Ficou previsto que os “negócios jurí-dicos que tenham por objetivo constituir, transferir ou modificar direitos reais sobre imóveis serão eficazes em relação a atos jurídicos precedentes, nas hipóteses em que não tenham sido registradas ou averbadas na matrícula do imóvel as informações mencio-nadas” em referido diploma legal.

Os casos mencionados são, basicamen-te, registros ou averbações na matrícula do imóvel de citação de ações reais ou reiper-secutórias (ação que reivindica a posse ou propriedade), constrição judicial (penhora, arresto, sequestro etc.), ação de execução, ação que possa reduzir o devedor à insol-vência.

Em outras palavras, ficou disposto que, na aquisição de um imóvel, se tais atos não estiverem registrados e a escritura for regis-trada, um terceiro interessado não poderá levantar fatos ou atos que não estiverem constando na matrícula, inclusive para fins de evicção (perda, parcial ou total, de um bem em favor de terceiro que tem o efetivo direito sobre a coisa).

São exceções hipóteses de atos inefica-zes e possibilidade de revogação de outros visando prejudicar credores em relação à massa falida, que não é objeto deste artigo. Também se constituem exceções os casos de aquisição e extinção da propriedade que independem de registro do título de imóvel.

Numa linguagem mais simples: entre a venda/promessa de venda e um fato/ato im-peditivo/modificativo/extintivo do negócio, a primazia será de quem registrar primeiro no Registro de Imóveis.

Uma medida salutar, doravante, leva à recomendação de que os compromissos de venda e compra devem ser registrados, prática hoje rara no país pelos custos en-volvidos.

A análise de legalidade da referida Medida Provisória, caso aprovada pelo

Congresso, ainda está sujeita à análise dos tribunais. A prudência manda continuar a examinar toda a docu-mentação pessoal e do

imóvel que está sendo adquirido. Deveras, haverá questões a serem decididas mesmo que acolhido tal diploma legal, tais como má-fé do vendedor/terceiro adquirente (con-luio), circunstâncias que adiem a condição de registro da constrição existente, atrasos em providências etc.

Ademais, há a possibilidade de a refe-rida MP ser rejeitada ou perder seus efeitos por decurso de prazo para aprovação. Nesse caso, a previsão (que pode ser objeto de discussão em tese – por exemplo, quanto à constitucionalidade da MP) é que “as relações jurídicas constituídas e decorren-tes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas” (Constitui-ção Federal, §11º, art. 62).

Melhor prevenir

Promessas de venda e compra devemser registradas na matrícula do imóvel

J U R Í D I C O

PAULO ANTONIO NEDER é advogado e membro do Conselho Jurídico doSindusCon-SP

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52 revista notícias da construção / dezembro 2014

Ensaio acuradoS O L U Ç Õ E S I N O V A D O R A S

O Brasil é um dos cinco maiores consu-midores de tintas imobiliárias do planeta, atrás apenas de EUA, China, Alemanha e Índia. Segundo a Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), em 2013 o Brasil pro-duziu 1,426 bilhão de litros, dos quais as tintas para construções não industriais representam cerca de 80%. Elas são compostas de um ligan-te (resina base acrílica em emulsão aquosa); pigmentos; aditivos diversos e solventes.

O ligante (resina) é o componente princi-pal da formulação. Responde pela aglomera-ção das cargas e pigmentos e suas principais funções são: impermeabilidade, flexibilidade, aderência e resistência aos raios UV, entre outras. É muito importante determinar o seu correto teor na formulação, pois permite ao usuário correlacionar propriedades de desem-penho do filme de pintura, bem como utilizá-lo como um parâmetro de controle de uniformi-dade de uma tinta entregue em uma obra.

Um dos métodos de ensaio normatizado mais empregado para a determinação do teor de ligantes é o da norma ASTM D 3723:2011 (Standard Test Method for Pigment Contento of Water-Emulsion Paints by Low-Temperature Ashing). Trata-se de ensaio de simples exe-cução, usando balança de precisão, estufa, mufla e alguns acessórios.

Com as inovações contínuas na produção dos polímeros (ligantes) surgiu a ideia de se verificar se o mé-todo de ensaio continua a refletir o real teor de ligante na formulação e por conseguinte o teor de sólidos totais.

Também se pode empregar termogravi-metria (TGA), equipamento que registra de forma contínua a perda de massa da amostra em função da variação da temperatura.

O resultado da TGA é expresso grafica-mente, exigindo uma análise mais científica e rigorosa do comportamento das curvas que refletem a perda de massa em função da varia-ção de temperatura até o limite programado.

O estudo realizado determinou o teor de ligantes de nove amostras com teores distintos, que variaram de 4% a 36% de ligantes em dis-persão aquosa a aproximadamente 50%. O teor de cada amostra neste estudo é identificado pela seguinte nomenclatura: Látex (X), onde X significa o teor de resina com que a tinta em análise foi formulada.

Todas as amostras foram ensaiadas por TGA para servir como referência. Depois, com amostras irmãs, foram realizados os ensaios da norma ASTM D 3723, que consiste em

submeter a amostra a uma temperatura de 105 ± 2ºC durante 180 minutos, e registrar sua massa. Na sequência, a amostra é submetida a uma temperatura de

450 ± 25ºC durante 60 minutos.

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CARLOS EDUARDO CARBONE é engenheiro e diretor da Art Spray

OSMAR HAMILTON BECERE é mestre tecnólogo em construção civil e pesquisador do IPT

Teor de sólidos de resina das tintasagora pode ser melhor determinado

(*) : (A x B) / 1001 Molécula de água ligada fisicamente a elementos químicos por atração molecular e por interações de Van Der Waals.

Identificação da amostra

Teor (%)

Resina na formulação (A)

Sólidos de ligantes da resina (B)

Sólidos de resina teórico (*)

Látex 4 4

45,76

1,83

Látex 8 8 3,66

Látex 12 12 5,49

Látex 16 16 7,32

Látex 20 20 9,15

Látex 24 24 10,98

Látex 28 28 12,81

Látex 32 32 14,64

Látex 36 36 16,47

TABELA 1 – TEORES DE SÓLIDOS DE RESINA

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53revista notícias da construção / dezembro 2014

LEANDRO AUGUSTO é mestre tecnólogo

em Construção Civil e pesquisador

assistente do IPT

EVELYN DE AGUIAR CANDIDO é estagiária

de EngenhariaCivil no IPT

ALEXANDRE CORDEIRO DOS

SANTOS é engenheiro civil e pesquisador

assistente do IPT

(a) Valores transcritos da TABELA 1

Identificação da amostra

Sólidos de resina teórico (a)

ASTM D 3723 TGA

% Sólidos de resina a 105ºC

% Sólidos de resina a 200ºC

% Sólidos de resina a 200ºC

Látex 4 1,83 2,64 2,60 2,01

Látex 8 3,66 4,17 4,13 3,82

Látex 12 5,49 6,24 6,18 5,66

Látex 16 7,32 7,82 7,69 7,55

Látex 20 9,15 9,78 9,74 10,00

Látex 24 10,98 11,86 11,73 11,94

Látex 28 12,81 13,89 13,24 13,03

Látex 32 14,64 15,19 13,78 14,82

Látex 36 16,47 17,90 16,60 17,51

TABELA 2 – RESULTADOS DOS ENSAIOS DE TEOR DE SÓLIDOS DE RESINAS

Equipamento para realização da TGA

Correlação entre TGA e sólidos de resina teórico

Correlação entre Mufla (200ºC) e sólidos de resina teórico

Correlação entre Mufla (105ºC) e sólidos de resina teórico

Correlação entre Mufla (200ºC) e TGA

Todos os resultados de TGA indicaram que a perda da fração volátil ocorreu a 200ºC, demonstrando que, além da água livre con-tida na formulação da tinta, que geralmente se extingue a 105ºC, existe um teor de água absorvida na formulação. Os dados numéricos de todos os ensaios estão na Tabela 1.

Também se determinou por TGA a quan-tidade do teor de sólidos da resina em emul-são utilizada nas formulações das amostras: 45,76%. Com esse valor obteve-se o teor de sólidos de resina teórico, conforme a Tabela 1.

Como se constatou que nos resultados da TGA a 200ºC ainda havia material volátil, acresceu-se nos ensaios realizados pela norma ASTM D 3723 a determinação dos teores para a temperatura de 200ºC. Os resultados dos en-saios de ambos os métodos estão apresentados

na Tabela 2.Os resultados obtidos foram correlaciona-

dos e permitiram verificar robustas correlações entre resultados dos ensaios em TGA e o cálcu-lo teórico da quantidade de resina adicionada na formulação das amostras (gráficos abaixo).

Analisando-se os dados individuais, verifica-se que os resultados que mais se aproximaram do valor teórico foram os obtidos por TGA. Dos ensaios realizados pelo método prescrito na ASTM D 3723, os resultados que mais se aproximaram do valor teórico foram os obtidos com a temperatura de 200ºC.

Os resultados sinalizam que, com o aumento da temperatura de ensaio estabe-lecida na norma ASTM D 3723, de 105ºC para 200ºC, pode-se melhorar a acurácia dos resultados desse ensaio.

Balança MuflaEstufa

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54 revista notícias da construção / dezembro 2014

O difícil caminho da união

O mundo passa pelo enorme desafio de conseguir a unidade na diversidade. A riqueza humana está na diversidade de nações, povos, etnias e opiniões. O respeito à diversidade é essencial para a vida. Quanto mais diverso o ecossistema, mais rico em valor.

O problema está em conciliar a diversida-de com a unidade para que essa riqueza possa encontrar o necessário espaço para se mani-festar e crescer. Sem unidade, a diversidade se transforma em Babel, confusão e cizânia.

Os cientistas políticos e sociais nos cha-mam a atenção de que deveríamos ser capazes de permitir a diversidade sem comprometer a união. Como seres humanos e políticos, deveríamos ser capazes de conviver com a diversidade de forma civilizada.

Se observarmos bem, o mesmo tem ocor-rido no mundo empresarial.

Para ter sucesso, uma empresa deve ser unida, coesa em busca da qualidade daquilo que produz e no serviço aos clientes. Embora composta de inúmeros departamentos ou filiais, uma empresa deve ser percebida como uma entidade única por seu mercado, para que possa ter sucesso.

Infelizmente, nem sempre é isso que vemos. Departamentos e filiais vivem lutas internas por poder, o conjunto fica totalmente prejudicado e todos perdem. Na desunião não há vencedores.

Enganadores profissionaisUma das últimas edições da revista The

Economist traz um interessante artigo sobre a arte de enganar no trabalho, com o irônico

título “Um Guia para Enganar (no trabalho): como prosperar no trabalho com o mínimo de esforço.”

A revista descreve desde o antigo artifício de deixar o paletó no encosto da cadeira para que o chefe pense que o funcionário já chegou ou ainda não saiu, até truques mais modernos como ficar com olhar sério e fixo no compu-tador, fingindo estar vendo algo importante referente ao trabalho e, na verdade, estar no Facebook papeando com amigos ou marcando uma festa.

Todos nós conhecemos esses mestres em enganar no trabalho. Muitos deles fazem ques-tão de dizer que são os primeiros a chegar e os últimos a sair. Mostram-se preocupados com tudo o que acontece. Mostram-se ocupados

o tempo todo e fazem aquilo que os ingleses chamam de “teatro do entusiasmo”. São os primeiros a aplaudir novas ideias e projetos,

mas na hora de fazer estão sempre ocupados, marcam viagens e acompanham tudo, mas sempre longe da execução de fato. E no final de tudo, aparecem para receber os elogios e até mesmo, espertamente, elogiar os colegas que fizeram acontecer.

A revista mostra que esse problema é maior em grandes empresas. Quanto maior a empresa, mais fácil é enganar, diz The Econo-mist, sem falar no serviço público, sem dúvida o local mais propício para os mestres na enga-nação em qualquer lugar do mundo, afirma.

A maneira mais eficaz de pegar essas pessoas enganadoras é estar presente no local de trabalho, acompanhar de perto o que fazem, enfim participar ativamente da execução e não ficar fechado em gabinetes, como faz a maioria dos gestores.

Pense nisso. Sucesso!

Todos perdem com lutas internassendo travadas dentro da empresa

E M P R E E N D E D O R I S M O

LUIZ MARINS éprofessor, antropólogo, e consultor.Autor de 26 livros.www.anthropos.com.br

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