Upload
vunhu
View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXII, Nº 504Montalegre, 17.11.2016
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei
Campo de Tiro, mais uma obra da Câmara envolta em polémica
Andando e rindo com vontade de chorar
Barrosos da Fonte traz-nos hoje uma reflexão sobre a castanha e o castanheiro tão úteis e tão desprezados numa terra como a nossa que poderia plantar-se nas terras abandonadas.
P3
As arteirices que se aproveitam dos inocentes bucolismos
Em Currente Calamo, faz-se alusão às feiras das nossas terras e aos vendedores de banha da cobra que abusam da simplicidade do bom povo.
P4
UMA ELEIÇÃO QUE ESTÁ A ABALAR O MUNDO!
Domingos Chaves na sua crónica analisa um tema de ponta que é a eleição de Donald Trump presidente dos Estados Unidos. A democracia funcionou e o mundo não vai virar de pernas para o ar mas a Europa e o Ocidente mostram sinais de alguma preocupação.
P7
Florescimento Monástico
José Fernando Moura faz-nos uma descrição sobre S. Bento e a ordem dos beneditinos, monges que foram dos principais obreiros da civilização ocidental.
P9
Educação Integral
“(O ser humano) precisa de formação e de educação integral para conquistar a sua autonomia e saber viver uma liberdade responsável, para saber ser pessoa e viver em interação com os outros e com o mundo, se desenvolver e dar o melhor si, para ser um ser humano feliz e realizado”.
Quem o diz é o Pe Vitor Pereira numa abordagem que faz à pertinente nota pastoral da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, para a Semana Nacional da Educação Cristã. Tema sempre actual e oportuno.
P11
Cimeira da CPLP
E Lita Moniz, a colaboradora emigrante do Brasil, esteve atenta à reunião magna da CPLP e ao comportamento do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
P13
Banda de Música de Parafita em Concurso Internacional
A Banda Musical de Parafita concorre, dia 26, pelas 15 horas, no 3.º concurso internacional de Bandas “Filarmonia D’Ouro”, a realizar no grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira. Votos do maior sucesso são os votos do Notícias de Barroso!
P12
O terceiro pilar e a política florestal de Orlando AlvesO Dr Manuel Ramos, sempre atento a tudo o que se passa no concelho, vem denunciar o embuste que
foi as plantações na Serra do Larouco. Também o Notícias de Barroso caiu no logro e, dada a importância
do assunto, até colocou o título e correspondente imagem em destaque na primeira página. Em face da
publicidade vinda a público em tudo quanto era meio de comunicação social, ficou-se com a ideia de que o
Larouco ia ser reflorestado, mas não. Afinal, aquilo foi tão somente uma operação de charme, uma exposição
para a ambicionada fotografia que vai logo para as redes siociais e é partilhada por muita boa gente incauta.
Que pena! O Larouco merece ser tratado com seriedade. (Ver P5)
Catarina Dias ganha mais um prémioCatarina Dias, de Gralhós, freguesia da Chã,
ganhou a 2.ª gala da Warriors Night 2 em K1, peso 70kg, que decorreu, no passado sábado, dia 5 de novembro, em Loures, Lisboa.
A atleta Catarina Dias, natural de Gralhós, conquistou, na categoria sénior de Full-Contact +70kg, a gala “Warriors Night 2” de Kickboxing, realizada na cidade de Loures, arredores de Lisboa.
Uma vitória inequívoca diante da experiente Cláudia Malik (Clube Águias de Camarate), que encheu de orgulho esta barrosã, equipa técnica, familiares e, naturalmente, todo o concelho de Montalegre.
Um designado Fosso ou Campo de Tiro foi objecto de discussão na última reunião da Câmara Municipal e ficámos a saber que a obra nem tem licenciamento aprovado nem se sabe a quem pertence aquele terreno. Mais se ficou a saber que o custo das obras já vai em 173.629,04 euros (cerca de 35.000 contos) executadas por ajuste directo. Enquanto isto, os saneamentos de Parafita, da Aldeia Nova e de grande parte das sedes de freguesia do concelho continuam à espera...
(Ver Editorial P3)
17 de Novembro de 20162 BarrosoNoticias de
VILAR DE PERDIZESHalloween 2016 esteve em grande
Por todos considerada a mais bem conseguida celebração de halloween em Vilar de Perdizes, o dia esteve animado e fomentou a economia local além de reforçar a imagem turística do concelho. Centenas de pessoas compareceram em torno da bruxaria e houve trabalho por parte da Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes que não se poupoou a esforços nas caraterizações das pessoas e e artigos alusivos. Foi uma noite mágica que teve como ponto alto o cortejo embruxado, seguido de um espetáculo que culminou com a queimada
esconjurada pelo padre Fontes.
A noite agradável atraiu bastante gente que se deliciou com os jantares embruxados preparados pelos restaurantes e com o cortejo embruxado,
verdadeiramente assustador. Como era de esperar, os participantes viveram situações inesperadas com a presença de personagens ocultas, à luz de velas, que provocaram muitos percalços e sustos.
Os artistas Queiman e Andrea Pousa deram um excelente contributo com a homenagem prestada ao padre Fontes que também brilhou nos esconjuros da Queimada. A animação ficou a cargo do grupo de musica tradicional Enraizarte e pela companhia de teatro Filandorra.
O município apoiou o certame que tem “pernas para andar”.
Parabéns à Associação da Defesa do Património de Vilar de Perdizes cujo dinamismo muito contribui para todo o sucesso conseguido.
SOLVEIRA“Mentiras” com pena de prisão agravada
João Morais Pereira, mais conhecido por “Mentiras”, viu agravada para 15 anos a pena de prisão efectiva a que tinha sido condenado. Com efeito, o Tribunal de Vila Real, no dia 7 de Novembro, agravou a pena de prisão do “Mentiras” que era de 10 anos e seis meses para 15 anos, de acordo com sentença proferida em Julho de 2015 por este mesmo Tribunal. Na repetição do julgamento ordenada pelo Tribunal da Relação resultou o agravamento da pena.
Recorde-se que João “Mentiras” foi o autor da assassinato de Arlindo Pereira, dono do estabelecimento de alterne “Tocha”, situado na freguesia de Solveira, e contra o qual desferiu dois tiros de caçadeira.
Após o incidente, o “Mentiras” esteve desaparecido ou fugido da justiça durante sete anos até que na véspera do Natal de 2014 foi detido e levado a julgamento.
No primeiro julgamento o colectivo de juizes desqualificou o crime para homicídio simples na forma consumada e teve em conta factores diversos como atenuantes, não ter antecedentes criminais, ter no julgamento confessado o crime e mostrar-se arrependido.
Entretanto, a pena de então foi agora, com base em novos indícios criminais, agravada em mais 5 anos, totalizando 15 anos de prisão efectiva para o João “Mentiras”.
VENDA NOVAEN 103 com detritos abandonados
Nos Padrões, Venda Nova, na EN 103, estrada nacional Braga-Chaves, estão a ser largados detritos betuminosos na borda da estrada. Sendo retirados do piso velho, estes detritos são encostados à berma da estrada, o que constitui um crime ambiental.
Os detritos devem ser dali retirados e acondicionar em lugares próprios. O que está a contecer é no mínimo um crime ambiental.
O caso já deu azo a manifestações de protesto nas redes sociais e será de se investigar quem é que está a ganhar com tal ilegalidade.
MONTALEGREPasseios indecentes
Nos últimos tempos, na Vila de Montalegre, estamos a
ser confrontados todos os dias com um cenário lamentável: passeios da Vila cheios de dejetos de animais, sobretudo de cães. Há lugares que quase dá para jogar à macaca. É uma grande falta de civismo e é uma questão de saúde pública. Há que identificar os cães e responsabilizar os donos e se não os têm, as autoridades competentes têm o dever de atuar. Assim é que não pode continuar.
Supermercado NOVA ERA remodelado, moderno e atrativo
O Supermercado Nova Era Lda., por iniciativa dos seus prprietários, decidiu fechar as portas por um período de duas semanas com o fim de remodelar o espaço e dar-lhe outra visibilidade. E, dia 10, dia de feira, reabriu com muita gente a passar por lá, a ver e a abastecer os carrinhos com os produtos expostos.
Um espaço novo, com retoques de aproveitamento que o fazem parecer maior, moderno e mais funcional. Júlio Batista dos Santos apostou numa imagem mais discreta e funcional e ganhou, pensamos, essa aposta.
De ora em diante, os clientes contam com mais artigos para comprar. O Supermercado Nova Era é um dos maiores empregadores privados da vila e concelho e já viu recentemente este mérito ser reconhecido, na pessoa do sr. Júlio Santos, nas jornadas de Empreendedorismo que aconteceram em Montalegre, com a atribuição de um prémio designado: “O empresário e a sua terra”, uma homenagem, há muito merecida, e agora concretizada.
É muito através de empresários assim que o interior se pode relançar. Gente que investe na sua terra, que teima em ficar e acrescentar valor.
In cm-montalegre.pt
Câmara reúne com produtores da Feira do Fumeiro
No próximo dia 24, pelas 10 horas, no salão de provas
gastronómicas do Pavilhão Multiusos de Montalegre, decorre a habitual reunião entre organização e produtores da próxima Feira do Fumeiro que, recorde-se, irá acontecer de 26 a 29 de janeiro próximo.
CÂMARA Aposta no Carro eléctrico
O município de Montalegre acaba de aderir ao carro elétrico. Uma aposta inovadora e amiga do ambiente. Esta semana, a viatura será testada no sentido de se validar a sua adequação às necessidades da autarquia. Caso o município fique satisfeito com os resultados, é intenção que, dentro de cinco anos, a frota automóvel seja totalmente renovada com este tipo de tecnologia.
PADROSOS. Martinho
É no dia 20, domingo, que terá lugar em Padroso a festa do S. Martinho. A organização a cargo da Associação Cultural e Recreativa “Os Peraltas” não se fica pelo simples magusto. É antes um almoço-convívio que inclui porco no espeto, castanhas assadas com jeropiga e muita animação.
O local do encontro é na sede da Associação, no antigo edifício da Escola Primária, e os interessados devem ir preparados para pagar 5,00 euros para ajudar às despesas.
CHAVESSubmissão de candidaturas
Encontra-se aberto o período de submissão de candidaturas à medida ”DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA”, entre 14 de novembro (09:00:00) e 30 de dezembro (16:00:00) de 2016 ao abrigo do disposto na Portaria supra identificada, que estabelece o regime de aplicação da Ação n.º 10.2. do PDR 2020, na tipologia referida na alínea c) do art.º 2.º da referida Portaria.
Os interessados podem consultar a documentação junto da ADRAT ou na Portaria n.º 152/2016, de 25 de maio e Portaria n.º 249/2016, de 15 de setembro.
A ADRAT dá orientação técnica específica.Pode obter mais informações em PDR2020 ou junto
da ADRAT – Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega.
175 – ANA DE JESUS FERNANDES MACHADO, de 93 anos, viúva de Manuel José Afonso Machado, natural e residente em Cambeses do Rio, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 2 de Novembro.176 – TERESA FERREIRA BENITEZ, de 93 anos, solteira, natural de Oimbra, Ourense, Espanha, e ultimamente residente em Solveira, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 2 de Novembro, sendo sepultada no cemitério de Solveira.177 - MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA LOPES, de 54 anos, casada com Joaquim Artur Alves carneiro, natural da freguesia de Meixedo e residente em Tullins (Isère), França, onde faleceu no dia 13 de Setembro de 2009, sendo sepultada no cemitério de Rives (Isère), França. 178 – FRANCISCA CALDAS, de 84 anos, viúva de João Fernandes Jorge Mendes Madeira, natural e residente em Codeçoso, freguesia de Meixedo, faleceu no dia 2 de Novembro.179 – JOÃO GARCIA GONÇALVES, de 72 anos, casado com Amélia do Nascimento Ferreira, natural de Sendim, da freguesia de Padornelos e residente em Levallois-Perret, França, onde faleceu no dia 2 de Novembro, sendo sepultado no cemitério de Sendim.180 – ANTÓNIO CARVALHO DE AZEVEDO, de 94 anos, casado com Lucinda Azevedo de Carvalho, natural e residente em Pitões das Júnias, faleceu no dia 7 de Novembro.181 – CIPRIANO DE MOURA VIEIRA SANTINHA, de 58 anos, casado com Maria Fernanda Fernandes Carvalho Santinha, natural e residente em Salto, faleceu no dia 4 de Novembro.182 – ARLINDO AUGUSTO PAIXÃO ATANÁSIO, de 76 anos, casado com Maria do Carmo dos Anjos Guedes, natural da freguesia de Santa Valha, de Valpaços, e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 7 de Novembro, sendo enterrado no cemitério de Montalegre.183 – MARIA GONÇALVES, de 90 anos, solteira, natural e residente em Morgade, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 8 de Novembro.184 – HILÁRIO RODRIGUES, de 82 anos, casado com Celestina de Castro Rodrigues, natural e residente na freguesia de Outeiro, onde faleceu no dia 9 de Novembro.185 – ISAURA VAZ DAMIÃO, de 76 anos, viúva de José Augusto Vaz Damião, natural de Santo André (Vilar de Perdizes) e residente em Mafra, onde faleceu no dia 9 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de santo André.186 – ANA MARIA MARTINS PEREIRA, de 87 anos, solteira, natural e residente em Cabril, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 9 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Cabril.187 – MARIA MARGARIDA DIAS, de 101 anos, divorciada de Avelino dos Santos Moutinho, natural de Arcossó, de Chaves, e residente em Cepeda, freguesia de Sarraquinhos, onde faleceu no dia 11 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Cepeda.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos, no corrente ano, até à presente data
CORTEJO CELESTIAL
17 de Novembro de 2016 3BarrosoNoticias de
Barroso da Fonte
Dá Deus as nozes a quem não tem dentes
A realidade de uma comunidade como a nossa, merece as maiores preocupações das gentes locais. Quem ali nasce, vive e morre desconhece quanto se passa para além do seu horizonte visual. O seu mundo começa e termina onde os seus olhos deixam de ver. Vêm apenas aquilo que a vista alcança. E, aquilo que alcançam, limita-se aos sítios de onde se colocam para alongar a sua própria visão. Se alguma vez subiram ao Larouco esse mundo cresceu até aos píncaros da Sanábria, quase sempre com neve. Se não houver nevoeiro, talvez alcancem o vale do Lima, com a sua opulência telúrica, por onde corre, rumo ao Atlântico, o majestoso rio Lima. Voltando-se para sul vislumbram os «Cornos das Alturas de Barroso, a
Padrela, os montes de Curral de Vacas e o Brunheiro que abriga Chaves, a nascente. A poente fixam o descarnado Gerês e a Mourela que abrem alas aos rios Cávado e Rabagão. Este foi o cenário de minha infância e de tantos como eu. E foi o mundo de muitos, homens e mulheres que passaram vidas inteiras a repetir as mesmas coisas, a ver as mesmas pessoas, a ouvir as mesmas coisas. Para alguns desses somente mudaram as palavras, as caras e alguns cenários desde que vieram as escolas, os automóveis e as alfaias agrícolas.
Há menos de um século chegaram as escolas, vieram os professores e fez-se luz. Para alguns mudaram os cenários. Alguns partiram para sempre. Outros foram e voltaram. E esses que voltaram trouxeram provas de uma vida diferente: os automóveis, as roupagens e alguns vinténs. Foram esses que convenceram aqueles que nunca saíram, de que, afinal, existiam outros mundos, outras serras e até o mar imenso.
Em menos de um século a vida mudou os horizontes e as mentalidades. Mas o que é bom acaba depressa. As escolas primárias ficaram desertas, os cantoneiros não mais se viram, os campos que produziam de tudo aquilo que se alimenta,
depressa se encheram de tojos, silvas e ervas daninhas.
Os cemitérios que estavam cheios de campas, encheram-se de lugares vazios, porque muitos nunca mais voltaram.
Hoje a vida é vivida de outra forma. As escolas, envelhecidas e decrépitas, servem de disputas políticas para alguns, dos locais de lazer para outros e de romagem de saudade para poucos que regressam, por instantes, para mostrar aos filhos e aos netos os lugares da sua infância.
O republicanismo substituiu a monarquia. Foram anos dolorosos, inseguros, paupérrimos. Portugal tremeu e abalou as estruturas de uma nação, que se fez aos mares e foi mais sólida lá fora do que cá dentro. Foi um império e é hoje um palmo de terra disputada pelos que a habitam, mas gerida pelos gananciosos que têm ideias vazias de sentido. São teóricos quando a prática é quem mais ordena. O planeta está em convulsão apressada. A Humanidade deu lugar à brutalidade. A razão foi subvertida pelo posso, quero e mando.
Quase me perdi nesta viagem de retorno ao passado. E não sou eu que devo depor armas. Somos todos nós que devemos parar para refletir. Se a
nascente e a poente há exemplos claros de que a Humanidade corre o risco de se desintegrar, rumo ao caos, resta à sociedade portuguesa interrogar-se sobre se estamos a caminhar para o lado certo ou errado. E, em função desta realidade, haja alguém que estabeleça um período de tréguas, até que irrompa o grito do Ipiranga.
******No último fim de semana
participei em duas sessões culturais a pretexto do Castanheiro e da Castanha. Quer na Casa Regional do Porto, quer na sua congénere de Braga, esteve gente de todos os graus etários e de condições sociais. Muitas vezes dizem-se coisas mais importantes em convívios gastronómicos do que em cimeiras internacionais, cujos objetivos têm mais a ver com o mediatismo do que com o bem-estar das pessoas.
Em ambos os casos se exaltou o papel do poder local que, nestes 40 anos, fez mais pelas terras e pelas pessoas do que o poder central ao longo de séculos.
O castanheiro e o seu produto serviram de tema de debate, a propósito de um livro que nesse dia foi apresentado, da autoria do autor transmontano, Jorge
Lage. Concluiu-se que faltam técnicos especializados que desenvolvam as potencialidades telúricas do continente e ilhas. O solo é rico, mas está virgem. Abandonou-se a agricultura e, obviamente, os campos e tudo aquilo que eles produziam. As universidades produzem teoria em áreas lucrativas e snobes. Mas despreza-se a investigação e o incentivo em áreas fulcrais, como são os solos, as plantas e os frutos que acompanham o homem desde que ele se conhece.
As duas Casas Regionais de Trás-os-Montes, quer de Braga, quer do Porto, funcionam e podem servir para promover debates com base na prática. Menciono estas duas mas há mais: a de Lisboa, a de Coimbra, a de Guimarães e a de Tomar.
No III Congresso Transmontano, em Bragança, ficou decidido realizar o congresso, de cinco em cinco anos. Nunca mais se falou nisso. Para esse tipo de iniciativas não há dinheiros públicos. Mas há milhões malbaratados em administrações fraudulentas, ruinosas e sem fim à vista. Verdadeiramente dá Deus as nozes a quem não tem dentes. Ditado tão velho quão verdadeiro e atualizado em Portugal.
Desde há mais de um ano a esta parte que se encontra em execução uma obra que o presidente da Câmara denomina por “fosso” e que agora se sabe que é um Campo de Tiro.
Quem na estrada da fronteira se dirige para Espanha, logo a seguir à nave do Américo Martins, do mesmo lado, depara-se com o acesso que vai dar a um enorme “Bunker”, um fosso de proporções gigantescas donde foram retiradas dezenas de toneladas de inertes.
O presidente da Câmara, na última reunião realizada no dia 7 de Novembro, questionado acerca de diversos aspectos que com a realização da obra se relacionam, começa por dizer que se tratou duma herança da Câmara anterior e que ele se limitou a dar-lhe seguimento. Sem questionar a sua real necessidade, e, tal como o anterior presidente, gestor exemplar em executar obras sem que estivessem satisfeitas as condições legais exigidas e de que a «Ponte da Vergonha» é o caso mais flagrante, limitou-se a pagar uma obra que ainda hoje
não tem projecto devidamente licenciado e nem se sabe quais são os proprietários dos terrenos onde a dita obra está implantada.
Com efeito, a União das Freguesias de Montalegre e Padroso e o Conselho Directivo de Baldios de Padroso bem como a Câmara Municipal de Montalegre pugnam pela propriedade daquele espaço.
A pergunta que se coloca é: - Então a Câmara Municipal
já pagou 168.629,04 euros (e dispôe-se a pagar mais 5.000 euros que estão em dívida) pelas obras executadas no dito Campo de Tiro e não sabe quem é o proprietário do terreno? Como é possível uma coisa destas?
Se as entidades em litígio não se puserem de acordo, vamos ter outro caso semelhante ao da «Ponte da Vergonha», neste caso poderá designar-se por “Fojo dos NLANDOS”.
É o próprio presidente Orlando Alves que em reunião da Câmara, respondendo ao vereador da oposição, diz textualmente: «Quanto à obra que o senhor vereador (Duarte
Gonçalves) refere temos ainda de prosseguir com diligências de diferente índole que permitam regularizar a situação ao nível do licenciamento do projecto e dilucidar alguns aspectos relacionados com a titularidade do direito de propriedade dos terrenos necessários para essa infraestrutura desportiva. Estamos a trabalhar com a Junta de Freguesia de Montalegre e Padroso e com o Conselho directivo de Padroso para resolver as divergências que ainda subsistem acerca da propriedade dos terrenos em causa» (excerto da acta da CMM n.º 23/2016, de 7/11/2016).
Do que se conclui que a obra ainda não tem o licenciamento do projecto nem sequer tem resolvida a questão da propriedade dos terrenos. Mas, é facto que a Câmara já pagou 168.629,04 euros e está em vias de pagar mais 5.000 euros em dívida, o que perfaz a módica quantia de mais de 173.629,04 euros (cerca de 35.000 contos na moeda antiga).
O leitor percebeu? Na Câmara a que preside o sr.
Orlando Alves tal qual como a anterior a que presidiu o sr. Fernando Rodrigues as obras nem sequer precisam de projecto e executam-se onde calha, invadindo até propriedade alheia como é o caso denunciado. Maravilha! Até parece que estamos num país do 3.º mundo, ou pior que isso, numa verdadeira selva.
Outros aspectos aqui se poderiam pôr em discussão como, p.e., a prioridade do investimento feito num Campo de Tiro com o qual o município pouco tem a ver, pois que é uma estrutura dirigida a caçadores, uma franja residual da população montalegrense; e os saneamentos de Parafita, da Aldeia Nova e de muitas sedes de freguesia do concelho não terão mais prioridade e urgência do que o Campo de Tiro?; a natureza do investimento e a execução da obra por ajuste directo, sem conhecimento da vereação, estarão de acordo com os princípios que regulamentam os orgãos democráticos? Além doutras mais outra pertinente questão, que é a de haver
matéria para participação ao Ministério Público, tendo em conta que os ajustes directos não podem ir além de 150.000 euros, etc. etc. etc.
Orlando Alves, no seu discurso de posse como presidente da Câmara de Montalegre, proferiu uma afirmação que, exceptuando os socialistas de Montalegre, deixou todos os convidados de boca aberta e que foi a seguinte: «que estava muito à vontade no cargo (de Presidente), que tinha a vida facilitada porque o seu antecessor (Fernando Rodrigues) tinha feito tudo o que havia para fazer no concelho».
Logo na altura se ficou a saber que o presidente da Câmara de Montalegre se tinha enganado no caminho. Sempre de cabeça perdida, não sabe o lugar que ocupa.
Carvalho de Moura
Editorial
CAMPO DE TIRO mais um “elefante branco” pago pelos cofres da Câmara de Montalegre
17 de Novembro de 20164 BarrosoNoticias de
Diógenes do Vale é um
profissional discreto e normal
numa cidadezinha do interior .
Mantém um inveterado pendor
pela sua ainda mais discreta
aldeia natal que assiduamente
visita. Nas territas que ainda por
lá tem, sempre vai encontrando
algumas graduras de verão ou
umas doçuras de Outono, além
da beatifica ambiência que
sempre ali aufere.
Ultimamente, vê por ali
anunciadas umas feiras de
âmbito paroquial, de “frutos
da terra”. Parece que todas as
freguesias querem organizar
a sua feirinha. Epidemia da
moda que, por vezes, se nota
mais pela abundância dos
cartazes do que pelo volume
das mercadorias e afluência
de feirantes. E as juntas de
freguesia, sem capacidades
ou imaginação para mais
vultuosos empreendimentos,
sugerem, organizam e
patrocinam estes eventos com
todo o entusiasmo. E assim
vamos vendo nos exíguos
terreirinhos dos povoados
rurais, as barracas e tendinhas
e cercadinhos com uns
tractorzinhos e outras máquinas
agrícolas e, claro, umas
banquitas com os tais frutos da
terra, de provar e transaccionar.
Os autarcas locais, dentro
das suas possibilidades,
esmeram-se em cuidados
para evitar desordens ou más
práticas comerciais lesivas dos
direitos dos consumidores.
As vilas e aldeias animam-se
e as empresas que marcam
presença vão fazendo o seu
negociozinho ou a desejada
publicidade.
O amigo Diógenes apeia-
se ante aquela inesperada
aglomeração de gente que até
lhe dificulta o trânsito para a
sua chácara de fim de semana.
E, sem querer, entra também
naquele girote de feira, entre
amigos e conhecidos do lugar.
Entre as tendas, notava-
se um “produtor agrícola”,
de outra freguesia, com
especial habilidade de captar
as atenções do público.
Tinha expostos alguns frutos
e produtos de boa aparência.
Exibia especialmente um
tabuleiro de castanhas bonitas
e de tamanho invulgarmente
grande, que, proclamava, havia
colhido dos castanheiros nessa
mesma semana (estava-se na
última semana do mês de
Setembro), garantindo ainda,
“tudo o que aqui vendo é da
minha produção”.
O público comprava e não
questionava se os produtos
eram ou não de sua lavra,
nem isso estava ali em causa.
Todavia, as castanhas, mau
grado a sua bela aparência e
o preço especulativo que por
elas cobrava, é que não se
adequavam ao que ele dizia.
Mas os feirantes iam no engodo
perante o tom convincente
do vendedor da banha da
cobra que, por sua vez, nem
disfarçava a satisfação que
sentia em levar no engano
os confiados fregueses. E
continuava a apregoar as
castanhas:
- Já só restam sete quilos!
Acabadas de colher da árvore!
Ele sabia que, ali, na Terra
Quente, as castanhas são um
estranho produto de luxo que
vem da vizinha zona fria e, por
isso, menos conhecida.
O freguês atento, verificou
que aquelas castanhas, apesar
da sua boa aparência, não
podiam ser frescas, nem
acabadas de colher, e eram,
com toda a probabilidade,
colheita do ano anterior, tendo
sido conservadas em ensilagem
ou congelação. Até porque,
em algumas, se notavam já
perceptivelmente, sintomas
de germinação. Questionou
o vendedor, se as castanhas
eram efectivamente da colheita
deste ano de 2016. Contra
toda a evidência, o homem
insistiu: “colhidas agora!
garantidinho!...” Com esta
“garantia”, ia acrescentando
que todas as pessoas que lhas
haviam comprado, não eram
burras e por isso compraram-
nas porque bem viam que eram
frescas.
Atento mas cordato, o
freguês decidiu não contradizer
o testarudo “produtor”. O dia
estava bonito, o ambiente era
mais de festa que de feira,
eliminou o problema com a
possível bonomia, não por
mercê do trapaceiro, mas para
não perturbar aquele ambiente
festivo e para evitar que, nessa
sua terra, ele defraudasse mais
pessoas. Aliás, aquele “produtor
parecia ser, ali, uma triste
excepção entre os comerciantes
e outras instituições presentes
no certâmen.
- Compro-lhas todas! Pode
pesá-las.
- Não é preciso, são sete
quilos. Concluiu o presunçoso
tendeiro.
Mas passados momentos,
enquanto se procurou um saco
para as levar, corrigiu:
- Afinal já as pesei. São 10
quilos certos.
Estranhou-se-lhe a
incongruência. Apesar disso,
recebeu o preço com o gesto
ladino de quem pensa: “Foi
fácil levar mais este...”
É a vida. No fim de contas,
as caras e ainda bonitas
castanhas já não serviam para
assar mas aproveitáveis, sendo
cozidas.
A feirinha/festa prosseguiu
tranquilamente e acabou em
bem
E, o amigo Diógenes do
Vale, concluiu:
- Que se cozam as
castanhas!...
M. Verdelho
CURRENTE CALAMO
As arteirices que se aproveitam dos inocentes bucolismos
Quando uma mulher,
decorridos que sejam dezoito
meses após o seu enlace
matrimonial, não houver
concebido, ou, quando pejada,
se prevê um parto difícil ou
perigoso, não tem mais que ir
à Mizarela, à noite, para obter
um feliz sucesso.
Ali, com o marido e outros
familiares, espera que passe
o primeiro viandante. Este é
então convidado para proceder
à cerimónia, a qual consiste no
baptismo in ventris do novo ou
futuro ser.
Para isso, o caminhante
colhe, por meio de uma
comprida corda com um
vaso adaptado a uma das
extremidades, um pouco de
água do rio e com a mão em
concha deita-a no ventre da
paciente por um pequeno
rasgão aberto no vestuário para
este efeito, acompanhando
a oração com a seguinte
ladaínha:
“Eu te baptizo
criatura de Deus,
Pelo poder de Deus,
e da Virgem Maria.
Se for rapaz, será ‘Gervás’;
se for rapariga, será
Senhorinha.
Pelo poder de Deus e da
Virgem Maria,
um Padre-Nosso e uma Avé-
Maria. “
O barulhar iracundo da
cachoeira no abismo imprime
a estas cenas um cunho de
tétrica magia.
Segue-se depois uma lauta
ceia, assistindo, geralmente, o
improvisado padrinho.
E o êxito é completo: um
neófito virá alegrar a família.
Claro que se na primeira
noite não passar o viandante
desejado, a viagem à Mizarela
repetir-se-á até o cerimonial se
realizar nas condições devidas.
(Mário Moutinho e A. Sousa
e Silva, in “O mutilado de
Ruivães”)
Lendas da Misarela
O Rito do Batismo na Ponte da Misarela
17 de Novembro de 2016 5BarrosoNoticias de
Ainda todos se recordam da última campanha de Orlando Alves e das suas promessas eleitorais e como não custa prometer. Ai se as promessas pagassem imposto... Orlando Alves pagaria milhões! À maneira de um grandioso e pulcro edifício, ele estruturou o seu programa político em três maciços pilares em que, por assim dizer, assentaria a sua acção política: agricultura, pecuária e floresta.
É assim que ele diz:“São três os pilares do
nosso desenvolvimento e sustentabilidade AGRICULTURA, PECUÁRIA E FLORESTA”.
No desenvolvimento deste 3.º pilar, adianta duas promessas:
“1) Elaborar protocolos com os Conselhos Diretivos de Baldios para aumento da produção florestal. 2) Produzir a Carta Florestal de Montalegre”.
Segundo Orlando Alves, está praticamente tudo cumprido. Numa recente notícia acerca da Casa Mortuária de Montalegre, que segundo o Presidente será a última obra sua, todas as promessas eleitorais estão quase concluídas. Se não estão, pouco falta e o que falta será finalizado até às eleições, só que isso já é pouco, facto que o deixa muito aliviado e com autoridade para pedir uma nova vitória.
Assim sendo, relativamente ao pilar FLORESTA, Orlando
Alves elaborou protocolos com os Conselhos Diretivos de Baldios e já fez a Carta Florestal de Montalegre, pelo menos. Mas com que Conselhos Diretivos de Baldios terá ele elaborado protocolos e onde estará a carta florestal? Eu não sei. Se alguém sabe, que diga.
Relativamente aos Conselhos Diretivos de Baldios, o que sei é o dinheiro que lhes extorque para ser usado em obras da competência da Câmara. Por exemplo, na Ponteira, onde várias pessoas da aldeia me afirmaram que os arruamentos (obra que devia ser da Câmara) foram feitos com o dinheiro da floresta: “foi o meu filho que os fez com o dinheiro dos baldios. Ele é o presidente”; em Travassos do Rio, onde a casa mortuária foi quase toda feita com dinheiro da floresta, e muitas outras obras de muitas aldeias.
Outras obras fundamentais, como a Rua Central, em Gralhas, que também é a estrada da fronteira, com esgoto a céu aberto, foi feita recentemente por um particular, o Sr. José Caruço, porque a Câmara, reconhecendo ser obra prioritária, só quis encanar a rua frente à casa do amigo socialista, anterior presidente da junta socialista, e a mais ninguém. É sabido que o povo de Gralhas apareceu em peso na Câmara e travou a obra ao presidente, desautorizando-o e ao amigo. Ficou-lhes muito mal, mas foi bem feito.
Podemos afirmar sem dúvida que, na generalidade das aldeias, o dinheiro da floresta está a ser gasto não na floresta, como devia ser, mas em infra-estruturas que são da competência da Câmara. É essa a política florestal de Orlando Alves e as suas promessas cumpridas. E a Câmara não faz o que lhe compete (como as ruas da aldeia) porque não tem dinheiro; e não tem dinheiro porque o estoura em obra inútil, em investimento não produtivo
e em comezainas e regabofes. Num destes sábados, a
Câmara deu mais um passo para finalizar o cumprimento das suas promessas eleitorais no que à floresta diz respeito: foi a “reflorestação do Larouco”. Através de cartazes e de uma notícia difundida em vários órgãos, deu a entender que ia ser feita no Larouco uma vasta operação de reflorestação, na ordem dos milhões de árvores autóctones, e que a operação, sob o lema: “Vamos reflorestar o Larouco”, envolvia duas câmaras municipais, várias juntas de freguesia, gentes de
Espanha, Ecomuseu e outras instituições, num total de nove.
A notícia também surgiu neste jornal onde se podem consultar as instituições que iriam trabalhar na grande operação de reflorestação do Larouco. Nela se diz que o Larouco “começará a ter uma nova vida com a plantação de árvores autóctones”; a partir de agora o Larouco será “uma serra digna de ser vista em todo o seu esplendor”. Um dos entrevistados na TVBarroso
afirmou que, depois desta mega operação, vai ver o Larouco “todo coberto de verde”.
Meus senhores, isto não é sério.
No entanto, o que foi feito foi uma operação de ilusão e de engano. Foram plantadas algumas dezenas de árvores, num espaço da grandeza de uma leira e, pior ainda, no sítio onde passa a vezeira da rês que vai destroçar tudo. Nem só uma sobreviverá ao fim do primeiro ano porque tudo foi feito sem planeamento e com grande amadorismo. Mas para a CMM isso pouco importa
porque o objectivo era dar um grande show, servindo-se do fotógrafo da Câmara e do seu Gabinete de Propaganda, e criar no povo rude, ingénuo e crédulo a ideia de que está a cumprir o programa político e a fazer um trabalho épico. Em suma, como obra, foi uma perda de tempo e de dinheiro, mas como show fotográfico e ilusionista, comandado pelo Vice-Presidente, o grande mago, foi espectacular e bem conseguido.
Só que isto não é sério, nem é fautor de desenvolvimento. Por causa disto e de muitas outras coisas é que vemos Montalegre a ficar para trás e todos os jovens a (e)migrarem. A CMM não é instituição séria e confiável porque criou uma expectativa na população que depois não se cumpriu nem a milésima parte. Sério é classificar a operação nos cartazes e nas notícias como meramente simbólica; sério é não criar a ideia de que a serra iria ser reflorestada na totalidade mas uma ínfima parte; sério é escolher um lugar apropriado e não onde passa a rês que destroçará tudo; sério é desprover os cartazes e notícias de todo o teor propagandístico e ilusório; sério é não encenar um show espectacular, nem viver de promessas, mas concretizar em tempo oportuno o que se promete.
MANUEL RAMOS
POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
O terceiro pilar e a política florestal de Orlando Alves
“Sob o lema “Vamos reflorestar o Larouco”, a Câmara de Montalegre criou a ideia de que iria ser levada a cabo no Larouco uma vasta operação de reflorestação e que a serra iria em breve ficar toda verde e povoada de árvores autóctones. Só que o que foi feito foi uma operação de ilusão e de engano. Foram plantadas algumas dezenas de árvores, num espaço da grandeza de uma leira e, pior ainda, no sítio onde passa a vezeira da rês que vai destroçar tudo. Isto não é sério. A Câmara de Montalegre não é instituição séria e confiável.”
Emigrante de Salto mata mulher à facadaA guerra entre Florinda e Domingos já durava há anos. Para escapar à violência de que era alvo, a mulher até chegou a refugiar-se num centro de acolhimento para vítimas de violência doméstica. Mas nem isso a salvou. Foi assassinada, sábado de manhã, em frente ao restaurante onde trabalhava, em Littau, Lucerna, nas imediações da estação de Gasshof, no centro da Suíça. Domingos Santos foi preso ainda com a faca ensanguentada nas mãos. Segundo o CM apurou, Maria Florinda Ferreira da Encarnação Santos, de 51 anos, com dois filhos e uma neta, tinha sido operada ao coração recentemente. Quando teve alta, há duas semanas, recusou voltar a casa e foi viver com a filha – e a ira de Domingos Santos, de 57 anos, cresceu. Ontem de manhã, foi ter com a mulher – casaram-se há quase 30 anos - altura em que emigraram para a Suíça em procura de trabalho. Começaram a discutir dentro do restaurante, mas acabaram na rua. E foi nessa altura que Domingos puxou de uma faca e atingiu Florinda com vários golpes, sobretudo no peito e pescoço. Testemunhas que tentaram ajudar também ficaram feridas. A seguir fugiu do local e tentou suicidar-se, mas acabou por ser capturado a poucos quilómetros de Lucerna.O Correio da Manhã, de 13 do corrente, informou que o Domingos dos Santos, de 57 anos, é natural de Salto e a mulher, de 51 anos, nascera em Cela (Chaves).
Carne Barrosã e Mel de Barroso premiados no Great-Taste O Melhor Sabor
A Cooperativa Agrícola de Boticas, detentora das DOP da Carne Barrosã e do Mel de Barroso, evidenciou no Great-Taste, O Melhor Sabor, a excelência dos produtos Barrosões que, meritoriamente, foram ambos galardoados. O Mel
de Barroso foi distinguido com uma estrela, pelo seu sabor simplesmente delicioso e a Carne Barrosã, fruto do seu requinte, superou e conquistou três
estrelas. Ver mais na P11.
17 de Novembro de 20166 BarrosoNoticias de
MAPC
UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 84 – Mansuetude
Queda-te! Fica mansa e ouve… Ouve nem que seja o silêncio que te
envolve, à medida que vais sentindo o galopar do teu coração e a rubidez que
já te cobre as faces com aquele calor que tão bem conheces e te deixa sem
jeito. Deixa-te embalar pelo suave ritmo das contradições que te assolam a
alma e te impedem de decidir o caminho a seguir. Fica um pouco à espreita.
Sente a fragrância que cada um dos caminhos te envia através dessa brisa
matinal que tanto aprecias. Sossega… Ouve os sons que descem dos céus
sob a forma de pássaros e que te confundem com o bailado caótico de fugas
incessantes por entre a ramagem das árvores que te fazem companhia. Senta-
te à sombra e espera. Fica mansa e ouve… Ouve o clamor de noites insones
e madrugadas recheadas de calor. Saboreia o orvalho como da última vez
que o sentiste nos lábios e gostaste. Descansa… Deixa que o embalo dos
sonhos te permita ver mais além. Deixa que as quimeras te conduzam por
caminhos que anseias sem neles pensar. Fica mansa e ouve… Ouve os sons
que te tocam na alma e te fazem compreender que nada do que se passa será
em vão.
João Nuno Gusmão
Para a História da 1ª República em MontalegreAno de 1916
(Continua do n.º anterior...)
“CorrespondênciaO Governo promulgou um decreto,
em virtude da nossa beligerância, revogando a constituição na parte que diz respeito à inviolabilidade da correspondência particular.
Vão-se organizar comissões de censura, podendo ser abertas as cartas e correspondência e detida a suspeita”.
“Comissão Técnica de Remonta De ordem superior se anuncia
que as Comissões Permanentes de Remonta, vão adquirir cavalos e muares para o serviço do Exército, nos locais e dias indicados (Montalegre no dia 9 de Maio), onde abrirão mercados gerais e extraordinários.
Não se estabelecem quaisquer compromissos sobre propostas que porventura sejam apresentadas nesta Comissão.
Os lavradores - produtores têm a preferência que a lei de Remonta lhes assegura. Os cavalos ou éguas devem satisfazer às condições regulamentares, etc, etc.”
O Montalegrense de 4 de Maio:“relata as diligências provocatórias
que Mr. Paul Marijon tem feito junto dos deputados e senadores e dos moradores de Salto com o fim de anular a decisão do Senado, pelo que a Câmara de Deputados tem agora de declarar se se conforma com a decisão do Senado para ser abandonado o projeto de vez, ou se se não conforma para o Congresso sobre ele se pronunciar”.
Como se vê, a Questão de Salto ainda não ficou arrumada, apesar do projeto de lei nº 75 ter sido rejeitado. São grandes as apreensões dos montalegrenses.
11 de Maio“Suspensão de GarantiasÉ do teor seguinte a lei nº 523 que
pode suspender as garantias, publicada em suplemento ao Diário do Governo de 4 do corrente:
Artigo 1º - É o Poder Executivo autorizado a exercer a atribuição do nº 16 do artigo 26 da Constituição Política da República Portuguesa, em tanto quanto seja necessário para garantir a defesa da República e assegurar a ordem em todo o país.
Artigo 2º - Fica renovada a legislação em contrário”.
O nº 16 do artigo 26 da Constituição é do teor seguinte: “Declarar em estado de sítio, com suspensão total ou parcial das garantias constitucionais, em um ou
mais pontos do território nacional, no caso de agressão iminente ou efectiva por forças estrangeiras ou no de perturbação interna”.
O Montalegrense de 18 de Maio“9.156$62 É a importância que a Companhia
das Minas da Borralha (Salto) tem a pagar à Câmara Municipal deste concelho, proveniente do imposto de Minas em que foi colectada em 1914.
Querendo a companhia esquivar-se ao pagamento dela, valeu-se de todos os recursos, sendo por fim condenada a pagar pelo Supremo Tribunal Administrativo.
Foram dois os acordãos que aquele Tribunal teve de proferir sobre este assunto. (...)
Que lhe preste pois é bom que ela nos vá dando umas migalhas dos muitos lucros que aufere”.
“Cena de pugilatoCerca das 21 horas do dia 16
do corrente, deu-se, na rua Cinco de Outubro, desta vila, uma cena de pugilato entre os sr. António Luís Fernandes, chefe da secretaria da Câmara Municipal, e os srs. Dr. António Joaquim da Silva Peixoto de Magalhães, e Dr. Álvaro Júlio Barbosa, respetivamente juiz de direito e delegado do procurador da República nesta comarca. Segundo dizem, o
primeiro daqueles saiu bem ferido da refrega”.
Um suplemento ao Montalegrense nº 160, de 18 de Maio notícia a resolução final da Questão de Salto.
“Vencida a Questão de SaltoAté que enfim foi feita justiça,
embora indirecta, ao verdadeiro povo de Salto e a todo o concelho de Montalegre.
Do ilustre deputado por este círculo, Ex-mº Sr. António Albino de Carvalho Mourão, acabamos de receber, de Lisboa o seguinte telegrama:
“Ex.ma Redacção O Montalegrense:
Votada reforma administrativa que anula projeto desanexação Salto. Parabéns
Carvalho Mourão”“Para nada valeram todos os
sacrifícios e despesas de Monsieur Paul Marijon e seus apaniguados.
Viva a integridade do Concelho de Montalegre!!
Viva Carvalho Mourão, Dr. Madureira e Castro e os defensores de Barroso!
Montalegre, 21 de Maio de 1916”.
Continua
José Enes Gonçalves
OSTEOPOROSESegundo a Associação Portuguesa de Osteoporose, a doença atinge muito
próximo de 1 milhão de pessoas. É uma doença crónica, progressiva e também
silenciosa. Reduz a massa óssea e aumenta a possibilidade de sofrer fraturas e é
mais frequente nas mulheres depois da menopausa, período em que essa perda
pode acelerar o dobro do sexo masculino. Há uma perda da massa óssea e como
consequência a sua fragilidade.
Para a combater é preciso alimentos ricos em cálcio, como produtos lácteos,
agriões, brócolos, espinafres, amêndoas, todos os legumes de folha verde, etc. Ao
mesmo tempo não esquecer a presença da vitamina D, presente nos óleos de
peixe, na sua gordura e nos banhos de sol.
O exercício físico é imprescindível, assim como o consumo de frutos e cereais.
Os protectores dos ossos são: a vitamina D (peixe azul, ovos e lácteos), vitamina K
(legumes, azeite e soja), o potássio (legumes, frutas, frutos secos, peixe e carne), e
o magnésio (chocolate, soja, legumes , nozes e amêndoas).
Os ossos porosos e frágeis sofrem facilmente fraturas e qualquer queda, mesmo
ligeira, pode ter consequências graves provocando por vezes incapacidade extrema.
A osteoporose pode ser diagnosticada e tratada precocemente. Existem exames
que medem a densidade dos ossos, sendo o mais comum a osteodensiometria,
indolor e sem riscos. E não esquecer “ ou se usam ou se perdem”.
João Damião
17 de Novembro de 2016 7BarrosoNoticias de
Domingos Chaves
A América votou, e a vitória foi para o republicano Donald Trump, quando todas as sondagens e previsões indiciavam que Hillary Clinton seria eleita como a primeira mulher a atingir a presidência dos Estados Unidos. O populismo que tem crescido na Europa, chegou também e em força aos Estados Unidos, e a maioria do eleitorado americano deixou-se convencer, o que significa, que a maior potência mundial também atravessa dificuldades, e que por lá, tal como por cá, o povo aspira a melhores condições de vida, e está farto das tutelas habituais, e do domínio das garras do poder financeiro.
Mas será este o caminho?!...
Acredita-se que não, e que a ilusão supera em grande escala a realidade. Porém, o que está à vista escusa candeia, e o que vale a pena meditar no imediato isso sim, é como foi possível, que a uma personalidade com a dimensão de Barak Obama, suceda um tipo do calibre de Donald Trump. Chegados então aqui, a justificação é óbvia: por um lado, a campanha eleitoral de Trump, ao conseguir estabelecer uma relação directa com o eleitorado e sem a mediação do seu próprio partido, usando uma linguagem populista e a despertar esperanças nos mais marginalizados da sociedade americana; pelo outro, a derrota da politica tal qual ela deve concebida e exercida. À semelhança do que se passa por toda esta Europa em desagregação, também por lá o sistema está tão pôdre, tão descontrolado e tão incapaz de se transformar, que a vontade do povo americano em mudá-lo, musculou o braço de quem prometeu esmurrá-lo. O que não foi a bem, há-de ir a mal –
pensaram os americanos. Agora, não há que chover
no molhado!... Daqui para a frente, nada será como dantes. As razões sócio-políticas da vitória eleitoral de Trump são diversas, complexas e difíceis de explicar. Quem acredita na democracia, terá pois que reconhecer, que há razões profundas para este “voto de protesto” dos eleitores americanos, e que também as poderá haver, para outros “votos de protesto”, que no futuro próximo, possam ocorrer noutros pontos do globo. Há por isso que trilhar novos caminhos que invertam esta situação!... Nos Estados Unidos, aquilo que as eleições nos disseram, é que a barreira da democracia, sendo o pior de todos os sistemas com excepção de todos os outros – como diria Churchil - foi derrubada. O que não sabemos, é qual a nova barreira que agora se procurará erguer sobre ela, um pouco por todo o lado. Uma coisa é certa: a intolerância, a saturação, a adesão convicta ao discurso xenófobo, chauvinista,
machista, racista e bélico de Donald Trump, marcaram pontos e falaram mais alto. Depois, incapazes de suportar uma mulher, após 8 anos de um negro, os americanos “entraram em rota de colisão com o sistema”, e defenderam o pior que o populismo lhes disse ser o melhor para eles. Esqueceram Lincoln, e entregaram-se a um aldrabão reles e perigoso, acreditando votar contra o sistema político instalado, rejeitando-o e criticando-o através do voto, pelo sentimento generalizado de desilusão, desencanto, frustração, contra a falta de esperança, contra a corrupção e o poder financeiro, contra os interesses dos grandes grupos e famílias.
Nesta altura, qualquer comentário sobre o futuro dos Estados Unidos e da comunidade internacional com Donald Trump ao leme dos destinos da maior potência geo-política e económica do mundo, é fazer futurologia ou transpôr em palavras um evidente sentimento de
desilusão, decepção e receio. Pelo que foi a deplorável campanha eleitoral do agora eleito Presidente, juntando as previsíveis pressões dos evangélicos e de grupos extremistas, seria fácil prever problemas sérios com a inclusão social, com a imigração, com a equidade, com os direitos humanos, com o racismo e a xenofobia, com a economia e as relações internacionais, mas tudo não passaria de especulação. Entramos por isso, numa fase com consequências globais imprevisíveis. Putin, Le Pen, Erdogan e Viktor Orban, à semelhança de tantos outros populistas um pouco por todo o mundo, já rejubilam e agitam bandeiras e enquanto isso, a Europa e o mundo estremecem. Valeu sem sombra de dúvida, a coragem da senhora Merkel – a única a falar grosso. A incerteza está assim instalada, porque a incógnita e a apreensão no que se viu e ouviu no passado recente, são incontroláveis sobre o futuro do globo, e consequentemente sobre o futuro de todos nós.
POLITICAMENTE FALANDO
UMA ELEIÇÃO QUE ESTÁ A ABALAR O MUNDO!...
O Auditório Municipal de Boticas acolheu no dia 9 de novembro, uma reunião do Conselho Regional do Norte, órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), onde foi analisado, entre os assuntos, o Programa Operacional Norte 2020.
A Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, esteve presente na abertura da reunião, tal como o Presidente e Vice-presidente do Conselho Regional do Norte, Paulo Cunha e Rui Santos, respetivamente, o Presidente da CCDR-N, Freire de Sousa, e o Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, que fez as honras da casa.
Graça Fonseca aproveitou a ocasião para apresentar o Orçamento Participativo de Portugal (OPP), um mecanismo de democracia participativa, que dá aos cidadãos a oportunidade de decidirem como devem ser investidos 3 milhões de euros em áreas como a cultura, ciência, educação e formação de adultos e agricultura.
Dando seguimento à ordem de trabalhos do
encontro, no qual participaram Presidentes das Câmaras Municipais, organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas da região do norte do país, procedeu-se à analise da “Convergência real da Região do Norte e das suas regiões NUTS III” e à apresentação do ponto de situação da aplicação do Programa Operacional Regional do Norte nos ciclos 2007-2013 e 2014-2020.
A CCDR-N prevê um
investimento de mais de 3 milhões de euros advindos de fundos comunitários, tal como referiu Freire de Sousa. “Em dois anos de execução já foram apresentadas ao Programa
Operacional do Norte 2020 cerca de 9.100 candidaturas, mais de metade comparativamente ao quadro comunitário anterior (2007-2013)”, afirmou. Freire de Sousa realçou ainda que “as aprovações de candidaturas já abrangem cerca de 50% da verba total do programa operacional”.
Quanto ao Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, disse que “é importante que se entenda que os concelhos do Interior estão mais vulneráveis no acesso aos fundos
comunitários comparativamente aos municípios do Litoral. Por esse motivo é fundamental que se façam ajustamentos na execução do Programa Operacional Norte 2020”.
BOTICAS
Programa Operacional Norte 2020
A Gastronomia de Boticas
e da região do Barroso esteve
representada no 36º. Festival
Nacional de Gastronomia de
Santarém através do Restaurante
“Comeres Barrosões”.
O certame decorreu entre
os passados dias 21 de outubro
e 1 de novembro naquela
cidade ribatejana e mais uma
vez foi muito frequentado pelos
amantes da boa e tradicional
gastronomia portuguesa.
No sentido de melhor
promover não só a gastronomia
barrosã, mas também toda a
restauração, hotelaria e demais
empreendimentos turísticos
do concelho, o Município de
Boticas lançou um concurso a
que chamou: “Prove Boticas”.
O concurso, que se dirigia
apenas a participantes do sexo
feminino, visava estimular a
criatividade das participantes
sobre o tema da “Cozinha
Barrosã à mesa” e consistia na
elaboração de um pequeno
texto ou frase que enaltecesse
a excelência e a qualidade da
gastronomia barrosã.
Os prémios a atribuir às
vencedoras são fins-de-semana
em Boticas, com alojamento,
refeições na restauração local
com atividades lúdicas e
culturais incluídas.
Estes prémios,
consubstanciados na
atribuição, através de sorteio,
de vouchers e descontos, nas
estruturas concelhias aderentes,
são inteiramente suportados
pelo Município de Boticas,
que assim e através desta
iniciativa, continua a promover
e a divulgar não só as iguarias
gastronómicas, mas também
a potenciar a dinamização
económica das unidades
hoteleiras, restaurantes e
equipamentos turísticos do
concelho de Boticas.
Gastronomia Barrosã presente no 36º. Festival Nacional de Gastronomia de Santarém
BarrosoNoticias de
8 17 de Novembro de 2016
Quality Inn
- Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos
- Quartos com promoções durante todo o ano
- Restaurante: Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes
da Carta também serve refeições económicas com tudo incluído por 6
- Piscina; Sauna; Banho turco; Hidromassagens e Massagens
O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos
pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores
culturais das terras de Barroso.
Rua do Avelar, 2 5470 Montalegre- Tel: (351) 276 510 220 - Tlm: 91 707 91
Construção Civile Obras PúblicasCarpintariaLavandariaFunerária
Rua Central, 325470-430 SALTO
Tel. 253 659897
Fax: 253 659927 eTelem: 96 657 2973
Paula Cunha, Lda
,
Sede:Lugar do Barreiro rua 14730-450 Vila do PradoPortugal
O Superde Montalegre
com promoçõestodas
Rua da Portela, nº 3 5470-229 Montalegre
Paula Cunha, Lda
A empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seusclientes com eficiência e qualidade
as semanas
Construção Civil e Obras PúblicasCarpintariaLavandariaFunerária
Paula Cunha, Lda.A Empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade.
Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica
AGÊNCIA FUNERÁRIA INTERNACIONAL LDa Av. João XXI, n°477, 4715-035 BRAGA
Telefone 253 061 149 - Fax 253 060 916 Telemóvel 927 054 000 [email protected]
POMPES FUNEBRES E.F.G 18 Rue Belgrand 75020 Paris
Tél : 00331 46 36 39 31 – Fax : 00331 46 36 97 46 Portable : 00336 07 78 72 78
AGENCIAS FUNERARIAS Fernando ALVES E.F.G INTERNACIONAL
RECONSTITUIÇÃO CORPORAL EMBALSAMENTO DO CORPO CREMAÇÃO
TRASLADAÇÕES TANATOPRAXIA TANATOESTÉTICA
BarrosoNoticias de
917 de Novembro de 2016
O Florescimento Monástico III“Ora et Labora”
A história do monaquismo
medieval muito rica de
acontecimentos mas muito
complexa é feita de ciclos de
avanços e recuos, de expansão
e retracção, de decadência e de
reforma.
No artigo anterior descre-
vemos três grandes correntes
monásticas que caracterizam
geralmente a implantação e o
desenvolvimento do monaquis-
mo no Ocidente medieval. A
terceira vaga fica ligada inde-
levelmente à vida e à obra de
São Bento de Núrcia (480-547),
justamente designado Patriarca
dos monges do Ocidente e Pa-
trono da Europa.
Oriundo duma nobre
família romana, inicia os seus
estudos em Roma, na fase
final da dissolução do Império.
Roma torna-se num antro de
depravação, desgostando de
tal modo S. Bento, que toma
a decisão de abandonar os
estudos e a capital do Império.
Refugia-se na região do Subiaco
onde funda o seu primeiro
mosteiro. No seguimento de
uma rebelião, o santo abandona
a comunidade do Subiaco e na
companhia de alguns monges
fieis funda um mosteiro
no Monte Cassino, numa
escarpada colina da Campânia,
ponto de partida para a grande
aventura do movimento
monástico Beneditino que tão
profundamente iria modelar
o destino da Europa e da
civilização em geral!
A intenção de São Bento foi
criar literalmente uma família
animada dum mesmo ideal,
ligada pelos mesmos preceitos
e vivendo de tal maneira, de
modo a prolongar no tempo
a sua linha de influência
espiritual. A sua instituição
tornar-se-á numa “Escola ao
serviço do Senhor”. Exige aos
seus membros, acima de tudo
uma obediência imediata e
incondicional. Não tem em
mente, à semelhança dos
cenobitas egípcios, constituir
grandes comunidades, antes
pelo contrário, está mais
empenhado em conhecer
melhor os membros da sua
colectividade. Por conseguinte,
vai organizar a vida comunitária
à semelhança duma grande
família. Desse modo o abade
do mosteiro representa o lugar
de Cristo. São Bento parece não
apreciar especialmente que o
abade seja um disciplinador
ou até mesmo um santo, mas
primeiro de tudo que seja
dotado de bom senso e de
sábia discrição, isto é, um pai
demonstrando virtudes simples,
de equilíbrio, de prudência, de
justiça, de atenção afectuosa.
O Santo Abade que detesta
todo o tipo de parasitismo,
mesmo o devoto, não deseja,
de modo nenhum fazer do seu
mosteiro um centro de lazer;
proclama convictamente a
dignidade do trabalho: não
só “a ociosidade é a inimiga
da alma”, como “não se é
verdadeiramente monge, se não
se vive do fruto do seu próprio
trabalho”. O fim último deste
tipo de trabalho prende-se com
a sua função eminentemente
espiritual, exigido pela ascese,
obediência e actividade. A
finalidade secundária está
ligada à necessidade de
assegurar a subsistência da
família monástica, sob a
paternal direcção do senhor
Abade, mas sem criar o gosto
pela acumulação de riqueza.
Neste sentido o abade de Monte
Cassino, não inventou nada
de novo, apenas selecionou,
modificou, precisou um código
de vida absolutamente original.
S. Bento tem a nítida
percepção que somente o
equilíbrio do corpo e da
alma é conseguido à custa da
alternância da oração e do
trabalho. Procura sabiamente
um equilíbrio entre o esforço
físico e o afinco intelectual.
Depois da oficina, o monge
deve frequentar a biblioteca.
O amor pelos livros e pelos
estudos vai tornar-se uma
das virtudes dos filhos de São
Bento. Está particularmente
interessado em que o ofício
divino se torne o centro da
vida monástica. Tudo se deve
subordinar à Opus Dei.
Para atingir os seus fins,
procura sobretudo uma raça de
homens sólidos, determinados
e imbuídos de esperança. Evita
mortificações excessivas, uma
só uma condição é exigida:
seguir Cristo. Renunciar à
sua vontade própria para
fazer a vontade de Deus. São
Bento de toda a evidência
prefere um certo espírito a
um determinado mecanismo
cego. Compreendeu que a
perseguição da perfeição reside
menos no rigor da observância
do que na disponibilidade das
almas: a sua escola de perfeição
vai aliás bastante longe no
renunciamento de si. Não
extenua o humano, explora-o,
purifica-o, enobrece-o e
prepara-o para receber as
coroações e as exigências da
graça.
São Gregório, o Grande,
o seu primeiro biógrafo, foi
directamente ao essencial ao
resumir a regra de São Bento,
dizendo isto: «não ensinou
outra coisa senão o que ele
mesmo viveu». Duas palavras
caracterizam o espírito do
grande Santo: medida e
moderação.
Segundo o mesmo São
Gregório, foi no fim da
sua vida que o Patriarca de
Monte Cassino redigiu uma
regra que se tornou célebre,
dedicada aos seus monges,
isto é, após a ter longamente
meditado e vivido. A regra de
S. Bento é um conjunto de
preceitos destinados a regular
a vivência de uma comunidade
monástica cristã por um abade.
Começou a ter o sucesso que
se lhe reconhece sobretudo a
partir do século VIII, quando
os carolíngios ordenaram que
fosse a única regra monástica
autorizada nos seus territórios e
a partir daí, estendeu-se ao resto
da Europa. As suas intenções
são modestas. Acima de tudo
não pretende impor, senão um
princípio de vida monástico,
nem árduo nem penível: em
suma unicamente uma simples
regra para principiantes. O que
ele designa de instrumentos
de boas obras não é outra
coisa que o somatório dos
preceitos mais simples da vida
cristã, orientados com plena
consciência em sítios em que lhe
é proporcionada a possibilidade
de se desenvolver com toda a
segurança. Todos os capítulos
da mesma serão concebidos
por forma a estimular os fortes
sem desencorajar os fracos.
Insiste menos nas penitências
exteriores do que na disciplina
da alma. Prefere a mortificação
do coração às mortificações
do corpo; não é uma vida
de proezas ascéticas o que
ele propõe aos seus monges,
propõe, isso sim, uma vida
de renunciamento contínua e
autêntica.
A sua obra tem ainda mais
mérito a nossos olhos se nos
lembrarmos que decorria a
época em que a Itália estava
mergulhada num vasto palco
de violência e de convulsões
sem precedentes, de guerras
sangrentas e incessantes, de
pilhagens e de caos como nunca
se tinha visto, entre os exércitos
Ostrogodos de Teodorico e
as forças Bizantinas, que se
digladiavam numa luta sem
quartel pela posse da península
itálica.
O poder de Monte Cassino
propagou sobre a cristandade
as múltiplas ramificações da
seiva beneditina: missionários
em todo o Ocidente, mestres de
modestas escolas, mestres de
coros do ofício divino, homens
de estudo que desenvolveram
perante a ciência a ordem
do trabalho, arroteadores e
semeadores de vastos terrenos
agrícolas. Não só São Bento
é o Patriarca dos monges do
Ocidente, ele é igualmente o
pai da civilização ocidental.
José fernando Moura
17 de Novembro de 201610 BarrosoNoticias de
1-Assinaturas
Os valores das assinaturas são os seguintes:
Nacionais: 20,00 €uros
Estrangeiras:
Espanha 30,00 €urosResto da Europa e Mundo 35,00 €uros
2 – Serviços:
Extracto de 1 prédio 35,00 €urosAgradecimento por óbito 20,00 “Agradecimento c/foto 25,00 “Publicidade 1 P 200,00 “
3 – Pagamentos
As assinaturas podem ainda ser liquidadas directamente em Montalegre ou através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:
- IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL
Na etiqueta da direcção do seu jornal pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ...). Se entender que não está certa, contacte-nos (00351 91 452 1740)
3 – Informação
Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros:Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail
[email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos destes assinantes.
Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.
BarrosoNoticias de
NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRACertifico, para fins de publicação que, por escritura outorgada em seis de fevereiro de dois mil e um, exarada a folhas
setenta e seis, do respetivo livro número oitocentos e quarenta e oito – A, do Cartório Notarial de Montalegre, retificada hoje, no Cartório da Notaria Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, na Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 168 – A, a fls. 42 e seguintes: GLÓRIA DA CONCEIÇÃO MENDES LOURENÇO DA CRUZ e marido JOAQUIM GONÇALVES DA CRUZ, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da referida freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Donões, concelho de Montalegre, residentes em 38 W. Walnut Street, Milford, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, CARMELINA ROSA MENDES LOURENÇO COSTA e marido DOMINGOS AFONSO DA COSTA, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da mesma freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Ladrugães, concelho de Montalegre, residentes em 567 Midle Road, Acushnet, Estado de Mssachussetts, Estados Unidos da América, AMÉLIA LOURENÇO LOPES e marido, TIMOTHY JON LOPES, casados em comunhão de adquiridos, naturais da cidade de New Bedford, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, residentes em 9 Gabriel Frms Drive, Acushnet , Estado de Massachussetts, Estados Unidos da América, ANA MENDES LOURENÇO ANJO e marido JOAQUIM ALVES ANJO, casados em comunhão de adquiridos, naturais da mencionada freguesia de Cambeses do Rio, residentes em 9 Kimberly Way, Acushnet , Estado de Massachusetts, Estados Unidos da América, FELISBINA DE FÁTIMA ALVES MENDES LOURENÇO, solteira, maior, natural da referida freguesia de Cambeses do Rio, residente em 269 Maryland Street, New Bedford, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América,MARIA DE JESUS MENDES LOURENÇO MOURA e marido ARLINDO GOMES DE MOURA, casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da referida freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Pinho, concelho de Boticas, residentes em 11 Beechwood Drive, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, FERNANDA DO CARMO MENDES LOURENÇO, solteira, maior, natural da mencionada freguesia de Cambeses do Rio, residente em 7 Evergreen Drive, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, JOAQUIM MENDES LOURENÇO, solteiro, maior, natural da referida freguesia de Cambeses do Rio, residente em 10 Reservation Road, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, JOAQUINA MENDES LOURENÇO GONÇALVES e marido JOSÉ MANUEL SANTOS GONÇALVES, Casados em comunhão de adquiridos, naturais ela da mesma freguesia de Cambeses do Rio e ele da freguesia de Valdegas, concelho de Boticas, residentes em 369 Midle Road, Acushnet, Estado de Mssachusetts, Estados Unidos da América, na qualidade de herdeiros de JOÃO LOURENÇO e de MARIA ALVES MENDES, declaram:
Que a herança e dona com exclusão de outrem do seguinte bem imóvel:Prédio urbano situado no lugar de Esporão ou Rua da Lavandeira, união das freguesias de Cambeses do Rio, Donões e
Mourilhe, concelho de Montalegre,composto de casa para habitação de rés do chão e primeiro andar, com a superfície coberta de duzentos e trinta e cinco
vírgula sete metros quadrados, e logradouro, com a área de cinquenta e dois metros quadrados, atualmente a confrontar do norte com José Joaquim da Costa Miranda, nascente com rua, sul com caminho e poente com Maria Rodrigues Pires, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número cento e setenta, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 929.
Que os autores da herança não timham qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e dois, ano em que o adquiriram, por doação meramente verbal do pais e sogro dos autores da herança José Alves Mendes, residente que foi na freguesia de Cambeses do Rio, concelho de Montalegre.
Que, desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre eles têm usado e fruído indicado prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o e guardando lá os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas, atuando com a convicção de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa-fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio, por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 21 de outubro de 2016.A colaboradora com autorização para este ato nos termos do nº1, art. 8º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro.Ana Maria Pinto GonçalvesRegistada sob o nº 84/6Conta/ Recibo registada sob o n.º 2662Emitida fatura reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 14/01/2016
Notícias de Barroso, N.º 504, de 17.11.2016
Talvez na sequência das entrevistas do juiz Carlos Alexandre, e certamente depois de adequada ponderação, a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, veio agora expor, no domínio público, que o tema da delação premiada poderá vir a ser ponderado. Ao menos no domínio da sua discussão. Bom, acho um erro tremendo e com repercussões muitíssimo perigosas.
É muito fácil perceber que é esta a realidade, para o que basta conhecer o modo português de estar na vida. E tudo se torna muitíssimo mais simples se se recordar o caso das FP 25, onde se deitou mão do estatuto do arrependido. Num ápice, um instituto que aparentemente passara sem problemas, e se aplicava em partes diversas do mundo, suscitou terríveis reações por parte dos acusados – um deles era Otelo – pelos arrependidos. E qual foi o resultado final? Bom, tudo terminou simples e naturalmente em nada.
Sabe bem cada um de nós como em Portugal a moda alheia faz quase lei a ser seguida. Também aqui basta recordar, por exemplo, o caso da descolonização, que (quase) todos apontaram como uma condição para que Portugal passasse a ser um país tipicamente europeu, e logo convergindo para as situações mais prósperas do continente. Passados quatro décadas, estamos como sempre estivemos: na cauda da Europa e a discutir – há quem o deseje loucamente...– se viremos a ter, ou
não, um novo resgate...Mas podemos também citar,
num outro exemplo, o que se passou com o casal Rosemberg, nos Estados Unidos. A nossa oposição do tempo gritava, a plenos pulmões, que era tudo uma mentira e que ninguém do casal trabalhara para a antiga União Soviética. Mas passaram as décadas – muitas –, até que o filho do casal, já próximo da morte, esclareceu a verdade: o casal Rosemberg era constituído por dois espiões ao serviço da antiga URSS. Ou seja: o que vem de fora é bom.
Embora tenha dúvidas de que José Hermano Saraiva se determinasse a expor publicamente certas experiências que lhe passaram pela frente na sua vida profissional, e sobre que falou comigo, se o quisesse fazer, perceber-se-ia como a delação premiada se transformará, de um modo muito fácil, num instrumento de proteção dos mais poderosos da comunidade. Em Portugal, obviamente. E para se perceber que assim é, bastará estar atento aos grandes arautos que costumam polvilhar as nossas televisões, sempre a exigir dos magistrados o impossível, e cimentando dúvidas sobre a culpabilidade potencial de certo tipo de arguidos. A vir a entrar em vigor no nosso ordenamento jurídico, a delação premiada passará a ser, a curto prazo, um instrumento de proteção dos poderosos. Portugal não é os States...
Hélio Bernardo Lopes
DELAÇÃO PREMIADA
17 de Novembro de 2016 11BarrosoNoticias de
O tema da educação é um tema sempre em aberto. Já te-mos algumas certezas quanto à arte de bem educar, mas não há dogmatismo ou imperativo educativo que não mereça dis-cussão e que não revele incon-gruências. Cada época ou cada tempo vai adotando o seu pro-cesso educativo, os seus méto-dos e as suas estratégias, apoia-do nos resultados e na sabe-doria que a lima do tempo vai oferecendo. Reparemos como, atualmente, se questiona a efi-cácia dos chumbos e dos traba-lhos de casa, práticas que não mereciam qualquer discussão há umas décadas atrás. De uma coisa temos a certeza: o ser humano nasce cru. Por isso, precisa de formação e de edu-cação integral para conquistar
a sua autonomia e saber viver uma liberdade responsável, para saber ser pessoa e viver em interação com os outros e com o mundo, se desenvolver e dar o melhor si, para ser um ser humano feliz e realizado.
Numa altura em que as nossas escolas e as catequeses já aqueceram os motores e o ano escolar e catequético está em andamento, sem deixarmos de ter sempre como pano de fundo a família e todas as boas atividades educativas, propo-nho à reflexão pedagógica a pertinente nota pastoral da Co-missão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, para a Semana Nacional da Educação Cristã, que decorreu entre os dias 21 e 30 de outubro. Temos de pôr em prática não apenas uma educação intelectual e instrutiva, mas integral, que englobe também a dimensão social, moral e espiritual do ser humano.
Em primeiro lugar, educar é por a caminho. Diz a nota: «educar é conduzir no ca-minho do bem e da verdade, como concretiza Bento XVI de forma feliz: «Educar significa conduzir para fora de si mesmo
ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa». Deste modo, educar não é apenas atingir uma de-terminada etapa ou patamar: boas classificações escolares; concluir um curso; chegar à celebração de um sacramento. Encontramos, frequentemen-te, esta perspetiva estática de educação. A educação, porém, é dinâmica, é aprender a ca-minhar, a progredir, a crescer continuamente para a plenitu-de. Fazer caminho é dar passos, treinar ritmos, aprender com as novas experiências de cada idade, pois o caminho faz-se caminhando. Cada etapa preci-sa de ter continuidade, orientar para novas etapas, sem perder de vista a meta – o desenvol-vimento pleno e integral. Fixar--se numa etapa é instalar-se, é deixar de crescer, de olhar para o futuro e enfraquecer no com-promisso de o preparar». Diz a sabedoria popular e muito bem: «Estamos sempre a apren-der», porque estamos sempre a caminhar para uma plenitude.
Em segundo lugar, edu-car é propor referências. Diz a nota: «uma das lacunas da educação é a ausência de re-
ferências que permitam o dis-cernimento entre a retidão e os desvios, entre o bem e o mal. (…) Não é proposta de teorias ou doutrinas mas de exemplos de pessoas concretas, de uma bondade e retidão exemplares, e de acontecimentos históri-cos, de uma memória rica de séculos que nos ajuda a estar atentos aos sinais dos tempos, a interpretar o presente e cons-truir um futuro melhor». Hoje a televisão e a internet estão a ter uma influência decisiva sobre as pessoas, um mundo onde a noção de bem e de mal é difusa e confusa e os muitos exemplos propostos andam muito longe dos bons valores humanos que defendemos.
Em terceiro lugar, educar é promover a fraternidade e a co-munidade. Diz a nota: «educar é promover a fraternidade e a comunidade. A educação cris-tã tem necessariamente uma dimensão comunitária. A edu-cação deve promover o diálogo e a integração, procurar o que nos une e não o que separa; construir pontes e evitar rutu-ras; não se deixar tentar pela mentalidade maniqueísta que divide a sociedade em bons
e maus, julgando como maus «os outros que não pensam como nós». Devemos alertar contra todas as propostas que, ainda hoje, criam barreiras e fomentam agressividade. Se queremos construir um mun-do solidário em que todos se sintam acolhidos, respeitados e integrados temos de rejeitar a indiferença, a agressividade, a luta de classes, a violência… e cultivar a fraternidade, o diá-logo, a compreensão e as rela-ções cordiais».
Em quarto lugar, educar é formar agentes de mudança e transformação social. Diz a nota: «o pleno desenvolvimento da pessoa alcança-se também pelo contributo que presta para melhorar a sociedade, pelo ras-to de amor e de paz que deixa no seu meio ambiente. Educar é incentivar a sonhar um mun-do novo, mais justo e fraterno, e a entregar-se, corajosamente, ao serviço deste sonho», e não apenas adquirir meia dúzia de conhecimentos ou uma forma-ção ou uma especialidade para vivermos no nosso egoísmo e no nosso comodismo, acres-cento eu, desinteressados do rumo do mundo e da história.
Educação Integral
Pe Vítor Pereira
BOTICASReconhecido como “Município Parceiro Eco-Escolas 2016”
A Associação Bandeira Azul da Europa, seção portuguesa da Foundation for Environmental Education (ABAE/FEE P), distinguiu Boticas como “Município Parceiro Eco-Escolas 2016” pela colaboração na implementação do Programa Eco-Escolas durante
o ano letivo 2015/2016.A Bandeira Verde Eco-
Escolas foi atribuída à Escola EB 2,3 de Boticas, numa cerimónia que se realizou no passado dia 30 de setembro, no Parque de Exposições de Aveiro.
Para ser distinguida com a Bandeira Verde, os alunos da Escola EB 2,3 de Boticas tiveram de realizar várias atividades no âmbito dos temas definidos pela entidade organizadora para o ano letivo em causa (2015/2016).
No Distrito de Vila Real foram apenas distinguidos cinco municípios sendo que, dos concelhos que constituem o Alto Tâmega, só Boticas foi
reconhecido como “Município Parceiro Eco-Escolas 2016”.
O Eco-Escolas é um programa internacional desenvolvido em Portugal desde 1996 pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) e tem como objetivo principal encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade.
O programa procura também estimular a criação de parcerias locais entre a escola e as autarquias, permitindo um maior envolvimento e participação dos municípios, empresas e outras entidades no processo de cooperação em prol do ambiente.
Prémios Great Taste - O Melhor SaborBOTICAS, 2016-11-15 12:10:54“Carne Barrosã” e “Mel de Barroso” medalhados nos Prémios Great Taste – O Melhor Sabor
O “Great Taste” é um prémio com origem no Reino Unido, instituído em 1994, tendo sido, ao longo dos anos, responsável pela descoberta de produtos alimentares de qualidade excepcional e pela sua promoção junto de profissionais e consumidores, contribuindo pra a sua escolha informada e para o sucesso dos produtores que vêm o seu talento reconhecido no mercado. O “Great Taste” avaliou, nos últimos 20 anos, através de
provas cegas, mais de 100.000 produtos. Todos eles avaliados por centenas de especialistas - que constituem o júri -, que discutem as qualidades e mérito de cada produto, na sua missão de encontrar aqueles cuja qualidade gustativa merece ser premiada como “Great Taste”, o Prémio do Melhor Sabor.
De entre os inúmeros produtos a concurso, somente os distinguidos pelo júri pela sua suprema qualidade são premiados, com uma a três estrelas.
Uma estrela corresponde a um sabor simplesmente delicioso, duas estrelas a um sabor excecional e três estrelas a produto designado como Requintado.
Os produtos classificados com 3 estrelas são sempre submetidos a uma reavaliação, para confirmação do mérito da sua qualificação.
Na edição portuguesa do Great Taste Award a avaliação dos produtos foi feita em 5 sessões de provas cegas, entre Setembro e Outubro, por um júri constituído por dezenas de especialistas em diversas áreas, desde cozinheiros, técnicos, investigadores, compradores, retalhistas, profissionais da restauração, críticos e jornalistas.
Nesta primeira edição, a Cooperativa Agrícola de Boticas, detentora das Denominações de Origem Protegida da Carne Barrosã e do Mel de Barroso, não hesitou em submeter à apreciação do exigente júri os requintados sabores destes dois produtos, já vencedores de inúmeras distinções
e prémios ao longo dos últimos anos.
Mais uma vez ficou inequivocamente patente a excelência dos produtos Barrosões que, meritoriamente, foram ambos galardoados.
O Mel de Barroso foi distinguido com uma estrela, pelo seu sabor simplesmente delicioso e a Carne Barrosã, fruto do seu requinte, superou e conquistou três estrelas, as quais foram obrigatoriamente confirmadas nas duas sessões de avaliação do júri, conforme determina o regulamento.
Todos os produtos premiados
neste concurso são registados e divulgados nas publicações do Great Taste Award português, tendo igualmente ingresso direto na base de dados da edição Inglesa original e às suas iniciativas de promoção e marketing o que, por si só, constituiu excelente veiculo de comunicação e divulgação que seguramente poderá proporcionar uma nova janela de oportunidades comerciais.
A entrega dos prémios decorreu no passado dia 27 de outubro, em Santarém, no decurso do Festival Nacional de Gastronomia.
17 de Novembro de 201612 BarrosoNoticias de
A Banda Musical de
Parafita concorre, no último
sábado deste mês, dia 26,
pelas 15 horas, no 3.º concurso
internacional de Bandas
“Filarmonia D’Ouro”, a
realizar no grande auditório do
Europarque, em Santa Maria da
Feira.
É mais um passo na
afirmação do percurso artístico
da banda musical de Parafita,
um dos emblemas culturais do
concelho de Montalegre. Uma
coletividade, com mais de 200
anos de história, que atravessa
um notável momento de
criatividade. A presença, pela
segunda vez, neste concurso
internacional vem provar que
não só em centros urbanos
impera excelência. Também no
recanto do Barroso, há razões
para acreditar que trabalho e
competência são sinónimo de
qualidade.
Com efeito, a Banda
Musical de Parafita não
esconde a honra de participar
pela segunda vez - primeira foi
em 2014 - neste prestigiante
e exigente certame. Falamos
de um evento - o terceiro CIB
Filarmonia D’Ouro – dividido
em três secções: 1ª Secção, 2ª
Secção e Secção Académica.
Todas as bandas terão que
executar - pela seguinte ordem
- uma obra de aquecimento
(não pontuada); uma obra
obrigatória e uma obra livre.
Na obra livre, à escolha de
cada banda, o júri, além
da qualidade de execução,
pontua, também, a escolha da
obra em si, sendo que todas
procuram apresentar uma
obra livre que surpreenda. Por
outro lado, a obra obrigatória
- será interpretada por todas as
bandas concorrentes - para a
segunda secção - onde participa
a Banda de Parafita - é “El
Camino Real”, do compositor
americano Alfred Reed, sendo
a obra livre escolhida pela
banda “With Heart and Voice”,
de David R. Gillingham.
Dizer que na segunda
secção, além da Banda
Musical de Parafita, participam,
também, a banda de música
de Belinho - Esposende, Banda
Nova de Fermentelos - Águeda,
Banda de Musica de Loureiro -
Oliveira de Azeméis e a banda
musical da Póvoa de Varzim.
O júri desta terceira edição
do CIB Filarmonia D’Ouro
é constituído por cinco
personalidades de reconhecido
mérito artístico. É presidido
pelo maestro Paulo Martins,
sendo os restantes elementos
o maestro e compositor Luís
Cardoso (Portugal), António
Moreira Jorge (Portugal) -
diretor do conservatório do
Porto - o compositor Thomas
Traschel (Suíça) e o maestro
Henrie Adams (Holanda).
Referir que a Câmara
Municipal de Montalegre
disponibiliza, a todos os
interessados, o transporte
necessário para assistirem a
esta jornada cultural para a
qual se dem inscrever.
In: cm-montalegre.pt
Banda de Música de Parafita em Concurso Internacional
PARIS, 30 Setembro
Acabei de ver e ler o Notícias de Barroso, gostei demais, e para mim trouxe algumas explicações até de que eu estava precisando. Sobre o Jornal do Planalto eu não sabia que o Sr.Orlando assumiu o Jornal do Planalto, é lamentável que um jornal criado para espalhar cultura, conhecimento, um jornal, mais para a elite mesmo, venha a ser um veículo da vida política de Barroso. Eu recebi até assim quase um convite para estar ali, feito por alguém de Montalegre e vindo dali esse convite achei que o Planalto iria divulgar escritores, poetas, enfim arte e cultura, como me enganei! Fui avisado a tempo, se é para fins políticos, não me interessa. ...
Para mim só há duas coisas que me motivam a escrever para jornais, cultura em todos os aspectos e a diáspora portuguesa, porque faço parte dela, e quero muito bem a essa brava gente.
Também prezo o meu amigo Carvalho de Moura, está
sofrendo ataques e oposições desagradáveis demais, e como ele bem disse, não precisava disso. Olhe, torço, de coração, até rezo para que encontre apoio forte bastante para fazer frente a tanta oposição. Um desgaste muito grande. Cumprimentos ao sr. Director e a todos os que escrevem neste grande jornal de Montalegre.
Bem haja a todos.
JSASilva
--------------
Rio de Janeiro, 10 Novembro 2016
Eu, Maria Julia de Moura Cima Aires, e os maravilhosos noventa e dois dias que Deus Pai Criador me concedeu de viver em terras de Portugal.
No dia 1 de Julho de 2016, 9 horas da manha, estou em Friães indo para Braga e fiquei sabendo do falecimento da Julia Maria Gonçalves Pereira. Com tristeza no coração fui a casa dela vê-la pela ultima vez. Parabenizo a irmã Maria
por tudo de bom que fez a sua falecida irmã.
Foi nessa sexta feira que, por volta das 2h da tarde, eu, meu marido e meu primo Alcides de Moura visitamos “Seu António”, o brasileiro da Vila da Ponte e esposa. Que tarde agradável em casa deles nós tivemos! Na ultima carreira do dia segui para Braga.
No dia 4 de Julho, à tardinha desse dia, vindos de Lisboa chegaram à minha residência de Braga a minha irmã Ana, cunhado Joaquim Pereira e a neta Olívia. Eles vivem em Melbourne, da Austrália e eu em Copacabana, Rio, Brasil. Que dias bons e felizes tivemos em terras da nossa terra! Portugal!Portugal!Portugal!
Terça, 5 de julho, em Braga, fomos à feira. De tarde, visitar o nosso amigo Antonio Tereso do Antigo de Viade e a esposa Albertina de Jesus, da Guarda. Aqui na casa deles de Braga bebemos uns gostosos copos de vinho bom, acompanhados de deliciosos queijos e de outras iguarias. Queridos
amigos, obrigada por tudo!Quinta feira fomos todos
para Friães. Que dia 7 de julho felizes tivemos na bonita casa aonde eu e a irmã Ana nascemos.
No dia 8 de julho, de tarde fomos ao café Gonçalves e depois a merenda foi-nos dada e servida pelo primo Alcides de Jesus de Moura. Querido primo, que Deus te conceda muita saúde e paz com longos anos de vida.
No Domingo, 10 de julho, fomos à festa a Bustelo. Que missa festiva bonita celebrada pelo nosso primo, Pe João Batista Gonçalves Curralejo. Após a procissão, nós, os australianos e os brasileiros de Vila da Ponte fomos convidados para almoçar na casa do Curralejo. Que horas bem passadas e que refeição gostosa nos foi servida.
Queridos primos Manuel, Ana da Assunção e toda a vossa família, muito e muito obrigada por todo o vosso amor, consideração e carinho. Vós sabeis que eu, Maria Julia, me sinto tão feliz nessa bonita
casa onde nasceu a minha avó materna Maria Gonçalves Curralejo.
No Domingo seguinte, foi a festa da Senhora Saúde de Friães. A banda Musical de Parafita foi muito importante na missa festiva e na procissão. Parabéns e aplausos ao Maestro e a cada um dos membros da banda. Parabéns, ao povo de Friães e aos mordomos da festa especialmente o meu sobrinho e afilhado Engenheiro Clemente Jorge Gonçalves de Cima. Parabéns ao senhor Padre Fernando Guerra que celebrou a missa e presidiu à grandiosa procissão. Depois, o sr. Padre Fernando almoçou conosco na casa dos de Cima. Nesta bonita casa também almoçaram os convidados e amigos do meu irmão Clemente Evangelista e da esposa Maria da Luz. A cada um deles abraço grande de amizade.
E por hoje é tudo. Encerro com palavras de Frei Anízio Freire, GFM: “No mundo de hoje, um amigo de verdade é uma benção de Deus”.
Cartas dos Leitores
17 de Novembro de 2016 13BarrosoNoticias de
Lita Moniz
A XII Cimeira da (CPLP), Comunidade dos países de Língua Portuguesa, aprovou propostas significativas para Portugal e Brasil.
Portugal muito bem representado pelo Presidente da Republica, pelo Primeiro-Ministro e pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros ocorreu em Brasília onde o Presidente do Brasil, Michel Temer, anfitrião do encontro, conduziu com sabedoria as propostas ali apresentadas.
A proposta inicial, apresentada por Michel Temer, sugere que a Língua Portuguesa seja uma língua oficial nas Nações Unidas. Seguiram outras, entre elas, a política de vistos a ser implantada de forma
gradual e diferenciada pelos estados membros, os países que compõem a CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Autoridades de São Tomé e Príncipe anunciaram a decisão de isentar de vistos os cidadãos dos estados-membros durante um período de 15 dias.
A proposta avança para uma maior circulação dos cidadãos no espaço da CPLP.
Portugal propôs à Cimeira aumentar a mobilidade no espaço da CPLP através da criação de um modelo de autorizações de residência, liberdade de residência, associado ao reconhecimento de títulos acadêmicos e qualificações profissionais, os chamados vistos dourados, que têm regras específicas. Também para a portabilidade de direitos sociais designadamente em matéria de Segurança Social.
Antônio Costa recordou que “durante anos andámos absurdamente a levantar dificuldades ao reconhecimento dos dentistas com diplomas brasileiros, e achamos que era igualmente
absurdo que levantassem dúvidas sobre os engenheiros com diplomas portugueses” e prosseguiu:
“A atribuição de direitos de participação política permitirá criar melhores condições para a inserção de todos nas comunidades onde estão inseridos”.
Esta Cimeira reafirmou o
compromisso da Constituição da CPLP: um espaço geograficamente descontínuo, mas identificado pelo idioma comum, pelos primados de paz, da democracia, do Estado de direito, dos direitos humanos e da justiça social.
Houve quem chamasse esta Cimeira de Luso-Brasileira pelos acordos bilaterais entre Portugal e Brasil: cinco acordos sobre cooperação para o desenvolvimento.
Portugal tem atualmente 600 empresas instaladas no Brasil, gerando empregos diretos e indiretos, lembrou Michel Temer, acrescentando
que Portugal e Brasil são parceiros históricos e têm uma agenda moderna na área da tecnologia, entre outras a produção de aviões brasileiros sendo produzidos em parte na fábrica portuguesa de Évora.
Destaque também para o
interesse do Brasil continuar a trabalhar e reforçar a cooperação com Portugal na área das nanociências, computação científica, da ciência aberta e da cultura científica.
Michel Temer não queria deixar passar esta Cimeira sem apelar para Portugal no sentido de reforçar o acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia, salientou a necessidade de se formalizar o mais rapidamente possível este acordo. Portugal prontificou-se a ser um bom advogado em favor desta causa, disse Antônio Costa.
Não foi esquecida a vitória de Portugal na recente eleição para o cargo de secretário-geral das nações Unidas, António Guterres.
António Costa considerou que Portugal e o Brasil estão “num novo patamar de relacionamento” citou o projeto, a seu ver ambicioso, de carros elétricos e acrescentou “ hoje já não falamos só de importação e exportação de petróleo, de carne, de vinho ou de azeite. Hoje podemos falar na cooperação técnica e científica ao mais alto nível”.
XII Cimeira da CPLP em Brasília
A fim de participar nos trabalhos da Assembleia Geral da ONU em Nova York, o Chefe do Estado Português, Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitou também para se encontrar e visitar algumas comunidades portuguesas da costa leste dos EEUU, finalizando
com um evento levado a cabo no New Jersey Performing Arts Center (NJPAC) no qual marcaram presença muitos convidados, representantes de várias instituições portuguesas, como escolas, clubes, figuras empresariais, políticas, etc.
Após breve e eloquente discurso enquanto degustavamos um saboroso lanche, o Presidente Marcelo aproveitou para trocar impressões com muitos dos presentes, deixando-se fotografar.
Foram muitos os Estados da costa leste que acederam ao
convite formulado e da parte da comunidade de Bridgeport registamos a presença do Consul Honorário do Estado de Connecticut, Dr Bill Gouveia e sua esposa, Tino Rodrigues e esposa, presidente da Casa do Benfica de Dunbury e o
Clube Vasco da Gama de Bridgeport fez-se representar pelo correspondente do jornal Luso Americano e Relações Públicas do Clube, José Rodrigues.
J. A. (Bridgeport EUA)
A Visita do Presidente da República Portuguesa aos Estados Unidos
O Presidente da República Portuguesa com o consul Honorário Bill Gouveia, natural de Santo Estevão, Chaves
Figuras gradas da comunidade de Bridgeport
17 de Novembro de 201614 BarrosoNoticias de
Médicos acerca dos melhores pacientes
Numa sala de cirurgia, cinco cirurgiões discutiam sobre quais os melhores pacientes a operar.
Dizia o primeiro:- Gosto de operar
contabilistas porque, quando se abrem, todos os órgãos estão numerados e ordenados.
O segundo retorquiu: - Sim, mas melhor são os
electricistas, todos os órgãos estão codificados por cores. Não há qualquer risco de engano.
Ao que respondeu o terceiro:
- Que nada!!! Os melhores são os bibliotecários. Dentro deles tudo está ordenado alfabeticamente.
O quarto cirurgião opinou:
- Não há como os mecânicos. Eles até já transportam uma reserva dos órgãos que são necessários
substituir.Finalmente, disse o
quinto: - Deixem-me discordar
de todos vocês, meus caros colegas, em minha opinião, os melhores pacientes para operar são os políticos. Não têm coração, não têm estômago nem tomates... Além disso, podemos trocar o cérebro pelo cu, pois como só têm ideias de merda não dão conta de nada e ainda agradecem.
Dois Guineenses à conversa
Mano, pus soalho frutuante nos casa!
Bonito, pá! Assim quando vier as próxima cheias, o chão frutua e não fico com a casa inundada!...
- Mas, se vierem muitas cheia, brader, isso sobe muito e tú bate mésmo com os corno nos tecto, pá!!!
Nãos tem probrema, méu; também pus os tecto farso…
O que Jô Soares, humorista brasileiro, disse sobre o professor...
O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se é jovem, não tem experiência. Se é velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado. Se Tem automóvel, chora de “barriga cheia’.
Se Fala em voz alta, vive gritando. Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um ‘caxias’. Se Precisa faltar, é um ‘turista’.
Se Conversa com os outros professores, está ‘malhando’ os alunos. Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno. Se Dá pouca
matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado. Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso. Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo. Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica. Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende. Se Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude. Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição. Se O aluno é aprovado, deu ‘mole’.
É ... o professor está sempre errado, mas se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
Na maternidade
Numa maternidade nasceram dois bebés à mesma hora. Prepararam-nos, como mandam as regras e levaram-nos para uma sala.
Às tantas diz um p’ra o outro:
Tu também nasceste agora?Nasci.És menino ou menina?Não sei, ainda não vi e tu?Eu sou meninoÉs? mostra láQueres que te mostre?MostraOlha que eu mostroMostraO menino com toda a sua
valentia levanta o lençol dos pés da cama e diz-lhe:
- Olha os sapatinhos azuis.
O que dizem os outros
Acerca da truta:Um velho rifão espanhol
diz que: «a troita para que guste há de ter sete efes – fresca, frita, fria, fiada, fragosa, fea e femia»
ATÃO BÁ!!!
SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900
Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442
Informações úteis
17 de Novembro de 2016 15BarrosoNoticias de
BarrosoNoticias de
Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]
Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura
Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495
Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt
Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,
Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
FUTEBOL
CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO
10.ª Jornada, no Estádio João Soares Vieira, de S. Oao de MerelimDia 13-11-2016
Merelinense 1 MONTALEGRE 0
Montalegre: Márcio Rosa; Yan, Álvaro Branco, Zé Luís e Zack; Gabi (Mário 68), João Fernandes e Noel (Alliu 55), Hugo Silva (L. Fernades 81); Nené e Roberto.
Treinador: Zé Manuel Viage
Foi já depois do tempo de compensação que o Merelinense chegou ao golo da vitória. O Montalegre merecia mais. Fez uma boa exibição no campo do líder.
Um Montalegre seguro
em termos defensivos, mesmo depois da expulsão prematura de Álvaro Branco, aos 32 minutos, e atrevido no ataque com Nené e Paulo Roberto em destaque. Foi um jogo muito disputado, com muito contacto e também com uma chuva de cartões amarelos e vermelhos.
No capítulo disciplinar pode queixar-se mais a equipa transmontana que jogou mais de uma hora com menos uma unidade, mas nem por isso o Montalegre deixou de dar mais luta ao Merelinense.
Ao intervalo o 0-0 era um resultado justo. Os transmontanos sabiam que as dificuldades iriam aumentar na etapa complementar pois continuavam a jogar com menos unidade. De assinalar uma grande penalidade de Aliu que salta com um adversário de forma legal mas com outro julgamento do árbitro da partida.
Márcio defendeu com grande classe.
Já depois do tempo de compensação (o àrbitro deu mais seis minutos) lá chegou o golo minhoto numa recarga vitoriosa de Crespo, um dos melhores marcadores da série A.
Pela entrega e sacrifício o Montalegre não merecia perder. Zé Luis foi enorme a comandar a defesa barrosã, depois da saída de Àlvaro… Miguel Fernandes, defesa esquerdo do Merelinense foi o mais inconformado.
Arbitragem negativa!
Nuno Carvalho c/redacção
AF VILAREAL
Divisão de Honra 2016 Jornada 9, dia 13.11.2016
Vila Real 3-0 AteiSanta Marta 2-1 Ribeira Pena
Boticas 0-2 Vilar de PerdizesValpaços 3-0 FontelasRégua 2-2 VidagoCerva 0-0 AbambresMondinense 1-0 MurçaSalto 0-3 Vila Pouca
O Vilar de Perdizes está a fazer uma grande época. Ocupa o 5.º lugar da tabela classificativa com os mesmos pontos da Régua (17). Nesta jornada venceu o Boticas por 2 -0.
O Salto que, nesta época, está a dar cartas, perdeu em casa com o Vila Pouca mas ocupa um honroso 10.º lugar na classificação.
RALLYCROSSMundial de Rallycross -
Evento do ano
O Campeonato do Mundo de Rallycross que se realizou em
Montalegre, no passado mês de abril, foi o vencedor, no passado sábado, na categoria “Evento do Ano” na III Gala do Desporto - Alto Tâmega, promovida pela SINAL TV (Web TV da cidade de Chaves).
Concorriam, a par deste evento, mais 3, realizados na região.
Ao palco do Casino de Chaves subiram: Orlando Alves, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre e Jorge Fonseca, do Clube Automóvel de Vila Real.
A gala premeia atletas, clubes, dirigentes desportivos, treinadores e entidades que mais se destacaram na prática das suas modalidades na região do Alto Tâmega e Barroso durante a época desportiva (agosto 2015 a maio 2016).
DESPORTO
Terminou com chave de ouro mais uma edição do campeonato de chegas de bois de raça barrosã, com a habitual atribuição de prémios aos proprietários dos animais. A cerimónia, que decorreu numa unidade hoteleira de Montalegre, contou com a presença do vice-presidente do município, David Teixeira. O autarca felicitou esta franja de barrosões, responsável pela manutenção de
um dos mais belos traços da identidade concelhia.
Foi com 17 mil euros - vencedor arrecadou 2.600 - que foi realizada a edição 2016
do campeonato de chegas de bois de raça barrosã, evento organizado pela Associação Etnográfica “O Boi do Povo” e que teve o apoio da Câmara Municipal de Montalegre, como fez questão de sublinhar o presidente da associação, Nuno Duarte: «sem a ajuda do município, seria impossível fazermos este torneio. É muito importante continuarmos a ter este patrocínio. Só assim foi possível termos tido 21 animais inscritos».
Em nome da Câmara Municipal de Montalegre falou o número dois do executivo. Em
discurso informal, David Teixeira deixou um aplauso generalizado a todo aquele que resiste em prol da manutenção da raça barrosã: «quero que saibam, de uma forma muito clara, que este executivo está convosco. O nosso reconhecimento ao vosso trabalho pela manutenção da nossa raça autóctone. O
prémio que passamos a dar de 50 euros por nascimento/animal é um sinal. O apoio de 100 mil euros à sanidade animal é outro incentivo. É um outro sinal onde queremos continuar a ser um município com atividade agrícola e a ter gente nova neste
ramo». Enquanto espetáculo, a chega de bois deve ser encarada com toda a seriedade, vinca o vice-presidente da autarquia: «o pedido que vos deixo é que sejam sérios em tudo que façam. Que valha a pena assistir a uma chega de bois. Que tenhamos orgulho em mostrar o que temos. O torneio não pode cair apenas na vontade de ganhar o prémio. Tem que ser algo mais».
Chega de Bois na “SEXTA 13”?
A fechar a comunicação,
ficou no ar a possibilidade da realização de uma chega de bois noturna na próxima “Sexta 13. Um desafio encarado com visível entusiasmo por todos os presentes. David Teixeira esclareceu: «este executivo tem a qualidade de não ter medo dos desafios. Vamos ver. Talvez na “rotunda do Intermarché”. A direção da Associação “O Boi do Povo” vai ficar com o trabalho de pensar numa boa proposta. Nós cá estaremos para a apoiar».
In: cm-montalegre.pt
CHEGAS DE BOIS
Entrega de Prémios do Torneio 2016
MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]
Encerrada desde junho último, foi reaberta a Extensão de Saúde de Covelães depois de terem sido feitos trabalhos que ultrapassaram os 40 mil euros, investimento exigido pelo ACES de Trás-os-Montes Alto Tâmega e Barroso. A obra responde agora a todas as normas em vigor. Dentro de dias, regressam os médicos a uma estrutura médica que responde por 11 aldeias do concelho de Montalegre.
A Extensão reabriu, numa cerimónia que contou com várias personalidades, entre elas o líder do município, Orlando Alves, e Laurentina
Teixeira, diretora executiva do ACES de Trás-os-Montes Alto Tâmega e Barroso.
Neste hiato de tempo, o transporte dos utentes, para o Centro de Saúde de Montalegre, foi assegurado pela Associação Social e Cultural de Paredes do Rio. Todavia, o regresso à casa mãe representa não só mais proximidade como maior tranquilidade para uma procura, em grande parte, idosa e com dificuldades de mobilidade.
Muito satisfeito, José Bento Caselas, presidente
da União de Freguesias de Sezelhe e Covelães, recorda todo o caminho percorrido ao longo destes meses: «como sabem, a extensão de saúde foi encerrada. Na altura, comprometemo-nos a fazer obras. Chegou o dia da reabertura. Foi um compromisso de todos. Como presidente de junta, é a obra que me está a dar maior orgulho. Ninguém reclama!». Um investimento «bastante dispendioso» que enche de «orgulho» toda a comunidade. Bento Caselas aproveita para agradecer o contributo «fundamental» da
Câmara de Montalegre na resolução do impasse.
A diretora executiva do ACES de Trás-os-Montes Alto Tâmega e Barroso, Laurentina Teixeira, explicou o modo como deve ser recordado todo este processo: «a nossa preocupação foi sempre dar melhores condições aos cidadãos. O que existia não era de todo condigno, não só para os utentes
como, também, para os profissionais que aqui trabalhavam. A sugestão, na altura, era encerrar dando, como alternativa, o transporte para o Centro de Saúde de
Montalegre. No entanto, depois de conversarmos, e até porque a população era pouca - cerca de 400 utentes inscritos -, entendemos dar um tempo para a realização das obras». Assim sendo, rematou: «vamos voltar a garantir, em Covelães, a consulta médica e a consulta de enfermagem e respetivo atendimento domiciliário, sempre que se justifique. A reabertura será feita dentro de dias».
In: cm-montalegre.pt
Inaugurada a Extensão de Saúde de Covelães