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A TENTAÇÃO DE JESUS CRISTO Mateus 4. 1 a 11 / Marcos 1. 12 e 13 / Lucas 4. 1 a 13 Tanto Mateus como Lucas descreve o momento da tentação com mais crétido, ao passo que Marcos relata o fato rapidamente em apenas dois versículos, isso dá-se por causa das fontes que foram retiradas, talvez possa ser outras. Os textos descreve a luta entre a luz e as trevas, Deus e satanás, e as tentações em número de três: 1 - Operar milagre para satisfazer as necessidades imediatas, 2 - Dar sinais convincentes 3 - Exercer o poder de rei (político). Jesus não se deixou vencer as tentações devido Seu caráter puro que vinha formando a muito tempo, pois na qualidade de homem não seria tentado se não pudesse ter caído. A tentação de Jesus ocorreu logo depois de uma experiência mística com Deus no momento de Seu batismo, essa ordem dos fatos é tanto espiritual como cronológica, Jesus teria que passar em uma prova espiritual para enfrentar as dificuldades de Seus ministério, e o agente dessa tentação teria de ser o rei dos tentadores, o próprio satanás. O sucesso do Seu ministério não dependia apenas de Sua capacidade de viver pobremente e Sua resistência física. Podemos notar o êxito do Seu ministério foi a

Batalha Espírtual II - A Tentação de Jesus Cristo

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A TENTAÇÃO DE JESUS CRISTOMateus 4. 1 a 11 / Marcos 1. 12 e 13 / Lucas 4. 1 a 13

Tanto Mateus como Lucas descreve o momento da tentação com mais crétido, ao passo que Marcos relata o fato rapidamente em apenas dois versículos, isso dá-se por causa das fontes que foram retiradas, talvez possa ser outras.

Os textos descreve a luta entre a luz e as trevas, Deus e satanás, e as tentações em número de três:1 - Operar milagre para satisfazer as necessidades imediatas, 2 - Dar sinais convincentes 3 - Exercer o poder de rei (político).

Jesus não se deixou vencer as tentações devido Seu caráter puro que vinha formando a muito tempo, pois na qualidade de homem não seria tentado se não pudesse ter caído.

A tentação de Jesus ocorreu logo depois de uma experiência mística com Deus no momento de Seu batismo, essa ordem dos fatos é tanto espiritual como cronológica, Jesus teria que passar em uma prova espiritual para enfrentar as dificuldades de Seus ministério, e o agente dessa tentação teria de ser o rei dos tentadores, o próprio satanás.

O sucesso do Seu ministério não dependia apenas de Sua capacidade de viver pobremente e Sua resistência física. Podemos notar o êxito do Seu ministério foi a vitória contra as forças espirituais opostas. Paulo diz que é a luta de todos os cristãos (Efésios 6)

De modo geral os detalhes descritos nas narrativas são as seguintes:

1 – A tentação ocorreu logo depois de Cristo receber a unção dos céus sobre Sua vida;2 – A tentação foi dirigida aos três aspectos da fraqueza humana, o desejos da carne; o desejos dos olhos e o orgulho da vida.3 – A tentação foi de natureza humana, por isso serve de lição para nós.

I João 2. 16 - porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.

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As duas primeiras tentações descritas no evangelho de Mateus, tinham o propósito de provar de maneira vã a divindade de Cristo e como sendo verdadeiro Filho de Deus.

Satanás cria que Jesus pudesse cair em tentação, e que Sua relação com Deus não era tão especial A terceira tentação apela para o orgulho e o desejo do poder. Jesus saiu-se vitorioso porque tinha firmeza em Sua missão divina, que não poderia ser entregue por momentâneas vantagens terrenas.

Jesus veio para reinar sobre o homem conforme está escrito em Apocalipse 19 . 1 – “ ... Rei dos Reis e Senhor dos Senhores....” até os magos que viera do Oriente reconheceram isso em Cristo Mateus 2. 11 “... entregaram suas ofertas, ouro, mirra e incenso ...” a palavra diz que Jesus voltará depois do arrebatamento para reinar por mil anos sobre a terra, e depois virá o fim de tudo.

Será que Jesus poderia realmente pecar? Cair em tentação? Alguns comentaristas e cristãos replicam que sim como também não. O que é preciso lembrar que, a tentação foi real, e não apenas um ato para demonstrar que Deus não peca. Sabemos que a tentação de Cristo foi verdadeira, e a vitória também, então em Sua condição divina Ele não pecaria, mas como homem seria sujeito ao pecado como qualquer um de nós.

Aqui temos um paradoxo, espiritualmente não era permitido Sua queda, dessa maneira Jesus demonstrou que o ser que possui livre arbítrio pode escolher entre o bem em lugar do mal. Tal como Jesus podemos resistir as tentações que nos são impostas, se nos enchermos do Espírito Santo de Deus.

Mateus 4. 1 - “... foi Jesus conduzido pelo Espírito ao deserto” – Mateus diz que Jesus foi levado pelo Espírito Santo para o deserto, alguns acreditam ter ocorrido um milagre de transporte, não há duvida que isso poderia ser possível. Em Lucas diz que foi guiado pelo mesmo Espírito que o encheu de poder, isso significa que o Espírito é agente tanto das nossas experiências difíceis como também das jubilosas.

“...Pelo Espírito ao deserto ...” – Precisamos saber que uma das armas mais preciosas que temos como servos de Deus é o Espírito Santo atuando em nossas vidas. Vê se Jesus cheio do Espírito como Lucas descreve e

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portanto pronto para o teste de Seu caráter e poder que ocorreria através da tentação.

O desenvolvimento espiritual não nos isenta da luta contra forças demoníacas, pelo contrario, nos leva a um confronto mais direto com o mesmo. O Espírito Santo agia esporadicamente no Antigo Testamento, mas como foi dado em plena medida para Jesus, e Paulo diz que hoje ele está derramado permanentemente na terra.

De quão pouco nos valemos da imensidade do poder que nos é oferecido. Portanto esse poder jamais será óbito sem renuncia, Jesus foi o grande exemplo disso, Ele não é um atalho para a santidade, mas deve resulta em uma vida santificada.

Lucas diz que Jesus assim que saiu do Jordão foi levado para o deserto, o mesmo Espírito que o encheu o levou para lugar de Sua prova e vitória.

O que significado do deserto.

Quando Mateus diz que o fato ocorreu no deserto, significa que a experiência não foi uma visão, ou simplesmente uma parábola exposta por Jesus para representar algum ensino ministerial, mas sim literal, não existe como identificar com exatidão o lugar que Jesus foi conduzido, alguns dizem ser o deserto de Jericó, outros acreditavam ser nas proximidades do Monte Sinai.

No Oriente há grandes planícies geralmente sujeitas a prolongadas secas e conseqüentemente a esterilidade, que quando é muito longo esse estado da terra é produzido o deserto. Há quatro palavras do hebraico para indicar o deserto.

1 - Mibdar – Essa palavra é aplicada a região da Palestina e Egito, incluindo o Sinai.2 - Arabah – A porção plana do vale do Jordão que se estende até as margens do mar vermelho.3 - Yeshimon - Aparece como artigo para indicar lugares desolados de ambos os lados do mar morto4 - Chorbah - Está em foco aquilo que se tornou uma desolação

Deserto é sinônimo de solidão, tentação e perseguição. Além disso o deserto era lugar apropriado para habitação de demônios.

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Mateus 12. 43 - Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra.

Deserto é lugar que recebe pouca precipitação de chuva, por isso tem a reputação de sustentar pouca vida, geralmente os poucos habitantes que são encontrados no deserto tem hábitos noturnos. Em toda a extensão do globo terrestre encontramos uma área que aproximadamente 20% é desértica. Analisamos humanamente o que Cristo teve que suportar no deserto além do tentador:

1 - Por ser um lugar de solo arenoso e rochoso, no deserto existe muita escasses de vegetação, além do que as partes mais baixas são cobertas de sal. Sendo assim os desertos são lugares hostis e potencialmente mortal para seres humanos.

2 - O clima, durante o dia chegam temperatura muito alta causando perda de água muito rápida devido ao suor, e ausência de fontes de água pode levar o homem a desidratação e a morte em poucos dias, a noite atingem muitos graus negativos, com variações tão bruscas o organismo do homem não pode suportar muitos dias, o sangue pode congelar e também levá-lo à morte.

3 - Além dos riscos da isolação, está sujeito a enfrentar todos tipo de feras que poderiam aparecer repentinamente, e até mesmo os animais peçonhentos, com seus hábitos noturnos, e seus venenos mortais, não havendo antídoto ou tempo suficiente para receber socorro por paramédicos.

4 - As tempestades de areia também são bastantes freqüentes em muitos desertos, e são nocivas ao aparelho respiratório e para os olhos, sabendo-se que elas podem perdurar muitos dias consecutivos.

“... Para ser tentado ...” – Tentação é o ato ou efeito de tentar, ser provado. Essa é a primeira vez que esse vocábulo tentado, aparece no Novo Testamento no sentido de “solicitar pratica do mal”, pois até então ela representava apenas a idéia de “experimentar testar”. Jesus foi provado pela própria pratica do mal para ser aprovado, deixando exemplo para nós que a prova não é vergonha nem tão pouco desonra. diante de Deus.

“... pelo Diabo” - O tentador – Diabo é um dos nomes dados a satanás, que na forma grega significa “caluniador” e a palavra diabo é usada para indicar “adversário”

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Mateus 4. 2 - “E, depois de jejuar quarenta dia, e quarenta noites ...” – O jejum é uma palavra usada de forma variada quando alguém opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo ao zero, por um período de tempo, geralmente pré determinado. Existem diversos motivos que levam uma pessoa a fazer jejum., como greve de fome política, um desafio, vaidade para o corpo, porém s principais são os motivos religiosos e medicinais.

Os evangélicos não tem uma data especifica para jejuar, ele é baseado no sentido literal que é uma forma de matar a carne, fortalecendo o espírito. O jejum pode ser abstinência não só de alimento ou líquidos, mas de qualquer coisa ou hábitos que tenha se tornado indispensável a sua vida, como forma de entrega a dependência a Deus. O jejum para ser mais eficaz, deve ser também acompanhado de leitura da palavra e orações neste período. Também não se deve demonstrar para outras pessoas que está jejuando, deve ser um ato em particular entre o homem e Deus.

O jejum é um tipo de consagração e sacrifício par buscar o favor de Deus. É também um tipo de disciplina carnal para receber respostas de Deus.

No Antigo Testamento o judeu jejuava no dia da expiação (Levíticos 16. 23), ma o jejum posterior no judaísmo conta com muitos outros dias além do mencionado.

O valor do jejum

Esse exercício espiritual tem-se perdido popularmente na adoração religiosa, talvez porque ele exige auto nível de disciplina, porém é um fato bastante praticado entre os estudiosos do misticismo, pois ele tem grande valor como preparação da alma para exercer função mais elevada, porque neste estado, os apetites do corpo são negados, quanto menor for atenção dada ao corpo, mais a manifestação espiritual se destaca.

A história do jejum nas escrituras

A palavra e Hebraica usada para indicar o jejum pode significar simples abstinência da alimentos, mas há uma expressão hebraica “inna napso” que significa “afligir a alma”.

Isaias – 58. 3 e 4 - dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que

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se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.

A pratica do jejum levou alguns a pensar que estavam buscando algum mérito automático diante de Deus.

Lucas 18. 12 - jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Alguns judeus passaram a jejuar todas a s segundas e quintas feira, achando que essa prática o faria mais abençoado que outros homens que não exercia tal prática.

Mateus 6. 16 a 18 - Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará

Jesus sempre incentivou seus ouvintes a jejuarem, mas que tal prática tivesse como prioridade a glória de Deus, e não uma ostentação sem lógica diante dos homens.

Mateus 9. 14 a 17 - Vieram, depois, os discípulos de João e lhe perguntaram: Por que jejuamos nós, e os fariseus muitas vezes, e teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar. Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura. Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.

Em contra partida, Jesus ensinou seus discípulos que não jejuassem mas instruiu que o fizessem em outro tempo mais oportuno, quando estivesse ausente.

II Coríntios 6. 5 - nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns

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II Coríntios 11. 27 - em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.

Paulo advertia que o jejum não pode ser apenas uma prática ritualista, mais um ato voluntário.

O jejum quando corretamente usado tem um valor inestimável no desenvolvimento espiritual, na busca para orientação divina, o jejum é a meditação na palavra são poderosos agentes libertadores da alma.

Curiosidades – Maomé ordenou jejum geral para seus discípulos durante 30 dias do nono mês do calendário Islâmico, (Ramadã) ele consistia que os Islâmicos só poderia comer após o pôr do sol.Os Hindus jejuam no décimo primeiro dia após a lua nova e depois da lua cheia, Buda proibiu tal prática para os seus seguidores, mas a abstinência dos alimentos pata os monges budistas.

“... quarenta dias” – Quarenta dias é um tempo profético para os judeus, portanto existem muitos paralelos na bíblia. Moisés esperou quarenta dias para receber as tabuas da lei do Senhor, Elias passou por prova dos quarenta dias, Israel ficou quarenta anos no deserto, Jesus foi apresentado com quarenta dias no templo, após Sua ressurreição ficou quarenta dias na terra antes de ascender aos céus.

Portanto o número quarenta é uma espécie de preparação ou provação. Lucas desmistificou a especulação de muitos, se o jejum de Jesus foi parcial ou total, “.... nada comeu naqueles dias ....”

OBSERVAMOS: O jejum de Jesus foi um ato voluntário de consagração a Deus, e não um rito religioso apenas. Marcos acrescenta no texto que “Jesus estava com as feras” fatos esse que os outros não mencionam, de acordo com o tempo que ocorreu tal fato podemos imaginar que as tais feras possivelmente fossem leões, lobos, ursos, panteras, etc ... seja como for, esse relato aumenta ainda mais o perigo e a solidão que Cristo enfrentou, Deus também colocou seus anjos O para proteger física e espiritualmente.

Lucas trás outro detalhe, ele diz especificamente que a tentação durou todo o período do jejum, ao termo que Mateus diz que a tentação iniciou depois de quarenta dias de jejum.

“... teve fome” – Só após o término do propósito que Jesus fez com Deus ele teve fome. Vemos que Jesus chega no seu limite humano e as tentativas

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de satanás foi longa e severa, contudo Ele teve forças para vencer aquela situação.

Como Jesus conseguiu suportar tantos dias sem alimento? – João 4. 34 traz a resposta para essa questão “a minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar Sua obra”, Jesus embora estivesse sem comer por quarenta dias Seu espírito estava alimentado, pois aquele propósito foi designado por Deus como uma preparação da grande vitória sobre satanás na cruz.

Mateus 4. 3 - “Então, o tentador aproximando-se, lhe disse ...” – Não se sabe ao certo de que forma satanás apareceu para Jesus, mas o autor quis mostrar um encontro literal, pode ser que Jesus teve uma visão em particular, quando foi tentado.

Ou como lemos em Jó 1. 6 satanás tinha acesso a Deus quando Seus anjos se apresentavam a Ele, da mesma forma Deus pode possivelmente ter permitido a presença física de satanás para tentar a Cristo, se isso ocorreu, certamente satanás se transfigurou para não ser imediatamente reconhecido como o tentador, da mesma forma que em Gênesis ele incorporou uma serpente para enganar Eva, além disso apropria palavra fala que ele se transforma em anjo de luz.

Seja como for se Deus permitiu neste caso extraordinariamente a aparição visível de satanás foi para ser novamente derrotado como foi na eternidade.

“... se és Filho de Deus ...” – Satanás viu que Jesus não abandonou Seu propósito do jejum com Deus, então se aproximou sutilmente de Jesus e mudou seu plano de ação, atuando no estado psicológico de Jesus. Satanás não tinha duvidas que Jesus era o filho de Deus, a gramática grega não indica tal duvida, fazer Jesus quebrar o jejum não funcionou, então ele apela para uma guerra psicológica. O que ele queria com isso? Atingir Sua mente, mostrando para ele que sendo Filho de Deus estava no deserto sem alimento, sem suprimento, totalmente abandonado ao descaso

Obs: interessante, que muitos lideres cristão tem um habito um tanto a ser questionado, quando eles falam: Você sendo servo de Deus não pode passar necessidades, você precisa ser honrado, você esta em opróbrio, em vergonha, ...... o próprio Deus permitiu que Jesus tivesse que passar pelo deserto, fome, necessidade, mas não para ser envergonhado, e sim para Jesus soubesse que, Deus permite alguma situação em nossa vida porque, em tudo existe um propósito, nada é por acaso, depois do deserto sempre tem um suprimento dos céus.

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“... mande que estas pedras se transforme em pães” – No deserto havia uns cristais chamados “melões de Elias” tinham aparência de pães, que ajudaram satanás com sua mente malignamente fértil, provocar Jesus a fazer um milagre inútil, apenas para orgulho ou satisfazer a grande fome que sentia, a grande tentação neste caso seria o egoísmo, pois mostraria Seu poder para satisfazer sua vontade momentânea, anulando assim Sua verdadeira missão

Mateus 4. 4 - “Jesus porém respondeu: Está escrito Não só de pão viverá o homem, ...” – Jesus usa outra arma poderosa contra satanás o texto de Deuteronômio 8. 3 – Jesus usa o termo proposital “homem” mostrando que Ele mesmo tinha assumido tal forma.

Lembrando que, Israel no deserto padeceu de fome onde foi necessário Deus fornecer um tipo de pão “maná” por meio milagroso. Alguns interprete acha que Jesus respondeu isso para satanás, afirmando: “Se Deus quiser me dar pão, Ele é poderoso para enviar dos céus”. Mas na realidade Ele não esperava nenhum milagre, como pães caindo do céu, mas estava valorizando um fato não físico a palavra, a orientação, a vida de Deus da qual participamos, o verdadeiro pão espiritual.

João 6. 11 - Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam.

Jesus podia transformar aquelas pedras em pão obviamente que sim, nesta passagem vemos que Jesus alimentou uma multidão multiplicando apenas cinco pães. Jesus estava esperando o momento certo para alimentar Seu corpo. Por que Seu espírito estava mais que alimentado, do pão de Deus. O homem que se alimentar desse pão viverá eternamente.

João . 35, 54 e a 57 - Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá.

Vemos que nesta passagem Jesus se apresenta como o pão vivo, o pão que verdadeiramente nosso alimento. Adão caiu quando foi tentado com elemento físico, o fruto, Israel de igual modo, murmurou no deserto e caiu

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na tentação por causa do elemento físico, o segundo Adão não caiu ao enfrentar o mesmo tipo de tentação. “... mas de toda palavra que procede da boca de Deus” – Romanos 4. 17 – “....o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.” Porque a palavra da vida aos homens, prove a vida eterna, e toda palavra que sair da boca de Deus se torna suprimento para o homem.

Salmo 33. 6 e 9 - Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir.

Nenhum homem pode sobreviver sem os nutrientes que os alimentos geram, eles são essenciais para alimento do corpo. Jesus sabia que toda a palavra que vem da boca de Deus não é apenas uma palavra, mas poder.

O livro de Deuteronômio parece ser o preferido por Jesus, principalmente nos capítulos 5 a 7 de Mateus, Ele mostra quão importante em Sua vida , e também demonstra quão importante para uma igreja saudável.

Mateus 4. 5 - “... o diabo levou-o a Cidade Santa ...” – No livro de Lucas essa é a terceira e ultima das tentações, em Mateus é a segunda. Não sabemos o motivo dessa diferença, os livros foram escritos em dependência um do outro, porém tiveram base incomum.

Cidade Santa – Esse foi um termo usado só por Mateus, para designar a cidade de Jerusalém.

Pináculo do Templo – O topo da torre, uma das mais altas do templo de Herodes. O templo tinha duas alas uma ao norte e outra a sul, que era a mais alta que dava para o fundo do vale de Cedron.

Mateus 4. 6 - “... atira-te para baixo” – A segunda tentação não foi muito diferente da primeira, novamente satanás tenta a Jesus para usar seu poder especial para aprovar Sua relação com Deus, que seria uma prova vã, sua fé na proteção de Deus.

“ ... aos seus anjos ordenará a seu respeito que te guardem” – Satanás usa agora o mesmo método que Jesus, demonstrando ser conhecedor da palavra, citando os versículos 11 e 12 de salmo 91. alguns comentaristas notam que satanás não citou todas as palavras dos versículos, excluindo por exemplo:

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Salmo 91. 11 - “ ...em todos os seus caminhos” da um parecer que satanás quis provar que há caminhos nos quais Deus não conservam os homens, querendo que Jesus provasse se Deus era capaz de salvar e guardar o homem em qualquer situação.

Mateus 4. 7 - “ ... Não tentarás o Senhor teu Deus” – Jesus usa novamente a palavra de Deuteronômio 6. 16, com essa palavra Jesus não estava ensinado sobre Sua própria divindade, pois não disse “não me tentes” embora em vários pontos das escrituras mostram que Jesus é Deus.

Alguns atos humanos testam a paciência ou a bondade de Deus, como exemplo disso o povo de Israel murmurando contra Deus por causa das dificuldades no deserto, querendo alguma prova sobrenatural de Deus, mas não enxergavam os milagres já realizados por Deus.

Jesus mostra, que as nossas grandes dificuldades, constituem nas quais devemos esperar ajuda de Deus. Nenhum homem de bom senso se jogaria de um precipício esperando que Deus o livrasse das conseqüências, muito menos Jesus faria tal coisa.

Esse versículo é, totalmente contra a chamada “viagem do ego” que levam homens a tentarem coisas ousadas sem a direção de Deus. Obviamente também é contra os cultos de fanáticos que ingerem veneno, manuseiam serpentes, etc .. provam a Deus sem necessidade, isso é totalmente impossível ser chamado de confiança. O que satanás classificou em confiar em Deus, Jesus interpretou como perigo ao homem.

Mateus 4. 8 - “ Levou-o ainda a um monte muito alto” – Aqui temos a terceira tentação de Jesus, sem Lucas ela vem em segundo lugar. Não há como identificara a localidade desse monte porque em primeiro lugar não sabemos se trata de um monte literal. Em segundo lugar provavelmente essa parte assumiu em forma de visão. Em terceiro lugar, não há monte tão alto assim na terra que se possa contemplar todos os reinos do mundo.

Por isso alguns tentaram provar que a tentação foi toda em forma de visão. Mas temos nesta passagem uma possível mescla de realidade com visão. Satanás foi capaz de produzir um quadro visionário de toda glória dos reinos do mundo em segundos, porém Jesus não se deixou influenciar por eles.

“ ... mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles” – Satanás governa o poder desse mundo, um conceito comum no judaísmo – II Coríntios “ ....o deus deste mundo ....”pode dar a quem lhe agradar.

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Efésios 6. 12 mostra que ele controla as regiões altas do mundo, que influenciam diretamente sobre a terra. Quando Mateus se refere aos mundo inteiro podemos interpretar que estava falando não sobre a Palestina somente, mas de todo lugar que não é colocado sobre o governo de Deus.

Mateus 4. 9 - “... tudo isso lhe darei ...” – satanás alegou ter posse do mundo inteiro, Jesus não negou tal direito, a oferta de satanás era bastante séria e verdadeira.

João 12. 31 - Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.João 14. 30 - Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim;

João 16. 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.

“ ... Se prostrares a me adorar ...” – A proposta de satanás visava um acordo, sem duvida Jesus veio para conquistar todos os reinos deste mundo, mas não através de uma acordo estabelecido com Seu maior inimigo. Esse tentação teria de ser a ultima porque por meio dela revelou a real natureza do deus deste mundo.

Mateus 4. 10 - “Então Jesus lhe ordenou: Retira-te satanás ...” – Não podemos imaginar que satanás viesse tentar novamente depois dessa repreensão, por isso acreditasse que as ordens das tentações descritas em Mateus esteja cronológicamenmte corretas, ao passo que as de Lucas foram invertidas propositalmente, mas sem deixar de ser verdadeiras.

“Ao Senhor adorarás, e a Ele darás culto” – Aqui Jesus deixa uma lição muito importante aos homens, é nos momentos mais difíceis de nossa vida somos tentados a abandonar nossa fé, e se curvar diante das ofertas que humanamente parecem ser uma solução para nossa ávida.

Jesus repreende satanás dizendo: Jamais sairei da minha posição, sei que tudo que passei foi um propósito de Deus e em todos momentos só diante dEle me curvarei, aconteça o que acontecer.

Mateus 4. 11 - “... os anjos o serviram” – tanto Mateus como Marcos terminam esse texto dizendo que os anjos serviram a Cristo. Da mesma forma que os anjos trouxeram o alimento para o profeta Elias no deserto (I Reis 19. 4 a 6),

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Podemos dizer que o deserto na vida daqueles que tem o temor de Deus, sempre será o lugar do milagre, é no deserto que Deus mostra Sua fidelidade ao homem.;

RESUMO GERAL – AS TENTAÇÕES E COMO VENCE-LAS?

1 – As tentações da carne – Satisfação ilícita dos apetites humanos, o eu – Gálatas 5. 19 a 21, é vencida pelas renuncias – Romanos 12. 1 / I Pe 2.11

2 – As tentações do mundo – Apelo a glória ilícita ou a vaidade – I João 2. 15 e 16 é vencida pelo repudio e fuga – I Timóteo 6. 11

3 – As tentações do diabo – O desejo do poder ilicito, ser igual a Deus – Gênesis 3.5 / Tiago 4. 12ª 15 é vencido pela resistência e vigilância - I Pedro 5. 8 a 9