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Coordenação inicial Página 1 de 3 Muitas pessoas são naturalmente coordenadas. Algumas são mais coordenadas que outras. Alguns de nós apenas tem que praticar um pouco mais. Mas não importa o quanto natural você é quando toca bateria, a coordenação entre mãos e pés é algo que você sempre terá que trabalhar (praticar). Vamos começar com alguns exercícios para as mãos antes de incluírmos os pés. Toque cada exercício 4 vezes e vá direto para o seguinte SEM PARAR Legenda: D - mão direita E - mão esquerda P - pé Exercício de coordenação nº 1 - repetir 4 vezes cada exercício. 1) D D D D D D D D E E 2) D D D D D D D D E E E E 3) D D D D D D D D E E E E 4) D D D D D D D D E E E E 5) D D D D D D D D E E E E 6) D D D D D D D D E E E E 7) D D D D D D D D E E E E 8) D D D D D D D D E E E E E E 9) D D D D D D D D E E E E E E 10) D D D D D D D D E E E E E E Quando você repete um exercício várias vezes, é possível que você perca a concentração. Talvez se esqueça quantas vezes repetiu o exercício. Talvez o próximo exercício exija uma maior coordenação que o anterior. Exercício de coordenação nº 2 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais rápido. Se você dominou os 10 exercícios sem nenhum erro, é hora de aprender algo sobre o bumbo. Os exercícios a seguir são do mesmo tipo dos anteriores, mas depois do quarto compasso eles ficam um pouco mais difíceis. Cada compasso possui um padrão diferente. Verifique que todos os exercícios estão em compassos quaternários (4 tempos). Procure contar os tempos em voz alta, isso ajuda saber em que tempo você está. Exercício de coordenação nº 3 - repetir 4 vezes cada exercício. 1) D D D D D D D D P P 2) D D D D D D D D P P 3) D D D D D D D D P P 4) D D D D D D D D P P 5) D D D D D D D D P P P 6) D D D D D D D D P P P 7) D D D D D D D D P P P 8) D D D D D D D D P P P P 9) D D D D D D D D P P P P 10) D D D D D D D D P P P P P

bateria lições fera!

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Muitas pessoas são naturalmente coordenadas. Algumas são mais coordenadas que outras. Alguns de nós apenas tem que praticar um pouco mais. Mas não importa o quanto natural você é quando toca bateria, a coordenação entre mãos e pés é algo que você sempre terá que trabalhar (praticar). Vamos começar com alguns exercícios para as mãos antes de incluírmos os pés. Toque cada exercício 4 vezes e vá direto para o seguinte SEM PARAR Legenda: D - mão direita E - mão esquerda P - pé

Exercício de coordenação nº 1 - repetir 4 vezes cada exercício.

1) D D D D D D D D

E E

2) D D D D D D D D

E E E E

3) D D D D D D D D

E E E E

4) D D D D D D D D

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5) D D D D D D D D

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E E E E E E

9) D D D D D D D D

E E E E E E

10) D D D D D D D D

E E E E E E

Quando você repete um exercício várias vezes, é possível que você perca a concentração. Talvez se esqueça quantas vezes repetiu o exercício. Talvez o próximo exercício exija uma maior coordenação que o anterior.

Exercício de coordenação nº 2 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais rápido.

Se você dominou os 10 exercícios sem nenhum erro, é hora de aprender algo sobre o bumbo.

Os exercícios a seguir são do mesmo tipo dos anteriores, mas depois do quarto compasso eles ficam um pouco mais difíceis. Cada compasso possui um padrão diferente. Verifique que todos os exercícios estão em compassos quaternários (4 tempos). Procure contar os tempos em voz alta, isso ajuda saber em que tempo você está.

Exercício de coordenação nº 3 - repetir 4 vezes cada exercício.

1) D D D D D D D D

P P

2) D D D D D D D D

P P

3) D D D D D D D D

P P

4) D D D D D D D D

P P

5) D D D D D D D D

P P P

6) D D D D D D D D

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7) D D D D D D D D

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9) D D D D D D D D

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10) D D D D D D D D

P P P P P

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Você está pronto para tentar num andamento mais rápido? Não se preocupe se você não conseguir fazer o exercício todo na primeira vez que tentar. Concentre-se no exercício, persista. Se você não consegue hoje, esteja certo de que conseguirá na próxima semana.

Exercício de coordenação nº 4 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais rápido.

Coordenação inicial Página 2 de 3

Daqui para a frente começaremos a ler MÚSICA! Isso realmente não é muito difícil de se fazer, mas por algumas razões, metade dos bateristas que tocam por aí não dão atenção para a leitura. É muito mais fácil aprender lendo os exercícios e vir a entender o que realmente está "havendo" na música, do que tocando de "ouvido". Nesta lição veremos alguns ritmos de Rock usando o CHIMBAL, CAIXA e BUMBO, mas antes de começar com os ritmos, vamos fazer alguns exercícios preparatórios. Faça estes exercícios várias vezes prestando atenção no andamento e procurando aplicar a mesma força para todas as notas. Não esqueça de usar as manulações pedidas.

Arquivos MIDI: Exercício 1 - Exercício 2 - Exercício 3 - Exercício 4 - Exercício 5

Coordenação inicial Página 3 de 3

Antes de entrarmos no exercício, vamos aprender um pouco mais sobre os termos musicais. No começo do exercício (ou de uma música), há um símbolo que nos informa quantos tempos há em um compasso e qual

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nota vai em cada tempo. Este símbolo é chamado de FRAÇÃO ou FÓRMULA DE COMPASSO. Por quê a fórmula de compasso é tão importante? Nem todas as músicas têm quatro tempos, ou quatro semínimas por tempo. Você já ouviu um tipo de música chamada "Valsa"? A Valsa possui 3 tempos por compasso (1 2 3 1 2 3). O "Samba" possui 2 tempos por compasso (1 2 1 2). Muitos tipos de música de várias culturas possuem 6 ou 7 tempos por compasso. Podemos também usar várias fórmulas de compasso na mesma música. Por exemplo: 12 compassos de 4 tempos, depois 8 compassos de 6 tempos, novamente 12 compassos de 4 tempos, etc.

Por enquanto ficaremos com o compasso quaternário, onde a semínima vale um tempo. Portanto, nossa primeira fórmula de compasso será 4/4, que quer dizer:

Faremos agora alguns exercícios usando CAIXA, BUMBO e CHIMBAL. Note que o chimbal deve ser tocado simultaneamente, ora com a caixa, ora com o bumbo.

Arquivos MIDI: Exercício 1 - Exercício 2 - Exercício 3 - Exercício 4 - Exercício 5

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Introdução aos Rudimentos Página 1 de 3

Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente não é fácil. Isso pode, às vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer tocar coisas que seus músculos não conseguem. É aí que entra a paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente um exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem que PRATICAR!

Postura - você deve gastar algum tempo para ajustar o banco e a caixa numa posição confortável, que permita que você mantenha os braços e ombros completamente relaxados e a coluna reta. Na hora de comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo que ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As cadeiras são geralmente muito baixas e não permitem uma posição confortável da coluna (evite lesões e esforços desnecessários!).

Rebote - vamos começar com o conceito de rebote (Rebound Strokes). Se você jogar uma bola de "ping-pong" numa mesa, ela vai completar uma série de "pulos", até que perca a força. Para sustentar o movimento da bola, temos que golpeá-la novamente. Na bateria, a "pele" do instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da baqueta). Quanto mais forte você golpear a pele, mais alto será o retorno da baqueta.

Vamos fazer uma experiência - mantenha sua mão direita aberta e com os músculos relaxados. Agora faça um movimento para os lados como se estivesse dando "tchau". Faça o mesmo movimento, porém, com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso. Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e consequentemente as batidas (notas). Permaneça relaxado e use os movimentos dos

pulsos e dedos, não dos braços. Estudaremos esses movimentos mais adiante.

Posição correta dos dedos para segurar a baqueta

É importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e braços ao segurar a baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e aplicarmos os movimentos

de upstroke, downstroke e tap, assim como o flam e todos os outros movimentos usados na execução da bateria.

1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada modelo de baqueta possui peso e dimensões diferentes. Por isso você deve descobrir o "ponto de equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e procurando obter o maior número de rebotes possível.

2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos restantes encostem na baqueta sem agarrá-la. Apertar demasiadamente a baqueta apenas provoca tensão, o que trará dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma.

3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos conceitos da mão direita.

Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a palma das mãos para baixo. Assim, as baquetas formarão um ângulo de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos, braços e ombros totalmente relaxados.

Procure tocar todas as notas no centro da pele, isso fará com que as duas mãos "tirem" o mesmo som do instrumento. Note que cada ponto da pele produz um som diferente - quanto mais próximo ao aro, mais fraco é o som.

Verifique a "pegada" em vários ângulos:

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Introdução aos Rudimentos Página 2 de 3

Pratique o exercício abaixo, chamado de "8 por mão". Nele, você vai isolar 8 batidas para cada mão e poderá se concentrar nos Rebotes. Use um movimento completo do pulso para cada batida, mas lembre-se de deixar a pele do instrumento fazer o retorno da baqueta. Permaneça o mais relaxado possível!

D D D D D D D D E E E E E E E E

Exercícios de manulação - faremos agora alguns exercícios para desenvolver uma coordenação entre as mãos. Usaremos D para a mão direita e E para a mão equerda. O propósito dos exercícios é de manter uma "qualidade de som", isto é, equilíbrio entre as notas, não importando se estamos tocando rápido ou devagar.

Algumas coisas que devemos observar:

• Use um movimento completo do pulso para cada batida (o braço somente se move em reação ao pulso);

• Seu braço deve estar paralelo ao chão quando você toca na caixa; • O antebraço e o ombro devem estar relaxados e próximos ao corpo; • A ponta da baqueta deve bater no centro da pele; • Trabalhe para manter uma firmeza de andamento (velocidade).

Manulações:

1. Oito toques com a mão direita e oito toques com a mão esquerda D D D D D D D D E E E E E E E E

2. Quatro toques para cada mão D D D D E E E E D D D D E E E E

3. Dois toques para cada mão D D E E D D E E D D E E D D E E

4. Um toque para cada mão D E D E D E D E D E D E D E D E

5. Combinação de mãos 1 D E D D E D E E D E D D E D E E

6. Combinação de mãos 2 D E E D E D D E D E E D E D D E

7. Combinação de mãos 3 D D E D E E D E D D E D E E D E

8. Combinação de mãos 4 D E D E E D E D D E D E E D E D

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Você conseguiu fazer o exercício todo duas vezes sem erro? Meus parabéns. Você prestou atenção nos movimentos dos pulsos e manteve um andamento constante? São em exercícios como estes que devemos desenvolver também a nossa paciência. Lembre-se: se você quer ser um grande músico, comece agora e exija disciplina de você mesmo!

Introdução aos Rudimentos Página 3 de 3

Rudimentos

É extremamente importante que o baterista tenha completo domínio sôbre as duas mãos, não importando se ele é canhoto ou destro. É o que chamamos de ambidestria. Além disso, do ponto de vista técnico, o estudante deve propor-se a desenvolver uma coordenação e equilíbrio entre as duas mãos; resistência e velocidade. Por isso, torna-se fundamental a prática dos rudimentos. No dicionário, rudimento é descrito como; "Elemento inicial, Princípio, Condição...". Os rudimentos são os primeiros passos e fundamentos da percussão em todo mundo. Você deve começar, aprendendo os rudimentos, desde os primeiros dias que comprar as baquetas. Se você quer realmente dominar a arte da percussão, não importando se você vai tocar caixa numa Banda Militar ou bateria numa Banda de Rock'n'roll, deve praticar os rudimentos!

Os Rudimentos são divididos em "famílias":

• a família do Paradiddle • a família do Single Stroke (toque simples) • a família do Double Stroke (toque duplo) • a família do Flam • a família do Drag

Estudaremos primeiramente um ou dois exemplos de cada família, aos poucos iremos adicionando as outras variações.

Exercícios de Rebote Página 1 de 3

Vamos começar relembrando o conceito de rebote. Se você jogar uma bola de tênis no chão, ela vai completar uma série de saltos (rebotes), até que perca a força. Para sustentar estes saltos, você deve aplicar uma nova força sobre a bola. No caso da bateria, a pele do tambor se encarrega de fazer o rebote da baqueta. Lembre-se de controlar a pressão dos dedos sobre a baqueta para "sentir" o rebote.

Para tocar o rebote adequadamente, você não deve manter tensão alguma sobre os dedos, pulsos ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta. Para andamentos mais lentos, use um movimento completo do pulso. Andamentos mais rápidos requerem movimentos dos dedos.

Arquivo MIDI

Estes exercícios são combinações de 3, 6, 9 e 12 toques para cada mão. Pratique primeiro cada um separadamente, depois siga a sequência de 3 a 12 toques sem parar, pelo menos uns 8 compassos. Não comece muito rápido, não trabalhe além do seu limite.

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Arquivos MIDI: Exercícios 1, 2, 3 e 4

Exercícios de Rebote Página 2 de 3

Estar tenso quando você toca os exercícios de toques alternados é um problema comum. Quando você tocar o segundo compasso deste exercício, tente deixar a mão esquerda tão relaxada quanto no primeiro (idem para mão direita nos compassos 3 e 4).

Arquivo MIDI

Neste exercício vamos usar um movimento "longo" para a primeira nota, e então permitir que a baqueta rebata duas vezes, porém devemos controlar esse rebote com o pulso e os dedos.

Page 8: bateria lições fera!

Arquivo MIDI

Exercícios de Rebote Página 3 de 3

Este é um exercício que vamos usar para reforçar a técnica do toque duplo, mas vamos fazê-lo aqui também porque ele vai nos ensinar a relaxar o pulso nos andamentos lentos e deixar a pele do tambor fazer o rebote.

Arquivo MIDI

Este exercício requer bastante atenção, procure se concentrar nos movimentos e, como sempre, comece num andamento lento.

Arquivo MIDI (nº6)

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Exercícios de Acentos e Tap Página 1 de 2

Uma das mais importantes técnicas para percussão e bateria é a habilidade de controlar o rebote natural da baqueta. Quando fazemos os exercícios de acentos e tap, é importante tocarmos os acentos com um movimento completo e aí pressionar levemente a baqueta com os dedos na hora do impacto. Assim podemos controlar o rebote e tocar o tap mais suavemente.

Este exercício é usado para a aprendizagem do acento/tap num nível básico. Mantenha a mão relaxada ao tocar os dois taps. No começo, vamos exagerar na altura dos movimentos. Para os acentos, levante a baqueta uns 25 cm pele, e para o tap uns 2 cm. Deste modo ganharemos maior contrôle sobre as baquetas. Assim que você aumentar o andamento, diminua gradativamente a altura dos movimentos. Isto quer dizer que para movimentos rápidos temos uma menor distância entre a pele e as baquetas.

Arquivos MIDI: Exercício 1 - Exercício 2

Exercícios de Acentos e Tap Página 2 de 2

Este exercício é muito simples de se entender e tem grande efeito tanto para bateristas iniciantes quanto para os avançados. Ao mesmo tempo que é fácil memorizá-lo, sua execução é um pouco difícil, porque para fazê-lo rápido, é preciso ter um movimento relaxado da mão logo após o acento.

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Este exercício permite uma melhor visualização da altura da baqueta nas notas internas (não acentuadas). Pratique em andamento moderado, prestando atenção nos movimentos.

Arquivos MIDI: Exercício 3 e 4 - Exercício 5

Single Stroke Rudiments (Rudimentos de Toques Simples/Alternados) Página 1 de 2

Cada um destes rudimentos usa os toques alternados, que devem ser dominados mesmo que você seja um iniciante ou um "Super Star" de Rock'n'roll. Os rudimentos de toques alternados vão nos ajudar a desenvolver velocidade e destreza entre as duas mãos.

Single Stroke Roll

Os rudimentos de toques alternados são fáceis de se entender, mas como todo exercício, exigem paciência, dedicação e um estudo constante (se possível diário). O exemplo abaixo é apenas um gráfico de representação, não tente tocá-lo.

Arquivo MIDI

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Vamos começar com conceito de que o Single Stroke Roll é um rudimento de REBOTE. Aqui vai um exemplo: se você jogar uma bola de tênis numa pele de caixa (ou de um tambor), ela vai rebater (voltar). Para sustentar um movimento constante da bola (para baixo e para cima), tudo o que temos a fazer é aplicar um novo golpe na bola. A pele se encarrega do retorno (rebote). Se você pegar uma baqueta e "batê-la" na pele, ela também vai fazer o rebote - assumindo que você não usou nenhuma pressão ou tensão para impedir esse rebote. O quanto mais forte você bater na pele, mais alto será o rebote. Para tocar um rudimento de rebote, você não deve produzir tensão alguma nos dedos, pulsos ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta e tocá-la na pele. No Single Stroke Roll, em andamentos mais lentos, use um movimento completo e relaxado do pulso. O antebraço somente se move em reação ao pulso - usar mais movimentos é perda de energia! Pratique este exercício para reforçar o conceito de rebote. Nele você trabalhará com 8 notas para cada mão e poderá se concentrar nos movimentos.

Arquivo MIDI

Single Stroke Rudiments (Rudimentos de Toques Simples/Alternados) Página 2 de 2

Este outro exercício ajuda a isolar o rebote de cada mão no Single Stroke Roll. Estar tenso quando tocamos os rudimentos de toques alternados é um problema comum. Quando você tocar o 2º compasso, esteja certo de que a mão esquerda está tão relaxada quanto no 1º compasso (idem para a mão direita nos compassos 3 e 4).

Arquivo MIDI

Este exercício é semelhante ao anterior, porém, usando tercinas. Procure prestar atenção aos movimentos e lembrando-se dos conceitos sobre rebote.

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Arquivo MIDI

Double Strokes

Os Rudimentos de Toque Duplo requerem uma grande coordenação entre os pulsos e dedos para ser executado corretamente. É recomendado aos iniciantes que "gastem" um bom tempo com os exercícios preparatórios antes de ir aos Rudimentos propriamente ditos. É necessário primeiro desenvolver uma batida dupla com um movimento relaxado e constante de cada mão. A prática dos rudimentos de toque duplo é muito importante. Todo baterista deveria passar um bom tempo praticando o Long Roll (também chamado de Double Stroke Roll) para desenvolver os toques duplos. Os Rulos de 5, 7 e 9 tem bastante aplicação em fills e em improvisação, além de fortalecer e desenvolver os músculos dos dedos, pulsos e antebraços.

Long Roll Página 1 de 6

Este rudimento (chamado também de Double Stroke Roll), é de extrema importância para todo baterista. Ele desenvolve a coordenação e a força dos pulsos e dedos.

Para desenvolver um Rulo com qualidade, é importante desenvolver um toque duplo com movimentos relaxados. Se você entendeu os conceitos relacionados aos rudimentos de batida dupla, vamos aos exercícios. Quando tocá-lo num andamento mais lento, você vai usar 2 movimentos (relaxados) de pulso. Por enquanto não use o rebote, primeiro é importante desenvolver um controle do pulso. Assim que você

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aumentar o andamento tente controlar as duas batidas com os dedos. Na segunda batida aperte levemente a baqueta para dar um pouco mas de volume do que na primeira.

Long Roll Página 2 de 6

É interessante praticar esse exercício numa superfície que não provoque o rebote da baqueta, como uma lista de telefones. Isso vai requerer um relaxamento do pulso e atenção aos movimentos. Primeiro pratique cada compasso como um exercício separado. Depois de dominá-los, pratique do começo ao fim sem parar.

Este exercício é similar ao anterior, só que desta vez usaremos 2 grupos de notas duplas (DDEE e EEDD). Mantenha um movimento relaxado e suave das mãos.

Este exercício possui combinações de 3 e 4 grupos de batida dupla (DDEEDD e DDEE DDEE). É importante mencionar que você não acentue a batida simples.

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Long Roll Página 3 de 6

Depois que você combinou todos os exercícios anteriores de batida dupla, é hora de colocarmos todos juntos. Isso requer uma boa concentração e que não haja dúvida em nenhum dos exercícios anteriores. Novamente, pratique cada compasso separado e depois de dominá-los junte todos os exercícios.

Long Roll Página 4 de 6

Pratique esses exercícios acentuando a segunda batida; fechando a mão e aplicando uma rápida pressão sobre os dedos.

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Long Roll Página 5 de 6

Aqui, usaremos o sinal de abreviatura para executarmos os rulos. Comece devagar, à medida que você aumentar o andamento, procure se concentrar na pressão dos dedos sobre as baquetas. Se as baquetas estiverem muito soltas, o rebote sairá bem "aberto" e se as baquetas estiverem muito presas, as notas soarão como um "buzz".

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Long Roll Página 6 de 6

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Correção do Papa-Mama Página 1 de 1

Quando começamos a estudar o papa mama, é muito comum acentuarmos a primeira nota, o que ocasiona uma desigualdade entre as batidas. Para corrigir isso, vamos praticar um exercício chamado de correção do papa mama. Neste exercício não acentuaremos nenhuma nota, mas o simples fato de termos o chimbal tocando simultaneamente na segunda mão direita, ou na segunda mão esquerda, faz com que a segunda nota tenha uma certa ênfase. Lembre-se de começar o estudo num andamento confortável, onde você possa observar os movimentos que está executando. Use sempre o metrônomo para controlar e "medir" o seu desenvolvimento.

Arquivo MIDI

Paradiddles

Os Paradiddles são um dos rudimentos mais importantes de se praticar porque, se você aprendê-lo corretamente, você vai ter controle sobre TRÊS dos CINCO movimentos básicos requeridos na prática da bateria. São eles - UPSTROKE, DOWNSTROKE e o TAP. Procure dominar esses conceitos que são essenciais na execução da bateria.

Single Paradiddle Double Paradiddle Triple Paradiddle

Paradiddle-diddle Paradiddle-groove Paradiddle-groove em 7/8

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Single Paradiddle Página 1 de 2

O Single Paradiddle - os primeiros três toques que você vai aprender no Single Paradiddle serão aplicados a todos os rudimentos e técnicas que você vai usar quando tocar um instrumento de percussão. Trabalhe duro para dominar cada conceito. Não "corra" simplesmente através dos exercícios. Vamos manter a cabeça aberta para aprendermos novos conceitos.

O Single Paradiddle é uma combinação de três tipos de técnicas: o downstroke, o upstroke e o tap. Se você conhece o Paradiddle simplesmente como uma combinação de mãos, veremos aqui, alguns conceitos preparatórios:

Downstroke - toda vez que você bate (toca) num tambor, a baqueta sobe, em reação à força aplicada. Aprender a controlar a pressão da baqueta antes dela tocar na pele, é um dos aspectos mais importantes para se tocar bateria. Para se tocar o downstroke ou toque acentuado corretamente, você deve apertar levemente a mão na hora do impacto para controlar o rebote natural (sem esmagar a baqueta na pele). Levante a baqueta na altura do ombro mas mantenha o antebraço próximo ao corpo. Agora toque na caixa, apertando um pouco a baqueta na hora do impacto. A baqueta deve parar não mais que 2 centímetros acima da pele. Enquanto você pratica esse exercício, pense em dois movimentos separados: o downstroke e o movimento de levantar a baqueta.

Nota: segure firmemente a baqueta no momento em que ela toca na pele, mas relaxe imediatamente após o impacto.

Single Paradiddle Página 2 de 2

Upstroke - o upstroke é responsável pela fluência natural dos braços e pulsos quando tocamos os acentos. Para tocar o upstroke, comece com a baqueta mais ou menos 2 centímetros acima da pele. Quando você toca uma nota suave, o pulso desce levemente. Continue o movimento do braço e traga a baqueta na altura do ombro, este é o upstroke completo.

Up e Downstroke no paradiddle - vamos agora dar uma "parada" no movimento do upstroke. Esta "parada" se refere ao movimento do pulso quando toca a nota não acentuada.

É importante que você veja o paradiddle como uma combinação de diferentes movimentos, não apenas como uma combinação de toques simples e duplos. Lembre-se que o downstroke deve ser tocado com um movimento relaxado do braço, parando a baqueta mais ou menos 2 cm acima da pele depois do impacto. Fique o mais relaxado possível no upstroke e toque-o bem suave.

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Finalizando o Paradiddle

Finalmente chegamos ao Single Paradiddle completo. Antes de iniciá-lo, esteja certo de que você não tem nenhuma dúvida sôbre os conceitos anteriores (up e downstroke).

Resta agora adicionar os Taps que no caso do paradiddle, são as duas notas "suaves" tocadas com a mesma mão. Para os taps, levante a baqueta uns 2 centímetros da pele, mantendo o pulso livre de qualquer tensão.

Assim temos o paradiddle completo:

Double Paradiddle Página 1 de 2

O Double Paradiddle é similar ao Single Paradiddle, adicionado de dois TAPS (ou um acento e um TAP, dependendo de como você tocá-lo). A outra diferença é que o Double Paradiddle possui um "feeling" de três batidas e o Single Paradiddle possui um "feeling" de duas batidas. Antes de começar a estudar esse rudimento você precisa estar apto a tocar o Single Paradiddle e ter dominado as técnicas de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP. Oficialmente, o Double Paradiddle tem apenas um acento, mas você também vai encontrá-lo escrito com dois acentos. É importante você aprender as duas versões porque elas têm uma diferença fundamental na maneira como são tocadas. Vamos começar com a versão de um acento.

Este exercício divide o Double Paradiddle em alguns "passos" para que possamos nos concentrar nos movimentos das mãos. Comece com sua mão levantada, e toque o acento (downstroke), lembrando-se de pressionar a baqueta com os dedos no momento do impacto para anular o rebote natural dela. As notas entre os acentos (chamadas de notas internas) devem ser o mais suaves possível. Quanto menos tensão você aplicar sobre os músculos, mais rápidos serão seus movimentos. Deixe o acento fluir de uma mão para outra - o UPSTROKE se encarrega dessa fluência. Não hesite em usar um pequeno movimento do antebraço se ele ajudar na "fluência" dos movimentos, mas lembre-se de manter as batidas internas com um movimento relaxado do pulso.

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Double Paradiddle Página 2 de 2

Lembre-se de se manter o mais relaxado possível nas notas internas, mas controle o acento com uma leve pressão dos dedos.

Veremos agora, a versão de dois acentos do Double Paradiddle. Às vezes esta é uma maneira mais fácil dos principiante aprenderem o Double Paradiddle porque ela é similar ao Single Paradiddle.

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Há uma diferença básica entre tocar o Double Paradiddle com um acento e com dois acentos: toda vez que você toca dois acentos em sequência com a mesma mão, ele se torna um REBOTE. É comum ver bateristas que não conseguem tocar o Double Paradiddle de dois acentos rápido, porque eles estão pensando nos dois acentos como DOWNSTROKE, pressionando a baqueta entre um acento e outro. Neste exemplo, use um REBOTE e um DOWNSTROKE com um TAP suave entre eles. Lembre-se: apenas pressione a baqueta no segundo acento, deixe o volume do acento a cargo da altura da baqueta.

Triple Paradiddle

O Triple Paradiddle também é similar ao Single Paradidle, adicionado de quatro TAPS (ou dois acentos e dois taps, dependendo de como você tocá-lo). Se você praticou bem o Single Paradiddle é só adicionar os quatro TAPS. Não haverá grande dificuldade, apenas preste atenção para a quantidade de notas que compõe este rudimento. Oficialmente, o Triple Paradiddle possui apenas um acento, mas você também poderá vê-lo escrito com três acentos. Vamos começar estudando o Triple Pradiddle com três acentos, porque ele é mais fácil de se compreender.

Neste exercício toque 3 acentos com uma mão e os Taps, entre os acentos, com a outra mão. Lembre-se que toda vez que você toca dois ou mais acentos com a mesma mão, eles se tornam REBOTES. Depois que você dominar o exercício 1a, adicione um Single Paradiddle no lugar da semínima (1b). lembre-se de manter as notas internas o mais relaxadas possível e deixe o acento fluir de um compasso para outro com o Upstroke.

Quando tocamos o Triple Paradiddle com um acento, devemos nos lembrar que o acento é tocado como um Downstroke - quer dizer que vamos ter que pressionar levemente a baqueta na hora do impacto, para anular a reação natural da pele. Neste exercício, ouça cuidadosamente as 3ª, 5ª e 7ª notas para estar certo de que não estão sendo tocadas mais alto(forte) que as 2ª, 4ª e 6ª notas. Essa desigualdade ocorre quando não controlamos o acento (Downstroke) no começo do rudimento. Lembre-se: temos duas alturas da baqueta - uma para as notas acentuadas e outra para as notas internas.

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Paradiddle-diddle Página 1 de 2

Antes de estudar esse rudimento, esteja certo de que você tenha dominado os conceitos de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP. O Paradiddle-diddle começa da mesma maneira que o Single Paradiddle. A diferença é que não vamos usar um UPSTROKE na segunda nota, a segunda nota vai ser um Tap suave seguido de dois REBOTES. Quando um baterista tem problemas ao tocar esse rudimento rápido, é porque ele não mantém as notas internas relaxadas e não toca as batidas duplas como REBOTES. Não estar relaxado quer dizer gastar mais energia que o necessário!

Sabendo da importância de fazer um movimento relaxado nas notas internas, pratique o exercício abaixo. Lembre-se de pressionar levemente a baqueta na hora do acento, mas relaxe imediatamente nas notas seguintes. Fique atento para não erguer muito a baqueta nas notas internas. Assim que você aumentar o andamento, permita que os TOQUES DUPLOS se tornem REBOTES DUPLOS. Aplicar pressão demais sobre os dedos faz com que as batidas internas fiquem desiguais.

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Paradiddle-diddle Página 2 de 2

Agora, se quisermos desenvolver a velocidade no Paradiddle-diddle, precisamos primeiro ter controle sobre o REBOTE do acento. O importante conceito desenvolvido através desse exercício é o relaxamento da "pegada" nas notas internas. Quando tocamos um REBOTE DUPLO com a pegada relaxada, REBOTE será mais aberto (mais espaço entre as duas notas). Se a pegada estiver tensa o REBOTE sairá tenso também. Assim que aumentarmos o andamento devemos ter o cuidado de não deixarmos o REBOTE se tornar um "buzz", ao invés de um REBOTE DUPLO. Procure aplicar esse conceito no exercício abaixo. Basicamente o mesmo que o exercício anterior, só que um pouco mais rápido que o primeiro e sem as pausas (2c).

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Paradiddle-groove Página 1 de 5

O Paradiddle Groove é a combinação do Single Paradiddle com alguns padrões de bumbo. Vamos dividir este estudo em 2 partes. Na primeira, estudaremos alguns ritmos com bumbo em colcheias. Na segunda parte teremos o bumbo em semicolcheias.

Se você não conhece o Single Paradiddle, clique aqui e estude todos os conceitos que envolvem este rudimento. É importante ter um controle total sobre qualquer rudimento antes de aplicá-lo na bateria. Caso você já tenha domínio sobre o Single Paradiddle, veja à seguir as variações que serão aplicadas a ele:

a. as duas mãos no chimbal:

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b. mão direita no prato de condução e mão esquerda no chimbal:

c. mão direita no chimbal e mão esquerda na caixa em notas fantasma:

d. mão direita no prato de condução, mão esquerda na caixa em notas fantasma e pé esquerdo no chimbal, na cabeça dos tempos:

e. mão direita no prato de condução, mão esquerda na caixa em notas fantasma e pé esquerdo no chimbal, nos contra-tempos:

Paradiddle-groove Página 2 de 5

Procure estudar cada exercício separadamente com bastante atenção. Depois que você tiver domínio sobre eles, aplique-os no arquivo MIDI (música Little Sun Flower).

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Arquivos MIDI: Exercícios 1A - 1B - 1C - 1D - 1E - 2A - 2B - 2C - 2D - 2E

Paradiddle-groove Página 3 de 5

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Arquivos MIDI: Exercícios 3A - 3B - 3C - 3D - 3E - 4A - 4B - 4C - 4D - 4E

Paradiddle-groove Página 4 de 5

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Arquivos MIDI: Exercícios 5A - 5B - 5C - 5D - 5E - 6A - 6B - 6C - 6D - 6E

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Paradiddle-groove Página 5 de 5

Arquivos MIDI: Exercícios 7A - 7B - 7C - 7D - 7E - 8A - 8B - 8C - 8D - 8E

Paradiddle-groove em 7/8 Página 1 de 4

Parte 1

O Paradiddle Groove não é novidade para ninguém, já foi visto e revisto em vários livros e vídeos. Porém, vamos estudá-lo aqui com uma variação na sua fórmula de compasso e, conseqüentemente, na sua manulação.

Inicialmente, vamos fazer algumas considerações e alguns exercícios para compreendermos como interpretar um compasso de 7/8. Vamos caminhar passo a passo até chegarmos no Paradiddle Groove em 7/8.

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Num compasso de 4/4, a semínima é a unidade de tempo. Isso quer dizer que temos:

4 semínimas em cada compasso:

Arquivo MIDI

ou 8 colcheias:

Arquivo MIDI

ou ainda 16 semicolcheias:

Arquivo MIDI

Paradiddle-groove em 7/8 Página 2 de 4

Agora, temos as semicolcheias com as mãos alternadas no chimbal. Isto faz com que a mão direita "saia" do chimbal e se desloque para a caixa nos tempos 2 e 4.

Arquivo MIDI

Muito bem. Vamos considerar agora o compasso de 7/8. Aqui a colcheia é a unidade de tempo. Assim, temos:

7 colcheias em cada compasso:

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Arquivo MIDI

ou 14 semicolcheias:

Arquivo MIDI

Paradiddle-groove em 7/8 Página 3 de 4

Podemos ainda pensar no compasso de 7/8 como um 4/4 sem a última colcheia ou sem as duas últimas semicolcheias:

Para o chimbal com mãos alternadas temos:

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Paradiddle-groove em 7/8 Página 4 de 4

Pratique as variações de bumbo abaixo para se familiarizar com o "feeling" do compasso em 7/8. Mais adiante veremos a aplicação do Paradiddle Groove nesta fórmula de compasso.

Arquivo MIDI: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6

Clique aqui e ouça o exemplo do 1º exercício aplicado ao MIDI Use este arquivo para praticar os exercícios: Insider

Boa prática e até a próxima!

Flam Rudiments

Vamos dar início ao estudo da família do mais difícil dos rudimentos. Os Flams exigem muita atenção e muita prática. Se você nunca praticou o Flam antes, há alguns conceitos fundamentais que você deve dominar primeiro.

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São eles: o UP STROKE, o DOWNSTROKE, o TAP e o REBOTE. se você já tem domínio sobre esses conceitos, vamos em frente.

Flam Alternado

O Flam Alternado é a base de todos os rudimentos da família dos Flams. Se você "gastar" um tempo agora desenvolvendo corretamente os fundamentos requeridos no Flam Alternado, todas as outras variações serão mais fáceis. Mas se você negligenciar esses conceitos básicos agora, você terá problemas mais tarde com os outros Rudimentos derivados deste. O Flam é composto de 2 notas - a apogiatura (nota pequena) e a nota principal. Exemplo:

Sempre toque a apogiatura levemente (cerca de 2 cm acima da pele), não importando a velocidade ou volume da nota principal. Vamos começar com um exercício preparatório.

Drag Rudiments

Os Drags vão exigir um ótimo controle sobre o REBOTE DUPLO. Se você desenvolver bem os primeiros exercícios de Drag, não terá problemas com suas variações, pois são bem similares na sua estrutura.

Alternating Ruff (Rufo Alternado)

Rufo Alternado (ou "Drag" como é geralmente chamado) é um rudimento de REBOTE, similar aos RULOS. O Drag é composto de dois rebotes e uma nota principal. Antes de começarmos os estudos deste rudimentos, devemos ter dominado os conceitos dos rudimentos de toque duplo(Roll Rudiments). Ok, vamos lá. Em andamentos mais lentos, as apogiaturas são tocadas como dois rebotes separados. Use um movimento de pulso curto e relaxado. Em andamentos mais rápidos use os dedos para controlar os toques duplos.

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Exemplo

A dificuldade do Drag está em fazer o rebote duplo "soar" consistente e uniforme. Este exercício vai ajudar a isolar o Drag na mão direita e depois na esquerda. Às vezes, para efeito de estudo, é interessante exagerarmos na altura da baqueta ao tocar a nota principal. Isto solidifica o conceito de "duas alturas" (apogiaturas movimento baixo e nota principal movimento alto). Outro problema comum é o de tocarmos a nota principal como um rebote. Isso é natural, porque a mão direita "quer" fazer a mesma coisa que a mão esquerda está fazendo e vice-versa.

Uma vez que você tenha dominado o exercício anterior, tente alternar o Drag entre as duas mãos. Lembre-se de fazer as apogiaturas próximas à pele e a nota principal mais alta.

Estudos de Improvisação 3 .

Substituições de Bumbo de Buddy Rich Por Tiger Bill Página 1 de 2

Parte 1 BA-di-di-di-di-BA di-di-di BA-di-di / BOOM-di-di-di-di-BOOM di-di-di BOOM-di-di… Alguns o adoravam, e outros o odiavam, mas ninguém pode dizer que a maneira de tocar de Buddy Rich não era excitante. Embora eu o tenha encontrado várias vezes, nunca tive a oportunidade de praticar com ele. Entretanto, eu estudei tudo o que ele fez. E uma de suas técnicas favoritas (julgando pela freqüência com que ele a usava) era as substituições de bumbo. Se você já viu ou ouviu Buddy tocar, tenho certeza que você concorda comigo. Ele era um verdadeiro mestre nesta técnica, a qual é obtida substituindo o acento da mão direita pelo bumbo. Buddy usava isso tanto em solos longos como em fills curtos. Embora outros bateristas tenham copiado esta técnica, ninguém esteve apto a executa-la como Buddy Rich. Neste artigo vou mostrar como desenvolver esta técnica. Quem sabe um dia você poderá executá-la melhor do que Buddy Rich. Nada é impossível.

Vamos começar nossos exercícios usando padrões de tercina porque era o que Buddy mais usava. Se você não está familiarizado com o som da tercina, clique no ícone para ouvir os exercícios.

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Para começar estes exercícios, você precisa de uma bateria que tenha somente o bumbo e a caixa. Pratique somente os dois primeiros compassos. Na primeira vez, toque todos os "D" com a mão direita na caixa e esteja certo de que você executa cada acento como está escrito. Toque todos os "E" com a mão esquerda sem os acentos. Uma vez que você consiga fazer os dois compassos sem nenhum erro, volte ao início, só que desta vez toque os "D" com o pé direito ao invés da mão direita. Os "E" continuam na mão esquerda. Isso permite com que você pratique os exercícios de substituição de bumbo como Buddy fazia. Pratique cada exercício (de 2 compassos) separadamente até que fique confortável.

Uma vez que os exercícios estiverem fáceis, pratique-os sem interrupção, do primeiro ao último.

De início, você deve ter problemas para manter ao tercinas constantes, principalmente entre o pé direito e a mão esquerda. Mas com prática, estes exercícios se tornarão naturais. Embora você deva executar os exercícios numa boa velocidade, aproximadamente 160 bpm, comece com 60 bpm. A jogada é você desenvolver um som constante entre o pé e a mão direita, como se o pé fosse uma outra mão.

Exercícios em MIDI Exercício 1 - Exercício 2 - Exercício 3 - Exercício 4 - Exercício 5 - Exercício 6

Substituições de Bumbo de Buddy Rich

Por Tiger Bill Página 2 de 2

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Exercícios em MIDI Exercício 1 - Exercício 2 - Exercício 3 - Exercício 4 - Exercício 5 - Exercício 6

Acentos e Notas Fantasma Aplicadas ao Groove

Introdução Equilíbrio Entre os Dois Níveis de Dinâmica Exercício Preparatórios

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Acentos e Notas Fantasma Aplicadas ao Groove Conceito de dois níveis de dinâmica

Introdução

Há três tipos de "sons" na bateria contemporânea - a caixa, o bumbo e o chimbal. Estes componentes da bateria requerem muita atenção porque a maior parte da música moderna é baseada nestas três vozes. Os exemplos que daremos aqui são baseados em bumbo, caixa, chimbal e prato de condução, mas você pode expandir as possibilidades de cada exercício, aplicando outros timbres como cowbells, ton tons, blocks, pandeiros, etc. O objetivo principal é desenvolver dois níveis de som - as notas acentuadas e as não acentuadas. Na execução da bateria há mais que dois níveis de som, mas para os propósitos do nosso estudo, usaremos apenas dois níveis. Não se trata somente do que tocamos, mas também de onde tocamos, visto que os instrumentos acústicos oferecem diferentes timbres dependendo do ponto onde se percute(toca).

Caixa Notas acentuadas - você pode usar o rimshot para acentuar a caixa. Toque no centro caixa com a ponta da baqueta e, ao mesmo tempo, no aro com o corpo da baqueta. Essa técnica produz um som mais forte e mais "encorpado" da caixa.

Notas não acentuadas - tocadas com extrema suavidade, chamadas também de notas fantasma. Para executá-las, os dedos, pulsos e braços devem estar livres de qualquer tensão. São tocadas geralmente no centro da pele.

Chimbal Notas acentuadas - toque na borda do chimbal com o corpo da baqueta.

Notas não acentuadas - toque no "corpo" do chimbal (não na cúpula) com a ponta da baqueta.

Bumbo Para o bumbo esse conceito de dois níveis de dinâmica não será um problema porque a maior parte do tempo ele é solicitado a tocar notas acentuadas. A distância entre os níveis de dinâmica usados no bumbo são menores que os requeridos pela caixa e outras vozes. Estamos falando aqui dos bumbos aplicados aos grooves. Para outros estudos, de improvisação por exemplo, serão aplicados todos os níveis de dinâmica no bumbo. Por isso não devemos negligenciar esse instrumento tão importante que é o coração da bateria.

Prato de Condução Notas acentuadas - toque no prato uns 25 cm abaixo da cúpula. Isso produz um som mais controlado e evita que o prato "abra" demais. Para destacar ainda mais as acentuações no prato de condução, você pode tocá-las com o corpo da baqueta na sua cúpula.

Notas não acentuadas - toque com a ponta da baqueta no corpo do prato, uns 25 cm abaixo da cúpula.

Equilíbrio Entre os Dois Níveis de Dinâmica

Manter um equilíbrio entre os dois níveis de dinâmica é muito importante. Como vimos anteriormente, há três sons básicos na bateria contemporânea. É interessante observar nos discos como a bateria é mixada e verificar os volumes de cada voz. É claro que isso varia de acordo com o estilo que está sendo tocado, mas de uma maneira geral temos a caixa num nível mais alto, seguida pelo bumbo e depois pelo chimbal. Quando executar um groove pense nesse conceito e procure manter uma boa constância no nível de volume da caixa, bumbo e chimbal. Toque o groove por completo, mas concentre-se em cada voz separadamente para verificar se não há variação de uma nota para outra.

As seguintes observações irão nos ajudar a desenvolver o conceito de dois níveis de dinâmica:

• os acentos devem ser tocados aproximadamente uns 25 cm da pele, e as notas não acentuadas uns 2 cm da pele;

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• combine o som do chimbal e da caixa nas notas não acentuadas; • a diferença de volume entre os dois níveis deve ser o mesma - do forte (f) ao pianíssimo (pp). O

volume geral da bateria é determinado pelo estilo que está sendo tocado, porém a distância relativa entre os dois níveis de volume será a mesma.

Vamos fazer uma outra consideração antes de começarmos os exercícios. Analise os dois exemplos abaixo:

Temos o "velho" paradiddle, na primeira versão sem nenhum acento e na segunda com alguns acentos. Toque as duas versões e observe a diferença de som. O exemplo sem os acentos é interessante, mas um tanto monótono. Já o segundo exemplo, possui um "feeling" bem mais musical. Com isso, notamos que a diferença de dinâmica é que produz o "molho" e o "feeling" do groove. Portanto vamos estudá-los com muita dedicação!

Exercícios Preparatórios Página 1 de 9

Vamos fazer alguns exercícios preparatórios para a aplicação das notas fantasmas. Para isso, começaremos com os grooves de mãos alternadas no chimbal. Note que para cada padrão de bumbo temos cinco variações das mãos. São elas:

1. alternando o chimbal com as mãos DEDE; 2. passando a mão direita para o prato de condução e mantendo a mão esquerda no chimbal; 3. passando a mão direita para o chimbal e a mão esquerda na a caixa com notas fantasma; 4. passando a mão direita para o condução, a mão esquerda na caixa com notas fantasma e o chimbal

com o pé esquerdo na cabeça dos tempos; 5. idem ao 4 com o chimbal no pé esquerdo nos contra tempos.

Estes exercícios requerem muita paciência e disciplina. Só após ter dominado um exemplo passe para o outro. Note que nestes exercício precisamos deslocar sempre a mão direita para a caixa para fazermos os acentos. Mais tarde, veremos outros exercícios para evitar isso, portanto domine esses exemplos primeiro.

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Seguir com a manulação DEDE em todos os exercícios. 2

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Estudos de Tercina

Tercinas em Bumbo e Caixa

Estes exercícios vão nos ajudar a desenvolver uma coordenação entre as mãos e pés, usando as tercinas. Repita cada exercício quantas vezes for necessário, até obter contrôle sobre ele. Trabalhe inicialmente num andamento moderado e tente manter as duas vozes (bumbo e caixa) equilibradas. Esteja certo de que o bumbo não está nem mais alto (forte), nem mais baixo (fraco) que a caixa.

Arquivos MIDI: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10

Acentuando as Tercinas Página 1 de 2

Temos aqui, alguns exemplos de acentuações em tercinas. Note que o chimbal está marcando a cabeça dos tempos. Preste atenção nas manulações, e procure manter um equilíbrio entre as notas. Estes exercícios são usados para o desenvolvimento de fills e improvisação, e proporcionam uma "limpeza" na técnica.

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Arquivos MIDI: 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14

Acentuando as Tercinas Página 2 de 2

Pratique estes exercícios prestando atenção nas manulações e procurando "tirar" o mesmo som das duas mãos, tanto nas notas acentuadas como nas notas não acentuadas.

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Arquivos MIDI: 1 - 2 - 3

Estudos de Bumbo

Se considerarmos os estudos de técnica para bateria, e analisarmos onde os esforços e a atenção é concentrada, vamos descobrir que, geralmente o bumbo é negligenciado quando comparado com as outras vozes(instrumentos) da bateria. Há algumas razões prováveis para isto. Primeiramente pelo ênfase que damos aos Rudimentos e combinações possíveis entre as mãos. Outro aspecto é que, quando somos iniciantes, somos solicitados a tocar(aprender) padrões rítmicos simples entre a caixa, chimbal e bumbo. Aí, acrescentamos variações de pratos, fills na caixa e tambores, acentuações, etc. Isto é bom, pois as mãos são muito importantes, mas os bateristas geralmente se esquecem da importância dos pés, até que um dia, geralmente numa "gig" eles deparam com uma situação onde vão descobrir que seus pés não estão tão desenvolvidos quanto as mãos. Para evitar isso, é importante que o baterista, desde os primeiros passos, procure dar importância tanto aos pedais quanto aos rudimentos; e ainda, à combinação entre eles.

Pedal Simples Pedal Duplo

Pedal Simples página 1 de 3

Faremos aqui alguns exercícios para o desenvolvimento do bumbo, com variações de semicolcheias. Na segunda parte temos uns exercícios em 12/8. Procure praticá-los com bastante atenção verificando se o bumbo e a caixa estão no mesmo volume. Comece lento, dando prioridade para o equilíbrio entre as notas e não a velocidade.

Parte 1

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Pedal Simples página 2 de 3

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Parte 2

Pedal Simples página 3 de 3

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Pedal Duplo página 1 de 5

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Antes de começarmos os exercícios, vamos pensar em alguns conceitos básicos. Primeiro você pode fazer os exercícios de rudimentos com os pés. Mas você pode dizer - "Eu não tenho pedal duplo". Bem, mas você pode usar o seu chimbal. Isso pode ajudar você a desenvolver grande habilidade com os pés e te dará algumas idéias para diferentes variações rítmicas. Ok, vamos começar com alguns exemplos de aplicação dos rudimentos nos pedais. Procure fazer os exercícios num andamento lento, com o acompanhamento do metrônomo.

Estudos de Bumbo página 2 de 5

Obs: Para não congestionar a partitura não utilizaremos as indicações D e E nos bumbo. Ao invés disto, utilizaremos o primeiro espaço do pentagrama para o pé direito e a primeira linha para o pé esquerdo.

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Pedal Duplo página 3 de 5

Sugestões - comece praticando cada padrão de pedais até que você possa tocá-los sem dificuldades. Depois pratique cada padrão de mãos da seção 1 com cada padrão de bumbo da seção 1. Comece devagar. Esteja certo de que os membros estão em sincronismo uns com os outros antes de aumentar o andamento. Algumas combinações de mãos e pés serão mais difíceis que outras, e vão exigir muita prática e paciência. Siga o mesmo procedimento com as seções 2 e 3. O próximo passo é tocar todos os padrões de mãos sem interrupção, repetindo 8 vezes cada um, enquanto toca uns dos padrões de pedais. Os vários padrões de mão e cada seção vão ajudar não somente na coordenação, mas vão dar a impressão de diferentes "feels" de Rock, tornando os exercícios mais práticos e musicais. Para ajudar na resistência, pratique cada exercício o máximo que puder sem interrompê-lo. Use o metrônomo para verificar sua precisão e progresso. Nunca pratique além dos seus limites, comece devagar. Se possível procure gravar sua prática para uma melhor análise do seu desenvolvimento.

Seção 1 Padrões de bumbo

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Padrões de mãos

Pedal Duplo página 4 de 5

Seção 2 Padrões de bumbo

Padrões de mãos

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Pedal Duplo página 5 de 5

Seção 3 Padrões de bumbo

Padrões de mãos

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Abertura de Chimbal

Conceito Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo Exercícios de Abertura de Chimbal com Caixa Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo e Caixa Exercícios de Abertura de Chimbal e Bumbo simultâneos

Abertura de Chimbal - Conceito

Quando é colocado um "O" acima da nota do chimbal, indica que ele deve ser tocado com a baqueta enquanto o pé esquerdo é um pouco levantado, fazendo com que os pratos do chimbal vibrem entre si. Entretanto, se abrirmos demais o chimbal, o som ficará "sujo" e se não abrirmos o suficiente, o som ficará fraco. Por isso devemos praticar bastante até encontrarmos a abertura ideal para cada som desejado.

Lembre-se: O indica abrir chimbal + indica fechar chimbal

Nota: mantenha o chimbal firmemente fechado com o pé esquerdo em todas as notas sem o "O".

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Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo

Pratique devagar no começo. Procure tocar todas as notas no mesmo volume. Primeiro pratique os exercícios sem o bumbo, depois de dominá-los, coloque o bumbo em semínimas.

Exercícios de Abertura de Chimbal com Caixa

Agora coloque a caixa nos tempos 2 e 4.

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Exercícios de Abertura de Chimbal com Caixa

Agora coloque a caixa nos tempos 2 e 4.

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Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo e Caixa

As mesmas aberturas de chimbal com o bumbo nos tempos 1 e 3, e a caixa no 2 e 4.

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Exercícios de Abertura de Chimbal e Bumbo simultâneos

Nos próximos exercícios, temos a abertura de chimbal e o bumbo tocados ao mesmo tempo.

Page 62: bateria lições fera!

Esta seção é dedicada ao estudo dos ritmos.

Rock Disco Blues e Shuffle Reggae Funk

Fusion Jazz Samba Afro-Cubanos Baião

Rock e suas variações.

Introdução ao Rock Variações de Bumbo e Caixa em colcheias Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias Variações de Bumbo e Caixa em semicolcheias Mãos Alternadas no Chimbal Deslocamento das Mãos em Chimbal Alternado Fills com Mãos Alternadas Acentuações com Mãos Alternadas Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo

Page 63: bateria lições fera!

Introdução ao Rock

O Rock tem constantemente mudado e contribuído para o aparecimento de novos estilos desde que ele apareceu. Assim como outros estilos, o Rock também tem, através dos anos, mantido certos elementos. Durante os últimos 20 anos a maioria dos rítmos de Rock têm se baseado numa combinação de colcheias e semicolcheias. Hoje em dia há dezenas de tipos de Rock, todos com um nome e um " feeling" diferente: Disco, Funk Rock, Jazz Rock, Country Rock, Acid Rock, Punk Rock, etc. Cada uma dessas variações contém elementos que a classificam como Rock, mas cada uma tem também algo que difere uma da outra. O baterista deve conhecer essas diferenças e possuir habilidade para expressá-las. Muitos bateristas inexperientes acham que eles sabem como tocar Rock porque eles ouvem isso no rádio todos os dias e parece um tanto simples. Mas eles não percebem que por trás destes arranjos simples, há um trabalho duro, com muitos anos de pesquisa e dedicação; que exige muito estudo e preparação da parte dos músicos. É claro que estamos falando aqui de Rock de Qualidade! Por isso vamos encarar os estudos com muita seriedade e disciplina, para mais tarde podermos desfrutar deles!

Variações de Bumbo e Caixa em colcheias Página 1 de 3

Num padrão básico de Rock, a mão direita toca colcheias no chimbal fechado. A mão esquerda toca os tempos 2 e 4 na caixa. Para completar esse padrão, o pé direito toca uma variedade de figuras rítmicas no bumbo. Se houver dificuldade de coordenação, deve-se diminuir o andamento até que fique confortável.

Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x para cada).

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Variações de Bumbo e Caixa em colcheias Página 2 de 3

Faremos agora algumas variações na caixa:

Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x cada).

Variações de Bumbo e Caixa em colcheias Página 3 de 3

Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. Se houver dúvida em algum dos rítmos, deve-se estudá-lo separadamente. Observe que há um Ritornello no final do compasso 16. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Faça a 1ª vez com a mão direita no chimbal e a 2ª (repetição) com a mão direita no prato de condução

Page 65: bateria lições fera!

Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias Página 1 de 4

Em um compasso de 4/4, temos duas colcheias para cada tempo, como já foi visto anteriormente.

Exemplo:

Page 66: bateria lições fera!

Estudaremos alguns rítmos agora, com o chimbal em semicolcheias. Neste caso, temos 4 semicolcheias para cada tempo, cada uma valendo ¼ de tempo. Devemos prestar bastante atenção em qual das quatro semicolcheias "cai" o bumbo e a caixa.

Exemplo:

Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias Página 2 de 4

Estudaremos aqui algumas variações de bumbo com o chimbal em semicolcheias. Comece devagar e preste atenção em qual chimbal "cai" o bumbo e a caixa. Procure contar os tempos em voz alta.

Variações: passar a mão direita para o prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução.

Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias Página 3 de 4

Estes exercícios são semelhantes aos anteriores, porém com as variações para a caixa.

Page 67: bateria lições fera!

Variações: passar a mão direita para o prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução.

Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias Página 4 de 4

Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. Se houver dúvida em algum dos rítmos, deve-se estudá-lo separadamente. Observe que há um ritornello no final do compasso 16. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Faça a 1ª vez com a mão direita no chimbal e a 2ª com a mão direita no prato de condução.

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Variações de Bumbo e Caixa em semicolcheias Página 1 de 2

Faremos agora alguns exercícios com variação do bumbo em semicolcheias. Procure prestar atenção no som de cada célula rítmica, e tente memorizá-lo. Comece lento e vá aumentando o andamento aos poucos.

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Variações de Bumbo e Caixa em semicolcheias Página 2 de 2

Estudaremos aqui algumas variações de caixa em semicolcheias.

Mãos Alternadas no Chimbal Página 1 de 3

Page 71: bateria lições fera!

Quando tocamos um ritmo com as mãos alternadas (DEDE) em semicolcheias no chimbal, devemos observar que:

1. a mão direita "sai" do chimbal para tocar os tempos 2 e 4; 2. a mão direita toca as primeiras e terceiras semicolcheias; 3. a mão esquerda toca as segundas e quartas semicolcheias.

Devemos observar também qual das mãos toca simultaneamente com o bumbo. Exemplo:

Estudaremos mais tarde, a caixa na 2ª, 3ª e 4ª semicolcheias. Por isso é importante "sentir" as 4 semicolcheias que temos em cada tempo.

Mãos Alternadas no Chimbal Página 2 de 3

Temos aqui alguns exemplos de ritmos com as mãos alternadas em semicolcheias. Verifique qual chimbal coincide com o bumbo. Pratique devagar no começo e procurando memorizar os ritmos.

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Mãos Alternadas no Chimbal Página 3 de 3

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Deslocamento das Mãos em Chimbal Alternado Página 1 de 2

Nestes exemplos, vamos deslocar a caixa na 2ª, 3ª , 4ª semicolcheia de cada tempo, além de outras combinações. Observe que ao tocarmos a 1ª e 3ª semicolcheia, usaremos a mão direita; já na 2ª e 4ª semicolcheias, usaremos a mão esquerda. Procure contar os tempos em voz alta e, se possível, usando um metrônomo. Comece lento e aumente o andamento somente depois de ter dominado cada exercício.

Page 74: bateria lições fera!

Deslocamento das Mãos em Chimbal Alternado Página 2 de 2

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Fills com Mãos Alternadas

Veremos aqui alguns exemplos simples de fill com as mãos alternadas. Em outra seção, estudaremos mais profundamente esse assunto.

Page 76: bateria lições fera!

Acentuações com Mãos Alternadas

Aplicaremos aqui algumas variações de acentos com as mãos alternadas no chimbal. Como nos exercícios de deslocamento da caixa, aqui devemos nos lembrar que a mão direita acentua a 1ª e 3ª semicolcheia e a mão esquerda acentua a 2ª e 4ª semicolcheia de cada tempo. Pratique devagar, procurando manter um mesmo nível (dinâmica) e diferenciando bem as notas acentuadas das não acentuadas. Priorize a "limpeza" e igualdade entre as notas e não a velocidade.

Page 77: bateria lições fera!

Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo Página 1 de 4

Nesta seção vamos aplicar o chimbal com o pé esquerdo (para os destros) na cabeça dos tempos e nos contra tempos. Vamos começar revisando as 8 variações de bumbo em colcheias vistas anteriormente.

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Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo Página 2 de 4

Se você já dominou os exercícios anteriores, o próximo passo é passar a mão direita para o prato de condução e aplicar o chimbal com o pé esquerdo na cabeça dos tempos. Inicialmente se houver uma dificuldade neste exercício, experimente tocar o chimbal com o pé somente nos tempos 2 e 4, junto com a caixa; depois nos tempos 1 e 3 com o bumbo. E finalmente coloque o chimbal com o pé nos quatro tempos.

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Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo Página 3 de 4

Vamos agora, colocar o chimbal com o pé nos contra tempos. Lembre-se de começar devagar, dando prioridade ao equilíbrio e igualdade entre as notas; não simplesmente correndo através dos exercícios. Procure perceber onde "cai" cada nota, contando os tempos em voz alta.

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Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo Página 4 de 4

Vamos fazer agora uma pequena revisão dos exercícios anteriores. Colocaremos as 3 variações em sequência. Pratique cada exemplo separadamente, depois faça o exercício todo, do começo ao fim sem interrupção.

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Conceito de Fill

O fill é uma pequena combinação de notas usadas para enfatizar as diferentes partes de uma peça musical. Ele pode variar de meio tempo até dois compassos completos. Inicialmente, há uma tendência de se acelerar o andamento quando se usa o fill. Para corrigir isso, é necessário praticá-lo com ajuda de um metrônomo e contando os tempos em voz alta.

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Fortalecendo o Groove

Introdução Acentuando a condução Exercícios combinatórios Independência da mão direita

Introdução

Manter um groove sólido é o elemento mais importante para a execução da bateria, não importando se é um padrão rítmico simples ou complexo, e nem o andamento que está sendo executado. A maneira pela qual o tempo é percebido, é muito importante. Ed Soph, um grande baterista e professor, diz que "um andamento consistente é produzido por notas e pausas colocadas exatamente cada uma nos seus respectivos lugares. As pausas ou silêncios entre as notas devem ser percebidas, assim como as notas que são tocadas". Isto é uma questão de treino, aprender a perceber os intervalos existentes entre as notas. Trabalhar com um metrônomo ou um sequenciador pode ser de grande benefício neste processo de aprendizagem. Tocar os padrões rítmicos até obter um bom "feel" pode ser um tanto tedioso, mas é compensador. Gravar a si mesmo para observar os erros de andamento é também muito útil. A falta de concentração também é um fator que influencia na variação do andamento. Vejamos agora, algumas sugestões para a prática dos exercícios:

• pratique com um metrônomo ou sequenciador; • esteja certo de que cada exercício foi praticado lentamente no começo. Comece com 60 bpm, então

aumente gradativamente o andamento; • pratique cada exercício por 5 minutos sem interrupção, mantendo um groove constante. Enquanto

toca, focalize cada membro e relaxe, lembrando-se que a tensão inibe a execução. • sem tocar nenhuma nota, mentalize o que cada membro tem que fazer, esteja certo da função de

cada um e como eles irão contribuir para a formação do groove completo.

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Isto é uma das coisas mais importantes a fazer para o desenvolvimento da coordenação. Se você está tendo problemas para coordenar suas mãos e pés, uma ótima coisa a se lembrar é que coordenação é basicamente organização. Pratique cada exercício prestando atenção às notas acentuadas e às não acentuadas. Quando houver exercícios com manulações que você nunca viu, procure dominá-las primeiro, depois você as aplica aos ritmos.

Acentuando a Condução Página 1 de 8

Estes exercícios são bem simples mas ajudam a desenvolver um equilíbrio entre as mãos e pés, e também a "limpar" o som do prato de condução. Faça os acentos na cúpula do condução destacando bem as cabeças de tempo e os contra tempos. Lembre-se de focalizar cada membro separadamente para obter a melhor qualidade de som possível.

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Acentuando a Condução Página 2 de 8

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Acentuando a Condução Página 3 de 8

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Acentuando a Condução Página 5 de 8

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Acentuando a Condução Página 6 de 8

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Acentuando a Condução Página 7 de 8

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Acentuando a Condução Página 8 de 8

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Exercícios Combinatórios Página 1 de 6

Para manter um groove "forte" é preciso ter um bom equilíbrio entre os membros. Nos exercícios abaixo temos algumas variações de bumbo aplicadas às seguintes combinações:

1. condução e chimbal na cabeça dos tempos; 2. condução na cabeça dos tempos e chimbal nos contra tempos; 3. condução nos contra tempos e chimbal na cabeça dos tempos; 4. condução e chimbal nos contra tempos.

Pratique cada variação separadamente e depois passe de uma variação para outra sem interrupção. Comece lento (60 bpm) e concentre-se em cada membro separadamente, verificando a igualdade de uma nota para a outra e mantendo um equilíbrio no groove como um todo. Primeiramente temos oito variações de

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bumbo em colcheias e depois oito variações em semicolcheias. Não "corra" simplesmente através dos exercícios, pratique cada um com bastante atenção e disciplina.

Exercícios Combinatórios Página 2 de 6

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Exercícios Combinatórios Página 3 de 6

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Exercícios Combinatórios Página 4 de 6

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Exercícios Combinatórios Página 5 de 6

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Exercícios Combinatórios Página 6 de 6

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Independência da Mão Direita

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Estes exercícios tem como objetivo permitir a execução de várias figuras rítmicas com a condução (mão direita para os destros) enquanto mantemos um padrão de bumbo e caixa. Antes de começarmos os exercícios, vamos ver algumas aplicações interessantes que esse estudo permite:

1. Podemos manter um padrão simples de bumbo e caixa e fazer variações na condução.

2. Podemos fazer os fills sem interromper o rítmo.

3. Podemos fazer uma linha de percussão com a mão direita enquanto mantemos o padrão rítmico com o bumbo e caixa.

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Independência da Mão Direita

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