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DM – Extra

1- Drogas Hipoglicemiantes Orais

Classe: Biguanidas

Mecanismo de ação: Redução da produção hepática de glicose e ação sensibilizadora da insulina nos tecidos periféricos Droga e formulação disponível: Metformina 500 mg Dose diária: 1.000 – 2.550 mg Frequência de uso: 2 - 3x ao dia Redução da glicemia: 60 – 70 mg/dL Redução na HbA1C: 1,5 a 2% Efeito no peso: Contra-indicações ao uso da metformina: -Insuficiência renal – Creatinina >1,4 mg/dL (mulheres) ou >1,5 mg/dL (homens). Obs.: em idosos ou outros pacientes com pouca massa muscular, a melhor forma de avaliar a função renal é através da TFG (Taxa de Filtrado Glomerular). Pacientes com TFG < 60 mL/min não devem utilizar a droga. A função renal deve ser avaliada antes do início do tratamento e uma a duas vezes ao ano. -Insuficiência cardíaca descompensada ou instabilidade hemodinâmica -Hepatopatias (transaminases acima de 3x o limite superior da normalidade – avaliar anualmente) -Abuso de álcool -Acidose metabólica -História prévia de acidose lática -Insuficiência respiratória severa. Situações especiais no uso de metformina: -Pré-operatório: suspender a droga no dia do procedimento. -Pacientes que se submeterão ao uso de contraste iodado para realização de exames radiológicos: descontinuar o uso de metformina por 48 horas após o uso do contraste e retornar após a confirmação de que não houve dano renal. Efeitos adversos mais frequentes: diarréia, flatulência, dor abdominal, indigestão, náuseas, vômitos, anorexia, sabor metálico. Classe: Sulfoniluréias

Mecanismo de ação: Aumento da secreção de insulina Droga e formulação disponível: Glibenclamida 5mg Dose diária: 2,5 - 20 mg Frequência de uso: 1 - 2x ao dia Redução da glicemia: 60 – 70 mg/dL Redução na HbA1C: 1,5 a 2% Efeito no peso:

Contra-indicações: -Porfiria -Insuficiência hepática grave -Insuficiência renal grave -Gravidez Precauções: -Idosos (pelo maior risco de hipoglicemia) -Pacientes obesos (preferência por metformina Efeitos adversos mais frequentes: hipoglicemia, particularmente em pacientes idosos, distúrbios gastrintestinais, cefaléia e reações cutâneas, como eritema multiforme, dermatite esfoliativa, prurido e urticária.

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2- Complicações agudas Hipoglicemia

Condições de risco Sinais/sintomas Exames laboratoriais

- Pacientes em uso de insulina; - Pacientes idosos em uso de sulfoniluréias; - Progressão para Insuficiência renal*; - Omissão alimentar; - Realização de exercício não usual; - Educação em diabetes deficiente; - Baixa idade; - Insulinoterapia recentemente iniciada; - Glicemia normal-baixa à noite; - Troca de insulina; - Neuropatia autonômica.

- Descarga adrenérgica - Tremores; - Sudorese intensa; - Palidez; - Palpitações; - Fome intensa; - Visão borrada; - Diplopia; - Tonturas; - Cefaléia; - Ataxia; - Distúrbios do comportamento; - Convulsão; - Perda da consciência; - Coma.

- A medida da glicemia é necessária para confirmação - (níveis de glicemia abaixo de 60 mg/dl)

* Paciente com DM de longa data e hipoglicemia, suspeitar de piora da função renal – principalmente se em uso de hipoglicemiante oral – solicitar avaliação de função renal.

Nota - Fármacos que aumentam o risco de hipoglicemia: - Ácido acetil-salicílico (AAS) - Trimetropim; - Anticoagulantes; - Probenecida e alopurinol. Conduta: No paciente consciente: - Oferecer carboidratos de absorção rápida (de preferência líquido), na dose de 10 a 20 gramas (ex. Meio copo de refrigerante comum, suco de laranja ou 01 colher de açúcar em meio copo de água, etc.). Pode ser necessário repetir a dose. No paciente insconsciente: -Glucagon (0,5 a 1,0 mg SC)

Cetoacidose

Condições de risco Sinais/sintomas Achados laboratoriais

- Doença febril aguda (IVAS, GECA, Dermatoses, BCP, ITU, etc) - Uso associado de agentes hiperglicemiantes - Diabetes previamente mal controlado - Diabetes de controle instável - Diabetes + distúrbios psicológicos graves

- Poliúria - Polidipsia - Desidratação - Dor abdominal - Rubor facial - Hálito cetônico

- Hiperglicemia (>300 mg/dl) - Glicosúria acentuada - Cetonúria - Acidose - Leucocitose

IVAS- Infecções de vias aéreas superiores GECA- Gastroenterocolite aguda BCP- Broncopneumonia ITU - Infecção do trato urinário.

Conduta: -Hidratação oral e tratamento da doença intercorrente -Pacientes com glicemia > 250mg/dL, cetonúria e hálito cetônico, desidratação ou vômitos: encaminhar para serviço de emergência - Pacientes com glicemia > 250mg/dL e cetonúria, mas sem os agravantes acima: administrar 20% da dose de insulina diária sob a forma de insulina regular e revisar em 4 horas. Repetir a dose se glicemia > 250mg/dL. Se não melhorar no próximo teste ou mostrar agravantes, encaminhar para o serviço de emergência. -Pacientes com glicemia > 250mg/dL, sem cetonúria, mas com manifestações clínicas: administrar 10% da dose total de insulina e observar de 4 em 4 horas até estabilização. Havendo piora do quadro, encaminhar para serviço de emergência.

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Coma hiperosmolar

Condições de risco Sinais / Sintomas Achados laboratoriais

Má adesão ao tratamento Poliúria intensa/ oligúria Glicosúria intensa Diabetes tipo 2 com doença Polidipsia Hiperglicemia extrema (>700 mg/dl) intercorrente ou uso de drogas Desidratação intensa Uremia hiperglicemiantes Hipertermia Sonolência Obnubilação Coma Conduta: - Encaminhar ao hospital (letalidade de 12 a 42%) 3- Mistura de insulinas em uma seringa: - Em alguns pacientes, o uso de misturas de insulina (regular + intermediária) pode levar a um melhor controle da glicemia. - As insulinas de ação rápida ou cristalina e ultra-rápida podem ser misturadas, de preferência com as insulinas NPH. - Este procedimento deve ser feito no momento da aplicação, ou então devem ser utilizadas as pré-misturas disponíveis no mercado. Para preparar uma mistura de insulina de ação rápida e intermediária, os seguintes passos devem ser verificados: - Limpar a tampa dos dois frascos; - Virar o frasco de insulina de ação rápida (regular – cristalina) de cabeça para baixo e aspirar a dose prescrita, remover as bolhas de ar e verificar novamente a dose. Retirar a dose do frasco; - Virar o frasco de insulina de ação intermediária de cabeça para baixo e introduzir a agulha. Lentamente, puxar o êmbolo até o número de unidades correspondentes à dose total; - Ter muito cuidado para não deixar penetrar nem um pouco de insulina de ação rápida no frasco contendo a insulina de ação intermediária.