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Beleza Objetiva
Joana Vicente
Sofia Vaz
FAPAS (Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens)
Porto
Julho/Setembro de 2012
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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Nota de abertura
A compilação de textos aqui apresentada destina-se, tão somente, a ser um
auxiliar e complemento de introdução ao estudo da Fotografia Digital da Natureza bem como
da Botânica.
Apresentando desde já as suas desculpas, os autores não excluiem a hipótese
de a mesma conter erros e/ou imprecisões, os quais serão única e exclusivamente da sua
responsabilidade, motivo pelo qual se agradece ao leitor que utilize o seu espírito critico e a
sua capacidade de discernimento para avaliar o conjunto.
Desejando que este conjunto de textos possa ser de algum interesse no auxílio
e compreensão da matéria abordada, espera-se que se possa mostrar o encanto de duas
áreas que se podem conjugar na perfeição.
Os autores
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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PARTE 1 A FOTOGRAFIA
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CONHECIMENTOS INICIAIS...
SÍMBOLOS DAS CÂMARAS
As câmaras fotográficas possuem geralmente símbolos que correspondem a
procedimentos automatizados, quando adequadamente utilizados podem ser
extremamente úteis. Desta forma, conhecer pormenorizadamente o significado de
cada símbolo é muito importante para a sua correcta utilização na fotografia. Este
assunto será abordado de acordo com os diferentes tipos de câmaras que sejam
apresentadas pelos participantes.
Fig. 1 Exemplos de símbolos presentes em muitas das actuais câmaras
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REDUZIR IMAGENS PARA ENVIAR POR CORREIO ELECTRÓNICO
Por vezes é necessário enviar fotografias por e-mail para os mais diversos
fins (fotografias profissionais, fotografias de férias, fotografias de família, etc) e
geralmente os ficheiros tornam-se pesados e por vezes impossíveis de enviar.
Seguindo o Protocolo2.doc facilmente conseguirão fotografias facilmente enviáveis
por correio electrónico!
PARTE A - COMPOSIÇÃO
LINHAS E FORMAS: é necessário treinar a visão de forma a encontra linhas de força e
formas numa cena
• Linhas Horizontais
o Conferem tranquilidade à fotografia – linhas repousantes: imagine-se
uma pessoa a dormir ou um horizonte distante.
o Quando se coloca o horizonte no centro do enquadramento com a
mesma quantidade de céu e de paisagem obtém-se uma fotografia
monótona!
o Convém distinguir qual o elemento mais importante de uma fotografia e
deslocar o horizonte mais para cima ou mais para baixo para lhe dar
mais destaque.
o Ex: realce de um pôr-do-sol – procurar um motivo com uma silhueta
interessante e torná-lo pequeno em baixo no enquadramento; as
camadas de linhas horizontais podem dar ritmo à fotografia ex:
rebentar de uma onda na costa e as outras ondas que se tornam
visíveis mais atrás e ao fundo o horizonte.
o O formato quadrado de fotografia tende a ser menos dinâmico que o
rectangular, o que favorece paisagens “calmas”, também se pode
apostar em cores suaves e a linha de horizonte alta – criando uma
imagem simples e serena.
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• Linhas Verticais
o Linhas fortes e dinâmicas.
o Combinando linhas horizontais com linhas verticais podem obter-se
resultados poderosos.
o Árvores, edifícios, pessoas –maior dinamismo sobretudo quando a
fotografia é tirada no formato vertical para dar ênfase à altura.
o Se se optar pelo formato horizontal pode fazer-se com que as linhas
verticais pareçam querer sair da imagem (extremidades superiores e
inferiores).
• Linhas Diagonais
o Linhas mais interessantes e com maior efeito visual.
o Conduzem os nossos olhos até ao ponto de interesse.
o Produzem um enquadramento da forma mais dinâmica.
o Os observadores têm tendência a reparar em motivos que atravessam
o campo de visão.
o Não se deve dividir o enquadramento em duas partes exactamente
iguais (linha diagonal de um canto ao outro) a imagem tende a perder
força; deve-se sim ter uma diagonal partindo de um dos lados e
atravessar o enquadramento até ao lado oposto – desta forma obtém-
se uma imagem mais equilibrada dentro dos limites do enquadramento.
• Formas
o Formas mais atractivas utilizam linhas diagonais – o triângulo é um
bloco muito atraente para construção de fotografias: procure-se na
natureza três elementos que se possam unir para formar um triângulo!
o Formas com quatro lados (quadrados e rectângulos) reflectem os
quatro lados do enquadramento da fotografia (daí não ser tão
interessante)
o Quando conjugamos formas com quatro lados com linhas diagonais e
triângulos surgem imagens muito interessantes.
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o Combinando círculos ou linhas curvas com linhas direitas produz-se
uma tensão.
REGRA DOS TERÇOS OU REGRA DE OURO Podem geralmente criar-se composições mais interessantes, equilibradas e
poderosas se descentrarmos o motivo na fotografia. Desta forma os olhos do
observador percorrem imediatamente a imagem; se centramos o motivo
concentramos a nossa atenção nesse ponto e a fotografia parece sem interesse.
• Regras
o A ideia é imaginar que o enquadramento se encontra segmentado em
nove secções iguais divididas por duas linhas horizontais e duas
verticais.
o Ao colocar o motivo ou parte importante da cena num ponto (ou
próximo) do local onde duas linhas se cruzam (o chamado ponto de
força) os olhos do observador são conduzidos na imagem e cria-se
uma composição mais equilibrada.
o Os motivos pequenos podem tornar-se dominantes numa cena muito
maior.
• Quebrar Regras
o Nem sempre é necessário seguir à risca a regra dos terços, muitas
vezes basta desviar um pouco o motivo principal do centro, pode
arriscar-se colocando-o no canto do enquadramento, ou mesmo no
centro da fotografia, no local onde se quer manter a atenção do
observador.
o Estas dicas tanto se aplicam a paisagens como a fotografias de
pormenor (macro).
• Utilizar linhas: olhe para uma cena, aprenda a ver padrões, iluminação e
linhas que conduzam o olhar até um ponto de força onde colocou o elemento
principal, a fotografia ficará com mais força desta forma. Linhas diagonais
ajudam muito, principalmente quando há linhas curtas de um dos lados do
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motivo e linhas longas do outro lado. Dependendo da altura do dia a luz
destaca diferentes elementos da paisagem.
PONTO FOCAL:
Antes de premir o botão do obturador é importante confirmar se o ponto de
interesse da imagem foi bem seleccionado, os fundos nunca devem desviar a
atenção do motivo principal.
• Simplicidade
o Não sobrecarregar a imagem
o Olhar, decidir qual o elemento mais importante, arrumar todos os
outros elementos de forma a que eles sejam complementos
o O ponto de focagem pode não ser o elemento maior no primeiro plano,
um ponto, ainda que pequeno colocado num ponto de força, isolado do
resto dos elementos – quer destacado por cores contrastantes,
texturas, desfocar à volta, etc, pode dominar uma cena.
PREENCHER O ENQUADRAMENTO:
Se uma cena não é inspiradora, um enquadramento grande, ousado e confiante
é sempre uma boa opção. Não tenha medo de se aproximar.
É importante decidir que parte do motivo se quer focada. Todo? Abertura do
diafragma pequena. Só uma parte? Abertura do diafragma grande mas confirmando
sempre que a parte de interesse está realmente focada.
PERSPECTIVA:
A distância focal da objectiva é algo muito importante, uma objectiva grande
angular ( 28 mm ou menos) exageram a perspectiva, abrange uma visão muito
maior do mundo, conseguem-se resultados muito engraçados se se inclinar a
objectiva para cima ou para baixo, sem se sair da posição, o contra é que é difícil de
isolar partes interessantes da cena. Teleobjectivas (100 mm ou mais) comprimem a
perspectiva, reduzem a cena aos elementos mais importantes.
Um grande auxiliar à composição da imagem é o tripé, permite fotografar com
velocidades de obturador baixas e a cena obrigatoriamente é mais analisada.
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Cuidado! Fixar apenas o tripé quando já se decidiu o ângulo a fotografar, e não se
limite ao primeiro ângulo.
Estamos habituados a ver o mundo à altura dos nossos olhos, ajoelhe-se,
deite-se no chão, suba o tripé para a altura máxima – a cena pode tornar-se muito
mais interessante.
Essencialmente crianças e animais devem ser fotografados a um nível baixo
– cria-se um sentido de intimidade.
Horizontal/vertical, deve ser sempre tido em conta dependendo o nosso
objecto principal e do dinamismo e originalidade que queremos dar à fotografia.
ELIMINAR O QUE NÃO INTERESSA:
É importante a disposição dos elementos numa fotografia mas é importante
também decidir o que se inclui e o que fica de fora. Todos os elementos devem
reforçar e apoiar o ponto de focagem, senão devem ser deixados de fora, como?
Mude a posição, mude a objectiva ou volte à cena mais tarde.
Qualidade do motivo: no caso de flores procure o exemplar mais limpo e
bonito (evite flores com falta de pétalas, que não estejam rodeadas por folhagem
comida por insectos, etc).
Fotografar paisagens, cuidado com carros coloridos, postes telefónicos etc
que apareçam nos cantos das fotografias (pode ficar muito mal nas fotografias).
• Antes de premir o botão... o Passe uma vista de olhos por toda a cena e procure elementos
interferentes, elimine-os.
o Especial atenção a: luz alta e desfocada no fundo; céu a aparecer
através de espaços entre a folhagem – a atenção de quem vê a
fotografia será atraída para esses locais – tape-os com o seu motivo ou
mude de posição.
o Céu – sem cor tira vida à fotografia, mais vale não o incluir na
fotografia.
o Não cortar o motivo (pessoas, flores, animais) com a linha de
horizonte, incline a máquina ou suba/desça de forma ao motivo ficar
com um fundo suave e uniforme.
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• Cores
o A cor do motivo principal colide ou complementa a cor de fundo? As
cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) têm tendência para saltar à
vista, as cores frias (azul, verde) passam mais despercebidas.
o Colocando um elemento com uma cor viva num ponto de força da
fotografia aumenta o impacto desta.
o Uma área pequena num tom claro chama mais a atenção que uma
área maior num tom escuro.
PROFUNDIDADE:
Para se dar vida ao bidimensional das fotografias é necessário criar
profundidade. É necessário que a pessoa olhe para a fotografia e distinga o primeiro
plano, o plano médio e o plano de fundo. Pode conseguir-se isso com uma linha que
conduza através destas áreas até ao ponto de interesse, um óptimo exemplo é um
rio que vá desde o primeiro plano até ao fim do horizonte.
• Enquadramento
o Com um enquadramento natural bem escolhido consegue-se dar
profundidade às fotografias.
o Colocar o motivo no plano médio da fotografia, procurar um
enquadramento nítido ou desfocado para ocupar quase todo o primeiro
plano atrai a atenção para a cena.
o Não utilizar em demasia, torna-se previsível.
• Objectiva
o As grande angular exageram a perspectiva, as teleobjectivas
comprimem
o Com uma grande angular deve-se encontrar algo de interessante que
preencha o primeiro plano para dar a noção de escala.
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o Com uma teleobjectiva utilize a perspectiva mais estreita e menor
profundidade de campo para desfocar detalhes no primeiro plano e no
plano de fundo, focar o motivo num plano médio.
o Baixe-se, escolha uma abertura de diafragma grande e desfoque o
primeiro plano (por exemplo relva) para um enquadramento suave,
desfoque também o fundo que complementa o primeiro plano (árvores,
arbustos, etc), o motivo focado parecerá mais focado que nunca e a
fotografia terá uma efeito tridimensional.
o Quando existe um padrão e não se quer isolar um motivo na fotografia,
procure linhas, formas e temas repetidos para criar um ritmo.
o Procure texturas e uma iluminação que revele o “tacto”, padrões e
texturas contrastantes juntas podem criar uma fotografia de interesse.
ESPAÇO & ESPAÇO ACTIVO:
o A fotografia deve estar equilibrada, isto é, o motivo deve preencher os
quatro cantos do enquadramento. O foco central da fotografia é o
padrão criado pelo conjunto de motivos e não os motivos em si.
o Momentos certos: quando um bando de aves olha na mesma direcção,
nas dunas esperar que a luz esteja baixa e em ângulo lateral para
revelar textura.
o Para criar um padrão convém utilizar uma abertura do diafragma
pequena que é para que todos os elementos fiquem nítidos, para
destacar “o todo”.
o Podem experimentar-se velocidades de obturação baixas para criar
padrões esbatidos, convém dar um ponto de fixação, um elemento
bem nítido de forma a existir um ponto de entrada e de saída.
• Imagens em movimento
o Deixar espaço para onde o sujeito se possa expandir – espaço activo,
atrás do objecto em movimento cria-se um espaço morto (daí esse
espaço dever ser controlado). Deve assim criar-se um espaço de fuga.
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• Para onde está o sujeito a olhar?
o Se o sujeito está a olhar para a esquerda deve dar-se mais espaço ao
lado esquerdo do enquadramento. Se quiser criar um ar de mistério
colocar o sujeito perto do lado do enquadramento para o qual está a
olhar.
o Como lemos da esquerda para a direita também assim “lemos uma
fotografia”, desta forma quando o movimento é da esquerda para a
direita há um fluir da imagem muito mais suave.
o Quando se quer captar a atenção tentar captar movimento do lado
direito para o lado esquerdo da imagem.
DICAS DE COMPOSIÇÃO RECORTE PARA MAIOR IMPACTO
• Quando parte do sujeito ficou cortado, ou ficou um elemento indesejado no
plano de fundo.
• Se cortarmos do outro lado da mesma forma (simetricamente) o objecto -
reduzindo a imagem de fundo – criamos uma imagem com muita força.
• Muitas vezes é melhor recorrermos ao reenquadramento e aproximação
quando há um “azar” na fotografia.
• Pode melhorar-se a composição removendo zonas desproporcionadas de
enquadramento
COMPOSIÇÃO – 10 dicas 1. Enquadrar uma fotografia – dar a mesma atenção ao sujeito e ao plano de
fundo. O fundo deve ser sempre complementar ao sujeito. 2. As composições simples, com maior força são aquelas que transmitem a
mensagem rapidamente. Os blocos de construção de uma fotografia devem
ser linhas e formas. 3. Faça sobressair o elemento que lhe atraiu a atenção para fotografar. 4. Ao enquadrar pessoas evite cortá-las pelos joelhos ou tornozelos.
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5. Coisas em números ímpares tendem a ser visualmente mais interessantes, os
triângulos são mais dinâmicos que os quadrados (que reflectem os limites dos
enquadramentos), três é o número mágico. 6. Antes de fotografar pense que é hoje que vai tirar a melhor foto da sua vida. 7. Ver muitas fotografias, é óptimo para aprender 8. Não imite 9. Dispare à vontade – já não gasta filme 10. Ande sempre com uma máquina por perto.
PARTE B - EXPOSIÇÃO É necessário que chegue ao sensor a quantidade adequada de luz, daí ter de se
regular a exposição (velocidade do obturador) e a intensidade da luz (abertura do
diafragma da objectiva).
GAMA DINÂMICA DO DIGITAL
• As máquinas têm problemas em lidar com cenas em que existam gamas de
luminosidade extremas – capacidade do suporte sensível captar a gama de
tons entre as altas luzes e as sombras.
• Num dia de muito sol pode ser impossível encontrar uma exposição que
registe alguns detalhes nas sombras sem perder outros nas luzes altas ou
vice-versa.
• Considera-se que uma máquina digital tem uma gama dinâmica de 4 EV, isto
significa que deveremos conseguir ver ou recuperar detalhes úteis nas
sombras com uma exposição de 2 EV mais escura que os meios-tons da
imagem, e as luzes mais claras 2 EV que o tom médio também deverão ficar
bem registadas.
MEIOS TONS
• São áreas de uma cena que se encontram mais ou menos a meio da gama
de tons, são as partes que queremos ver correctamente expostas.
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• A máquina para calcular a exposição trabalha a partir de um cinzento médio
estandardizado (18%) e procura regular a exposição para reproduzir o motivo
com este grau de luminosidade – desta forma os fotómetros nunca sabem
qual é o tom que o motivo é suposto ter.
PADRÕES DE MEDIÇÃO DA ESPOSIÇÃO
• As máquinas digitais utilizam sistemas de medição da luz com padrões
múltiplos que medem os valores da luz em numerosos pontos da cena, desta
forma a câmara tem uma referencia do tipo de luz que se está a utilizar e
pode adaptar-se por exemplo a um contra-luz. Mas como os resultados deste
tipo de medição são muito complicados de prever é preferível a medição mais
simples (ponderada ao centro) que calcula a média para toda a cena mas
com maior ênfase para a zona central. A medição pontual, também presente
em muitas máquinas apenas efectua a leitura numa área muito pequena da
cena.
ABERTURA E VELOCIDADE DO OBTURADOR
• As máquina digitais controlam a exposição através da velocidade do
obturador e a abertura do diafragma.
• Cada uma das formas de controlo da exposição tem vantagens do ponto de
vista criativo. Aberturas mais pequenas do diafragma oferecem maior
profundidade de campo (nítido do plano mais próximo ao plano mais
afastado), velocidades do obturador mais altas permitem congelar objectos
em movimento. A velocidade do obturador e a abertura do diafragma são
permutáveis, quando queremos uma abertura mais pequena podemos
compensar com uma exposição mais longa. Se quisermos uma exposição
mais curta usamos uma maior abertura do diafragma.
• Ex: a câmara indica uma exposição de 1/250 seg. com diaframa f/8, se
quisermos fotografar a 1/1000 seg que é 2 pontos ou valores EV mais rápido
é necessário aumentar a abertura também 2 pontos para f/4.
• Independentemente do intervalo de incremento de velocidades / aberturas a
alteração num tem de corresponder à alteração equivalente no outro.
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• Por exemplo se queremos congelar ondas em rebentação devemos escolher
uma abertura de diafragma pequena para se obter uma velocidade de
obturador baixa. MEDIÇÃO DA EXPOSIÇÃO PARA TONS ESCUROS/PRETOS
• Fotografando objectos muito escuros em fundo escuro a máquina
entende que a luz da fotografia não é muita. Desta forma a máquina
aumenta a exposição, a máquina procura um objecto com cerca de
18% de cinzento, mas nós sabemos que a cena só possui objectos
pretos, desta forma, o resultado da fotografia é um objecto cinza num
fundo cinza. Desta forma, fotografias muito escuras devem ser
compensadas (compensada a sobre exposição) diminuindo aos EVs.
• Ao fotografar motivos com tons escuros a máquina aumenta a
exposição e perdem-se detalhes nas luzes altas ou noutras partes da
cena.
• Para fotografar com tons escuros deve reduzir-se a exposição entre
0.7 a 1 EV para preservar a profundidade da cor e o detalhe nas luzes
altas.
MEDIÇÃO DA EXPOSIÇÃO PARA TONS CLAROS
• Os motivos claros são muito comuns e distorcem muito a leitura do
fotómetro da câmara.
• As compensações neste caso têm de ser aumentado os EVs, pois os
tons são mais claros que os 18% de cinza e a máquina não consegue
detectar isso.
MEDIÇÃO DA EXPOSIÇÃO PARA BRANCOS
• Fotografar branco tem os seus cuidados, se não se intervir o fotómetro
irá reproduzir tudo como cinzento.
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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• São os motivos de sub-exposição mais severa e muitas das vezes as
fotografias são em fundo branco.
• Por vezes é preciso aumentar a exposição em 2 EV, isto é necessário
por exemplo no caso de flores brancas ou neve.
FUNDOS O tom de fundo é muito importante e pode influenciar muito a leitura da
exposição, mesmo que o motivo principal seja composto por meios-tons.
• Usando um motivo de meios-tons com fundo escuro é muito diferente o zoom
usado, um close-up geralmente funciona melhor e fica bem exposta.
Utilizando um zoom mais afastado a máquina é enganada pelo excesso de
fundo preto e o motivo é sobre exposto.
• Usando um fundo claro ao se fazer um zoom exclui-se o fundo quase todo e a
exposição é quase exacta, quando se faz zoom out o fundo fica com muito
branco e a fotografia fica subexposta.
• O fundo influencia a exposição dependendo do enquadramento por ele
ocupado e pela luminosidade.
CONTRA-LUZ
• Como a luz vem de trás do motivo e em direcção à câmara é impossível à
câmara registar os pormenores do motivo e os pormenores claros do fundo.
Assim pode seguir-se um de dois caminhos: o Exposição para ficarem visíveis os detalhes do motivo e o fundo ficar
branco. o Efeito de silhueta o Em ambos os casos de contra luz deve-se utilizar a focagem pontual
ao invés da múltipla (porque muitas vezes dão prioridade ao motivo
central).
ILUMINAÇÃO LATERAL
• As máquinas tendem a dar prioridade às sombras
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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• Deve-se compensar entre -0.3 EV ou 0.6 EV pois a maquina sobre expõe a
parte clara da fotografia.
ILUMINAÇÃO PONTUAL
• A máquina tentará compensar o fundo escuro, sobre expondo o motivo
principal.
• Deve-se fazer uma leitura pontual da exposição da área com iluminação
pontual.
HISTOGRAMAS
Forma mais correcta de analisar o equilíbrio de tons da imagens digitais – o
histograma.
ONDE SE PODE VER O HISTOGRAMA?
• Em “directo” enquanto se enquadra uma fotografia.
• Em imagens guardadas, na máquina.
• Em imagens abertas no Photoshop.
O QUE DIZ UM HISTOGRAMA?
• Se a fotografia tem altas luzes com excesso de luz
• Detalhes escondidos nas sombras
• Se existe uma gama completa de tons
• Até que ponto a imagem ficou clara ou escura no seu todo O QUE É?
• É essencialmente um gráfico de barras ( que por vezes se fundem numa
curva contínua).
• Mostra quantos píxeis existem para cada valor de luminosidade na escala
de tons, desde o preto denso ao branco mais luminoso. DISTRIBUIÇÃO DE TONS PERFEITA
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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• Não há nenhum histograma ideal, há histogramas de muitas formas
diferentes, dependendo do equilíbrio de tons na imagem.
• O que se pretende ver num histograma é a curva do histograma a
convergir para o zero na extremidade esquerda da escala (sombras) e o
mesmo para a extremidade direita (altas luzes).
• Se o histograma estiver cortado no lado esquerdo, significa que a imagem
tem áreas de preto sólido ou sombras em que os detalhes
desapareceram.
• Se o histograma estiver cortado no lado direito, tem altas luzes com luz
em excesso, que são áreas de branco sem detalhes.
• Se o histograma estiver cortado em ambos os lados não há nada a fazer
para recuperar os detalhes na imagem.
FORMAS DE HISTOGRAMAS
• FORA DO COMUM
o Um histograma típico converge para zero nas extremidades esquerda
e direita, e tem o ponto mais alto perto da zona central.
o Fotografando um motivo com sombra contra um céu luminoso
poderemos ter dois picos, um nas sombras e outro nas luzes altas, e
praticamente nada no meio.
o A exposição está correcta, é um histograma típico deste tipo de motivo.
• IMAGENS PLANAS
o Em dias de céu encoberto ou quando não há muito contraste pode
criar-se um histograma que converge para o zero muito antes das
extremidades da esquerda e da direita.
o Típico em imagens com falta de profundidade de tons.
o No histograma percebe-se que não existem zonas verdadeiramente
escuras ou claras.
o Isto acaba por ser problemático pois as fotografias precisam de uma
gama completa de cores para terem profundidade e riqueza.
• SOMBRAS PROFUNDAS
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o Os histogramas podem revelar falhas evidentes nas imagens.
o Uma fotografia subexposta desloca todo o histograma para a
esquerda, devido às sombras terem uma exposição incorrecta, sem
detalhes, e como não existem luzes altas verdadeiramente luminosas o
histograma não atinge a extremidade direita da escala.
o Podem redistribuir-se as luzes altas de branco brilhante no Photoshop,
mas não há nada a fazer quanto às sombras que se perderam.
• ALTAS LUZES EM DEMASIA
o Uma imagem sobreexposta tem um histograma todo deslocado para a
direita.
o Apesar dos detalhes das sombras terem ficado registados a
extremidade das luzes altas do histograma não tem informação de
pormenor e a curva do histograma está a subir, indicando a presença
de muitos tons luminosos no céu.
o Estes tons não podem ser recuperados.
CONTROLO DA GAMA DINÂMICA
• Gama de tons que o sensor de uma câmara digital consegue registar – é
quase como uma “janela de exposição” e o nosso trabalho é tentar colocar
toda a gama de tons do motivo nessa janela.
• Se a gama de luminosidades for muito grande será necessário decidir entre
sacrificar as luzes altas extremas ou os detalhes nas sombras (dependendo
do que é o motivo principal).
• Mas para reduzir a gama de contrastes na cena no momento de fotografar há
coisas que podem fazer:
o Usar um flash de enchimento equilibrado: obrigando o flash a disparar
mesmo em motivos exteriores o flash poderá fornecer uma luz de
enchimento suficiente para homogeneizar os tons.
o Usar um filtro de densidade neutra com gradiente: um dos grande
problemas de fotografar paisagens é o céu ser muito claro,
especialmente em dias de céu encoberto. O céu actua como uma fonte
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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de luz difusa 2EV a 3EV mais clara que o primeiro plano. Ou se expõe
correctamente o primeiro plano (ficando o céu branco sem detalhes) ou
se expõe o céu e esperamos conseguir recuperar os detalhes do
primeiro plano com recurso ao um software de edição de imagem.
Quando a gama de luminosidades é excessivamente grande pode
utilizar-se o filtro de densidade neutra com gradiente. O filtro é mais
escuro na parte de cima que na parte de baixo, colocando-o
cuidadosamente conseguimos escurecer o céu o suficiente para
homogeneizar a exposição, sem afectar o primeiro plano.
o Para se conseguir o máximo de um filtro de densidade neutra com
gradiente é necessário ter uma reflex.
• UTILIZAR O PHOTOSHOP
o Há uma ferramenta shadow/highlight para equilibrar os valores dos
tons em cenas de alto contraste. Seleccionam-se as cenas mais
escuras e procede-se ao clareamento.
o Os resultados podem parecer algo artificiais.
o Só resulta se a imagem tiver uma gama completa de tons, caso os
detalhes das sombras ou das luzes altas tiverem desaparecido não há
forma de os recuperar.
o Quando a gama de contraste é realmente muito grande pode recorrer-
se a uma alternativa que consiste em tirar duas fotografias com dois
valores de exposição muito diferentes (um com vista a capturar os
detalhes nas sombras e outro para capturar os detalhes nas luzes
altas) e depois combiná-las no Photoshop – para tal tem de se utilizar
um tripé.
o Como fazer?
§ Juntar a exposição mais clara à mais escura como uma nova
camada.
§ Usar a ferramenta Move (arrastar) para a colocar na janela da
outra imagem, enquanto se coloca a imagem junto à outra deve-
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se manter pressionada a tecla shift, desta forma as imagens
ficam automaticamente alinhadas.
§ Usar o comando Color Range (Gama de cores) e seleccionar
Highlights (altas luzes) no menu pop-up.
§ Confirmar que a caixa de verificação Invert (inverter) se
encontra marcada.
§ Fechar a caixa de diálogo e clicar no botão Add Layer Mask (criar máscara da camada), na Layers Palette (paleta de
camadas). Isto irá mascarar áreas com excesso de luz na
camada de cima.
§ Por fim há que desfocar a transição para que a transição entre
as duas camadas não seja tão abrupta. Selecciona-se a
máscara na paleta Layers, seleccionar um Gaussian Blur (desfoque gaussiano) de 250 pixéis.
EXPOSIÇÃO COM BAIXO NÍVEL DE LUZ
• Fotografar à noite exige exposições mais longas, pode aumentar-se o
ISO da câmara para o máximo e fotografar com a câmara na mão mas
a qualidade da fotografia cai imenso.
• A melhor maneira de tirar fotografias nocturnas é utilizar um tripé e
reduzir o ISO para o mínimo.
• EXPOSIÇÃO NOCTURNA
• Há dois métodos de calcular a exposição durante a noite: § Deve haver uma maneira § Desisto, vai a olho e logo se vê o resultado
• Tecnicamente dever-se-ia fazer uma leitura pontual de uma área
representativa da cena, excluindo fontes de luz. É demorado e
propenso a erros.
• Método mais simples: começar com uma exposição de 4 segundos a
f/5.6 e depois regular de forma diferente.
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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• Por vezes o LCD engana, pois parece muito claro à noite e a imagem
pode ter ficado irremediavelmente subexposta mesmo parecendo
correcta. Deve sempre recorrer-se ao histograma para verificar a
distribuição de tons.
• Quando tiramos uma fotografia nocturna em modo automático, a
câmara aumenta imenso o ISO criando ruído, as exposições longas
também tendem a aumentar muito o ruído.
• Se a máquina tiver uma opção para reduzir o ruído, activá-la, caso
contrário pode reduzir-se o ruído no Photoshop. (filter – noise –
reduce noise).
EXPOSIÇÃO – 10 dicas 1. Leve um meio tom consigo – um cartão cinzento ou algo cinzento para
referência no terreno para cálculo de exposição.
2. Ver sempre o histograma
3. Nunca esquecer o fundo – ele influencia o fotómetro da câmara
4. Cuidado com as luzes altas – podem perder-se os detalhes com
excesso de luz
5. Utilizar sempre a medição pontual
6. Branco verdadeiro – fazer uma medição pontual e aumentar a
exposição 2EV a 2.5EV
7. Medir para luzes altas – é preferível medir a exposição para luzes altas
que para sombras
8. Levar sempre um filtro de densidade neutra com gradiente e um
polarizador
9. Reduza o flash de enchimento – utilizar apenas em situações muito
peculiares
10. Seja criativo! Por vezes ir a extremos pode revelar-se fantástico.
PARTE 3 - COR
As câmaras digitais oferecem uma grande flexibilidade, pois já deixou de ser
necessário transportar dois ou mais corpos de máquinas para utilizar diferentes
filmes.
Beleza Objetiva Ciência Viva 2012 – FAPAS
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É necessário entender as cores, as que contrastam, as que funcionam em
harmonia, iluminação ao longo do dia, etc.
• CORES QUENTES E CORES FRIAS
o Quando se fala de cores quentes e cores frias descreve-se a cor
intrínseca da luz e a forma como ele varia conforme a hora do dia e
a fonte de luz que estiver a ser usada.
o Quase toda a luz consiste num espectro de cores misturadas, no
início e no fim do dia o espectro possui uma maior quantidade de
amarelo e de vermelho, produzindo um tom mais quente. A meio do
dia o equilíbrio das cores é muito mais neutro.
o Utilizar o flash tendencialmente produz tons mais neutros mas por
vezes produz um tom mais frio, azulado.
o Fotografias tiradas à sombra também ficam com um tom frio,
especialmente quando iluminadas por um céu azul.
o Imagens com cores frias ou imagens com cores quentes podem
produzir boas fotografias, não é certo nem errado, há diferentes
alternativas.
• COR DA LUZ NATURAL
o O controlo automático do equilíbrio de brancos numa câmara digital
é concebido para se adaptar automaticamente às diferentes cores
da luz, ou temperaturas de cor, de forma o produzir um resultado
tão próximo quanto possível do neutro.
o Na fotografia de paisagem tenta-se ao máximo manter a cor natural
da luz, que é o que dá carácter a uma fotografia de paisagem.
o Ao amanhecer e no crepúsculo depois do sol ter desaparecido a luz
é tipicamente fria, azul.
o De manhã cedo ou ao fim da tarde o sol baixo produz uma
luminescência quente que é atraente e evocativa.
o Para preservar a cor da luz natural a câmara não a pode alterar,
muitas fotografias de paisagem saem melhores usando a definição
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de luz de dia, obrigando a câmara a usar um equilíbrio de cores fixo
e estandardizado.
• ESPAÇOS DE COR
o Cores que uma câmara pode produzir, estes espaços estão
relativamente estandardizados de forma a que as cores sejam
produzidas de igual forma nos diferentes dispositivos.
o A maioria das câmaras usam o chamado espaço de cor sRGB, que
reproduz uma gama de cores suficientemente vasta e
estandardizada.
• PROFUNDIDADE DE COR
o Número de bits de dados para registar cada pixel na imagem.
o Quanto maior for a profundidade de cor maior será a gama de tons
e cores e mais suaves são as transições de tons na imagem.
o A maioria das imagens são de 8 bits mas podem ser referidos como
sendo de canais de 24 bits.
o Existem três canais de cor em cada imagem – vermelho, verde e
azul – cada um contendo dados de 8 bits, daí os 24 bits.
o Depois de muita manipulação podem surgir efeitos como manchas,
faixas ou posterização
o É possível gravar imagens no modo de 16 bits que produz tons
muito mais homogéneos, mas para tal é necessário um programa
que possa editá-las como o Photoshop.
• TEMPERATURA DE COR
o A temperatura das cores pode ser quantificada cientificamente
utilizando uma escala de temperaturas graduada em graus Kelvin.
o A temperatura das cor de iluminação pode variar entre 2000 graus
Kelvin (quente) e 9500 graus Kelvin (frio).
o Isto deve-se ao facto da luz emitida pelos objectos aquecidos
produzir um espectro que muda conforme a temperatura aumenta.
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o A iluminação com uma baixa temperatura torna-se
progressivamente mais quente (mais vermelho/amarelo), enquanto
a iluminação com uma temperatura alta se torna progressivamente
mais fria (azul).
o É esta temperatura que o controlo do equilíbrio de brancos numa
câmara digital pretende compensar. Pode colocar-se automático ou
pré regular manualmente para compensar as condições de luz.
o As câmaras topo de gama indicam valores do equilíbrio de brancos
em graus Kelvin mas a maioria usa predefinições com nomes que
correspondem a condições específicas, como Daylight (luz do dia),
Tungsten (tungsténio) e Shade (sombra).
EQUILÍBRIO DE BRANCOS
As câmaras digitais podem compensar a iluminação com cores diferentes
alterando as percentagens de vermelho, verde e azul conforme a imagem é
processada e guardada.
Se tiver uma câmara que possa guardar imagens em RAW pode-se escolher
o equilíbrio de brancos durante o processamento da imagem no seu computador.
Normalmente as máquinas digitais regulam o equilíbrio de brancos
automaticamente, o mais correcto é regulá-los manualmente.
• QUESTÕES DE QUALIDADE
o Se as fotografias forem guardadas como jpeg no momento de
fotografar a câmara processa as informações do sensor antes de
guardar o ficheiro e aqui esta incluída a regulação do equilíbrio de
brancos.
o Se posteriormente se alterar o valor do equilíbrio de cores no
computador está a processar de novo a imagem e a perder qualidade.
o Assim deve-se: ou escolher o equilíbrio de brancos certo no momento
de fotografar; ou fotografar usando o formato de ficheiro RAW (não
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precessado) e depois processar os ficheiros no computador
escolhendo depois o equilíbrio de brancos.
• AUTOMÁTICO VS. PREDEFINIDO
o Não se deve ter a máquina regulada para o modo automático
permanente pois o resultado não será sempre bom.
o A câmara tenta analisar e normalizar as cores da cena mas muitas
vezes não distingue entre cor da luz e cor intrínseca do motivo. Por
outro lado pode compensar as condições de iluminação atmosférica do
início ou do fim do dia, que pode ser o que se quer registar.
o O equilíbrio de brancos automático não consegue geralmente
compensar extremos de iluminação como seja uma cor
excessivamente quente da iluminação de tungsténio doméstica ou a
frieza da luz numa sombra profunda.
• AQUECER
o Normalmente as pessoas preferem imagens de tons quentes a cores
frias.
o Os retratos e as paisagens beneficiam com cores ligeiramente mais
quentes que as “tecnicamente correctas”.
o Pode escolher-se um equilíbrio de brancos incorrecto destinado a uma
iluminação com tons mais frios. Para realçar um pôr-do-sol pode
regular-se o equilíbrio de brancos para o modo Nublado ou de
Sombras. Pode também utilizar-se um filtro de cores quente mas neste
caso regular manualmente o equilíbrio de brancos caso contrário a
máquina tentará compensar o filtro.
o Também se pode dar uma tonalidade quente às imagens depois de as
transferir para o computador, ajustando o equilíbrio das cores. No
editor pode adicionar vermelho e reduzir azul em quantidades
idênticas.
• CRIATIVIDADE
o Num editor de imagens podem fazer-se transformações de cores mais
extremas.
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o Por exemplo fotografar um pôr-do-sol com equilíbrio de brancos
ajustado para luz de tungsténio.
o No computador escurecer uma fotografia para dar um efeito nocturno e
depois alterar o equilíbrio das cores para o azul, para simular o luar.
CORES COMPLEMENTARES • As cores harmoniosas encontram-se juntas na roda das cores e produzem
imagens belas e tranquilas, as cores complementares encontram-se em
posições opostas na roda das cores. Podem colidir entre si de uma forma
muito inestética mas também podem produzir contrastes com impacto e
imagens vibrantes e com vida.
• Os opostos atraem-se o azul e o laranja são opostos e que produzem um
forte contraste nas fotografias, não aparecem frequentemente na natureza,
mas o azul e o amarelo são quase opostos e consegue-se um contraste com
impacto fotografando um campo de girassóis amarelos contra um céu azul. o O vermelho e o verde são opostos na roda das cores mas juntos
podem colidir entre si e criar uma combinação visual discordante –
letras vermelhas em fundo verde ou vice versa parecem oscilar.
• O tamanho não importa duas cores complementares a ocupar uma
quantidade igual do enquadramento podem competir entre si e produzir uma
imagem não satisfatória. Se uma das cores for dominante e a outra ocupar
apenas uma pequena parte do enquadramento estamos a tornar o contraste
entre as cores mais forte. Duas cores não precisam de ter igual proeminência,
um objecto pequeno pode ganhar proeminência por ser tão pequeno.
• Composição ousada isolando motivos com cores opostas (azul/amarelo e
mesmo o vermelho/verde). O vermelho/verde pode encontrar-se muito em
canteiros. Para fotografias serenas utilizar apenas cores próximas na roda
das cores. ASSIM EXISTEM:
• CORES QUE COLIDEM
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• CORES PLANAS – apenas constituídas por cores harmoniosas ou quase
monocromáticas
• CORES SATURADAS
TÉCNICAS EM PHOTOSHOP EQUILÍBRIO DAS CORES
• Podem ser feitos directamente na imagem ou numa camada de ajustamento.
Aqui existem 3 comandos deslizantes: ciano/vermelho; magenta/verde;
amarelo/azul – pares de cores complementares.
MATRIZ DE SATURAÇÃO
• Hue/Saturation (matiz/saturação) - edit – o comando Hue desloca todas as
cores no espectro das cores o que pode trazer efeitos imprevisíveis e difíceis
de controlar. O comando Saturation para aumentar a intensidade de todas as
cores na imagem.
• Edit – Hue/Saturation – conta gotas na imagem no local a alterar.
NÍVEIS
• Levels – RGB
• O Auto Contrast e o Auto Levels maximizam a gama de tons sem alterar as
percentagens dos três canais de cor.
• O Auto Levels optimiza os canais individualmente. CURVAS
• Por vezes é necessário alterar as curvas do histograma para obter maior
profundidade de cor.
• Utilizar uma curva em forma de S escurece as sombras ligeiramente e clareia
as altas luzes, aumenta também o contraste nos meios-tons.
BRILHO/CONTRASTE
• É o mais fácil e o mais destrutivo
• Aumentando o contraste os pixéis escuros e claros saem da escala.
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• As áreas sombras ficam escuras e as de altas luzes perdem os detalhes.
• O comando Brightness/Contrast deve ser usado com muito cuidado.
• Olhando para o Histograma em cada alteração que se faz vê-se a perda de
informação que se vai dando. TRATAMENTOS DE IMAGENS - PPHOTOSHOP
• Pseudo-solarização – comando curves – empurrar o centro da curva para
cima e depois arrastar o ponto final para zero.
• Sépia – comando Hue/Saturation – caixa Colorize activa – Hue 30
• Comando Hue/Saturation – deslocar comando Hue até a imagem estar ao
nosso gosto.
• Ferramenta Gradient Map
COR – 10 dicas 1. Controlar a câmara – escolher o equilíbrio de brancos manualmente
2. Criatividade – o equilíbrio de brancos nem sempre terá de ser
“tecnicamente correcta” – para fotografias mais quentes regular o
equilíbrio de brancos para nublado, para tornar mais fria uma fotografia
usar a regulação tungsténio.
3. Contraste – há fotos apenas com duas cores, fantásticas, opostas na
roda das cores.
4. Tamanho – duas cores complementares que ocupem áreas iguais no
enquadramento podem resultar numa imagem desapontante.
5. Saturação – a saturação deve ser aumentada na câmara sempre que
se fotografa em jpeg para não haver perda de qualidade da imagem.
6. Fotografar em RAW – quando há tempo, há menos perda de qualidade
7. Polarizador – reduzir brilho, aumentar a saturação, vale a pena
8. Aquecimento – filtros de aquecimento
9. Serenidade – Preenchendo o enquadramento com cores que estejam
juntas na roda das cores
10. Fotografar sempre a cores, o preto e branco obtém-se sempre depois
no computador.